TEGRA IN 02

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ARTE | CIDADE | ARQUITETURA | GASTRONOMIA | GENTE | LIFESTYLE

A NATUREZA MAIS PRÓXIMA DE NÓS




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@tegraincorporadora

TEGRA INCORPORADORA Condomínio WT Morumbi Avenida das Nações Unidas, 14.261 - ala B 14° e 15° andares - Vila Gertrudes, São Paulo/SP 04794-000 Tels: (11) 3127.9200 PROJETO EDITORIAL

www.studiolemon.com.br Rua Patizal, 38 CEP 05433-040 Tel (11) 2893 - 0199 São Paulo - SP DIRETOR DE CRIAÇÃO Cesar Rodrigues cesar@studiolemon.com.br DIRETOR EXECUTIVO Chico Volponi cvolponi@studiolemon.com.br PROJETO GRÁFICO Lemon Comunicação & Conteúdo DESIGN Adrino Gastor Pedro Enrike Carlos EDITOR Luiz Claudio Rodrigues REVISÃO Claudio Eduardo Nogueira Ramos FINALIZAÇÃO Ana Luiza COLABORADORES Thomaz Carvalho Claudio Gues Lauro Lins

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NATUREZA ESSENCIAL Valorizar as áreas verdes da cidade e tornar o espaço público amigável faz parte da cultura institucional da Tegra Incorporadora. A empresa já adotou 15 espaços públicos na cidade, entre parques, praças, canteiros e parklets; contribuindo para tornar a cidade mais bonita e com espaços ao ar livre para serem compartilhados com todos os seus moradores. Essa conexão entre a natureza e a cidade permeia o conteúdo desta segunda edição da revista TEGRA IN. No caderno CIDADE, o leitor conhecerá as praças públicas que recebem a atenção e os cuidados da Tegra; uma reportagem especial sobre o espaço urbano como ambiente democrático de convívio: uma tendência que veio para ficar tornando a cidade mais bonita, humana e solidária, com ruas abertas para os pedestres e ciclistas; e outra com esse mesmo movimento: o surgimento de carros que trocam a gasolina por eletricidade, com emissão zero de carbono para que possamos respirar ar puro em nossas ruas num futuro próximo. Nas páginas de LIFESTYLE, a arquitetura que privilegia os ambientes abertos para a paisagem e reforçam o elo entre o homem e a natureza. E a Casa Tegra, espaço de convívio no coração dos Jardins, em São Paulo. Com o mesmo diálogo de trazer a natureza mais perto de nós, as reportagens de GASTRONOMIA celebram a culinária de alto nível do restaurante Ryo, do chef Edson Yamashita, prestigiado com uma estrela pelo Guia Michelin por seu menu de pratos preparados na hora, feitos com ingredientes frescos; e a crescente valorização do café gourmet, apreciado por quem sabe reconhecer os melhores grãos das melhores safras. Entre os nomes estrelados desta edição estão o maestro João Carlos Martins, a chef Rita Lobo, a estilista Patricia Bonaldi, a arquiteta Fernanda Marques e a ceramista Nydia Rocha. A reportagem sobre as premiações com as quais a Tegra foi reconhecida neste ano, revela a sintonia da companhia com a qualidade de vida, com o desenvolvimento de projetos com excelência e que proporcionam aos clientes a experiência de viver cada vez melhor.

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ÍNDICE

ANO 01 NÚMERO 02

CIDADE 08. Ponte Aérea | bar em bar 10. Urbe | áreas verdes 14. Tendência | espaço público 18. Mobilidade | duas rodas LIFESTYLE 20. Arquitetura | natureza em casa 32. Wish List | Fernanda Marques 34. Gente | Patricia Bonaldi 42. Design | Nydia Rocha 48. Viagem | St. Barth GASTRONOMIA 54. Gourmet | banquete dos sentidos 58. Comer & Beber | cultura do café 64. Televisão | cozinha prática ARTE 66. Cult | registro geral 70. Música | João Carlos Martins INSTITUCIONAL

74. Prêmios | 2018 o prestígio da Tegra

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Nesta edição, a Tegra In reforça o elo entre o homem e a natureza em seu conteúdo, destacando as áreas verdes na cidade, o uso dos espaços públicos como ambientes de convivência e a arquitetura que integra a casa à paisagem.


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CIDADE

FOTO: TOMAS RANGEL

Ponte Aérea

DRINK LOVER Os melhores drinks do Rio e de São Paulo revelados por uma especialista que entende tudo de bebida

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À esquerda, o salão do bar Nosso, em Ipanema. Abaixo, em sentido horário, os drinks Castro’s Shake, do Nosso, e o Bacuri, do SubAstor, e o seu salão na Vila Madalena

FOTO: TOMAS RANGEL

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Alessandra Forma @aleforma

Nosso

www.nossoipanema.com.br

SubAstor

www.subastor.com.br

FOTO: WELLINGTON NEMETH

FOTO: RICARDO DANGELO

apear os melhores bares no eixo Rio-São Paulo; conhecer de perto o universo das marcas e produtores de destilados; frequentar o seleto grupo de mixologistas e bartenders; e experimentar, em primeira mão, as mais recentes novidades da carta de drinks de bares e restaurantes da moda, faz parte do dia a dia da consultora de bebidas paulistana Alessandra Forma. Para ela, o menu de clássicos, releituras e criações autorais de drinks são um prazer e uma divertida maneira de brindar e compartilhar os bons momentos da vida. Alê, como é chamada pelos mais íntimos, é uma gin lover e cocktail dandy como ela mesma se autointitula em seu perfil no Instagram. Para nós, é uma das melhores especialistas no métier. Por conta disso, pedimos que ela nos revelasse – com exclusividade para a Tegra In – os melhores bares do Rio e de São Paulo da atualidade. Na capital paulista, a especialista listou o SubAstor, Guilhotina, Frank, Guarita, Boca de Ouro, Estepe e o Axado. No Rio, enumerou o Vizinho, Garoa e o Nosso. Todas as dez sugestões de Alessandra são imperdíveis. No entanto, pedimos um pouco mais de sua expertise: os drinks com os melhores sabores

alcoólicos de sua seleta lista. Em São Paulo, elegeu o ‘Bacuri’ servido no SubAstor. “É feito com genever e bacuri. O genever é uma bebida antiga, de origem holandesa, um destilado maltado que precede a criação do gim”, revela a especialista. No Rio, não foi apenas um, mas toda a carta servida no bar Nosso. “Eles são especialistas em rum, portanto basta pedir qualquer um com essa bebida para saborear o melhor do que é servido por lá”, destaca Alessandra. Instalado na Vila Madalena, o SubAstor é um clássico ponto de encontro paulistano para quem aprecia o melhor da mixologia mundial. Sob o comando do bar manager Fabio La Pietra, a carta de bebidas é inspirada em tudo o que envolve o Brasil: biodiversidade, imigração e arte. De acordo com a comunicação do bar, “os drinks são frutos de aventuras e histórias, traduzidas em copos. Escolhemos um percurso em vez de um destino: descubra a cada gole”. Por sua vez, no coração de Ipanema, na zona sul carioca, o bar Nosso é comandado pelo premiado mixologista Tai Barbin. Sua carta tem propostas criativas e inovadoras que ganharam a atenção dos especialistas e interessados em coquetéis preparados com rum. “É o único destilado que não foi devidamente explorado no Brasil. Todo mundo já provou muita vodca, uísque. Está rolando o boom do gim, que não vai mais embora, mas o rum é a bola da vez”, aposta Tai.

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CIDADE Urbe

CLOROFILA Valorizar as áreas verdes da cidade e tornar o espaço público amigável faz parte da cultura institucional da Tegra FOTOS: Deco Vicente

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FOTO: PAULO BRENTA

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om mais de 5 mil praças públicas e 106 parques municipais, São Paulo reserva boas surpresas quando se pensa em áreas verdes para encontrar tranquilidade na vida agitada da metrópole. São lugares ao ar livre, que se tornaram pontos de refúgio e de contato direto com a natureza distribuídos por toda a cidade, à disposição de seus moradores. De acordo com dados da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, a capital paulista tem 530 praças públicas ou áreas ajardinadas que estão sob os cuidados da iniciativa privada. Entre elas, 11 são mantidas pela Tegra Incorporadora. “O objetivo principal dessas adoções é entregar para São Paulo espaços urbanos mais bonitos para serem compartilhados com os moradores da cidade”, afirma João Mendes, Diretor de Incorporação da Tegra São Paulo. De acordo com ele, a adoção faz parte do posicionamento institucional da empresa em valorizar a cidade e contribuir para um legado socioambiental. “É uma forma de tornar os espaços públicos mais amigáveis para as pessoas e também reforçar a entrega de gentilezas urbanas a todos os que quiserem usufruir desses locais”, explica João. OUTUBRO 2018

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CIDADE

FOTO: PAULO BRENTA

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Na página anterior, a Praça Ayrton Senna do Brasil, no Ibirapuera. Acima, o Parque Buenos Aires, em Higienópolis. À direita, abaixo, a Praça Débora Rebocho, no Jardim América

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As adoções feitas pela Tegra contemplam a revisão e a manutenção de guias, passeios, paisagismo e comunicação visual das praças. O período de adoção regular estabelecido com a Prefeitura é de um ou dois anos, mas a empresa prevê a extensão desses períodos. “Temos planos de continuidade. As praças que adotamos, em sua maioria, tomamos a iniciativa e todas estão próximas de nossos empreendimentos para que os moradores tenham uma área verde bem cuidada junto de casa”, diz o Diretor de Incorporação. Uma das adoções que a Tegra tem orgulho de ter feito é mais do que uma praça. É o Parque Buenos Aires, em Higienópolis, na região central de São Paulo. Com mais de 22 mil metros quadrados, o parque é um lugar tranquilo para recarregar as energias e contemplar a natureza. Sua vegetação é vasta e conta com aproximadamente 73 espécies catalogadas, incluindo o pau-brasil. Além disso, o parque é um museu a céu aberto. Por seus caminhos é possível deparar com diversas esculturas esculpidas em bronze,

granito e mármore, incluindo a obra Emigrantes, do artista plástico Lasar Segall. “Somos responsáveis por toda a limpeza e manutenção do parque”, diz João. Outro destaque entre as adoções da Tegra é a Praça Ayrton Senna do Brasil, próxima do Parque do Ibirapuera e a poucas quadras do residencial Curitiba 381, atualmente em fase de construção. A praça – de 15 mil metros quadrados – fica junto ao Modelódromo do parque e é famosa pela prática de autorama e outros hobbies. Com jardim planejado pelo paisagista Benedito Abbud, sua área verde exibe um capacete de bronze doado pelo Instituto Ayrton Senna e um monumento, de cinco metros de altura, chamado ‘Velocidade: alma e emoção’, da escultora Melinda Garcia. “Nesta praça, somos os responsáveis por todo o projeto, incluindo a comunicação visual.” Além dessas áreas verdes, a lista de adoções da Tegra inclui a Praça Dr. Mario Pontes Alves, em Moema; a Praça Débora Rebocho, no Jardim América; e a Praça Toronto, na Vila Mariana; entre outras.


Praças adotadas em São Paulo A zona oeste da cidade de São Paulo tem 54% de suas praças adotadas. Ao todo, são 140 termos de cooperação na Subprefeitura Pinheiros e 147 na Subprefeitura do Butantã. Em segundo lugar no ranking aparece a zona sul. Nessa região, 149 áreas verdes são mantidas pela iniciativa privada, sendo que 85 delas estão na área da Subprefeitura de Santo Amaro. A zona leste aparece na terceira posição com 40 praças adotadas, a zona norte tem 32 espaços adotados e o centro aparece no último lugar da fila, com apenas 22. Fonte: Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo

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CIDADE Tendência

CIDADES DESCOBERTAS A cidade fica mais bonita, humana e solidária quando as pessoas têm a oportunidade de explorar e viver o espaço público


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o Brasil e no mundo, cada vez mais, o espaço urbano tem-se tornado um ambiente democrático de convívio. Além dos parques e praças – ocupados tradicionalmente como áreas de aproximação com a natureza, descanso, lazer e encontros –, as cidades tornaram-se palco de experiências diversas de uso. Entre as novidades que despontam nos grandes centros urbanos estão a implantação de hortas e pomares, piqueniques comunitários, feiras de trocas solidárias, parklets e ruas abertas para os pedestres e ciclistas nos feriados e fins de semana. “É um movimento que reúne cidadania e consciência socioambiental, que permite refletir e repensar as diferentes maneiras que a população se apropria do valioso espaço da cidade, a fim de que ele se torne mais interativo, propositivo e humano”, afirma o comunicado do programa ‘Praças da Cidade’, promovido pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo para incentivar a ocupação da cidade pelos seus moradores. Na cola desse ensinamento, as hortas comunitárias instaladas em terrenos ociosos, praças e outros espaços trazem uma nova dinâmica para as cidades. Em Curitiba, a Horta Comunitária de Calçada Cristo Rei, na rua Roberto Cichon, no bairro Cristo Rei, envolve mais de 100 pessoas em sua manutenção. Nela, os moradores cultivam ervas e pancs (plantas alimentícias não convencionais). Em São Paulo, a horta do Centro Cultural São Paulo, ao lado da Avenida 23 de Maio, é aberta para o público e a pequena produção é destinada aos voluntários que se revezam para cuidar do plantio. Por lá, os mutirões são realizados quinzenalmente e todos os interessados podem participar, levando mudas (hortaliças, ervas, legumes e frutas) e ferramentas para o manuseio do cultivo. Outra das mais conhecidas na capital paulista é a horta da Praça das Corujas, na Vila Beatriz, na zona oeste. Desde 2012, o lugar tornou-se um espaço de convívio e de educação ambiental, onde os voluntários aprendem e ensinam a cultivar. No centro da cidade, no terraço da Galeria do Rock, o Jardim do Rock oferece cursos para os interessados em plantar seus próprios alimentos. O objetivo é multiplicar as hortas orgânicas por toda a cidade, dando oportunidade de negócio e renda aos participantes dos cursos. A produção do Jardim do Rock – pés de alface, rúcula, agrião, cebolinha e salsinha, entre outros – é vendida para os restaurantes próximos à Galeria para custear o projeto. O espaço não é aberto ao público, mas é possível conhecê-lo em visitas guiadas. Essas são apenas algumas das iniciativas que se espalham por São Paulo e atraem moradores que desejam plantar seu próprio alimento e se manterem conectados com a natureza.

À esquerda, o elevado João Goulart, conhecido como Minhocão, no centro de São Paulo. Aqui, no alto, a horta no rooftop da Galeria do Rock e abaixo, uma das feiras de trocas organizada na capital paulista

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CIDADE Tendência

Conhecer os vizinhos e ocupar as praças com atividades para as famílias e as crianças é a principal intenção do Movimento Boa Praça, criado em São Paulo, em 2008. De lá para cá, seus organizadores já promoveram mais de 50 piqueniques comunitários. Nesses encontros, as praças costumam receber mutirões de plantio, pintura e consertos. Além da mesa farta, são promovidas atividades culturais, como oficinas, shows de música, exibição de filmes, debates, saraus e feiras de trocas. “Nesses encontros, os vizinhos são convidados a se conhecer, trocar experiências e pensar no bairro e na cidade que querem”, afirma Carolina Tarrio, uma das voluntárias do Movimento Boa Praça. Outra modalidade de ocupação dos espaços públicos são as feiras de trocas. Nessas feiras são trocados produtos, serviços e conhecimentos para o desenvolvimento de comunidades locais e criar uma cultura de consumo consciente. Elas abrem espaço para que produtores e consumidores encontrem oportunidade para desenvolver habilidades empreendedoras, num ambiente de cooperação, onde o pagamento é feito exclusivamente por meio de trocas. No Rio de Janeiro, uma em especial chama a atenção: a Feira de Troca ‘Gostinho da Infância’, que acontece regularmente no Parque Lage. Organizada por Marlon Sousa, a feira possibilita a troca de dezenas de brinquedos, além de promover a interação e criação de vínculos entre crianças de diversas localidades, gêneros e classes sociais. “Interessei-me em organizar a feira por acreditar na potência dessa ação como forma de transformação social e de convívio entre as crianças”, afirma Marlon. 16

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Ter uma rua para chamar de sua por um dia inteiro já é uma realidade em São Paulo. O Elevado João Goulart, o famoso Minhocão, no centro da cidade, foi o logradouro pioneiro nesse tipo de iniciativa. E, desde 2015, a Avenida Paulista está livre de carros e aberta aos pedestres e ciclistas, todos os domingos. O Minhocão é fechado para o trânsito de automóveis das 21h30 de sexta-feira até as 6h30 de segunda-feira, com sábados, domingos e feriados livres para circulação durante todo o dia. Em breve, o elevado cederá seu espaço para um parque linear. A lei que criou o Parque do Minhocão foi promulgada pela Prefeitura em fevereiro deste ano e a desativação do elevado será gradativa. Com isso, os moradores ganham mais uma área de lazer na cidade. Também na região central, o vaivém acelerado da Avenida Paulista durante a semana é bastante conhecido pelos paulistanos, mas aos domingos tudo muda. Seus 2,7 quilômetros de extensão – entre a Praça Oswaldo Cruz, no Paraíso; e a Praça Marechal Cordeiro de Farias, na Consolação – ficam bloqueados para veículos das 9h às 18h. A Prefeitura estima que aproximadamente 30 mil pessoas circulem por ali todos os domingos. Essas e muitas outras iniciativas tornam nossas cidades mais humanas, solidárias e em total conexão com as tendências de comportamento e políticas públicas contemporâneas.

No alto e à esquerda, a Avenida Paulista aberta atrai 30 mil pessoas aos domingos. À direita, o parklet da Rua Oscar Freire, nos Jardins, mantido pela Tegra


PARKLETS

APOIADOS PELA TEGRA Humanizar e democratizar o uso da rua, tornando-a mais atrativa e convidativa é o conceito por trás (e na frente) dos parklets, uma alternativa rápida e eficaz para áreas desprovidas de espaços públicos, que servem também como um lugar definido para o estar, um ponto de encontro na cidade. Em São Paulo, o conceito de parklets surgiu em 2012 e sua primeira implantação ocorreu no ano seguinte, dando início ao processo de regulamentação que culminou em um decreto municipal, em vigor desde 2014. Atualmente, a cidade já conta com 131 parklets implantados: 105 privados e 26 públicos. A Tegra cuida de quatro parklets em São Paulo: um na rua dos Pinheiros (Consulado da Bahia), um na Lapa (Bar Maria Lima), um no Itaim (Mercearia São Roque) e outro na rua Oscar Freire. “O apoio aos parklets veio muito colado com o projeto de adoção das praças. A ideia de estarmos conectados com o público em espaços de convívio na rua é uma forma interessante de contribuir e estimular esse tipo de intervenção urbana", diz Flavia Schmidt, Gerente de Marketing da Tegra São Paulo.

Horta CCSP

www.facebook.com/hortaccsp/

Horta das Corujas

www.facebook.com/groups/hortadascorujas/

Jardim do Rock

www.touch.facebook.com/jardimdorock

Movimento Boa Praça

www.movimentoboapraca.com.br

Feira de Trocas

www.feiradetrocas.com.br

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CIDADE

FOTO: PAULO BRENTA

Mobilidade

BIKE FRIENDLY No Brasil e no mundo, as cidades criam facilidades para quem opta por se locomover sobre duas rodas

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virada do milênio marcou uma mudança de hábitos nas grandes cidades. Um movimento crescente de atenção com a natureza, a sustentabilidade e com a própria dinâmica de convívio no espaço urbano. Como parte deste mood, o transporte de bicicleta ganhou relevância como alternativa de deslocamento diário para as idas e vindas do trabalho, da escola e dos passeios. Além de consumo zero de carbono – que alivia a poluição dos grandes centros –, as bikes garantem saúde e bem-estar para quem opta pelas pedaladas. Para dar conta desse movimento, as cidades passaram a mudar a infraestrutura de mobilidade, com a criação de ciclovias, sinalização, fiscalização e estacionamentos; a adequação de trens, metrôs e ônibus para acomodar bicicletas em suas viagens e o surgimento de novos negócios, como o bike sharing, o compartilhamento 18

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de bicicletas explorado pela iniciativa privada. No Brasil, a cidade de São Paulo se destaca das demais capitais por sua complexa malha viária que se vem adaptando com a nova modalidade de transporte, com a ampliação de ciclovias e a criação de novas conexões, bicicletários, programas educacionais e a integração com outros meios de transporte. A Prefeitura apresentou um projeto para criar mais 1.420 km de ciclovias até 2028. Atualmente, a malha cicloviária permanente da cidade é de 498 km. O plano prevê o aumento da conectividade das ciclovias já existentes em 90% (atualmente está em menos de 60%), mais sinalização e lombadas para se ter um ambiente mais seguro para os ciclistas. De acordo com o secretário de Mobilidade e Transportes, João Octaviano, a ideia é de “transformar a cidade na capital brasileira da bicicleta”.


FOTO: PAULO BRENTA

À esquerda, ciclovia na avenida Faria Lima, na capital paulista. À direita, ciclofaixa na avenida Paulista e as bikes da Yellow, em São Paulo; e ciclistas pelas ruas de Amsterdã

Quatro empresas de compartilhamento de bicicletas foram credenciadas pela Prefeitura de São Paulo: Trunfo, Serttel, Yellow e Mobike, que se irão juntar às laranjinhas da Bike Sampa, do Banco Itaú, que tem 260 estações com 2.600 bikes em circulação na cidade. A ideia inicial é que cada uma das operadoras ofereça 20 mil bikes à população, totalizando mais 80 mil bicicletas compartilhadas. Em operação desde agosto, a Yellow atende pelo sistema dockless, ou seja, sem estações fixas. As bikes ficam disponíveis nas calçadas das zonas oeste, sul e centro expandido da cidade. Para usar, basta desbloquear o cadeado, travado manualmente, por meio de um app disponível para iOS e Android. O aplicativo também é a maneira utilizada para encontrar uma Yellow. “O propósito da empresa é promover um impacto positivo na cidade, revolucionando a mobilidade urbana que conhecemos. Assim, chegamos a São Paulo de forma gradual e responsável, em conformidade com todas as legislações aplicáveis ao negócio. Como pioneiros no serviço, na escala e no investimento, estamos liderando e financiando iniciativas necessárias para um ambiente seguro, claro e regulamentado para o cidadão”, afirma Eduardo Musa, CEO da Yellow. No Sul, Curitiba é pioneira em vias exclusivas para bicicletas desde a década de 1970. Atualmente, a estrutura urbana da capital paranaense conta com 207,2 km e o seu Plano Cicloviário passa por uma revisão a fim de conectar o sistema de ciclovias com a rede de ônibus e prover maior segurança aos ciclistas. Além disso, um piso gerador de energia está em fase de testes em um trecho da ciclovia no Centro Cívico. Equipado com sensores, o piso detecta a presença de ciclistas e pedestres para se alimentar de energia e acender luzes de LED para iluminar o caminho. As demais capitais brasileiras que estão na vanguarda de políticas públicas que incentivam o uso de bikes são Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília.

PELO MUNDO

Fora do Brasil, a Europa se destaca por cidades que são referência no uso de bikes como meio de transporte fundamental. Entre as melhores estão Copenhague, Amsterdã, Berlim e Barcelona. A capital dinamarquesa está à frente do restante do mundo em infraestrutura bem projetada e uniforme para as bicicletas. Por lá, as bikes são o principal meio de transporte para quase metade da população. Em Amsterdã, mais de 50% dos seus cidadãos usam bicicletas para deslocamentos diários. Suas ruas são adaptadas para o tráfego sobre duas rodas, com ciclovias, corredores compartilhados, estações de bike sharing, estacionamentos e até sinais especiais. Em Berlim, a quota de participação das bikes como meio de transporte dos moradores está em 20%. Barcelona dispõe de uma ciclovia que rodeia toda a área metropolitana da cidade. Chamado de Anel Verde, o sistema tem estacionamentos nas ruas e garagens subterrâneas. Bem próxima de nós, Buenos Aires também se moderniza para incluir as bicicletas no seu planejamento de transporte. A capital argentina tem mais de 130 km de ciclovias e sistema gratuito de empréstimos de bikes para a população. OUTUBRO 2018

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LIFESTYLE Arquitetura

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IN NATURA Ambientes abertos para a paisagem reforçam o elo entre o homem e a natureza na arquitetura contemporânea

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Varanda com jardim vertical no projeto da BC Arquitetos, da dupla Bruno Carvalho e Camila Aguiar, no Rio de Janeiro Foto: Denilson Machado

ão é preciso estar no campo para trazer a natureza para dentro de casa. Plantas, flores, pequenas hortas e frutíferas mudam a atmosfera de qualquer apartamento ou casa na cidade. E não importa o tamanho da sua morada. Por menor que ela seja, um vaso já faz toda a diferença no ambiente. Além de deixar o lugar mais bonito, o verde quando toma conta da arquitetura e dos interiores ainda ajuda a regular a umidade e a temperatura do lugar. Esse contato mais próximo com a natureza pode acontecer das mais variadas formas. A integração dos interiores e exteriores pode ser feita com ambientes abertos, painéis de vidro, varandas, terraços e outros recursos que prolongam o contato com o verde, como um arranjo de flores no vaso mais bonito da casa. Atentos a essa necessidade, paisagistas, arquitetos e designers de interiores buscam soluções inteligentes em projetos onde a vegetação nativa é protagonista. Em um dos seus mais recentes projetos, a arquiteta Denise Barretto transformou a varanda (40 m2) de um apartamento em um pequeno refúgio urbano no bairro do Itaim, na capital paulista, utilizando apenas vasos de plantas. “Com o verde, os moradores ganharam um lugar para relaxar e receber os amigos para almoços, jantares e brunchs. Para isso, a varanda foi desenhada de uma maneira que quando as portas estão abertas, o espaço fica totalmente integrado à sala de estar”, afirma Denise. O ambiente tem vasos cerâmicos, tipo vietnamitas, com espécies tropicais. Entre elas, ficus lirata, filodendros, palmeiras, patas-de-elefante e clusias, além de evonios e buxus com folhas menores, ao estilo europeu. Outra varanda que se tornou um dos espaços favoritos dos moradores foi planejada pelo escritório BC Arquitetos, da dupla de arquitetos Bruno Carvalho e Camila Avelar, no Rio de Janeiro. Conectado ao estar, o ambiente ganhou um jardim vertical projetado pela equipe do Landscape Paisagismo. Essa invasão verde na varanda se harmoniza com as copas das árvores da rua. Para sua composição foram reunidos samambaias, chifres-de-veado e patas-de-elefante. “Buscamos criar espaços externos tão emocionantes e confortáveis que suscitem nas pessoas que os utilizam seus melhores sentimentos”, dizem os paisagistas Suzi Barreto, Claudio Pedalino e Gabriela Setta, o trio à frente do Landscape. OUTUBRO 2018

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LIFESTYLE Arquitura

No alto, terraço ambientado pela arquiteta Denise Barretto em São Paulo. Ao lado, a arquiteta podando o pé de costela-de-adão Fotos: Julia Ribeiro

A natureza também pode vir antes do projeto. A paisagem foi a protagonista na construção de uma casa em Campinas (SP) idealizada pelo escritório Padovani Arquitetos. Inserida em um terreno de mais de 20 mil m2 e em perfeita harmonia entre arquitetura e paisagismo, a residência é dividida em cinco núcleos principais com uma relação, sem barreiras, entre interior e exterior. O nível mais alto do terreno, que possui o melhor visual do entorno, foi dado como ponto de partida para o resto da construção, que seguiu dali para baixo, acomodando-se em mais outros dois patamares. O living da residência ocupa a posição central no projeto arquitetônico. Neste espaço, a escada articula os vários núcleos da casa e encurta a circulação. Seu jardim interno é composto por grama-preta e pacovás. Com essa mesma orientação, os profissionais do escritório M+F Arquitetos – Filipi Gabriel Oliveira, Mariana Garcia Oliveira e Lucas Gonçalves – planejaram a arquitetura de uma casa em Franca, interior de São Paulo. A pedido dos moradores, o programa de necessidades previa uma varanda gourmet integrada com o lazer. “Buscamos a integração total com a natureza simplificando a pureza das formas. A casa foi feita com materiais genuínos como pedra, aço, concreto e madeira, que traduzem a essência da beleza pura”, afirma Filipi. A casa foi projetada com uma elevação acentuada do solo. 22

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Detalhe da varanda planejada pelo escritório BC Arquitetos. Foto: Denilson Machado

Um recurso para se contemplar melhor a vista do vale para que os moradores tivessem uma boa visão do horizonte. “Essa sensação de flutuar na grama, principalmente na varanda gourmet, foi idealizada para que o peso do bloco de concreto fosse questionado. Um detalhe que faz a diferença no modo de pensar, ver e morar”, diz o arquiteto. Entre as diversas espécies do jardim estão jasmim-asa-de-anjo, dama-da-noite, íris-da-prata, ciclantus, bananeiras do brejo e muitas outras. Na edição deste ano da Casa Cor São Paulo, o tema ‘Casa Viva’ incentivou profissionais a criar soluções arrojadas em torno do verde. A partir desse mote, a designer de interiores Jóia Bergamo idealizou a ‘Casa do Escritor’ (100 m2) feita inteiramente de vidro. As grandes aberturas ao longo da fachada, além de garantir a ventilação do ambiente, estabeleceram um diálogo direto com o jardim. Diferente do usual, o projeto paisagístico foi composto de espécies com folhagem baixa e, mesmo pequeno, se impôs de forma potente no espaço. No maior espaço da mostra, a ‘Casa Cosentino’ (1.100 m2); a arquiteta Debora Aguiar foi buscar inspiração nos quatro elementos da natureza. A proposta foi levar o verde de fora para dentro dos espaços, sem fronteiras entre in e out. “Toda a circulação e integração dos espaços foram direcionados para o jardim, favorecendo a luz natural abundante e levando o verde para dentro dos ambientes. Essa transparência junto à natureza é o que busco em meus projetos para trazer aconchego e bem-estar”, destaca a profissional.

Em Campinas, o living aberto para o jardim na casa planejada pelo escritório Padovani Arquitetos. Foto: Evelyn Muller

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LIFESTYLE Arquitetura

O jardim tropical da Casa do Escritor: projeto da designer Jóia Bergamo para a edição deste ano da Casa Cor São Paulo. Foto: Rafael Renzo


A abertura lateral para o jardim da Casa Cosentino, planejada pela arquiteta Debora Aguiar para a Casa Cor São Paulo. Foto: Denilson Machado

Com paisagismo de Daniel Nunes, o projeto de João Armentano para a Casa Cor São Paulo, chamado de Villa Olivo foi concebido com aberturas de panos de vidro que destacam o tronco de uma oliveira centenária Foto: Lufe Gomes

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LIFESTYLE Arquitetura

Em Franca, no interior de São Paulo, casa com arquitetura assinada pelo escritório M+F Arquitetos é totalmente integrada à paisagem natural. Foto: Felipe Araújo

Com a mesma intenção, o arquiteto João Armentano propôs a interação entre o jardim e a casa para a ‘Villa Olivo’ (320 m2). O paisagismo, criado por Daniel Nunes, adentra praticamente todo o espaço, desde a entrada da casa, passando pelas janelas da cozinha e do living ao quarto. A grande protagonista do jardim, uma oliveira de 300 anos, trazida do Uruguai e inserida no espaço, transborda por todo o ambiente. O paisagista Daniel Nunes também é o autor do jardim de uma casa em Campinas, arquitetada por Otto Felix. Nesse jardim, a surpresa está no lago artificial de 55 m2, projetado por Ricardo Caporossi Júnior, da Genesis Ecossistemas. Na residência, quando as portas de correr da varanda são abertas, o espaço se abre para o jardim com o lago. Graças à inovação e tecnologia em filtros, suas águas cristalinas superam a concepção do tradicional lago turvo. Para mantê-lo impecável, a Genesis mensalmente faz a filtragem e o controle químico e patogênico, mantendo o ambiente saudável para as carpas e os moradores, que costumam nadar em suas águas. As soluções para trazer a natureza para perto de casa são diversas. Basta saber qual a melhor que se adapta ao seu estilo de vida. Vale a pena ficar mais perto do verde e contemplar um jardim que você pode chamar de seu. 26

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Em Campinas, a casa planejada pelo arquiteto Otto Felix e com paisagismo de Daniel Nunes, tem um lago artificial projetado por Ricardo Caporossi Júnior, da Genesis Ecossistemas Fotos: Denilson Machado

BC Arquitetos

www.brunocarvalhoecamilaavelar.com.br

Daniel Nunes

www.danielnunes.com.br

Debora Aguiar

www.deboraaguiar.com.br

Denise Barretto

www.denisebarretto.com.br

Genesis Ecossistemas

www.genesisecossistemas.com

João Armentano

www.joaoarmentano.com

Jóia Bergamo

joiabergamo.com.br

Landscape Paisagismo

www.landscapejardins.com.br

M+F Arquitetos

www.mfmaisarquitetos.com

Otto Felix

www.ottofelix.com.br

Padovani Arquitetos

www.padovaniarquitetos.com.br

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LIFESTYLE Arquitetura

CASA TEGRA O verde dá o tom na casa conceito da Tegra: espaço de convívio e relacionamento aberto ao público em São Paulo

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esquina da Rua da Consolação com a Rua Oscar Freire, nos Jardins, em São Paulo ganhou vida nova. É ali, no quadrilátero mais nobre da cidade, que foi aberta em agosto passado a Casa Tegra. “É um local inspirador, que tem muito verde. Uma verdadeira praça indoor, um espaço de convívio aberto para a cidade. Um lugar para que as pessoas possam conhecer melhor a Tegra e o nosso conceito de gentileza, com uma programação de talks e palestras, promovendo encontros e a troca de experiências”, afirma Flavia Schmidt, Gerente de Marketing da Tegra São Paulo. A casa faz parte das ações comemorativas dos 40 anos da Tegra. Em maio deste ano foi realizado o primeiro evento no local e a partir de então foi iniciada a concepção do espaço. A Casa Tegra tem um projeto diferenciando e alinhado com o posicionamento da incorporadora, de adoção de praças públicas, com o objetivo de aproximar a empresa da cidade e das pessoas, em espaços arborizados e bonitos.


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LIFESTYLE Arquitetura

“A casa é um espaço qualificado para termos um diálogo com o público. Somos pioneiros nesse conceito de projeto no mercado imobiliário”, ressalta Flavia Schmidt. O espaço também contribui para as ações institucionais da Tegra para consolidar sua marca na capital paulista. “O nosso intuito é oferecer à cidade um espaço de experiência com a nossa marca e de compartilhamento de conhecimento sobre temas relevantes para o desenvolvimento urbano, como arquitetura e urbanismo, tecnologia, inovação, mobilidade, sustentabilidade, arte e design”, pontua João Mendes, diretor da Tegra Incorporadora São Paulo. Para dar forma ao conceito, um time de profissionais foi acionado para que o espaço fosse único. Sob a direção do estúdio Bijari foram convidados especialistas para participar do projeto: os diretores de arte Wado Gonçalves e Diego Ognibeni, Maurício Prada, que assina o paisagismo; a empresa GTM, que desenhou a cenografia; e Wagner Freire, criador do lighting design no espaço. De acordo com Maurício Prada, a ideia do paisagismo na Casa Tegra foi focada no conceito de bem viver. “As folhagens de verdes perenes e de texturas diferentes trouxeram a natureza para dentro do espaço, proporcionando aconchego e exuberância”, afirma o paisagista. Para dar o clima tropical no jardim, Prada selecionou palmeiras Phoenix Roebelenii e costelas-de-adão, espécies que trouxeram personalidade ao espaço. Casa Tegra: Espaço com capacidade para 150 pessoas com cafeteria, coworking e wi-fi. Abre as segundas, terças, quintas, sextas e sábados das 10h às 20h; as quartas das 10h às 22h e domingos, das 13h às 18h. A programação completa da Casa Tegra pode ser conferida no www.casategra.com.br.

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Conceito

O projeto da Casa Tegra tem a assinatura da dupla de diretores de arte Wado Gonçalves e Diego Ognibeni. A dupla desenvolveu todo o conceito ( em parceria com o estúdio Bijari) de arquitetura, space branding e design de interiores do espaço. Em uma breve entrevista, Wado e Diego revelam os detalhes do projeto. Tegra In: Como foi idealizada a Casa Tegra?

Wado Gonçalves: O projeto surgiu através de uma necessidade da Tegra para se rela-

cionar com novos clientes de forma mais emocional. Partindo disto, nos apropriamos do conceito de uma praça, um espaço de convívio social que une o urbano e a natureza: um projeto de space branding único e autoral.

Tegra In: Houve alguma inspiração, em especial, para o desenvolvimento desse projeto? Diego Ognibeni: Nas praças e jardins modernos de grandes centros urbanos, no guide da marca, em especial o color code, além da locação e a construção existente. Tegra In: Como o público recebeu esse espaço de convívio?

Os frequentadores se sentem seduzidos a conhecerem o espaço pelo impacto visual que a transparência da arquitetura entrega, revelando a exuberância e o conforto do seu interior.

Wado Gonçalves:

Tegra In: Há algum aspecto especial que você queira destacar nesse projeto?

Diego Ognibeni: É um projeto de site specific. Destacamos a ousadia com que usamos o cinza e o amarelo, a seleção de mobiliário e objetos brasileiros, os tapetes que desenhamos especialmente para o projeto e o opulento e complexo paisagismo.



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LIFESTYLE Wish List

MODERNA A releitura do design dos anos 1950 da poltrona Mad King: assinatura de Marcel Wanders para a italiana Poliform. No Brasil, a peça está disponível na Casual Interiores.

FERNANDA MARQUES

www.casualmoveis.com.br

RETRATO: DRAUZIO TUZZOLO

Com escritórios em São Paulo, Londres, Lisboa e Lausanne, a arquiteta paulistana Fernanda Marques vive na ponte aérea para atender sua clientela no Brasil e na Europa. Mesmo com toda a agitação do seu dia a dia, reservou um tempo em sua agenda para revelar, com exclusividade para a Tegra In, suas peças e lugares favoritos

CLEAN Famosa por sua coleção de louças, a indústria espanhola Roca sempre se destaca no quesito design. Nessa linhagem, a cuba Laufen – desenhada por Konstantin Grcic – reúne simplicidade e estilo. www.br.roca.com

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FEITO À MÃO O handmade é o que faz a diferença dos tapetes da Bellouchi Rug On. Sob a direção criativa de Saman Bellouchi Pirbazari, a marca desenvolve peças feitas com materiais naturais, refinamento único e estampas exclusivas criadas por um time de designers convidados. www.bellouchi.com.br

PINACOTECA Fernanda Marques faz parte do Comitê de Aquisições de Arte Contemporânea da Pinacoteca do Estado. Como insider desse universo, a arquiteta recomenda o acompanhamento da programação da instituição artística e destaca a exposição ‘Mulheres Radicais’, em cartaz até novembro próximo. www.pinacoteca.org.br

Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa: centro de arte português com prestígio em todo o mundo

PELO MUNDO restaurante JNcQUOI, em Lisboa. www.jncquoi.com

SLIM Desenhada por Guilherme Wentz, a luminária UM da Lumini é composta por um perfil de LED fixado a uma base giratória de parede. Leveza e luz são o que não lhe falta. www.lumini.com.br

museu Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. www.gulbenkian.pt

bar TAK, em Estocolmo www.tak.se

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LIFESTYLE Gente

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À MÃO A delicadeza e a feminilidade fazem o sucesso das criações assinadas por Patricia Bonaldi FOTOS: Leo Faria

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onhecida dentro e fora do Brasil, Patricia Bonaldi é uma das mais influentes estilistas brasileiras da sua geração. Mineira de Uberlândia, desde 2002 se dedica ao universo da moda. Foi nesse ano que abriu uma loja multimarcas em sua cidade natal. Atuando como empresária, Patricia percebeu que as clientes prestavam mais atenção no que ela vestia em vez das coleções que comercializava. Com essa descoberta, a empresária cedeu lugar à estilista com a criação de vestidos sob medida. De lá para cá, tudo mudou. Atualmente, Patricia está à frente do grupo Nohda e das marcas Patricia Bonaldi e PatBo que estão disponíveis em mais de 100 pontos de venda no Brasil e 50 no exterior. Para se manter fiel ao estilo que criou e faz sucesso com a clientela – combinando tecidos de qualidade, bordados, originalidade e sofisticação – Patricia procura olhar para o presente e para cada etapa conquistada. “Existem algumas fases marcantes na minha carreira. Depois de dez anos que a Patricia Bonaldi existia me desafiei e criei a PatBo, que me força a observar as tendências com mais atenção e, como designer, colocá-las em prática com mais ousadia. Cada abertura de loja no País me enche de orgulho. A primeira vez que vi minhas criações nas araras das multimarcas mais luxuosas do mundo e ver celebridades como Gisele Bündchen e Sharon Stone usando as peças da marca são fases marcantes e me fizeram evoluir profissional e pessoalmente”, comenta Patricia.

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RETRATO: DOUGLAS DE CAMPOS


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O listrado ganha uma versão tropical inspirada em folhagens. O vestido aparece em uma versão bem feminina com mangas bufantes e ombreira. O entremeio de renda na cintura traz a rusticidade chique da coleção de verão da PatBo

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A versão da chemise aparece assimétrica e com mix de estampas. A combinação com a pantalona monta um look sofisticado e moderno


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GASTRONOMIA Comer & Beber

Estampa sobreposta com tule italiano em camadas e bordados florais 3D

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Vestido rosa claro em tule italiano e corset: os bordados florais deixam a peรงa delicada, mas com personalidade

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LIFESTYLE Gente

O que mais chamou a atenção das celebridades em meu trabalho foi o fato de se tratarem de peças que valorizam o trabalho handmade, uma moda barroca Patricia Bonaldi

O bordado é a principal característica do trabalho de Patricia. “Bordar para mim é algo totalmente emocional, envolve dedicação de muitas pessoas e do tempo, que para mim é uma das coisas mais valiosas que existem”, afirma a estilista. Para manter o feito à mão de suas criações, Patricia capacitou artesãs com o ensinamento de técnicas tradicionais de bordados e pedrarias em Uberlândia. O objetivo dessa ação é ensinar e profissionalizar mulheres com técnicas de manufatura artesanal e preservar esse saber antigo que faz parte da nossa cultura. “Seguimos moldes pré-desenhados, mas acredito muito que cada bordado é algo único e intransferível”, destaca a estilista. Criada em 2012, a marca PatBo permite que Patricia desenvolva coleções mais experimentais. Apesar das diferenças, as coleções para a Patricia Bonaldi e a PatBo surgem com um único ponto de partida. “As coleções são superconectadas. A essência e os valores das marcas são os mesmos, como a feminilidade, a expertise técnica, a dedicação ao processo e o encantamento. Por isso, as coleções partem das mesmas referências”, explica Patricia. Esse esforço de superação também se reflete no sucesso internacional. A primeira loja de Patricia Bonaldi fora do País foi aberta em 2009, em Madri. Essa loja abriu as portas para clientes do Oriente Médio e no sul da França. “Hoje temos uma presença internacional superbacana. Estamos nas principais lojas multimarcas do mundo como a Saks Fifth Avenue, Harrods, Net a Porter e Intermix. Uma das coisas mais impressionantes é ver como o mercado internacional valoriza e respeita as criações brasileiras”, diz Patricia.

Influencer

Patricia também se destaca nas redes sociais. No Instagram tem mais de 1,3 milhão de seguidores. “Ser uma influenciadora no mundo digital foi resultado de ações espontâneas. A marca já atingia vendas significativas tanto nacional quanto internacionalmente quando o universo virtual ganhou força. Tudo aconteceu etapa por etapa, conquista após conquista.” www.patbo.com.br | @patriciabonaldi

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Vestido lavanda com busto corset em tule italiano. Os bordados de flores e borboletas trazem feminilidade e romantismo à peça

Fotógrafo: Leo Faria | Direção de estilo e stylist: Patricia Bonaldi | Modelo: Thairine Garcia | Direção de arte: Márcio Mota Maquiador: Julio Elibio


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LIFESTYLE Design

PORCELANA

FINA A fluidez e as diferentes possibilidades de composição dos objetos marcam a criação da ceramista Nydia Rocha POR: Luiz Claudio Rodrigues | FOTOS: Ricardo Dangelo e Marcelo Ribas

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ineira de São José do Goiabal, Nydia Rocha vive e trabalha em São Paulo há 24 anos. É ceramista de vocação e administradora por formação. Seu primeiro contato com a argila aconteceu durante a infância. “Meu avô tinha uma olaria artesanal para abastecer a fazenda. Enquanto ele fabricava tijolos, telhas e alguns artefatos, eu brincava com a argila criando mini-utensílios que ele depois queimava. Brinco que cresci com o pé no barro e que agora coloco as mãos. Na adolescência, para me deixar ocupada, minha mãe me inscrevia em todos os tipos de cursos manuais disponíveis. Aprendi tricô, crochê, bordado, costura e pintura em tecido”, lembra a ceramista. Com sua vinda para São Paulo, a vocação de menina foi interrompida durante um período. Graduada em Administração de Empresa, Nydia construiu uma carreira em Desenvolvimento Humano e Organizacional e na Seleção de Executivos. Trabalhou por anos em uma multinacional e atualmente faz consultoria. “O fato é que tenho duas carreiras. Costumo dizer que uma me torna uma profissional melhor e a outra uma pessoa melhor. As duas me completam. São carreira paralelas. Em uma sou ‘expert’, em outra aprendiz”, revela Nydia. Pura modéstia. De aprendiz, ela não tem nada. Nos últimos anos se dedica a uma pesquisa intensa sobre a menor espessura na

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argila e porcelana queimada em alta temperatura. Essa busca pela menor espessura em porcelana de alta temperatura lhe rendeu notoriedade no circuito de design autoral contemporâneo no Brasil. Na capital paulista, a ceramista aprimorou o seu ofício ao frequentar o Núcleo de Arte Contemporânea, orientada pelos artistas plásticos Antonio Peticov e Osmar Pinheiro; e mais tarde, com uma especialista, a ceramista Célia Martins. O período de convivência com os artistas e alunos do NAC foi fundamental para o entendimento de seu processo criativo. “Além do espaço fantástico (um galpão onde hoje é o Parque do Povo, no Itaim, na capital paulista), havia uma biblioteca riquíssima e muita experimentação. Com tanta liberdade para criar acabei aprendendo muito sobre constância e consistência, disciplina e repetição como suporte para o processo criativo”, recorda. Com esse background, Nydia vive um momento especial de criação. “A cerâmica como disciplina traz um leque imenso de técnicas e experimentações. O processo pode passar pela argila, pelo vidrado (esmalte), pelo tipo de queima e temperatura. Eu comecei com o torno, depois modelagem e estudo muito para criar meus esmaltes. Eu queimo em alta temperatura (1.250 graus Celsius) porque consigo maior resistência nas peças. Sou curiosa por natureza e tenho fascínio por aprender.


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LIFESTYLE Design

Na linha A4 utilizo óxido de cobalto em quantidade mínima para conseguir um azul bem sutil, óxido de ferro amarelo e vermelho para os tons terrosos e a mistura dos três óxidos e corante para fazer o matiz preto. O resultado me agrada muito e reflete a proposta da linha Nydia Rocha

Ná página anterior, a designer Nydia Rocha. Acima, a linha A4 de porcelanas criadas pela ceramista Nydia Rocha é queimada em 1250 graus Celsius para obter a melhor resistência. À direita, a porcelana de Nydia serve de louça para o prato criado pelo chef Valdir Oliveira, com set no restaurante Cantaloup para os clicks do fotógrafo Ricardo Dangelo

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LIFESTYLE

RETRATO: MASSIMO FAULUTTI

Design

Crio o projeto e depois vejo a melhor forma de execução. Posso partir de uma técnica que domino ou abrir uma nova pesquisa e experimentação.” Desde o ano passado, Nydia desenvolve sua pesquisa em criar peças com espessuras mínimas em alta temperatura. Por trabalhar no limite em suas experimentações, já perdeu muitas peças. “Cada peça perdida era um problema a solucionar. Então, eu tinha pilhas de problemas e fui repassando cada etapa do processo. Foi exaustivo, por vezes frustrante, mas gratificante ao final. Eu ainda tenho um bom caminho envolvendo essa pesquisa e quero que isso reflita nas minhas novas coleções.” O fruto desse trabalho é a coleção de porcelanas da linha A4. Composta por pratos, bowls e vasos, as peças remetem à espessura de uma folha de papel em contraponto com a resistência da porcelana. A paleta de tons é simples e muito bem integrada, trabalhando com a porcelana em sua cor original e também pigmentada com óxidos naturais e corantes. De acordo com ela, a proposta é desconstruir a forma tradicional de servir uma mesa. A ausência da margem dos pratos cria diferentes possibilidades de composição dos objetos. Outro destaque dessa produção são os vasos. Todos 100% feitos à mão, sem molde ou forma. A modelagem de cada vaso ocorre no momento exato em que a massa de porcelana permite ser dobrada. A parte inferior é esculpida de forma a criar uma costura única (fundo) em cada objeto. Adepta do uso de óxidos naturais na paleta de cores em suas cerâmicas, Nydia gosta de extrair o essencial em suas criações. “Optei por uma paleta simples e bem integrada. Faço uma interferência na massa, adequando-a ao propósito de espessura, toque e cor. Gosto muito da porcelana natural, ela não é tão branca, mas também não é creme. É uma cor linda”, finaliza a ceramista.

O COLETIVO 462

A ceramista Nydia Rocha faz parte do Coletivo 462. O grupo é formado por designers com atividades paralelas em diversas áreas (arquitetura, design e artes) e compartilha experiências, discute ideias e desenvolve projetos. A reunião se dá de forma democrática e tem como objetivo a soma de conhecimentos, a ampliação do repertório e o fortalecimento da relevância no mercado. O grupo surgiu de encontros na oficina de orientação de projetos do designer Gerson de Oliveira, da moderníssima marca de design ,Ovo. “Uma coisa interessante é que geralmente os coletivos se unem pelo que possuem em comum, mas nós estamos juntos pelas diferenças. Somos um grupo multidisciplinar. A diferença constitui nossa identidade. Sou a única ceramista do grupo. Trocamos ideias, informações, técnicas, fornecedores e dividimos tarefas, compartilhamos investimentos e relacionamentos. Descobrimos que unidos somos mais fortes”, destaca Nydia. O Coletivo 462 reúne Bia Rezende, Caio Armbrust, Carol Magliari, Desyree Niedo, Fernando Barcellos, Gabriel De La Cruz Mota, Marcelo Ribas e Paula Rochlitz, além, é claro, da ceramista Nydia Rocha.



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LIFESTYLE VIAGEM

AZUL DA COR DO MAR Perdida na imensidão azul-turquesa do Caribe, a ilha de St. Barth é como se toda a sofisticação europeia coubesse num charmoso bangalô com pé na areia



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LIFESTYLE VIAGEM

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versão da Côte D’azur no mar do caribe chama-se Saint-Barthélemy. Mas desde a década de 1960, quando o circuito Elizabeth Arden a descobriu como um paraíso isolado, a ilha é chamada de St. Barth por todos os jetsetters acostumados com suas butiques e bistrôs de charme francês. A lista de celebridades e personalidades que a frequentam, na temporada de maio a setembro, é enorme. Entre eles, o casal Beyoncé e Jay-Z, a top model Kate Moss, o diretor de cinema George Lucas e a atriz Lindsay Lohan, além da aristocracia europeia, magnatas de todos os continentes e jogadores de futebol endinheirados. St. Barth tem praia para ver e ser visto e outras completamente isoladas. Ao todo são 16, mas há uma para cada tipo de turista. Desde enseadas tranquilas para curtir o banho de mar com a família; passando por outras com ondas disputadas por surfistas. Uma das mais bonitas é a de Grand Cul-de-Sac, no lado leste da ilha. Por ter uma barreira de corais bastante afastada da areia, a enseada tem águas cristalinas apreciadas por mergulhadores ou por quem gosta de passeios de barcos a vela. O agito está no litoral norte da ilha. Mais precisamente na praia de Saint Jean, perto do aeroporto local e de um vilarejo com boas opções de restaurantes, hospedagem e serviços. Enquanto o verdadeiro sossego está na parte sul de St. Barth, em Grand Fond, uma costa rochosa ocupada por mansões e pequenos hotéis. Com um quê de sauvage e dentro de uma reserva ambiental, a praia de Colombier é acessível apenas por barcos e uma trilha, com algumas subidas e descidas. A única construção que se vê por ali é a antiga casa de veraneio da família Rockfeller, construída no alto de um morro no fim da década de 1950. Foi nessa época que o bilionário David Rockfeller descobriu o lugar e se tornou um pioneiro. Depois dele, todo o jet set do planeta, sempre que pode, dá uma esticada por lá.

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Porto

A rue Bord de Mer com o atracadouro de barcos em Gustavia, capital de St. Barth

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Mais parecido com uma marina, o porto de Gustavia serve de ancoradouro para barcos e iates. Caminhar pelo calçadão e observar de perto as embarcações pode ser uma boa distração. As ruas Bord de Mer e Samuel Fahlberg são pontos privilegiados.


ONDE FICAR

No alto, o hotel Eden Rock. Abaixo, as placas com os nomes das marcas de luxo na rue de La Republique

Há pouco mais de 20 hotéis em St. Barth e cerca de 400 quartos em toda a ilha. O mais famoso hotel do lugar é o Eden Rock, enquanto o Le Guanahani tem um exclusivo spa da Clarins para relaxar o corpo e a alma. Para quem gosta do estilo low profile, chalés e vilas nas encostas, com vistas exclusivas para o mar, podem ser alugados por alguns dias.

COMO CHEGAR

O ponto de partida para se chegar em St. Barth é pegar um voo de apenas 15 minutos na vizinha ilha de Saint Martin. Desde 2010, a ilha recebe um voo semanal direto do Brasil, saindo de Guarulhos, com escala em Manaus.

Shop

As principais marcas de artigos de luxo têm lojas nas ruas de Gustavia, a capital de St. Barth. Por ser livre de impostos, a cidade é um destino de compras para quem aprecia de itens como charutos cubanos, caviar russo e grifes como Dior, Cartier e Bvlgari, entre outras: todas concentradas na rue de La Republique, em frente ao terminal marítimo. Na mesma rua está instalado o melhor centro comercial de luxo de St. Barth: o Carré D’Or.

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GASTRONOMIA Gourmet


BANQUETE DOS SENTIDOS Seguindo o conceito da alta gastronomia japonesa, o restaurante Ryo é uma homenagem do chef Yamashita à gratidão, beleza e simplicidade da culinária do país do sol nascente FOTOS: Gilberto Bronko | Vira Comunicação

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onhecido no circuito gastronômico de São Paulo por sua passagem pelo Shinzushi e no Azê Sushi, Edson Yamashita é o mais novo chef paulistano a conquistar, para o seu restaurante, uma estrela no prestigiado Guia Michelin. O restaurante em questão é o Ryo que abriu suas portas há dois anos no Itaim, bairro nobre da capital paulista. Por lá, os clientes são recebidos por Yamashita no balcão de sushis. Mas não foi essa iguaria que transportou o chef ao mapa da gastronomia mundial. Os inspetores do Michelin ficaram impressionados pela cozinha kaiseki servida no lugar. Os kaisekis são restaurantes da alta gastronomia japonesa que refletem os vestígios da realeza, que se estabeleceu em Kyoto no século XIX, com a construção do Palácio Imperial, uma das diversas propriedades do Imperador pelo Japão. Nessa culinária de alto nível, o menu sempre é uma surpresa com pratos preparados na hora com ingredientes frescos, servidos em sequência ao estilo menu degustação. No Ryo, esse banquete tem pratos cuidadosamente finalizados com folhas e flores naturais, preparados com ingredientes sazonais que mimetizam animais e plantas e servidos em porcelana feita sob medida. Uma tradição que reúne luxo, sobriedade e sofisticação. “O kaiseki remete a muita beleza na simplicidade das composições. É repleto de suavidade, leveza e muitas cores, além de trazer muitas releituras da culinária antiga, ao mesmo tempo que combina com a criação de pratos feitos com novos ingredientes descobertos nos dias de hoje”, define Yamashita.

O chef do Ryo, Edson Yamashita

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GASTRONOMIA Gourmet

No alto, à esquerda, sala ambientada do Ryo. À direita, do alto para baixo, algumas das iguarias servidas no restaurante: Wagyu Oniguiri, Hanami e Sakana to yasai

O kaiseki inclui tudo o que seja ingrediente comestível: do mar, da montanha, tubérculos da terra, legumes em geral, folhas de plantas, brotos, flores, frutas, derivados de animais, ovas de peixe e outros. “A forma kaiseki tem em sua base a gratidão pelo alimento e as técnicas diversas e amplas no seu preparo, sempre remetendo ao sentimento de gratidão em cada item, sempre com a intenção de realçar mais o sabor do ingrediente e não dos condimentos”, explica o chef. De acordo com ele, é a filosofia do ‘simples, mas profundo’. “Um bom exemplo dessa filosofia é o de comer um cogumelo e sentir que está na montanha, comendo o cogumelo no restaurante, mas sentindo o vento, o cheiro e o eco da montanha. Uma viagem de quem sente ou já sentiu essa sensação. Queremos que o nosso kaiseki traga essas sensações”, filosofa. Essa “alma” que acompanha a refeição está descrita no site do restaurante como a ‘Curva de Sabores e o Umami’. O texto fala que “ao comermos qualquer alimento, podemos distinguir quatro gostos básicos: doce, amargo, salgado e azedo. O que poucos sabem é que existe um quinto gosto, chamado de umami, aquele que dá vida ao sabor. O doce, o azedo, o amargo e o salgado preparam o palato para a apreciação do umami. Essa é a proposta do Ryo e do chef Yamashita, que assina os pratos buscando proporcionar aos seus clientes uma autêntica experiência japonesa”. Entre a clientela, o maior sucesso do cardápio do Ryo são os pescados frescos. O restaurante trabalha com uma ampla variedade de pescados e são nos sushis que os clientes notam a diferença no equilíbrio do arroz com as iguarias que chegam do mar. “Nosso arroz e os pescados fazem uma combinação perfeita de sabores, sem esquecer de dizer da temperatura certa do arroz e o shoyu do Ryo, que é temperado com outros ingredientes para aromatizar e realçar mais o sabor final”, destaca o chef. 56

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O CHEF

Edson Yamashita é o Itamae (chef) do Ryo. Aos 13 anos de idade decidiu que seguiria os passos da família, quando começou a trabalhar na cozinha do restaurante Shinzushi, fundado por seu tio Shinji Mizumoto. Determinado a se aprofundar na arte da culinária japonesa, Yamashita foi morar no Japão aos 15 anos de idade. Em Kawasaki integrou a equipe do Sushi Kan, que seguia a filosofia do mestre Sawamoto, ícone lendário da Escola Kanpachi de Sushi nos anos 1970 e 1980. “Vivi uma década conhecendo os valores e a cultura japonesa, desde a sua origem budista de Tóquio a Kyoto”. Em sua volta ao Brasil foi para a cozinha do Azê Sushi e em 2016 abriu o Ryo. “Sempre tive o prazer de servir as pessoas. O prazer de compartilhar a minha energia de felicidade, sentimento que sinto cozinhando para as pessoas. Encontrei na gastronomia um caminho constante para estar neste estado e neste formato para o resto da minha vida. Vejo o Ryo como o caminho mais perto do Japão, que remete à gratidão, beleza e simplicidade da gastronomia japonesa”, revela o chef estrelado.

SAKÊ

No Ryo são servidos sakês de diversas regiões do Japão. A carta de bebidas é pensada em amplas categorias, desde o junmai daiginjo ao genshu honjozo, ambos qualificados pelos expertises na categoria premium. O restaurante conta com a experiência de um dos sócios que é especialista em sakê, o sommelier Celso Ishiy, autor do livro ‘Guia Prático do Sakê’. Ishiy colabora na escolha dos tipos e rótulos que harmonizam com os pratos do cardápio. No inverno passado, o preferido da estação foi o ‘Taisetsu’, feito com água do degelo da montanha Taisetsu, que fica na região de Hokkaido, uma ilha do norte, que é a região mais fria do Japão. RYO | Rua Pedroso Alvarenga, 665, Itaim Bibi, São Paulo, (11) 3881 8110

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GASTRONOMIA Comer & Beber

COFFEE BREAK As voltas que a cultura do café dá até chegar a sua mesa ou ao balcão das melhores cafeterias



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ara muitos, o dia só começa depois de saborear uma boa xícara de café. Há quem tome vários cafezinhos ao longo do dia. E há aqueles que não abrem mão de degustar somente os melhores grãos tal qual os enófilos que se dedicam ao prazer de experimentar as boas safras de vinho. Seja como for, o brasileiro ama café. E, nos últimos anos, o paladar de muitos tem-se aprimorado e, nesse quesito, há pessoas que somente bebem café especial e gourmet. Mas seja espresso ou de coador, todos nós sabemos o que estamos bebendo? Tudo começa pela planta para sabermos qual o tipo de café que nos agrada. Como qualquer fruta, o café tem variedades e cada café tem um gosto diferente. Para se chegar ao sabor final, raramente um bom café é 100% da mesma fruta. O elo perdido nesse processo está nos blends. As marcas de café plantam diferentes variedades para depois encontrar o que eles chamam de perfil de sabor. A partir dessa fase, os produtores definem um estilo de sabor e um estilo de aroma, se é mais ácido ou se tem mais notas de nozes ou notas de chocolate, coisa que somente os degustadores que têm olfato absoluto conseguem definir. Muito antes de chegar em nossas mesas, o café que tomamos segue um caminho que envolve diversas etapas de desenvolvimento. O produtor seleciona as variedades de mudas que deseja plantar, que melhor se adapte ao clima e ao solo da região cafeeira onde são cultivadas.

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Os grãos de café antes da moagem, a prensa francesa e o café espresso


A colheita pode ser à máquina ou à mão, que é mais seletiva. As melhores marcas de café costumam fazer a colheita à mão. Isso significa que se colhe primeiro a fruta que está mais madura e esse estágio se repete, voltando ao mesmo pé de café duas ou três vezes na mesma safra. O estado de maturação adequado é aquele onde a casca, a polpa e a semente têm composição uniforme, destacando-se os componentes voláteis, responsáveis pelo aroma e sabor. Depois da colheita, a polpa é separada da semente. Nessa etapa, é preciso secar a fruta. Há máquinas que secam, mas as marcas de café de qualidade optam pelo modo tradicional, secando ao sol ao longo de dez ou doze dias. Após esse período vem a separação, por tamanho e por cor para que o café tenha uma padronização. Logo depois vem a torra, que pode fazer um café inferior se tornar bom ou destruir um café extraordinário. A torra é importante para manter as características do produto, extraindo o que há de melhor no grão de café. Dependendo do período de tempo da torra, da velocidade e da temperatura pode-se tostar o café e assim se perde a qualidade do grão. Existem torras médias, claras e escuras, de acordo com o que se espera do café. Os mais ácidos são de uma torra mais clara. Os mais doces e suaves são provenientes de uma torra média. Por sua vez, a torra muito escura danifica o café.

A fruta do café in natura tem diversas variedades: cada uma responsável por um tipo de aroma e sabor

CAFÉ GOURMET Os cafés gourmet têm certificadoras exclusivas que atestam sua qualidade: a certificação BSCA (Brazil Specialty Coffee Association) e o selo UTZ, da empresa suíça SGS (Société Générale de Surveillan), líder mundial em inspeção, verificação, testes e certificação. A obtenção da certificação é feita pela análise de lotes, examinados por três provadores em uma avaliação sensorial, que conferem notas entre 8 e 10.

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CLASSIFICAÇÃO

Para se ter uma referência da qualidade de um bom café, os bons são naturalmente adocicados e levemente ácidos e, por isso, dispensam o açúcar. No Brasil, os cafés mais baratos costumam ter a torra mais escura, o que mascara os defeitos e praticamente incinera o grão. A partir desse momento acontece a moagem do grão e a máquina de café tem que estar bem regulada. Ao sabermos de tudo isso, percebemos que o café tem um trabalho enorme por trás, que envolve tecnologia, pesquisa, o fator humano e o da máquina. Esse bastidor é que determina a peculiaridade do seu café favorito. Portanto, se a procedência é garantida, o papo no cafezinho com certeza vai ser mais saboroso.

A CULTURA DO CAFÉ

O movimento de valorização do café nacional de qualidade foi iniciado aproximadamente há dez anos. Mas foi nos últimos cinco anos que houve um boom do número de estabelecimentos dedicados aos cafés especiais, torrefadores, baristas e especialistas em análise. Quem determina a diferença entre os cafés são provadores especializados (aqueles que têm olfato absoluto, isto é, hipersensíveis em perceber as mais sutis nuances no aroma) que dão nota de qualidade e classificam o café como tradicional, superior e gourmet/especial. Para combater o café de baixa qualidade e separá-lo em categorias facilmente identificáveis pelo consumidor, a ABIC (Associação Brasileira da Indústria do Café) criou, em 2004, o Programa de Qualidade do Café. Nele, especialistas certificados provam cada lote e conferem notas baseadas num sistema de classificação de defeitos. 62

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Os provadores especializados classificam o café pela nota de qualidade. Quanto maior a nota, melhor a qualidade.

nota entre 7,3 e 10

nota entre 6,0 e 7,2

nota entre 4,5 e 5,9

nota abaixo de 4,5

CAFÉ GOURMET/ ESPECIAL

CAFÉ SUPERIOR

CAFÉ TRADICIONAL

CAFÉ NÃO RECOMENDÁVEL


MÉTODOS DE EXTRAÇÃO DENOMINAÇÕES Café de origem: relaciona-se às regiões de origem dos plantios, uma vez que alguns atributos de qualidade são inerentes à região onde a planta é cultivada. O monitoramento da produção é necessário para a rotulagem. Café orgânico: é desenvolvido sob as regras da produção orgânica. Isso significa que o café deve ser cultivado com fertilizantes orgânicos e o controle de pragas e doenças deve ser feito por meio de controle biológico.

TURKISH

SIPHON

ESPRESSO

Café fair trade: leva em conta as condições sociais e ambientais sob as quais o café é cultivado.

TIPOS DE CAFÉ

COADOR

FRENCH PRESS

MOKA POT

CHEMEX

EVA SOLO

AERO PRESS

Há dois tipos de café que são cultivados em todo o mundo: a arábica e a robusta (corilon). As variedades de café arábica plantadas no Brasil são bourbon vermelho, catuaí amarelo, acaiá, mundo novo, caturra, icatu e obatã.

Fontes: Ailin Aleixo, ABIC, BSCA e Société Générale de Surveillain. OUTUBRO 2018

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GASTRONOMIA Televisão

COZINHA DE ESTAR Com uma nova temporada na TV, Rita Lobo se consolida como mestra de receitas fáceis para colocar a cozinha no seu devido lugar de destaque FOTOS: Arthur Vahia

À

frente da décima temporada do programa ‘Cozinha Prática’ no GNT, a chef Rita Lobo faz o que mais gosta: incentivar as pessoas a prepararem refeições saudáveis na cozinha de suas casas. Seguidora das orientações da Organização Mundial de Saúde e do Guia Alimentar para a População Brasileira, feito por pesquisadores da USP e publicado pelo Ministério da Saúde; Rita é uma das mais respeitadas apresentadoras de culinária da TV brasileira e autora de uma série de best-sellers editados pela sua empresa Panelinha, editora de livros e produtora de conteúdo especializado em comida para a internet e TV. Para ela, ter uma alimentação saudável é manter o padrão tradicional da culinária feita no Brasil, como o feijão e o arroz de todo o dia acompanhados por produtos que vêm da natureza, com verduras, legumes, proteínas, ervas e temperos de boa qualidade. Em entrevista para a revista Veja São Paulo, a chef definiu que o seu trabalho não é um resgate da “comida da vó”, pois esta exige “tempo e habilidades culinárias raras nos dias de hoje”. Seu dia a dia na cozinha é focado em simplificar e resgatar as receitas de pratos tradicionais brasileiros. “Precisamos simplificar e fazer o resgate de se sentar à mesa, do vegetal, do feijão, em vez de invenções supostamente saudáveis, criadas pela indústria”, afirma. Por essa posição, a chef se recusa a ser garota-propaganda de marcas que a procuram. Na temporada que está no ar, o programa ‘Cozinha Prática’ chega com uma novidade: o público pode cozinhar junto, seguindo o passo a passo da receita em tempo real. “Todos os dias leio nas redes sociais comentários de pessoas dizendo que me assistem e que têm meus livros, mas que gostariam de cozinhar comigo. É tanta gente que não caberia na minha cozinha. Mas com esse novo formato, todas as receitas foram pensadas para ficarem prontas no tempo do episódio, então nós vamos cozinhar juntos, mesmo”, explica a apresentadora. Paralelamente ao programa, o público tem acesso pelo @canalgnt no Instagram às listas de ingredientes, pré-preparo e utensílios necessários para a receita de cada semana. Os telespectadores também podem conferir no Instagram de Rita um pouco mais dos bastidores e dicas exclusivas.

Culinária em tempo integral

O universo da gastronomia já faz parte da vida de Rita Lobo desde o começo do milênio, quando criou o site Panelinha e o programa na TV (lançado em 2012) veio como uma evolução natural do seu trabalho. Criado em 2000, o Panelinha trouxe visibilidade para o trabalho de Rita. Na esteira do seu lançamento vieram os livros ‘Cozinha de Estar’, ‘Comida de Bebê’, ‘Pitadas da Rita’, ‘Panelinha – Receitas que funcionam’, ‘Cozinha Prática’ e o mais recente, ‘O que tem na geladeira?’, todos em parceria com a Editora SENAC São Paulo. Como publisher da Editora Panelinha, Rita lançou os livros ‘Pão Nosso’, de Luiz Américo Camargo, e ‘Jerusalém’, de Yotam Ottolenghi e Sami Tamini. No canal Panelinha no Youtube está no ar a série ‘O Que Tem na Geladeira?’ e o curso ‘Comida de Verdade’. E como se não bastasse, Rita – no começo deste ano – lançou sua primeira linha de produtos: uma coleção de louças, composta por pratos, travessas, tigelas e canecas. Uma prova de que a cozinha é sua profissão de vocação há mais de 20 anos, quando largou a carreira de modelo e foi estudar gastronomia em Nova York. Agora, a loira colhe os frutos de sua dedicação, 24 horas por dia, em alimentação.

@ritalobo, gnt.globo.com e panelinha.com.br

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ARTE Cult

REGISTRO

GERAL

Um giro pelo que acontece na cena cultural do Brasil e do mundo

QUADRINHOS Em 1938, quando Superman apareceu pela primeira vez nos quadrinhos, ninguém imaginou que este seria um evento que transformaria a cultura pop e que ecoaria até os dias de hoje. Oitenta anos depois, no final de 2018, o MIS abre uma grande exposição com artes originais, revistas e itens raros para contar a história das HQs no Brasil e ao redor do mundo. A mostra tem curadoria de Ivan Costa, cofundador da Chiaroscuro Studios e sócio da Comic Con Experience. MIS. De 13/11/2018 a 24/02/2019. www.mis-sp.org.br

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EDIÇÃO LIMITADA Para celebrar seu 75º aniversário, a sueca IKEA lançou uma coleção com a reedição de peças que fazem parte do seu acervo de design dos anos 1950 até a década de 1990. O lançamento, iniciado no primeiro semestre deste ano, está sendo feito em três tempos (50/60, 70/80 e 90) para destacar as variações de estilo e design, desde peças divertidas com o colorido lúdico até as de aspecto mais natural, com madeira escandinava. IKEA. www.ikea.com A coleção pode ser conferida no site da marca


ART SHOW

Realizada anualmente, a Armory Show é a principal feira de arte de Nova York desde que foi criada em 1994 para inspirar o diálogo, a descoberta e o patrocínio das artes visuais no bairro mais artsy de NY: Chelsea. Em março do ano que vem, os píers 92 e 94 irão reunir as novidades de importantes galerias internacionais, comissões inovadoras de artistas e programas públicos. Um evento imperdível para os aficionados em arte.

Armory Show. De 07 a 12 de março de 2019. www.thearmoryshow.com

OK OK OK Primeiro álbum de inéditas de Gilberto Gil em 20 anos, Ok Ok OK chega ao mercado com 15 faixas. Nele, os acompanhamentos rítmicos, harmônicos e melódicos estão condicionados à voz e ao violão. A maioria das bases foi feita com Gil cantando e tocando ao mesmo tempo. Boa parte da família do compositor e instrumentista participou do disco: a produção musical é assinada por Bem Gil; tem vocais de Nara, Preta e Maria; e os netos João e Francisco Gil tocam em algumas das faixas. O lançamento faz parte do portfólio da Biscoito Fino.

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ARTE Cult

PAPA FINA As principais galerias de arte do mundo reservam algumas preciosidades de seu acervo para serem comercializadas na Art Basel Miami em dezembro próximo. São mais de 200 escritórios de arte que exibem obras de mais de 4 mil artistas, incluindo mestres da arte moderna, contemporânea e uma geração de estrelas emergentes. Entre os trabalhos estão pinturas, esculturas, fotografias, filmes, instalações e arte digital. Art Basel Miami. De 06 a 09/12 de 2018 www.artbasel.com/miami-beach

BIENAL DE VENEZA A 58ª Bienal Internacional de Arte de Veneza já tem data marcada para ser vista: de 11/05 a 24/11 de 2019. O curador desta edição é o crítico de arte americano Ralph Rugoff, diretor da Hayward Gallery, de Londres. Com Rugoff – que foi diretor artístico da Bienal de Lyon em 2015 –, a ideia é que a Bienal reúna a memória, o inesperado, a eventual provocação, o novo e o diferente que possa chamar a atenção e a emoção do visitante. 58ª Bienal Internacional de Arte de Veneza. De 11/05 a 24/11 de 2019. www.labiennale.org/it

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DIGITAL

Quando a artista de Los Angeles, Nancy Baker Cahill, criou o aplicativo de realidade aumentada ‘4th Wall’, ela queria compartilhar sua arte com um público mais amplo. Através de smartphones e tablets, a série ‘Coordinates’ pode ser acionada pelo App com coordenadas GPS que direcionam os espectadores para a obra de arte mais próxima. Entre os artistas desse primeiro circuito, realizado em Los Angeles, estão Tanya Aguiñiga, Beatriz Cortez, Kentura Davis, Micol Hebron e Debra Scacco, além de Cahill. Nancy Baker Cahill www.nancybakercahill.com

SHOP A loja do MASP está com uma coleção inédita de artigos garimpados em Moçambique e no Brasil, especialmente em comunidade quilombolas. A coletânea é resultado do trabalho de Adélia Borges, curadora, professora de design e escritora, que, desde 2016, é responsável pela seleção das peças expostas na loja do museu. Os objetos valorizam, sobretudo, o feito à mão e traz objetos que são testemunhas do lugar de onde vêm. Loja do MASP. Avenida Paulista, 1598, São Paulo, (11) 3149 5959

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ARTE

Música

BRAVO! Aos 78 anos e com a mesma vitalidade da juventude, o pianista e maestro João Carlos Martins pretende aumentar a audiência da música clássica no Brasil

C

onhecido como um dos melhores pianistas do mundo, João Carlos Martins é um fenômeno da música clássica contemporânea. Depois das complicações que lhe tiraram os movimentos das mãos, prosseguiu sua vocação. Dessa vez como maestro. Em 2003 criou a Bachiana Filarmônica com a ajuda do SESI (Serviço Social da Indústria) e, desde então, vem acumulando milhares de apresentações pelo Brasil. Com esse projeto, o maestro leva música clássica às crianças pobres e filhos de refugiados sírios, angolanos e congoleses que vivem no País. “A música clássica não pode ser elitista, tem que ir para as periferias”, diz. O movimento mais recente de João Carlos é o ‘Orquestrando São Paulo’, que surgiu para contribuir com o aprimoramento e a formação de novos regentes, democratizando a música erudita nas comunidades mais afastadas dos grandes polos urbanos.

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RETRATO: PAULO BRENTA


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ARTE

Música

Atuando em cidades do interior de São Paulo, o projeto leva capacitação técnica e artística gratuita a músicos que tenham interesse em trabalhar como regentes e agentes de difusão cultural, promovendo a criação de orquestras e desenvolvimento musical em cidades com até 60 mil habitantes. Até o ano passado foram 40 cidades no interior paulista, mas o novo projeto vai evoluir e se estender por todo o Brasil, com a intenção de alcançar mil orquestras. “Se Deus quiser, esse vai ser o meu legado”, afirma o maestro. Sua vida extraordinária já foi contada no livro ‘Maestro! A volta por cima de João Carlos Martins’ (2015), de Ricardo Carvalho; e no cinema, com o filme ‘João, o Maestro’ (2017), dirigido por Mauro Lima e, recentemente, no teatro, com a peça ‘Concerto para João’, dirigida por Cassio Scapin, em cartaz no Teatro FAAP, na capital paulista, até dezembro próximo. Para falar sobre o momento atual de sua vida, o maestro concedeu uma entrevista exclusiva para a Tegra In. Aqui, os melhores trechos de nossa conversa:

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FOTO: LUCIA HARAGUCHI

O maestro João Carlos Martins em diversos momentos de sua carreira. Na foto maior, como maestro da Bachiana Filarmônica. De cima para baixo, o jovem pianista; nos bastidores do filme ‘João, o Maestro’ com o ator Alexandre Nero; e em uma de suas apresentações como pianista


Tegra In: Como se mantém essa vitalidade aos 78 anos

de idade?

JCM: Sou um idealista e de certa forma até obsessivo, busco rea-

lizar meus sonhos e objetivos com muita vontade. Meu objetivo é deixar um legado e realizar o sonho de Villa-Lobos de fechar o Brasil em forma de coração através da música clássica.

FOTO: ACERVO PESSOAL

Tegra In: Além do talento brilhante, sua vida pessoal é um exemplo de determinação. Por que a música é tão importante? JCM: Sempre digo que seria pouco dizer que a música me ajudou nos momentos mais difíceis. Prefiro dizer que a música salvou a vida deste velho maestro. Tegra In: Quando

você toca piano revela no rosto muita emoção. Que sentimento lhe aflora os sentidos nesses momentos? JCM: É muita emoção e, para mim, música é isso. Gosto de ver depois de um concerto o rosto emocionado das pessoas. Neste momento sinto o sentimento do dever cumprido. Sou um velho apaixonado pela música.

FOTO: CORTESIA GLOBO FILMES

Tegra In: Com a orquestra Bachiana Filarmônica, você

leva a música clássica para os mais pobres e atualmente, com o projeto ‘Orquestrando São Paulo’ incentiva a criação de orquestras em cidades do interior. Que instituições e empresas lhe dão apoio para levar adiante esses projetos? JCM: Temos o apoio do SESI, que adotou a nossa orquestra, formando hoje a maior orquestra da iniciativa privada do Brasil. Mas temos parcerias pontuais também para alguns concertos, então é difícil citar todas as empresas e instituições. Tegra In: Como tem sido a receptividade do povo brasileiro

nas apresentações da orquestra?

JCM: A receptividade é sempre muito grande. Os concertos estão

sempre cheios, nos apresentamos em praças, teatros, igrejas, em boa parte de forma gratuita, o que é muito positivo e permite o acesso de todos. A música clássica já foi popular e conseguimos demonstrar nos nossos concertos que pode ser novamente. Tegra In: O talento nato como virtuose no piano, seu ca-

risma como ser humano e a generosidade em levar sua expertise para difundir a música clássica no Brasil já são um legado. Por suas ações e atitudes diante da vida, também se revelou um humanista da maior grandeza. O que é a vida para você? JCM: Agradeço as palavras. Fico muito feliz com este retorno. Para mim a vida é a música. Foi nela que encontrei meu caminho, foi ela que me salvou nos momentos mais difíceis e é por ela que quero deixar uma marca no Brasil. Quero retribuir tudo que a música me deu.

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INSTITUCIONAL Prêmios

YELLOW Prêmios marcam reconhecimento à qualidade e solidez da Tegra no setor imobiliário

O

reconhecimento é sempre muito bem-vindo. E, quando essa honraria se transforma em um elogio público – através de premiações importantes – que eleva o prestígio de uma empresa em seu segmento de atuação, a condecoração se torna um marco na história. Esse tem sido o momento da Tegra Incorporadora. Em 2018, a empresa conquistou três importantes premiações: o Top Imobiliário, promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo; o Prêmio Cliente S.A. e, mais recentemente, o Prêmio Master Imobiliário, a tradicional premiação da FIABCI-Brasil e o Secovi-SP. “São importantes indicadores de que estamos na direção certa no desenvolvimento de projetos com excelência e que proporcionam aos nossos clientes a experiência de viver cada vez melhor”, afirma João Mendes, diretor da Tegra São Paulo. Na noite da cerimônia do 24º Prêmio Master Imobiliário, em agosto passado, a Tegra conquistou dois prêmios: na categoria Empreendimento Comercial, com o edifício corporativo 17.007 Nações, na capital paulista; e a categoria Empreendimento Mixed-Use, com o multiuso Union Square, no Rio de Janeiro. Lançado em uma região pouco verticalizada da Chácara Santo Antônio, na zona sul, o 17.007 Nações foi a aposta da Tegra em

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um novo eixo de desenvolvimento na cidade. Com duas torres – a Sigma, com 28 pavimentos de lajes corporativas, e a Alpha, com 31 andares para salas comerciais – e 100 mil m2 de área privativa, o empreendimento foi erguido em um terreno (25,3 mil m2) de uma antiga fábrica na região. A obra é considerada uma referência em sustentabilidade e atualmente se encontra em estágio de pré-certificação para obter o selo LEED Gold, do Green Building Council (GBC). De acordo com Mendes, o edifício tem redução de 45% no consumo de água, por meio de captação e tratamento, e uma economia no consumo de energia elétrica de 16% na Sigma e 12% na Alpha. Além da sustentabilidade, o edifício também se destaca por ter beneficiado o seu entorno. Na implantação do projeto, a Tegra fez uma série de contrapartidas que beneficiaram a região. Foram mais de 200 semáforos para veículos e pedestres, investimento em fibra óptica e transmissão de dados, além da preservação de espécies e plantio de mudas. “Com sua chegada, o 17.007 Nações provocou muitas melhorias no sistema viário da zona sul. O reconhecimento desse projeto pelo principal prêmio do setor chancela a consistência do nosso propósito de deixar um legado para as cidades onde atuamos, com benfeitorias perenes às pessoas”, destaca João Mendes.


17.007 Nações

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INSTITUCIONAL Prêmios

Por sua vez, o mixed-used Union Square reúne dois edifícios residenciais e um de espaços comerciais, além de um mall com 145 lojas, que ocupam a base das três torres, tudo interligado por uma praça central. O júri do Master Imobiliário elogiou o impacto visual do projeto e sinergia gerada pelas diferentes atividades. Segundo o júri, o Union Square “faz parte da safra de empreendimentos que, em diferentes cidades do País, começa a desenhar uma nova convivência, unindo moradia, trabalho e lazer”. O Prêmio Master Imobiliário – criado em 1994 pela FIABCI-Brasil (Capítulo Brasileiro da Federação Internacional das Profissões Imobiliárias) e o Secovi-SP (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo) – é inspirado no ‘Prix d’Excellence’ da FIABCI Mundial. A cada edição, seus realizadores têm como objetivo reconhecer e estimular a excelência profissional no setor imobiliário brasileiro, premiando e divulgando anualmente o desempenho das empresas e dos profissionais que mais se distinguem, de acordo com as escolhas efetuadas por uma comissão julgadora composta por especialistas, promovendo, assim, o aprimoramento e a modernização do setor.

Union Square

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Top Imobiliário

Na 25ª edição do Prêmio Top Imobiliário – promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo em parceria com a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio) –, a Tegra ocupou o terceiro lugar no quesito Valor Geral de Vendas dos Lançamentos (VGVL) com R$ 1 bilhão, tendo 2017 como ano-base da premiação. Ao todo concorreram 167 empresas do segmento de incorporação, 141 construtoras e 131 imobiliárias. Entre as empresas de incorporação, a Tegra conquistou o 8º lugar no ranking das mais bem posicionadas. De acordo com informações da empresa, a previsão de lançamentos da Tegra em 2018 é de R$ 1,3 bilhão, sendo R$ 1,0 bilhão apenas em São Paulo. Só no último bimestre de 2017, a empresa se destacou no mercado ao lançar três empreendimentos: um na Vila Anastácio, com apelo da “primeira rua-jardim” de São Paulo; e outros dois, em Pinheiros e Moema: o Pin Home Design, na rua dos Pinheiros, com 160 unidades residenciais e uma loja; e o Chez Vouz com 140 unidades, em Moema. Em Alphaville, lançou The Lake, com 66 apartamentos.

Na página anterior, fachada do 17.007 Nações. Ao lado, a fachada do The Lake, em Alphaville, na Grande São Paulo. Abaixo, o mixed-used Union Square, no Rio de Janeiro


The Lake


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INSTITUCIONAL Prêmios

Home Design

Chez Vouz

O Prêmio Top Imobiliário consagra anualmente as empresas que registram os maiores volumes de lançamentos na cidade de São Paulo e região metropolitana. O prêmio é composto por três categorias: Incorporadoras, Construtoras e Vendedoras. Sua premiação estabelece um ranking de classificação em cada segmento, o que faz do prêmio uma referência dos melhores negócios do mercado.

Prêmio Cliente S.A.

Neste ano, a Tegra foi reconhecida pela revista Cliente S.A. como um dos três destaques de sua premiação na categoria ‘Melhor Projeto de Customer Experience’, com o case ‘Assembleia Digital – Patrimônio de Afetação’. Para quem não sabe, toda assembleia de patrimônio de afetação é realizada através de um evento presencial. Nessa assembleia é instituída uma garantia adicional de que o imovel ficará pronto e assegura ao comprador que o apartamento adquirido na planta será entregue. A Tegra inovou e digitalizou o processo, tornando mais rápido e prático ao morador, criando um impacto positivo. O Prêmio Cliente S.A. destaca as melhores práticas do mercado, ao identificar as organizações líderes na qualidade do serviço oferecido ao cliente. A avaliação dos cases é feita por um júri formado por profissionais de reconhecida competência no mercado, distribuídos entre empresas tomadoras de serviços, empresas prestadoras de serviços, consultorias, integradores e fornecedores de tecnologia. 78

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Acima, fachadas do Pin Home Design e do Chez Vouz: ambos na capital paulista.


RIO DE JANEIRO

Viva

este momento. 2 e 3 quartos com lazer, praticidade e a alma do Méier.

Um projeto funcional, prático e contemporâneo, adequado ao seu estilo de vida. tegraincorporadora.com.br/eastside

Rua José Bonifácio, 140 | Tel.: 21 | 2018-1360 EAST SIDE MÉIER: memorial de incorporação prenotado sob nº 507971 em 15/08/2018 junto ao 1º Ofício de Registro de Imóveis do Rio de Janeiro. Arquiteto responsável: Sergio Gattass - CAU/BR A1363-3. Engenheiro responsável: Pedro Natalino de Paula - CREA 5060243310. Endereço: Rua José Bonifácio, 140, bairro: Todos os Santos, Rio de Janeiro-RJ. A comercialização das unidades somente será realizada após o registro do memorial de incorporação.*Valor referente a unidade 103 do bloco Art conforme tabela vigente no mês de Setembro.


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