17.ª EDIÇÃO
17.ª EDIÇÃO
Festival de Teatro Vila Real | Bragança 26/Março a 30/Abril / 2022
© DR
SÁB/26/MAR 21h00 / TEATRO MUN. BRAGANÇA M/12 | 120’ | 11€
A Ratoeira de Agatha Christie
Um grupo de desconhecidos está preso numa pensão durante uma tempestade de neve, um dos quais é um assassino. Os suspeitos incluem o casal que explora a pensão, solteirões com um passado curioso, um arquitecto que mais parece um chef, um major
aposentado do Exército, um homenzinho estranho cujo carro avariou perto dali e um jurista que torna a vida miserável a todos. Entretanto, aparece um polícia que vem de esquis, através da tempestade. Mal chega, o jurista é morto. Para chegar ao raciocínio do padrão do assassino, o polícia investiga os antecedentes de todos os presentes. “The Mousetrap” é mais uma das incríveis histórias do fenómeno da literatura de Agatha Christie, que tem batido recordes de bilheteira por todo o mundo, estando registada no Guinness Book of Records, como a peça em cena há mais anos! Encenação: Paulo Sousa Costa Com Ruy de Carvalho, Daniel Santos, Elsa Galvão, Filipe Crawford, Henrique Carvalho, Luís Pacheco, Sara Cecília, Sofia Portugal Produção: Yellow Star Company
SÁB/26/MAR 21h30 | TEATRO DE VILA REAL M/14 | 60’ | ENTRADA GRATUITA
Function ou a função PROJECTO RUÍNAS
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Dividido em três partes, “Function ou A Função” retrata o universo de três personagens que se transformam gradualmente em monstros. Primeira parte: um homem trabalha num pequeno escritório ou departamento onde desempenha uma função inútil qualquer, daquelas que os novos tempos tornaram obsoleta. Uma noite, durante o turno, o funcionário adormece. Quando acorda está transformado num monstro. Fica assustado e profundamente envergonhado. Os colegas reparam mas não estranham. O tempo passa e a transformação tornase permanente. A segunda e terceira parte retratam o mesmo fenómeno em personagens diferentes.
Concepção e encenação: Francisco Campos Co-criação e interpretação: Catarina Caetano, Francisco Campos e Miguel Antunes Desenho de luz: Paulo Vargues Ambiente sonoro: João Bastos Figurinos: Andreia Rocha Produção: Catarina Caetano e Inês Abrunhosa | Projecto Ruínas Financiamento: MC – Direção Geral das Artes, Município de Montemor-o-Novo Apoio: Oficinas do Convento, CAPA DeVir, LARGO Residências, Teatro Ibérico, Inestética Associação Cultural de Novas Ideias, TeatroMosca, Centro Cultural Malaposta, Teatro da Trindade
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QUI/31/MAR 21h00 / TEATRO MUNICIPAL DE BRAGANÇA M/16 | 60’ | 6€
Damas da noite uma farsa de Elmano Sanho
Os artistas transformistas “vestem a pele de um outro, tentam ser um outro”. São intérpretes de uma transformação “pautada pela transgressão, a ambiguidade, a brutalidade dos corpos e a violência das emoções”. Através dessa interpretação paradoxal da diferença, Damas da Noite explora a presença ou ausência de fronteiras entre realidade e ficção, homem e mulher, tragédia e comédia, original e cópia, dia e noite.
Elmano Sancho evoca a reviravolta de expectativas em torno do seu nascimento para levantar o véu de “Damas da Noite”: os pais esperavam uma menina, de nome já destinado, Cléopâtre, mas nasceu um menino. O encenador pretende assim dar vida a esse outro desejado de si mesmo, como se fosse uma espécie de duplo e existisse numa realidade paralela. Para erguer essa figura ficcionada, imergiu no mundo fascinante e provocador do transformismo.
Encenação: Elmano Sancho Interpretação: Elmano Sancho, Dennis Correia aka Lexa Black, Pedro Simões aka Filha da Mãe Co-produção: Casa das Artes de Famalicão, Culturproject, Loup Solitaire, Teatro Nacional D. Maria II, TNSJ Apoio: Direcção-Geral Das Artes República Portuguesa/Ministério da Cultura
SEX/1/ABR 21h30 | TEATRO DE VILA REAL M/12 | 100’ | 5€/3,5€
Monólogo de uma mulher chamada Maria com a sua patroa “Monólogo de uma mulher chamada Maria com a sua patro” a é o título roubado clandestinamente a um texto do livro “Novas Cartas Portuguesas”, e que dá o mote para este espectáculo. Partimos da criação do primeiro Sindicato do
Serviço Doméstico em Portugal para contar a história, ainda pouco conhecida, pouco contada, pouco reconhecida, pouco valorizada, do trabalho das mulheres, do seu poder de organização, reivindicação e mudança. É a história das mulheres que limpam o mundo, das mulheres que cuidam do mundo, das mulheres que produzem, educam e preparam a força de trabalho. Esta é a história do trabalho invisível que põe o mundo a mexer. Criação, texto e interpretação: Sara Barros Leitão Assistência à criação: Susana Madeira Cenografia e figurino: Nuno Carinhas Desenho de luz: Cárin Geada Desenho de som: José Prata Coordenação da pesquisa: Mafalda Araújo Direcção de produção: Susana Ferreira Co-produção: Cassandra, 23 Milhas, Centro Cultural de Belém, A Oficina, Cineteatro Louletano, Teatro Académico de Gil Vicente, Teatro do Noroeste – Centro Dramático de Viana, Teatro Municipal Baltazar Dias, Teatro Viriato, Teatro Nacional São João
Uma produção Cassandra com Sara Barros Leitão
© DIANA TINOCO
Prémio Revelação Ageas / TNDMII
© ÁLVARO ROSENDO
SEX/8/ABR 15h00/21h30 | TEATRO DE VILA REAL M/16 | 5€/3,5€
Ouvidor geral de Miguel
Castro Caldas com MANUEL WIBORG Nos documentos, há um Fernão Lopes que não é o Cronista. Viveu um século depois, partiu em 1506 para a Índia com Afonso de Albuquerque. Foi, ao longo da vida, escudeiro, católico, depois traidor, renegado, mercenário, muçulmano. Ao contrário do seu homónimo, nunca escreveu uma palavra. Viveu os seus últimos vinte e tal anos exilado na pedregosa ilha de Santa Helena, como Napoleão trezentos anos depois. Completamente sozinho, olhava para o que via de si mesmo – as suas mãos –, só que não tinha mãos. Mesmo assim, sem mãos nem orelhas nem nariz, mas com as sementes que os barcos deixavam quando ali faziam aguada, transformou a ilha num jardim globalizado.
Apoios:
Fernão Lopes (? - 1545) foi o primeiro habitante permanente conhecido da ilha de Santa Helena no Atlântico Sul. Foi soldado de Portugal na Índia, tendo sido torturado e desfigurado em castigo por ficar do lado de Rasul Khan numa rebelião contra o império português em Goa. No seu caminho de volta a Portugal, depois destes acontecimentos, optou voluntariamente pelo exílio na ilha, tendo vivido em solidão quase completa durante mais de 20 anos. Texto: Miguel Castro Caldas Encenação e interpretação: Manuel Wiborg Cenografia: Ana Tomé Figurinos: Luís Mouro Sonoplastia: André Pires Luz: Cárin Geada Produção: Teatro do Interior Direcção de Produção: Manuel Wiborg Assistente de encenação/produção: João Pedro Mamede Parceiro institucional: Fundo de Fomento Cultural
Uma sessão para escolas (gratuita) e uma sessão para o público em geral
SEX/8/ABR 15h00 (Escolas) / ENTRADA GRATUITA
SÁB/9/ABR 21h00 / 6€ TEATRO MUNICIPAL DE BRAGANÇA
Selvagem
Encenação de Marco Martins Ideia original de Renzo Barsotti
Uma reflexão sobre o uso da máscara em práticas ritualísticas que, desde tempos imemoriais, marcam na Europa momentos cruciais como equinócios e solstícios, integrando personagens como o Homem Selvagem, o Urso, a Cabra ou o Diabo. Somos cada vez mais uma sociedade de máscaras que se esconde atrás de um mundo virtual. Qual o significado actual de máscara? Como pode a convivência com a máscara sanitária transformar a actividade e a identidade de cada um? Vivemos num quotidiano repleto de avatares, aplicações que permitem transformar rosto e corpo, capazes de esbater ainda mais a linha entre rostos e máscaras.
Texto e Dramaturgia: Marco Martins e Patrícia Portela | Colaboração e apoio Dramatúrgico: Alexander Gerner, Charles Fréger, Giovanni Carroni, Nenad Mitevski, Rita Cabaço, Simona Spirovska, Vânia Rovisco | Com elenco não-profissional de Itália, Macedónia e Portugal | Apoio financeiro: República Portuguesa - Ministério da Cultura / DGArtes
SÁB/9/ABR 16h00 | TEATRO DE VILA REAL M/12 | 90’ | 3€
Primavera MARIA CEIA Com as andorinhas chegam a PRIMAVERA, as flores e a irreverência das meninas num conto repleto de afoitezas e mergulhos, mal feitorias e metamorfoses que se cumprem, enfim, num beijo entre um sapo e um tronco de árvore. ESTAÇÃO DOS QUATRO POEMAS, de que apresentamos agora o segundo episódio, integra um ciclo de quatro espectáculos dedicados aos mais pequenos (e mais atrevidos). Destes espectáculos
poder-se-á dizer que são quatro estações do ano, mas também quatro concertos encenados ou quatro peças de teatro musical ou até quatro contos tradicionais postos a préstimo por uma contadora que de tudo se vale para enlear a plateia na sua trama. Texto, músicas e interpretação: Maria Ceia Encenação: Carlos do Rosário Figurinos: Joaquina Caeiro e Carlos do Rosário Treino vocal: Joana Pitta Groz Execução do guarda-roupa: Maria da Cruz André Registo de imagem: Rita Morais Apoios: Associação dos Amigos do Tocá Rufar, Associação para a Promoção das Artes na Comunidade, Centro de Artes e Espetáculos de Portalegre - Município de Portalegre, Direcção Geral das Artes Agradecimentos: Teatro do Convento, Instituto Politécnico de Portalegre.
ILUSTRAÇÃO: ANA CEIA
Estação dos quatro poemas:
QUI/21/ABR 10h30/15h00 TEATRO MUNICIPAL DE BRAGANÇA M/6 | 60’ | ENTRADA GRATUITA
Pinóquio A partir de Carlo Collodi
© FILIPA BRITO
“Tudo o que um sonho precisa é alguém que acredite que ele possa ser realizado.” Numa oficina de um homem comum, numa vila comum de Itália, o incomum acontece: aquela que era apenas uma marioneta, vive! Pinóquio traz-nos esta história familiar de esperança, através dos olhos juvenis do protagonista que dá o nome a este espectáculo. Mas a magia vem sempre com um preço, e cabe a ele o papel de descobridor do mundo e de si próprio. O que será preciso para ser um menino de verdade? Pinóquio enfrenta uma luta constante para compreender as relações pessoais e o desconhecido mundo a que tenta pertencer. Consequentemente, é abordado por leis, regras e limites que o tentam moldar na sociedade. E Pinóquio fará de tudo para agradar e ser aceite sem se aperceber que o mais importante é a sua própria aquiescência.
Encenação: Xico Alves Dramaturgia: Filipe Gouveia Letras: Rita Calatré Interpretação: Filipe Gouveia, Sara Maia, Sónia Ribeiro, Paulo Pires, Vítor Fernandes e Xico Alves Música Original: Paulo Pires
QUA/20/ABR 21h30 | TEATRO DE VILA REAL M/12 | 90’ | 5€/3,5€
Napoleão ou o complexo de épico COMPANHIA DO CHAPITÔ Na procura de entender o homem que foi Napoleão e o fenómeno em torno de si criado, debatemonos entre o fascínio e o repúdio. São-nos lançadas questões políticas e sociais, que mantêm a sua actualidade e pertinência. A sua ambição pessoal,
audácia e determinação levaram-no longe, expandindo territórios, apropriando-se dos ideais da Revolução Francesa. Mais tarde, reaproxima-se de valores aristocráticos que antes repudiara, centraliza em si o poder e autoproclama-se Imperador. A sua força de vontade era única. A sua queda foi proporcional à sua ascensão. Uma vida romanesca, que reúne todos os ingredientes para uma boa história. Caberá ao público julgar ou celebrar a figura histórica, o homem que foi Napoleão. A nós cabe-nos a tarefa de contar, procurando com humor e poesia, os reversos da história. Porque todas as moedas têm duas faces: cara ou coroa. Criação Colectiva: Companhia do Chapitô | Encenação: Cláudia Nóvoa e José C. Garcia | Dramaturgia: Ramón de Los Santos Interpretação: Jorge Cruz, Susana Nunes e Tiago Viegas Sonoplastia: Sílvio Rosado | Figurinos: Cláudia Nóvoa e Glória Mendes | Desenho de Luz: José C. Garcia e Saturnino Rodrigues
© DR
Desta vez não é a um “clássico” mas é a uma figura histórica que se atira a companhia responsável pelos mais hilariantes acometimentos no cânone dramatúrgico ocidental.
SÁB/30/ABR 21h00 / TEATRO MUNICIPAL DE BRAGANÇA M/12 | 190’ (c/ int.) | 6€
Última hora Texto: Rui Cardoso Martins Encenação: Gonçalo Amorim Com: Carlos Malvarez, Catarina Couto Sousa, Cláudio Castro, Ema Marli, Inês Cóias, João Grosso, José Neves, Manuel Coelho, Maria Rueff, Miguel Guilherme, Nadezhda Bocharova, Paula Mora Música original: Paulo Furtado aka The Legendary Tigerman
© PEDRO MACEDO
Este jornal, o Última Hora, mais a sua cercada e aterrorizada redacção, vive uma grave crise e a aproximação do fim. A novidade mais fresca, a breaking news, a última hora será a notícia do seu fecho... A entrada em cena da Internet e da partilha grátis de conteúdos, a fuga da publicidade e do público para as plataformas sociais, os ataques e manipulações políticas, o despedimento dos repórteres mais capazes, as fake news criaram uma realidade mais propícia à destruição. É neste caldo de nervos sem tempo (24x24 horas, em ritmo acelerado) que os protagonistas deste espectáculo terão de tomar decisões absurdas, contraproducentes, caricatas, e, porque não(?), comoventes, para salvarem o amor-próprio, a essência da sua profissão e tentarem levar pão à mesa dos filhos.
17.ª EDIÇÃO
26 MARÇO A 30 DE ABRIL / 2022 Organização: Teatro Municipal de Vila Real / Teatro Municipal de Bragança
CALENDÁRIO SÁB/26/MAR/21h00 | BRAGANÇA | ‘A RATOEIRA’ SÁB/26/MAR/21h30 | VILA REAL | ‘FUNCTION OU A FUNÇÃO’ | BRAGANÇA | ‘DAMAS DA NOITE’ QUI/31/MAR/21h00 SEX/1/ABR/21h30 | VILA REAL | ‘MONÓLOGO DE UMA MULHER E A SUA...’ SEX/8/ABR/15h/21h30 | VILA REAL | ‘OUVIDOR GERAL’ SEX/8/ABR/15h00 | BRAGANÇA | ‘SELVAGEM’ | VILA REAL | ‘PRIMAVERA’ SÁB/9/ABR/16h00 SÁB/9/ABR/21h00 | BRAGANÇA | ‘SELVAGEM’ QUA/20/ABR/21h30 | VILA REAL | ‘NAPOLEÃO OU O COMPLEXO DE ÉPICO’ QUI/21/ABR/10h30/15h | BRAGANÇA | ‘PINÓQUIO’ SÁB/30/ABR/21h00 | BRAGANÇA | ‘ÚLTIMA HORA’