(]\ Moradia Estudantil na cidade
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Daniel Polistchuck
Docentes CAP’s: - Lúcia Shimbo - Luciana Schenk - David Sperling - Francisco Salles Coordenador de GT: - João Marcos
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Sumário Programa..................5 Área de Projeto.........9 Paisagem.................13 Cidade.....................17 Edifício....................23 Continuidade.........41
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Programa
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A definição do programa se deu a partir da escolha da área a ser projetada. Por se situar claramente vizinha ao campus II da USP de São Carlos, verificou-se que é pouco significativa ainda a existência de moradias de utilização dos estudantes nos arredores. A maioria dos que
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estudam nos cursos lecionados exclusivamente naquele campus ainda preferem morar em outras localidades.Dentre outros fatores que contribuem para essa escolha, a falta de infra estrutura, comercial e de transporte pĂşblico sĂŁo as mais evidentes
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Ă rea de Projeto
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A área definida possui caracteristicas interessantes ao mesmo tempo que geram desafios ao projeto, localizada quase que na marginalidade da cidade de são carlos, se encontra próximo ao limite do perímetro urbano, separando-se da área rural apenas pelo campus da universidade de São Paulo. Sua localiade interfere diretamente na sua inserção urbana e sua influência na mesma. Porém, com a presença do
campus II da Universidade de São Paulo, esta área se mostra com um potencial diferenciado. Esse vazio urbano que se configura próximo a área se assemelha históricamente ao Campus I que também situava-se inicialmente na periferia urbana, hoje tido como nova centralidade de São Carlos.
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Paisagem
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A área possui, de uma forma muito bem vinda, APPs Áreas de Proteção Permanente circundando mais metade do campo visual. De certa forma, isto é uma garantia da continuidade ao longo do tempo dessa paisagem que será de grande influência na implantação do projeto. Essa massa arbórea ciliar acompanha a leve declividade da bacia, conformando praticamente um horizonte infinito de folhagens densas e vívidas seguida logo a cima pelo outro lado da bacia hidrográfica os vastos gramados do Campus II da USP
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Cidade
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Em um raio de 2km, pode-se encontrar serviços como uma unidade básica de saúde, uma escola estadual, dois CEMEIs, um posto da Guarda Civil Municipal, um supermercado, uma Unidade de Pronto Atendimento e até uma casa noturna. Porém, todos se encontram em uma cota elevada devido a baixa altitude da área dificultando a caminhada do pedestre.
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Um outro fato importante sobre a área é que de acordo com o plano diretor de 2005, a rua José Miguel Deriggi será ampliada e conectada a rua que passa em frente ao campus II da USP, dando a essa área uma importancia ainda maior
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Edifício
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A implantação do edifício baseou-se sobretudo em duas diretrizes principais: Ensolação e Visualidade. A disposição as áreas de maior permanência para norte ou para leste é de vital importância para os climas tropicais do brasil. Portanto a disposição em lâminas com os quartos voltados para norte ou para leste foi priorizado. A questão da visualidade entrou quase que complementar situando-se majoritariamente a oeste, a massa arbórea pode ser admirada de quase todos as áreas de circulação.
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A implantação do edifício se conforma criando dois espços com diferentes hierarquias. Uma pequena praça (em vermelho) pode ser descrita como uma praça pública, pois se volta para a cidade. Utilizando o conceito de fachada ativa, todo seu redor será composto por comércio, preferencialmente bares e restaurantes afim de ocupar a praça e também criando uma vivência um pouco mais noturna. A praça está a um nível inferior ao da rua, configurando uma proteção com a própria rua envolvendo a praça. O segundo espaço criado pela implantação pode-se definir como uma praça interna, semi-pública, onde, protegida pela edificação, cria uma ambiência mais tranquila Ao mesmo tempo que protege, os dois blocos frontais se inclinam ligeiramente criando um convite a entrada principal do edifício que dá acesso a praça interna do edifício. Pretende-se aqui criar ambientações e intenções que tornem o uso do espaço público mais agradável, facilitando assim sua apropriação
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Existem dois acessos para a praca interna em azul. Em amarelo mostra um acesso exclusivo para o edifício que se estende criando um mirante de contemplação para a praça logo abaixo.
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A modulação das unidades foi pensada baseando-se em referências obtidas no concurso público para o projeto de uma moradia estudantil para os campi da Unifesp das cidades de São José dos Campos e de Osasco. Ela se divide, basicamente, em 3 grandezas: o privado, o coletivo e o público. Intuitivamente, o privado compreende a parte onde o estudante possui seu prórpio espaço, visando a particularidade
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de cada indivíduo para estudar, guardar seus pertences e dormir.. O coletivo, ou em alguns casos subdividido em coletivo imediato e em coletivo geral, foi conceituado a partir da justaposição de dois ou mais privados, aqui no caso, pode-se verificar a junção de quatro particulares que configuram então uma unidade e portanto um Coletivo Imediato. O Coletivo Imediato compreende as funções do habitar como cozinha e banheiro, que se mostram instáveis em situações em que se colocam como público ou como coletivo geral, mas se mostram possíveis em pequena escala, com um número de usuários reduzido.
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Uma configuração interessante que pode ser observada é a separação do chuveiro da louça sanitária, bem como um lavatório também independente desses. Mesmo sendo pouco usual aqui no Brasil, essa organização se mostra eficaz quando se pensa que essas atividades podem se estabelecer paralelamente uma à outra. Também é possível notar uma pequena área em frente ao banheiro, que pode parecer, a primeira vista, negligenciada, se conforma pela necessidade de secagem do vestuário após a lavagem. Podendo contribuir então para a manutenção
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da estética concebida inicialmente para o edifício. A subdivisão do coletivo que compreende a parte do coletivo geral, se entende pela utilização do edifício como um todo. Áreas como lavanderia, salas de estudo e áreas de estar podem e devem ser utilizadas por todos os estudantes residentes no complexo. Tais áreas foram propositalmente suprimidas das unidades para forçar, de certa forma, a uma apropriação pelos usuários dessas áreas mais coletivas. Proporcionando então, maiores possibilidades de encontros e convivências, enriquecendo as experiências e o diálogo de seus integrantes.
Alguns dos módulos centrais da lâmina foram utilizados para circulação vertical, lavanderia e sala de estudos coletiva. Cada lavanderia comporta 10 máquinas de lavar. Como cada um dos 4 andares superiores possui 3 módulos cada, soma-se 120 máquinas de lavar para um total aproximado de 600 moradores.
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O bloco Estudo-Lavanderia-Circulação está destacado em verde claro e em magenta destacam-se os estáres de convívio que também contam com circulação vertical
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Continuidade
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Dado a natureza do trabalho, sua continuiadade, a priori, se dá claramente pela elaboração de um estudo detalhado das duas praças bem como o detalhamento técnico de toda a edificação. sendo possível até estudos com simulação computacional das questões energéticas do edifício.
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