Catálogo de exposição

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FL AV YA MUTR AN BANCO DA AMAZÔNIA PRESIDENTE

ABIDIAS JOSÉ DE SOUSA JÚNIOR DIRETOR DE INFRA-ESTRUTURA DE NEGÓCIO

ANTONIO CARLOS DE LIMA BORGES DIRETOR DE GESTÃO DE RECURSOS

JORGE IVAN FALCÃO COSTA DIRETOR DE CONTROLE E RISCO

CARLOS PEDROSA JÚNIOR DIRETOR COMERCIAL E DE DISTRIBUIÇÃO

GILVANDRO NEGRÃO SILVA DIRETOR DE ANÁLISE E REESTRUTURAÇÃO

EDUARDO JOSÉ LIMA CUNHA

ESPAÇO CULTURAL BANCO DA AMAZÔNIA Av. Pte Vargas, 800 – Térreo Belém/PA, Brasil, 66017-901 Contatos e agendamentos de visita: (91) 4008-2809 e 4008-3334. espaçocultural@bancoamazonia.com.br www.bancoamazonia.com.br

1 ª E D I ÇÃO

Pretérito Imperfeito de Territórios Móveis, de Flavya Mutran, foi contemplado com o XI PRÊMIO FUNARTE MARC FERREZ DE FOTOGRAFIA 2010

REALIZAÇÃO

BELÉM/PA 2011


DISTRIBUIÇÃO GRATUITA, PROIBIDA A VENDA

M992

Mutran, Flavya Pretérito Imperfeito de Territórios Móveis /[fotografias, textos] Flavya Mutran – Belém, 2011 28 p. Textos de Flavya Mutran e Vânia Leal. ISBN 978-85-912050-1-1 1. Arte Contemporânea. 2. Fotografias sobre álbuns de Redes Sociais I. Título CDD - 779

FLAVYA MUTRAN é paraense e atua na área da Arte e da Comunicação desde 1989. É Mestre em Artes Visuais com pesquisa sobre Novas Tecnologias e Processos Tradicionais de Fotografia e Imagem, pelo PPGAVI do Instituto de Artes da UFRGS. Já participou de exposições coletivas, salões de arte, concursos nacionais e internacionais de fotografia no Brasil e no exterior, com obras nos acervos da Coleção Pirelli/MASP, na Coleção Joaquim Paiva, na coleção de Fotografia Contemporânea Paraense do Museu de Arte Contemporânea do Pará e no MAC-RS, entre outras. PRETÉRITO IMPERFEITO DE TERRITÓRIOS MÓVEIS é sua segunda individual e trata da veiculação ilimitada de auto-representações em redes sociais. CONTATO

flavyamutran@gmail.com

FOTOGRAFIAS

FLAVYA MUTRAN CURADORIA

VÂNIA LEAL ORIENTAÇÃO DA PESQUISA

MARISTELA SALVATORI (IA/UFRGS – PORTO ALEGRE/RS)

SITE DA ARTISTA http://flavyamutran.wordpress.com

SELEÇÃO E EDIÇÃO DE IMAGENS

ALBERTO BITAR FLAVYA MUTRAN MONTAGEM DA EXPOSIÇÃO

JEANE MORAES PROJETO GRÁFICO

TATIANA RAYOL ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

DOMINIK GIUSTI PRODUÇÃO EXECUTIVA

FATINHA SILVA

SITE DO PROJETO http://territoriosmoveis.wordpress.com


EXPOSIÇÃO

PRETÉRITO IMPERFEITO Com base na política institucional, planos e programas, o Banco da Amazônia ao apoiar projetos como esse, movimenta a Amazônia, revigora o desafio de ser o principal agente do Governo Federal para promover o desenvolvimento social, econômico, ambiental e político da região Amazônica. Ao explorar o seu espaço cultural, de forma que o artista possa mostrar o seu trabalho, o Banco estimula a prática e a difusão da arte visual, favorecendo o escoamento dessa produção artística, facilitando o acesso ao público, além de divulgar os artistas dessa modalidade, cujas produções são ligadas culturalmente as questões amazônicas. A exposição ‘Pretérito Imperfeito de Territórios Móveis’ se apresentou através do prêmio Banco da Amazônia de Artes Visuais e foi contemplado. A mostra utiliza a fotografia como ferramenta representativa de uma pesquisa realizada nas redes sociais. Assunto atual, moderno e conectado com a contemporaneidade o qual a instituição se contenta em estimular o debate e a reflexão. Banco da Amazônia.


O ROSTO COMO

TESTEMUNHA AGRADECIMENTOS Afonso Medeiros Alberto Bitar Alexandre dos Santos André Venzon – MAC-RS Andrea Kellerman Associação Fotoativa Confraria do Tucupi Deusa e João Vidal Dinamize – Porto Alegre/RS Eduardo Vieira da Cunha Elza Lima Georgia Teixeira Lauro Barbosa Kamara-Kó Galeria Makikó Akao Marriba Mutran Lisboa Maristela Salvatori Maria Tereza Mutran Pereira Miguel Chikaoka Mônica Teixeira da Costa Nadja Peregrino Roberta Maiorana Rubens Fernandes Júnior Tiago Santana Valmyr Matos Pereira

A Exposição “Pretérito Imperfeito de Territórios Móveis”, apresentada pelo Banco da Amazônia, é o resultado de uma experiência fascinante de Flavya Mutran no universo das redes sociais. O conjunto diversificado de imagens se desdobra em caminhos metafóricos, como um segredo a ser encontrado “nos rostos do eu, do outro e do lugar”. Sabemos que apreender fotograficamente o rosto como um território movente no fluxo da interação social não é uma tarefa das mais fáceis, mas esse conjunto diversificado de imagens revela que o olhar para o espaço virtual mergulha numa espécie de labirinto, de inconstante fronteira, numa trama complexa de singularidades que se cruzam e se interpenetram o tempo todo. O registro sobre a memória sempre foi uma constância na poética de Flavya, uma caminhante em busca de imagens intimistas e subjetivas do humano. É exatamente essa a impressão que temos destas três séries de fotografias - Egoshot, Bioshot e There´s no Place Like 127.0.0.1 -, que fogem da abordagem documental para se transformar em fragmentos que anunciam um suposto passado incerto, um presente instável, um futuro partido, pulverizado. A força dessa fragmentação e a convicção experimental desse trabalho apontam, na verdade, para a singularidade do olhar sobre rostos de expressões fortuitas, mundanas, que habitam espaços irreconhecíveis. A superposição de reflexos, os encontros e desencontros, o dentro e o fora, o íntimo e privado, as confusões visuais, as luzes estranhas, os detalhes banais e os índices tecnológicos criam espécies de vertigens. Testam o poder de sedução que a Fotografia exerce sobre nós, e a partir daí, oferece infinitas possibilidades de leituras sobre a questão do tempo e do espaço como uma nova plataforma para múltiplas inscrições. A fotografia contemporânea de Flavya respeita a memória num desejo utópico de não perder

a alma. Assim, seus habitantes podem apropriar-se de maneira prospectiva, para poder sonhar com um futuro desejável para o mundo virtual. As imagens de Flavya como arte, tornam isto possível!

Vânia Leal* * Macapá/AP, 1962. Mestre em Comunicação, Linguagem e Cultura pela Universidade da Amazônia, é docente e coordenadora do curso de Design Gráfico da Faculdade de Estudos Avançados do Pará - FEAPA. Coordena a Curadoria Educacional do Projeto Arte Pará, sendo responsável pela Editoração do catálogo anual do Salão e do encarte especial do Arte Pará, no jornal O Liberal. Atua na área da curadoria e pesquisa em Artes desde 2004, já tendo participado de júris de premiação e organização de salões como o UNIVERSIA ARTE, Salão Unama de Pequenos Formatos, da curadoria da individual de Odair Mindelo no Edital do Banco da Amazônia em 2010, e do mapeamento da região Norte no Projeto Rumos Itaú Cultural de Artes Visuais, Edição de 2011. Vive e trabalha em Belém/PA.

Muitas pessoas já indicaram que a revolução do computador é maior que a da roda em seu poder de remodelar a visão humana e sua organização. Enquanto a roda é uma extensão do pé, o computador dá-nos o mundo onde a mão do homem jamais pôs o pé. MARSHAL MCLUHAN (1971: p. 53)



PA S S EI O S PE LO R O S TO - M A PA


O caráter de repetição de imagens autofigurativas nas redes sociais remete a um fenômeno recorrente em álbuns da web: o EU como centro das atenções. Ao juntar a série EGOSHOT com QR-CODES pretende-se expor parte dos questionamentos da pesquisa, e estendê-los para além dos muros da academia e do espaço expositivo, propondo uma reflexão sobre os meios de comunicação e exibição que hoje fazemos uso.


EGOSHOT 2010 © Flavya Mutran


EGOSHOT 2010 © Flavya Mutran


EGOSHOT 2010 © Flavya Mutran


EGOSHOT 2010 © Flavya Mutran


M U R O B R A N C O, BU R AC O N EG R O


Para UMBERTO ECO (1989: p. 14), a concepção de que ‘o rosto é o espelho da alma’ é uma certeza histórica, mas não é científica. Faz parte do que Hegel costumava chamar de uma constatação ‘fisiognomônica natural’, apoiada num conhecimento empírico de que os traços fisionômicos de um indivíduo, ou as dimensões de outros órgãos, seriam sinais que remetem a um caráter interno.

A IN V E N ÇÃO D O LU G A R


A montagem da série BIOSHOT foi feita em vinil autocolante aplicado em espelho, montado em perfil de madeira fosca preta, em tamanho 20x30cm. A escala da imagem se aproxima do tamanho médio de uma cabeça/rosto refletida sobre os espelhos do dia a dia. Acima, imagens da série expostas na Galeria Xico Stockinger, MAC-RS, em Porto Alegre/RS (março/2011)


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