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FOTO: CÉSAR FERREIA

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Mobilidade urbana de Campos

Ainda é muito cedo para avaliar os resultados

OPlano de Mobilidade Urbana que está sendo colocado em prática pelo governo municipal vai precisar de algum tempo para que seja avaliado quanto aos resultados.

Ainda em fase de execução, quaisquer observações feitas agora, desfavoráveis ou favoráveis, são prematuras. Mais que evidente, está na etapa de implantação e, como tudo que se cria ou se modifi ca, vai passar por inevitáveis ajustes.

O principal foco do Plano de Mobilidade e seu maior gargalo está no trânsito de Campos – um dos piores que se tem notícia entre cidades brasileiras do mesmo porte.

Ao longo de anos e anos não se cuidou da questão de forma adequada, que seria através de profi ssionais qualifi cados na área de engenharia de trânsito. Assim, além da cidade ter crescido sem o menor planejamento, o trânsito foi relegado – ao menos em vários períodos – a experiências amadoras. Ressalve-se, algumas intervenções foram alvo de estudos devidamente calculados e planejados, com bons resultados.

Agora a cidade está diante de nova tentativa para desafogar o trânsito, com destaque para os dois corredores entre a Av. 28 de Março e Beira Rio, com obras acessórias para auxiliar a fl uidez. Isso, paralelo ao recapeamento asfáltico em várias ruas, que é bem mais do que uma mera operação tapa-buracos.

No que diz respeito à inversão de sentido de ruas, como a Marechal Deodoro (rua do Príncipe), Marechal Floriano (rua do Ouvidor) e rua dos Goytacazes, será necessário analisar se a partir de agora as referidas inversões estão levando os carros para onde o trânsito é menos congestionado. Aí, sim, teremos um ganho de fl uxo. Porque, se não for o caso, a mudança pura e simples vai trocar seis por meia dúzia.

Na quarta-feira (15), véspera do feriadão, o trânsito em várias áreas estava um caos. Por volta das 18hs, a 28 de Março, no sentido Alberto Torres (perto da antiga Estação Leopoldina), estava intransitável. A mesma Alberto Torres literalmente ‘parou’, totalmente engarrafada no trecho entre a Barão de Miracema e entrada para Rocha Leão. A Tenente Cel. Cardoso (Formosa) também extremamente lenta de ponta a ponta – entre outras.

Não obstante seja preciso ‘dar um desconto’ por se tratar de véspera do feriado, nos dias normais, em horário de rush, não é tão diferente. Portanto, se melhorou – ou não melhorou –, vai se saber daqui a algum tempo. Mas, por ora, está muito aquém do que se entende por uma razoável mobilidade.

Como registro, se os sinais não forem sincronizados – como por ora não estão – será difícil vencer a lentidão. Isso porque a luz verde acende, o carro sai, mas tem que parar 50, 60, 70 metros no seguinte, visto que o vermelho aparece na próxima esquina.

De toda sorte, é bom lembrar que o Plano de Mobilidade Urbana de Campos é o primeiro depois de muitos anos. Logo, vai dar trabalho e não vai ser do dia para a noite que se terá resolvido questão complexa e que adernava no relento administrativo.

Quando nada, o governo atual está colocando a mão na massa e tentando descascar um abacaxi gigante. Vamos aguardar. Geraldo Alckmin

Assim é a política

Apesar da importância singular que exerce sobre a vida de toda a sociedade, a política não é apenas traiçoeira e movediça. É, também, oportunista, utilitarista e sem escrúpulos. Claro, como tudo, há exceções – em alguns períodos em maior número, outros em menor. Hoje, vivemos tempos estreitos.

Saindo do populista nato, do enganador – dos quais não se espera nada mesmo – por vezes que nos surpreendemos com atitudes daqueles que não se enquadram nessa categoria, digamos assim, mais baixa.

Declarações de Geraldo Alckmin (quatro vezes governador de São Paulo e afi lhado de Mário Covas) feitas em momentos diferentes causam, para falar o mínimo, surpresa. Mas, falam por si... Vamos a elas:

Em 2006, durante debate da Bandeirantes: “Não meça as pessoas pela sua régua. [...] Se há alguém que não tem moral para falar de ética é o governo Lula”.

Em dezembro de 2017, ao assumir a presidência nacional do PSDB: “Depois de ter quebrado o Brasil, Lula diz que quer voltar ao poder. Ou seja, ele quer voltar à cena do crime”.

E agora, em 2022, pouco antes de ser indicado a vice na chapa do ex-presidente Lula: “Ele [Lula] é, hoje, aquele que melhor refl ete, interpreta o sentimento de esperança do povo brasileiro. Aliás, ele representa a própria democracia porque ele é fruto da democracia..”.

Sem comentário.

Leila Diniz

Há 50 anos, em 14 de junho, um misterioso acidente aéreo tirou a vida da atriz Leila Diniz, então com apenas 27 anos, mas já um ícone do cinema e da televisão.

Uma mulher – quase uma menina – corajosa, que não temia as críticas que fazia ao regime militar. De personalidade forte, estava muito à frente de seu tempo.

Até hoje o acidente segue envolto em mistério. Leila Diniz pegou um voo em Tóquio com destino a Londres. Antes, a aeronave 471 da Japan Airlines fez escala em Bangcoc e colidiu a quilômetros do aeroporto de Nove Déli, onde faria a terceira escala.

Sua morte causou enorme comoção no Brasil

Covid: Fiocruz teme próximas semanas

O aumento nos casos de contágio pelo Coronavírus tem preocupado a Fundação Oswaldo Cruz, tendo em vista a baixa temperatura e as festas juninas públicas e privadas.

Dia 15 último o Brasil registrou 340 mortes – o maior número desde março, sendo o crescimento preocupante.

A pesquisadora da Fiocruz e integrante do comitê de especialistas da OMS, Margareth Dalcolmo, disse que “as próximas semanas não serão fáceis e todos devem manter o uso de máscara nas áreas onde haja contato com pessoas e celebrações, ambientes de trabalho, etc.”

PÁGINA 06 19 A 25 DE JUNHO DE 2022

Campos

Prefeitura prevê a reforma de 36 pontes

Proposta de Wladimir para erguer uma ponte ligando os dois lados da Lagoa de Cima faz parte da discussão de viabilidade

Ocinei Trindade

Campos dos Goytacazes possui 14 pontes somente em sua área urbana. Em estradas da zona rural são 47, segundo dados da Prefeitura. As que mais se destacam cruzam o Rio Paraíba do Sul. As pequenas pontes sobre os canais da área central e bairros como Jóquei Clube e Flamboyant, às vezes, nem são notadas. A necessidade de construir e de substituir pontes ganhou repercussão nas últimas semanas, após o prefeito Wladimir Garotinho cogitar erguer uma estrutura ligando margens da Lagoa de Cima. O tema está sob análise técnica para saber se há viabilidade. Há quem critique a iniciativa. Questionada sobre a possibilidade de construir uma ponte em Lagoa de Cima, a Prefeitura de Campos foi objetiva na resposta. Por meio de nota, a assessoria de Wladimir informou, sem maiores detalhes, que “a proposta apresentada durante reunião na CDL Campos foi encaminhada às secretarias de Obras e Infraestrutura e Planejamento, Mobilidade e Meio Ambiente para estudo de viabilidade”. O governo está priorizando no momento a recuperação das estruturas que estavam sem manutenção há mais de quatro anos. Na área rural, pontes de madeira têm sido substituídas por pontes de concreto. “A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca, em parceria

Fotos: Divulgação/PMCG

Mais segurança | Secretarias de Agricultura, Pecuária e Pesca e de Obras vão substituir 36 pontes de madeira por pontes de concreto na área rural

com a Secretaria de Obras, está trabalhando para substituir pelo menos 36 pontes de madeira por pontes de concreto, garantindo maior durabilidade e segurança para a população da área rural do município. Essas pontes atingem todas as regiões e localidades do município. Para a pasta, tal ação é fundamental para alavancar a Agricultura, a Pecuária e a Pesca e o Agroturismo”, destaca a nota do governo. Ao saber da cogitação da Prefeitura em edificar uma ponte em Lagoa de Cima, o ambientalista Aristides Soffiati pediu explicações ao governo sobre a propos-

Estrada dos Ceramistas | Especialista recomenda que Prefeitura faça nova vistoria em pontes da área urbana ta. “Fiquei espantado. A ponte teria um quilômetro e meio. Essa extensão daria para cruzar o rio Paraíba do Sul algumas vezes. A Ponte da Integração, entre São João da Barra e São Francisco de Itabapoana, terá uma extensão bem menor e nunca fica pronta. Uma ponte sobre a Lagoa de Cima seria uma obra faraônica que consumiria muitos recursos públicos, e não seria nada útil aos usuários, além de causar impactos ambientais intensos”, considera. Sofiatti diz ser relevante o investimento em pontes na zona rural, mas pondera. “As prefeituras insistem ainda em adaptar a natureza às suas obras, em vez de adaptar suas obras à natureza. As pontes na zona serrana de Campos (onde fica a Lagoa de Cima) são necessárias para acesso da população e escoamento da produção. Elas devem ser construídas sobre os rios Imbé, Urubu, Preto e Ururaí, que são estreitos. E pontes de material durável para reduzir o desgaste natural do uso e do tempo”, sugere.

Manutenção de pontes urbanas

O engenheiro civil Carlos Faria integrou o Departamento Nacional de Obras de Saneamento, extinto DNOS. Em 1982, ele acompanhou obras de pontes em Campos, como na Avenida Alberto Lamego, Rua Agnaldo Machado, Rua Ricardo Quitete, Av. Presidente Kennedy, Rua Rossine Quintanilha e Av. Newton Guaraná, nos bairros Jóquei e Penha. “Realizei vistoria em 2018. Elas se encontram em bom estado, mas merecem outra vistoria da prefeitura, pois nunca houve nenhuma manutenção”, afirma. Carlos Faria considera as pontes Alair Ferreira e Leonel Brizola sobre o Rio Paraíba em excelente estado, por serem construções com menos de 20 anos. Ele observa que a antiga ponte Barcelos Martins, que já sofreu abalos em um conjunto de pilares nos anos 1980, foi recuperada mas necessita sempre ser vistoriada. Em 2007, durante uma enchente, o vão central da Ponte General Dutra desabou. Em 2008, uma nova estrutura foi inaugurada com investimentos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). “Após 15 anos, há vários pontos de corrosão na estrutura metálica. Precisa de manutenção periódica”, diz. A ponte Saturnino de Brito (Lapa), inaugurada em 1951, requer maior atenção, segundo o engenheiro: “É uma ponte muito antiga que recebeu até hoje reparos ou manutenções sobre o tabuleiro. Em 2018, fiz uma visita embaixo dela e o que vi foi algo assustador. Ferros expostos, concreto da laje descamando, aparelhos de apoio desalinhados. Acumular problemas traz transtornos. Manutenção preventiva é a palavra de ordem”, conclui.

Governador Cláudio Castro dá início às obras no Parque Saraiva

Orçamento é de R$ 32 milhões e o prazo, sete meses

Da Redação

O governador Cláudio Castro deu início, nesta quinta-feira (15), às obras do programa Bairro Legal no Parque Saraiva, na Baixada Campista. O projeto é orçado em cerca de R$ 32 milhões, será executado por um consórcio formado por cinco empresas e tem previsão de finalização em sete meses. Recebido por um grande número de moradores do bairro, Castro reafirmou, durante o evento, compromissos firmados com o município. “Tudo que eu prometi para Campos eu estou cumprindo. Além das obras que iniciamos aqui, até o final do mês vamos iniciar as obras da Vila dos Pescados, no Farol. A população tem consciência de quem esta investindo aqui, de quem está colocando dinheiro

Espera | Moradores aguardam melhorias no bairro desde o final de 2016

nessa cidade. Só na Saúde nós já investimos R$ 200 milhões”, afirmou. O prefeito de Campos, Wladimir Garotinho, participou do evento e afirmou que a retomada da obra do Parque Saraiva é fruto de uma promessa feita aos moradores. “O bairro será totalmente reestruturado e os moradores ganharão mais qualidade de vida”, disse. O evento contou, também, com as presenças dos deputados estaduais Rodrigo Bacellar e Bruno Dauaire, de vereadores e outras autoridades do Estado e do Município.

Recursos do Estado | Durante cerimônia, governador Cláudio Castro enumerou investimentos feitos em Campos

Após anos esperando por melhorias, desde que as obras foram paralisadas, no final de 2016, moradores do Parque Saraiva aguardam o início dos trabalhos. Talita Rangel Ferreira diz que mora no Parque Saraiva a vida inteira, mas que nos últimos anos tem sido ainda mais difícil residir no local, que além de ter dificuldades no transporte público, nem carros de aplicativo querem entrar. “Os carros cancelam a corrida pra cá, as ruas esburacadas e quando chove a situação piora, com lama, que os carros mal conseguem passar”, relata a moradora. O pacote de obras do governo Cláudio Castro em parceria com a Prefeitura de Campos conta com intervenções em outros bairros já em fase final para assinatura dos contratos, segundo sua assessoria. Entre eles, estão: Vila dos Pescadores do Farol, Parque Novo Mundo, Vila Manhães, Vila Menezes, Parque Santa Clara, Rio Branco, Porto Belo. Ao todo, são mais de R$ 330 milhões, com a inclusão dos recursos para o Novo Hospital Geral de Guarus.

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