Aves - Parque Olhos D'Água

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aves aves parque olhos d’água

parque tancredo maia filho olhos d’água

tancredo maia filho

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Aves nos Parques volume 1:

de

Brasília

Parque Olhos d’Água

próximo volume: Parque das Garças

herbert schubart e tancredo maia filho

Neste mundo distraído, é bom que haja alguém atento. janmuá poeta candango Conhecer, saber mais sobre a interessantíssima vida das aves é o primeiro passo para estimular o sentimento de conservar a natureza, que atualmente passa por tantos perigos.

helmut sick ornitólogo brasileiro

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Aves Parque Olhos D’Água

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Todos os direitos reservados: © 2013 tancredo maia filho Autoria das fotos: aves – tancredo maia filho flores – moema prado Fonte dos mapas: www.google.com Fonte da distribuição geográfica das aves: Wikiaves - A Enciclopédia das Aves do Brasil. www.wikiaves.com.br Projeto gráfico: tancredo maia filho Revisão: carmen da gama Foto da capa: ninho de pica-pau-verde-barrado (colaptes melanochloros)

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Maia Filho, Tancredo. Aves : parque Olhos D’Água / Tancredo Maia Filho. — Brasília : Ed. do Autor, 2013. 182 p. : il. — (Aves nos parques de Brasília) ISBN 978-85-914116-0-3 1. Aves - Fotografia. 2. Parque Olhos D’Água - Brasília. I. Título. II. Série. CDU 598.2:77

Para Clara, Letícia, Tomás e Samuel, meus netos queridos e futuros observadores de aves.


A mira e o alvo araquém alcântara *

O verdadeiro fotógrafo da natureza, como de resto qualquer fotógrafo, deve escolher o caminho com o coração e nele viajar incansavelmente, contemplando como pessoa inteira tudo o que é vivo. Absolutamente íntegro, sem propósito a alcançar, sem submissão a regras e fórmulas, sem necessidade de parecer brilhante ou original. Só assim, autêntico e livre, pode captar o espírito criador em movimento e criar coisas belas. Aquele que mergulha na viagem do ver tem que estar sempre com as portas da percepção abertas. Sabe que, diante do eterno, precisa esquecer de si próprio. A criação é o que importa, gesto fundamental, caminho de conhecimento, poderosa arma de encontrar o mundo. O ato criativo é contínuo e sem fim. A prática sempre renovada de contemplar humaniza a visão, anula verdades,

permite a inventividade, realça o eu interior. A recompensa é a experimentação mística do encontro com a beleza. O fotógrafo sente, neste momento fugaz, algo parecido com o “satori” hindu, um momento de revelação, um indefinido e maravilhoso prazer. Nesta respeitosa relação consigo mesmo, o fotógrafo cria algo de original e significativo, com espontaneidade e fluência. O observador se confunde com a coisa observada, o vazio se instaura. O que estava contido volta a pulsar, o que antes era pressentimento agora é realização. A pureza do seu diálogo lhe diz que, na verdade, por mais fotos que faça, por mais poeira que tire dos olhos, continuará andando solitário com sua câmera. Mas, ele também sabe que está aprendendo outra arte bem maior: a arte de não ser coisa alguma, de não ser mais que o nada, de dissolver-se a si próprio no vazio entre o céu e a terra. * Precursor da fotografia de natureza no Brasil


Demorar, passarinhar... madalena rodrigues *

Este Guia é um pequeno roteiro para curar a pressa. Aconchegue debaixo do braço o livrim, como o apelidou o autor, e adentre a pequena mata do Parque Olhos D’Água ou outra por aí. E então, observar as aves. Mover-se com cuidados de não estragar o verde. Falar baixo. Leve um binóculo. Vai demorar? Leve o de comer e de beber. Fez lixo? Traga-o na volta. E não esqueça o repelente. O Guia é destinado a marmanjos e jovens. Aos marmanjos, é um convite ao demorado ver e a aprender com as aves algo do muito que nos ensinam. Dos jovens, Tancredo espera que tragam para a mata o verdor do olhar e deixem-se surpreender. O livrim, com suas fichas e fotografias, ajuda a entender que nenhum pássaro é óbvio. Não somente olhe as fotos. Veja cada uma. Pássaros exibem a diversidade do mundo. E no parque, não se resumem a uma dúzia de espécies. Há quase cem identificadas até a edição deste livro. Há as velhas conhecidas: uma alma-de-gato aqui, um joão-debarro ali, um pica-pau e um tiziu por ali vão. Mas atenção: só de beija-flores são seis espécies! Como diz o poeta Janmuá, “nesse mundo distraído, é bom que alguém esteja atento”. Um dia, lá estão dois filhotes de curicaca junto à Lagoa do Sapo. Grandinhos, batem asas na beira do ninho,

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Introdução em prazenteiro fortalecer de músculos. Certa manhã, Tancredo e Alexandre Riluena, companheiro de achados, veem um deles se lançar. “É o Santos Dumont!” – decidem. O outro, temeroso, passa outra semana em longos treinos – o “Irmão Wright”, claro. Três dias depois, a inesperada coreografia: o pai, a mãe e Santos Dumont empoleirados diante do “Irmão Wright” batem asas e cantam, incentivando-o. Quando Wright finalmente voa, os três comemoram com saltos e cantos de felicidade. E os dois observadores se abraçam emocionados. Nesse jardim das diferenças, ninguém mais intrigante que a mãe-da-lua. Seus olhos parecem fechados, mas há uma fresta por onde vigia o mundo. De dia, mantém quieta saudação ao sol, mas à noite sai à caça de insetos para o filhote. Ela e ele camufladíssimos. Ninguém com pressa irá notá-los, a não ser o caracará, olhem o perigo. Por isso, a mãe-da-lua tenta se passar por galho seco. Temos mais razões para perambular, livrim a tiracolo, comparando o passarinho da foto com aquele do galho. É que nós humanos somos meio pássaros. Há segredos entre nós e eles que vão nos encabular, nos seduzir. E também porque são belos e necessários. Com eles e como eles vamos tecendo a vida. * Jornalista e empresária

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Aves Parque Olhos D’Água

Este Guia apresenta 94 espécies de aves que frequentam o Parque Olhos D’Água. De cada uma das espécies, são informados a ordem, a família, os nomes – comum, científico e em inglês –, o tamanho da ave, a sua distribuição geográfica, além da indicação das áreas do parque onde cada espécie pode ser observada. As fichas estão ordenadas segundo a Lista das Aves do Brasil, 2011, do Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. Este primeiro volume da coleção AVES DOS PARQUES DE BRASÍLIA também tem uma caderneta de campo onde o leitor poderá anotar observações sobre as espécies avistadas; além disso, há três mapas: um com a localização do parque na malha urbana, um com as características da vegetação do parque e outro apontando as áreas e as aves que podem ser avistadas. No Brasil, há 1.832 espécies de aves registradas nos cinco biomas existentes – Amazônia, Caatinga, Pantanal, Cerrado, Mata Atlântica e Pampa. O Cerrado contribui com 841 espécies de aves e o Distrito Federal com cerca de 450 delas; isto significa que o DF registra 54% das espécies do Cerrado e 25% das espécies do Brasil, numa área que corresponde a 0,07% da área total do país. Com este livrim, espero ajudar o leitor a se encantar e conhecer a nossa maravilhosa e colorida avifauna, estimulando-o a entrar para o time dos observadores de aves.

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Conteúdo

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O Parque Olhos D’Água

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A observação de aves

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Aves: características e ambientes

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Morfologia das aves

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As aves do parque

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A caderneta de campo

• 145

Referências

• 173

Índices

• 175

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A

observação de aves

Observar aves é uma atividade prazerosa e relaxante que faz bem ao corpo e à mente. Os observadores de aves, com suas fotografias, gravações de sons e seus saberes contribuem para o conhecimento da avifauna do país. Eles apreciam a encantadora beleza das aves e se divertem, procurando espécies que nunca viram antes. Com isto, ajudam na ampliação dos conhecimentos ornitológicos. Quem pode observar? A observação de aves pode ser praticada por crianças, jovens e adultos. O importante é ter curiosidade e disposição para observar. Onde observar? As aves podem ser observadas em qualquer lugar, até mesmo nas cidades. Brasília tem ótimos lugares para a observação de aves, além do Parque Olhos D’Água: Parque das Garças, Parque

Nacional, Parque Ecológico Dom Bosco, Jardim Botânico, Parque da Cidade.

Quando observar? A observação de aves pode ser feita a qualquer hora do dia, em todas as estações do ano.

Dentre os melhores momentos, destaca-se o período entre o nascer do sol e o meio da manhã, quando as aves estão mais ativas, buscando alimento e cantando.

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Que equipamento usar? O

mais importante é a curiosidade e a disposição para observar as aves. Equipamentos ajudam na observação do comportamento e no registro e identificação das aves. Um binóculo é fundamental; não precisa ser muito potente, bastando um aumento de 7 ou 8 vezes, além de uma boa luminosidade (7x35 ou 8x40). A fotografia é um grande auxílio para o registro e posterior identificação das espécies encontradas pela primeira vez. Para quem não é fotógrafo, o uso de câmeras compactas com lentes zoom é uma alternativa satisfatória, e de custo mais baixo. Para quem já é fotógrafo, a fotografia de aves pode tornar-se um fim em si mesmo. Neste caso, câmeras SLR e teleobjetivas são indispensáveis. Um minigravador de som é interessante para registrar o canto das aves. Dependendo das condições, até mesmo a utilização de uma câmera fotográfica de um telefone celular possibilita um bom registro.

Mas não esqueça: os “equipamentos” mais importantes são seus olhos e ouvidos, somados à sua disposição.

Como se comportar? • Caminhe devagar pelas trilhas, atento aos movimentos, cores e sons. • Não ande em grandes grupos e não faça barulho. • Use roupa de cores neutras e suaves.

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• Ouça com atenção e tente aprender as vozes das aves, pois, em campo, é mais fácil ouvir do que ver as aves. • Mantenha distância de ninhos, colônias de

nidificação, dormitórios, arenas de exibição ou locais de alimentação. Use,

sempre, um anteparo ou esconderijo. • Fale baixo; não grite. Alguns cuidados:

• Sempre saia acompanhado, sobretudo em locais que não conhece. Perder-se na mata pode ser perigoso! • Ao sair sozinho, informe para alguém aonde vai e a que horas volta. Se houver sinal de telefonia, leve o celular. • Não pisoteie a vegetação e não pegue plantas, pedras, galhos e outros itens da natureza nos locais que visita. • Use boné ou chapéu, repelente contra insetos e protetor solar. Também é bom usar calças compridas e camisa de manga longa, como proteção contra arranhões e picadas de insetos. • Use calçados adequados; em especial, botas de caminhada. Na mata, é recomendável o uso de perneiras para proteção contra picadas de cobras. • Se necessário, leve agasalho, capa e guarda-chuva. • Leve na mochila uma garrafa de água; se vai ficar fora o dia todo, leve um lanche. • Traga seu lixo de volta e não fume nas trilhas. • Não leve animal de estimação às trilhas.

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Aves:

características e ambientes

As aves são seres vivos que pertencem ao grupo dos vertebrados e apresentam características marcantes que as distinguem dos outros animais.

Todas as aves apresentam bico, asas e se reproduzem por ovos. Porém, animais como o ornitorrinco e a tartaruga possuem estruturas semelhantes às dos bicos. Os morcegos também possuem asas e as utilizam para voar; e as cobras, tartarugas e jacarés reproduzem-se da mesma maneira que as aves, chocando os ovos.

A única característica exclusiva de todas as espécies de aves é o fato de possuírem penas.

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Tipos de asas Diversidade estrutural das aves A necessidade de adaptação das aves aos diversos ecossistemas existentes no Planeta fez com que muitas espécies se ajustassem aos vários tipos de ambientes e desenvolvessem mecanismos de adaptação. Essas adaptações geraram uma diversidade de formas de asas, bicos, pés e penas.

As grandes aves que vivem em ambientes abertos e voam alto apresentam asas grandes e largas e desenvolvem voos batidos e pesados, como o urubu, a curicaca e a garça-branca-grande. Foto: urubu-de-cabeça-preta Coragyps atratus

As aves menores, que vivem em florestas densas, como a maioria dos passarinhos, geralmente apresentam asas pequenas que dão agilidade e rapidez, necessárias para o deslocamento entre as árvores. Foto: bem-te-vi Pitangus sulphuratus

As aves caçadoras, como os falcões, apresentam asas pequenas e pontiagudas que se fecham em forma de flecha e desenvolvem extrema rapidez durante o mergulho em direção às presas. Foto: gavião-peneira Elanus leucurus

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Tipos de bicos

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Bicos finos e longos, curvos ou retos, como os dos beija-flores, são usados para alcançar o néctar no interior das flores. Foto: beija-flor-tesoura-verde Thalurania furcata

Bicos finos e pontudos possibilitam a captura de peixes, como os do martim-pescador e das garças. Foto: martim-pescador-verde Chloroceryle amazona

Bicos fortes, curvos e curtos são utilizados para rasgar a carne de suas presas, como os dos gaviões e das corujas. Foto: caracará Caracara plancus

Bicos fortes e curtos, usados para quebrar frutos duros, são característicos das espécies da família dos papagaios, periquitos e araras. Foto: periquito-rei Aratinga aurea

Achatados e largos, os bicos das marrecas e dos patos servem para filtrar a água ou pastar no fundo dos rios e lagos. Foto: marrecão Netta peposaca

Bicos pequenos e finos, porém potentes, possibilitam o aproveitamento de grãos e sementes, como os do baiano, do tiziu e dos canários. Foto: chorão Sporophila leucoptera

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Tipos de pés De acordo com a forma e a utilidade, são os seguintes os tipos de pés nas aves: • Aves aquáticas e marinhas podem apresentar membranas entre os dedos, ou ao longo dos mesmos, que auxiliam na natação ou na caminhada por cima da vegetação aquática. • Aves de solo, como os inhambús e macucos, possuem pernas curtas e dedos grossos. • Aves predadoras têm fortes dedos e unhas afiadas utilizadas para capturar e sustentar a presa enquanto se alimentam ou carregam-na em voo.

Tipos de penas • Penas de contorno: pequenas penas e penugens cobrem o corpo e têm como função principal a proteção e o isolamento térmico. • Penas de voo: principais penas das asas e cauda, responsáveis pelo voo. • Penas de adorno: penas modificadas com a função de atrair o parceiro na época do acasalamento. • Penas sonoras: penas modificadas para a produção de sons. Utilizadas também na época do acasalamento. • Cerdas: penas modificadas em forma de “pelos”, semelhantes a bigodes em algumas espécies. Têm funções protetora e

sensitiva, utilizadas para auxiliar a captura de insetos.

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Diversidade alimentar As aves apresentam diversas

formas e estratégias para obter o alimento necessário para a sua sobrevivência, podendo utilizar diversos tipos de itens alimentares. De acordo com o hábito alimentar, as aves são classificadas como: • Frugívoros: alimentam-se de frutos (sanhaçus, saíras, sabiás, periquitos). • Granívoros: alimentam-se de grãos e sementes (baianos, pombas, rolinhas, canários, bicos-de-lacre). • Insetívoros: alimentam-se de insetos capturados durante o voo ou no solo (bem-te-vis, suiriris, andorinhas, bacuraus). • Nectarívoros: alimentam-se, principalmente, do nectar das flores (beija-flores e cambacicas). • Carnívoros: alimentam-se de carne de animais vivos; são os grandes predadores (gaviões, falcões e águias). • Piscívoros: alimentam-se de peixes (martinspescadores, atobás, garças-brancas, águiaspescadoras). • Necrófagos: alimentam-se de carne de animais mortos; realizam a limpeza do ambiente natural (urubus).

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• Onívoros: têm hábitos generalistas, com alimentação bastante diversificada; podem comer insetos, frutos, grãos, etc. (gralhas, pardais, pombos-domésticos). Diversidade de ecossistemas

As aves estão presentes nos vários ecossistemas brasileiros e de acordo com o tipo de ambiente onde vivem podem ser agrupadas em: • Aves silvícolas: a maioria dos passeriformes

• •

que vivem em ambientes florestados como a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica, as Matas de Araucárias, a Caatinga, o Cerrado e os Campos Rupestres. Aves aquáticas: esta classificação abrange as aves que vivem em ambientes de água doce como rios, lagos e banhados. Aves marinhas: costeiras ou oceânicas, as aves que assim se classificam dependem do mar para obter alimento (peixes e crustáceos) ou das ilhas para se reproduzirem. Aves limícolas: à semelhança dos maçaricos e batuíras, as aves que integram este grupo frequentam as margens dos rios, lagos e manguezais, enterrando seus bicos no fundo lodoso em busca de alimentação.

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Morfologia

das aves

escapulares coberteiras uropigio

dorso

nuca

garganta retrizes

primárias

cauda maxila

peito

pileo loro

anel ocular

face crisso

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tarso

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barriga ou ventre

bico

mandíbula

mento

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As

aves do parque

Dentre as 1.832 espécies de aves brasileiras, 450 têm como habitat o Distrito Federal. Isto significa que 25% das espécies registradas no país são encontradas em uma área correspondente a apenas 0,07% de todo o território nacional. No Parque Olhos D’Água, os observadores de aves de Brasília e visitantes já registraram cerca de 100 espécies. Algumas das espécies registradas vivem permanentemente no parque, a exemplo da ariramba-de-cauda-ruiva, do beija-flor-tesoura e das saracuras; outras usam o parque como passagem; e outras, ainda, são migratórias, como as tesourinhas, que aparecem no parque em determinadas épocas do ano. Algumas espécies, devido às suas características, podem ser observadas em áreas específicas do parque. A saracura-três-potes e a saracura-sanã só são vistas na beira da Lagoa do Sapo; o socozinho e a ariramba-de-cauda-ruiva são mais fáceis de serem observadas nas árvores e galhos secos às margens do córrego; o garrinchão-de-barriga-vermelha, com seu canto mavioso, é visto mais facilmente nas árvores da mata de galeria. O mapa da página 39 apresenta informações sobre os lugares onde é mais provável a observação de algumas espécies de aves no Parque Olhos D’Água.

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garrinchão-de-barriga-vermelha

falcão-de-coleira

curicaca

maria-faceira

peitica-de-chapéu-preto

periquito-de-encontro-amarelo

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Aves Parque Olhos D’Água cambacica

bico-chato-de-orelha-preta

saíra-amarela

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Espécies registradas A seguir, são apresentadas fichas com as 94 espécies avistadas no parque pelo autor e por outros observadores de aves de Brasília, além de visitantes. As fichas complementam as informações sobre as fotos, contendo dados taxonômicos das espécies (ordem, família, nomes comum, científico e em inglês). A ordem das fichas está de acordo com a Lista das Aves do Brasil — 2011, publicada pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos — CBRO. Também são fornecidas informações sobre o tamanho da espécie, sua distribuição geográfica e os locais no parque onde é provável o seu avistamento.

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Pelecaniformes (ordem) Ardeidae (família)

Pelecaniformes Ardeidae

socozinho

maria-faceira

(espécie) Butorides striatus (nome científico) Striated Heron (nome em inglês)

Syrigma sibilatrix Whistling Heron

Tamanho

36 cm

Tamanho

53 cm

Distribuição geográfica

Presente em todo o Brasil e nas regiões de clima quente, ao redor do planeta. Estão incluídas as Américas, África, Ásia, Austrália e ilhas do oeste do Oceano Pacífico

Distribuição geográfica

Ocorre da Venezuela e Colômbia ao Paraguai, Bolívia e Argentina. No Brasil, é encontrada nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul

Ocorrência no parque

Nas margens do córrego e lagoa

Ocorrência no parque

Em todas as áreas, exceto na mata

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Passeriformes Hirundinidae

Passeriformes Troglodytidae

andorinha-serradora

corruíra

Stelgidopteryx ruficollis Southern Rough-winged Swallow

Troglodytes musculus Southern House Wren

Tamanho

14 cm

Tamanho

12 cm

Distribuição geográfica

Ocorre da América Central à Argentina e em todo o Brasil. No sul do país, é migratória. Encontrada também da Costa Rica e Panamá até os demais países da América do Sul, com exceção do Chile

Distribuição geográfica

Tem ampla distribuição, ocorrendo desde o Canadá até o sul da Argentina, no Chile e em todo o Brasil

Ocorrência no parque

Em todas as áreas

Ocorrência no parque

Em todas as áreas

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Passeriformes Troglodytidae

Passeriformes Polioptilidae

garrinchão-de-barriga-vermelha

balança-rabo-de-máscara

Cantorchilus leucotis Buff-breasted Wren

Polioptila dumicola Masked Gnatcatcher

Tamanho

14,5 cm

Tamanho

12 cm

Distribuição geográfica

Em toda a Amazônia brasileira, na região CentroOeste e nos estados do Piauí, São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Encontrado também no Panamá e em todos os demais países amazônicos

Distribuição geográfica

Ocorre na Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai e Brasil (sudeste do Pará, Goiás, de Minas Gerais a São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso)

Ocorrência no parque

Nas margens do córrego e na mata de galeria

Ocorrência no parque

Em todas as áreas

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Passeriformes Estrildidae

Passeriformes Passeridae

bico-de-lacre

pardal

Estrilda astrid Commons Waxbill

Passer domesticus House Sparrow

Tamanho

10,5 cm

Tamanho

15 cm

Distribuição geográfica

Ocorre no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Pernambuco, Pará, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão, Distrito Federal, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul

Distribuição geográfica

Potencialmente, ocorre em todo o território brasileiro, sendo restrita a áreas com ocupações humanas

Ocorrência no parque

Em todas as áreas, exceto na mata de galeria

Ocorrência no parque

Em todas as áreas, exceto na mata de galeria

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A

caderneta de campo

Nas páginas da Caderneta de Campo há lugar para o observador anotar o dia da observação, o local visitado, a data e a hora, as condições climáticas. E, principalmente, há espaço reservado para anotações sobre as espécies observadas, conhecidas ou não. Para ajudar na identificação de aves que não se conhece, recomenda-se fazer uma avaliação do tamanho e da forma da ave, comparando-a com alguma outra já conhecida. Por exemplo, podemos citar as referências: “do tamanho do joão-de-barro”; “menor que o pombo”; “com a forma de um pardal”. Deve-se registrar a coloração da plumagem e a distribuição das cores no corpo. O desenho de ave colocado nas páginas da Caderneta é para ajudar nas anotações e posterior identificação das espécies. Conhecer a morfologia das aves é importante para que, tanto as anotações como os desenhos, descrevam com maior precisão as características observadas. Quanto mais detalhes se observar e se registrar, mais fácil ficará a identificação posterior das aves, seja consultando as fotos deste volume, seja consultando as fotos e desenhos de outros guias.

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Local: Data: Clima:

Hora:

Observação

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Espécie

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Referências

Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (2011) Listas das aves do Brasil. 10ª Edição. Develey, Pedro F. e Edson Endrigo. Aves da Grande São Paulo, 2004. São Paulo: Aves e Fotos Editora Efe, Márcio Amorim. Guia prático do observador de aves, 1999. Florianópolis: PROAVES Fonseca, Fernando Oliveira (organizador). Águas Emendadas, 2008. Brasília: Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente Gwynne, John A., Robert S. Ridgely, Gui Tudor e Martha Argel. Aves do Brasil. Vol. 1. Pantanal e Cerrado, (2010) São Paulo: Editora Horizonte

Simões, Luciana Lopes (coordenação geral). Guia de Aves Mata Atlântica paulista – Serra do Mar e Serra de Paranapiacaba, 2010. São Paulo: WWF Brasil Táxeus. Lista de Espécies www.taxeus.com.br Oliveira, Ailton Carneiro de, Mieko Ferreira Kanegae, Marina Faria do Amaral e Fernando de Lima Favaro. Guia para observação de aves do Parque Nacional de Brasília, 2011. Brasília: ICMBio Wikiaves. A Enciclopedia das Aves do Brasil www.wikiaves.com.br

Sick, Helmut. Ornitologia Brasileira, 2001. Rio de Janeiro: Nova Fronteira Sigrist, Tomas. Avifauna Brasileira, 2009. Vinhedo: Avisbrasilis Editora

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foto: margi moss

tancredo maia filho, arquiteto e observador de aves, nasceu em Rio Branco – AC, em 1947. É membro do grupo Observadores de Aves do Planalto Central – OBSERVAVES – e usuário do Wikiaves (http://www.wikiaves.com.br/perfil_tancredomaiafilho). Projetou e coordenou as exposições Nasce um beijaflor (2009), Aves de Brasília – 50 anos (2010), Aves – Parque Olhos D’Água (2012) e Expedição do Cantão à Confusão (2013). Nas matas, rios e igapapés de Cruzeiro do Sul – AC, aprendeu que a natureza é mágica, sábia e incrivelmente transformadora. papel do miolo: couchê fosco 90 g/m² e alvo alvura 90 g/m² papel da capa: duo design 240 g/m² tipologia: helvética, desenvolvida em 1957 por max miedinger e eduard hoffman

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preserve as aves livres reinaldo guedes fundador do wikiaves

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