Revista Telhanorte - 2ª Edição by Telhanorte

r e v i s ta

v o c ê

f e l i z

n o s s o

f o r t e

Edição 02 - janeiro/fevereiro 2013

simoninha

“minha casa é o refúgio do caos” o paisagismo neotropical de

marcelo faisal

Especial

áreas externas

tudo para jardins, varandas e piscinas

carta ao leitor

sumário

Boas & novas

antes e depois

soluções práticas

descobrimos ao visitar a casa de

boas ideias

Simoninha em São Paulo: das 12

matéria de capa

canções que integram seu novo

especial pisos

disco, 11 foram compostas em seu

serviços

Faça você mesmo

pergunte ao especialista

ocê sabia que um ambiente pode inspirar música? Pois foi o que

cantinho predileto, junto à sala de estar, onde fica o piano. Nossa reportagem de capa mostra como vive esse talentoso artista, num confortável sobrado em Moema. Igualmente talentoso é Marcelo Faisal. Um dos paisagistas mais requisitados do Brasil, seus projetos “neotropicalistas” priorizam a sustentabilidade e as plantas brasileiras. Confira ao longo desta edição – dedicada especialmente às áreas externas – as dicas de Faisal para afastar o calor em varandas, piscinas e decks. E já que estamos no verão, a seção Soluções Práticas ensina como instalar seu ar-condicionado sem problemas. Chris Campos, jornalista especializada em decoração, mostra como é possível, sem gastar muito, criar um canto transado do lado de fora da casa. Na seção Especial Pisos você encontra uma seleção dos melhores revestimentos para jardins, piscinas e quintais. Finalmente, em Faça Você Mesmo, o engenheiro agrônomo Marcelo Noronha ensina a plantar, com muito estilo, uma horta em casa ou no apartamento – para que você tenha manjericão fresquinho sempre à mão. Boa leitura! Um abraço e até março!

Manuel Corrêa

profissional do mês

marcelo faisal Apaixonado pela natureza, o arquiteto, agrônomo e paisagista Marcelo Faisal despontou no cenário da arquitetura paisagística na década de 1990. Ele alia em seus projetos valor estético, descontração e experiência. Participante da Casa Cor e outras mostras importantes, já recebeu prêmios da FIABCI, SECOVI, ADVB, revista Architecture House e revista Espaço D. Seu trabalho reúne a simplicidade sofisticada com o melhor uso dos recursos naturais. O resultado é um paisagismo de bom gosto e de baixo custo. Sua arte tem como preocupação evitar o desperdício.

Diretor-Geral

expediente www.telhanorte.com.br conselho editorial Juliano Ohta, Suzana Almeida, Fredson Souza

Publishers André Cheron, Fernando Paiva Editora-executiva Juliana Amato diretor de arte Ken Tanaka Editora de arte Karen Yuen PREPRESS Rpr Studio Ctp, IMpressão e acabamento Ibep Gráfica colaboradores Chris Campos, Julio Vilela, Katia Calsavara, Lorena Camargo, Marcelo Bormac, Marcelo Faisal, Milene Spinelli, Miki Shimosakai, Pedro Henrique Araújo

boas & novas

as novidades e as últimas tendências para você construir e reformar

cerâmica hd

ioneira das Américas a implantar o sistema de impressão digital Full HD (High Definition), tecnologia que reproduz imagens em superfícies variadas

com alta definição, 100% digitais e com qualidade fotográ-

fica de até 980 dpi, a Ceusa integra a decoração perfeita nos seus revestimentos cerâmicos. As diferentes linhas da marca reúnem as melhores tendências do mercado, seja em ambientes modernos, rústicos ou sofisticados. Com o revestimento da marca é possível criar ambientes inspirados em pedras naturais, madeiras e até mesmo patchwork de maneira sustentável. Dá até para decorar em alto e baixo relevo. A linha SuperSlim traz porcelanatos de apenas cinco milímetros de espessura, que conservam as mesmas características técnicas de resistência mecânica e de superfície dos produtos convencionais. Todos os SuperSlim Ceusa também são Full HD.

telhanorte janeiro/Fevereiro 2013

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Square Edge Docol de cara novA

orma, beleza e funcionalidade: eis as palavras-chave da nova linha Square. O modelo agora ganha a versão Edge, que segue a última ten-

estilo. Além de sustentáveis,

dência da bica ultrafina. O arejador embutido econo-

as cestas são produzidas

miza água e evita respingos. O alinhamento individual

artesanalmente com matéria-

dos volantes laterais apresenta mangueira de ligação

prima natural semelhante ao

flexível que facilita a instalação em diversas posições

bambu, o que confere um ar

na bancada. A alavanca ergonômica tem acionamento

provençal à decoração. Em

leve e desempenho em baixa e alta pressões. O car-

diversos modelos e tamanhos,

tucho de 1/4 de volta com pastilha cerâmica facilita o

elas dão um toque especial e

controle de vazão. Outra característica da marca é seu

ainda ajudam na organização

acabamento cromado com duas camadas de níquel.

da casa. Aposte na tendência.

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nova linha de torneiras e misturadores de metal Kira, da Docol, tem um design moderno e assimétrico para todos os

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antes e depois

minha terra tem palmeiras Paisagista leva ‘neotropicalismo’ aos espaços verdes com o uso de plantas 100% brasileiras Marcelo

Faisal,

conceituado profissional de sua

dica do profissional

área, é conhecido por seguir um

marcelo faisal

estilo

genuinamente

brasileiro

em seus projetos. “Não dá para importarmos plantas de outros

climas. O resultado nunca será bom”, afirma. “Tem gente que faz questão de ter um jardim no estilo europeu, mas estamos em um país tropical e as plantas não são as mesmas. Simplesmente não funciona.” Segundo ele, a primeira providência antes de executar um projeto paisagístico é estar ciente de que aqui o clima é quente a maior parte do ano. “Temos verão o ano inteiro. Por isso, acho importante evitar o excesso de plantas e utilizar diversos tipos de flores perenes”, ensina, referindo-se às flores que vivem mais de dois ciclos sazonais sem perder as folhas. E é por isso mesmo que

jardim do futuro: sustentável e funcional “A tendência na jardinagem do futuro será o uso de espécies resistentes, que precisem de pouca água. Mais agressivo e menos romântico, o jardim terá presença constante de espécies como agave, plátano e fênix”, enumera o paisagista. Iluminação boa é aquela que privilegia o posicionamento correto das luzes para gente e o verde. “Ilumine as áreas onde as pessoas costumam passar e dê prioridade aos pontos focais nas plantas de maior destaque.” Se você está construindo sua casa dos sonhos, Faisal alerta: não deixe o jardim para último lugar. “O projeto do jardim dever seguir paralelo à construção da casa. O ideal é alinhar as espécies com a identidade empregada na arquitetura.”

os tipos mais utilizados em seus projetos são palmeiras, camélias e árvores frutíferas. “Depois, basta harmonizar as espécies com a arquitetura que se quer.” Admirador da Semana de Arte Moderna de 1922, Faisal diz fazer um paisagismo neotropical, com plantas nativas perenes. Na obra ao lado, Faisal buscou unir o aspecto funcional do paisagismo com a beleza natural das plantas. A planta original da casa contava apenas com um grande gramado. O paisagista apostou na variação de tonalidades de verde para conferir mais alegria ao jardim. “Como o lugar recebe bastante sol, se pode apostar nas palmeiras trachicarpus, neodipsis, fênix e mascarenha.” Se você deseja ter um belo jardim, mas mora em uma região mais fria, Marcelo Faisal recomenda as coníferas, como ciprestes e tuias, que se adaptam melhor aos climas com menor incidência solar.

telhanorte janeiro/Fevereiro 2013

antes

projeto realizado por marcelo faisal

paisagista

depois Em lugares onde a luz solar ĂŠ constante, Marcelo Faisal recomenda as palmeiras fĂŞnix e mascarenha

p a r a

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planejamento financeiro

Na hora de planejar um jardim em sua casa, é fundamental acompanhar a variação do preço de plantas, vasos, móveis e outros itens. Uma boa sugestão para economizar é escolher vasos ecológicos, de polietileno (em média, R$ 280), mais baratos que os modelos vietnamitas (cerca de R$ 600). “O efeito não é o mesmo, mas o resultado é muito bom e mais leve”, afirma a paisagista Cibele Corveloni. Já as plantas artificiais podem representar pegadinhas perigosas. Um bambu mussô natural, por exemplo, custa por volta de R$ 100, enquanto o artificial sai por cerca de R$ 350. Em geral, as plantas também sofrem grande variação de preço, podendo ir de R$ 20 a R$ 3.000. Uma palmeira jerivá custa em média R$ 200, enquanto uma palmeira azul, de R$ 800 a R$ 2.000. Considere ainda pedriscos e seixos, que são mais baratos. E acompanhe igualmente a variação do custo de decks, luminárias, almofadas e móveis.

ambiente projetado por susana requião

De olho nos preços

Promoção válida de 20/01/13 a 28/02/13 ou enquanto durarem os estoques. Garantimos a quantidade mínima de 5 unidades, 100 m2 ou 180 L. Reservamo-nos o direito de limitar por cliente a quantidade dos produtos anunciados. Os pagamentos parcelados no Cartão Telhanorte em até 24 vezes fixas, com juros, poderão ser feitos mediante parcela mínima de R$ 20,00. A taxa de juros aplicada no parcelamento em 24 vezes é de 1,99% a.m. + IOF. Para mais informações sobre parcelamento, consulte o stand da financeira na loja. Consulte o CET (Custo Efetivo Total) no momento da contratação. Fotos apenas para efeito ilustrativo. Preço do frete não incluso nos preços anunciados. Produtos não disponíveis em todas as lojas.

soluções práticas

Para refrescar a vida Não deixe que as altas temperaturas tirem o seu prazer de ficar em casa Por Katia Calsavara

em sempre as casas e apartamentos têm janelas suficientes ou

dica do profissional marcelo faisal

recebem as melhores brisas. Em ambientes em que o sol bate o dia todo e o vento circula pouco, é difícil combater o calor apenas com

cortinas ou persianas. Para isso, os ventiladores de teto podem ser grandes aliados. Além de serem fáceis de instalar, eles conferem mais estilo à decoração e ainda aliviam a temperatura fazendo o ar quente circular. Mas se a sua intenção é ficar mesmo longe do calor, o ar-condicionado é uma boa alternativa, que deve seguir alguns critérios antes de ser instalado. O primeiro passo é calcular a área do ambiente e saber, mais ou menos, quantas pessoas costumam frequentá-lo. No caso de uma sala de 30 metros quadrados, deve-se multiplicar a área total por 700 BTUs (British Termal Units ou Unidade Térmica Britânica), uni-

Invista no verde e afaste o calor As plantas são aliadas no combate ao calor das cidades grandes: refrescam o ambiente, renovam o oxigênio e ajudam a tapar os raios de sol. Marcelo Faisal explica que além de ajudarem a dar frescor ao ambiente, as árvores e outras espécies mais altas garantem o conforto térmico da casa com sombra, que por sua vez ainda protege as plantas mais baixas da radiação solar. Nesse caso, a quantidade de plantas também é importante. Vale a máxima do “quanto mais, melhor”. “Mas é preciso escolher espécies que se adaptem ao clima local, o que evita o desperdício de água nos períodos quentes”, explica o paisagista. Segundo ele, as mais resistentes são as frutíferas, palmeiras e dracenas arbóreas. Outra dica para garantir a vida útil do seu jardim é escolher bem as espécies mais adequadas ao calor. “Dê preferência às plantas perenes, não exponha as mais sensíveis ao sol e escolha em função da insolação e dos ventos”.

refrigeração do aparelho. Feito o cálculo, de 21.000 BTUs, adicione 600 BTUs

ambiente em momentos de pico da incidência de sol.

para cada pessoa que costuma frequentar o ambiente. Em

No caso de uma sala de escritório, basta acrescentar

uma casa com quatro pessoas, por exemplo, seriam 2.400

600 BTUs para cada computador ligado. Em uma sala

BTUs. O total é de 23.400 BTUs, que podem ser arredon-

do mesmo tamanho acima, frequentada por quatro pes-

dados para cima. “Há máquinas com capacidades diver-

soas e com três computadores, o valor total sobe para

sas, começando com 7.000 BTUs”, explica Eliana Franco,

27.200 BTUs. “É possível usar um aparelho de 24.000

da Eight Arquitetura. Ela afirma ainda que é necessária a

ou de 30.000 BTUs, dependendo da temperatura local

presença de um instalador para medir a temperatura do

medida pelo técnico”, completa Eliana .

telhanorte janeiro/Fevereiro 2013

ambiente projetado por maithiá guedes

dade de medida usada para calcular a capacidade de

p a r a

c o n s t r u i r

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boas idEias

Oásis Doméstico TRANsFORME SUA VARANDA OU TERRAÇO NO LUGAR MAIS ACONCHEGANTE DA CASA Por chris campos

er uma varanda ou um terraço em casa é um desses luxos que contam muitos

dica do profissional marcelo faisal

pontos. Por isso seria um desperdício ples extensão das janelas. Revestir varandas e terraços com pisos de madei-

ra é sempre uma boa opção para garantir uma porção extra de aconchego. Outra boa ideia, tendo você pouco ou muito espaço nessa área nobre de casas e apartamentos, é criar cantinhos especiais. Abaixo algumas sugestões inspiradoras para transformar o espaço em um oásis de relaxamento. 1. Bistrô ao ar livre. Uma mesinha redonda e baixa, um vaso de flores, duas poltronas confortáveis, um tapete arrematando a produção e você tem um lugar especial para um café da manhã demorado no domingo, além de inspiração de sobra para jantar “fora” com seu amor em todos os outros dias da semana.

Beleza e funcionalidade ajudam a criar o cantinho ideal “A criação de ambientes agradáveis envolve plantas, mobiliário, cores, cheiros e sabores”, ressalta o paisagista. “Faça um ambiente dinâmico e alegre, aposte nos condimentos”. Já as plantas que melhor ajudam a compor espaços sofisticados são as patas de elefante, as lanças de São Jorge, as kaizukas e as jabuticabeiras. Quando o assunto é manutenção, Faisal recomenda a ajuda profissional, tanto na hora de executar o jardim, como em sua manutenção. “Jardineiros são sempre bem-vindos, mas também é ótimo aprender a lidar com as plantas”, ensina. “No entanto, mais importante do que a beleza do lugar, é a circulação”. Faisal diz que existem muitas possibilidades na hora de escolher o material dos móveis de áreas externas. “Prefira materiais que não sejam de plástico. Madeiras e fibras sintéticas são boas opções na hora de decorar”.

2. Eu me amo. Que tal criar um espaço de leitura só para você? Dentro de casa está confuso ou barulhento demais? Refugie-se na varanda com um bom livro em

com plantas e peixes para um toque de inspiração extra

mãos e está tudo resolvido. Ingredientes para um décor

no ambiente.

aconchegante: poltrona confortável + banqueta para

4. Dedo verde. Cuidar de plantas ajuda a relaxar.

apoiar os pés + tapete + uma manta fofinha para dias

Aproveite o espaço para cultivar um minijardim com

mais frios e um lindo vaso de plantas para incrementar

suas espécies favoritas.

a produção.

5. Chill in. Varanda e terraço são ótimos lugares para

3. Ommmmm. Quem não tem vizinhos de frente,

receber os amigos para um drinque à noite. Ingredientes

pode usar a varanda como um espaço de meditação.

decorativos que não podem faltar: luzinhas de Natal o

Para isso você vai precisar de esteiras de bambu, plan-

ano inteiro, cinzeiros, banquinhos e almofadas, um tape-

tas, almofadões pelo chão, sininhos de vento ou fontes

te para um clima especial e, claro, uma boa trilha sonora.

telhanorte janeiro/Fevereiro 2013

ambiente projetado por ravic arquitetura e urbanismo

limitar a função do espaço a de sim-

capa

onde os pássaros cantam Wilson Simoninha encontra equilíbrio e paz num espaçoso sobrado em meio ao caos paulistano Por pedro henrique araújo fotos Marcelo Bormac

telhanorte janeiro/Fevereiro 2013

Na sala onde comp么s a maioria de suas m煤sicas, o cantor recebe a ilustre companhia da labradora Morena

janeiro/Fevereiro 2013 telhanorte

capa

uem dá as boas vindas à reportagem da revista Telhanorte na casa de Wilson Simo-

ninha são as cadelas Morena e Maricota, de treze e dez anos respectivamente. Felizes,

elas abanam o rabo e cheiram todos os visitantes. Morena, uma labradora amarela e ofegante, tem problema na coluna e se locomove com alguma dificuldade. Mas ainda assim está disposta. Maricota, sua filha, é preta e manca por causa de uma queda. Sem cerimônia, esparrama-se no meio do piso frio da sala. No espaçoso sobrado no bairro de Moema, zona sul da capital paulistana, o cantor e as cachorras dividem espaço com os filhos Tom e Gabriel, gêmeos de seis anos, e com a mulher, Camilla. A sala aconchegante tem três ambientes sem divisória. Do lado direito uma grande televisão impera soberana em frente a um confortável sofá de três lugares. Do outro lado há uma iluminada sala de jantar e um ambiente composto por uma estante com muitas dezenas de CDs e DVDs que servem de coadjuvantes para o piano elétrico Yamaha, um clássico dos anos 70. Sobre o

Festa dos reis: Simoninha mostra a capa histórica de 1970 de seu pai, Wilson Simonal, ao lado do rei Pelé

livros como O mistério do samba, de Hermano Vianna,

rea termina por aí – o resto se concentra nos quartos

O dia em que me tornei palmeirense, de Mauro Beting,

que ficam depois de um lance de escadas. “Lá em cima

e As palavras de Martin Luther King, uma compilação de

tem uma bateria que é deles”, explica o cantor. “Essa

sermões, discursos e livros do pastor e ativista político

molecada já vem com um chip diferente”, diz. “Do mes-

americano. Ali fica também um quadro com a capa da

mo jeito que aprendem rápido demais, demoram menos

edição 465, de 1970, da revista Fatos & Fotos em que o

tempo para destruir as coisas.” Da sala Camilla e ele tira-

pai de Simoninha, o cantor Wilson Simonal, veste a ca-

ram uma vitrola, com medo dos ataques dos pequenos,

misa amarela da Seleção Brasileira de futebol abraçado

mas mantiveram o resto da mobília quase intacta pelas

a Pelé (de lenço na cabeça e camisa salmão aberta). O

traquinagens da dupla de filhos e de cães.

título? “Pelé e Simonal: a festa dos reis”.

Simoninha é tranquilo e amoroso com os animais e fala

É nesse piano que Simoninha vem compondo a maio-

deles com orgulho. Agora ele está sentado numa das salas

ria de suas músicas nos últimos anos. Foi desse canto da

com ar-condicionado de seu estúdio no Jardim Europa, o

sala, olhando para o jardim externo, que ele lançou para

S de Samba. É ali que ele trabalha. E confessa: “Eu adoro

as teclas seus insights criativos nos últimos dez anos. Do

ir pra casa”. E aproveita para falar sobre seu refúgio para o

próximo álbum, previsto para ser lançado em março ou

caos e o trânsito da metrópole em que vive. “Viver em São

abril de 2013, ele conta que compôs ali 11 das 12 canções.

Paulo tem um preço alto em todos os sentidos”, conta. “Ela

Ora no experimentado piano, ora no violão que fica es-

te consome.” Elogia então o porto seguro onde vive com a

condido num armário embutido perto da entrada. “Man-

família – sem prédios enormes por perto e com privilégios

tenho este piano aqui porque mesmo desligado ele tem

pouco comuns na capital. “Ali tem um quê de natureza,

som”, comenta enquanto desliza com habilidade os de-

bastante jardim e, mesmo não sendo místico, para mim é

dos pelas teclas do instrumento. Simoninha diz que está

um ponto importante para encontrar o equilíbrio, a tran-

pensando em reformá-lo e pintá-lo de vermelho.

quilidade e escutar os passarinhos no meio da cidade.”

Na garagem, dois skates e duas bicicletas mostram

Outro orgulho do cantor está no Leblon, no Rio de

que ali é o reino dos garotos, mas o rastro na parte tér-

Janeiro. Seu apartamento é mais do que um simples re-

telhanorte janeiro/Fevereiro 2013

Simoninha usa óculos Evoke, camiseta Cavalera, calça Adidas e tênis Adidas

piano repousam um notebook, papéis diversos, além de

A sala da lareira é o lugar preferido da casa para checar e-mails e conferir a agenda do dia livre. seguinte A triatleta costuma relaxar em casa quando tem um tempo Mas não abre mão de organizar seu próprio armário. A triatleta costuma relaxar em casa quando tem um tempo livre. Mas não abre mão de

janeiro/Fevereiro 2013 telhanorte

Stylist: Miki Shimosakai/Produção de moda: Paula Carvalho/Agradecimentos: Billabong, Mandi, Noir Le Lis, Zapälla, Upper, new balance

capa

Em casa ou em seu estúdio, Simoninha sempre se sente à vontade quando está ao lado de seus instrumentos. No alto, o piano Yamaha dos anos 70. Na foto maior, a mesa de som do S de Samba, seu estúdio. Acima, o músico e sua Gibson

pouso, é a primeira casa adquirida pelo pai, um imóvel de valor histórico inenarrável, comprado pelo filho muitos anos depois. Perto do mar, é ali perto que Simoninha exerce suas novas paixões, a corrida e a pedalada, ainda mais inspiradas quando feitas ao barulho do mar carioca. Foi num desses passeios que ele começou uma das músicas do novo disco. Vendo as atletas do vôlei de praia Maria Clara e Carolina, pensou na frase. “Quem foi que disse que na areia não nasce flor?” E terminou a obra em parceria com João Sabiá.

telhanorte janeiro/Fevereiro 2013

Corte brusco. Estamos na década de 1960, no final

tografado à beira do piano, Simoninha começa a soltar

de 1966 ou começo de 1967. Wilson Simonal está num

a voz. Depois de um lá-lá-lá que lembra muito seu pai,

programa da TV Record e faz um discurso antes de en-

começa a desenrolar os versos da antiga canção de pro-

toar ‘‘Tributo a Martin Luther King’’, canção em parceria

testo. “Sim, sou um negro de cor/ Meu irmão de minha

com Ronaldo Bôscoli. “Essa música, eu peço permissão

cor/ O que te peço é luta sim. Luta mais”. Vai se empol-

a vocês, porque eu dediquei ao meu filho esperando que

gando e leva a melodia até os últimos acordes, numa

no futuro ele não encontre nunca aqueles problemas que

linda aproximação com o tom de voz e a postura de can-

eu encontrei e tenho às vezes encontrado apesar de me

tar de Wilson Simonal. É emocionante ver como depois

chamar Wilson Simonal de Castro”, discursa o cantor.

de 40 anos a homenagem feita pelo pai ainda reverbera

Voltemos ao presente. Enquanto espera para ser fo-

forte no peito do filho.

janeiro/Fevereiro 2013 telhanorte

especial pisos

acerte na escolha do piso para área externa Decoração, praticidade e segurança ao alcance de seus pés Por lorena Camargo

a hora da construção ou da reforma, a decisão do piso para a área externa costu-

dica do profissional

ma gerar muitas dúvidas. Isso porque os

marcelo faisal

ambientes, que podem incluir varandas,

jardins e garagens, pedem materiais e índices de resistência específicos. “Para áreas planas e com presença ocasional de água, como varandas e jardins, o produto

cuidado com a segurança nas áreas molhadas

deve indicar na embalagem a sigla RE (Resistente ao Escorregamento)”, ensina Sérgio Pereira Ruzza, coordenador de design e portfólio da Eliane. “O ideal é que os pisos cerâmicos para estes ambientes tenham coeficiente de atrito Classe 2, que o caracteriza como resistente ao escorregamento. E resistência à abrasão maior que cinco (indicada pela sigla PEI)”, explica a gerente de especificação da Gyotoku, Mônica Miller. Traduzindo, quanto

Quando o jardim ajuda a decorar a parte mais divertida da casa, o paisagista Marcelo Faisal indica um ambiente mais tropical e quente. “Use palmeiras e evite as espécies que perdem muitas folhas, para não sujar a piscina”, recomenda. Garantir a segurança em áreas molhadas é fundamental. Por isso, Faisal costuma utilizar pedras nas bordas das piscinas e nos decks. “Finaliza bem o acabamento interno da piscina e ainda traz conforto”, diz. Para os pisos dessa área, o profissional prefere o efeito sofisticado de curingas como os travertinos, rochas calcárias porosas parecidas ao mármore, e as madeiras.

maior o índice de atrito, maior a segurança ao caminhar

te) representa a resistência do esmalte de cobertura ao

à questão decorativa, existem muitos modelos no mer-

desgaste por atrito. “Por isso, boas opções para locais

cado e o critério fica ao gosto de cada um. A única res-

ao ar livre são os porcelanatos de superfície natural, sem

salva é com relação à cor. “Tonalidades mais claras cos-

polimento, e os cerâmicos com acabamento RE”, sugere

tumam agradar ao consumidor, mas vale lembrar que

Sérgio. Se o caso é revestir a garagem, lembre-se que

elas deixam a sujeira mais evidente, principalmente se

o material para este local deve apresentar alta resis-

instaladas próximas a canteiros com terra”, alerta Moacir

tência mecânica – para suportar o peso do veículo – e

de Souza, supervisor de SAC da CECRISA/Portinari. E,

média resistência ao escorregamento, o que evita der-

como refletem com maior facilidade a luz, podem ofus-

rapagens. Outro fator importante na escolha refere-se

car a visão em locais com incidência de sol constante.

ao próprio ambiente: “Devido à variação de tempera-

Por fim, com o modelo escolhido, chega o momento da

tura e umidade das áreas externas é importante utilizar

instalação. Não se esqueça de executar a correta imper-

um revestimento cerâmico de baixíssima absorção de

meabilização da área, programar as juntas respeitando

água”, sugere Gilmara Vieira, coordenadora do SAC da

sua dilatação, usar a argamassa correta para cada tipo

CECRISA/Portinari. Agora, se a ideia é facilitar o escoa-

de piso e projetar os caimentos e pontos de escoamento

mento da água da chuva para o lençol freático, escolha

de água. Todos esses cuidados evitarão problemas fu-

modelos permeáveis, como os blocos intertravados, que

turos como trincamentos e infiltrações, além de garantir

resultam em uma pavimentação ecológica. Com relação

um piso bonito por muito mais tempo.

telhanorte janeiro/Fevereiro 2013

projeto realizado por marcelo faisal

em áreas molhadas. Já o PEI (Porcelain Enamel Institu-

p a r a

c o n s t r u i r

Revestimento Piscina

porcelanato atlântica

15x15 cm, cx 1,50 m2, Extra

Várias cores, 23x67 cm, cx 1,06 m2, Extra

29,

39,

Porcelanato silex white

47x47 cm, am 0,44 m2

90 m2

60x60 cm, cx 1,42 m2, Extra

49,

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PISO LAJES ROMA OU ANTICO Várias cores, 32x42 cm, cx 2,04m2

90 m2

pedra mineira quartzo

49,

90 m2

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Pastilha Porcelanato JC1150 ou JC1862 Point Sys 5x5 cm, cx 2,02 m2, Extra

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Porcelanato deck peroba

porcelanato element white bold

Porcelanato Parquet Bambú Anti Derrapante

Envelhecida Castanho Ext Bold

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a piscina ideal veja os diferentes tipos, os cuidados na hora da instalação e os acessórios que melhoram o projeto Por Milene Spinelli

dutos químicos para a manutenção”, explica Pierson Sena.

é difícil escolher o melhor tipo de piscina. Comece

Já as de concreto armado, mais complexas, precisam ser

avaliando o terreno onde ela será instalada e fatores como

impermeabilizadas e depois revestidas com azulejos, pas-

área, topografia e condições do solo. “Às vezes é necessário

tilhas etc. Chegam a custar três vezes mais, mas podem

reforçar a estrutura, como em aterros, barrancos e terrenos

ser instaladas em quase todos os terrenos e aceitam aca-

com lençol freático aparente, onde não é recomendada a

bamentos e formatos diversos. Além disso, sua estrutura

instalação de piscinas de fibra ou vinil”, explica Pierson

forma uma peça sem emendas, bastante resistente.

em chegando o verão... E a vontade de se refres-

tempo, não aceita todos os tipos de aquecimento nem pro-

car só aumenta. Na hora de construir, no entanto,

Sena, designer da Campestre Piscinas e Paisagismo.

As de alvenaria são mais baratas que as de concreto. A

Contratar um arquiteto é fundamental. O preço da pis-

execução é simples e as exigências quanto a solo e estru-

cina vai depender do tipo e do tamanho. Entre as de con-

tura são as mesmas. Têm boa durabilidade e seu preço au-

creto armado, alvenaria estrutural, vinil e fibra – as mais

menta quando revestidas de azulejos, pastilhas ou vidrotil.

baratas, pois requerem apenas escavação, contrapiso e

Filtro e peneira são acessórios básicos para a limpeza.

colocação do casco –, há vantagens e desvantagens. Nas

Idem para a bomba de circulação de água e os disposi-

de vinil, constrói-se uma estrutura de alvenaria no chão e

tivos de aspiração e retorno e aspiração da água filtrada

nas paredes, sobre a qual será instalada a capa de reves-

ou aquecida. Aquecedores, hidromassagem, dosadores de

timento. Mas atenção.

cloro, dispositivos de UV e ionizadores para tratamento automatizado também vão facilitar sua vida.

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“O vinil não resiste a objetos cortantes, desbota com o

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horta em casa Marcelo Noronha é engenheiro agrônomo e trabalha com agricultura orgânica. Monta mini-hortas sob medida em apartamentos, casas e até hotéis, como o Fasano em São Paulo. Além de se encarregar da instalação, Marcelo assessora os clientes com dicas de manutenção das hortas. Saiba mais em www.minhahorta.com.br Material • Vaso com furos • Muda de manjericão miúdo • Regador de haste ou borrifador • Argila expandida • Manta de bidim • Terra orgânica

Em primeiro lugar, coloque a argila expandida no vaso para criar uma camada de dreno. Não precisa encher o vaso. Preencha-o com cerca de 10% do pacote de um quilo.

Usar a terra orgânica adubada com esterco. De quatro em quatro meses é importante adubar novamente. Prefira adubos naturais, sem agrotóxicos, como esterco de vaca.

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Corte a manta de bidim no formato do vaso. Ela servirá como um filtro para que a terra não desça junto com a água, carregando assim seus nutrientes.

Na hora de colocar a planta no vaso, tome cuidado para que nem ela, nem suas raízes sejam danificadas. Posicione o vaso na face norte, onde a planta possa receber cinco horas de sol diárias.

Preenchimento final com o resto da terra. Deixe um dedo de espaço entre a terra e fim do vaso, assim, quando for regar, não irá escorrer água para fora do vaso.

Depois do plantio, recomenda-se sempre regar a planta na terra nova. Dessa forma, a muda sofrerá menos com a mudança de local. A cada 20 dias, use uma pazinha para afofar o solo.

Espere cerca de quinze dias para usar as folhinhas. Na hora da colheita, não retire folha por folha com a mão. Use uma tesoura e faça os cortes no caule, mesmo que não for usar tudo.

“Este trabalho é para mostrar o quanto é importante ter hortas dentro do apartamento. Além de ser cheiroso e bonito, tem a vantagem de ser funcional e ajuda a melhorar a nossa fotos Julio Vilela

alimentação. As crianças começam a se alimentar bem e a horta tem uma energia boa que ajuda no relacionamento entre as pessoas. E quando sua produção aumenta, você começa a distribuir entre familiares, amigos, vizinhos”.

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pergunte ao especialista

Como proteger as paredes externas?

o pintar a casa sempre bate a dúvida: pintar primeiro por dentro ou por fora? A resposta é... pintar por fora! Por quê? As paredes externas são as “muralhas” de qualquer edificação e por isso devem ser protegidas. São elas que ficam expostas ao sol, à chuva, à poluição, à fuligem etc. A falta de proteção prejudica o reboco, gera infiltração

e traz uma aparência nada agradável. É aí que surge outra pergunta: qual é a melhor pintura para áreas externas? Primeiramente vamos entender pintura como um processo de quatro etapas: Etapa 1 - Preparar: Nesta etapa é realizada uma inspeção em busca de algumas situações como infiltração de umidade, mofo/bolor, trincas, brilho, oleosidade. Esta é a hora de corrigir todos estes inconvenientes. Também é indispensável lixar por completo e remover o pó residual. Etapa 2 - Fundos: Escolha o fundo ideal. Se as paredes forem novas, aguarde cerca de 30 dias para aplicar o Coral Selador Acrílico. Se as paredes tiverem sido pintadas ou feitas há menos de 30 dias, aplique Coral Fundo Preparador de Paredes Base Água, ideal para solucionar problemas de superfície. Etapa 3 - Massas: Caso queira realizar pequenos reparos, aplique Coral Massa Acrílica, lixe e elimine o pó. Etapa 4 - Acabamento: O acabamento é a tinta. É a parte da pintura que protege e embeleza suas paredes, então capriche na escolha das cores. A Coral pode te ajudar na escolha. Acesse www.coral.com.br Mas se a sua intenção é caprichar na proteção, a melhor opção é utilizar a Tinta Coral Sol & Chuva: uma tinta acrílica fosca e elástica (emborrachada), que forma uma película impermeável flexível capaz de acompanhar a dilatação e a retração de paredes de alvenaria ou concreto, causadas pelas mudanças de temperatura, o que ajuda a prevenir o aparecimento de microfissuras na superfície. Além disso, protege as paredes contra algas, mofo e maresia. Você pode pintar sua casa, edifícios ou qualquer tipo de construção com segurança e comodidade. A Coral Sol & Chuva está disponível em mais de mil cores. Alberto Lotz, Coordenador de Treinamento da Akzo Nobel Tintas Decorativas

envie suas dúvidas para telhanorte@customeditora.com.br

* Antes de utilizar os produtos citados leia atentamente as embalagens

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