O abandono de cães e gatos em Campo Grande

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS CURSO DE JORNALISMO

O ABANDONO DE CÃES E GATOS EM CAMPO GRANDE – VIDEODOCUMENTÁRIO

GABRIELA GALVÃO MARTINS GABRIELLA LETÍCIA FERNANDES DE OLIVEIRA

Campo Grande MARÇO/2017


O ABANDONO DE CÃES E GATOS EM CAMPO GRANDEVIDEODOCUMENTÁRIO GABRIELA GALVÃO MARTINS GABRIELLA LETÍCIA FERNANDES DE OLIVEIRA

Relatório apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina Projetos Experimentais do Curso de Jornalismo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Orientadora: Profª Dra Taís Marina Tellaroli Fenelon

UFMS Campo Grande MARÇO -2017


SUMÁRIO Resumo

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Introdução

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1. Atividades desenvolvidas

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1.1 Execução

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1.2 Dificuldades encontradas

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1.3 Objetivos alcançados

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2. Suportes teóricos adotados

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2.1 Entrevistas

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2.2 Vídeodocumentário

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2.3 O Abandono animal

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2.4 Obrigações do Estado

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2.5 Organizações não governamentais e protetoras independentes

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3. Considerações finais

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Referências

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Apêndice

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RESUMO: O abandono de cães e gatos em Campo Grande é um produto de comunicação de curta metragem que aborda a problemática do abandono de cães e gatos na cidade de Campo Grande (Mato Grosso do Sul) por meio de um vídeodocumentário construído com entrevistas de membros da sociedade e de órgãos públicos. Este trabalho trata sobre o que fazem as Organizações Não Governamentais e iniciativas individuais de proteção aos animais para combater a prática do abandono. Aborda também qual o papel do Estado por meio de seus órgãos, Secretária de Saúde/Centro de Controle de Zoonoses, Polícia Militar e Polícia Civil e qual seria a melhor solução para amenizar o problema.

PALAVRAS-CHAVE: Vídeodocumentário- Abandono de cães e gatos- Proteção animal – Campo Grande


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INTRODUÇÃO O tema sobre o mundo animal, embora venha ganhando espaço em jornais e revistas, normalmente, é tratado em programas especiais que trazem a natureza como uma questão biológica distante da cidade, ou ainda, ganha visibilidade quando um caso pontual e de grande repercussão ocorre. Segundo Pesquisa divulgada em 2014, pela Organização Mundial de Saúde, o Brasil possui 30 milhões de animais abandonados. Esses animais são deixados muitas vezes dolosamente nas ruas. O abandono de cães e gatos é um tema que merece ser tratado de uma maneira mais aprofundada, abordando sob diversos ângulos o que essa atitude traz de consequências, já que faz parte das problemáticas que tendem a crescer nas grandes cidades. Não só segurança, saúde, iluminação pública, falta de vagas em creches são problemas governamentais, o abandono animal traz consequências para os animais e para a população por meio da proliferação de doenças e superpopulação de animais. O presente produto trata do problema do abandono de animais domésticos na cidade de Campo Grande, abordando os aspectos das obrigações e omissões do poder público como, por exemplo, qual o trabalho o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) deveria realizar e o que realmente realiza. Trata como os órgãos fiscalizadores (polícia militar e civil) utilizam a Lei de Crimes Ambientais na defesa do animal e como as Organizações Não Governamentais (ONGs) de proteção e iniciativas individuais auxiliam na resolução do problema do abandono. Os direitos dos animais avançam ao longo dos anos, a visão retrógrada de enxergar o cão e gato ou qualquer outro animal como um objeto ou propriedade, não cabe mais. Aquele que possui a tutela do animal é considerado seu guardião responsável. A Constituição Federal trata sobre o direito à vida e isso inclui a vida animal, ou seja, o uso ou abuso é penalizado. O emprego do termo “posse” apresenta uma ideologia implícita em sua semântica: o animal ainda continuaria a ser considerado um “objeto”, uma “coisa”, que teria um “possuidor” ou “proprietário”, visão que consideramos já superada, sob a ótica do direito dos animais, visto que o animal é um ser que sofre, tem necessidades e direitos (OLIVEIRA;SANTANA, p.2, 2006).


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O abandono é um crime previsto pela Lei 9605/1998, além da questão do fato típico com pena regulada por lei, quando o agente abandona aquele ser vivo, ele coloca o animal à sorte. Fica a questão de como aquele ser obterá alimentos, a exposição do bicho ao risco de atropelamento, podendo tornar-se um vetor de doenças, entrar em confronto com outros animais e outras situações que levam a lesões ou mesmo o risco de óbito. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (ABINPET) em pesquisa realizada em 2013, a população estimada de cães e gatos era de 74,3 milhões no Brasil, totalizando 52,2 milhões de cães e 22,1 milhões de gatos. Esse dado reforça o quanto esse problema é amplo e não pode ser deixado de lado.

Apesar dos avanços no âmbito legislativo e da melhoria na justiça brasileira, os animais ainda são discriminados pela indiferença humana vistos como seres de insignificância jurídica. As leis existem, porém, a implementação de punição aos infratores ainda é muito fraca. E da mesma forma, não há uma política de conscientização da sociedade para a guarda responsável desses animais (SOUZA; p.112, 2016).

O objetivo deste videodocumentário é a produção de um produto de comunicação que trate sobre este tema em Campo Grande e então de forma específica, caracterizar o que é o abandono animal, as consequências sociais do abandono de cães e gatos para a cidade e para a população, retratar o trabalho das principais ONGs de Campo Grande que atuam na defesa animal, identificar as dificuldades vividas pelas ONGs e pelos ativistas da causa e definir as obrigações legais do estado e de seus órgãos. O abandono animal de cães e gatos acontece de duas formas, seja aquele animal abandonado em casa pelos donos, sem a menor condição de vida ou aquele que é abandonado nas ruas ou em terrenos baldios. Logo esse trabalho se justifica, pois esta é uma problemática que faz parte da cidade de Campo Grande e é pouco tratada como foi percebido durante as pesquisas realizadas para este projeto.


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1 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Desde o ano passado (2016), decidimos que queríamos falar sobre o abandono de cães e gatos em Campo Grande, não tínhamos certeza sobre o produto que seria mais adequado, mas devido ao tema despertar emoção por meio de expressões retratadas em imagem e som, acreditamos que o vídeo seria o mais expressivo para o tema. À medida que fomos realizando as leituras e pesquisas, percebemos que um videodocumentário focado nas entrevistas seria o produto mais humano e adequado para nossa proposta. A escolha do tema, o levantamento bibliográfico, a elaboração do projeto, a montagem e organização dos roteiros de entrevistas e a entrega do projeto de pesquisa seguiram o cronograma previsto. Entretanto, as gravações sofreram atraso e consequentemente a edição do material em razão do fim de ano. Não conseguimos agendar entrevistas com os órgãos públicos em dezembro e nem com as protetoras, tanto em razão da mudança de chefias como por conta de viagens e festividades natalinas em que as fontes se mostraram sempre indisponíveis. Protetoras animais são aquelas pessoas que atuam de forma independente ou dentro de ONGs realizando um trabalho que suscite o bem estar animal, seja por meio de conscientização, resgate, campanha de adoção e castração. As atividades desenvolvidas foram: levantamento e pesquisa bibliográfica sobre o tema, seleção de fontes, produção de roteiro de entrevistas, entrevistas, produção do roteiro final, edição, sonorização e revisão final. Anteriormente à produção do produto em si, foram realizados encontros com a orientadora para que conjuntamente fosse definido o melhor formato para o produto. Também participamos de reuniões com protetoras independentes e Organizações Não Governamentais para que pudéssemos conhecê-las e apresentar nossa proposta para que, só depois, houvesse o agendamento das entrevistas, estabelecendo assim uma relação de confiança.


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1.1 Execução: Primeiramente,

elaboramos

roteiros

de

perguntas

padrão

para

as

ONGs/Protetoras e outros específicos para cada órgão que entendemos serem importantes braços do estado que atuam neste sistema, sendo eles: Centro de Controle de Zoonoses, Polícia Militar Ambiental e Delegacia Especializada em Combate a Crimes Ambientes e Atendimento ao Turista. A câmera utilizada em todas as filmagens foi a Nikon Digital Câmera D700 com a lente AF S Nikon 18-105mm 1:3.5-5.6G ED e microfone de lapela sem marca adquirido em loja de equipamentos musicais, tudo gravado em 1920 X 1080, 24fps, qualidade alta. Foi realizado contato telefônico com todas as protetoras/ONGs que estiveram em uma reunião que participamos no início de dezembro: Anjo de Quatro Patas, Cão Feliz, Fiel Amigo, Vira-latas e protetoras independentes, sem vinculação com ONGs. Nos órgãos públicos conseguimos os telefones e endereços na internet, realizamos o contato e posteriormente os agendamentos. Passamos por um grande trâmite interno para autorização de entrevista com o CCZ, ligamos inicialmente no Centro, que nos repassou o contato da Assessoria de Comunicação da Prefeitura. Após contato telefônico, foi feito o pedido por e-mail. Depois de três e-mails, fomos autorizados pela chefia da assessoria e a determinação foi despachada ao órgão subordinado, neste caso, a Secretaria de Saúde. Um funcionário da Secretaria nos passou o contato do provável novo chefe do CCZ, o médico veterinário e professor universitário André Luiz Soares da Fonseca. Entretanto, até o término deste trabalho a publicação da nomeação do professor André Luiz Soares da Fonseca não havia ocorrido, ainda que diariamente após às 17h, ele visite o órgão e já seja considerado Diretor pelos funcionários. Gravamos com ele em razão da Prefeitura já tê-lo indicado para o cargo, sendo intitulado no trabalho como “futuro diretor”. A visita ao CCZ não foi autorizada por ele e nem pelos funcionários, sendo gravadas apenas imagens externas. A primeira entrevista foi realizada com a ONG Anjo de Quatro Patas por meio de sua presidente Cinthia Borges e conhecemos o espaço que ela está construindo para abrigar os animais. Foram feitos todos os testes com a câmera e realizamos uma


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filmagem de cerca de uma hora. Entretanto, após passarmos o material para o computador percebemos um problema grave no foco, após consultar alguns colegas e o técnico Elias da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, foi verificado que a lente que usamos estava quebrada, sendo substituída por outra para realizarmos as gravações seguintes. A segunda gravação foi com Adriana Souza Freitas, bacharel em direito e ativista da causa animal. Ela optou por não participar de uma ONG especificamente, mas ajudar a todas com seu conhecimento na área jurídica. Foram produzidos vinte minutos de gravação, sendo quinze minutos de entrevistas e cinco minutos de imagens dos animais resgatados por ela. A terceira gravação foi realizada com a Delegada Titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e Atendimento ao Turista-Decat, Rosely Aparecida Molina na sede da própria Delegacia, foram cerca de dezessete minutos de entrevistas seguindo o roteiro produzido e mais cinco minutos de conversa informal em que ela revelou opiniões importantes sobre o tema. A quarta gravação foi realizada com o Tenente Coronel da Polícia Militar Ednilson Paulino Queiroz, biólogo e responsável pela comunicação social do batalhão de polícia militar ambiental. Gravamos por cerca de onze minutos, desmistificando a atuação da Polícia Militar apenas nos casos envolvendo animais silvestres. A quinta gravação foi feita com Valéria Marques Ferreira Campos, que participa ativamente na coordenação da ONG Vira-latas. Foram produzidos 45 minutos de entrevista, onde foi relatado, além da sua opinião sobre o tema, as dificuldades enfrentadas para manter uma ONG e a realidade do CCZ vista em suas visitas ao Centro. Foi realizado contato com duas ONGs mais conhecidas da cidade, o Abrigo dos Bichos e a Ammar, não obtendo retorno referente a autorização para as entrevistas. Foi realizado contato com a primeira entrevistada informando o problema técnico apresentado pela câmera, sendo reagendado por diversas vezes e cancelado pela diretora da ONG Anjo de Quatro Patas por problemas particulares.


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A sexta entrevista foi realizada com a senhora Kelly Cristina Macedo, presidente da ONG Cão Feliz na sede da entidade, onde foi possível visualizar in loco o trabalho realizado por ela. A sétima entrevista foi com Laura Cristina Garcia Brito na Chácara da ONG Fiel Amigo. Cabe ressaltar que a maioria das ONGs não permitiu a visita em razão de em situações anteriores em que divulgaram sua sede com endereço, tiveram animais jogados em seus terrenos. Após estabelecer uma longa relação de confiança, Laura Cristina permitiu que visitássemos a ONG e conhecemos sua sede, as histórias de seus animais e com a garantia que seu endereço não fosse disponibilizado. Além disso, foram realizadas diversas imagens de cães e gatos abandonados pelas ruas da Cidade de Campo Grande, animais doentes, animais sadios, filhotes, cadelas amamentando animais. Imagens de vários ângulos para mostrar a perspectiva tanto do humano que circula pelas ruas, como do próprio animal, que tem de conviver com a fome, sede, circulação de veículos que coloca sua vida em risco. Após a gravação de todo o material estruturamos o roteiro em cinco partes: Introdução, O Abandono Animal, As obrigações do Estado, Organizações Não Governamentais e Finalização. Foram selecionados os trechos/sonoras que fariam parte de cada um e estruturado o roteiro com sugestões de sonorização e imagens, sendo encaminhado para a edição e finalizado.

1. 2 Dificuldades Encontradas As dificuldades apresentadas referem-se principalmente na burocracia e imposições que enfrentamos para conseguirmos agendamento de entrevista e visita ao Centro de Controle de Zoonoses, órgão chave do tema tratado. Após todas as dificuldades, conseguimos a autorização, entretanto, por conta da mudança de administração na prefeitura municipal, o órgão encontra-se sem chefia oficial, o que gerou mais de um mês de espera. Outro ponto é o fato da greve ter alterado o calendário acadêmico, fazendo com que o fim de dezembro e todo o mês janeiro fizessem parte do semestre, meses


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em que grande parte das pessoas tiram férias, o que dificultou o agendamento de entrevistas com ONGs ou protetoras, que só se disponibilizaram do meio de janeiro para frente. Além disso, a alta demanda que o Elias, profissional de edição da universidade, e a pouca estrutura, fez que com que tivéssemos que contratar um profissional de fora da instituição para editar o videodocumentário, o que gerou um alto custo para as acadêmicas.

1.3 Objetivos Alcançados O

objetivo

principal deste

trabalho

que

era

a

produção

de

um

videodocumentário sobre o abandono animal em Campo Grande que foi conseguido com êxito. O produto final caracteriza o que é o abandono animal, as consequências do abandono de cães e gatos para a cidade e para a população, conhecemos o trabalho das principais ONGs da cidade que atuam na defesa animal, identificamos as dificuldades vividas pelas ONGs e por ativistas da causa. Também verificamos as obrigações legais do estado e de seus órgãos e conseguimos mensurar que o Estado não vem cumprindo seu papel. Conseguimos inclusive levantar um dado alarmante passado por um dos entrevistados, o professor do curso de veterinário da UFMS, André Fonseca. Uma cidade igual Belo Horizonte, eutanásia de 4 a 7 mil animais por ano, uma capital que é quatro vezes maior que Campo Grande e em nossa cidade, são mortos de 14 a 18 mil animais.


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2 SUPORTES TEÓRICOS ADOTADOS: 2.1 Entrevistas

A criação de um produto audiovisual baseado essencialmente em entrevistas de personagens que vivenciam um tema, seja em razão de sua função (órgãos públicos), seja em razão de uma escolha de vida (protetores animais) exige de quem está produzindo conhecimento teórico sobre entrevistas, como proceder, que técnica usar, como se aprofundar e ganhar confiança. A sensibilidade é um dos principais requisitos para produção de um produto humano que explora a sensibilidade do expectador, que é o objetivo deste produto, utilizados então os conhecimentos de Cremilda Medina. Um repórter que se debruça sobre o entrevistado para sentir quem é o outro, como se estivesse contemplando, especulando uma obra de arte da natureza, com respeito, curiosidade, por certo esses fluídos positivos de uma percepção aberta chegarão, por complexos sinais, à percepção do entrevistado. (MEDINA, 1990, p.31)

A autora ainda ressalta que a produção de um material de qualidade está relacionado com a não espetacularização e sensacionalismo, sendo assim, ouvindo o entrevistado sem buscar ridicularizá-lo, sem pré-conceitos ou pré-julgamentos. “O entrevistador deve investir de imediato na própria personalidade para saber atuar numa interrelação criadora” (MEDINA, 1990, p.11). Usando destes paradigmas é que foram realizadas as entrevistas produzidas para este produto, tentando nos despir de quaisquer pré-conceitos e opiniões já estabelecidas para nos imergir no mundo do abandono animal de cães e gatos sobre os completos aspectos que cada parte deste sistema age.

2.2 Videodocumentário O documentário procura retratar um determinado tema ou assunto da sociedade mostrando aspectos reais e detalhando o assunto, expondo em profundidade. Os assuntos tratados podem ser aqueles que possuem valor-notícia ou ainda, assuntos que não tem espaço nas mídias tradicionais.


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Os documentários de representação social são os que normalmente chamamos de não-ficção. Esses filmes representam de forma tangível aspectos de um mundo que já ocupamos e compartilhamos. Tornam viável e audível de maneira distinta, a matéria de que é feita a realidade social, de acordo com a seleção e organização realizadas pelo cineasta. (Nichols, 2005, p.26)

O formato permite transmitir informações para que o próprio público consiga inferir suas próprias conclusões sobre um determinado tema, já que permite se imergir no assunto. No produto elaborado, o assunto é o abandono de cães e gatos em Campo Grande. Por meio das informações prestadas nas entrevistas das personagens, conscientizar as pessoas sobre o não abandono, retratar a realidade de quem dedica sua vida a essa causa e a ineficácia das políticas públicas para os animais. O documentário procura tornar palpável àqueles que ali estão assistindo o produto, a realidade mostrada de uma forma profunda, tornando-o parte daquele mundo, ainda que até pouco tempo desconhecesse esse assunto

O mundo da experiência sensorial não tem uma face externa palpável. Por isso, não produzo o mundo, mas fabrico a forma de produzir esse mundo. Assim, a minha percepção do mundo e a descrição que faço dele são frutos da categorização que elaboro constantemente dos objetos que me rodeiam. (SILVA, 2016, p.15)

. O videodocumentário é um filme que busca retratar a realidade, neste caso, um curta metragem, com duração de 15 minutos. O documentário está estruturado por meio de vídeo, ou seja, se utilizará do instrumento da imagem e do som para mostrar o abandono animal de cães e gatos em Campo Grande. O tema demanda a visualização do movimento, da cena, da expressão para que o animal que não possui racionalidade consiga ter seus sentimentos e expressões retratados. “O

vídeo

documentário

se

caracteriza

por

apresentar

determinado

acontecimento ou fato, mostrando a realidade de maneira mais ampla e pela sua extensão interpretativa”. (Zandonade e Fagundes, 2012, p. 11). Tanto o documentário quanto o vídeodocumentário tem o mesmo objetivo, a construção e divulgação de um determinado significado e valor, sob a ótica do cineasta


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construindo a visão de um determinado assunto, no caso, o abandono animal na cidade de Campo Grande. As teorias do documentário estão concentradas na produção cinematográfica, que apesar de se distinguir do vídeo-documentário enquanto público e produção, se assemelha nas funções e características adotadas no gênero (Zandonade; Fagundes, 2012, p. 11).

O formato permite humanizar a relação do animal e seu guardião responsável e os maus-tratos sofridos pelos animais. O tema é aprofundado com base nas

entrevistas,

construídas

e

dispostas

de

acordo

com

a

divisão

de

atribuições/responsabilidade. Podemos considerar que os sistemas audiovisuais são como próteses do corpo humano, que num primeiro momento são usadas para registrar/conhecer o ambiente, o comportamento, as vicissitudes da sociedade humana. E, num momento posterior a esses registros, transmitir esse conhecimento adquirido para outras pessoas, num processo de Compartilhamento da Consciência. (GODOY, 1999).

O recorte utilizado foi se existem ou não medidas públicas municipais para coibir o abandono, planos de ações para conscientização da população. Além disso, mostrando a realidade do Centro de Zoonoses, o destino dos animais que são deixados para possíveis doações ou para eutanásia (se for comprovado por laudo médico do animal). Também engloba o outro lado da questão, as Organizações NãoGovernamentais (ONGs) e protetores animais, e as dificuldades que enfrentam para se manter ativas e ajudando os animais. O documentário, portanto, coloca em questão o problema do universo de referência e as diferentes modalidades discursivas, podendo utilizar as mais diversas técnicas, tais como o filme ou vídeo de montagem, o cinema direto, reportagem, atualidades, uma produção didáticoeducativa ou até um filme caseiro feito com uma câmera de celular (CARVALHO, 2006).

Não se deve confundir o formato videodocumentário a um filme de ficção, haja vista o objetivo e o processo criativo, de produção e de execução serem distintos. Para Melo(2002, p.26), a principal diferença é: “o que pode ser escrito ou planificado de


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modo equivalente a este último, o percurso para produção do documentário supõe uma liberdade e o registro in loco”.

2.3 O Abandono animal O abandono animal é um problema social e de saúde pública que afeta não só Campo Grande, mas todo o Brasil. Os animais são abandonados por velhice, por dar muito trabalho ao dono, doença ou só pelo fato de não querer o animal mais. O estado, responsável legal pelos animais, não atua de forma eficaz na conscientização da população quanto a guarda responsável de um animal e a sua castração, forma mais eficaz de evitar o aumento da população. Os animais abandonados em vias públicas estão expostos a fome, sede, atropelamentos, brigas com outros animais,

doenças e reprodução desordenada –

quando não castrados. Nesses casos, o animal é levado, quando capturado, ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) ou resgatado por alguma Organização NãoGovernamental (ONG) que procuram cuidar e, posteriormente, se possível, colocá-lo para a adoção. No cotidiano, observam-se muitas arbitrariedades praticadas pelo homem que aniquilam a dignidade desses seres geralmente indefesos, ao promover todas as modalidades de abusos, maus tratos e crueldade, ou então, adestram-nos para se tornarem violentos e, assim, portá-los como se armas fossem, quando não os abandonam a toda sorte de riscos, transformando-os em vítimas inocentes e vetores de doenças, afetando, inclusive, a saúde pública. (Santana; Oliveira, 2006, p.67)

A falta de respeito com os animais e de conscientização que aquele animal é um ser sensível a dor, que tem emoções, também poderiam explicar, até certo ponto, o porquê das pessoas abandonarem um ser incapaz de se defender. A coisificação do animal tratado como objeto ou propriedade do seu guardião é passada a gerações. Ao adotar ou comprar um animal, a pessoa deve estar ciente de que aquela vida precisa de cuidados básicos como alimentação, higiene e vacinas. A questão da guarda responsável de animais domésticos é um das mais urgentes construções jurídicas do Direito Ambiental, visto a crescente demanda que se tem verificado nas sociedades, pois a urbanização cada vez mais crescente vem suplantando hábitos coletivos entre os indivíduos que, isolados em seus lares, têm constituído fortes laços afetivos com algumas espécies, como é o caso dos cães e gatos,


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transformando-os em verdadeiros entes familiares. (Santana; Oliveira, 2006, p.67)

O tema abandono animal ainda é pouco tratado pela sociedade, com exceção de alguns casos de maus-tratos que tiveram visibilidade nacional, chocando pelas fortes imagens exibidas nos noticiários. Independente de ser filmado ou não, de chegar ao conhecimento do poder público, milhares de animais são maltratados diariamente, seja por falta de alimentação, cuidado, por agressões que levam até a morte, serem abandonados em vias públicas ou deixados nas casas, enquanto seus responsáveis viajam sem condições para sobreviver. Abandono animal é crime, tipificado na chamada Lei dos Crimes Ambientais (Lei 9605/98). Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. § 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. § 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.( (BRASIL, Lei 9605, 1998, art. 32)

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Todos os animais são tutelados do Estado, e é de responsabilidade dele protegê-los. Segundo o artigo 224, inciso VII, da Constituição Federal Brasileira: cabe ao “poder público proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade” (BRASIL, 1988).

2.4 Obrigações do Estado A tutela do Estado refere-se tanto da responsabilidade diária sobre o animal, como quando ele sofre maus tratos e precisa de alguém para representá-lo judicialmente.


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Ao denunciar os maus tratos, o Estado se torna autor do processo representado pelo Ministério Público, fiscal das leis, onde ao Estado cabe a função de proteger e, também, possui capacidade para representar os animais, nos termos da Constituição Federal de 1998, onde o animal se encontra sob tutela do Estado. (MURANO e ALVES, 2014, p.4)

Infelizmente a pena ainda é muito branda para crimes de maus-tratos contra os animais, mas um Projeto de Lei (PL 2833/11) de iniciativa do deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP) aguarda votação no Senado Federal para tornar mais eficaz a repreensão aos crimes de maus-tratos e punir o responsável. No âmbito mundial, a Declaração Universal dos Direitos dos Animais (DUDA) também aborda o abandono animal. Essa declaração foi proclamada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em 1978 e o Brasil é signatário. Em seu Art. 6º diz que “Todo o animal que o homem escolheu para seu companheiro tem direito a uma duração de vida conforme a sua longevidade natural. O abandono de um animal é um ato cruel e degradante”. Os crimes de maus-tratos contra animais só chegam à instância do poder judiciário, para julgar o responsável, pelo registro de um Boletim de Ocorrência sobre o fato ou denúncias. A Polícia Militar atua na preservação da ordem pública e no policiamento preventivo, conforme sua função constitucional prevista no Art. 144 da Constituição Federal.(BRASIL, 1988). Essa atribuição refere-se também aos crimes cometidos contra os animais. Todas as unidades da Polícia Militar podem atuar, se acionadas pela população ou se deparem com um flagrante em caso de maus-tratos. Dentro da estrutura da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul existe uma unidade específica para combate aos crimes ambientais, o 15º Batalhão de Polícia Militar Ambiental, que podem ser acionados pela população através de ligação ao 190. A Polícia Militar encaminha a situação à autoridade policial (delegado) para confecção do flagrante ou registro do boletim de ocorrência (BO). O BO também pode ser feito diretamente na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e do Atendimento ao Turista (Decat), no período de


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07h às 18h ou nas Delegacias de Plantão 24h da cidade, Delegacias de Pronto Atendimento Comunitário (Depac). É importante que a denúncia não fique só nas redes sociais, que o denunciante ou qualquer pessoa, que queira ou não se identificar, registre um boletim de ocorrência do fato pra investigação. Segundo dados da Decat em Campo Grande, 302 denúncias chegaram na delegacia da Capital do mês de maio a dezembro de 2016 e destas, 297 foram resolvidas. Ao estado, cabe também a criação de programas de conscientização ao não abandono e a castração animal, melhor forma para controlar a população animal. A serviço do poder público foram criados os Centros de Controle de Zoonoses (CCZs). O que são zoonoses? São doenças naturalmente transmissíveis entre animais e seres humanos. Dentre as zoonoses de relevante importância para Saúde Pública e incidentes em áreas urbanas, destacam-se: raiva, leptospirose, tuberculose, brucelose, toxoplasmose, teníase e cisticercose (Manual Técnico do Instituto Pasteur, 2000, p.7).

Além de ser responsável pelo controle das zoonoses, os CCZs recolhem animais domésticos que estão nas ruas de forma desordenada, misturando num mesmo recinto animais sadios com animais doentes. Como não é proibido que o animal doente seja morto no CCZ, muitos animais que chegam saudáveis, acabam sendo mortos por se misturarem com os doentes. Por mais que esses centros tenham progredido ao longo dos anos, é claramente provada a ineficácia desses locais para receber animais domésticos, desde sua má infraestrutura até o tratamento desumano com os animais.

A política de saúde pública atualmente adotada, além de não controlar as doenças zoonóticas de forma eficaz, ainda as dissemina. É o que se verifica nos próprios métodos de captura, em que os animais são colocados na carrocinha, que é um veículo com jaula única, onde são agrupados de forma indiscriminada, propiciando a proliferação de moléstias, já que animais doentes e sadios compartilham o mesmo espaço. Deveria o órgão gerenciador do CCZ se ocupar de efetivos programas de educação para a posse responsável de animais, que esclarecesse a sociedade sobre a relevância da vacinação, esterilização e adoção de animais, e desestimulasse o abandono. (ORLANDI, 2011, p.7)

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Segundo o site do CCZ da cidade de São Paulo a eutanásia que é praticada em “animais em sofrimento, hiperagressivos ou com doença terminal, mediante avaliação do médico veterinário de plantão”. Em 1992, a OMS apresentou o seu 8º Informe Técnico, afirmando que a melhor forma para o controle de doenças e do aumento da população animal é o controle de natalidade, a conscientização da sociedade ao não-abandono e a castração. Não existe nenhuma prova de que a eliminação de cães tenha gerado um impacto significativo na densidade das populações caninas ou na propagação da raiva. A renovação das populações caninas é muito rápida e a taxa de sobrevivência delas sobrepõe facilmente à taxa de eliminação (a mais elevada registrada até hoje gira em torno de 15% da população canina) (8º Informe Técnico da Organização Mundial de Saúde, 1992, p.59).

2.5 Organizações Não-Governamentais e Protetoras Independentes

Em razão da falta de estrutura do Estado para efetivamente cumprir seu papel de responsável pelos animais, as Organizações Não-Governamentais (ONGs) voltadas para a proteção animal se mobilizam para tentar diminuir os maus-tratos que ocorrem contra esses animais, realizando resgates, coordenando adoções e buscando atendimento veterinário. Primordialmente, é de grande importância saber que protetores de animais são pessoas como nós, eles têm uma vida como qualquer ser humano, mas com uma diferença, qual seja, não ficam inertes e omissos vendo todas as formas de crueldades, compram as brigas, pois os animais não têm como se defender se for necessário e, por isso, mudam a sua vida social em prol dos animais. (MURANO e ALVES, 2014, p.4)

O protetor ou defensor animal não atua pontualmente em uma ou outra situação, mas dedica parte da sua vida a isso. Como a demanda é grande, a maioria das ONGs não tem mais capacidade física e financeira de recolher os animais, já que sobrevivem de doações. Encaminhar denúncias às protetoras, esperando uma atitude só delas ou ainda, publicar casos na internet, não resolvem a situação, são necessárias medidas


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efetivas por parte de toda população. A atribuição dessa responsabilidade por parte da população, somente a protetoras e ONGs faz com que seu elas se sobrecarreguem financeiramente, fisicamente e emocionalmente. Os animais resgatados também precisam de atendimento veterinário, o que faz com que as protetoras e responsáveis pelas ONGs possuam grandes dívidas em clínicas veterinárias e pet shops. Algumas parcerias são feitas com esses estabelecimentos, que pela confiança no trabalho voluntário exercido pelas protetoras, conseguem facilitar o pagamento destes atendimentos, o que não exime o alto custo gerado.


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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As autoras escolheram o tema do abandono de cães e gatos na cidade de Campo Grande por ser um assunto pouco tratado pela mídia diária e que acreditavam que merecia maior visibilidade, durante o processo de construção deste produto conseguiram não só na literatura, mas especialmente na vivência diária, acompanhar a “vida” dos animais nas ruas. De início, o abandono que as autoras conheciam era o ato de alguém abandonar o animal na rua e no processo de construção do trabalho, tomaram conhecimento de um abandono velado, aquele que ocorre dentro das casas e que na maioria das vezes não fica visível a quem passa diante de tantas casas e que é mais difícil de mensurar. Os órgãos do estado não tem conseguido atender a demanda e as ONGs por mais boa vontade de ajudar a resolver o problema, também não tem dado conta em razão do alto custo para tratamento de doenças, por exemplo, já que não tem sido feito uma política governamental de castração, diminuindo assim o quantitativo de animais presentes na cidade. A opção apontada por todos os entrevistados é uma política de castração eficiente e gratuita por parte do estado, o que reduziria ao longo de dois ou três anos, a população de animais em quase dois terços. Durante todo o processo de construção das entrevistas e elaboração deste produto procurou-se respeitar ao máximo as fontes tratadas, para que não as expusessem ou para que as declarações usadas não soassem de forma sensacionalista. O objetivo era tratar o tema de uma forma a sensibilizar o expectador, através do conhecimento passado sobre o assunto e acreditamos que o objetivo foi alcançado. A cada entrevista, a cada imagem, o assunto se mostrava mais e mais relevante, histórias sobre maus tratos, zoofilia, tortura, chocavam e faziam parecer inimaginável que um ser humano fosse capaz de fazer. Em razão de ser uma curta metragem não foi possível abordar tudo que tomamos conhecimento, entretanto, acreditamos que o objetivo a que nos propusemos foi alcançado, já que o vídeo


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consegue transmitir o assunto em uma linguagem simples para o público de uma forma geral. Será disponibilizado às ONGs, às ativistas para que exibam em suas páginas, redes sociais e inclusive em palestras.


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REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição, 1998. Disponível <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm> em: 25 de nov 2016.

em: Acesso

BRASIL. Lei nº 9605, de 12 de fevereiro de 1998. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9605.htm> Acesso em: 25 de nov 2016. CARVALHO, Márcia. O documentário e a prática jornalística. Disponível em: <http://www2.eca.usp.br/pjbr/arquivos/ensaios7_d.htm> Acesso em: 05 de fev 2017. CÂMARA DOS DEPUTADOS. Projeto de Lei 2833/2011. Disponível em: <http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=529820> Acesso em: 25 de nov 2016 DECLARAÇÃO universal dos direitos dos animais. Disponível <http://portal.cfmv.gov.br/portal/uploads/direitos.pdf> Acesso em: 23 de nov 2016

em:

GODOY, Helio. Paradigma para fundamentação de uma teoria realista do documentário. In: ENCONTRO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PROGRAMAS DE PÓS GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO, 8. 1999, Belo Horizonte. Anais. Disponível : http://www.mnemocine.com.br/aruanda/hgodoy2.htm. Acesso em: 05 de fev 2017. INSTITUTO PASTEUR. Manuel Técnico de Instituto Pasteur. São Paulo: 2000. Disponível em: <http://www.saude.sp.gov.br/resources/institutopasteur/pdf/manuais/manual_02.pdf> Acesso em: 22 de nov 2016. MEDINA, Cremilda. Entrevista, o diálogo possível. 2ed. São Paulo. Ática, 1990, p11 e p.31. MELO, Cristina. O documentário como gênero audiovisual. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 25, 2002, Salvador. Anais. São Paulo. INTERCOM, 2002. MURANO, Célia Cristina; ALVES, Darlei Novaes. Maus tratos de cães e gatos em ambiente urbano, defesa e proteção aos animais. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=1457> Acesso em: 20 de nov 2016.

NICHOLS, Bill; MARTINS, Mônica Saddy. Introdução ao documentário. Papirus Editora, 2005, p.26. OLIVEIRA, Thiago Pires; SANTANA, Luciano Rocha. Guarda responsável e dignidade dos animais. Revista Brasileira de Direito Animal. a, v. 1, 2006.


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ORLANDI, Vanice Teixeira. Da eliminação de animais em centros de controle de zoonoses. Revista Brasileira de Direito Animal, v. 6, n. 8, 2014. PREFEITURA DE SÃO PAULO. Controle de Animais Domésticos. Disponível em: <http://capital.sp.gov.br/cidadao/animais/animais-domesticos/controle-de-animaisdomesticos> Acesso em: 06 de fev. 2017. SANTANA, Luciano Rocha; OLIVEIRA, Thiago Pires. Guarda responsável e dignidade dos animais. Revista Brasileira de Direito Animal, v. 1, n. 1, p. 67-105, 2006. SILVA, Marconi Oliveira da. Imagem e Verdade: jornalismo, linguagem e realidade. São Paulo: Annamblume, 2006, p. 15 SOUZA, Alinne Silva. Diretos dos animais domésticos: análise comparativa dos estatutos de proteção. Revista Direito Econômico Sociambiental, v. 5, 2014. ZANDONADE, Vanessa; FAGUNDES, Maria Cristina. O vídeo documentário como instrumento de mobilização social. Disponível em: <http://www. bocc. ubi. pt/pag/zandonade-vanessa-videodocumentario. pdf,> 2012, p.11. Acesso em: 02 de Nov. 2016


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APÊNDICES

5.1 Roteiros entrevistas Roteiro ONG/Protetoras 1) Qual seu nome completo? 2) Qual o nome da ONG em que você atua? 3) Quando ela foi fundada? 4) Que tipo de trabalho ela realiza? 5) Quantas pessoas participam da iniciativa? 6) Vocês possuem algum apoio de órgãos públicos? 7) Como é o trabalho do Centro de Controle de Zoonoses na cidade de Campo Grande para você? 8) Como é trabalho da Delegacia Especializada de Combate a Crimes ambientais e atendimento ao turista(Decat)? Vocês recebem apoio? 9) Recebem muitos acionamentos referentes ao abandono de cães e gatos? Qual providências adotam? 10) Qual a solução na opinião da ONG para amenizar/resolver a situação de abandono? 11) Quantos animais já resgataram durante a atuação da ONG? 12) Como as pessoas podem ajudar a resolver/amenizar a situação de abandono? 13) Tem mais alguma coisa que você acha importante acrescentar sobre o tema? 14) Se Você pudesse dizer algo a pessoas que vão abandonar cães e gatos nesse momento e que pudesse fazê-las mudar de opinião e refletir, o que você diria?

Roteiro Delegacia Especializada de Combate a Crimes ambientais e atendimento ao turista(Decat) 1) Nome completo e função; 2) Desde quando está na Decat? 3) Já teve contato com a questão do abandono animal anteriormente? 4) Qual a função da Decat? 5) Quais as principais denúncias recebidas em relação aos animais domésticos? 6) Qual o encaminhamento dado?


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7) Há alguma parceria com o Centro de Controle de Zoonoses ou outros órgãos públicos? 8) Como é a interação entre as ONGs e a Delegacia? 9) É possível atender toda a demanda que recebem? 10) Qual enquadramento/tipificação que dão ao abandono animal? 11) Gostaria de acrescentar mais alguma informação? 12) Tem dados sobre o assunto?

Roteiro Polícia Militar Ambiental 1) Nome completo e função; 2) Qual da função do batalhão de polícia militar ambiental? 3) Vocês atuam também na questão dos animais domésticos ou só nos silvestres? 4) Qual crime uma pessoa que abandona um animal comete? 5) É recorrente o acionamento pelo abandono de cães e gatos em Campo Grande? 6) Caso alguém da população queira acionar, como deve fazer contato? 7) Há alguma parceria entre a Polícia Militar Ambiental e demais órgãos públicos para combate ao abandono? 8) Como solucionar o aumento da população de cães e gatos? Que consequências gera para população? 9) Deseja acrescentar algo a mais sobre o assunto?

Roteiro Centro de Controle de Zoonoses 1) Nome completo e função 2) Qual a função do Centro de Controle de Zoonoses?(CCZ) 3) Como ele atua na situação de abandono de cães e gatos na cidade de Campo Grande? 4) Existe algum dado da estimativa da população de cães e gatos nas ruas da cidade? 5) Quantos animais são resgatados anualmente? Qual o encaminhamento dado? 6) A estrutura do Centro atende atualmente a demanda da cidade?


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7) Para o CCZ, qual a solução para acabarmos com o abandono animal ou ao menos minimizá-lo? 8) Existe alguma política pública para a castração de animais domésticos? 9) Existe alguma parceria/integração entre o Centro e demais órgãos públicos? 10) As ONGs de proteção animal tem apoio do CCZ? Como é o relacionamento? 11) Qual a proposta para o ano de 2017? 12) Tem mais alguma coisa que deseja acrescentar? 13) Chegou ao nosso conhecimento por meio de denúncias anônimas, que animais recolhidos das ruas são mortos pelo centro sem estarem doentes, o que pode falar sobre essa afirmação?

5.2 Roteiro Tempo 00’02’’ 00’22”

Imagem Tela preta Kelly Cristina Macedo Presidente e fundadora da ONG Cão Feliz

00’05”

Tela preta com o Texto: Um vídeodocumentário de Gabriela Galvão e Gabriella Fernandes

00’23”

Texto: O abandono de cães e gatos em Campo Grande Dados em fonte grande com imagens dos animais ao fundo. Para cada dado, Um animal diferente ao fundo. Média de 5” para cada informação. Após o “isso significa”, os dados surgirão em cada canto da tela

00’25”

Conteúdo VIDEO 003 10’54- 11’17 “É mais fácil você jogar fora ou ter trabalho de cuidar do velhinho, aquele animal que ficou velhinho, lembre-se que o velhinho já te deu muita felicidade lá atrás, será que quando um parente da gente fica doente, a gente tem que abandonar por que não serve mais? Eu Acho que não. O animal tem sentimentos igual a gente” -

Pasta 201702-21

VÍDEO 003 00’01” a 00’23”

201702-20

74,3 milhões de cães e gatos no Brasil, segundo a ABINPET

30 milhões de animais abandonados no Brasil, segundo a OMS

162 mil cães vivem em Campo Grande

18 mil cães eutanasiados no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ)

Isso significa:

-

-


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gradativamente e o item dados de 2013 surge em uma letra menor e mais discreto, na parte inferior da tela.

Tempo 00’10” 00’19”

Imagem Abandono Animal (título do bloco) Delegada Rosely Molina Delegada Titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e atendimento ao Turista- DECAT de maio de 2016 a fevereiro de 2017

1470 eutanásias por mês 49 mortes por dia 2 animais morrem a cada hora no CCZ de Campo Grande

*Dados de 2013

Conteúdo Imagem de um animal no fundo com o título do bloco VÍDEO 010 11’20 – 11’39 “A lei 9605 e o crime, é o crime de maus-tratos, que tá previsto no artigo 32. Então é, praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar, animal silvestre, doméstico ou domesticado; nativo ou exótico.”

Pasta A escolher 201701-23

00’21”

Tenente Coronel PM Ednilson Paulino Queiroz Biólogo e Chefe da Comunicação Social da Polícia Militar Ambiental

VÍDEO 012 02’02 – 2’23 “ Existe aquela situação do abandono que é maus tratos mas a gente não consegue identificar, cães e gatos e outros animais abandonados nas ruas. Existe aquela situação de abandono em que a pessoa viaja e deixa o animal sem alimento e caracteriza maus tratos”

201701-24

00’06”

Delegada Rosely Molina Delegada Titular da Decat Laura Cristina Garcia Brito Presidente da ONG Fiel Amigo

VÍDEO 010 11’52-11’58’ “ A pena inicial é detenção de três meses a um ano e multa”

201701-23

VÍDEO 040 10’05- 10’43 “A Belinha foi encontrada na rua, segundo relato que me falaram. Levado para dentro de casa e ali ela ficou definhando. Ficou doente, pegou leishmaniose. Tá com eliquose, tá com babese e pele foi ficando muito sensível, sentaram moscas como naquelas fotos tomada por larvas. Ficou internada por três dias, tiraram todas as larvas e hoje ela tá aqui no abrigo fiel amigo. A belinha é um entre milhão de casos que estão apodrecendo e morrendo dentro de quintais.”

201702-23

00’07”

Adriana Souza Freitas Ativista da Causa Animal

VÍDEO 027 7’10-7’17 “Quando a sociedade se conscientizar que isso aqui é uma vida, um ser que sente, eu acredito que o abandono diminuiria”

201701-17

00’14”

Delegada Rosely Molina

VÍDEO 010 5’09- 5’23 “ Existe muita denúncia de animal abandonado, animal que está em estado de

201701-23

00’38”


28

sofrimento, animal maltratado, animal que inclusive vem a óbito” 00’08”

Adriana Souza Freitas Ativista da Causa Animal

VÍDEO 027 5’20-5’28“Os protetores em geral, nosso whatsapp o dia inteiro é denúncia, pedido de denúncia, pedido de resgate”

201701-17

00’10”

Laura Cristina Garcia Brito Presidente da ONG Fiel Amigo

VÍDEO 040 2’25-2’35 “Olha, a gente recebe por dia umas 300 ligações e mensagens pelo WhatsApp pedindo socorro pro abandono”

201702-23

00’05”

Valéria Marques Ferreira Campos Voluntária na ONG Vira Latas MS

VÍDEO 007 8’15- 8’20 “ O que nos chega todos os dias são denúncias, denúncias e mais denúncias”

201702-04

00’04”

Kelly Cristina Macedo Presidente e fundadora da ONG Cão Feliz Valéria Marques Ferreira Campos Voluntária na ONG Vira Latas MS

VIDEO 003 6’58 “Quando a gente tem condições, a gente vai lá e resgata o animal”

201702-21

VÍDEO 007 10’38-10’45 “A veia mais latente do problema é a procriação desenfreada”

201702-04

00’11”

10’50-10’54 “ Para sanar essa veia mesmo que é a maior que eu acho que é a maior, é a castração. 00’17”

André Luiz Soares da Fonseca – Professor e médico veterinário

VÍDEO 004 03’08- 03’25 “O controle pode ser preventivo ou repressivo, o preventivo é a castração e o repressivo é a eutanásia . A política pública sempre foi voltada a eutanásia de animais e nunca em prevenção. A castração de uma femea pode redundar na diminuição de 24 animais em um ano.

201702-22

00’03”

Laura Cristina Garcia Brito Presidente da Ong Fiel Amigo

VÍDEO 040 3’17-3’20 “Castração. Castração 100%”

201702-23

00’16”

André Luiz Soares da Fonseca

VÍDEO 004 02’22-02’ 38 “ O número que a gente tem de eutanásia em 2013, Campo Grande fez, o CCZ fez, 18 mil eutanásias. A média de eutanásia anual no CCZ é 14 mil. Alguma coisa tá errada. Isso não é ético, a gente precisa avaliar melhor”

201702-22

Tempo 00’10”

Imagem Obrigações do Estado (título do bloco)

Conteúdo VÍDEO 001 04:45 a 05:15 (cortar cachorro fazendo xixi) Imagem do animal com a dona passeando em frente

Pasta 201702-23


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ao CCZ VÍDEO 010 04’08- 4’22“ A Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais , de acordo com o Decreto 12.218, o art 57 é bem claro e tem muitos itens e um dos principais itens é desenvolver o papel de polícia judiciária ”. 04’27-4’35- “para apuração de crimes ambientais contra a fauna, contra o ordenamento urbano, patrimônio cultural, crimes contra a administração ambiental” 4’42-4’47- “ e também os crimes os praticados contra a integridade física, moral e patrimonial do turista”

00’27”

Delegada Rosely Molina

00’06”

Tenente Coronel PM Ednilson Paulino Queiroz Biólogo e Chefe da Comunicação Social da Polícia Militar Ambiental

VÍDEO 012 0’026- 0’34 “ A função primária do batalhão é a prevenção a todos os crimes e infrações ambientais”

201701-24

00’37”

André Luiz Soares da Fonseca Professor e médico veterinário

VÍDEO 003 0’08-0’24 “ O Centro de Controle de Zoonoses, como o nome já sugere, é fazer o controle de Zoonoses. Zoonoses são doenças transmitidas do animal para o homem e do homem para o animal. Envolvem doenças de cachorro, gato, roedores, escorpiões, controle de pássaros.”

201702-22

201701-23

0’42- 1’03- “ Tem várias zoonoses possíveis de serem transmitidas, as mais importantes são a raiva, que tá praticamente controlada pela vacinação e a leishmaniose que infelizmente o problema da leishmaniose que está relacionada aos cães é que ela está muito mal abordada e você tá tendo um surto muito grande, porque na verdade ela é uma doença vetorial como é a o caso dengue” 00’07”

Adriana Souza Freitas Ativista da Causa Animal

VÍDEO 027 04’20- 4’27- “ O objeto da Decat é muito ampla, mexe do meio ambiente ao turista”

201701-17

0’05’’

Delegada Rosely Molina Titular da Decat

VÍDEO 010 0’05- 0’10 – “ Acho que nunca foi feito tanto e eu tenho os números para provar”

201701-23

00’04”

Laura Cristina Garcia Brito Presidente da ONG Fiel Amigo

Vídeo 040 2’14-2’18 “ Mas desde que começou o trabalho deles, a gente sente que ainda falta muito, está engatinhando”

201702-23

00’03”

Kelly Cristina Macedo Presidente e

VÍDEO 003 05’02 – 5’05 “Olha, eu não poderia pular essa parte?”

201702-21


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fundadora da ONG Cão Feliz(Blusa Preta) 00’10”

Delegada Rosely Molina Delegada Titular da Decat

VÍDEO 010 9’17 – 9’27 “ O único órgão que tem a habilidade, a capacidade e a competência pra fazer a apuração desse tipo de delito é a DECAT”

201701-23

00’11”

Tenente Coronel PM Ednilson Paulino Queiroz Biólogo e Chefe da Comunicação Social da Polícia Militar Ambiental(Fardado em verde)

VÍDEO 012 06’10 – 6’21 “ No caso da Polícia Militar, se acionar o CIOPS via 190, o CIOPS vai nos acionar nós iremos tomar as providências penais e administrativas cabíveis”

201701-24

0’22’’

Delegada Rosely Molina

VÍDEO 010 7’41-7’57- ’“O estado de Mato Grosso do Sul possui essa qualidade que a gente não verifica em outros lugares que é unificar todas as forças, tanto organismos governamentais como não governamentais para dar esse atendimento de excelência”

201701-23

10’48-10’54 “Nós já tínhamos 300 denúncias, de 16 de maio até 31 de dezembro” 0’17’’

André Luiz Soares da Fonseca

VIDEO 003 09’15-09’32 “ Existe um atrito natural da ONG com o CCZ até pela questão do número alto de eutanásias que é feito em Campo Grande. Por exemplo, se a gente considerar que Campo Grande é uma cidade que tem 800 mil habitantes, Campo Grande mata por ano cerca de 14 a 18 mil cães. Isso é um número real.”

201702-22

0’11’’

Valéria Marques Ferreira Campos Voluntária na ONG Vira Latas MS

VIDEO 006 10’31 – 10’37 “Ás vezes, que eu tive no CCZ fiquei horrorizada. Pra mim aquilo ali é um campo de extermínio. ”

201702-04

10’55-11’01 “Eu andando assim e o rapaz falava, não, não vai ai não porque era tipo um corredor da morte” 0’05’’

Adriana Souza Freitas Ativista da Causa Animal

VIDEO 027 03’12-03’17- “ O trabalho para nós hoje do CCZ é um pouco desconhecido”.

201701-17


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0’11’’

0’13’’

Kelly Cristina Macedo Presidente e fundadora da ONG Cão Feliz(Blusa Preta)

VIDEO 003 4’08- 4’15 “Olha até então era só matança, né? Vamos torcer para agora com esse novo diretor” (CCZ)

André Luiz Soares da Fonseca

VIDEO 003

201702-21

4’20- 4’24 “ melhore as coisas”(CCZ)

201702-22

09’33- 09’46 “ Se você pega por exemplo uma cidade igual Belo Horizonte, Belo Horizonte mata por ano em torno de 4 a 7 mil animais, só que Belo Horizonte é 4x maior que Campo Grande, então o nosso número de eutanásia é fora do comum, não é natural.”

Tempo 00’10” 0’15’’

Imagem ONGs e protetoras independentes (título do bloco) Laura Cristina Garcia Brito

Conteúdo VIDEO 022(a partir dos 50s) Imagem da ONG Fiel Amigo

Pasta 201702-23

VIDEO 040 0’16-0’31 – “Nós resgatamos animais de ruas que sofrem abandono e maus tratos, fazemos todo o tratamento veterinário, é realizado os exames, vacinas, vermífugos e assim que a gente consegue a castração, eles são colocados para a adoção”

201702-23

0’06’

Kelly Cristina Macedo Presidente e fundadora da ONG Cão Feliz

VIDEO 003 0’18 – 0’24 “Resgate de rua e de maus tratos e trazemos para a ONG”

201702-21

0’08’’

André Luiz Soares da Fonseca – Futuro diretor do Centro de Controle de Zoonozes da Prefeitura Municipal de Campo Grande e

VIDEO 003 2’38- 2’46 “ O recolhimento de animais saudáveis deveria ser um ônus público, uma responsabilidade pública, mas o CCZ não tem capacidade de fazer isso, não tem um canil municipal”

201702-22


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professor da UFMS 0’07’’

Adriana Souza Freitas Ativista da Causa Animal

VIDEO 027 00’21 – 0’28“ Oficialmente eu não faço parte de nenhuma ONG, mas eu colaboro com todas numa atuação mais jurídica”

201701-17

0’10’’

Delegada Rosely Molina Titular da Decat

VIDEO 010 8’43-8’53 “ A gente verifica que essas ONGs fazem um trabalho voluntário, muito difícil e elas tem conseguido nos dar visibilidade para essa causa”

201701-23

0’08’’

Kelly Cristina Macedo Presidente e fundadora da ONG Cão Feliz

VIDEO 003 0’47- 0’55 “ Então, nós temos um grupo de 10 a 15 pessoas que nos ajudem em resgates”

201702-21

0’04’’

Valéria Marques Ferreira Campos Voluntária na ONG Vira Latas MS

VIDEO 006 08’42-08’46 “Não são três ou quatro mais atuantes”

201702-04

0’06’’

Kelly Cristina Macedo Presidente e fundadora da ONG Cão Feliz

VIDEO 003 01’-01-01’07 ’ “ Hoje nós estamos com 98 animais, semana passada/retrasada, nós estávamos com 110”

201702-21

0’02’’

Laura Cristina Garcia Brito

VIDEO 040 0’34-0’36 – “ Um total de cães e gatos, 120”

201702-23

0’13’’

Kelly Cristina Macedo Presidente e fundadora da ONG Cão Feliz

VIDEO 003

201702-21

0’02’’

Valéria Marques Ferreira Campos Voluntária na ONG Vira Latas MS

VIDEO 006 09’37-9’39 “Esse dinheiro que está sendo doado, mal dá pra água e luz mesmo”

201702-04

0’06’’

Kelly Cristina Macedo Presidente e fundadora da ONG Cão Feliz

VIDEO 003 7’12-7’18 “ Estamos com uma dívida de quase 15 mil nas clínicas e superlotação. ”

201702-21

0’08’’

Adriana Souza Freitas Ativista da Causa Animal

VIDEO 027 5’31- 5’39 “ Isso nos desgasta muito, a gente não tem mais condições. Hoje em dia a proteção animal em Campo Grande não tem mais condição de fazer resgate.”

201701-17

1’40- 1’53 “Tem pessoas que doam ração, tem pessoas que depositam na conta, temos o pagseguro que vai todo mês no email da pessoa”


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0’03’’

Laura Cristina Garcia Brito

VIDEO 040 2’43 – 2’46 “Infelizmente, as ONGS de Campo Grande estão todas lotadas, entendeu?”

201702-23

0’10’’

Laura Cristina Garcia Brito Presidente da ONG Fiel Amigo Kelly Cristina Macedo Presidente e fundadora da ONG Cão Feliz

HISTÓRIA BELINHA -Imagens dela atualmente

201702-23

VIDEO 003 7’41 -7’48 “ a partir do momento que você pega o animal, ele faz parte da sua família, é uma vida, eles também tem sentimentos”

201702-21

0’15’’

André Luiz Soares da Fonseca – Futuro diretor do Centro de Controle de Zoonozes da Prefeitura Municipal de Campo Grande e professor da UFMS

VIDEO 004 0’20-0’35“Quando na Biblia está escrito, não matarás, não está escrito não matarás o homem. Está escrito não matarás, no sentido genérico. Na vida quem mata sem necessidade, é uma pessoa covarde.”

201702-22

0’03’

Kelly Cristina Macedo Presidente e fundadora da ONG Cão Feliz(Blusa Preta)

Vídeo 003 10’09-10’12 “Se não tem condições de ter um animal, não pegue”

201702-21

0’09’’

Laura Cristina Garcia Brito Presidente da Ong Fiel Amigo

Vídeo 040 11’36- 11’45“Pense que hoje, você pode estar abandonando um animal, amanhã, seu filho pode estar abandonando você”

201702-23

0’10’

TEXTO: “ Mesmo sendo divulgado em várias mídias a nomeação do professor André Fonseca como diretor do CCZ, até o término da produção deste vídeodocumentário, não foi publicada sua cedência oficialmente em Diário Oficial” Para fazer a sua doação e ajudar:

http://www.midiamax.com.br/cotidiano/protetor-animaisvai-assumir-ccz-quer-fim-politica-descarte-caes-gatos330372 (Imagem para cobrir)

-

0’05’’ ONG Vira Latas

VIRA LATAS MS(http://vitrinepet.com.br/servico/viralatas-ms/63/&estado=MS)

0’07’’

0’15’’

http://www.jd1noticias.com/geral/com-doutor-protecaoassumindo-cargo-esperanca-e-que-ccz-deixe-de/30666/ (Imagem para cobrir)

http://www.campograndenews.com.br/cidades/capital/novafase-do-ccz-pode-mudar-cultura-de-tirar-o-cao-e-deixar-omosquito (Imagem para cobrir) LOGO DAS ONGS:

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MS Banco Ag Conta 0’05’’ ONG Fiel Amigo Banco Ag Conta 0’05’’ ONG Cão Feliz Banco Ag Conta 0’30’’

CRÉDITOS: Produzido por Gabriela Galvão e Gabriella Fernandes Orientação: Thais Marina Tellaroli Roteiro de produção Gabriela Galvão e Gabriella Fernandes Pesquisa e levantamento Gabriela Galvão e Gabriella Fernandes Entrevistas: Gabriela Galvão e Gabriella Fernandes Entrevistados: Adriana Souza Freitas (Ativista da Causa Animal) André Luiz Soares da Fonseca (professor e médico veterinário) Ednilson Paulino

FIEL AMIGO http://www.fielamigo.com.br/ CÃO FELIZ http://ongcaofeliz.tumblr.com/


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Queiroz(biólogo e Chefe da Comunicação Social da Polícia Militar Ambiental) Kelly Cristina Macedo (presidente e fundadora da ONG Cão Feliz) Laura Cristina Garcia Brito (presidente da Ong Fiel Amigo) Rosely Molina // Delegada Titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e atendimento ao Turista- DECAT de maio de 2016 a fevereiro de 2017 Valéria Marques Ferreira Campos Voluntária na ONG Vira Latas MS Edição: Mayk Brito


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