Folha Umbandista - Fevereiro - Ano I - nº001

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Folha Umbandista

Peruíbe - São Paulo - Itanhaém - Mongaguá - Praia Grande - São Vicente - Santos - Guarujá - Itariri - Pedro de Toledo e Curitiba

Ano I - nº 01 - Fev - 2015

Odoiá

Distribuição Gratuita

Tenda da Caridade

Pag. 02

Boletim Informativo

mãe Yemanjá

Umbanda

Pag. 04

Sacrifício animal umbanda trilógica

Pag. 05

CARTA AOS SACERDOTES mensagem

Pag. 06

AVANTE FILHOS DE FÉ... ARTIGOS

Pag. 07

ÁGUA NO MUNDO

QUERO SER UMBANDISTA


Distribuição Gratuita - Pág.. 02

Folha Umbandista - Fev/2015

Calendário - Fevereiro

Yemanjá

Branco por Dentro

É o Trono feminino da Geração e seu campo preferencial de atuação é no amparo à maternidade. Amada “ Mãe da Vida” Mãe de todas as cabeças. Regente inspiradora da vida, da geração. A que rege os lares e famílias. Rainha do Mar.

Não basta apenas a beleza externa Não basta apenas olhos bonitos cor de mar Não basta ser velho ou novo

Sincretismo: Nossa Senhora dos Navegantes Data comemorativa: 02/02 ou 08/12 Dia: Sábado ou Sexta-feira

Não vale uma experiência sem sentido

Nossos trabalhos e consultas são completamente gratuitos. Não realizamos: Sacrificio Animal, amarração amorosa e trabalhos para o mal. Umbanda é magia positiva que combate magia negativa Umbanda é caridade, fé e esperança

Não basta apenas decorar as melodias, cantigas, versos, toques

Arquétipos dos Filhos de Yemanjá

Facebbok: www.facebook.com/tenda.dacaridade Email: umbandamissionaria@hotmail.com.br

Não basta apenas vestir o branco

Positivo: São alegres, leais, fieis, generosos, trabalhadores, muito diligentes em tudo o que fazem, são muito ativos.

Jornal Folha Umbandista

Mas basta apenas sentir e se emocionar Basta apenas acreditar

Negativo: São respondonas, irritantes, intolerantes, inquietas e despeitosas. -São típicas matronas, robustas, vigorosas, impulsivas, autoritárias, impositivas e até possessivas, pois sempre prevalece sua natureza maternal.

Basta apenas praticar Não basta a forma, mas basta a essência. Eu sou Umbanda!

Luiza Medeiros

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Homengem a Pai Oxóssi Gira realizada na cachoeira do vilão, no Veneza. Foi um trabalho muito gratificante, onde todos que estavam presentes passaram com os queridos Caboclos e oferendaram ao Orixá do Conhecimento, nosso Pai Oxóssi, realizando seus pedidos para este ano de 2015. Axé e Luz !

- Dia 02 (Seg) Estudo e Desenvolvimento - 19h30 - Dia 04 (Qua) Gira de Preto Velho e Erê ás 19h30. - Dia 06 (Sex) Estudo e Desenvolvimento - 19h30 - Dia 09 (Seg) Estudo e Desenvolvimento - 19h30 - Dia 12 (Qui) Gira Baiano e Zé Pilintra -19h30 - Dia 13 (Sex) Estudo e Desenvolvimento - 19h30 - Dia 25 (Qua) Trabalho de Mesa (Cura Divina e Desobsessão) -19h30. - Dia 27 (Sex) Estudo e Desenvolvimento - 19h30.

Rua Acre, 148 - Vila Romar - Peruíbe -SP

Diretor : David Veronezi Jornalista Responsavel: Tania Castro - MTB - 0067716 Projeto Grafico e Editoração: Marcos Luiz Tiragem: 5.000 Exemplares O JornalFolha Umbandista é uma publicação mensal. Os Artigos não representam a opinião do jornal, são de responsabilidade de seus autores.


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O encanto dos Orixás

Quando atinge grau elevado de complexidade, toda cultura encontra sua expressão artística, literária e espiritual. Mas ao criar uma religião a partir de uma experiência profunda do Mistério do mundo, ela alcança sua maturidade e aponta para valores universais. É o que representa a Umbanda, religião, nascida em Niterói, no Rio de Janeiro, em 1908, bebendo das matrizes da mais genuína brasilidade, feita de europeus, de africanos e de indígenas. Num contexto de desamparo social, com milhares de pessoas desenraizadas, vindas da selva e dos grotões do Brasil profundo, desempregadas, doentes pela insalubridade notória do Rio nos inícios do século XX, irrompeu uma fortíssima experiência espiritual. O interiorano Zélio Moraes atesta a comunicação da Divindade sob a figura do Caboclo das Sete Encruzilhadas da tradição indígena e do Preto Velho da dos escravos. Essa revelação tem como destinatários primordiais os humildes e destituídos de todo apoio material e espiritual. Ela quer reforçar neles a percepção da profunda igualdade entre todos, homens e mulheres, se propõe potenciar a caridade e o amor fraterno, mitigar as injustiças, consolar os aflitos e reintegrar o ser humano na natureza sob a égide do Evangelho e da figura sagrada do Divino Mestre Jesus. O nome Umbanda é carregado de significação. É composto de OM (o som originário do universo nas tradições orientais) e de BANDHA (movimento incessante da força divina). Sincretiza de forma criativa elementos das várias tradições religiosas de nosso país criando um sistema coerente. Privilegia as tradições do Candomblé da Bahia por serem as mais populares e próximas aos seres humanos em suas necessidades. Mas não as considera como entidades, apenas como forças ou espíritos puros que através dos Guias espirituais se acercam das pessoas para ajudá-las. Os Orixás, a Mata Virgem, o Rompe-Mato, o Sete Flechas, a Cachoeira, a Jurema e os Caboclos representam facetas arquetípicas da Divindade. Elas não multiplicam Deus num falso panteísmo mas concretizam, sob os mais diversos nomes, o único e mesmo Deus. Este se sacramentaliza nos elementos da natureza como nas montanhas, nas cachoeiras, nas matas, no mar, no fogo e nas tempestades. Ao confrontar-se com estas realidades, o fiel entra em comunhão com Deus. A Umbanda é uma religião profundamente ecológica. Devolve ao ser humano o sentido da reverência face às energias cósmicas. Renuncia aos sacrifícios de animais para restringir-se somente às flores e à luz, realidades sutis e espirituais. Há um diplomata brasileiro, Flávio Perri, que serviu em embaixadas importantes como Paris, Roma, Genebra e Nova York, que se deixou encantar pela religião da Umbanda. Com recursos das ciências comparadas das religiões e dos vários métodos hermenêuticos, elaborou perspicazes reflexões que levam exatamente este título: O Encanto dos Orixás, desvendando-nos a riqueza espiritual da Umbanda. Permeia seu trabalho com poemas próprios de fina percepção espiritual. Ele se inscreve no gênero dos poetas-pensadores e místicos como Alvaro Campos (Fernando Pessoa), Murilo Mendes, T.S. Elliot e o sufi Rumi. Mesmo sob o encanto, seu estilo é contido, sem qualquer exaltação, pois é esse rigor que a natureza do espiritual exige. Além disso, ajuda a desmontar preconceitos que cercam a Umbanda, por causa de suas origens nos pobres da cultura popular, espontaneamente sincréticos. Que eles tenham produzido significativa espiritualidade e criado uma religião cujos meios de expressão são puros e singelos revela quão profunda e rica é a cultura desses humilhados e ofendidos, nossos irmãos e irmãs. Como se dizia nos primórdios do Cristianismo que, em sua origem, também era uma religião de escravos e de marginalizados, “os pobres são nossos mestres, os humildes, nossos doutores”. Talvez algum leitor/a estranhe que um teólogo como eu diga tudo isso que escrevi. Apenas respondo: um teólogo que não consegue ver Deus para além dos limites de sua religião ou igreja não é um bom teólogo. É antes um erudito de doutrinas. Perde a ocasião de se encontrar com Deus que se comunica por outros caminhos e que fala por diferentes mensageiros, seus verdadeiros anjos. Deus desborda de nossas cabeças e dogmas. Leonardo Boff. Teólogo, Escritor e Professor Universitário.

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Umbanda

Umbanda e o Sacrifício Animal Neste espaço trataremos de temas que são considerados tabus até mesmo Neste pelos religiosos de Umbanda e que ainda causam certo incômodo ao serem abordados. A intenção desse que vos escreve é de descortinar a nossa amada religião, demonstrando que suas práticas e rituais estão fundamentados na Lei Maior, a Lei Divina. Para isso, nada melhor do que começar abordando um dos temas que ainda provocam debates e opiniões diversas no meio religioso.

A Umbanda pratica o sacrifício animal? Façamos uma breve análise da evolução da sociedade no que diz respeito aos cultos aos seus deuses e divindades. O homem enquanto indivíduo sempre buscou contato com algo maior, algo além do que se vê, além do físico. Tanto ciência quanto religião são formas de se entender e explicar aquilo que não é tangível. De forma bem sucinta pode-se dizer que em todas as sociedades antigas, o homem cultua o sagrado, ainda que de formas diferentes. Em muitas das civilizações antigas existem registros que comprovam o hábito de seus componentes de oferendar aos deuses, como sinônimo de oferecer, dar. Na Grécia Antiga, por exemplo, era comum que fossem oferecidos banquetes aos deuses do Olimpo, onde ocorria comumente o sacrifício de animais domésticos como forma de agradecer ou pedir aos deuses por fartura, proteção, dentre outras coisas.

espaço trataremos de temas que são considerados tabus até mesmo pelos religiosos de Umbanda e que ainda causam certo incômodo ao serem abordados. A intenção desse que vos escreve é de descortinar a nossa amada religião, demonstrando que suas práticas e rituais estão fundamentados na Lei Maior, a Lei Divina. Para isso, nada melhor do que começar abordando um dos temas que ainda provocam debates e opiniões diversas no meio religioso. A Umbanda pratica o sacrifício animal? Façamos uma breve análise da evolução da sociedade no que diz respeito aos cultos aos seus deuses e divindades. O homem enquanto indivíduo sempre buscou contato com algo maior, algo além do que se vê, além do físico. Tanto ciência quanto religião são formas de se entender e explicar aquilo que não é tangível. De forma bem sucinta pode-se dizer que em todas as sociedades antigas, o homem cultua o sagrado, ainda que de formas diferentes. Em muitas das civilizações antigas existem registros que comprovam o hábito de seus componentes de oferendar aos deuses, como sinônimo de oferecer, dar. Na Grécia Antiga, por exemplo, era comum que fossem oferecidos banquetes aos deuses do Olimpo, onde ocorria comumente o sacrifício de animais domésticos como forma de agradecer ou pedir aos deuses por fartura, proteção, dentre outras coisas.


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Umbanda Trilógica CARTA AOS SACERDOTES E SACERDOTISAS DE UMBANDA

Salve a todos Pais e Mães Espirituais de nossa amada Umbanda.

Prepara os filhos para abrirem outras tendas, pois entendem a necessidade de espalhar a caridade.

Venho através desta deixar uma mensagem de reflexão, pela escrita, primeiramente a mim (na verdade tudo o que eu escrevi, foi pensando a priori no São verdadeiros missionários umbandistas, formando outros missionários. meu sacerdócio, e o quanto posso estar equivocado, ou usando mau o meu encargo) e se servir para alguém, apenas completará a intenção desta carta. Entendem que na Umbanda, não á dogmas, tabus e nem Erós. Então escrevo a mim mesmo e aos irmãos de sacerdócio.

São de fato filhos de fé, preparados, coroados e confirmados.

Não se faz Umbanda para glória e reconhecimentos, não se faz Umbanda para se sentir maior e melhor do que os outros, não se faz Umbanda para ter a pretensão de nunca errar, não se faz Umbanda para julgar e condenar os rituais e fundamentos de outras casas, não se faz Umbanda para imaginar ser o detentor da verdade.

Sacerdote e Sacerdotisa de Umbanda:

Não se perca com a vaidade, ela destrói Não humilhe, pois será humilhado Não engane, Ogum esta te vendo Não use seus filhos de empregados, pois eles não o são Aquele que busca o reconhecimento dos homens, não precisa do recon- Não se sinta conhecedor de todas as coisas, pois conhece muito pouco hecimento de Deus, por que já tiveram a sua recompensa, é palavra do Não tente ser o que não é, pois um dia a mascara cai Mestre Jesus. Quer um modelo? O sacerdote e a sacerdotisa de Umbanda, não devem ter o sentimento de Vede Jesus, Zélio de Moraes, Francisco de Assis, Benjamim Figueiredo, superioridade diante os seus filhos, somos iguais, a partir do ponto que Omolubá, Pai Elcio de Oxalá, Ronaldo Linares... entramos no ciclo reencarnacionista. Não maculem a Umbanda com invencionices Os lideres da Umbanda são humanos, passiveis de erros e não se furtam a admitir suas falhas. São portadores de uma missão a mais, e não de pre- Aceite o novo, pois o novo sempre vem destinação gloriosa e redentora. Não busque em outras religiões fundamentos, pois na Umbanda existe tudo o que você precisa Tratam seus filhos olhando nos olhos, não faz acepção de pessoas, não vivem de Umbanda e sim vivem para a Umbanda. Pare de criticar os rituais e fundamentos de outras casas, “na casa de meu Pai Estende a mão ao mais pobre e ao mais rico, se interessa pela caridade há muitas moradas”, o que une a Umbanda é sua unidade e não uniformidade, material, empresta seu ouvido a todos que lhe procuram, sacrifica seu tempo respeite o diferente e as vezes sua família em prol dos que lhe pedem ajuda. Seja rígido, mas não ditador e perseguidor Não manda seus filhos fazerem as coisas, mas antes os ensina fazendo junto. Somos discípulos, antes de sermos mestres Não persegue nenhum médium na casa, quando este médium tem uma Somos filhos, antes de sermos pais e mães Somos alunos, antes de sermos professores mediunidade evidente e procurada pelos consulentes. Somos iniciados, antes de sermos iniciadores Esta constantemente aprendendo, se esforça nos estudos e tem humildade Somos pequenos, Deus é grande de dizer que não sabe, quando realmente não sabe. Quem cura é seu Caboclo Sabem da responsabilidade que tem, ao auxiliar a evolução de seus filhos, Quem convence é seu Preto-Velho e não foge dela, pede ajuda quando fraco, pede amor quando abatido, pede Quem desfaz o mal é seu Exú Somos aparelhos, os guias são os comandantes abraço quando sozinho, pede sorriso quando tristonho. Sabe dizer sim e não na hora certa, chama a atenção, mas também elogia. Orixá sem nós ainda é tudo, nós sem Orixá somos nada Mesmo imperfeito busca modelos espirituais para seguir, nunca esta para guerra, porém não foge dela, pede perdão e também oferece perdão, pede Que a UMBANDA cresça, e que nós nos façamos pequenos aqui, para se assim merecermos brilharmos um pouquinho na Aruanda Maior. por amor, mas também se abre para amar. Não tem vaidade, não proclama seus atributos, não chama para si toda a DAVID VERONEZI (Simples Servo e Missionário da Umbanda) atenção, sabe que a Umbanda é o todo, e ele ou ela como Pais e Mães Umbanda Trilógica espirituais, são apenas parte deste todo.


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Folha Umbandista - Fev/2015 ESCOLA INICIÁTICA E DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA UMBANDISTA

As aulas são inteiramente livres e gratuitas, com turmas toda Segunda e Sexta-Feira ás 19h30. Sendo dividido em duas partes: Teoria e Prática. 1° Grau (Introdutório e Básico) • Deus – O Divino Criador Olorum. • Religião • Conhecendo e analisando as religiões (Ativas e adormecidas). • Brasil: História e Espiritualidade. • Anunciação e Fundação da Umbanda. • Estudo e analise sistemática da Religião Umbanda. • A Carta Magna da Umbanda. • Os Quatro Princípios Sublimes da Umbanda • O Cristo-Oxalá e seu Evangelho. • A Umbanda Missionária (Trilogica) e sua Egrégora.

AVANTE FILHOS DE FÉ... É

2° Grau ( Trilogia Umbandista, das Leis e da Mediunidade) • Trilogia de Umbanda (Ciência, Filosofia e Teologia) • O Espiritismo e a Terceira Revelação • Reencarnação e Suas Leis • Pluralidade dos Mundos • As Leis naturais ou Divinas. • Comunicação com os Espíritos • Astral Superior e Astral Inferior • Mediunidade e Corpo Astral • Dons Espirituais • A Incorporação (Procedimento, recursos e mistérios) • Animismo e Mistificação • O Médium e o Mediunato. Dentro destes dois graus primordiais também serão tratados, de forma básica, porém verdadeira sobre os Orixás, Guias espirituais da Umbanda, rituais, fundamentos e etc. Os Graus 3 (três) e 4(quatro) só serão abertos no ano de 2016. *Coordenador-Geral da EIEMU – David Veronezi (Sacerdote e Missionário Umbandista). *Instrutores de Graus Marcos Luiz Luiza Medeiros Pamela Sampaio Fernando Frazão INFORMAÇÕES: (13) 9 96264900

Da calunia, perseguição e difamação.

de uma grande ingenuidade acreditar que não seremos atacados, desde que comecemos a fazer algo importante ou o que tem de ser feito. “Nem Jesus agradou a todos” é uma frase conhecida popularmente quando nos referimos as desaprovações que recebemos de alguém ou de um grupo de pessoas. Somos seres de personalidade própria, e também dotados de defeitos, misérias, qualidades e virtudes. A partir do momento que se propõe a iniciar uma obra, também deve propor se a aceitar as criticas e muita das vezes calúnia, mentiras e acusações infundadas. Na Umbanda não é diferente, muitos que se colocam em destaque por suas mediunidades, ou por trazerem novas idéias, sentido de progresso mesmo, ou então simplesmente outra visão sobre mesmas coisas, sofrem algum tipo de descaso, falatórios e má interpretação. Vemos médiuns que se destacam em seus terreiros, por conta de sua espiritualidade e mediunidade plena, ser infelizmente atacado, muitas das vezes pelos próprios dirigentes da casa, ora por inveja, ora por ciúmes, o que leva aquele médium ou procurar outra casa,ou então abrir “seu próprio terreiro”. Nota-se com grande lastima e incompreensão, dirigentes criticando outros dirigentes, ou por sua personalidade ou pelas práticas, espalhando assim boatos que podem gerar danos morais e espirituais irreversíveis. Aonde se vai à caridade no sentido do amor fraterno, pregado pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas? Enquanto nos apegarmos as diferenças e não nas semelhanças,

estaremos nos afastando uns dos outros, e instituindo uma barreira enorme de antagonismos e egocentrismo. Aqueles que praticam Umbanda com fé, amor e caridade, que alcançam algum destaque (não porque que o busca), mas antes pelo desenvolvimento de sua missão levada a sério, que permaneça firme em seus propósitos espirituais. A inveja seca os ossos, e os ciúmes destroem o amor. Os caluniados, perseguidos, difamados, menosprezados sempre farão parte de um grupo seleto na Umbanda, o grupo dos que dão frutos, o grupo que faz da Umbanda a sua vida, aqueles que não estão em disputa com ninguém, daqueles que não visam o dinheiro, a fama e o poder, o grupo que mantém o foco na “manifestação do espírito para a caridade”. Que o medo não seja nosso maior inimigo, antes que a coragem nos faça transpor qualquer coisa, e ir adiante apesar do medo. Que a bandeira de Oxalá continue sempre sendo levada ao mundo inteiro, que continue existindo os perseguidores e os perseguidos, os que amam e os que odeiam, os que querem bem e os que querem o mal, os da Banda do Um e os Um da Banda! Avante filhos de fé como há nossa lei não há!

DAVID VERONEZI (Simples Servo e Missionário da Umbanda).


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ARTIGOS ÁGUA NO MUNDO

QUERO SER UMBANDISTA

Ouvindo um nobre amigo Exú falando sobre o Caos que esta no mundo por causa da água, refleti. Ele dizia, que a culpa de tudo isso somos nós mesmos. Me lembrei de um espetáculo de comédia que eu assisti, onde uma “santa” falava com Deus quando Deus estava criando a humanidade e ela dizia que os homens destruiam tudo por onde passavam.

Durante o tempo que me tornei um sacerdote umbandista, dirigente espiritual sempre vejo pessoas se encantarem com a gira de umbanda e a partir dai despertarem o desejo de fazerem parte da corrente mediúnica da casa.

A humanidade é destrutiva com tudo que Deus criou, mas quer brincar de Deus para construir coisas no mundo e reza a Deus para que tudo der certo. Incoerente esse ser humano né? Destrói tudo o que Deus cria, e pede perdão a ele por tudo que faz. Vamos aprender a nos corrigir, a evoluir, a reformar nosso íntimo. E o que a água tem a ver com isso?Quando aprendermos a respeitar o que Deus cria, vamos esbanjar menos e cuidar mais, vamos deixar de ter guerras por intolerância de qualquer especie e aprender a respeitar a nós mesmos e ao nosso próximo.

Cabe esclarecermos que ninguém entra para corrente para aparecer, ou porque é bonito ser médium. Estar na corrente mediúnica é um tanto quanto penoso a muitos deste médiuns, temos regras, temos leis, temos regimentos internos que devem serem seguidos a risca. O médium de Umbanda entrega suas forças para que seu dirigente as cuide e tenha certeza ele cuida como sua própria vida, então é um respeito para com o sacerdote que ele esteja a par dos acontecimentos de sua vida.

Pai Bruno de Xangô.

Os casos são sempre os mesmos, o consulente entra na corrente e descobre que Umbanda é coisa séria pra gente séria e ai somem sem ao menos dar uma satisfação.

Umbanda não é só ir na gira chacoalhar e ir embora, existe inúmeras funções dentro de um templo, onde ainda que o médium pague suas contribuições ainda assim deve ajudar no que pode dentro do templo. Há inúmeras cobranças por parte do sacerdote para que este novo filho (a) se adeque a vida espiritual, temos dois mundos, o profano e o sagrado.

No mundo profano vivemos nosso dia a dia, falamos nossas besterias, brincamos, contamos piadas e até brigamos, mas no mundo sagrado devemos ter postura, devemos nos portar com respeito, sem gracinhas, sem palavras de baixo calão e cabe ao sacerdote ensinar aos filhos de fé como é este portar. A Umbanda encanta sim e deve mesmo encantar, deve tocar o fundo do coração e fazer as lágrimas brotarem dos olhos, isto é amor transbordando da alma do adepto. acho muito lindo quando vejo um filho de fé com lagrimas nos olhos apenas por estar cantando um ponto, vendo a dança de um orixá ou o bradar de um caboclo, é ai que mora a verdadeira excencia da Umbanda. Agora se o consulente pensa que entrar para a corrente é fazer o que quiser, esta pessoa não serve para a Umbanda e deve continuar como pedinte que é. Lembre-se a Umbanda não precisa de você, o templo não precisa de você, é você que precisa deles. Paz e luz Pai Vladmir do Oxossi.

Noticias TODOS NA LUTA CONTRA A INTOLERANCIA RELIGIOSA

No dia 07 de janeiro comemora-se o dia de liberdade ao culto, sendo assim também podemos dizer que temos o dia de comemoração também do dia contra a intolerância religiosa; Liberdade de culto, de pensamento e de expressão, nada soa mais democrático do que a palavra liberdade sobre tudo em um País multiculturalista como o Brasil!!!! O Brasil é um país que abriga todas as etnias e, portanto todas as religiões; A primeira lei sobre o assunto surgiu em 07 de Janeiro de 1890(DAÍ A DATA COMEMORATVA) em decreto assinado pelo então Presidente da Republica Marechal Deodoro da fonceca. Na carta magna de 1946 atraves da proposta do escritor Jorgr Amado então deputado federal pelo (PCB) de São Paulo; A lei foi então rescrita na constituição de1988 que se tornou definitiva. Cito a lei então atual que consta no artigo 5º da nossa constituição no Inciso VI esta assim: É INVIOLAVEL A LIBERDADE DE CONCIÊNCIA E DE CRENÇA, SENDO ASSEGURADO O LIVRE EXERCÍCIO DE CULTOS RELIGIOSOS E GARANTIDA NA FORMA DA LEI A PROTEÇÃO DOS LOCAIS DE CULTO RELIGIOSO.

Já no inciso VII, temos: NINGUÉM SERÁ PRIVADO DE DIREITOS POR MOTIVO DE CRENÇA RELIGIOSA OU DE CONVICÇÃO FILOSÓFICA OU POLÍTICA, SALVO SE AS INVOCAR PARA EXIMIR-SE DE OBRIGAÇÃO LEGAL A TODOS IMPOSTA E RECUSAR-SE A CUMPRIR A PRESTAÇÃO ALTERNATIVA FIXADA EM LEI. Além de estar legalmente amparada a liberdade de culto deve ser entendida como um direito universal e uma forma de respeito à individualidade e liberdade de escolha por princípio o Alcorão, a Cabala, a Bíblia, os fundamentos de Umbanda, a Doutrina Espírita, o Xamanismo, a Maçonaria, o Budismo, a Rosacruz e tantas outras vertentes esotéricas e demais religiões são partes do conhecimento uno e têm as mesmas intenções, conectar e guiar o homem a uma energia criadora, o Divino, à Espiritualidade, assim como preferir. Edy Coutinho

II ATO EM RESPEITO ÀS TRADIÇÕES RELIGIOSAS

A Umbanda foi representada por Pai David Veronezi e pelo Grupo Musical Som de Aruanda. Um evento de grande importância não só para Peruíbe como para todo o Brasil. Elevando os princípios de união, amor fraterno e liberdade, quem ganha com este encontro somos todos nós. Agradecer a presença de todos os lideres religiosos presentes, vereadores, fiéis e da Presidente do Conselho da Comunidade Negra de Peruíbe Luciane Maria Carmeille. Para reflexão fica o que disse David Veronezi nesta oportunidade: “ Não são as nossas crenças que nos fazem pessoas melhores, o que nos faz pessoas melhores são os nossos comportamentos”.


Folha Umbandista - Fev/2015

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