CAMPOS DOS GOYTACAZES, RIO DE JANEIRO • 09 A 15 DE MAIO DE 2021
Nas bancas por R$ 1,50
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NÚMERO 235
Fotos: Carol Mothé / Paula Menezes / Igor Gomes / Arquivo Pessoal
Juliana Ribeiro e Valentina
Priscyla Bezerra com Thomaz Roberta Barcelos e Miguel
Cris Sales com Murillo e seus filhos do coração Melquisedeque, Simão e Rute
Millena Soares e Bento
Viciane Amaral com Mariana e Gabriel
Gerlany Lyrio com Hugo
Hoje é o dia delas, assim como todos os dias são. Atentas em todas as horas, em todos os minutos e segundos. Alertas em cada estágio das nossas vidas. Sempre prontas em todos os momentos, donas do tempo e assim
são, e assim vão levando no colo e segurando na mão. Por isso tudo, elas, que nos acompanham a vida inteira, e não apenas em etapas, as mães hoje viraram nossa capa.
Silvana Rust com Carolina e Bernardo
Mariane Pessanha e Leonardo
Ingrid Coutinho e sua Laurinha Natália Muniz com Fernando
Patrícia Abud e José Eduardo Hermínia Sepulveda com Walterzinho e Francine
Bárbara Estóteles e Arthur
CAMPOS DOS GOYTACAZES, RIO DE JANEIRO • 09 A 15 DE MAIO DE 2021
Nas bancas por R$ 1,50
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NÚMERO 235 Foto: Silvana Rust
Foto: Carlos Grevi
Mães-solo não são heroínas Com pouco ou nenhum apoio dos pais de seus filhos, mulheres reivindicam o direito de serem humanas e pedirem ajuda
CAPA
Vaga Certa ainda cheio de incertezas
Com críticas e elogios, projeto visa organizar vagas em ruas em Campos COLUNA DO BALBI
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GUILHERME BELIDO ESCREVE
Empresário mais rico do Brasil Covid, imunização e reflexos terá uma escola em Campos da doença sobre a população O magnata Jorge Paulo Lemann, com fortuna calculada em cerca de R$ 20 bilhões, está investindo de tabela em Campos. Um dos seus negócios é a rede de escolas particulares Eleva. PÁGINA 04
Dando sequência à publicação de domingo passado, novas opiniões foram colhidas sobre o momento atual e acerca das perspectivas a PÁGINA 05 curto e médio prazos.
Prazo para declaração de IR termina dia 31 de maio O contabilista Cesar Queiroz explica que a pandemia gerou dificuldade para os contribuintes reunirem os documentos e, por isso, o prazo final foi prorrogado de 31 de abril para 31 de maio. PÁGINA 05
ENTREVISTA
Tenente-coronel do 8º BPM
Gustavo Pinheiro Marques
blazer o casual chic AMANDA COUTINHO PÁGINA 05
Técnica promete recuperar olfato e paladar pós Covid-19
Ele era subcomandante do Batalhão de Polícia Rodoviária do Estado (BPRv) e, desde o dia 22 de abril, é o responsável pelo 8º Batalhão de Polícia Militar (8º BPM), que abrange Campos — a maior cidade em extensão territorial do RJ —, São João da Barra, São Francisco de Itabapoana e São Fidélis. Com 29 anos de Polícia Militar, o tenente-coronel reconhece que dar segurança aos moradores e garantir a presença da PM e outros órgãos do Estado em localidades dominadas pelo tráfico de drogas é um trabalho complexo e, segundo ele, requer coordePÁGINA 07 nação entre as forças de segurança pública.
Especialista, Joicy Bonfá, fala sobre protocolo para a pacientes que perderam os sentidos ao contrair Covid-19. A fonoaudióloga diz que é PÁGINA 05 possível planejar a sessão para resultados mais rápidos.
TABLOIDE
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Especial
09 A 15 DE MAIO DE 2021
Fotos: Silvana Rust
O preço de estacionar nas ruas de Campos
O Vaga Certa será colocado em prática nas próximas semanas e os motoristas deverão pagar por hora; decisão gera discussões e críticas
Ocinei Trindade O Sistema de Estacionamento “Vaga Certa” da Prefeitura de Campos dos Goytacazes deve começar a funcionar até junho, mas já causa polêmica. Cabe ao Instituto Municipal de Transporte e Trânsito (IMTT) coordenar e implantar o serviço, que consiste em cobrar por hora pelo estacionamento nas ruas do perímetro central. O projeto existe desde 2017, na gestão de Rafael Diniz, mas não foi executado. O atual prefeito, Wladimir Garotinho, assinou decreto que colocará em prática a cobrança aos condutores de veículos. Desde que foi anunciada, a medida tem gerado críticas e sugestões de mudança. A direção do IMTT afirma que o "Vaga Certa" se baseia em preceitos legais da Constituição Federal, do Código Civil Brasileiro, do Código de Trânsito Brasileiro e na Lei Municipal nº 8.793 de 22 de novembro de 2017. A área de abrangência do rotativo envolve as vias do perímetro urbano delimitado em uma espécie de quadrilátero, que se estende nos limites da Rua dos Goytacazes, Avenida 28 de Março, a Avenida Nelson de Souza Oliveira, a Avenida XV de Novembro e a Rua Conselheiro Thomás Coelho. Dezenas de ruas Ao todo, são dezenas de ruas que passarão a ter estacionamento pago por hora. Os valores anunciados pelo IMTT, inicialmente, foram de R$3 para carros e R$1,50 para motos, mas, após críticas de usuários e entidades comerciais, houve redução para R$2 e R$1, respectivamente. Representantes do comércio de Campos têm se mostrado receosos quanto à implantação do "Vaga Certa". Muitos se queixam de não terem sido consultados antes da publicação do decreto. "Este projeto é uma reivindicação das entidades de muito tempo, mas não houve contato nenhum com as entidades antes. Na última quinta-feira (6), marcaram uma reunião com IMTT e Secretaria de Desenvolvimento Econômico para apresentação. Olhando pelo aspecto positivo, seria a tentativa de uma melhor organização. Porém, estamos num momento atípico, numa pandemia, a grande maioria com poder aquisitivo
Ivan Ferreira| Vigia os veículos
Robson Ignacio | Flanelinha
Edson Neves| "Difícil estacionar"
Investimento em vagas O professor Filipe Tavares prefere deixar carro em estacionamento privativo toda vez que precisa ir ao Centro. "Me sinto mais seguro, evito indisposição com flanelinha. Costumo ficar cerca de duas horas. Pago R$10. Acho vantajoso", diz. Os preços nos rotativos privados custam entre R$4 e R$5 por hora, em média. Os valores são bem maiores que os sugeridos pelo "Vaga Certa". Nos shoppings centers, as cobranças para carros custam até R$8 e valem pelo tempo que o proprietário estiver nas dependências do estabelecimento. Quem mora na área central de Campos e não dispõe de garagem em casas ou apartamentos, costuma contratar vagas para estacionar carros, pagando mensalmente pelo aluguel que custa em média R$180. Este serviço sai mais barato do que o proposto pelo sistema "Vaga Certa". A reportagem do Terceira Via simulou o custo de quem estaciona um veículo por oito horas no Centro. São R$16 diários. Em um mês, descontando os domingos e tiva mais econômica aos vários estacionamentos".
decreto municipal do prefeito Wladimir, serão iniciadas nas próximas semanas. Sobre a não execução do projeto na gestão passada, Renato alega que foi uma decisão do ex-prefeito. Ele defende o estacionamento público rotativo. "Sobre os espaços para estacionamento em vias públicas, esta ação visa oferecer dinamismo e variação na ocupação do espaço urbano para veículos para todo o cidadão, especialmente em áreas de intensa centralidade, de modo a apresentar alterna-
Renato Siqueira não vê conflito que possa desagradar ao usuário com a implantação do sistema de vagas pagas. "Se compararmos apenas o aspecto do valor da hora, considerando o valor definido no decreto 143/2021, que é de 60% do valor da hora cobrado pelo estacionamento particular, o sistema rotativo estimula o uso, tanto do ponto de vista econômico, quanto do acesso, ocupações indevidas ao longo de todo o dia". De acordo com o atual presidente do IMTT, Nelson Goda, "a previsão do IMTT é que este serviço seja licitado no próximo mês, e só a partir da efetivação da concessão é que será de fato implantado no município", destacou.
Renato Siqueira |Projeto oferecerá dinamismo na ocupação de vagas
Críticas e insatisfações Usuários das vagas públicas de estacionamento não gostaram da cobrança pelo espaço. Outros descontentes são os "flanelinhas", informais que ajudam a vigiar e lavar veículos. Robson Ignácio e Igor Pessanha estão há quase dez anos na Rua 21 de Abril "guardando" motos. "A decisão vai atrapalhar a gente. Daqui tiro meu sustento e da família", dizem. "Nossos clientes básicos são comerciários. A maioria conhecida." Ambos ganham de 30 a 40 reais por dia.
Cláudio Rangel| Empresário acha que taxa pode atrapalhar comércio
menor. Podemos ter um reflexo negativo, consumidores acostumados a parar na rua sem custo evitarão ir ao Centro da cidade", avalia Leonardo Castro, presidente da Associação Comercial e Industrial de Campos. Integrantes da Câmara de Dirigentes Lojistas e da Comércio da Rua João Pessoa também ponderam sobre o rotativo. "Precisamos avaliar com mais precisão os reflexos das medidas para o comércio", opina Expedito Coleto, presidente da Carjopa. Para um dos diretores da CDL, Norival Lima, o novo sistema é inoportuno. "Há a recuperação econômica e financeira com que precisamos lidar devido à pandemia. O comércio está muito sacrificado, o nível de emprego e renda está baixo. Há muitas dúvidas. É inegável que o estacionamento precisa de rotatividade. Acho um valor proposto muito alto para estacionar. Não sabemos se isso vai atrair ou afastar consumidores do Centro", diz. O empresário Alfredo Dieguez, integrante da CDL, se diz contrário ao projeto neste momento. "Esse sistema precisa ser total-
mente transparente, adotar um tipo de aplicativo mostrando vagas ocupadas e disponíveis. Todo o recurso que entrar deve ser disponibilizado de modo transparente. Este recurso deveria recuperar o Centro com melhorias", sugere. Proposta de melhorias O arquiteto e urbanista Renato Siqueira foi presidente do IMTT no governo Rafael Diniz. Ele ajudou na elaboração de medidas que fazem parte da Lei Municipal nº 8.793/17, e que por
Alfredo Dieguez| É contra a ideia
Felipe Tavares | Prefere pagar
feriados, o custo mensal giro de R$400 para pagar por vagas na rua. O proprietário de um estacionamento privado que prefere não se identificar, acredita que o novo sistema deve favorecer os rotativos particulares. "Em média, os particulares cobram R$4 ou R$5 a hora. Porém, o serviço mensal custa R$150 a R$200 por mês. Sai mais em conta que sistema proposto pela prefeitura", comenta. Enquanto não se coloca em prática, o "Vaga Certa" já movimenta discussões entre todos os que dependem direta e indiretamente do serviço público. Aguardar parado também custa. Faz 45 anos que Ivan Ferreira trabalha nas ruas vigiando e lavando carros. Só na Barão de Amazonas está há 25 anos. "Criei meu filho e ajudo meus netos com esse trabalho aqui. Não vejo como manter essa cobrança por parte da prefeitura. Tenho clientes que deixam a chave do carro comigo. Sou de confiança", afirma. Um de seus clientes é o aposentado Celso Ventura. "Estacionamento particular é muito caro. Prefiro dar ao flanelinha. Esse valor previsto pela prefeitura é muito alto", alega. Outro que se queixa é o pintor Gutemberg Santos. "Uso muito a moto para me deslocar. Será muita despesa com estacionamento". Edson Neves é morador da Alberto Torres há 25 anos. "Sempre é difícil estacionar para quem mora aqui. Ninguém tem dinheiro com essa crise financeira. É mais uma despesa. Eu não pretendo pagar. Entro na Justiça, mas não pago. A maioria que deixa carros aqui é trabalhador ou morador do Centro", conta. O cabeleireiro Cláudio Rangel trabalha na Alberto Torres, onde deixa seu carro. "Sou contra pagar por hora. O problema financeiro do comércio é grave. Isso vai prejudicar a todos", acredita. O aposentado Mauricio Silva mora há 18 anos ao lado da Igreja Boa Morte. "Sou contra a cobrança. É muito difícil encontrar vaga. Eu deixo na rua e só consigo estacionar à noite", revela.
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AloysioBalbi Com Girlane Rodrigues
do entretenimento coletivo até o final do ano, quando espera-se que a imensa maioria dos brasileiros já tenha sido vacinada. Brinquinho vem com força.
Paulo Gustavo fazia doações para instituição que acolhe mulheres com câncer de mama em Macaé O ator Paulo Gustavo, cuja morte por Covid comoveu todo o Brasil na semana passada, era realmente um filantropo. A grande imprensa noticiou suas boas ações que ele não fazia questão de exibir, como ajuda financeira para hospitais diversos. Mas uma não foi contada: Paulo Gustavo era doador de cestas básicas para a Unamama, uma instituição que acolhe mulheres que lutam contra o câncer em Macaé. Não se sabe ao certo o valor da ajuda, mas chegou a doar, de uma só vez, mil cestas básicas para a instituição. A relação dele com Macaé era íntima pela amizade que tinha com atriz Mônica Martelli, que atuou em alguns de seus filmes. Esteve várias vezes em Macaé por conta dessa relação. Mônica é irmã do vereador Guto Garcia de Macaé. Campos está na sexta posição em número de empresas no Rio de Janeiro O Portal de Prospecção de Empresas EconoData coloca Campos em 6º lugar em números de empresas, somando comércio, serviços e indústrias. Em 1º lugar vem o Rio com 702.176; em 2º Duque de Caxias com 55.115; em 3º São Gonçalo com 65.585; em 4º Niterói com 58.559; em 5º Nova Iguaçu com 55.270 e em 6º Campos com 38.140 empresas. *Este levantamento foi feito antes da pandemia. Quissamã quer torre de observação no Parque de Jurubatiba O Parque Nacional de Jurubatiba, administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, vai ganhar um novo impulso objetivando o turismo, se depender da prefeitura de Quissamã. O secretário Arnaldo Matoso quer retomar a obra de conclusão da torre de observação da restinga, colocando definitivamente o parque no roteiro do turismo da região. Campos vai ganhar casa de espetáculos depois que a pandemia passar O empresário de eventos Rodrigo Brinquinho arrendou as ruínas da usina do Queimado. Quer montar uma grande casa de shows e produções correlatas, tudo de alto nível. Ele acredita na retomada
Joilson Barcelos se reúne por uma hora com o governador Claudio Castro em uma live O empresário campista Joilson Barcelos, presidente da poderosa Associação de Atacadistas e Distribuidores do Estado do Rio de Janeiro (ADERJ), deu mostra de prestígio ao se reunir, na semana passada, durante uma hora, em uma live transmitida pelo Youtube com o governador Claudio Castro. A conversa assistida por centenas de empresários girou em torno da retomada da economia fluminense. Noventa casas são construídas simultaneamente em condomínio de luxo Parece que as coisas estão começando a melhorar. De uma hora para outra, em um condomínio no entorno do Shopping Boulevard, entraram em fase de construção 90 casas de padrão elevado. Isso, segundo os observadores do mercado, está dando fôlego ao ramo de materiais de construção da cidade. Grupo do homem mais rico do Brasil vai montar uma escola em Campos O magnata Jorge Paulo Lemann, um dos homens mais ricos do Brasil - com fortuna calculada em cerca de R$ 20 bilhões - está investindo de tabela em Campos. Um dos seus negócios é a rede de escola particular Eleva, considerada de alto padrão. A Eleva vai começar a construir em área nobre de Campos uma escola, a exemplo das que tem no Rio, São Paulo, Recife, entre outras cidades. Dança das cadeiras na Saúde de Campos Reviravolta na Fundação Municipal de Saúde (FMS). Sai Marcos da Silva Gonçalves e entra Adelsir Barreto Soares, que vai acumular o cargo com o de Secretário Municipal de Saúde. Marcos vai ficar na vice-presidência da FMS, cargo deixado por Dante Pinto Lucas. Havan vai começar a construir sua loja em Campos no segundo semestre A qualquer momento, deve aparecer em Campos o mega empresário Luciano Hang. Vem acompanhado de diretores da rede de lojas Havan para o lançamento da pedra fundamental da construção de sua loja aqui. Como já é sabido, a loja, com direito a réplica da estátua da Liberdade, vai ser erguida na Estrada do Contorno.
Há vagas... pagando
Opinião
O preço de estacionar nas ruas de Campos. Esse é o título da reportagem especial desta edição. Certa vez a saudosa Irmã Suraya Chaloub, diante de uma gritaria de pais que reclamavam do preço das mensalidades escolares, reagiu afirmando: “É mais barato colocar o filho em uma escola particular do que colocar o carro em um estacionamento”. Sábia, de certa forma tinha razão, observando as proporções dessa analogia. Os preços da fração dos estacionamentos particulares de Campos são altos, embora existam cidades onde esse custo é ainda maior. E quando o estacionamento é na rua? A prefeitura já decidiu que vai voltar a cobrar em algumas áreas da cidade, mas os detalhes de onde, quando e quanto ainda não foram oficialmente definidos. Fala-se em R$ 2,00/hora para carros e R$ 1,00 para motocicletas. Para quem estacionar no curso de todo o horário útil, é um preço salgado. Por outro lado, técnicos da prefeitura afirmam que, com poucas vagas públicas nos corredores comerciais da cidade, é
preciso estabelecer um rodízio e cobrando seria a melhor maneira. Além de um bom dinheiro para os cofres públicos, a prefeitura daria a sensação de que o número de vagas na cidade aumentou, porque a rotatividade tende mesmo a ser intensa. Durante o tempo em que a prefeitura cobrava pelas vagas, esse efeito se fez presente, embora fosse mais barato naquela época, quando se pagava em boletos que valiam para todo aquele dia. Pode-se concluir que são sinais dos novos tempos e essa seria uma solução para o problema do aumento da frota de veículos em uma cidade onde achar uma vaga no Centro é procurar uma agulha no palheiro. Com a cobrança, as vagas serão realmente rotativas, pois, do contrário, vai doer no bolso. Comemoram, por exemplo, os veículos de aplicativos e táxis. Lamenta-se que o transporte público ainda seja um problema maior do que o número de vagas existentes em Campos, assim como cobrar por elas.
D. Hermínia, meu amor
N
ão a conheci pessoalmente. Que pena! Não houve oportunidade de vê-la brilhar pelos palcos deste Brasil afora. Não tive oportunidade de rir ao vivo com suas tiradas engraçadas, cheias de amor que traziam várias reflexões sobre a dor e a doçura de ser mãe. Encontrei-me com você, apresentada por minha neta, Lalinha, nas telas do cinema e da TV. Assisti praticamente a todos os seus trabalhos por esses veículos e ali nasceu minha admiração. Você é uma mãe linda, vaidosa, irreverente, espalhafatosa, engraçada, inteligente, humana, amorosa com os seus filhos Garib, Marcelina e Juliano. Um exemplo para as famílias que possuem filho homosexual. Quanto acolhimento! Quanta sabedoria em aceitar e amar o outro como ele é. Sem discriminação, sem críticas, sem tristeza ou amargura. Só amor e é assim que tem que ser. Dona Hermínia levantou artisticamente a bandeira da aceitação das diferenças e do amor divino que acolheu todos, principalmente aqueles que eram ou poderiam ser excluídos. Isso a tornou singular nesse mundo de convenções e muita hipocrisia de “Cidadãos de bem” que nem sequer se compadecem de seus irmãos expostos na roda dos excluídos por motivos torpes e tantos outros milhões expostos ao coronavírus sem proteção social e individual. Sem vacina e sem coordenação geral! Pobre Brasil! Quantos dos seus filhos partiram antecipadamente vitimados por essa doença avassaladora que poderia ser amenizada com planejamento das autoridades, com campanha nacional de prevenção e com empatia. É impossível não se revoltar com esse descaso que me parece proposital. Dona Hermía e Paulo Gustavo são a mesma pessoa. Ele emprestou a ela seus valores cristãos exercitados com louvor na vida cotidiana. Valores apreendidos de sua querida mãe, Déa Lúcia. A maternidade que promove e abraça os filhos desse mundo. Paulo Gustavo foi protagonista de vários shows no palco e na vida. Na vida, foi o show de ser gente comprometida com os menos favorecidos, de ser embaixador do riso, da alegria e do Brasil que dá certo. Com seu trabalho honesto, dedicado, primoroso teve reconhecimento financeiro e recebeu muito amor do público. Não será esquecido jamais. Paulo Gustavo foi um gigante e fará muita falta para esse Brasil, hoje desalentado, triste e lascado. Com a morte do ator, morrem muitos personagens icônicos como a Senhora dos Absurdos, uma ricaça que dispara absurdos com sua personalidade preconceituosa, que não poupa ningúem. Trata-se de uma crítica social muito inteligente e necessária. Outra personagem foi Maria Enfisema, um mulher consumida pelo cigarro e que não vê nemhum mal no vício: uma crítica ao passado quando fumar representava status e glamur. Assim como esses, muitos outros personagens incríveis. Nesse dia das mães, quero homenagear a todas com a figura ímpar de Dona Hermínia por toda sua leveza, seus estardalhaços, sua humanidade, sua superproteção em relação aos filhos, seu amor pela vida, suas lutas, sua garra! Dona Hermínia, meu amor! Obrigada por existir para sempre nas minhas lembranças! Homenageio também a Dona Déa Lúcia por ser a musa inspiradora dessa personagem fantástica. E me uno a ela na dor extrema de perder um filho tão amoroso, companheiro e querido que fez em vida um hino de amor maternal.
As mães da covid-19! Cláudio Andrade - Advogado, Professor Universitário e Diretor Regional do Procon/RJ
Hoje é dia das mães e não deve ter dor maior do que perder um filho, seja em qual circunstância for. Desde março do ano passado estamos vivenciando o choro incontrolável daquelas que não vieram ao mundo para enterrar suas crias e, sim, vê-los crescerem, tornarem-se adultos e receberem as bênçãos da velhice. A pandemia mudou esse rumo, destruiu a ordem cronológica e impossibilitou que os mortos pudessem ser velados. A última carícia e o derradeiro beijo foram de forma trágica, impossibilitados, aumentando, em demasia, o rio de lágrimas da despedida fúnebre. No dia de hoje, onde, comercialmente, comemoramos o Dia das Mães, é dia também de massagearmos os corações partidos que sangram pelas vidas precocemente suprimidas e levadas sem aviso prévio nem preparo psicológico. Simplesmente se foram! As mães da Covid-19 precisam ser lembradas no dia de hoje como mulheres especiais, sim, com todas as pompas, afinal, deram adeus a seus filhos, mesmo desejando estarem no lugar deles, na UTI, entubadas. A doença continua matando e agora faço um alerta para o outro lado da moeda. Você, que é filho, proteja
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a sua mãe. Não dê de presente para ela o vírus e sim, amor, carinho e empatia. Hoje é domingo e esperamos que na noite de ontem, nossos jovens tenham se protegido para que hoje, não seja o último dia das mães para milhares de genitoras desse Brasil enfermo e que clama por vacinas, muitas vacinas... Não percamos a esperança, que possamos ter fé e espiritualidade, afinal, os desertos não foram feitos para fazer morada e, sim, passagem e saibam que esse pesadelo vai passar e poderemos, quem sabe, abraçar e beijar nossas queridas mães sejam elas biológicas, emprestadas, de sangue ou de leite. Para vocês, mães que choram a ausência dos seus filhos, que Deus abençoe seus corações e que haja renovo e proteção nessa data. Aos filhos, que também choram a dor de ter perdido suas mães para esse vírus tão cruel, minha profunda solidariedade. Por fim, para os que se julgam imortais, pensem e se cuidem, para que não tenhamos no coração a eterna ferida da perda de alguém que amamos. Expediente: Fundador Herbert Sidney Neves - Diretor Geral Fábio Paes Chefes de Reportagem Thiago Gomes e Marcos Curvello - Projeto Gráfico Estúdio Ideia Diagramação Elton Nunes - Departamento Comercial (22) 2738-2700 Rua Gov. Theotonio Ferreira de Araújo, 36 - Centro - Campos dos Goytacazes - RJ Impressão: Parque Gráfico do Jornal O Globo.
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Reflexos da pandemia sobre diferentes setores. (Parte II) D
ando sequência à publicação de domingo passado (02), quando a página ouviu a médica Ana Maria Pellegrini, a empresária Fátima Leite, o hoteleiro Marcelo Oliveira, o engenheiro Paulo César Freitas, e o jornalista Ricardo André Vasconcellos, que discorreram sobre a crise sanitária no Brasil e em Campos, com consequências trágicas sobre os mais diferentes segmentos – nesta edição a página colheu os depoimentos do médico Herbet Rosa Pires, do contador Júlio Féres e do economista Ranulfo Vidigal, aqui inseridos em ordem alfabética como na edição anterior. Os relatos dão ênfase ao drástico número de óbitos, ao atraso na vacinação e ao colapso hospitalar. Na outra ponta, ao recuo da atividade econômica, ao sacrifício imposto ao empresariado e ao aumento desenfreado da pobreza – que, segundo levantamentos não-oficiais, triplicou nos últimos 12 meses – e da miséria avassaladora que atinge em cheio os vulneráveis – tristemente definidos como “invisíveis”. Mas, também, há um olhar timidamente otimista e esperançoso em dias melhores. A página usa como “ilustração” (ilustração com aspas por-
Herbert Rosa Pires
“Estamos atrasados na
vacinação e a população não segue as restrições. Mas novos imunizantes estão chegando e aposto muito no Butantan e na Fiocruz”
P
que a palavra, aos nossos olhos e ouvidos, não combina com narrativas caóticas) matéria de 03 de abril, intitulada “Sinal verde para a pobreza”, onde num texto denso e cuidadoso, o jornalista Ocinei Trindade percorre o dia-a-dia de ambulantes e pedintes – na prática, quase sem distinção entre estes e aqueles – que tentam sobreviver com os trocados amealhados ao longo do dia nos sinais de trânsito não da periferia (o que já seria inadmissível), mas em plena Avenida Pelinca, área nobre da cidade. Registre-se, a imagem desoladora do desamparo que grande parte da sociedade insiste em virar o rosto para não ver, não nasceu na pandemia. De certo, aprofundou-se com a Covid, mas vem de longe e atinge a maioria esmagadora dos estados brasileiros, fruto de décadas e décadas de governos autoritários, corruptos e despreparados. Governos, diga-se, incapazes de implantar políticas públicas voltadas para sua própria gente, que se vê despojada do direito de usufruir dos benefícios de um país continental, nascido rico pela própria natureza. Em outras palavras, nega-se ao povo os frutos da terra da qual é dono. Uma vergonha!
Júlio Féres
Ranulfo Vidigal
“Os sacrifícios das firmas
devem ser compensados. É preciso reduzir o ICMS, bem como REFIS federais, estaduais e municipais”
ós-graduado em Cirurgia Cardiovascular Pediátrica, com destacada passagem por hospitais de Campos e ora atuando mais efetivamente no Hospital da Criança e Maternidade de São José do Rio Preto, São Paulo, o médico Herbet Rosa Pires lamenta erros durante a pandemia e que o Brasil só tenha vacinado em torno de 18% da população. Contudo, adverte sobre as peculiaridades de cada país. “Na minha visão esse período tão difícil e que já dura mais de um ano deve ser observado sobre diferentes vertentes. São vários ‘Brasis’ dentro de um Brasil de extensão continental, com população superior a 210 milhões, que enfrenta a mais devastadora crise sanitária dos últimos 100 anos. Sob esse ângulo, cabe refletir se seria plausível a comparação com Israel, que já vacinou ‘todo mundo’, mas cuja população não chega a 10 milhões? Ou com o Reino Unido, que até meados de abril havia vacinado 100% dos adultos acima de 50 anos, mas que está entre os países mais ricos do mundo? Lançando mão de exemplo de outra natureza, a Moderna – uma das principais do programa de imunização dos EUA – tem eficácia comprovada de 90%. Antes, falou-se em 94,1%. Já no caso da CoronaVac, que responde por mais de 80% da vacinação no Brasil, a eficácia inicialmente anunciada foi 50,3%, podendo chegar – segundo estudos mais recentes divulgados pelo Butantan – a 62,3%. Vemos, portanto, uma diferença potencial de 30% entre ambas, algo bastante considerável. O que estou tentando dizer é que, no meu modesto entendimento, temos que respeitar as circunstâncias e as especificidades de cada país e de cada região. A CoronaVac é uma boa vacina? Cla-
“Em Campos, a saída passa
pela valorização de seu capital humano universitário e de segundo grau técnico; e pela reindustrialização”
ro que sim. Passou pelo crivo da Anvisa com nível de eficácia menor do que agora se anuncia. Mas, salvo melhor juízo, não está entre as primeiras no ranking de eficácia. E mais: devemos nos orgulhar do Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz, institutos de excelência, que trabalham para que o Brasil em breve produza sua própria vacina. Por outro lado, só vacinamos entre 17% e 18% da população – o que é pouco – com registros oficiais em torno de 420 mil mortos. Nossa imunização começou com atraso, os lockdowns foram fatiados e dispersos, várias cidades enfrentam a falta de vacina para aplicação da 2ª dose e o governo federal não liderou campanha nacional de esclarecimento contra aglomerações, a favor do distanciamento e do uso de máscaras. Isso está tendo um preço. Mas, independente de tudo isso, é difícil não reconhecer que boa parte da população alimentou a pandemia ao promover festas clandestinas, lotar bares, fazer carnaval e insistir em desrespeitar as medidas restritivas. Como consequência inevitável, veio o colapso da rede pública hospitalar. De toda forma estou confiante que a imunização vai avançar e conter a pandemia. Temos o reforço da AstraZeneca que chegou em boa hora, outras vacinas estão a caminho, há expectativa de novas remessas de insumos do Laboratório Sinovac e, o que é muito relevante, acho que o povo está se conscientizando da necessidade de fazer sua parte para vencer a doença" – concluiu.
O
contador Júlio Féres, responsável pela ‘vida contábil’ de algumas das principais firmas de Campos e que dirige a Féres Contabilidade, acre-
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Sinais da cidade | Pessoas tentam vender produtos nos cruzamentos, mas acabam pedindo ajuda
Sinal verde para a pobreza
Ocinei Trindade
Nos sinais de trânsito na região da Pelinca, área nobre de Campos dos Goytacazes, vendedores ambulantes disputam as janelas dos automóveis, tentando obter dos motoristas a compra de algum doce, bala ou água. Diante de uma resposta negativa, pedem ajuda em moedas. A cena se repete em muitos outros semáforos da cidade. Nos últimos meses, desde o início da pandemia, cresceu o número de informais e de pedintes. A economia acendeu o sinal vermelho, ultrapassando mais uma vez o número suportável da extrema pobreza. As soluções por parte dos governos demonstram ser paliativas, pois fome e desemprego seguem em ascensão. De acordo com dados da Prefeitura de Campos, atualmente há cadastrados no município 936 ambulantes, além de 850 permissionários. Entretanto, o número de trabalhadores informais no município é desconhecido. No Cadastro Único do Ministério da Cidadania, Campos conta com 47.600 famílias em extrema pobreza. "Isso representa um aumento de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os 13 Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) do município estão monitorando famílias com demanda por cestas básicas e atendendo de acordo com as condições orçamentárias vigentes. A procura por cestas básicas se ampliou em 63% se comparado ao mesmo período de 2020", diz a nota da prefeitura. Sinais de sobreviventes Rita de Cassia da Silva está desempregada há quase dois anos. Morava no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, tem filhos e netos, trabalhava num shopping. Vítima de balas perdidas em confrontos de traficantes, teve a perna atingida. Veio para Campos e morou na rua por sete meses. Conseguiu um aluguel barato e tenta se manter vendendo doces nos sinais do Jardim São Benedito. "Chego cedo para conseguir comida no Mosteiro Santa Face. Estava sem gás, juntei dinheiro para comprar. Peço doações, dinheiro. Melhor pedir que rou-
A crise sanitária se mistura aos problemas econômicos e faz crescer o número de pedintes e trabalhadores informais em Campos
Dois filhos| Bianca percorre ruas
Doces|Fernando tenta se manter
Doação| Rita vende balas
Biscoito| Márcia sustenta filha
bar. Muita gente acha que é para comprar drogas, acha que poderíamos trabalhar, mas não tem emprego. Então, me arrisco nos sinais a vender e levar algum dinheiro para casa. Situação muito difícil, já passei fome, e sem ajuda é difícil se manter", diz Rita. Situação parecida tem Bianca Rangel, 24 anos. Moradora da Lapa, mãe de um menino de 5 anos e de uma menina de 11 meses, ela paga R$450 de aluguel. Sobrevive de reciclagem de materiais que acha no lixo. Em dia de sorte, consegue R$30. A pandemia piorou sua situação, pois nem sempre há o que comer.
"Recebo R$259 do Bolsa Família. Eu não tenho vergonha de pedir dinheiro na rua ou nos sinais. Às vezes fico sem comer para dar aos meus filhos. Quando recebo qualquer doação é um alívio", diz. Fernando Cabral, 26 anos, tem certificação em dois cursos profissionalizantes do IFF, mas não consegue emprego. Em 2020, ele e a mulher conseguiram se manter por um tempo com o auxílio emergencial do governo federal que ela recebeu. Pais de uma menina pequena, eles se viram para pagar aluguel na Tapera. "Recebemos alguma ajuda de parentes. Passei a ajudar minha cunhada a vender docinhos
caseiros na Pelinca. Consegui alcançar R$ 90 em três dias. A pandemia só trouxe mais insegurança e incerteza. A gente vende o almoço para comprar a janta e vamos nos ajudando".
Mas não podemos tratar a questão com campanhas solidárias. Os impactos econômicos das crises sanitária e social colocam o desafio do município em prover proteção social a pessoas. Reconhecê-las como sujeitos de direitos sociais é fundamental ampliar sua capacidade protetiva", afirma. Com a crise decorrente da pandemia, o Conselho Municipal de Assistência Social defende a criação de um programa de transferência de renda municipal de forma coordenada com os sistemas de informações dos governos Federal e Estadual. Eliana Feres destaca os dados do Cadastro Único. São 46.511 famí-
Solidariedade social A assistente social Eliana Feres diz que as crises sanitária e econômica, provocadas pela pandemia, evidenciam a situação dos trabalhadores informais que sempre tiveram dificuldade de garantir seu sustento. "Essas vulnerabilidades sempre existiram, mas a partir da pandemia ganharam amplitude e têm causado um forte componente de solidariedade social.
Análise socioenconômica sobre a situação de informalidade em Campos Ricardo Nóbrega é doutor em sociologia e professor da Universidade Estadual do Norte Fluminense. Para ele, o crescimento da informalidade se relaciona aos níveis de desemprego que crescem nacionalmente desde 2014, quando a crise econômica, política e social do país se aprofundou, alcançando sua pior expressão no governo Bolsonaro. "As chamadas reformas trabalhista e da previdência, em vez de trazerem a prometida geração de empregos formais e as medidas de austeridade fiscal, apenas aumentaram a informalidade e trouxeram mais vulnerabilidade e precariedade material aos trabalhadores. No caso do Norte Fluminense,
Sociólogo| Ricardo Nóbrega
houve ainda os desdobramentos da Operação Lava-Jato, que trouxeram prejuízos às empresas do setor de óleo e gás e que foram especialmente danosos à região, que tem uma economia fortemente dependente dessa cadeia produtiva. A pandemia
dita que daqui para frente quaisquer sacrifícios oriundos do empresariado precisam ser acompanhados de compensação financeira, tributária e trabalhista para que se possa, no mínimo, igualar as finanças já “balançadas” das empresas. “Podemos exemplificar uma redução do ICMS nas contas de água e luz, um diferimento nos vencimentos dos impostos (já em andamento), como também os chamados REFIS federais, estaduais e municipais”. Para Féres, a ampliação da vacinação e o recuo da pandemia darão fôlego ao empresariado com tendência de readmissão daqueles que porventura foram dispensados por falta de recurso financeiro empresarial. O contador destaca que “a engrenagem financeira da economia ficou girando muito lenta, o que reduziu sobremaneira o capital de giro empresarial e a taxa de retorno de investimento. Nesse caso – ressalva – os colaboradores diretos e indiretos são mais afetados”. – advertiu.
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Especial
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anulfo Vidigal, doutorando pela UFRJ, ex-presidente GEAM (Grupo Estratégico de Apoio aos municípios do governo fluminense) e da Fundação CIDE de estatística, acredita que um dos caminhos que Campos deve buscar para sair da crise reside em novos investimentos em serviços de alta complexidade que a cidade já possui: “Antes da crise sanitária, já ocorria uma desaceleração cíclica na economia internacional. Daí que nosso país se especializar em commodities (petróleo, alimentos e minério) e abandonar a industrialização, foi um problema sério. A pandemia escancarou o atraso das políticas públicas, com a volta da fome e da pobreza. Isso exi-
aprofundou essa crise e suas consequências sociais podem ser vistas em toda parte", considera. Para o professor, a Prefeitura de Campos tem atuado de forma muito tímida frente aos enormes desafios e necessidades do momento. "A reabertura do Restaurante Popular, por exemplo, fornecendo marmitas a essa população que está em situação de insegurança alimentar, seria uma medida que amenizaria o sofrimento da população. Mas nada indica que ela ocorrerá no curto prazo", observa. O economista Ranulfo Vidigal considera "pífia" a atuação do governo municipal nos 60 primeiros dias. "Há um função chamada 'assistência social' no ba-
lancete da prefeitura de 19 de abril, que tem um subitem chamado assistência comunitária. Este item tem autorização do Legislativo para gastar este ano mais de R$25 milhões. Isto dá uma média de R$2,1 milhões por mês. Portanto, em janeiro e fevereiro, tudo mais constante, Wladimir já deveria ter injetado no mercado algo em torno de R$4,2 milhões, para minimizar o sacrifício das famílias nesta situação de penúria. Os dados são oficiais. Gastou-se até fevereiro a bagatela de R$98 mil ou 4%. Deixou de investir nessa área crucial mais de R$3,5 milhões. Isto mostra em uma cidade nessas condições, mostra claramente que a prioridade do governo Wladimir foi zero".
lias com renda per capita familiar de até R$ 89; são 3.467 famílias com renda entre R$ 89,01 e R$ 178; ainda 10.498 famílias com renda entre R$ 178,01 e meio salário mínimo; além de 10.328 famílias com renda acima de meio salário mínimo. São 44.542 famílias recebendo o Bolsa Família. "Certamente, há um aumento da extrema pobreza em Campos, no que tange ao atendimento à população em situação de rua que cresceu em 127%, se comparado as mesmo período do ano passado", compara. Segundo o secretário de Desenvolvimento Humano e Social, Rodrigo Carvalho, o quantitativo de população em situação de rua costuma variar. O Centro Pop, equipamento destinado a esse público, ofertou, durante o ano de 2021, 1.761 atendimentos, o que representa um aumento de 124% em relação ao mesmo período do ano anterior. O professor Ricardo Nóbrega destaca a solidariedade dos movimentos sociais, sindicatos e organizações não-governamentais. "Isto tem sido fundamental, com a distribuição de cestas básicas e cuidados com os mais vulneráveis. Na cidade, destaco o trabalho do Resista Campos e da Rede Emancipa, que têm feito um excelente trabalho". O economista Ranulfo Vidigal alega que os programas de assistência social são pequenos diante das crises econômica, pandêmica e social. Ele critica o governo municipal nesse aspecto. "Economizar nesse setor é ir contra a economia local, além de deixar nas mãos desses grupos aquilo que eles não podem resolver. Isto é estranho e fora de propósito para um grupo político, cuja a característica básica era o social. Alguns diziam um populismo social, mas nem isso está tendo", diz. A ambulante Márcia Christine, 43 anos, é mãe de uma adolescente de 13. Decidiu vender balas e doces nos sinais para complementar a renda do Bolsa Família. Ganha até R$30 por dia. "Conheço muita gente que está passando dificuldades, fome, sem emprego. É uma vida apertada, lido com a hostilidade de alguns nos sinais de trânsito, mas para continuar viva e cuidando da minha filha vou seguir lutando", conclui.
girá uma séria discussão sobre o papel estrutural da empregabilidade da juventude, da educação para acelerar a produtividade e o apoio irrestrito ao SUS. Sobre as vacinas – comentário adicional que você me sugere – a minha visão é que vivemos o que chamo de geopolítica das vacinas. Como as sete economias mais importantes do planeta detêm as grandes universidades, os grandes institutos de pesquisa e as grandes empresas farmacêuticas, elas saíram na frente na imunização. Israel é um exemplo. Está com 100% da população vacinada a partir do apoio irrestrito dos EUA, que por seu turno pretende chegar a 70% até 04 de julho – data mais importante para povo americano. Portanto, a geopolítica da vacina funciona de forma marcante. Já nos países periféricos, do 2º e 3º mundo, a situação é outra. No segundo mundo o Brasil está se salvando porque tem duas instituições do calibre do Butantan e da Fiocruz, com histórico em vacinação, e que agora vão absorver a tecnologia, principalmente se for adiante a quebra de patentes sugerida pelo presidente Biden. Que o nosso governo errou – errou. Mas não podemos jogar toda culpa na União, porque a questão geopolítica que mencionei é muito forte. Na cidade de Campos, oitava economia do ERJ, a saída passa pela valorização de seu capital humano universitário e de segundo grau técnico. Pelos serviços de alta complexidade que a cidade já possui e pelo planejamento de longo prazo para re-industrializar nosso parque produtivo, mediante a recuperação da produtividade da terra agrícola abundante. Sou otimista com a cidade”.
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Economia
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Pandemia altera declaração do IRPF Fotos: Silvana Rust
Contribuinte tem até o dia 31 de maio para acertar as contas com a Receita Federal
Outras mudanças
Segundo a Receita Federal, com o aumento no número de fintechs e de bancos digitais, surgiu a necessidade de ter um mecanismo de restituição de contas de pagamento. Para as declarações com imposto a restituir, será possível selecionar a partir deste ano “conta de pagamento” para o crédito da restituição, além de “conta corrente” e “conta poupança”. Neste ano, os campos de preenchimento do endereço de e-mail e do número de celular vão estar mais identificados no programa. Eles serão informações inseridas na ficha de identificação. Então, poderão ser utilizados pela Receita Federal para informar exclusivamente a existência de mensagens importantes na caixa postal do contribuinte, que fica no ambiente do site e-CAC. A Receita informou que atualizou alguns itens do seu programa de declaração, além do layout do site, com o objetivo de facilitar a vida dos contribuintes na hora da declaração. A atualização deve acontecer em breve no site da Receita.
Roberta Barcelos A pandemia do novo coronavírus afetou, de alguma forma, a vida de todo mundo, alterou rotinas e vários procedimentos. Com a Declaração do Imposto de Renda não foi diferente. Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm) para quem teve jornada de trabalho reduzida e o recebimento do Auxílio Emergencial, por exemplo, devem ser declarados pelos contribuintes, que têm até o dia 31 de maio para prestar contas à Receita Federal. No último dia 5, o presidente Jair Bolsonaro vetou o projeto aprovado pelo Congresso que prorrogava até 31 de julho o prazo de entrega da declaração. Mais de 32 milhões de declarações são esperadas em 2021. Em Campos, o contador Cesar Queiroz explica que a pandemia gerou dificuldade para os contribuintes reunirem os documentos e, por isso, o prazo final foi prorrogado de 31 de abril para 31 de maio, assim como aconteceu em 2020. Além do adiamento da entrega, a Receita derrubou a exigência do número do recibo da declaração anterior e adiou o pagamento da primeira quota
Contabilidade | César Queiroz explica que a pandemia gerou dificuldades para os contribuintes
ou quota única do imposto para 31/05. Mas, a principal mudança este ano foi a obrigatoriedade da devolução do Auxílio Emergencial para alguns contribuintes, que pegou os brasileiros de surpresa. “Os beneficiários do auxílio emergencial que tiverem obtido rendimentos tributáveis acima de R$ 22.847,76, sem contar o auxílio, devem declarar. Além disso, os beneficiários do auxílio que se enquadrarem nessa situação deverão devolver os valores recebidos por eles e por seus dependentes. Tanto os valores recebidos pelo Auxílio Emergencial (de R$ 600) quanto pelo Auxílio Emergencial Residual (de R$ 300) são considerados rendimentos tributáveis e devem
ser declarados na ficha de Rendimentos Recebidos de Pessoa Jurídica”, esclarece Cesar. E quem recebeu o auxílio e é titular ou dependente financeiro, em declarações de imposto de renda com rendimentos tributáveis em valor acima de R$ 22.847,76, precisará fazer a devolução do auxílio emergencial através de DARF ou pelo site disponibilizado pela Receita Federal. Acostumado com o hábito do brasileiro de deixar a entrega dos documentos para a última hora, César já espera que os próximos dias sejam de mais correria e ritmo intenso de trabalho. “Com mais tempo, nenhum documento é esquecido, e é possível avaliar melhor a documentação, e até evitar a sobrecarga
no site da Receita Federal dos últimos dias de entrega”, lembra o contabilista. A declaração entregue fora do prazo estabelecido pela Receita Federal está sujeita a multa de R$ 165,74. E para quem teve imposto devido, a multa é de 1% ao mês, limitada a 20% do valor do imposto. Obrigatoriedade Deve declarar quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2020. O valor é o mesmo da declaração do IR do ano passado. Também contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 40 mil no ano pas-
Digital | Receita Federal disponibiliza acesso remoto para o IR
sado; quem obteve, em qualquer mês de 2020, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas; Ainda precisa fazer a declaração quem teve, em 2020, receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50 em atividade rural; quem tinha, até 31 de dezembro de 2020, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive
terra nua, de valor total superior a R$ 300 mil; quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2020; e quem optou pela isenção do imposto incidente em valor obtido na venda de imóveis residenciais cujo produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no país, no prazo de 180 dias, contado da celebração do contrato de venda.
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Tenente-coronel do 8ºBPM
Gustavo Pinheiro Marques
Um desafio do tamanho do maior batalhão da PM no Estado
Controle do tráfico de drogas, violência e novas atribuições da polícia na pandemia são pautas do comandante Da Redação Recém-chegado a Campos dos Goytacazes, o tenente-coronel da Polícia Militar Gustavo Pinheiro Marques recebeu um desafio e tanto: comandar pela primeira vez um batalhão que, por acaso, é o maior do Estado do Rio de Janeiro. Ele era subcomandante do Batalhão de Polícia Rodoviária do Estado (BPRv) e, desde o dia 22 de abril, é o responsável pelo 8º Batalhão de Polícia Militar (8º BPM), que abrange Campos — a maior cidade em extensão territorial do RJ —, São João da Barra, São Francisco de Itabapoana e São Fidélis. Com 29 anos de Polícia Militar, o tenente-coronel reconhece que dar segurança aos moradores e garantir a presença da PM e outros órgãos do Estado em localidades dominadas pelo tráfico
de drogas é um trabalho complexo e, segundo ele, requer coordenação entre as forças de segurança pública. Além do policiamento ostensivo, a pandemia trouxe nova atribuição à corporação: garantir o cumprimento das medidas sanitárias consideradas pelas autoridades de saúde como essenciais para desacelerar o contágio da Covid-19. Segundo Pinheiro Marques, o apoio aos órgãos municipais para evitar aglomerações nas quatro cidades de cobertura do 8º BPM continuará sem qualquer prejuízo ao patrulhamento dessas áreas. Essa entrevista foi concedida na primeira semana de serviço do novo comandante, que se diz otimista. Foto: Silvana Rust
Com 29 anos de Polícia Militar, você chega ao comando de seu primeiro batalhão. Fale um pouco sobre a sua trajetória e sobre como recebe essa missão? Recebo com muita satisfação esse desafio de comandar o 8º BPM, designado pelo Sr. Secretário de Estado de Polícia Militar. Unidade esta de grande importância no Estado do Rio de Janeiro. Como já foi divulgado, estou vindo do Batalhão de Polícia Rodoviária, onde vinha exercendo as funções de subcomandante. Passei ainda pela Academia de Polícia Militar Dom João VI, também na função de subcomandante. Passei pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região, exercendo a função de subdiretor do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência daquele órgão. Dentre outras Unidades da corporação. A mudança para o interior alterou sua rotina? Teve oportunidade de conhecer a cidade de Campos? Sim, alterou bastante, passarei a semana na cidade e nos finais de semana estarei na cidade do Rio de Janeiro, onde moro. Estou conhecendo a cidade e, por ser tão grande, ainda não a conheci toda, mas já conheci o Distrito de Goitacazes e uma parte de Guarus. Pretendo percorrer toda a área em breve. E no 8º BPM? Esteve com a tropa? Começou a se inteirar dos da situação da segurança no Município? Somente com uma parte dela, pois estamos ainda no período de pandemia, com a necessidade do afastamento social, pois não feras do Estado e da sociedade para buscarmos podemos reunir pessoas em grande quanti- uma solução para a questão. dade, mas utilizamos o recurso da internet e já enviei uma mensagem à tropa, através dos Grande parte dos crimes ocorridos nesses canais de comunicação que o nosso setor de locais se relaciona com o tráfico de drogas relações públicas possui. Quanto à situação e com a guerra entre facções criminosas. da segurança, fazemos um acompanhamen- Como dar segurança aos moradores e garanto diário, quase que real das principais ocor- tir a presença da PM e do Estado nessas lorências da área de policiamento do 8º BPM, e calidades? implementamos o nosso policiamento osten- Como falei acima, o trabalho é complexo e, de sivo calcado nas informações colhidas pela fato, a nossa preocupação é com a população nossa Seção de Análise Criminal e da 2ª Se- de bem, onde devemos prestar a segurança púção, para atuarmos blica de qualidade para diretamente na mantoda a comunidade. Ou cha criminal, onde seja, a Polícia Militar se proporcionalmente faz presente, realizando acontece a maior inrotineiramente o patrucidência criminal. Precisamos de um esforço lhamento ostensivo em toda circunscrição do 8º de todas as esferas do Campos figurou, BPM, e as delegacias poentre 2015 e 2018, liciais realizam as invesEstado e da sociedade para no ranking das 50 tigações, que, por sinal, cidades mais violende ressaltar a grande buscarmos uma solução há tas do mundo, elaintegração entre as forborado anualmente ças policiais, onde possupara a violência pela ONG mexicana ímos uma parceria muito Conselho Cidadão grande com os delegados para Segurança Pública e Justiça Penal. Áre- e policiais civis da nossa região, que desenvolvem as como os Parques Santa Rosa e Eldorado um trabalho excelente nas investigações e prisões estão entre as mais perigosas do interior do de pessoas muitas vezes envolvidas no tráfico de Estado do Rio de Janeiro. Vê como um desa- drogas, dentre outras inúmeras modalidades crifio? minosas. Sim, é um desafio constante e difícil, pois a polícia por si só não é capaz de resolver sozi- Campos possui, ainda, outra característica nha todos os problemas lá encontrados, mas, importante, que é sua extensão territorial. a Polícia Militar se faz presente diuturnamente Como avalia as dificuldades de se implantar naquela região, buscando trazer a paz e ordem um policiamento eficiente em um município local. Precisamos de um esforço de todas as es- tão grande?
Verdade! A área é muito extensa, com recursos logísticos e humanos limitados. Por isso que priorizamos as localidades de maior concentração populacional e os locais onde ocorrem os crimes mais violentos, mas, com toda a certeza, todos os quatro municípios cobertos pelo Batalhão recebem de alguma forma o nosso atendimento do policiamento ostensivo.
sendo oferecidos sem o menor problema, que não afetarão diretamente o nosso policiamento ostensivo. Estaremos conciliando todas as atividades necessárias para o bom andamento do serviço.
Por falar nas demais forças de segurança, você já se reuniu com representantes da 134ª e 146ª DP, do Corpo de Bombeiros, da Guarda Você foi subcomandante do Batalhão de Polí- Civil Municipal e Secretaria de Segurança Púcia Rodoviária (BPRV), que abrange todos os blica? Como foi a conversa? 92 municípios do Estado. Como acha que a ex- Ainda não conversei com todos pessoalmente, periência pode contrimas tenho certeza de buir para sua atuação que continuarão sendo à frente do 8º BPM, que nossos parceiros e busé o maior do Rio de Jacaremos essa interloneiro, com o maior efecução constantemente. tivo? São forças que, quando Campos dos Goytacazes A experiência ajuda a unidas, serão invencípossui uma área muito compreender as dificulveis. dades e buscar soluções extensa, com recursos que temos na logística e A banda do 8º BPM nas comunicações que mantém um projeto logísticos e humanos são peculiares no intesocial, voltado para rior do Estado. Por isso, crianças e adolescenlimitados devemos provocar os órtes de áreas de risco. gãos competentes para Você pretende tranos ajudar a melhorar as comunicações e a logís- balhar para aproximar a PM da comunidade tica na nossa unidade. campista em frentes que não sejam só a garantia da segurança? Desde o início da pandemia, a PM vem atuando, Sim, você tem razão, o projeto que utiliza a nostambém, junto às demais forças de segurança, sa banda nas aulas de música e instrumentos é equipes de vigilância e fiscalização do Municí- uma forma de buscar uma proximidade com a pio, para garantir o cumprimento dos proto- comunidade. Principalmente com as crianças colos sanitários. Como conciliar essas novas que, infelizmente, por enquanto, teve de ser demandas com a rotina de policiamento osten- suspenso em decorrência da pandemia. Mas a sivo diário? proposta é retomar as atividades tão logo que Os apoios aos órgãos municipais continuarão seja possível.
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Saúde
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Informe Publicitário
Tratamento recupera olfato e paladar pós-Covid Fotos: Divulgação
Especialista, Joicy Bonfá fala sobre protocolo para pacientes que perderam os sentidos ao contrair Covid-19
Laserterapia | Protocolo também faz parte do tratamento pós-Covid
Imagina estar diante do seu prato favorito e não conseguir sequer sentir o gosto e o cheiro dos alimentos? Ou ainda, não perceber o perfume que está usando? No pós-Covid-19, muitas pessoas ficam dias ou até meses sem estes sinais importantes. Mas, a novidade é que tal perda tem solução e pode ser rápida, se o paciente logo procurar ajuda. Em Campos, uma especialista possui um protocolo de recuperação do olfato e do paladar destinado a pessoas que sofrem com tal sequelas, decorrentes das inflamações do novo coronavírus. Formada em fonoaudiologia pela Universidade Presidente Antônio Carlos (Unipac), em Ipatinga, no Estado de Minas Gerais, em 2007, Joicy Bonfá é especialista em Audiologia Ocupacional e também em Disfagia (dificuldade de deglutir). Segundo ela, muitas pessoas não sabem, mas a fonoaudiologia é responsável por tratar problemas decorrentes da Covid-19 como a perda de olfato e paladar ou ainda a distorção dos
uma situação como essa, se contraiu a Covid-19, perdeu estas funções e já tem mais de 40 dias, a indicação é que o paciente procure ajuda. "Geralmente, em torno de 5 sessões, as pessoas já conseguem ter um resultado fantástico, em um curto período de tempo. Somente aquelas que já tem de 6 a 8 meses sem sentidos e não procuraram tratamento, ou seja, que estão com esse problema há mais tempo, o processo vai demorar um pouco mais. Porém, geralmente, na maioria dos casos, a evolução é percebida imediatamente. Tem paciente que na primeira sessão já volta a sentir cheiros que não estava sentindo antes. Nós utilizamos alimentos como café e mel, por exemplo, para estimular olfato e paladar. O paciente vai pontuando numa escala de 0 a 5 se ele está conseguindo sentir. Em seguida, utilizamos o laser e depois retomamos com os alimentos para que o paciente tente novamente. Já vimos pacientes pontuar na primeira sessão escala de 1 ou 2", conta.
Fonoaudióloga | Joicy Bonfá usa método para recuperar olfato e paladar
mesmos. "70% dos pacientes têm a perda de olfato e paladar durante o período da contaminação e alguns, após esta fase, continuam a não sentir cheiros e nem gostos. E há possibilidade de reabilitação, temos um tratamento que é indolor, sem contraindicação e abrange todas as idades", explica. Joicy ressalta que os fonoaudiólogos estão aptos a trabalhar tratando do olfato e do paladar e desde que a pandemia começou, ela atua com métodos para retorno dos sentidos. "Já existia a utilização dos treinos olfativos e gustativos, que ajudam a vol-
tar o olfato e o paladar, e eu uni os treinos à laserterapia, que potencializa o tratamento, já que ela causa uma regeneração celular e trata a inflamação, porque o vírus afeta os neurônios olfativos, que são responsáveis pelos cheiros, e as papilas gustativas, que são responsáveis pelos gostos. Os treinos vão tentando restabelecer esse contexto e a laserterapia vai potencializar o processo", frisa. Resultados rápidos O paladar e o olfato são sentidos extremamente importantes, logo, quem está passando por
A fonoaudióloga comenta que é possível fazer desde uma sessão por semana ou até duas a cada 7 dias para quem deseja obter resultados mais rápidos. A duração é em média de 30 minutos. "É muito importante que todos saibam porque tem solução e está perto da gente. Os pacientes saem muito surpresos, pois o avanço é nítido. Algumas pessoas perdem 100%, enquanto outras não chegam a isso ou sentem cheiros e gostos distorcidos. Trabalhamos de acordo com a necessidade do paciente", garante. Com a infecção por Covid-19, o fonoaudiólogo inicia a atuação ainda no ambiente hospitalar, com pacientes internados na Unidade Terapia Intensiva (UTI) e nas enfermarias, e ainda participa da reabilitação ambulatorial após a alta hospitalar. Entre as
sequelas mais comuns estão as alterações vocais, na sensibilidade olfativa e gustativa e mudanças na deglutição. A importância do fonoaudiólogo A especialista Joicy Bonfá também faz atendimento home care e atua nas disfagias, sempre avaliando e gerenciando as necessidades do paciente, além de especificar o método de tratamento. Outra responsabilidade do fonoaudiólogo é observar o rendimento do tratamento do paciente, garantindo que os bons resultados sejam alcançados e a qualidade de vida seja uma realidade. "O atendimento de forma personalizada é um diferencial. Além de diminuir os riscos de internações, evita exposições ao ambiente hospitalar. A privacidade do leito familiar e o conforto facilitam o tratamento. O apelo emocional é outro fator fundamental para a recuperação", revela. Na sua área de atuação, as principais demandas no home care são pacientes com diagnóstico de disfagia; os pós AVC, AVE; demências; idosos que necessitem de cuidados e que estejam impossibilitados de sair e também os pacientes de alta complexidade que fazem uso de traqueostomia e gastrostomia (GTT).
Consultas Rua 13 de Maio, 286, Centro - Medical Center - sala 607 Atendimento fonoaudiológico domiciliar - 22 2739-8870 22 98800-6563 | @joicybonfa
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Bruno, Ângela e Diego Motta Fábio e Ana Maria Tavares
Juliana Ribeiro e Tina Letícia e Luciana Nunes
Taysa, Maria Vitória e Terly Ribeiro David e Claudia Márcia Rangel
Lílian Paes, Pedro e Lucca Natália Muniz e Fernando
Walterzinho, Herminia Sepulveda e Francine
Thomaz e Priscyla Bezerra
“Ela tem o poder de carregar toneladas de amor e de ternura, uma infinidade de bravura e uma luz que jamais vai se apagar, pois seu brilho é capaz de iluminar o caminho que vamos percorrer. Se arrisca pra poder nos proteger Não importa por onde a gente for. Nas três letras de mãe tem tanto amor que não há quem consiga descrever. O que ela consegue ensinar não há curso ou escola que consiga. A maior professora e grande amiga com milhões de conselhos pra lhe dar. Uma fonte impossível de secar do mais puro e genuíno saber. Já vi mãe que nem aprendeu a ler mas consegue dar aula a um doutor. Nas três letras de mãe tem tanto amor que não há quem consiga descrever. Tem o dom de somar pra expandir a fartura que alegra o coração. Mas se acaso for pouco o nosso pão entra em cena seu dom de repartir. Uma mestra capaz de dividir uma gota de água pra beber, um grãozinho de arroz para comer. Nessa hora é que o pouco tem sabor. Nas três letras de mãe tem tanto amor que não há quem consiga descrever. Sei que a alma da mãe é uma janela que não tem cadeado nem ferrolho. Basta olhar lá no fundo do seu olho que a gente pula lá pra dentro dela. Nessa hora tanta coisa se revela, fica tudo mais fácil de entender que até antes mesmo de nascer você já tinha um anjo protetor. Nas três letras de mãe tem tanto amor que não há quem consiga descrever. Ah, se Deus desse à mãe eternidade. Ah, se houvesse um farelo de esperança. Mas o hoje já, já vira lembrança e a lembrança já já vira saudade. O relógio em alta velocidade deixa claro que não vai retroceder. Não espere sofrer pra perceber. Não espere perder pra dar valor. Nas três letras de mãe tem tanto amor que não há quem consiga descrever.”
Cíntia Barreto e Edêmea Rocha Elton e Elizabeth Nunes
Felício e Angélica Porto
Hugo e Gerlany Lyrio
Gabriel, Mariana e Viviane Amaral
Millena Soares e Bento
Rodrigo e D. Marlene Viana
Priscilla Alves e Vera Lúcia
Silvana Rust, Carolina e Bernardo Leonardo e Mariane Pessanha
E Roberta Barcelos e Miguel
Victória e Lídia Billerbeck com Fábio Santos
é com este texto lindo do escritor Bráulio Bessa, que hoje está no ar a nossa página especial de Dia das Mães bem diferente de todos os anos. Resolvi, homenagear meus colegas de trabalho, com as mamães lindas que fazem parte da família Sistema de Comunicação Terceira Via. Meu beijo muito carinho em cada uma de vocês e todas as mães lindas de Campos e todo Brasil. Deus as abençoe grandiosamente. Um feliz Dia das Mães, mais que especial para a MINHA MELHOR mãe do mundo, a Dona Claudete. Tudo que sou hoje representa o seu empenho, o seu suor, o seu amor, a sua força, suas orações de nunca desistir de mim. Eu sou um pedaço do que você me transformou, e acredite que me sinto em dívida sempre, por tudo. Amo você sem limites! Fiquem com Deus e até domingo que vem!
Fábio Abud
Patrícia Abud e José Eduardo
Ulli e Cristina de Sá
Marcos, sua mãe Leila Paes e Viny Soares
Carlos Grevi e sua Zilda Correa
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Fotos: Álbum de família
Eliz Rosa e Jeiel |
Para ela, mães precisam de apoio, não somente de elogios
Mães-solo
Adriana Medeiros e Caiã | Criação teve contribuição da família e de amigos
Com pouco ou nenhum apoio dos pais de seus filhos, mulheres reivindicam o direito de serem humanas e pedirem ajuda
Ana Paula Motta e Pedro Otávio | apesar do orgulho, não se vê heroína
não são heroínas
Ulli Marques Toda mãe, seja qual for a configuração familiar em que se encontra, enfrenta desafios. O medo, a culpa, o julgamento e a responsabilidade, que é para sempre. E embora as tarefas e obrigações devessem ser dividas, uma vez que a concepção de um filho não é unilateral, cabe muitas vezes a essas mulheres encarar a missão sozinhas. Por muito tempo, mães que tinham pouco ou nenhum apoio dos pais de seus filhos eram chamadas “mães-solteiras”, como se o estado civil influísse sobre essa condição. Hoje, a denominação mais adequada seria outra: “mães-solo”, porque a solidão ao criar uma criança não está necessariamente relacionada ao fato de essa mulher ser ou não casada. O termo ainda gera dúvidas e não é preferido por muitas mulheres nessa condição. Contudo, elas são unânimes ao afirmar que a maternidade exercida sem divisão igualitária não é tarefa de “heroínas” ou de “guerreiras”: elas são mulheres, humanas, que precisam de ajuda, não apenas de elogios. Estatística brasileira Os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a respeito das famílias brasileiras são de 2015, quando havia 28,9 milhões de núcleos familiares sustentados por mulheres. Em 2020, na primeira etapa da pandemia da Covid, aquelas que exerciam funções informais, microempreendoras, autônomas ou desempregadas tiveram direito a receber o dobro do auxílio emergencial, R$ 1200. Ainda assim, as mães sabem bem que criar um filho vai além de alimentá-lo. Há muitas mulheres que recebem pensão alimentícia dos pais de seus filhos ou, mesmo casadas, sentem-se solitárias quando o assunto é a educação e
Paolla Souza e Ana Lu | Apesar do pai participar da criação da filha, a pesquisadora, professora e atriz se considera uma mãe-solo a formação do caráter dessas crianças. Foi fundamentando-se nessas histórias que grupos que discutem a maternidade propuseram o termo “mãe-solo”. A pesquisadora, professora e atriz Paolla Souza, é mãe da pequena Ana Lu, de quase 5 anos. Ela e o pai de sua filha não foram casados e, embora ele participe da criação da menina, Paolla se considera uma mãe-solo. “Vivemos em uma sociedade fortemente patriarcal. Espera-se de nós mulheres que estejamos casadas com os pais de nossos filhos ou permaneçamos em relacionamentos ruins em nome dessa família, isso é patriarcado! Logo, se não estou casada com o pai da minha filha, sou lida pela sociedade como mãe solteira. Não como mãe e ponto. O estado civil vem colado. A nossa sociedade é muito machista e moralista. Por isso, mesmo com toda rede de apoio que tenho da minha família e do pai da Ana Lu, eu me identifico como mãe solo, pois as maiores responsabilidades são minhas.
Para eu deixar de falar que não sou mãe-solo a divisão da criação deveria ser igual. E não é. Da mesma forma que pai e mãe foram responsáveis por gerar uma vida, são responsáveis por dividir de forma igualitária a criação. Por isso eu afirmo que há muitas mulheres casadas que são mães-solo”, explica. A atriz Adriana Medeiros, no entanto, apesar de ter vivido uma história semelhante à de Paolla, não se identifica com a denominação. Ela foi mãe aos 23 anos, chegou a morar com o pai de seu filho por um curto período, mas logo se viu a única responsável pela educação do Caiã, que hoje tem 30 anos. Contudo, mesmo sem a presença do pai, Adriana não se sente confortável para dizer que o criou sozinha. “Tive minha mãe, minhas irmãs, meus amigos que sempre estiveram próximos na criação do meu filho. Foi difícil, é claro, mas não posso dizer que fui inteiramente responsável. Outras pessoas partilharam desse processo. Uma pena
que uma delas não foi o pai do Caiã. Ele não viveu essa experiência maravilhosa que é criar um filho. Hoje eu e ele temos uma boa relação, mas a verdade é que com o filho criado fica fácil, afinal já não há mais as preocupações e cuidados que uma criança exige. Afora isso, sinto-me até privilegiada porque tive total liberdade para moldar o meu filho com as minhas ideias. Caso o pai estivesse próximo, certamente haveria conflitos”, conta. Para a professora e jornalista Ana Paula Motta, a maior dificuldade é a condição psicológica. Ela descobriu a gravidez quando havia acabado de se separar do marido e se viu sozinha diante desse desafio, mas também acha que, assim como a demarcação do estado civil é problemática, a expressão “solo” não se encaixa nessa situação. “Penso que esse termo pode soar como uma romantização. Eu não planejei isso, não foi uma opção, não gostaria que fosse assim, mas aconteceu. Além disso, sem-
pre fui muito incisiva, exigia que o pai participasse da criação do Pedro, ainda que os encargos mais complexos fossem meus”, lembra. Guerreiras não Mesmo que não concordem em relação ao termo, todas as mães ouvidas nesta reportagem desaprovam a ideia de que o fato de criar seus filhos sozinhas lhes confere o título de heroínas. A pedagoga e arte-educadora Elizangela Rosa, mãe do Jeiel, de 13 anos, salienta a necessidade de desconstruir as representações criadas em torno da figura materna. “Nos colocam no limiar entre o sagrado e o profano. Ao mesmo tempo em que a mãe é imaculada, aquela que não erra, a sociedade também nos demoniza, principalmente se estivermos desacompanhadas de um marido. Senti muito isso sendo mãe-solo. O fato de eu não estar em um relacionamento foi, muitas vezes, mais importante do que os desafios que eu tinha de lidar na criação do meu filho. Perguntas como ‘Você não vai voltar para ele?’ eram recorrentes. Veja que é comum ouvirmos que as mulheres foram ‘rejeitadas’ ou ‘abandonadas’, quando o que essas mães precisam é de uma rede de apoio e não de julgamentos ou até mesmo palmas”, ressalta. Adriana concorda: “O desafio de assumir uma criança com pai ausente não é um espetáculo, mas, caso fosse, há muitas gente na coxia dizendo que não vai dar certo (risos). Há a culpa, as preocupações, a falta de dinheiro, os palpites... Ter um filho sozinha transforma tudo. Mas assim como não existe essa ideia de ‘sexo frágil’, também não há ‘mulheres guerreiras’. Somos humanas, exaustas, com dores e frustrações”, destaca. A pesquisadora Paolla se lembra de um episódio que a marcou: “Quando fui entrevistada para o doutorado, um professor me perguntou como eu daria conta de conciliar a maternidade e a pesquisa acadêmica. Eu respondi: ‘você vai fazer a mesma pergunta para o pai da minha filha que também está concorrendo pela vaga ou só vai perguntar para mim porque acha que a responsabilidade de cuidar de um bebê é só da mãe? O professor não esperava essa resposta. No fim, fui aprovada e tive muito apoio dos meus orientadores e da minha família, e a sementinha na minha barriga me deu forças. Passei e ainda passo por situações difíceis”, conclui.
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@priscylabezerra Foto: Igor Gomes
MEU LOOK
METADE DO MUNDO É MÃE...
LOOK DE UMA MÃE BLOGUEIRA
A OUTRA METADE SÃO FILHOS DELAS
M
ulheres que acordam, fazem o café, preparam os filhos para o dia longo que está chegando, saem para trabalhar, ajudam a solucionar e a executar dezenas de tarefas diárias, fecham com o companheiro e, ainda cansadas, porém realizadas, voltam para suas casas com sorriso mais largo no rosto porque todos os seus motivos e propósitos do próximo dia de sucesso estarão lá. Se você se encontrou em alguns desses movimentos, essa minha homenagem é pra VOCÊ MÃE guerreira que empreende maravilhosamente bem a arte de AMAR E ENCANTAR O MUNDO!
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BELEZA
FALHAS NO CABELO: O QUE É ALOPECIA AREATA? CAUSAS E TRATAMENTO PARA A DOENÇA QUE MOTIVA A QUEDA DE CABELO
Que a queda de cabelo pode estar relacionada a uma série de problemas não é novidade para ninguém. No entanto, o que poucos sabem é que o quadro também pode ser alopecia areata. A doença, que é caracterizada pelo surgimento de falhas no cabelo, costuma resultar em áreas arredondadas ou ovais no couro cabeludo, sobrancelhas, cílios, barba, podendo acometer qualquer área piloosa. Mas o que será que a causa? Ninguém sabe exatamente o mecanismo, mas sabe-se que envolve uma produção de anticorpos contra os folículos pilossebáceos. Com isso, surgem áreas arredondadas com ausência de fios no couro cabeludo ou a queda completa dos cabelos. Acredita-se que a doença esteja ligada à alguns fatores, como: Predisposição genética, Doenças autoimune, Estresse, Ansiedade. Paula Marsicano Por isso, antes de buscar formas para lidar com a alopecia areata, é importante identificar o fator responsável pelas falhas Dermatologia Integrada e a queda de cabelo. Dessa forma, é possível garantir o melhor tratamento para o seu caso, aliviar os sintomas e favorecer Rua Voluntários da Pátria 500 sala 108 o crescimento dos fios. O tratamento pode variar de acordo com as características da alopecia e a faixa etária do paciente. Mas, de maneira geral, ele costuma ser feito com corticóide tópico e/ou intralesional nas áreas de alopecia, podendo ser Ed. Platinum Tel: 22 3026-1819 necessário ou não o uso de medicação oral complementar. Mas lembre-se: Qualquer tipo de tratamento deve ser feito sob @paulamarsicano orientação médica.
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Look: Sly Wear Foto: Gabriel Farhat
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blazer o casual chic
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s looks com blazer vão dominar o casual chique em 2021/22. O que começou com releituras mais fashionistas do tradicional blazer alguns anos atrás, não só se transformou numa super tendência, mas também uma peça coringa e atemporal. Eu sou uma apaixonada declarada! Uso e abuso, misturo estilos, uso de forma mais tradicional e me divirto na hora de montar minhas produções. Vale usar terninho para um visual mais clássico ou misturar com peças mais causais para um visual mais cool.
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MÃES
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“Não tente competir comigo. Eu quero que você ganhe também.”
Noélia Cristina Alves com suas riquezas Mirene Manhães com os filhos Amanda e Esterzinha, Lara e Stella Gabriel
Heloisinha Beshara e seu amado Gabriel
Sandra Rangel com suas pérolas Luiza, Sophia, Victória e Sofia
A querida Inês Santos com Paola e Eifa
Isabel Petrucci Barcelos Pereira belíssima com Marina a caminho
FELIZ DIA DAS MÃES
Mayra Vilas Novas com sua princesa Eva
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iva para todas as mães de nossas vidas! Viva as mães, avós, madrinhas, madrastas, sogras, mães adotivas, tias, esposas, parceiras, irmãs e amigas. O Dia das Mães é para todas as mulheres que amam com coração de mãe. Dar a luz não é obrigatório. Não hesite em enviar um cartão e escrever uma mensagem calorosa para qualquer mulher que tenha sido uma influência forte e afetuosa em sua vida.
NIVER Os parabéns de hoje vão para Shirley Vasconcelos Passos e Fabiano Silva. Amanhã para Mirella Bragança, Juliana Freitas, Janine Matos, Cleide Chagas, Ronaldo Vasconcelos, Renata Tavares, Carlos Frederico Silva e Claudio Kezen. Terça-feira para Olga Maria Bruno Hauaji Hauaji, Simone Sepulveda, Nubia Monteiro, Fernando de Aquino Laterça e Pery Ribeiro. Quarta-feira para Mônica Chacar, Antônio Filho, Silvia Parga, Cecília Arantes de Andrade, Tânia Barcelos Borges, Jonas Braga e Raquel Oliveira. Quinta-feira para Margareth Faes, Assis Inojosa, Amanda Coutinho, Marina Siqueira e Maria Fernanda Torga. Sexta-feira para Allana Albuquerque, Neto Soares, Paula Azeredo, Edi Silva, Rodrigo Pereira, Lílian Mothé, Ariana Moreira, Ana Marina Lacerda e Adriana Sales Cordeiro. Sábado para Marina Torres Lima, Aloysio Gonçalves, Guiomar Oliveira, Adriana Crespo, Arícia Marques e Walney Bronei. Da coluna os votos de muita saúde e felicidades para todos.
Arícia Marques e a filha Alice
Nathália Chalita e seus amores Bernardo e Lucas
Nabia Assed Estefan Rangel com suas bonecas Salma e Vivianni
A aniversariante de sexta-feira Paula Azeredo com sua Isabella Renata Artiles e seu amor Luca
Lindos: Carla Boroto e Caio
Eliana Martins com os filhos Pedro e Luís Felipe
Silvia Bussade Braz com Maria Vitória, Maria Antônia e Maria Isabela
@grupooutside
RAPIDINHAS l A bela Cláudia Barroso se dedicando a confeccionar lindas peças de artesanato neste período. l Graziela Aquino Cruz passando uma temporada pelo Rio em seu belo apê. l Maria Luiza Schulz curtiu o último fim de semana pelos ares de Lagoa de cima. l Thais Izar Jacyntho adquiriu um belo e grande terreno num novo condomínio em Chapéu de sol. l Thetê e Eraldinho Barcelar dando uma repaginada na casa atafonense. l Ariuza Kury Izar reúne os filhos hoje na sua bonita casa de Atafona para almoço de Dia das mães. l Tânia Terra e José Carlos Alves hospedaram no último fim de semana em Atafona os filhos e netos. Pura alegria! l Maria Vitória, filha de Sílvia Braz, seguindo os passos da mãe, porém dedicada a um público teen.
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Reviver...Reviver... Carmem Lúcia Pessanha cumpriu o script de toda menina classe média alta, nascida e criada em Campos dos Goytacazes, nos anos 50/60 do século passado. Estudou no Calomeni , depois no Auxiliadora, passou inesquecíveis verões em Atafona, cuja casa da família levava o seu nome, 'Vivenda Carmem Lúcia', frequentou as festinhas da época, namorou, dançou o twister e o cha cha cha. E foi Miss Campos. Sim, a filha de dona Neném e do comerciante João Pessanha, a caçula de nove irmãos, ganhou as passarelas, recebeu faixa, coroa e aplausos como a garota mais bonita da planície, em 1964, quando o Brasil sofria o golpe militar. Mas a nossa Persona nem imaginava que, ao deixar o casarão da família, na Beira-Rio para morar em Niterói, estaria dando início a uma participação importante na história da Educação brasileira. "Minha vida não foi planejada. As coisa foram acontecendo", comenta.
A origem do seu amor pela política: seu pai com Carlos Lacerda
Nos jardins em Paris
candinhovasconcellos@gmail.com
Em Florença
Sua vista de todos os dias. Niterói a cidade que escolheu para morar
Carmen Lúcia Pessanha na condição de Miss Campos em 1964 Tudo começou na Faculdade de Filosofia de Campos onde se formou em Pedagogia. Depois veio o mestrado em Educação na UFF, o amor pelo Magistério, incontáveis cursos. O gosto pela política ela herdou do pai, lacerdista de carteirinha, e lembra como se fosse hoje a visita que o ex-governador Carlos Lacerda fez ao seu João, em sua passagem por Campos. Mas, uma viagem pela sofrida América Latina (Peru, Bolívia, Chile e Argentina) Seu orgulho. Livro seria decisiva para que ela se tornas- selecionado pelo FNDE se uma militante pelas causas sociais para formação de professores. Ganhou e educacionais, posição que mantém edição especial para até hoje. Carmem Lúcia participou distribuição às escolas ativamente da criação do SEPE, de- brasileiras. pois assessorou Moacyr Góes, secretário de Educação do RJ e o deputado Godofredo Pinto. A nossa Persona é dona de um currículo vasto e rico: além de ser mestra, professora universitária atuou em escolas do Ensino Médio, implantou cursos, dirige desde 1998, o grupo de consultoria em Educação, "Leitores e Leitura" que atendeu a mais de oito mil professores em todo o Brasil. Coordenou o programa "Quem lê jornal sabe mais" do jornal O Globo, de 1989 até ser encerrado em 2009. Participou de conferências internacionais, escreveu artigos, ensaios, livros sobre Educação. Criou o blog dijaojinha com a amiga Rosinha Baldan com crônicas deliciosas sobre Campos. Carmem Lúcia morou em várias cidades, casou, descasou, é mãe da estilista Mariana Marina e do estudante de cinema, Martim Lozza. Hoje mora na região oceânica de Niterói, em meio a livros, confeccionando colares (virou artesã na pandemia), escrevendo crônicas deliciosas, fruto do seu senso aguçado de observação. "A praia de Atafona, diz com os olhos brilhando, é o meu lugar no mundo". Tem muita história para contar, algumas que a fazem gargalhar, outras dramáticas, como a morte do irmão, Osmane, ela na adolescência, ele com apenas 19 anos. Acredita que a partir daí tornou-se agnóstica, "mas apaixonada por Cristo e seus ensinamentos, porém avessa a ritos e rituais". Brinca em tom sério que a noção do tempo deveria fazer parte do currículo escolar, ser matéria obrigatória, e pergunta: " quem aí foi preparado para sentir que 50 anos são vencidos em menos de 50 segundos???" E resume a sua ópera assim: - O que vale é a vida. Nela estou. Dela venho. Com ela sigo.
Com o filho cineasta Martin Lozza
Com a filha estilista Mariana Marina
Congelando com a filha Mariana Marina em Perito Moreno, na Patagônia Argentina.
Tema: Educação
A educadora Carmen Lúcia Pessanha
Seu ídolo. O Papa Francisco é o seu candidato à presidência do planeta
Sua devoção à natureza
Com amigas em Matchu Pitchu
Com amigas nos encontros do Grupo/Blog Dijaojinha. Rosinha Baldan era assídua nas reuniões.
Com o sobrinho do coração Sérgio Augusto, filho de Neuza Chrysóstomo Sampaio
Saudade dos tempos que podia estar com a casa cheia de amigos
Na Vivenda Carmen Lúcia. Na foto aguardava ansiosa para mais uma matinê no Clube Democrata
Na luta por uma educação para todos
Seu refúgio: Vivenda Carmen Lúcia
Professorinha/ professora, prazer genuíno que só fez crescer com o tempo e estudos
Com a irmã primogênita Nilza
Em Veneza
Encontro: Dijaojinha
Com seu amigo Noah
Atafona: “o lugar da minha vida que me pega no colo sem nenhum questionamento”
Com a irmã educadora Ilza que influenciou sua carreira
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GENTE BACANA QUE É BOM VER POR AÍ GENTE NOSSA
A notícia da morte de Paulo Gustavo, vítima de complicações da Covid19, deixou um país inteiro triste e enlutado. Nesta lista está incluído, principalmente, o nome da campista Isabela Bussade, endocrinologista de muitos famosos da TV, moda, sociedade... e amiga pessoal e médica do ator. Isabela transcreveu um pouco de seu pesar em sua rede social com palavras lindas e carinhosas. Descanse em paz, nosso talentoso mestre do humor!
ta radicada no Rio onde é Ginecologista das mais consagradas, médica da saúde e de partos de muitas mulheres de fama e poder, pós graduada em gestação de alto risco. Não é pouca coisa não!
MUDANÇA DE HÁBITO
A estilista de moda Laura Lima, campista com muita honra, que comanda uma das grifes de bolsas mais bacanas e chics do universo e que leva seu nome, hoje vive na cidade de Londrina, no Paraná. Se resguardando da pandemia e pelo trabalho do marido Bruno Gomes no Sul do país, pegou os dois filhos Lorenzo e Helena, de 1 aninho, deixou São Paulo e se mandou para aquele estado. Montou seu atelier e de lá comanda toda a produção e administração de sua marca que é famosa pelo Brasil e mundo afora. O que poucos sabem, a coluna vai contar. O famoso Cirurgião Plástico Dr Jesús Abreu Monttero, que é notícia e referência em todo o mundo em cirurgia plástica e lipoaspiração, fundador e diretor da Cecilip, a mais poderosa e sofisticada clínica do Caribe, tem fortes ligações com Campos. Jesus, da República Dominicana, é grande amigo de extrema consideração familiar de Emilce e Carlinhos Aguiar, e dos filhos Lulu e Totonho. Convívio de mais de 25 anos, quando ele veio estudar no Brasil e foi acolhido pela família de Campos no apartamento do Rio de Janeiro. Também foi casado com a campista Veronica Magliano, criando dois filhos adotivos, Richard e Ketlen, que até hoje também vivem naquele país. A clínica em Santo Domingo é majestosa e de muitos andares, com sofisticada e moderna arquitetura, puro poder unindo luxo e tratamentos de primeiro mundo.
A grande dama da sociedade campista, D. Elza Bastos de Vasconcellos, que marcou seu tempo de vida com glamour, sofisticação, luxo e tradição, nos deixou na semana passada. Ao lado do Dr. Elias Vasconcellos, ela construiu o seu clã. Teve quatro filhos: Maurício, falecido no ano passado, Beatriz (Bia), Mariângela e Maria da Graça; netos Alessandra, Isabela, Kiki, Aline, Mauricinho, Bárbara, Marcelo, Vanessa e Rodrigo e bisnetos Pedro, João, Júlia, Arthur e Larissa... todos com DNA elegante, que é marca da família. Para se ter uma ideia, D.Elza e Dr. Elias construíram em Campos a primeira casa a possuir uma piscina, algo incomum numa época voltada para a frequência em clubes, e acabou por transformar a casa num clube privado para a família e presença de privilegiados amigos. A mansão escondida atrás dos altos muros de pedra e que até hoje chama a atenção dos que passam pela rua Voluntários da Pátria.
TÃO BONITA quanto elegante Viviane Monteiro, campis-
AMIGOS PARA SEMPRE
LUTO
PODER
A campista Silvia Braz, famosa em todo o mundo pela sua influência no mercado de moda e lifestyle, está prestes a conquistar seu 1 milhão de seguidores na sua conta digital do aplicativo Instagram.
POR CÁ
MÃES
Feliz Dia das Mães, super mulheres! Vieram ao mundo com a dádiva divina de gerar novas vidas, como as grandes parceiras de Deus e de todo o universo. Deus as abençoe e guarde para todo e sempre, aqui ou em qualquer lugar do plano espiritual em que estejam.
Marcia Lima Martins deixa um pouco o isolamento social na capital e vem matar saudades da neta Luisa, de 6 anos, filha de Juliana Lima Venâncio, que aniversaria dia 14.
Como pianista, formada pelo Conservatório de Música da cidade, tocou no extinto Teatro Trianon para o presidente Getúlio Vargas, em sua visita a Campos, que marcou sua história. Viajou o mundo inteiro e tinha como principal roteiro na França, a cidade de Lisieux, há 195 quilômetros de Paris, onde nasceu e viveu Santa Teresinha do Menino Jesus, de quem era devota fervorosa.
ATENÇÃO
Atende pelo nome de Carbofobia o medo irracional de consumir carboidratos. Em entrevista ao jornal O Globo, a endocrinologista Isabela Bussade fala sobre o problema que causa ao ser humano, contribuído para o aumento dos transtornos alimentares, peso e estresse psicossocial. A campista Dra Isabela Bussade é Mestre em Endocrinologia / UFRJ, Doutora em Ciências Médicas /UERJ, Professora da Pós-Graduação Endocrinologia e Clinica Medica /PUC-RJ, Título Especialista Endocrinologia /SBEM, Endocrine Society Member – USA, Diretora Médica da All Clinik, no Rio, junto das campistas Karla Assed e Viviane Monteiro.
VIVA OS ANIVERSARIANTES
Alguns aniversariantes taurinos da semana: Alê Palma, o argentino buziano mais bacana do balneário; Ramiro Silos, campista que vive em NY; Ana Fonseca, Maria Elcira Mota, Gleyde Costa, Fabiano Silva, Sandre Antunes, Ronaldo Vasconcelos, Lavínia Cordeiro Alencar, Mariana Silva, Rodrigo Cordeiro, Janete Barreto, Sylmar Ferreira Tavares Junior, Janine Matos, Nubia Monteiro, Fernando De Aquino Laterça, Pery Ribeiro, Ana Luisa Berenger, Antônio Filho, Marina Siqueira, Giselle Cruz Barcelos, Amanda Coutinho, Assis Inojosa...
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