Equipamentos Médicos

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Equipamentos Eletromédicos Bisturi Elétrico O que são Bisturis Elétricos: São equipamentos eletrocirúrgicos usados como complementos ou alternativa aos bisturis convencionais durante procedimentos cirúrgicos. São capazes de fazer cortes e promover a coagulação de maneira rápida e segura. Suas vantagens em relação aos bisturis convencionais são: a) Permitem fazer corte e a coagulação (hemostasia) simultaneamente; b) Permitem acesso mais fácil a determinados locais cirúrgicos (como em endocirurgias e laparoscopias); c) Minimizam o risco de disseminação de células doentes porque as destroem através do calor e d) São capazes de estancar hemorragias (efeito hemostático), o que é essencial em intervenções em órgãos muito vascularizados ou com rede capilar intensa (como fígado, baço, pulmões e coração). O controle do sangramento melhora a visualização do campo cirúrgico e reduz a perda de sangue. Os bisturis elétricos são equipamentos eletrônicos portáteis que geram e aplicam tensões elétrica de alta freqüência e alta potência. Produzem aquecimento local instantâneo e controlado para realizar cortes e estancar sangramentos (hemostasia). Riscos de uso A passagem de corrente elétrica no corpo humano provoca diversos efeitos que podem variar desde queimaduras até parada respiratória. O que é importante saber é que os efeitos são tão mais pronunciados quanto maior forem a intensidade, densidade e tempo de aplicação da corrente elétrica.


Sabe-se, contudo, que o corpo humano é mais sensível a faixas de freqüência que variam entre 20Hz e 100Hz. Para freqüência acima dos 100Hz não há sensação de choque elétrico porque a corrente não estimula nervos e músculos. O efeito obtido é apenas a produção de calor local. Por outro lado, com correntes de altas freqüências (acima de 4MHz) efeitos reativos de capacitância e indutância do circuito elétrico se tornam muito pronunciados, sendo difícil manter a corrente confinada aos cabos condutores. Por essa razão os equipamentos comerciais usam freqüências entre 250 kHz e 1 MHz (radiofreqüências). É possível ajustar a potência na maioria dos equipamentos comerciais. A impedância do circuito aumenta quando o tecido perde líqüido por evaporação e, por causa disso, a corrente diminui. A relação potência de saída versus impedância do tecido permite ao cirurgião ter controle sobre a corrente que atravessa o paciente. Equipamentos recentes têm circuitos microprocessados para manterá corrente constante independentemente da impedância dos tecidos (dentro de uma faixa de operação). O cirurgião também pode controlar a densidade da corrente selecionando o tipo e tamanho do eletrodo ativo. Segurança Alguns equipamentos dispõem de um circuito de segurança que compara a corrente que flui pelo cabo do eletrodo ativo com a corrente de retorno do cabo do eletrodo de dispersão. Se houver diferença entre elas, significa que parte da corrente está retornando por outro caminho e, portanto, atravessando o paciente por outra região. Isso pode causar queimaduras se a densidades de corrente for suficiente. Nesse caso o equipamento é automaticamente desligado e um alarme é acionado. Outro problema que pode ocorrer é a área de contato entre o eletrodo de dispersão e o corpo ser reduzida inadvertidamente por movimentos durante a cirurgia.


Esse é um problema sério, e relativamente freqüente, sobretudo em cirurgias ortopédicas, em que são necessárias muitas mobilizações do paciente. Para reduzir este risco, os fabricantes desenvolveram placas de retorno flexíveis e autocolantes que se adaptam às curvaturas do corpo, o que assegura bom contato na totalidade da área. Estes eletrodos são descartáveis e por isso mais caros.

Cuidados especiais na operação

Cuidados especiais na operação Os equipamentos de eletrocirurgia são intrínseca e potencialmente perigosos. Todos os usuários devem estar plenamente conscientes dos riscos, compreender os princípios de funcionamento e serem treinados para operar dentro dos limites de segurança destes equipamentos. Os problemas mais comuns em eletrocirurgia são as queimaduras e feridas por excesso de potência ou altas densidades de corrente em locais imprevistos. As correntes de RF podem interferir em outros circuitos eletrônicos (equipamentos de monitoração, oxímetros, marca-passo, etc.), criando


situações de risco ao paciente e ao operador. Os marca-passos antigos são mais vulneráveis, podendo modificar (aumentar) a freqüência de pulsos quando submetidos a interferências de RF. Esta condição pode levar o paciente à taquicardia e até mesmo à fibrilação ventricular. O efeito da interferência pode ser reduzido se a corrente de RF eletrocirúrgica não passar perto do coração. Isso é conseguido utilizando instrumentos bipolares sempre que possível. Se for usado eletrodo de retorno, este deve se localizar o mais próximo possível do local da cirurgia, e o caminho da corrente entre eletrodo ativo e o de retorno deve ser o mais distante possível do coração. Se o eletrodo de retorno for aterrado, funcionará como escoadouro de todas as correntes passando pelo paciente para terra (independentemente da atividade do equipamento de eletrocirurgia). Se ocorrer uma falha no isolamento de algum outro equipamento em contato com o paciente (foco cirúrgico, serra, furadeira, monitor de ECG, etc.), a tensão de alimentação de 60 Hz destes equipamentos pode escoar através do paciente, eletrocutando-o. Por esta razão os equipamentos com saída isolada são os mais usados. O centelhamento produzido por comutação de corrente elétrica pode causar explosão se houver no ambiente gases inflamáveis e oxigênio nas proporções adequadas. Como a eletrocirurgia envolve centelhamento para o tecido (ou nos contatos dos pedais de acionamento), não é seguro utilizar anestésicos ou gases inflamáveis em conjunto com estes equipamentos.


Manutenção Equipamentos de eletrocirurgia são dispositivos predominantemente eletrônicos, portanto, com poucas partes ou peças sujeitas a desalinhamentos ou desgastes mecânicos. As partes passíveis de avarias mecânicas são os cabos e respectivos conectores, o pedal de acionamento e a caixa do equipamento e o eletrodo de retorno. Mesmo nos circuitos eletrônicos, é importante verificar a limpeza das placas de circuito impresso, pois a presença de circuitos de alta tensão pode resultar em acúmulo de poeira e poluição condutiva, com conseqüente aumento nas correntes de fuga. A freqüência de manutenções preventivas é geralmente indicada pelo fabricante. Na ausência de tal informação, recomenda-se proceder a uma inspeção geral a cada seis meses, observando itens qualitativos, testes quantitativos e procedimentos de manutenção, conforme será visto abaixo. Um estoque de peças para pequenos reparos de emergência deve ser obtido junto ao fabricante. Cuidados especiais: As altas tensões presentes nos equipamentos de eletrocirurgia são extremamente perigosas e potencialmente letais. - nunca realize sozinhos testes com estes equipamentos, tenha sempre alguém ao lado; - nunca toque ou segure as partes condutivas dos eletrodos a menos que esteja seguro que o equipamento está desligado e - nunca realize os testes e inspeções de todas as unidades ao mesmo tempo, para não deixar a equipe médica sem equipamentos no caso de uma emergência.


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