Teresa Ferreira portfolio

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TT TERESA FERREIRA

p o r t f 贸 l i o

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TT


Í N D I CE 2 Curriculum Vitae 4 Projecto I 8 Projecto II 14 Projecto III 20 Projecto IV 28 História da Arquitectura Portuguesa 30 Projecto V 38 Estágio Curricular 42 Renovação de quarto de banho 44 Loja Anselmo 1910 52 Concurso Menos de Trinta, Cozinhas


CU R R ICULUM VI TAE informação pessoa nome morada

Teresa de Jesus da Silva Costa Ferreira Rua 25 de Abril, nº382 4415-079 Perosinho

data de nascimento

06 de Maio de 1985

contactos

00 351 91 869 17 38 tessferreira@gmail.com

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formação académica

colaboração em escritório:

Mestrado integrado em Arquitectura pela Faculdade de

Janeiro 2011 - Outubro 2011

Arquitectura da Universidade do Porto em 2010 (16 valores).

Jigsaw - arquitectura e design (projectos: Edifício de habita-

tese de mestrado:

ção colectiva na Avenida da Boavista, Moradias no Pinehiro

Junho 2009 - Junho 2010

Manso)

“Schinkel e a Arquitectura Contemporânea Um contributo para o estudo da (importância da) obra de

Setembro 2008 - Abril 2009

Schinkel (hoje)” (18 valores).

Arquitecto Luís Pedro Silva (projectos: Moradia Pedro Nunes

erasmus:

e Terminal de Cruzeiros de Leixões - fase de licenciamento)

Setembro de 2007 - Julho de 2008, 5º ano curricular na TU Delft, Holanda.

aptidões e competências pessoais Português como primeira língua, fluente em Inglês e conhe-

Julho de 2007, Curso de Inglês, grau A2 (classificação de 18

cimentos básicos de Francês.

valores), Lancaster College.

aptidões e competências sociais Capacidade de trabalhar em equipa; Capacidade de adap-

experiência profissional

tação adquirida no meu período de estudos no estrangeiro.

obra construída:

aptidões e competências técnicas:

Julho 2009 - Fevereiro 2010 - Loja Anselmo 1910

Experiência na construção de maquetas, desenhos técnicos,

(Colaboração com Diana Vieira da Silva)

levantamentos e modelação 3D.

Setembro 2009 - Renovação de um quarto de banho

aptidões e competências informáticas Autocad, Archicad, Revit, Artlantis, Maya, SketchUp, Pho-

Fevereiro 2011 - 1º Prémio cozinha indiferenciada no con-

toshop, InDesign, Premiere Pro, Microsoft Office; mac ou

curso “Menos de Trinta - Cozinhas”, em co-autoria com Daniel

Windows.

Baptista.

carta de condução


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PROJ E C TO I Habitação para cinco estudantes regente: José Manuel Soares professor: Luís Pedro Silva regente: José Manuel Soares.

O terreno contíguo à Faculdade de Arquitectura goza de uma posição privilegiada sobre o Rio Douro oferecendo uma visão panorâmica das margens das cidades de Gaia e Porto que se estende até à Foz. Com aproximadamente 8.000 metros quadrados de área e quase totalmente encoberto por árvores de grande porte, o sítio torna-se idílico para uma habitação de estudantes no centro da cidade e com escassos constrangimentos urbanos. Sendo limitado em todo o perímetro por vias de circulação, apenas a frente norte do terreno se expõe à devassa da via de acesso à auto-estrada e a uma maior intensidade de tráfego automóvel. Ao mesmo tempo que se afasta desse limite, a proposta tenta tirar ao máximo proveito das pré-existências ou seja, da topografia, da vegetação e da vista. O projecto assume a orientação sugerida pela elevação do terreno a Sul onde se encontram aflorações rochosas adoptando um eixo longitudinal de desenvolvimento voltado a Sudoeste. A desmaterialização deste eixo permite distribuir todo o programa numa axialidade imposta pelo percurso de acesso que separa a norte a sequência de quartos e a Sul os espaços comuns (sala, cozinha e biblioteca). O acesso à habitação acontece a partir de um elevador no limite Sul do terreno vencendo os cinco metros entre cota da rua e a cota da entrada. Uma outra hipótese de aceder ao edifício foi pensada a partir da Faculdade atravessando o terreno de encontro a uma escada. Na confluência dos dois acessos nasce uma pála perpendicular à geometria da habitação que conduz finalmente ao seu interior. Os módulos dos quartos foram pensados como pequenas células individuais compostas por zona de dormir, zona de trabalho, quarto de banho e terraço. A diferença de cota entre o corredor de distribuição e a cota inferior dos quartos reforça essa privatização que se pretende. No fim do corredor encontra-se a lavandaria comum e respectivo terraço que funciona como remate da composição. Do lado oposto da entrada desenvolvem-se a duas cotas os espaços colectivos. Na cota superior a cozinha fica situada entre o hall de entrada e um jardim exterior que a separa da sala-convívio. Esta sala é o único espaço completamente aberto para a paisagem que se prolonga numa varanda coberta interrompida pelas aflorações rochosas. Por fim, à cota inferior sugere-se uma ligação exterior à zona Poente do terreno assim como ao espaço da biblioteca e sala de estudo.

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Pl a nt a d e I mp l a nta รง รฃ o Pl a nt a d e pi s o 1


Fo to s de m aqueta 6


Fotos d e m a q u e ta


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PROJ E C TO II R e s i d ê n c i a U n i ve r s i t á r i a Pro p o s t a d e I n t e r ve n ç ã o A rq u i t e c t ó n i c a e U r b a n í s t i c a n a Pr a ç a d e L i s b o a regente: Francisco Barata professora: Madalena Pinto A Praça de Lisboa é considerada um espaço problemático num sítio potencialmente emblemático da cidade do Porto: no Jardim da Cordoaria, na envolvente da Cadeia da Relação, no Largo do Olival, no edifício da Faculdade de Ciências e no adro da Torre dos Clérigos. Também se situa numa sequência de espaços públicos que seguem um eixo Nascente-Poente desde a Batalha até à Igreja dos Clérigos e que se prolongam até ao Jardim João de Chagas (Jardim da Cordoaria) à Praça dos Leões e à Praça Carlos Alberto. Desde cedo se verifica que o desenho de espaço público para a Praça de Lisboa só poderá assentar numa lógica de intervenção em que cada parte pertence a um todo mais vasto, aberto e acessível a todos. A minha proposta valoriza o prolongamento do Jardim da Cordoaria para a Praça de Lisboa que por sua vez, conduzirá ao grande espaço de estar, a uma cota inferior. Esta nova praça vive da fachada lateral do conjunto dos Clérigos a Sul e do café e da Galeria de Arte a Norte. A ideia que esteve na génese desta praça foi a sua permeabilidade e abertura para os Clérigos. Mais tarde, para além de ser permeável em relação ao jardim também a abertura para a Rua das Carmelitas foi problematizzada e daí surgir o café e a galeria como uma sequência de plataformas que deixam em aberto o contacto visual com a fachada dessa mesma rua. Ao mesmo tempo, a galeria e os percursos criados revelam o acesso da cota mais baixa à Praça no topo nascente do “triângulo”. Aqui, a abertura e depois a orientação pela Rua das Carmelitas é privilegiada em relação à Rua Filipe Nery (onde se encontra a entrada para o parque de estacionamento). O edifício da residência de estudantes assenta num eixo que atravessa o triângulo obliquamente evidenciando uma chegada pela Praça dos Leões orientada à Torre dos Clérigos. Esta “entrada” determina à partida dois percursos diferentes; descendo tangencialmente ao edifício atingindo rapidamente a cota da Praça ou seguindo à mesma cota em direcção ao conjunto galeria de arte/café. Por fim, os dois grandes eixos que articulam a proposta conferem-lhe excepcionalidade e referência, num lugar onde esse aspecto é tão importante. O tratamento do espaço público cria uma permeabilidade que ajuda a unificar os vários elementos preexistentes e formalmente define espaços de estar diversificados.

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Pl a nt a d e I mpl a nta รง รฃ o


A’

A

Plant a R és- do - chão Plant a Pi so s 1 e 2 10


Alçad o R ua Fe r re i ra d a Si l va Co r te AA’ Al ç a d o R ua Fi l i pe N e r y


Fo to s de m aq u eta 12



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PROJ E C TO III Edifício habitacional n a Ave n i d a d a B o a v i s t a regente: Luís Soares Carneiro professor: Álvaro Andrade

O exercício de projecto III visava a intervenção na cidade consolidada com a criação de uma parcela de ocupação essencialmente habitacional, com áreas de comércio e escritórios assim como o tratamento de espaços públicos e privados. O terreno situa-se à face da Avenida da Boavista numa zona de transição entre lotes estreitos e comprimidos à face da via e o complexo residencial dos anos sessenta projectado pelo Arquitecto Agostinho Ricca, conhecido como “Foco” onde se destacam as cinco “barras” perpendiculares à Avenida. Para além de resolver a transição entre a construção contínua e os edifícios soltos modernos, o projecto teria que resolver o acesso ao interior do quarteirão assim como as traseiras dos edifícios posteriores situados a Norte. Depois de uma primeira fase de trabalho que incidiu sobre o plano de urbanização definindo áreas de implantação, cérceas, arruamentos, estacionamento e espaços verdes, o projecto incidiu no desenvolvimento e pormenorização de um complexo residencial. O edifício escolhido implanta-se perpendicularmente à Boavista e funciona como rótula entre a sequência dos edifícios a Nascente e uma barra no extremo Sudoeste do terreno. Entre os dois edifícios encontra-se um jardim que além de tornar o quarteirão mais permeável permite que a fachada Sul do edifício em “L” tenha uma frente recuada para a Avenida. Sendo o rés-do-chão disponibilizado para as entradas e para algumas lojas, foram previstos dois núcleos de acessos e seis fogos por piso, dois de tipologia T1, dois T2 e dois T3. Num total de seis pisos, o edifício acomoda 36 casas. No sentido de rentabilizar os custos associados aos espaços comuns e optimizar a área da própria habitação optou-se por uma tipologia de acesso triplo em vez da banalizada tipologia de esquerdo-direito. O módulo desenvolvido em detalhe agrupa um T2 com 120 m2, um T1 com 90 m2 e um T3 com 145 m2. Algumas condicionantes socioeconómicas foram ponderadas como por exemplo, a integração de varandas com 2 metros de largura em posição de “caixa de fósforos” (metade coberta e metade descoberta) que geralmente são um atractivo para a venda imobiliária. Ao nível estrutural foi pensado um sistema de pilares, paredes e vigas maciças em betão armado assim como elementos pré-fabricados que resolvem os balanços das varandas. O edifício é isolado termicamente com uma espessura de 6 centímetros e revestido a painéis do tipo “viroc”. As caixilharias são oscilo-batentes em madeira do tipo “Maciça” com vidro duplo (4+12+5 mm).

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I magem vir tual Planta de I mplantação


Planta rés - do - chã o

Planta pis o tipo Alçado Poente

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I m agem v ir tu al Co r te AA’


D et alhe co nst r u tivo 18



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PROJ E C TO IV Pi s c i n a e G i n á s i o n a C a rc e re i r a , Po r to (proj e c to p u b l icad o n a “An u á r i a 07” ) regente: Pedro Ramalho professor: João Pedro Serôdio O edifício de piscina e ginásio na Carcereira resulta de uma opção estratégica que consiste em dividir o terreno em duas partes opostas articulando o acesso ao equipamento por dois parques de estacionamento e libertando dois grandes espaços verdes públicos. O edifício estabelece uma relação muito próxima com os jardins exteriores indicando um percurso pedestre, do lado sul, tangencial ao edifício e que conduz à entrada. A sua forma exterior, muito movimentada, surge de uma intenção em diminuir a presença das empenas no terreno, de resolver um estacionamento em duas parcelas e ainda em adaptar o programa a um desenvolvimento a duas cotas onde os diferentes tipos de espaços interiores apropriam uma forma especifica. Os grandes envidraçados laterais correspondem ao espaço do cais que ocupa uma posição central e vive da relação com os jardins. A sua cobertura é inclinada, com um desnível de cerca de 2 metros, o que permite que a sala de musculação do ginásio tenha visibilidade sobre o espaço dos tanques. A nível construtivo, optou-se por uma parede de dupla cofragem de betão o que permite que as duas faces das paredes sejam de betão branco aparente e um melhor controle de pontes térmicas, uma vez que o isolamento se encontra entre as duas “paredes”. A estrutura desenvolve-se segundo um esquema em espinha composto por paredes portantes e vigas e lajes pré-esforçadas, pela existência de paredes não ortogonais entre si e pela necessidade em vencer grandes vãos, principalmente na zona do cais. A colocação da entrada sob o ginásio fica voltada para a parte interior do terreno o que permite por um lado, voltar o café para a Avenida Sidónio Pais como também é decisiva para o esquema de circulação do edifício adossado à parede sul. O espaço de circulação público tem uma leitura de continuidade entre programa de piscina e de ginásio, apesar de se encontrarem a cotas diferentes Outro dos aspectos que me parece fundamental apontar, tem a ver com a concentração de dois programas num único volume que tenta, pela forma e pela implantação, tirar proveito de uma imagem simples; pela variação em planta e em altura conquista o seu devido lugar.

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I m agem - co nceito + fotos de maqu eta s Planta de impla nta çã o


Planta pis o 1

Planta rés - do - chã o

Cor te DD ’

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Alça do Nordes te


I m agem vi r t ual - vĂŁ o de aces s o

I m agem vir t ual - ginĂĄ s io s obre o cais


Cor te AA’

Cor te BB ’ 24


Foto d e m a que t a d o ca i s I ma ge m v i r t ua l - e ntra d a


D et alh e cons tru tivo 26


I m agem vir t ual - c i r ulação ent re o s b alneá r ios e o ginás io


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HISTÓ RI A DA ARQU ITEC T UR A PORT UGUESA I g r e j a M a t r i z d e A l m e n d ra Vi l a N o v a d e Fo z Cô a (le va ntam e nto re al i z a do em gru po ; tra b alho p ub lic ad o na “Anuár ia 07”) regente: Alexandre Alves Costa professores: Marta Oliveira e José Miguel Rodrigues O trabalho visa o estudo da Igreja Matriz de Almendra situada no concelho de Vila Nova de Foz Côa, e do seu contexto, necessário para uma melhor compreensão desta. Numa primeira fase procedeu-se ao seu levantamento por meio de peças desenhadas e fotografias, com a posterior representação gráfi ca. Com o desenvolvimento desta primeira abordagem, detectamos algumas especificidades construtivas da Igreja, tais como os portais renascentistas, o desenho particular dos vãos, a abóbada estrelada e as coberturas das naves que apontam para uma infl uencia exterior erudita. Deste modo, interessou-nos precisar a possível origem de tais influências. Procuramos encontrar relações físicas e temporais, entre os elementos acima referidos e os principais responsáveis pela difusão de elementos eruditos na época, nesta região: ordens religiosas, engenheiros militares estrangeiros, mestres-pedreiros a trabalhar em obras próximas, tratados, entre outros. Foi também com o mesmo intuito de perceber como surgem em Almendra estes elementos eruditos tão especiais, visto que não conseguimos estabelecer com estes paralelo algum nas proximidades, que se procedeu a um estudo mais alargado da vila, que foi alvo de um surto de desenvolvimento na época de construção da Igreja Matriz. O estudo do crescimento e evolução da morfologia urbana e arquitectónica do povoado trouxe novos aspectos de interesse para o trabalho. Realizamos alguns estudos sobre a topografia e a sua relação com o aglomerado urbano, tal como para as construções pertinentes na vila, como a fortaleza, solares, capelas e casas com portais quinhentistas. Estes elementos colocam novos problemas, tais como o da configuração da fortaleza e o da tipologia de arquitectura popular, para os quais avançamos com algumas hipóteses, fundamentadas no nosso estudo e na pesquisa bibliográfica efectuada. A organização do trabalho que apresentamos reflecte a forma como este foi sendo construído, começando pelo estudo da Matriz, do geral para o particular, e avançando depois para a abordageml à vila de Almendra.

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Plant a à co t a 0,70

Alçado Poente

Cor te DD ’

Vist a Sul


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PROJ E C TO V E s co l a d e A r t e s ( S K V R ) R o t e rd ã o (proj e c to re al i z ad o du ra nte o per í o do d e Erasm us na TUD elf t ) regente: Tony Fretton professores: Nikolaas Vande Keere e Steven Brunsman O terreno é caracterizado por uma grande praça usada como mercado e por um conjunto de edifícios de função e dimensões muito variadas. Assim, o projecto começou por tentar fechar um dos quateirões que já apresentava duas empenas. O programa para uma associação de artes de Roterdão (SKVR) foi desenvolvido num edifício de forma triangular, alinhado com a fachada da rua ‘Botersloot’ e que liberta, no lado oposto, um espaço exterior ao nível do piso 1, ideal para eventos ao ar-livre. A entrada situa-se no segundo piso e faz parte do percurso através do edifício que começa na rampa voltada para a Binnenrott (praça). Uma vez que o edifício é quase totalmente transparente no piso 2, a estrutura teve que ser pensada em duas partes. A parte inferior é composta por uma estrutura de paredes, pilares e lajes de betão; a parte superior, com os pisos 3,4,5,e 6, é suportada por uma estrutura metálica contraventada por treliças. Os únicos elementos estruturais que atravessam todo o ediício são as paredes de betão onde se encontra o elevador e os sanitários. O projecto contempla uma fachada dupla composta por uma estrutura metálica que suporta o vidro que cobre toda a sua superfície. Do exterior, este tipo de fachada faz com que o edifício tenha um aspecto sólido e o resultado no interior é a luz sempre indirecta. A propriedade translúcida desta membrana também produz efeitos de luz variados ao longo do dia.

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Fo to de m aquet a

Plant a de I m p lant ação


B

Pi so 2

Pis o 3

A

Pi s o 1

A’

B’

I m agem vi r t ua l - rampa a ces s o 32


Pi s o 4

I m a ge m v i r t ua l - p i s o 6

Pi so 5

Pis o 6


Co r te A A’ I m agem vi r t ua l - hall ex ter ior 34


Co r te BB ’ I m a ge m v i r t ua l - p i s o 5


I m agem vi r t ua l - recepçã o I m agem vi r t ua l - bar

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Fotomonag em



S e t. 200 8 - Ab r. 2 00 9

ES TÁGI O C U R R ICU L AR Te r m i n a l d e C r u z e i r o s d e Le i xõ e s A rq . º Lu í s Pe d ro S i l v a , Po r t o (proj e c to d e l i ce n ci a mento)

O novo Terminal de Cruzeiros de Leixões prevê a requalificação do molhe Sul assim como a construção de um novo porto de recreio para 170 embarcações e um cais fluviomarítimo para acostagem de barcos de passeios turísticos no Douro. O novo cais terá 340 metros de comprimento, o que possibilitará a acostagem de navios de cruzeiro até 300 metros, mais 50 metros do que permite o actualmente utilizado. O projecto apoia-se num conceito de rótula, em que se procura condensar num ponto todas as dinâmicas do sítio. Pretende-se que o edifício funcione como ponto de passagem dos circuitos turísticos entre o Báltico e o Mediterrâneo e também de ligação à cidade. Por sua vez, a cidade tem acessos facilitados ao edifício através de autocarro ou de eléctrico. A juntar ao programa de embarque e recepção de passageiros o projecto conta ainda com a participação da Universidade do Porto através de um pólo de investigação das espécies marinhas pela criação do Parque de Ciência e Tecnologias do Mar. O programa inicial foi transformado de maneira a receber laboratórios distribuídos em dois pisos em torno do núcleo circular de rampas, outros dois pisos superiores para “Comunicar Ciência” e ainda um espaço de biotério que se encontra ao nível da cave. Tendo já sido iniciada a obra da orla marítima, o edifício encontra-se actualmente em fase de projecto de execução. A minha participação no projecto ocorreu durante a fase de licenciamento onde desenvolvi trabalho de compatibilização de infra-estruturas junto das várias especialidades. Tendo participado activamente na elaboração de um filme apresentado ao ministro das Obras Públicas, Mário Lino, a 19 de Fevereiro de 2009, desenvolvi trabalho de renderização, fotomontagem e animação 3d, usando softwares como Revit, Photoshop e Adobe Premiere.

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Axonom e t r i a e sq ue m รกti ca Pl a nt a d e I mp l a nta รง รฃ o


I m a g e m vi r tu a l - p i s o 2 L a b o rató r io s 40

I m agem vir t ual - p iso 3 “Co mu nicar Ciência”


I m agem vi r t ual - por to de recreio


S e t. 200 9

Exp e r iê n c i a Pro fi ssi onal I R e n ov a ç ã o d e u m q u a r t o d e b a n h o

Antes 42

Depois


Planta e cor te s WC


J ul. 2009 - Fev. 2 0 1 0

Exp e r iê n c i a Pro fi ssi onal I I Lo j a A n s e l m o 1 9 1 0 Co l a b o r a ç ã o c o m A rq ª D i a n a Vi e i r a d a S i l v a Centro Comercial Colombo, Lisboa engenharias conciliarum execução escala máxima projecto 2009 dono de obra anselmo 1910 área 70 m2 fotografia fernando guerra

Pretende a Anselmo1910 ser uma referência no sector da joalharia e relojoaria reformulando a loja existente para um novo espaço adaptado ao serviço de excelência que se propõe a prestar, proporcionando novas experiências a quem os visita. O espaço comercial localiza-se no interior de uma grande superfície comercial, que é a maior unidade do género no país. Com duas frentes de loja possui uma área de aproximadamente 67 m2 na qual se inclui uma zona técnica. O programa proposto inclui três postos de atendimento, a manutenção das montras exteriores existentes e a criação de novos espaços de exposição interior. Ao invés de um espaço homogéneo, optou-se pela alternância das alturas do pé direito – marcando definitivamente o que é baixo, pesado e, o que é leve, que não se percebe o fim - procurando motivar novas leituras do espaço existente. A organização do espaço procura resolver a necessidade de arrumar visualmente os postos de atendimento – sem os tornar secundários – e dar maior relevo às montras/ corners que terão os produtos expostos. Optou-se por baixar o tecto a partir da entrada à altura de 2,80 m e criar uma espécie de percurso que conduz o cliente aos espaços expositivos. Ao mesmo tempo destacam-se três grandes poços de luz com 5,30 m de altura: zonas que permitem aumentar de forma expressiva o espaço da loja e enfatizar as zonas de atendimento. Na fachada exterior era importante criar um acontecimento que, de algum modo, provocasse o olhar para o interior da loja e, para tal, desenhou-se um vão com a altura total disponível, de modo a criar a sensação de uma maior amplitude do espaço interior da loja, despertando a atenção dos transeuntes. As cores e texturas foram seleccionadas de modo a conferir ao espaço uma sensação de conforto, qualidade e requinte. Desenhou-se as mesas de atendimento, o aparador e a vitrine da montra principal, utilizando madeira de jacarandá e aço inox polido. As cadeiras para os funcionários são da autoria do Arqº Álvaro Siza enquanto que as dos clientes são desenhadas pelo Arqº João Pedro Serôdio, todas elas produzidas com a mesma madeira e pele preta. O projecto para a iluminação teve em conta os diferentes espaços que se pretendia criar, os materiais escolhidos e as condicionantes próprias do tipo de actividade comercial.

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Planta Loj a


Cor te C

Cor te B 46


I m a ge ns vi r tu a i s


Cor te h or i zont a l - p or m e n o r a r m รก r i o s

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Cor tes ve r t i c a i s - p or m e n o r a r m รก r i o s

Fotografias FG



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Fev. 2 0 1 1

Co n c u r s o - M eno s d e Trinta, Coz inhas 1 º Pr é m i o - coz i n h a i n d i fe r e n c i a d a Em co-autoria com Daniel Baptista Concurso organizado pelo Jornal Arquitectos

COZINHA (RE)ORGANIZADA PELA LUZ O espaço possuía uma tensão diagonal sugerida pela localização da porta e da janela em cantos opostos. Esta condição inicial determinou o conceito do projecto: orientar todo o espaço em função da janela procurando tirar o máximo proveito da luz natural. Mediante um processo de adição de volume, o espaço de arrumação da cozinha corresponde ao aumento de espessura de duas paredes. Esta adição de matéria é sujeita a uma segunda operação: a subtração do volume correspondente ao tamanho da janela e a criação de um nicho de luz. Neste processo, as dimensões da janela serviram de referência para a limitação desse vazio, definindo o comprimento e a altura do balcão. À resultante disposição dos balcões em L, foi associado um terceiro balcão de apoio, que para além de funcionar como mesa de refeição, definiu uma organização em forma de U, dividindo a cozinha em duas zonas: confecção e refeição. O desenho da luz artificial foi pensado em sintonia com a ideia do “nicho”, optou-se por definir um rasgo contínuo nas paredes e no tecto de forma a criar um circuito de luz fechado que contorna e ilumina diretamente o balcão. Os materiais escolhidos evidenciam o contraste entre as superfícies de trabalho bem iluminadas e o restante espaço mais escuro. O “nicho” é dominado por materiais claros com superfícies polidas e reflectoras (mármore do tipo “carrara”) e os armários são revestidos a um material quente, texturado e absorvente da luz (madeira). A solução encontrada para os puxadores dos armários segue a lógica do “escavar”, tentando minimizar o número de rasgos necessários para a abertura de portas e gavetas. De um ponto de vista silencioso e contemplativo, Aitor Ortiz usa a fotografia como meio de explorar espaços arquitectónicos. Ortiz dá conta de uma espécie de poder simbólico usando a luz e a escuridão para os transformar em espaços poéticos. O projecto de reformulação da cozinha parte do mesmo pressuposto que Ortiz, o de utilizar a luz como elemento determinante na organização do espaço.

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“As perfurações nos muros criam uma janela física e oferecem uma verdadeira experiência de espaço construído. ” – Aitor Ortiz (Muros de luz)


1,45

1,75 1,75

0,25

0,35

1,20

0,80 0,300,80

0,60

0,05 0,60 0,05

0,93 0,60 0,85 0,85

0,50 0,50

0,81 0,81

0,44 0,44

0,85 0,85

1,21 1,21

0,10 0,10

0,44 0,44

0,12 0,12


54


TT


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