3 minute read

Antiga Ceasa poderá ser revitalizada

Projeto é de responsabilidade da Superintendência de Abastecimento

Fotos: PMCG terá a missão de receber os produtos, fazer a triagem e acondicioná-los em embalagens. Tudo isso será destinado a pessoas em situação de vulnerabilidade alimentar. Trata-se de uma ferramenta que evita desperdícios e que já funciona bem em outros grandes centros. Ainda segundo o secretário de Agricultura, a dinâmica do espaço já está desenhada, mas o projeto é passível de alterações. Uma das possibilidades é que a Rua Barão do Amazonas, a partir do cruzamento com a Rua tenente Coronel Cardoso

Advertisement

A estrutura da Central de Abastecimento (Ceasa), em Guarus, onde funcionou também a extinta Companhia Brasileira de Alimentos (Cobal), na década de 1970, está no foco para abrigar uma logística para receber e comercializar em escalas de varejo e atacado a produção regional do agronegócio. O novo superintendente de Abastecimento, órgão ligado à Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Pesca, Alfredo Dieguez, vai apresentar um projeto ao prefeito Wladimir Garotinho. Segundo Dieguez, a proposta é revitalizar o equipamento composto de 72 boxes e os galpões que dão suporte ao desembarque de produtos agrícolas. “São fortes os indicativos de que o agronegócio cresce em Campos e na região. Então, temos que aproveitar essa estrutura que está em local privilegiado, na BR-101, próximo ao aeroporto e à área Norte do município, além da divisa do Espírito Santo”, disse Dieguez. O superintendente destaca a parte física e a chamada retro -

(antiga Formosa), se transforme em um corredor em direção à Praça da República.

A empresa que já mostrou interesse em uma PPP para montar e administrar esse novo equipamento também avalia assumir o entorno, como também o Parque Alberto Sampaio. “A questão do Banco de Alimentos é um dos itens que ficaria sob a responsabilidade da Prefeitura. Tudo isso está sendo discutido”, disse o secretário de Agricultura.

Prédio do Mercado na Paisagem Foi na década de 1970 que o área deste equipamento, com uma estrutura estratégica para atender o agronegócio. “Além do Espírito Santo, estamos perto da Região Serrana e temos também o Distrito Industrial, que terá ligação com a Ponte da Integração, por meio de uma estrada. Isso será um imenso incentivo à agricultura, principalmente aos pequenos produtores. O setor está se diversificando. Não se falava em soja, por exemplo, há uma década. Hoje temos, em Campos, gente plantando e até beneficiando esse tipo de grão”, disse Alfredo Dieguez. O conceito do projeto, que implicará em câmara de resfriamento, geradores de energia e outros aparatos técnicos, é autossustentável a partir da premissa de que 10% da área serão destinados ao plantio de árvores frutíferas, reutilização de águas pluviais, biodigestor para produção de adubos, utilizando os produtos descartados na comercialização. “Em Cariacica, no Espírito Santo, existe um equipamento neste molde. ao prédio, cuja outra face está comprometida visualmente pelo Shopping Popular Michel Haddad. Essa parte vai seguir critérios da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, podendo ser um bulevar, na forma de espaço livre conjugado com uma área gastronômica. Mudança divide opiniões no Mercado Como o prefeito Wladimir previu, o projeto divide opiniões, principalmente na feira. O vice-presidente da Associação dos Feirantes, José Ricardo Coutinho, é contra. “Muito oportuna a vinda do J3News aqui. Estamos sabendo que o projeto muda a feira de lugar e somos contra essa mudança. Isso aqui é nossa raiz. Queremos melhorias aqui e não mudança de local. Mas estamos abertos ao diálogo”, disse José Ricardo. Por outro lado, o feirante mais antigo, Ananias Crespo, de 77 anos, 57 deles vividos naquele espaço, acha que o projeto pode ser bom. então prefeito Raul Linhares construiu a cobertura metálica da feira e da peixaria, tirando a visibilidade do Mercado Municipal, que começou a ser construído em 1918 e foi inaugurado em 15 de setembro de 1921. A arquitetura do prédio foi inspirada no Mercado de Nice, na França, com duas alas longitudinais e uma torre do relógio no entroncamento. É considerado um tesouro do patrimônio arquitetônico da cidade.

“Mudar para melhor é bom. Digo que, se for com uma logística melhor, não vejo nenhum problema em ir para a Praça da República. Acho que pode ser uma mudança boa”, disse o veterano da feira.

Já na Peixaria, Edna Márcia Coutinho, com mais de 20 anos trabalhando na venda de pescado, considera boa a proposta de uma estrutura melhor na Praça da República.

A mudança da feira e da peixaria para a Praça da República vai dar uma visibilidade ampla

“Se for mesmo para melhorar, temos que apoiar. Acho que um espaço maior aqui ao lado seria ótimo. O que não queremos é mudar para um lugar fora do Centro”, disse Edna. Em outro corredor da peixaria, Bruno Rocha, também com mais de 20 anos no box, diz que a expectativa de uma mudança para melhor é sempre salutar.

“Não conhecemos o projeto. Eu sou favorável. Se ficar provado que vamos mudar para um lugar central, é para melhor. Mas temos que debater muito isso”, concluiu.

Tudo isso será alimentado por energia solar”, acrescentou.

Alfredo Dieguez acredita que o segmento privado que opera o agronegócio terá grande interesse nesta estrutura e que produtores de 20 municípios fluminenses poderão ser beneficiados. Na semana passada, ele teve um encontro com o secretário de Agricultura, Almy Júnior. Dieguez também pretende se encontrar com o secretário de Desenvolvimento

Econômico, Mauro Silva. “Esse projeto foi elaborado com base em muita pesquisa de mercado e comportamento da economia. Estamos dando tratamento final a partir de atualizações de informações técnicas”, afirmou. O superintendente destacou também como ponto positivo que favorece a iniciativa a recuperação de mais de 20 estradas que cortam a zona rural do município.

This article is from: