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Autor fotografia de capa: Nádia Parreira As restantes imagens são da autoria e responsabilidade dos autores e colaboradores desta edição.
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Editorial É com grande orgulho que o Núcleo
Para além destes, é de destacar o
de
artigo de Diana Cabeleira, este
Arquitetura
Paisagista
da
Universidade de Trás-os-Montes e
interligado
Alto
dá
EcoCampus, para remodelação de
continuidade a este projeto iniciado
todo o campus da Universidade de
pelo mandato anterior.
Trás-os-Montes e Alto Douro. Sendo
Douro
Achamos
de
(2015/2016),
grande
relevância
manter todos os estudantes do curso a par dos mais variados temas que nesta 2ª edição apresentamos, pois consideramos não só importante os mais variados artigos, como também
com
o
projeto
a universidade a nossa segunda casa como estudantes universitários que somos,
e
estando
o
projeto
interligado diretamente com a nossa área de estudo, é um artigo que merece um destaque especial.
o hábito da leitura regular ser
Desde já gostariamos de agradecer a
importante de transmitir entre as
todas as personalidades que de
diferentes gerações dos alunos de
qualquer
Arquitetura Paisagista .
contribuiram para a realização da 2ª
Nesta 2ª edição é de referir artigos como a história do Jardim da Carreira – Vila Real, Prof. João Bicho e a
forma
interviram
ou
edição da revista “APart” e pela disponibilidade
apreciada
pelo
Núcleo de Arquitetura Paisagista.
regeneração urbana da cidade de Vila Real, exposição de arte pelo autor
“Domingos
Júnior”,
entre
outros que a APart fornece aos seus leitores.
Bruno Pereira Presidente do Dep. Markting e Publicidade
Sumário
- Relembrar: III Semana da Arquitetura Paisagista – Utad; - Planta: Rosmarinus officinalis (Alecrim); - Em Foco: Programa da IV Semana da Arquitetura Paisagista – Utad; - Crónica: A primeira grande decisão; -
Conselho: Os 10 mandamentos de Ribeiro Telles para a criação de um jardim;
- Artigo com relevância:
A importância dos Ecocampus no contexto
ambiental e social;
- História: Jardim da Carreira; - Paisagismo: João Bicho e a Regeneração Urbana; - Curiosidade: Concurso de Fotografia; Exposição Domingos Jr.; Prémio Vibeiras Jornal Arquiteturas Jovem Arquiteto Paisagista;
RELEMBRAR III Semana da Arquitetura Paisagista – Utad (2015) Corria o mês de Maio do ano transacto, quando se deu início à lll Semana da Arquitectura Paisagista na UTAD. Dando sequência aquilo que já havia sido feito ao longo dos anos anteriores,
conseguiu-se
reunir
um
conjunto de actividades ao longo da lll SAP que promovessem não só uma maior divulgação do curso, mas também que os participantes envolvidos, conseguissem apreender
novos
e
importantes
conhecimentos e práticas ligadas ao curso. A lll SAP ficou marcada por um diverso e vasto domínio de actividades que manifestou de forma inequívoca uma forte adesão ao longo de toda a semana. Desde a realização de uma viagem feita logo no primeiro dia da SAP, a workshops de fotografia e de softwares informáticos, seminários relativos a práticas e formas de sistemas e manutenção de rega, projecto flash e a perpetração de uma mesa redonda com a participação de antigos alunos e docentes, tudo isto, fez parte de um conjunto de actividades que pautaram a lll SAP. Um agradecimento especial a todos que participaram e tornaram mais uma SAP possível, desde alunos, exalunos, docentes, coordenação do curso e convidados especiais. Texto de Tiago Reis
Rosmarinus officinalis (Alecrim)
Descrição científica Nome: Rosmarinus officinalis L. Nome comum: Alecrim Família: Lamiaceae Ordem: Lamiales Classe: Magnoliopsida Época de floração: Janeiro – Maio
Descrição Geral Rosmarinus officinalis, conhecida como Alecrim é muito mais que uma simples planta ornamental. Utilizada na culinária tem grande destaque no tempero de pratos de carne. Além disso as suas folhas prestam-se a usos em perfumaria. Também apresenta propriedades medicinais.
Propriedades Medicinais:
Promove o apetite e combate a anorexia.
Sistema Digestivo: Casos de perturbações digestivas (como a digestão lenta).
Sistema Respiratório: Combate a tosse, infeções respiratórias.
Sistema nervoso: A parte aérea florida é usada para combater a intranquilidade, ansiedade, agitação e insónia.
Sistema circulatório: Ativa o sistema circulatório e nervoso, também trata reumatismos musculares e articulares.
Sistema muscular: Estimulante da circulação periférica e anti-inflamatório. Texto de Nádia Parreira
Crónica: A primeira grande decisão
Há pouco mais de dois anos
não está fácil conseguir trabalho
atrás, deparamo-nos com algumas
nesta
decisões que deveríamos tomar.
Paisagista depende de vários fatores,
Decisões essas, que iriam determinar
como o investimento público, uma
o nosso futuro. Apesar, de todos os
economia produtiva que permita a
dias, na televisão, nos jornais, nas
capacidade
esplanadas,
privado, a abertura de empresas com
ouvir-se
pessoas
a
área,
pois
para
queixarem-se da crise económica e o
viabilidade
quanto afeta a vida dos estudantes
consciencialização
assim como o seu futuro, que cada
decisores.
vez parece mais incerto e sombrio, nós arriscamos e entramos para o curso de Arquitetura Paisagista na Universidade de Trás os Montes e Alto Douro, pois esse foi sempre o nosso
objetivo.
arrependidas?
Se
Bem,
estamos atualmente
a
o
Arquitetura
investimento
nesta
área dos
e
a
agentes
Apesar de todos os “ses” que a vida nos pode trazer, temos de ter coragem para arriscar e não ter medo porque, como o ditado diz, “quem não arrisca, não petisca”. Por
isso,
não
estamos
estamos no segundo ano e podemos
arrependidas, pois foi esta a decisão
dizer que até agora não perdemos
que tomamos, estudar, trabalhar,
nada,
empenhar-nos,
pelo
contrário
ganhámos
e
aprender
muito, uma nova experiência de vida,
constantemente para que no futuro a
novas
nossa profissão seja um dos motivos
amizades,
novos
conhecimentos na área que é do
da nossa felicidade e orgulho.
nosso interesse, mais gosto pela Arquitetura Paisagista, o que nos deixa
ainda
mais
motivadas
e
esperançosas para o nosso futuro. É verdade, que ainda não estamos no mercado de trabalho, mas já lemos alguns artigos de pessoas formadas que afirmam que Texto de Catarina Ferreira e Sofia Almeida
CONSELHO: Os 10 Mandamentos de Ribeiro Telles para a criação de um jardim 1. Aposte na sublimação do lugar, tornando-o feliz e ameno. 2. Invista em lagos e charcos. A presença da água, traduzida na sua serenidade estética, confere um movimento ritmado e uma dinâmica musical ao jardim. 3. Arrisque em espécies que podem fazer a diferença, para sublimar a pujança da natureza compreendida na sua diversidade biológica e no ritmo de vida. 4. Tire partido da luminosidade natural dos espaços. O esplendor da luz é conseguido através do contraste sombra-claridade e da harmonia das cores. 5. Deixe-se influenciar pela geometria, apostando na profundidade das perspectivas e no recorte dos sucessivos planos conseguindo valorizar distancias e formas. 6. Olhe à sua volta. A integração na paisagem envolvente, sempre que esta seja ordenada e bela. 7. Não imponha uma visão que pode não ser a mais adequada. Aceitar com base da concepção do jardim ou da paisagem a ordem natural da natureza liberta da acepção da sociedade humana. 8. Valorize os aspectos culturais da paisagem. Tal implica impor à ordem natural a ordem cultural que sublimará aquela em face do seu único utente, o homem. 9. Evite os excessos. Esta recomendação passa por exaltar no jardim ou na paisagem a simplicidade no ordenamento das coisas, evitando a decoração pela decoração. 10. Planeie e não tenha medo de recorrer a ajuda especializada. Um jardim e uma paisagem são fruto de concepções e projectos e nunca de arranjos ou decorações, pelo que a sua grandeza e beleza resulta no que lhes é essencial na medida certa. Texto de Teresa Paupério
A importância dos EcoCampus no contexto ambiental e social: -Diana Cabeleira, 26 anos, natural da cidade de Chaves. -Licenciada e Mestre em Arquitetura Paisagista pela Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro. -No âmbito da obtenção do grau de mestre em Arquitetura Paisagista elaborou uma dissertação sobre o campus da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro intitulada de “A Avaliação do
Ecocampus e Parâmetros de Avaliação: Aplicação ao campus da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro”.
A constante degradação do meio
ambiente
crescimento
provocada
das
pelo
sociedades
e
princípios e conceitos, podendo-se dar
como
sustentabilidade,
exemplos: desenvolvimento
economias tem despertado diversas
sustentável e gestão ambiental. Estes
preocupações
ambientais
vocábulos e conceitos ambientais
relacionadas com a proteção e
associados, rapidamente passaram a
conservação dos recursos naturais e
integrar os diversos setores de
funcionamento dos ecossistemas.
atividade. Como tal, o setor da
Visando encontrar solução para esta
educação, que se considera ser dos
problemática, os líderes das mais
mais importantes, acolhe também
diversas organizações mundiais têm
esta preocupação destacando-se as
reunido
ao
longo
das
universidades, que sendo instituições
décadas
de
forma
a
últimas encontrar
com elevada importância no papel
que assumem na formação de
maiores desafios das universidades é
futuros líderes, técnicos qualificados
a qualidade do meio ambiente e a
e
uma
sustentabilidade dos campi. Esta
e
preocupação alterou a forma como
consciencialização social tal como
as universidades olham não só para a
têm o dever de dar o exemplo neste
eficiência dos espaços interiores,
contexto ambiental.
como também para a dos espaços
formadores,
assumem
responsabilidade
O estudo aprofundado sobre
exteriores.
São
instituições
que
inúmeras já
aderiram
as a
o tema permitiu compreender que
acordos e tomaram medidas para
desde muito cedo, na história dos
combater os problemas ambientais
campi universitários, sempre houve
do planeta, processo que acabou por
uma preocupação não só com os
influenciar as universidades a todos
edifícios
os
os níveis. Estas devem e têm de
espaços envolventes a estes, sendo
assumir um importante papel na
campi
implementação da sustentabilidade
que
os
mas
também
desenhos
universitários
foram
com
dos
alterando
ambiental,
surgindo
assim
a
conforme as diferentes necessidades
necessidade de fazer uma correta
que surgiram em cada época. Porém,
gestão ambiental dos campi.
o desenho e planeamento dos campi universitários nos últimos anos tem vindo a dar cada vez maior relevância aos aspetos relacionados com o contexto físico em que se inserem, relação com a comunidade e custos de construção e exploração, estando estas preocupações associadas à sustentabilidade. Atualmente um dos
Para tal, as universidades têm
organização para um incremento na
vindo transformar os seus campi em
melhoria do desempenho ambiental.
EcoCampus adotando e aplicando
Existem normas e programas para
uma série de parâmetros e é assim
que a organização do Sistema de
que surgem os Sistemas de Gestão
Gestão
Ambiental, mais conhecidos por
ordenada, avaliada e certificada.
Ambiental
possa
ser
EcoCampus. Esta é uma das várias expressões usadas pelas instituições
Considera-se
ainda
muito
quando têm por objetivo final a
importante que para que possam ser
implementação de um Sistema de
aplicados
Gestão
último
contexto social deva ser um dos mais
conceito é um programa estruturado
importantes a ter em conta pois a
para a avaliação e gestão dos
forma
impactos
universitária, desde alunos a
Ambiental.
ambientais
Este
de
uma
SGA
como
com
a
sucesso,
o
comunidade
funcionários e professores é consciencializada para o modus operandi e comportamentos no campus tem um elevado peso no resultado final, pois são estas pessoas que tornam possível a boa e correta utilização de todo o espaço bem como a transmissão de valores a gerações futuras que gerem um impacto positivo no meio ambiente.
“...São inúmeras as instituições que já aderiram a acordos e tomaram medidas para combater os problemas ambientais...” A UTAD encontra-se neste processo estando a implementar as medidas necessárias para transformar o seu campus num EcoCampus. Os seus espaços exteriores têm grande peso nesta transformação dada a vasta área, diversidade de usos e biodiversidade. Desta forma, a Arquitetura Paisagista assume um importante papel na gestão dos espaços exteriores de forma mais sustentável e
ecológica, pois existe uma série de parâmetros que devem ser cumpridos e que permitem a obtenção de uma certificação ambiental.
A instituição necessita de consciencializar toda a academia sobre o que ambicionam implementar e compreender o potencial que todo o espaço tem se for usado de forma correta e coerente. É necessário encontrar e estabelecer um equilíbrio entre os setores que constituem o SGA.
O campus tem um espaço exterior de extrema importância e que distingue a UTAD de outras instituições de ensino superior em Portugal que deve ser usado por todos de forma consciente e que projeta acima de tudo os valores que devem ser mantidos para que a certificação ambiental seja uma realidade e assim se tornar numa instituição de ensino superior exemplar e de referencia na gestão ambiental a nível nacional e internacional. Até lá, ainda há um longo caminho a percorrer que só será possível com a colaboração de todos.
HISTÓRIA Jardim da Carreira (Vila Real) O Jardim da Carreira é um dos jardins mais conhecidos de Vila Real se não o mais conhecido. É um jardim clássico construído no ano de 1784 devido a necessidade de criar um espaço publico e de lazer. É o local privilegiado para encontros sociais e passar momentos de lazer. No jardim os visitantes podem encontrar ao centro um fontanário, um coreto e um busto do célebre Camilo Castelo Branco colocado em 1926.
“O espelho de água formado pelo fontanário dá-lhe beleza e imprime uma sensação de frescura ao ambiente.” Em termos de vegetação possui estratos arbóreos, arbustivos e relvado. Quanto aos arbóreos dominam as Tílias (Tilia x europaea), já em termos de estrato arbustivo existe uma grande diversidade: Pilriteiro (Crataegus monogyna), Junípero-rastejante (Juniperus horizontalis), Lilás (Syringa vulgaris), Buxo (Buxo
Sempervirens) entre outras .
História:
A construção do jardim surge por influência de Almeida Lucena, presidente da Câmara Municipal de Vila Real nos biénios de 1867/68 e 1872/73, que faz desenvolver um plano destinado a embelezar o Monte do Calvário O local antes conhecido por Passeio de
São Francisco foi modificado pela Câmara Municipal de Vila Real em 1782, passando a designar-se como Jardim da Carreira. Surgiu pela necessidade de criação de espaço público e de lazer no século XVIII apesar de ser um modelo muito celebrado no séc XIX. Este é um espaço público localizado na Rampa do Calvário. Na Freguesia de São Pedro e é embelezado pela arborização originalmente proveniente no Gerês, que mantém a temperatura amena e agradável a quem lá passa , estando situado na vertente nascente dum dos pontos mais altos da cidade.
No ano de 1815, na Carreira de Cima, foi construído um chafariz. No limite norte do jardim ao qual se acede, ainda hoje, por uma alameda de tílias, plantadas em 1866 . Neste mesmo ano, é construída, no centro do jardim, uma taça decagonal com repuxo. Nos anos que se seguiram, outras estruturas foram sendo acrescentados ao jardim. Destacam-se: a frontaria neoclássica, erigida em 1871 e construída com o granito proveniente das escavações; o portão de ferro fundido com as suas figuras geométricas e cornucópias; um outro portão de ferro fundido de acesso lateral; o coreto, datado de 1889, de base octogonal em granito, telhado em chapa de ferro, rematado por um friso rendilhado e encimado por uma lira. Em 2003, o Jardim da Carreira sofreu remodelações, com a adição de uma escadaria, um parque infantil, um ringue de patinagem e um café-bar.
Texto de Tiago Lopes
PAISAGISMO João Bicho e a Regeneração Urbana da cidade de Vila Real Sobre o Arquiteto Paisagista: João Bicho é um Arquiteto Paisagista formado pela Universidade Trás-os-Montes e Alto
Douro
(UTAD).
Especializado
em
arboricultura, exerce atualmente a sua profissão como arquiteto paisagista no gabinete JBJC – Arquitetura Paisagista, Lda, em Vila Real, e como assistente convidado na UTAD.
Regeneração Urbana – Um novo impulso: O projeto “Regeneração urbana – um novo impulso” foi um concurso público que
consistiu
na
regeneração
e
revitalização da cidade de Vila Real, nomeadamente o centro histórico.
O concurso contou com vários gabinetes participantes em que o gabinete do docente
João
classificado.
ficou
como
terceiro
Este concurso visava a regeneração do espaço público, requalificação do centro histórico, recuperação de edifícios degradados, melhorar a circulação rodoviária e pedonal e construção de infraestruturas para estacionamento. Tudo isto para reanimar a atividade económica, promover no mercado a integração de edifícios devolutos e degradados, apoiar a criação de emprego, dinamizar o comércio e melhorar a qualidade de vida da população.
Como em todos os projetos existem problemas e limitações este não foi exceção. A malha urbana desordena, congestionamento
automóvel,
rua
ingremes, pouca clareza nos eixos das ruas, falta de conectividade, topografia desfavorável e arruamentos privados, tornaram este concurso mais desafiante. A equipa do docente para este concurso era
formada
por
cinco
arquitetos
paisagistas e um arquiteto (civil). Por fim a equipa teve acesso a cartografia militar, ortofotomapas, SIG’s e PDM’s para auxiliar na concretização deste projeto. Texto de Paulo Coelho
Curiosidade: Concurso de Fotografia No dia 5 de Maio na III semana da Arquitetura Paisagista, realizou-se um concurso de fotografia no qual o Professor João Carrola, Professor auxiliar da DeBA e ECVA, bem como fotográfo do campus da UTAD selecionou algumas fotografias explêndidas na qual a vencedora pertence a Nádia Parreira. (Nádia Parreira – vencedora)
”Apesar de não ter sido fácil escolher uma única como vencedora.” O Professor João elegeu as pétalas da papoila como a fotografia vencedora. “A fotografia apesar de simples apresenta uma composição interessante. Está bem focada mostrando por isso boa nitidez
do
conjunto
dos
elementos
fotografados. A iluminação baseada em luz natural e difusa permite mostrar os pormenores da flor, sem zonas sub ou sob expostas, sendo que a imagem fica ainda mais agradável com um enquadramento frontal e bastante baixo. A perspetiva dada pelos detalhes das gotas da chuva nas pétalas realçam ainda mais o pormenor das cores com cores bem equilibradas, dando um impacto visual elegante e nítido das pétalas da papoila num dia de chuva.
Outras
fotografias que apesar de não terem ficado em primeiro lugar merecem uma menção honrosa, pela qualidade apresentada, usando os mesmos critérios que anteriormente foram mencionados.” Texto de Sílvia Barbadães
Exposição de Domingos Jr. Realizou-se no passado dia 1 de Dezembro de 2015, na Sala de Exposições e Galeria-Bar do Teatro de Vila Real, mais uma apresentação do arquitecto Domingos Júnior. Nascido em Lourenço Marques, Moçambique, em 1950, licenciou-se em Arquitectura pela Escola Superior Artística do Porto, e mais tarde concluiu doutoramento na Faculdade de Arquitectura da Universidade de Valladolid, Espanha. Foi docente do 2º Ciclo do Ensino Básico bem como docente na ESAP e na UTAD. Exerceu Arquitectura, desde que se formou, com ateliê próprio e em diversas empresas. Domingos
Júnior
presenciou-nos
Entre a ambiguidade do desenho e da
com mais uma das suas magníficas
pintura, a relação entre o mundo
exposições, apresentando três formas
surreal e o exótico, a multiplicidade
distintas de representação artística.
dos desenhos e a sua imensidão e o
Intitulada
exposição
“perigo da imagem”, resulta então no
conseguida através da pintura e
seu esplendor e de forma notável
desenho
tinta-da-china,
mais um conjunto de obras do
Naturezas Mortas, através de lápis de
arquitecto e artísta Domingos Júnior.
“Jardins”,
com
cor e Colagens Moralistas, tal como o próprio nome indica, feita através de colagens.
Texto de Tiago Reis
Prémio Vibeiras Jornal Arquiteturas Jovem Arquiteto Paisagista Depois de deliberado, o PROJECTO PARK KWEKERIJ, um viveiro florestal como estratégia para desenvolver novas paisagens urbanas em Groningen, na Holanda, consagrou-se Vencedor do Prémio Vibeiras Jornal Arquiteturas Jovem Arquiteto Paisagista. A autora Matilde Cerqueira Gomes, representou a Universidade de Copenhaga respondeu-nos a algumas perguntas. APart: Resumidamente em que consiste o projeto que apresentaste no concurso,Prémio Vibeiras Jornal Arquiteturas Jovem Arquiteto Paisagista 2015? Matilde: “O projecto consiste essencialmente na requalificação de uma zona industrial na Holanda. A nova proposta de desenvolvimento urbano ‘Park Kwekerij’ combina o potencial do espaço e suporta um movimento que liga áreas urbanas e verdes existentes em Groningen. A plantação do viveiro florestal é utilizada como estratégia de desenvolvimento urbano que, por um lado, disponibiliza ao município uma provisão arbórea para outros projectos e, por outro, contém uma identidade em evolução e ambiente urbano verde em si. Novos espaços vão surgir e desenvolver-se à medida que a grelha se transforma, através do transplante de árvores. A experiência espacial única de um viveiro florestal cria um parque urbano que existe no limiar entre a monotonia e dinâmica. Este parque torna-se numa nova tipologia na experiência de diferentes paisagens e usos no limite do município, entre cidade, indústria e agricultura e, além disso, uma ferramenta estratégica para criar uma nova identidade para a área como espaço público.” APart: Qual a razão de participares neste concurso? Alguém te motivou a participares? Matilde: “Acho a participação neste género de concursos importante na medida em que divulga e dá a conhecer diferentes projectos no âmbito da Arquitectura Paisagista. Há a oportunidade de trocar experiências de diferentes escolas e ver as diferentes formas de abordar esta disciplina.”
Apart: Qual a sensação de ganhares? Em que é que te ajudou, este prémio, na tua carreira? Matilde: “É sempre bom ver o nosso trabalho e esforço reconhecido. Para já ainda não senti nenhum benefício na minha carreira mas é marcante para quem está a iniciar a carreira contar com este prémio no currículo.” A Vibeiras em conjunto com a editora do Jornal Arquitecturas, com sua crescente notoriedade celebrou em 2015, a 12ªedição do Prémio Vibeiras Jornal Arquiteturas Jovem Arquiteto Paisagista O Prémio é o único galardão atribuído anualmente em Portugal e tem por objectivo a promoção e o reconhecimento público do trabalho de jovens Arquitectos Paisagistas Ibero-Americanos,
estudantes
ou
jovens
profissionais até aos 35 anos de idade. O prémio é promovido pelo Jornal Arquitecturas, em parceria com a Vibeiras e com o apoio institucional da Associação Portuguesa dos Arquitectos Paisagistas (APAP). Em 2011, a iniciativa inaugurou a 1ª edição internacional – IberoAmericana e tem vindo a acolher também candidaturas estrangeiras, nomeadamente oriundas de Espanha, Brasil e Bolívia. O Prémio consiste na avaliação de projetos de Arquitectura Paisagista que privilegiem a originalidade, funcionalidade e sustentabilidade. Nele estão envolvidas Universidades que leccionam a Arquitectura Paisagista.
O Prémio dividiu-se em 2 categorias: Estudantes e Jovens Profissionais. Os projetos são avaliados por um comité - júri composto por profissionais nacionais e internacionais:
Luís Santos Pereira, Arquitecto Paisagista, Administrador, Vibeiras
Margarida Cabral, Arquitecta, Coordenadora da Unidade de Negócios
das Cidades, Grupo About Media
Carlos Ribas, Arquitecto Paisagista, Associação Portuguesa de
Arquitectos Paisagistas
Virgínia Laboranti, Arquitecta, Centro Argentino de Arquitectos
Paisagistas
Ricardo Ventura, Arquitecta Paisagista, Vencedor Categoria Jovens
Profissionais, PJAP 2014. Em 2013, na mesa de jurados, destacou-se Gonçalo Ribeiro Telles, figura de renome da Arquitectura Paisagista e Ambiente em Portugal. Cada vez mais esta iniciativa tem vindo a angariar mais participantes, já que na edição de 2012 envolveu mais de 100 participantes, entre estudantes e jovens profissionais. No ano passado a data limite para candidatura, foi até de 24 de junho e a entrega das propostas de projetos foi até dia 26 de junho. A cerimónia de entrega de prémios teve lugar no Palácio da Independência, em Lisboa, no dia 16 de Outubro de 2015.
Texto de Teresa Paupério