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Às escuras
Para os que forem passar o feriado prolongado em Atafona ou Grussaí é bom levar, ao menos, uma lamparina. Não para suas casas... mas para que possam transitar pelas ruas daquelas praias.
Os moradores já estão acostumados, mas quem estiver há mais de mês sem aparecer por lá, vai tomar um susto com o breu. Cuidados, também, para não cair nos buracos.
Em Barcelos
Conforme matéria exibida no programa Balanço Geral, da Record, os moradores reclamam do abandono em que se encontra a rua principal do distrito de Barcelos, SJB, onde os acidentes já se tornaram comuns, particularmente em idosos.
Melhor dizendo, não é a rua principal que tem crateras; são as crateras que têm a rua principal.
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RUMO AOS 50%
O Brasil fechou a semana com mais de 46% da população totalmente imunizada, devendo chegar aos 50% em torno do dia 15. Apesar do atraso inicial, não há dúvida de que estar às portas de alcançar metade da população vacinada é uma excelente notícia. Até sexta-feira (08) mais de 98 milhões de brasileiros receberam a segunda dose ou dose única.
Tomaram a 1ª dose e estão parcialmente protegidos mais de 70% da população, percentual que corresponde a 150 milhões de pessoas.
Ainda em fase relativamente inicial, o Programa Nacional de Imunização tenta acelerar a dose-reforço (terceira), passo importante para se vencer a pandemia. Mas é necessário manter o rigor nas medidas de distanciamento social, uso de máscara protetora e álcool gel, tendo em conta que o Brasil ainda registra número dramático de mortes diárias, entre 500 e 600 vidas.
Sem máscara, Eduardo Paes canta em roda de samba no dia 10 de
maio de 2021 (*Foto sem boa defi nição, priorizando o fl agrante)
O que não é necessário deve ser adotado?
Abolir a máscara quando o Brasil ainda está no início da terceira dose e registra média de 600 óbitos por dia, não é prioridade
Mesmo sendo para lugares externos, muitos que já a rejeitam hoje, fi carão ainda mais à vontade para não usar em lugar algum Comunidade científi ca não recomenda retirara, visto que o uso não atrapalha ninguém. S. Paulo também estuda abolir gradativamente
Se há uma coisa que essa pandemia vem nos mostrando ao longo de quase 20 meses é seu caráter de imprevisibilidade e de mutação, associado à capacidade de surpreender. Em outras palavras, como só o conhecido é seguro, o desconhecimento que ainda ronda o Coronavírus não nos permite sair do terreno da incerteza e da insegurança. Resumindo: todo cuidado é pouco.
Ainda assim, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, com base no Comitê Científi co carioca, anunciou que pretende desobrigar o uso da máscara em locais abertos e sem aglomeração a partir do dia 15, tendo como premissa que até sexta-feira 65% da população do município estarão com o esquema vacinal completo.
Então, pergunta-se: seria esta uma medida necessária? Abolir a máscara é prioridade num País que segue registrando mortes diárias em torno de 600 pessoas? O Rio deixou de pertencer ao Brasil, ou é a segunda cidade mais populosa e o coração turístico, cultural e social do País?
Pergunta-se, ainda, se não seria mais prudente e racional que Eduardo Paes concentrasse esforços e buscasse estratégias diferenciadas para tentar reduzir ao máximo a pandemia no Rio, ao invés de se preocupar com máscara, que não atrapalha ninguém?
Se outras cidades também estão abolindo, é problema delas. Ao prefeito carioca deveria bastar a lição de fevereiro passado, quando o Rio fez o “Carnaval da Covid” e o resultado chegou semanas depois.
A jornalista Ruty de Aquino, uma das mais conceituadas profi ssionais da imprensa brasileira, publicou em O Globo, edição de 15 de fevereiro de 2021, artigo sobre o que chamou de “O Carnaval da Covid”. No texto de qualidade impecável, criticou duramente a decisão de Paes em abrir bares, boates e casas de festas do Rio, alegando que os cariocas obedeceriam as recomendações e não iriam se aglomerar.
Escreveu a jornalista: “Boate pode abrir mas sem baile na pista. Bar pode abrir respeitando ‘protocolo’. Sério mesmo? É essa a orientação ofi cial? Sábado e domingo de carnaval? Vamos contar outra história da carochinha, Paes”.
Em outro trecho, descreve Ruty de Aquino “(...) Ver a Dias Ferreira, a Lapa e tantos outros points já manjados abertos e cheios como se não houvesse pandemia é problema sim de Eduardo Paes. Para não desagradar aos comerciantes, fecha os olhos, lava as mãos e joga um jogo de empurra e faz-de-conta. Não vai dar para se mostrar indignado, né, prefeito?”
Bem entendido, não estamos no carnaval e tampouco se está a falar em medidas restritivas ou mesmo em distanciamento. Mas se hoje, quando o uso da máscara é obrigatório, grande parte da população já não cumpre em lugares fechados, imagine quando for dispensado seu uso em local aberto. Aí é que ninguém vai obedecer mesmo.
Estamos a pouco mais de dois meses da temporada de verão e não por acaso o Brasil está na fase inicial da aplicação da terceira dose. A pandemia não acabou e centenas de vidas são perdidas todos os dias.
O desnecessário não pode sobrepor-se à sensatez.
Só para lembrar de quem se trata
No eixo central desta página está a fi gura do prefeito do Rio, Eduardo Paes, ora preocupado em que a máscara de proteção seja, aos poucos, abolida na cidade carioca.
Relembrando 2016, Eduardo Paes – segundo a Odebrechet o “nervosinho” do suposto departamento de propina que a construtora confessou que mantinha – é o mesmo daquela “foto histórica” em que aparece abraçado a Sérgio Cabral e a Lula, chorando, quando o Rio foi indicado para sediar os Jogos Olímpicos. O evento fi cou marcado tanto pelas obras superfaturadas, como pela entrega inacabada da Vila Olímpica às delegações, algumas pagando do próprio bolso as falhas e os consertos. A delegação australiana chegou a classifi car as acomodações de “inabitáveis”.
O Rio não tinha estrutura nem tempo para abrigar a Olimpíada. O resultado foi o fi asco que expôs a cidade a uma humilhação internacional.
De olho no avanço tecnológico, o 8º BMP do Rio de Janeiro acaba de criar duas mídias sociais para maior interação com a comunidade. Sugestões, denúncias e reclamações não estão mais restritas ao telefone. As pessoas já podem usar o Face (8bpmofi cial) ou o Instagram (8bpm_pmerj) para se comunicarem com o Batalhão. Servirá, também, como importante intercâmbio entre os próprios destacamentos e os policiais militares. Boa iniciativa