Revista apart

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Edição:

Autor fotografia de capa: Nádia Parreira As restantes imagens são da autoria e responsabilidade dos autores e colaboradores desta edição.

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Editorial É com grande orgulho que o Núcleo

Para além destes, é de destacar o

de

artigo de Diana Cabeleira, este

Arquitetura

Paisagista

da

Universidade de Trás-os-Montes e

interligado

Alto

EcoCampus, para remodelação de

continuidade a este projeto iniciado

todo o campus da Universidade de

pelo mandato anterior.

Trás-os-Montes e Alto Douro. Sendo

Douro

Achamos

de

(2015/2016),

grande

relevância

manter todos os estudantes do curso a par dos mais variados temas que nesta 2ª edição apresentamos, pois consideramos não só importante os mais variados artigos, como também

com

o

projeto

a universidade a nossa segunda casa como estudantes universitários que somos,

e

estando

o

projeto

interligado diretamente com a nossa área de estudo, é um artigo que merece um destaque especial.

o hábito da leitura regular ser

Desde já gostariamos de agradecer a

importante de transmitir entre as

todas as personalidades que de

diferentes gerações dos alunos de

qualquer

Arquitetura Paisagista .

contribuiram para a realização da 2ª

Nesta 2ª edição é de referir artigos como a história do Jardim da Carreira – Vila Real, Prof. João Bicho e a

forma

interviram

ou

edição da revista “APart” e pela disponibilidade

apreciada

pelo

Núcleo de Arquitetura Paisagista.

regeneração urbana da cidade de Vila Real, exposição de arte pelo autor

“Domingos

Júnior”,

entre

outros que a APart fornece aos seus leitores.

Bruno Pereira Presidente do Dep. Markting e Publicidade


Sumário

- Relembrar: III Semana da Arquitetura Paisagista – Utad; - Planta: Rosmarinus officinalis (Alecrim); - Em Foco: Programa da IV Semana da Arquitetura Paisagista – Utad; - Crónica: A primeira grande decisão; -

Conselho: Os 10 mandamentos de Ribeiro Telles para a criação de um jardim;

- Artigo com relevância:

A importância dos Ecocampus no contexto

ambiental e social;

- História: Jardim da Carreira; - Paisagismo: João Bicho e a Regeneração Urbana; - Curiosidade: Concurso de Fotografia; Exposição Domingos Jr.; Prémio Vibeiras Jornal Arquiteturas Jovem Arquiteto Paisagista;


RELEMBRAR III Semana da Arquitetura Paisagista – Utad (2015) Corria o mês de Maio do ano transacto, quando se deu início à lll Semana da Arquitectura Paisagista na UTAD. Dando sequência aquilo que já havia sido feito ao longo dos anos anteriores,

conseguiu-se

reunir

um

conjunto de actividades ao longo da lll SAP que promovessem não só uma maior divulgação do curso, mas também que os participantes envolvidos, conseguissem apreender

novos

e

importantes

conhecimentos e práticas ligadas ao curso. A lll SAP ficou marcada por um diverso e vasto domínio de actividades que manifestou de forma inequívoca uma forte adesão ao longo de toda a semana. Desde a realização de uma viagem feita logo no primeiro dia da SAP, a workshops de fotografia e de softwares informáticos, seminários relativos a práticas e formas de sistemas e manutenção de rega, projecto flash e a perpetração de uma mesa redonda com a participação de antigos alunos e docentes, tudo isto, fez parte de um conjunto de actividades que pautaram a lll SAP. Um agradecimento especial a todos que participaram e tornaram mais uma SAP possível, desde alunos, exalunos, docentes, coordenação do curso e convidados especiais. Texto de Tiago Reis



Rosmarinus officinalis (Alecrim)

Descrição científica Nome: Rosmarinus officinalis L. Nome comum: Alecrim Família: Lamiaceae Ordem: Lamiales Classe: Magnoliopsida Época de floração: Janeiro – Maio

Descrição Geral Rosmarinus officinalis, conhecida como Alecrim é muito mais que uma simples planta ornamental. Utilizada na culinária tem grande destaque no tempero de pratos de carne. Além disso as suas folhas prestam-se a usos em perfumaria. Também apresenta propriedades medicinais.

Propriedades Medicinais: 

Promove o apetite e combate a anorexia.

Sistema Digestivo: Casos de perturbações digestivas (como a digestão lenta).

Sistema Respiratório: Combate a tosse, infeções respiratórias.

Sistema nervoso: A parte aérea florida é usada para combater a intranquilidade, ansiedade, agitação e insónia.

Sistema circulatório: Ativa o sistema circulatório e nervoso, também trata reumatismos musculares e articulares.

Sistema muscular: Estimulante da circulação periférica e anti-inflamatório. Texto de Nádia Parreira


Crónica: A primeira grande decisão

Há pouco mais de dois anos

não está fácil conseguir trabalho

atrás, deparamo-nos com algumas

nesta

decisões que deveríamos tomar.

Paisagista depende de vários fatores,

Decisões essas, que iriam determinar

como o investimento público, uma

o nosso futuro. Apesar, de todos os

economia produtiva que permita a

dias, na televisão, nos jornais, nas

capacidade

esplanadas,

privado, a abertura de empresas com

ouvir-se

pessoas

a

área,

pois

para

queixarem-se da crise económica e o

viabilidade

quanto afeta a vida dos estudantes

consciencialização

assim como o seu futuro, que cada

decisores.

vez parece mais incerto e sombrio, nós arriscamos e entramos para o curso de Arquitetura Paisagista na Universidade de Trás os Montes e Alto Douro, pois esse foi sempre o nosso

objetivo.

arrependidas?

Se

Bem,

estamos atualmente

a

o

Arquitetura

investimento

nesta

área dos

e

a

agentes

Apesar de todos os “ses” que a vida nos pode trazer, temos de ter coragem para arriscar e não ter medo porque, como o ditado diz, “quem não arrisca, não petisca”. Por

isso,

não

estamos

estamos no segundo ano e podemos

arrependidas, pois foi esta a decisão

dizer que até agora não perdemos

que tomamos, estudar, trabalhar,

nada,

empenhar-nos,

pelo

contrário

ganhámos

e

aprender

muito, uma nova experiência de vida,

constantemente para que no futuro a

novas

nossa profissão seja um dos motivos

amizades,

novos

conhecimentos na área que é do

da nossa felicidade e orgulho.

nosso interesse, mais gosto pela Arquitetura Paisagista, o que nos deixa

ainda

mais

motivadas

e

esperançosas para o nosso futuro. É verdade, que ainda não estamos no mercado de trabalho, mas já lemos alguns artigos de pessoas formadas que afirmam que Texto de Catarina Ferreira e Sofia Almeida


CONSELHO: Os 10 Mandamentos de Ribeiro Telles para a criação de um jardim 1. Aposte na sublimação do lugar, tornando-o feliz e ameno. 2. Invista em lagos e charcos. A presença da água, traduzida na sua serenidade estética, confere um movimento ritmado e uma dinâmica musical ao jardim. 3. Arrisque em espécies que podem fazer a diferença, para sublimar a pujança da natureza compreendida na sua diversidade biológica e no ritmo de vida. 4. Tire partido da luminosidade natural dos espaços. O esplendor da luz é conseguido através do contraste sombra-claridade e da harmonia das cores. 5. Deixe-se influenciar pela geometria, apostando na profundidade das perspectivas e no recorte dos sucessivos planos conseguindo valorizar distancias e formas. 6. Olhe à sua volta. A integração na paisagem envolvente, sempre que esta seja ordenada e bela. 7. Não imponha uma visão que pode não ser a mais adequada. Aceitar com base da concepção do jardim ou da paisagem a ordem natural da natureza liberta da acepção da sociedade humana. 8. Valorize os aspectos culturais da paisagem. Tal implica impor à ordem natural a ordem cultural que sublimará aquela em face do seu único utente, o homem. 9. Evite os excessos. Esta recomendação passa por exaltar no jardim ou na paisagem a simplicidade no ordenamento das coisas, evitando a decoração pela decoração. 10. Planeie e não tenha medo de recorrer a ajuda especializada. Um jardim e uma paisagem são fruto de concepções e projectos e nunca de arranjos ou decorações, pelo que a sua grandeza e beleza resulta no que lhes é essencial na medida certa. Texto de Teresa Paupério


A importância dos EcoCampus no contexto ambiental e social: -Diana Cabeleira, 26 anos, natural da cidade de Chaves. -Licenciada e Mestre em Arquitetura Paisagista pela Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro. -No âmbito da obtenção do grau de mestre em Arquitetura Paisagista elaborou uma dissertação sobre o campus da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro intitulada de “A Avaliação do

Ecocampus e Parâmetros de Avaliação: Aplicação ao campus da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro”.

A constante degradação do meio

ambiente

crescimento

provocada

das

pelo

sociedades

e

princípios e conceitos, podendo-se dar

como

sustentabilidade,

exemplos: desenvolvimento

economias tem despertado diversas

sustentável e gestão ambiental. Estes

preocupações

ambientais

vocábulos e conceitos ambientais

relacionadas com a proteção e

associados, rapidamente passaram a

conservação dos recursos naturais e

integrar os diversos setores de

funcionamento dos ecossistemas.

atividade. Como tal, o setor da

Visando encontrar solução para esta

educação, que se considera ser dos

problemática, os líderes das mais

mais importantes, acolhe também

diversas organizações mundiais têm

esta preocupação destacando-se as

reunido

ao

longo

das

universidades, que sendo instituições

décadas

de

forma

a

últimas encontrar

com elevada importância no papel


que assumem na formação de

maiores desafios das universidades é

futuros líderes, técnicos qualificados

a qualidade do meio ambiente e a

e

uma

sustentabilidade dos campi. Esta

e

preocupação alterou a forma como

consciencialização social tal como

as universidades olham não só para a

têm o dever de dar o exemplo neste

eficiência dos espaços interiores,

contexto ambiental.

como também para a dos espaços

formadores,

assumem

responsabilidade

O estudo aprofundado sobre

exteriores.

São

instituições

que

inúmeras já

aderiram

as a

o tema permitiu compreender que

acordos e tomaram medidas para

desde muito cedo, na história dos

combater os problemas ambientais

campi universitários, sempre houve

do planeta, processo que acabou por

uma preocupação não só com os

influenciar as universidades a todos

edifícios

os

os níveis. Estas devem e têm de

espaços envolventes a estes, sendo

assumir um importante papel na

campi

implementação da sustentabilidade

que

os

mas

também

desenhos

universitários

foram

com

dos

alterando

ambiental,

surgindo

assim

a

conforme as diferentes necessidades

necessidade de fazer uma correta

que surgiram em cada época. Porém,

gestão ambiental dos campi.

o desenho e planeamento dos campi universitários nos últimos anos tem vindo a dar cada vez maior relevância aos aspetos relacionados com o contexto físico em que se inserem, relação com a comunidade e custos de construção e exploração, estando estas preocupações associadas à sustentabilidade. Atualmente um dos


Para tal, as universidades têm

organização para um incremento na

vindo transformar os seus campi em

melhoria do desempenho ambiental.

EcoCampus adotando e aplicando

Existem normas e programas para

uma série de parâmetros e é assim

que a organização do Sistema de

que surgem os Sistemas de Gestão

Gestão

Ambiental, mais conhecidos por

ordenada, avaliada e certificada.

Ambiental

possa

ser

EcoCampus. Esta é uma das várias expressões usadas pelas instituições

Considera-se

ainda

muito

quando têm por objetivo final a

importante que para que possam ser

implementação de um Sistema de

aplicados

Gestão

último

contexto social deva ser um dos mais

conceito é um programa estruturado

importantes a ter em conta pois a

para a avaliação e gestão dos

forma

impactos

universitária, desde alunos a

Ambiental.

ambientais

Este

de

uma

SGA

como

com

a

sucesso,

o

comunidade


funcionários e professores é consciencializada para o modus operandi e comportamentos no campus tem um elevado peso no resultado final, pois são estas pessoas que tornam possível a boa e correta utilização de todo o espaço bem como a transmissão de valores a gerações futuras que gerem um impacto positivo no meio ambiente.

“...São inúmeras as instituições que já aderiram a acordos e tomaram medidas para combater os problemas ambientais...” A UTAD encontra-se neste processo estando a implementar as medidas necessárias para transformar o seu campus num EcoCampus. Os seus espaços exteriores têm grande peso nesta transformação dada a vasta área, diversidade de usos e biodiversidade. Desta forma, a Arquitetura Paisagista assume um importante papel na gestão dos espaços exteriores de forma mais sustentável e

ecológica, pois existe uma série de parâmetros que devem ser cumpridos e que permitem a obtenção de uma certificação ambiental.


A instituição necessita de consciencializar toda a academia sobre o que ambicionam implementar e compreender o potencial que todo o espaço tem se for usado de forma correta e coerente. É necessário encontrar e estabelecer um equilíbrio entre os setores que constituem o SGA.

O campus tem um espaço exterior de extrema importância e que distingue a UTAD de outras instituições de ensino superior em Portugal que deve ser usado por todos de forma consciente e que projeta acima de tudo os valores que devem ser mantidos para que a certificação ambiental seja uma realidade e assim se tornar numa instituição de ensino superior exemplar e de referencia na gestão ambiental a nível nacional e internacional. Até lá, ainda há um longo caminho a percorrer que só será possível com a colaboração de todos.


HISTÓRIA Jardim da Carreira (Vila Real) O Jardim da Carreira é um dos jardins mais conhecidos de Vila Real se não o mais conhecido. É um jardim clássico construído no ano de 1784 devido a necessidade de criar um espaço publico e de lazer. É o local privilegiado para encontros sociais e passar momentos de lazer. No jardim os visitantes podem encontrar ao centro um fontanário, um coreto e um busto do célebre Camilo Castelo Branco colocado em 1926.

“O espelho de água formado pelo fontanário dá-lhe beleza e imprime uma sensação de frescura ao ambiente.” Em termos de vegetação possui estratos arbóreos, arbustivos e relvado. Quanto aos arbóreos dominam as Tílias (Tilia x europaea), já em termos de estrato arbustivo existe uma grande diversidade: Pilriteiro (Crataegus monogyna), Junípero-rastejante (Juniperus horizontalis), Lilás (Syringa vulgaris), Buxo (Buxo

Sempervirens) entre outras .


História:

A construção do jardim surge por influência de Almeida Lucena, presidente da Câmara Municipal de Vila Real nos biénios de 1867/68 e 1872/73, que faz desenvolver um plano destinado a embelezar o Monte do Calvário O local antes conhecido por Passeio de

São Francisco foi modificado pela Câmara Municipal de Vila Real em 1782, passando a designar-se como Jardim da Carreira. Surgiu pela necessidade de criação de espaço público e de lazer no século XVIII apesar de ser um modelo muito celebrado no séc XIX. Este é um espaço público localizado na Rampa do Calvário. Na Freguesia de São Pedro e é embelezado pela arborização originalmente proveniente no Gerês, que mantém a temperatura amena e agradável a quem lá passa , estando situado na vertente nascente dum dos pontos mais altos da cidade.


No ano de 1815, na Carreira de Cima, foi construído um chafariz. No limite norte do jardim ao qual se acede, ainda hoje, por uma alameda de tílias, plantadas em 1866 . Neste mesmo ano, é construída, no centro do jardim, uma taça decagonal com repuxo. Nos anos que se seguiram, outras estruturas foram sendo acrescentados ao jardim. Destacam-se: a frontaria neoclássica, erigida em 1871 e construída com o granito proveniente das escavações; o portão de ferro fundido com as suas figuras geométricas e cornucópias; um outro portão de ferro fundido de acesso lateral; o coreto, datado de 1889, de base octogonal em granito, telhado em chapa de ferro, rematado por um friso rendilhado e encimado por uma lira. Em 2003, o Jardim da Carreira sofreu remodelações, com a adição de uma escadaria, um parque infantil, um ringue de patinagem e um café-bar.

Texto de Tiago Lopes


PAISAGISMO João Bicho e a Regeneração Urbana da cidade de Vila Real Sobre o Arquiteto Paisagista: João Bicho é um Arquiteto Paisagista formado pela Universidade Trás-os-Montes e Alto

Douro

(UTAD).

Especializado

em

arboricultura, exerce atualmente a sua profissão como arquiteto paisagista no gabinete JBJC – Arquitetura Paisagista, Lda, em Vila Real, e como assistente convidado na UTAD.

Regeneração Urbana – Um novo impulso: O projeto “Regeneração urbana – um novo impulso” foi um concurso público que

consistiu

na

regeneração

e

revitalização da cidade de Vila Real, nomeadamente o centro histórico.

O concurso contou com vários gabinetes participantes em que o gabinete do docente

João

classificado.

ficou

como

terceiro


Este concurso visava a regeneração do espaço público, requalificação do centro histórico, recuperação de edifícios degradados, melhorar a circulação rodoviária e pedonal e construção de infraestruturas para estacionamento. Tudo isto para reanimar a atividade económica, promover no mercado a integração de edifícios devolutos e degradados, apoiar a criação de emprego, dinamizar o comércio e melhorar a qualidade de vida da população.

Como em todos os projetos existem problemas e limitações este não foi exceção. A malha urbana desordena, congestionamento

automóvel,

rua

ingremes, pouca clareza nos eixos das ruas, falta de conectividade, topografia desfavorável e arruamentos privados, tornaram este concurso mais desafiante. A equipa do docente para este concurso era

formada

por

cinco

arquitetos

paisagistas e um arquiteto (civil). Por fim a equipa teve acesso a cartografia militar, ortofotomapas, SIG’s e PDM’s para auxiliar na concretização deste projeto. Texto de Paulo Coelho


Curiosidade: Concurso de Fotografia No dia 5 de Maio na III semana da Arquitetura Paisagista, realizou-se um concurso de fotografia no qual o Professor João Carrola, Professor auxiliar da DeBA e ECVA, bem como fotográfo do campus da UTAD selecionou algumas fotografias explêndidas na qual a vencedora pertence a Nádia Parreira. (Nádia Parreira – vencedora)

”Apesar de não ter sido fácil escolher uma única como vencedora.” O Professor João elegeu as pétalas da papoila como a fotografia vencedora. “A fotografia apesar de simples apresenta uma composição interessante. Está bem focada mostrando por isso boa nitidez

do

conjunto

dos

elementos

fotografados. A iluminação baseada em luz natural e difusa permite mostrar os pormenores da flor, sem zonas sub ou sob expostas, sendo que a imagem fica ainda mais agradável com um enquadramento frontal e bastante baixo. A perspetiva dada pelos detalhes das gotas da chuva nas pétalas realçam ainda mais o pormenor das cores com cores bem equilibradas, dando um impacto visual elegante e nítido das pétalas da papoila num dia de chuva.

Outras

fotografias que apesar de não terem ficado em primeiro lugar merecem uma menção honrosa, pela qualidade apresentada, usando os mesmos critérios que anteriormente foram mencionados.” Texto de Sílvia Barbadães


Exposição de Domingos Jr. Realizou-se no passado dia 1 de Dezembro de 2015, na Sala de Exposições e Galeria-Bar do Teatro de Vila Real, mais uma apresentação do arquitecto Domingos Júnior. Nascido em Lourenço Marques, Moçambique, em 1950, licenciou-se em Arquitectura pela Escola Superior Artística do Porto, e mais tarde concluiu doutoramento na Faculdade de Arquitectura da Universidade de Valladolid, Espanha. Foi docente do 2º Ciclo do Ensino Básico bem como docente na ESAP e na UTAD. Exerceu Arquitectura, desde que se formou, com ateliê próprio e em diversas empresas. Domingos

Júnior

presenciou-nos

Entre a ambiguidade do desenho e da

com mais uma das suas magníficas

pintura, a relação entre o mundo

exposições, apresentando três formas

surreal e o exótico, a multiplicidade

distintas de representação artística.

dos desenhos e a sua imensidão e o

Intitulada

exposição

“perigo da imagem”, resulta então no

conseguida através da pintura e

seu esplendor e de forma notável

desenho

tinta-da-china,

mais um conjunto de obras do

Naturezas Mortas, através de lápis de

arquitecto e artísta Domingos Júnior.

“Jardins”,

com

cor e Colagens Moralistas, tal como o próprio nome indica, feita através de colagens.

Texto de Tiago Reis


Prémio Vibeiras Jornal Arquiteturas Jovem Arquiteto Paisagista Depois de deliberado, o PROJECTO PARK KWEKERIJ, um viveiro florestal como estratégia para desenvolver novas paisagens urbanas em Groningen, na Holanda, consagrou-se Vencedor do Prémio Vibeiras Jornal Arquiteturas Jovem Arquiteto Paisagista. A autora Matilde Cerqueira Gomes, representou a Universidade de Copenhaga respondeu-nos a algumas perguntas. APart: Resumidamente em que consiste o projeto que apresentaste no concurso,Prémio Vibeiras Jornal Arquiteturas Jovem Arquiteto Paisagista 2015? Matilde: “O projecto consiste essencialmente na requalificação de uma zona industrial na Holanda. A nova proposta de desenvolvimento urbano ‘Park Kwekerij’ combina o potencial do espaço e suporta um movimento que liga áreas urbanas e verdes existentes em Groningen. A plantação do viveiro florestal é utilizada como estratégia de desenvolvimento urbano que, por um lado, disponibiliza ao município uma provisão arbórea para outros projectos e, por outro, contém uma identidade em evolução e ambiente urbano verde em si. Novos espaços vão surgir e desenvolver-se à medida que a grelha se transforma, através do transplante de árvores. A experiência espacial única de um viveiro florestal cria um parque urbano que existe no limiar entre a monotonia e dinâmica. Este parque torna-se numa nova tipologia na experiência de diferentes paisagens e usos no limite do município, entre cidade, indústria e agricultura e, além disso, uma ferramenta estratégica para criar uma nova identidade para a área como espaço público.” APart: Qual a razão de participares neste concurso? Alguém te motivou a participares? Matilde: “Acho a participação neste género de concursos importante na medida em que divulga e dá a conhecer diferentes projectos no âmbito da Arquitectura Paisagista. Há a oportunidade de trocar experiências de diferentes escolas e ver as diferentes formas de abordar esta disciplina.”


Apart: Qual a sensação de ganhares? Em que é que te ajudou, este prémio, na tua carreira? Matilde: “É sempre bom ver o nosso trabalho e esforço reconhecido. Para já ainda não senti nenhum benefício na minha carreira mas é marcante para quem está a iniciar a carreira contar com este prémio no currículo.” A Vibeiras em conjunto com a editora do Jornal Arquitecturas, com sua crescente notoriedade celebrou em 2015, a 12ªedição do Prémio Vibeiras Jornal Arquiteturas Jovem Arquiteto Paisagista O Prémio é o único galardão atribuído anualmente em Portugal e tem por objectivo a promoção e o reconhecimento público do trabalho de jovens Arquitectos Paisagistas Ibero-Americanos,

estudantes

ou

jovens

profissionais até aos 35 anos de idade. O prémio é promovido pelo Jornal Arquitecturas, em parceria com a Vibeiras e com o apoio institucional da Associação Portuguesa dos Arquitectos Paisagistas (APAP). Em 2011, a iniciativa inaugurou a 1ª edição internacional – IberoAmericana e tem vindo a acolher também candidaturas estrangeiras, nomeadamente oriundas de Espanha, Brasil e Bolívia. O Prémio consiste na avaliação de projetos de Arquitectura Paisagista que privilegiem a originalidade, funcionalidade e sustentabilidade. Nele estão envolvidas Universidades que leccionam a Arquitectura Paisagista.


O Prémio dividiu-se em 2 categorias: Estudantes e Jovens Profissionais. Os projetos são avaliados por um comité - júri composto por profissionais nacionais e internacionais: 

Luís Santos Pereira, Arquitecto Paisagista, Administrador, Vibeiras

Margarida Cabral, Arquitecta, Coordenadora da Unidade de Negócios

das Cidades, Grupo About Media 

Carlos Ribas, Arquitecto Paisagista, Associação Portuguesa de

Arquitectos Paisagistas 

Virgínia Laboranti, Arquitecta, Centro Argentino de Arquitectos

Paisagistas 

Ricardo Ventura, Arquitecta Paisagista, Vencedor Categoria Jovens

Profissionais, PJAP 2014. Em 2013, na mesa de jurados, destacou-se Gonçalo Ribeiro Telles, figura de renome da Arquitectura Paisagista e Ambiente em Portugal. Cada vez mais esta iniciativa tem vindo a angariar mais participantes, já que na edição de 2012 envolveu mais de 100 participantes, entre estudantes e jovens profissionais. No ano passado a data limite para candidatura, foi até de 24 de junho e a entrega das propostas de projetos foi até dia 26 de junho. A cerimónia de entrega de prémios teve lugar no Palácio da Independência, em Lisboa, no dia 16 de Outubro de 2015.

Texto de Teresa Paupério





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