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Campos
22 A 28 DE MAIO DE 2022
Teatro de Bolso deve voltar a exibir espetáculos no segundo semestre
Fotos: Silvana Rust
Desde o fim do ano passado, espaço cultural de Campos passa por obras e reparos
Teatro | Espaço está fechado para espetáculos desde o início da pandemia
Ocinei Trindade O Teatro de Bolso Procópio Ferreira, em Campos dos Goytacazes, completa 54 anos de vida em 2022. Desde a sua fundação, em 1968, ajudou a contar parte da história cultural da cidade e do Brasil. No momento, o TB, como é carinhosamente chamado, se encontra fechado para espetáculos, por conta de obras e reparos. A Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL) acredita que sua reabertura acontecerá no início do segundo semestre. Em dezembro de 2021, foi iniciada a obra no telhado do Teatro de Bolso no valor de R$ 24 mil. A conclusão seria em janeiro deste ano. Entretanto, outras intervenções no TB foram necessárias. A FCJOL diz que houve instalação de novas calhas, reposição de telhas e mantas, impermeabilização da laje; instalação de aparelhos de ar condicionado nos camarins e no mezanino do foyer; reparos e colocação de nova vestimenta (tecidos do palco) na caixa cênica; e pintura em andamento
Melhorias | Palco recebeu cortinas novas e reparos
nas áreas interna e externa. O último espetáculo teatral no TB aconteceu em março de 2020, início da pandemia de Covid-19, com a peça “Traídas e traidoras: somos todas Capitu”, de Arlete Sendra, com a atriz Katiana Rodrigues. “Os eventos sediados no TB em 2021 foram o Fórum da Subsecretaria de Igualdade Racial e Direitos Humanos, Campos Canta Mais, formaturas escolares e apresentações de encerramento da temporada do Curso Livre de Teatro e do Projeto Dançar-
te. Atualmente, o TB abriga as aulas do Curso Livre de Teatro e do Projeto Dançarte, dentro de suas possibilidades de uso”, explica a nota da Fundação Cultural. Para a volta dos espetáculos teatrais, segundo a FCJOL, são necessárias intervenções de recuperação e modernização da caixa cênica. “Estas se darão por meio de parceria com a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (Sececrj). As intervenções internas, em parceria com a Sececrj,
Pintura| Retoques em andamento na parte interna
já avançaram, com a doação, por meio de parceiros, de uma mesa de sonorização de última geração e aparelhos de ar condicionado”, diz a presidente da instituição, Auxiliadora Freitas. Anseios dos artistas Atores, diretores, dramaturgos e técnicos são unânimes ao elogiar o Teatro de Bolso Procópio Ferreira. Entretanto, o seu fechamento nos últimos dois anos, com ou sem a pandemia, tem gerado queixas e críticas. “É preciso um movimento para que a reabertura do TB ocorra o mais breve possível”, define a atriz Adriana Medeiros. A autora Arlete Sendra se diz ávida pela reabertura do TB. “O teatro é
Telhado | Reforma da cobertura está concluída
um patrimônio universal, pois coloca em cena a releitura do mundo: pensamentos, ideias, seus ‘ontens’, ‘hojes’ e as premonições dos amanhãs. Pelos espaços físicos do Teatro Procópio Ferreira, Campos ouve, em sussurros, as letras em palavras transfiguradas pela pauta dos tempos. Revitalizar o Teatro Procópio Ferreira é ato cívico-cultural. É cidadania em gestão. Ali passaram Macabeas, Capitus e Diadorins. Nele, Sancho Pança quer voltar a contar sua história”, comenta. A atriz Katiana Rodrigues diz que o Teatro de Bolso atende ao artista local. “O Trianon é muito grande. O TB é um espaço que conseguimos preencher todos os lugares com boa plateia, além de podermos ensaiar. É um palco muito acolhedor e faz muita falta”. Para a atriz e contadora de histórias, Iara Lima, o TB sempre foi e será da classe artística local. “Por ser pequeno, a gente carrega ele no coração. A acústica é perfeita. Historicamente, o TB foi pensado e criado por artistas. É aconchegante nos camarins, palco e coxias, com fosso e sala de ensaios ade-
quados. Espero voltar logo a me apresentar”, revela. O escritor e dramaturgo Adriano Moura prepara a estreia da peça “Meu nome é Cícero”, no dia 5 de junho no Trianon. A obra fala da trajetória de Cícero Guedes, liderança do MST, assassinado em Campos, em 2013. A peça mistura diferentes gêneros e é pontuada por músicas compostas por Matheus Nicolau: “Há muitas histórias que precisam ser contadas nesta cidade que ama preservar memória de usineiros e barões escravocratas e pouca atenção dá aos que lutaram por uma sociedade mais justa, como foi o caso de Cícero Guedes. Estrearemos no Trianon justamente pelo fato de o Teatro de Bolso estar fechado para reforma. É lá que gostaríamos de estrear e fazer uma temporada. É o espaço que melhor abriga nossas produções. Temos poucos teatros funcionando atualmente na cidade. Aguardo a reabertura, pois o TB é também um local que poderia ser usado para ensaio. Da última vez que fechou para reforma ficou quatro anos fechado, o que espero que não ocorra novamente”, conclui Adriano.
FUNDAÇÃO CAMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS DE CAMPOS PARA O DESENVOLVIMENTO E INTEGRAÇÃO SOCIAL DA CRIANÇA, DO JOVEM E DO IDOSO CNPJ: 10.492.003/0001-43 Avenida Sete de Setembro, 274 – Centro / TEL: (22) 2726-1027 E-MAIL: fundacaocdl@cdlcampos.com.br
CONVOCAÇÃO O presidente da Fundação CDL-Campos, no uso de suas atribuições conferidas pelo artigo 22 do Estatuto da Fundação CDL Campos – CONVOCA os membros dos órgãos de administração, órgão moderador, participantes, mantenedores e beneméritos da OSCpara se reunirem na sede da CDL no dia 30/05/2022, às 19h, em primeira convocação e ás 19h30min em segunda convocação, para ASSEMBLEIA DE ELEIÇÃO da gestão 2022/2023. Campos Dos Goytacazes, 19 de maio de 2022. João Eugênio Moraes Pessanha Presidente
Carla Caputi, o ex-vereador de Campos, Luiz Alberto Menezes, o Neném; Carla Machado e Márcio Terra
Carla Machado e Patrícia Cherene
“Amigos de La Paella” reúne diretores do Porto do Açu e empresários Evento aconteceu semana passada em Caetá e outras duas edições estão previstas para este ano Da Redação Em um espaço agradável em Caetá, em São João da Barra, no caminho que leva ao Porto do Açu, aconteceu, na semana passada, mais uma edição do “Amigos de La Paella”, que reuniu diretores de empresa e fornecedores de insumos para o projeto portuário, além de lideranças políticas da região. O encontro, que terá mais duas edições este ano, foi concebido para integrar o universo empresarial que gira em torno do Porto do Açu. “A ideia, que já se consolidou, é criar um ambiente no qual haja maior interatividade entre
Confraternização | Empresários com Carla Machado e Carla Caputi
pessoas e empresas. Um evento simples, que tem alcançado bons resultados, aproximando pessoas que no cotidiano teriam chances mínimas de se conhecerem”, disse o superintendente portuário e industrial da Prefeitura de São João da Barra, Márcio Terra, mentor da ideia. Na edição da semana passada, o evento reuniu, por exemplo, a ex e a atual prefeita de São João da Barra, respectivamente Carla Machado e Carla Caputi, assim como o ex-vereador de
Campos, Luiz Alberto Menezes, o Neném; e Patrícia Cherene, liderança política de São Francisco de Itabapoana. O universo empresarial estava representado por pessoas como Ary Pessanha, César Henriques Gomes e Goivai Jachyntho, entre muitos outros. A temperatura abaixo de 20 graus era um contraste com o calor do prato que dá nome ao evento, com direito a música ao vivo. O Sistema Terceira Via de Comunicação foi representado por seu diretor-geral, Fábio Paes.