TERROR NOCTURNO

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Terror Nocturno

Edward Gein • International Deejay Gigolo • Sade • Paco & Manolo • Revival Mod • Caravaggio • Russ Meyer • Cuentos prohibidos

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MĂşsica

Libros International Deejay Gigolo: Bailando en el infierno........................ 1 Fred y Son........................... 6 Julieta Venegas: Nadando en las plyas de Benicasim................. 7 Sade.................................... 9

Summer Fun...................... 13

Pharrel Williams:

Revival Mod: 1974-1988 Historia de un renacer..................... 14

Pisando billetes................. 11 Terror en serie

FotografĂ­a

Edward Gein y la casa de los horrores................................. 27 Paco y Manolo.................... 29


Índice Índic Índice Índice Índice Arte

Cine

Michelangelo Merisi da Caravaggio......................... 15 Juan Francisco Casas......... 19 Terror infantil

El mundo necesita a Russ Meyer..................... 23

Terror poético Cuentos prohibidos............. 35

Domótica........................... 37 Quiero ser alquien.............. 39


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El jefe de todo esto

La música electrónica de baile no tiene sustancia, es impersonal, machacona y repetitiva. Esta definición o alguna parecida, es una de las más defendidas por aquellos que minimizan un estilo de más de 30 años de vigencia. También se habla de un sonido transitorio unido a un momento determinado de la vida -la juventud-. Existen en cambio unas cuantas razones que nos demuestran que la música de club es un tema muy serio. Helmut Geier conocido por todos como Hell- quien marco la muerte de la música House, el día que esta perdió el espíritu Soules uno de los tipos imprescindibles

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para vislumbrar el camino correcto de la música electrónica. Hay que diferenciar; no todo suena bien, lo mismo que ocurre con el vino. Se trata de elegir lo mejor atendiendo al aroma, la historia o el proceso de elaboración. De eso Hell sabe mucho, desde 1996 lleva demostrando con International Deejay Gigolo que no se trata solo de beats. La actitud, el espíritu son condiciones fundamentales para crear una buena canción de baile. Gigolo records nace del hastío que siente Hell por ciertos sellos discográficos y con toda aquella parafernalia que se está gestando alrededor de la figura


Haker y Kittin. Todos la quisimos alguna vez

de dj. El aleman quiere romper con el dj star en favor de la figura del artista, verdadero creador de la canción. No se trataba solo de reunir buenos hábiles y comenzar a editar su material, Gigolo es desde su primer día es pura actitud, un sello punk que edita electrónica. Es extremo y petardo. Hell rompe con el tópico de los sellos de electrónica, que suelen presentarse como adalides de lo moderno. Su marca une frivolidad y calidad. Años después la formula comienza a copiarse, pero para entonces Gigolo ya está caminando por otra carretera.

Elotropezgordodeesteprimervolumenes Jeff Mills, la conexión Detroit es un hecho. Sin menospreciar al gran personaje del sello, Chris Korda. Ese humano que no desvela cual es su sexo y dirige la iglesia de la Eutanasia. Más allá de sus principios, el álbum que aparece para Gigolo es una revelación de electro y humor. Korda es la definición de actitud que busca trasmitir International Deejay Gigolo.

GIGOLO Y LAS CONEXIONES. Hell apandilla para el primer volumen de I.D.G un buen puñado de amigos. Donde destacan David Carretta, hilo conductor entre el sello y los nuevos talentos franceses como es el caso de Miss Kittin (el fichaje femenino por excelencia del sello) y The Hacker. La parisina se convierte del día a la noche en la diva del techno con aires pop a que todos aman.

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David Carretta. Un tipo de fiar


Chris Korda. Armas de mujer

ELECTROCLASH

EL SIMBOLO COMO DEFINICION

Al margen de ser o no un género definido y real. I.D.G es el sello en que todos se fijan cuando aparece el término. Los mejores discos de electroclash salen de la oficina alemana que marca el sonido y la actitud del manoseado género. Hell no tardara en quitarse la etiqueta de dirigir un sello electroclash, a base de ampliar el abanico sonoro con fichajes de bandas cercanas al punk. Aun le pesa esta etiqueta a Gigolo. Pero es significativo como incluso en los años de bonanza del apelativo, Hell nunca realizaba sets centrados en ese sonido.

Desde el primer momento Hell lo tenía claro, su marca discográfica debía entrar por los ojos creando impresiones al público. Para mal o para bien se tenía que hablar del sello y no tardaron mucho en hacerlo. La primera imagen corporativa de I.D.G era Arnold Schwarzenegger en un campeonato de culturismo. El escuadrón de abogados del actor no contó ni diez para demandar al sello, que perdió la demanda. Aun así Gigolo salió reforzado del envite. Analizando los cambios de imagen de I.D.G se puede dibujar el mapa musical que el sello ha marcado durante sus más de diez años de historia.

Una imagen vale mas que mil palabras

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LOS CINCO DE GIGOLO. 1. International Deejay Gigolos The Box Collection No. 1 Primer volumen de la saga más famosa del sello. En este disco se incluía en bloque todo lo que Hell estaba dispuesto a ofrecer al mundo: Su imagen, su sonido y su escuadrón de matones sonoros encabezados por David Carretta, Jeff Mills, Miss Kittin & The Hacker, Chris Korda y Zombie Nation (cuando aun molaban), entre otros. 2.

Fischerspooner -1-

A pesar de convertirse en un grupo aburrido, hay que reconocer que el primer disco del mundo lentejuela Fischerspooner es de aplauso. Este es el disco con el que todas las noches sueña Lady Gaga y que jamás podrá imitar. Fischerspooner dejaron abierto el popper mientras grababan y el resultado fueron unas canciones parecidas a un romántico amor entre una pseudo gótica estudiante arte y un bien vestido de la facultad de derecho que abrazados lloriquean en los conciertos de Radiohead.

3. David Carretta- Le Cataloque electroniqueCarretta se encuentra entre mis artistas favoritos de siempre. Me gusta su pelo y su bigote y por encima de todo sus canciones. Nadie como él para dibujar el espíritu SEX del EBM y los mejores días de Moroder. Debuto con este álbum que sigue siendo su mejor trabajo. Sé que cuando tenga 50 podre bailar con “Cosmo 70” o “Electronic Boogie”. Tal vez el disco más atractivo de gigoló y un rompepista de leyenda, el cual ya están tardando en recuperar los dejotas bien-vestidos. Aun recordamos aquel Live de Carretta cuando Coppelia lo intento en una sala de Calle Recoletos. Fue mágico.

4. CHRIS KORDA. -SAVE THE PLANET, KILL YOURSELF-. Korda es de mear y no echar gota. Fundador de la primera iglesia de Eutanasia cuyo labor es la de recuperar el equilibrio de la especie humana con el resto de los animales fomentando, si fuera necesario, la reducción demográfica voluntaria. Entre su decálogo solo sexo por placer, aborto si y entre sus acciones ataque a bancos de esperma o pruebas de

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degustación de carne humana. Vaya con Chris. Su primer disco para Gigolo es un ejemplo de humor e inteligencia electrónica. El Chico/ca utilizó a las mil maravillas este trabajo para lanzar al mundo sus proclamas canibalisticas y de amor al planeta. “Six Billion Humans Can’t Be Wrong” está ahí, solo tienes que cogerla. Si quieres saber más: churchofeuthanasia.org 5.

HELL. -N.Y. MUSCLE-.

Hell es el culpable, gracias a él hay Tigas en el mundo. Su ojo clínico ha desnudado al House, ha creado estilo llenando las discos de modernidad, diciendo a las chicas que blusa les sienta mejor, solo con el

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poder de los mejores golpes que tus orejas recibirán antes de morir. Hell ama la moda, el cuero y la estética fetish (Como buen alemán) y lo grande de su figura es su capacidad de vender esa imagen al mundo. Solo mirar su web y sabréis de que hablo. Cualquier disco suyo valdría en esta lista pero “N.Y. Muscle” es el mejor resumen de su ideario musical. Devoción por el EBM (sin duda este disco es el mejor del género), declaración de amor al mundo del punk y a todos los padres creadores de algo bueno de pelotas como Suicide (firma una colaboración con Alan Vega) o Kraftwerk. “Follow You” o “ Let No Man Jack” se convierten aquí en piezas esenciales, linternas de luz oscura a seguir sí buscas marcar estilo.


Diu Que No Sap Que Vol

Últimamente andamos sin caber por las puertas de felicidad, parece que ya nos van aburriendo menos los grupos de aquí. O al menos podemos disfrutar cogiendo la mano de algunas bandas que son lo más parecido a una mañana de sábado al sol contigo. El recital que ofrecen Fred I Son en su disco de debut “ Diu Que No Sap Que Vol” (Sones 2010) es de un agrado escandaloso, ejerce tal positivismo que resulta casi imposible no enviar un e-mail cadena implorado la escucha masiva de sus canciones para así disfrutar de años perpetuados de felicidad plena. Una vez se inicia el paseo musical (porque este disco es un paseo y de los chulos) entiendes porque el pop tiene que ser pequeño y al detalle como los pastilleros de nuestras abuelas.

los artificios extra musicales -esos ropajes y postureos cuyo tufillo cada vez se acerca más al querido alcanfor-. Con Fred I Son te aseguras un buen número de canciones inviolables que nunca serán desvirgadas por infames pinchadiscos de indie de garrafón. Y es que como dice mi madre lo de tener la nevera siempre llena de tonterías es una vulgaridad.

Álbum plagado de caricias y detalles a los que solo cabe responder con una sonrisa que termina transmitiéndote esa búsqueda de un sentimiento común, más allá de la técnica musical. En definitiva acabas comprendiendo lo aburrido que puede llegar a resultar

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Julieta venegas

nadaNdo eN las PLAYAS DE Benicassim n

o lo teníamos claro en Terror Nocturno y aun así decidimos escribir sobre un festival: El FIB. Concretemos. Festival Internacional de Benicassim 2011 ha incluido en su cartel A Julieta Vengas y se ha liado una de muy señor mío. Parece que el público exquisito o al menos así se ven ellos no les parece de recibo que la mejicana de estribillos risueños y melodías para todos los públicos forme parte de los días del festival. Vaya faena y menuda papeleta para la cantante, que si un efecto llamada no lo impide, se encontrará con un público desagradecido y nada amisto que haciendo gala de su criterio musical bien inflado gracias a Radio3 y publicaciones del tipo Mondo Sonoro le lanzaran vasos de Mini y le recitaran insultos como poemas satisfaciendo así su instante punki.

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El debate tiene varios frentes y podrían discutirse todos ellos llegando a puntos comunes sin provocar la tragedia. Los hermanos Morán en sus últimos años de gestión ya comenzaron a entornar la puerta para dejar paso algunos nombres más comerciales. Si entendemos el término para aquellos artistas que aparecen en medios de difusión mayoritarios: Radio fórmula, canales de video de amplia difusión, re v i s t a s de todo calado, etc...


Bien, llegados a este punto tendríamos que abrir otra línea de reflexión sobre el cambio de vestido de los medios de comunicación y los transvestismos que unos hacen de los otros. Internet sobre todo y la moda que hace unos años se instauro alrededor de los festivales de verano han hecho despertar a todos, tanto canales de televisión y radio como los llamados medios independientes y público en general. Los lobbies de esto saben que ahora más que nunca vende la palabra indie y todo lo que esto significa aunque ahora más que nunca ya no signifique nada. Marcas de coche, de ropa, de bebidas alcohólicas se hinchan a patrocinar giras, concursos de bandas o hacer festivales y no hay que ser un lince para saber que la última razón de todo esto es una palabra: Dinero. Tal vez este confundido pero no recuerdo ninguna gira de Julieta Venegas en sus más de 10 años de carrera patrocinada por alguna marca. En cambio podría enumerar más de dos bandas que en algún momento han andado de la mano de sponsors y acudirán al próximo FIB. ¿Esto es negativo? Claro que no, es lo que hay. Como siempre en España vamos rancios y seguimos siendo incapaces de pensar en que se puede ser comercial y tener criterio. En el mundo anglosajón siempre ha sido así.

Desde los Beatles a los Smith, pasando por Depeche Mode o el último gran fenómeno Arcade Fire. No veo diferencia alguna entre Julieta Venegas o Love of Lesbian, los dos hacen música pop, buscan el estribillo perfecto y en sus conciertos el público canta hasta romperse las cuerdas en cada canción. Es más en los últimos tiempos cualquier medio ha dedicado más tiempo a grupos independientes del tipo Lory Meyers ( defensores de la presencia de la mejicana en el FIB ) que a Julieta Venegas o cualquier otro artista de los no bien visto por el público del festival levantino. Escuchando a Vengas no me ha chirriado ninguna canción, en general su forma de componer y el tempo de sus canciones no es de mi agrado, pero tampoco he sido capaz de oír un disco entero de Dorian. Sinceramente la entrada de Julieta Venegas en la programación del FIB 2011 me parece un acierto. Supone reconocer el trabajo de una artista que publicó su primer disco en 1997, que siempre ha compuesto en castellano y ha tendido muy presente el folklore de su tierra. Julieta Vengas es un artista respetable que lo último que merece es el insulto y desprecio por parte de un público que históricamente ha presumido de criterio.

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“Sade”, Helen Folasade Adu, cantante y compositora británico-nigeriana. Podría haber escogido cualquiera de sus discos pero ocurre que la última vez que le eché un ojo a su concierto de San Diego en el 93 se me cayó la polla al suelo y decidí que ningún otro trabajo podría referir más precisamente su carrera. De origen nigeriano y bla bla bla.. no voy a contaros su vida, pero si deciros que durante los 80 y los 90 Sade dejó con la boca abierta a la crítica internacional. Su música, que pocos han podido catalogar con precisión (Soul, Jazz, R&B, Quiet storm, Soft rock…) supo moverse por los clubs de la capital inglesa, le acompañaban una belleza exótica increíble y una atmosfera sugestiva, misteriosa… Pronto Sade se convirtió en un símbolo, la gente se enamoró de ella, yo el primero, de su voz, de sus facciones. Su comportamiento esquivo con la prensa y sus escasas apariciones ayudaron a formar su personaje, siempre deseado, estilo felino… Tampoco repasaré su discografía, podéis encontrarla en cualquier página de internet que hable un poco de ella, sin embargo del concierto que dio en el Teatro Open Air de San Diego en Octubre de 1993 pocas veces se habla. Se realizó una grabación en video con fines, evidentemente, comerciales que supone un preciado documento para aquellos que admiramos su trabajo. La escenografía, iluminación, etc… sin más, buenos a mi parecer, creando el ambiente justo. Los músicos que la acompañan, muy buenos, merecerían un comentario aparte, pero quien realmente deja al público extasiado es ella… se rompen las manos aplaudiendo cuando sale, gritan, silban, aúllan, pero cuando la voz grave, increíblemente sensual se impone, se hace el silencio, el milagro, ya les tiene, muertos, alucinando.. se mueve despacio, con una elegancia innata, sugerente.. la música es buena, su voz profunda, evocadora… El concierto avanza, suenan sus mejores canciones, emocionando, divirtiendo, su complicidad con el público es agradable, éste la adora, la desea, y solo quiere que el concierto no acabe nunca. En las últimas canciones la gente le regala ramos de flores, enamorada, agradecida por como su voz les hace sentir…No es cuestión de compararla con la inmensa mayoría de “divas” de hoy, quienes a parte de ponerte cachondo a base de sacar pecho y menear el culo, no hay por donde cogerlas. Es, simplemente, cuestión de destacar el trabajo de una de las de verdad, de una de las elegantes, de una de las buenas. Octubre de 1993, Teatro Open Air de San Diego, Sade en directo… no digo más.

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Pharrel Williams

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o d n a s s Pi e t e l l Bi A

sí como Iggy comprendió que nunca podría tocar blues como los negros después de convivir con una banda de auténticos bluesman, nosotros entendemos que para ser rapero quema billetes de 50, no se puede oler ni tener la piel color leche, pagar en euros y bailar en el Charada. Teniendo claras nuestras raíces podemos disfrutar de algunas piezas que los chicos chungos del barrio se sacan de debajo de sus pelucos de oro. La calle es dura y si destacas no dudes en mostrarlo al mundo. Pharell Williams es un guapete simpático e incluso parece buen colega. Sabe hacérselo muy bien gracias a su pinta de no-rapero elegante que despierta afinidades y como productor es el culpable de los éxitos de algunos niños blancos del patio como Justin Timberland o Madonna. Es un pez gordo más listo que el hambre con algunos temas cargados de clase soul. A pesar de que en sus videos musicales no faltan los tópicos que en las últimas décadas se han instaurando en la

cultura del hip-hop americano, es decir: sacar del escaparate cuantos más juguetes mejor ya sean coches, mansiones y por supuesto chicas, muchas chicas. Este es uno de los frentes abiertos por las asociaciones de mujeres afroamericanas que desde hace unos años tiene una batalla abierto contra las figuras comerciales de la industria del hiphop que se empeñan en mostrar a la mujer como objeto y símbolo sexual de use y disfrute. Hay que destacar que Pharell Williams es de los menos explícitos, el sabe que vende más la figura de galán agradecido y romántico que la de comerciante de carne. ¡A gastar billetes muchachos!

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Lenoir Libros

Luis González y Didac Piquer

“Summer Fun. Historia de la Música Surf” es el documento preciso sobre la Surf Music. Sus autores Luís González y Didac Piquer, devotos de la vida surf, analizan con precisión y dinamismo las distintas etapas por las que este subgénero del r&r ha caminado. Para los no iniciados el libro es toda una caja de conocimiento, llena de elementos en los que bucear. Y Los conocedores del género pueden llevarse más de una sorpresa al comprobar que no son los más listos de la clase. Como su título indica se trata de contar la historia de la música surf. Aquí están todas las semillas que desarrollaron el estilo. Nombres que a nadie se les escapa y tipos menos visibles pero igualmente necesarios para la explosión de un movimiento adolescente de duración precoz. “Summer Fun. Historia de la Música Surf” se construye mediante capítulos cronológicos donde se observa su nacimiento, desarrollo, desplome y como buen género fetiche que se precie su revival. Llegando a la actualidad, donde la música surf vive en una confortable situación de clase media. Podemos observar un buen surtido de bandas y un preciable respeto a toda su cultura y estética. Destacable son los capítulos dedicados a Los Belairs y Dick Dale ambos creadores de las escuelas del sonido surf de forma paralela y casual. La importancia de los Beach Boys, banda no-solo- surf; Brian Wilson era un halcón capaz de crear nuevas tendencias y patrones musicales, sirva de ejemplo en nacimiento del Hot-rod. Donde se cambia las tablas y las olas, por el asfalto y los motores. Para los cinéfilos destacar el apartado de dedicado a las películas “Beach Party” ligadas a la primera etapa de la música surf.


Revival Mod 1974-1988 Historia de un renacer Robert Abella. Lenoir Libros

Robert Abella maestro de profesión y vocación repasa en su libro casi quince años de Revival Mod. Ya en la introducción Abella avisa; “no se trata de el libro definitivo del genero” pero es, y con mucho, un documento significativo que arroja luz sobre la segunda juventud de la escena mod. Inglaterra y sobre todo Londres son el motor de la nueva ola que el autor data en el año 74 como inicio. Los primeros capítulos nos muestran en que terreno se estaba gestando el surgimiento de las nuevas bandas y su discurso. A medida que pasan las hojas aparece en acción The Jam y Paul Weller, a modo de mini-biografía. Para muchos, grupo y cantante, son el pilar central del revival mod. Robert Abella dedica el grueso de su obra a las bandas más influyentes del género, haciendo hincapié en buen número de ellas. Profundiza en la importancia que tuvo para mal o para bien el estreno de Quadrophenia, el surgimiento de los rallies y de los necesarios modzines; estas publicaciones eran sin lugar a dudas el mejor vehiculo de expresión e información para estar al día de todo lo que acontecía dentro del movimiento. Al hilo de esta idea, el autor acierta en mostrar el paralelismo existente entre las formas de expresión de la escena revival y el primer Punk. Tal vez se hecha de menos un poco más de información sobre lo que estaba ocurriendo en nuestro país y las siempre estéticas fotos, útiles para contextualizar el momento. Pero que nadie dude del valor histórico de este libro necesario y revelador.

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Michelangelo Merisi da

Caravaggio

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Uno de los genios del realismo. Su técnica y la importancia de su obra no son en efecto discutibles. Lo que nos interesa es su aspecto oscuro, su carácter hostil y violento que le llevó, mientras producía algunas de las mejores obras de la historia de la pintura, a enfrentarse con el mundo que lo rodeaba, le llevó a desobedecer, a transgredir, a asesinar, a huir, y (según piensa más de uno) a morir… Casi todas sus obras, realizadas por encargo, son de temática religiosa o mitológica, como no podía ser de otra forma (o difícilmente podría haberlo sido) teniendo en cuenta el momento (finales del siglo XVI, principios del siglo XVII) y el lugar (Roma, Nápoles…) en que le tocó vivir y trabajar. Sin embargo la filosofía de Caravaggio poco tenía que ver con el ideal clásico griego y mucho menos con el de la iglesia católica y su obsesión por la pulcritud, por la santidad, por la virginidad… Caravaggio vivió en los bajos fondos, andaba de noche, bebiendo, frecuentando los burdeles más asquerosos de Roma. Buscaba los modelos para sus cuadros en los lugares más inmundos, entre las gentes más harapientas, usando vagabundos como modelos para pintar

santos, evangelistas, prostitutas como modelos femeninos, jóvenes amantes (como el “Angel de la música”1)… le divertía burlarse así de la iglesia, repetía detalles como la suciedad de los pies sabiendo que sería reprochado por ello. Sufría, dicen, una cierta esquizofrenia. A pesar de todo, cada vez que acababa en prisión por alguna reyerta, eran los propios mandamases del Vaticano quienes abogaban por su libertad, sabedores de su increíble habilidad como pintor. Realizaba numerosas obras en periodos de tiempo muy cortos, pintaba directamente sobre el lienzo sin realizar boceto alguno, como con prisa, con rabia… Una de sus agresiones más directas a la iglesia se produjo cuando, tras recibir el encargo, realizó el cuadro “La muerte de la Virgen”2 cogiendo (me lo imagino trastornado, riéndose en el momento de tener la idea) como modelo para la Virgen una prostituta que había muerto ahogada en el rio Tiber, pintando incluso el vientre hinchado, como debía tenerlo la prostituta por la forma de morir. Otro detalle, sin duda genial, del pintor era su manera de

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mostrarse así mismo, autorretratado, representando personajes de dudosa “fama” como en la obra “David con la cabeza de Golliat”3 donde la cabeza degollada y ensangrentada es la del propio Caravaggio, al igual que en el cuadro “Salome sostiene la cabeza de San Juan Bautista”4 donde el pintor coloca su propia cabeza en la bandeja. Igualmente se autorretrata en la obra “Judith y Holofernes”5 de nuevo como víctima del brutal asesinato, y una vez más al representar la cabeza cortada de “Medusa” 6 se pinta a sí mismo con una expresión del rostro aterradora. Curiosa también su obra denominada “Baco enfermo”7 donde vuelve a usar el autorretrato para representar al Dios del Vino. Caravaggio se vio obligado a huir de Roma tras asesinar a una persona, se refugió en Nápoles, hasta donde le siguieron sus enemigos. Poco después huyó a la isla de Malta donde un importante mecenas de arte le dio cobijo. Logró entrar por influencia de éste en la orden de los caballeros de San Juan de Malta de la que fue expulsado poco después debido a su carácter violento y desequilibrado acusado por “faltas a la moral” y con el calificativo de “miembro non grato”. Tras un corto periodo en Sicilia volvió a Nápoles donde estuvo a punto de morir en una pelea que le desfiguró el rostro. Finalmente tornó a Roma donde poco después se anunció su muerte, de manera un tanto confusa, por fiebre. Sin embargo jamás se encontró su cuerpo. Su calidad artística lo convierte en uno de los mejores pintores de la historia, su personalidad perturbada en uno de los más fascinantes…

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uan Francisco Casas, pintor… Para otros su obra se acerca más a la fotografía. “¿Hiperrealista?” Bueno, de momento llamémoslo así… “¿Y solo con un boli?” Si, uno bic, como los del cole. “Pero.......” Efectivamente, lo mismo dijimos nosotros. Vimos su trabajo y nos gustó ¿cómo no habría de gustarnos? Pedazos de un sueño azul, el recuerdo onírico de aquella noche extraordinaria donde todos éramos jóvenes y yo, el espectador, fui un artista con talento, un follador desenfrenado, un encantador de serpientes, un seductor… Visión subjetiva del que sabe montárselo, vivencias de lo joven, lo sexual… ver sus dibujos es adentrarse en su escondrijo, en su isla de Eea, ser testigo de su mundo embaucador, la tela de araña del artista donde se mezclan las ideas , las experiencias, los amantes… momentos envidiables que muchos desearían encontrar, momentos de sexo y originalidad, chispazos de una vida vivida, intimidades de un autor que por caridad, exhibicionismo, o por el supuesto amor al arte, se muestran a un público entusiasmado, agradecido y nostálgico.


El gran formato de las obras nos lo ofrece sin duda enfatizado, como una pantalla de cine alta resolución. El boli… la idea de que las imágenes se han hecho tan solo con un boli te deja bien claro que aquí no hemos venido a jugar, que no hay truco de postproducción ni materiales mágicos de pintor listillo. Tan solo necesito un papel y te la pongo dura con lo primero que coja… ¿un boli bic? Pues venga. A alguno he oído decir que la labor de Juan Francisco Casas más merece por su carácter fotográfico que por el pictórico, sin embargo y no queriendo entrar en análisis de la técnica, creo que no hay necesidad, a estas alturas, de encasillar por sistema todo lo que se nos muestra. Podrán ser imágenes sacadas de fotografías, fotografías propiamente dichas, imágenes inventadas, pintadas, impresas… El valor de la imagen no varía demasiado, el significado de lo que vemos y como nos afecta no tiene que ver con el tipo de proceso creador usado, e interesarse por cómo se ha hecho la obra es de cotillas, de morbosos, y que el método usado por el artista influya en la recepción de la obra me parece de mal espectador, de desagradecido…

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Hay mucho historiador, periodista y crítico chupapollas que necesita conocer al detalle la técnica del artista y ni siquiera se paran a pensar en que se nos está queriendo decir algo y que la técnica no es más que “el mejor modo que el artista conoce para hacerlo”. Personalmente me da igual de donde saque el señor Casas las imágenes, si las hace con un boli o con la punta del pene, solo sé que me gustan, que me ponen cachondo, que son reales, tienen fuerza y un atractivo muy particular. La pintura clásica tradicional estuvo bien y sus cuadros quedan de puta madre ahí colgados, en esos súper museos que no hay quien vea, pero el rollo pinceles, pinturas al óleo, caballete, bigotillo rizado y boina de franchute empieza a resultar pesado. Los bodegones, los paisajes, el mira que bien pinto y cuanto sé de Arte ya no me convence, igual que casi todo (léase bien “casi”) el movimiento moderno de arte experimental o de concepto corrupto por una pretensión hedionda y acaparado por los cuatro “neo-artistas” de raza superior. Por eso es bueno el trabajo de Juan


Francisco Casas, porque no es más de lo mismo, porque no habla del uso de la luz y del color, porque no pretende encontrar el futuro lenguaje del Arte, porque no se mete en abstracciones ni mierdas por el estilo, sino porque habla de vivir, de ser joven, de follar, de mearse en todos los “entendidos” y llegar a lo más alto con lo puesto… su trabajo no me deja cara de “vaya…” su trabajo me da ganas de coger una botella, salir ahí fuera y buscar un buen conejo al que agarrarme… y eso ya es bastante más de lo que me sugieren la mayoría de obras de arte.

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EL MUNDO NECESITA A RUSS MEYER California vio nacer en 1922 a Russ Meyer. Tal vez el director de cine más simpático del siglo XX. El cine de Meyer forma parte de la subcultura Americana alimentándose como pocos de la idiosincrasia y las dobles y triples morales del estilo de vida Norte Americano. Russ Meyer fue el primero en rebozar las chicas con más busto de USA con la bandera del Sur. Sus películas aun siendo protagonizadas por las actrices más explosivas de la época en constante muestra de sus atributos, no dejan de resultar lights, nada dañinas y lejos del estilo casposo del porno de aquellos días. Con razón Meyer decía que nunca

rodaría una película que no pudiera ver su madre. Como Kubrick, Meyer reutilizo su experiencia como fotógrafo profesional en Playboy para crear un lenguaje visual propio, reconocible en cada uno de sus metrajes. Camarógrafo en la II Guerra Mundial fue capaz de trasladar la praxis de aquel oficio a la experimentación e innovación de su filmografía. Sus películas pueden verse incluso como video clips de sí mismas, juegos de cámara impecables, narradores fuera de la historia y simbolismos a lo Freud sin barba y con una copa de más.


HUMOR Y TETAS Dejaros de tonterías nadie se acerca a pelis como Vixen o Up! por otro motivo que por ver a las Ultra chicas de la época (menudos Casting los de Meyer). Pero pasado el flechazo queda la salsa de estar viendo el origen de las comedias eróticas que invadirían los videoclubs en los ochenta y que en sí mismas se convertirían en clásicos reinventados en basurilla del tipo American Pie. En gran parte el cine de Meyer son solo las mujeres con las mejores Tetas que un chaval puede soñar y además siempre dispuestas a darlo todo por su príncipe. Meyer forjo su canon de chica diez en los Burlesque siendo un adolescente y ya nunca más quiso saber nada de la existencia de otras mujeres. Bien por Meyer y por sus actrices que sin saberlo se convirtieron en todo un fenómeno social y de tendencia. Hoy cada vez más visible y muchas sin saber quiénes eran Tura Santa o Larissa Ely. No solo de tetas y pezones vive el cine de Meyer. El humor dosificado como el mejor perfume es el causante de que las cintas del americano no despierten calentón en el espectador, tal vez la película más sensual en términos prácticos de Meyer sea Cherry, Harry & Raquel!(1970) y aun así queda bastante lejos de lo que todos entendemos por una peli práctica.

Uschi Digard en CHERRY, HARRY & RAQUEL (1970)

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IMAGINATELO Al ver el cine de Meyer a veces me acuerdo de Jess Franco, salvando las distancias, claro. En cierta manera ambos directores fueron experimentadores natos de las posibilidades técnicas de la época. Y a los dos les pirriaba las muchachas. Aun haciendo cine distinto uno comedia y otro terror, el poder erotizante de las mujeres está presente en los dos. El símbolo, la imaginación, el sueño y Freud forma parte indisoluble del mundo cinematográfico de ambos. Russ Meyer incluye en sus cintas el mundo cultural y social americano, La mayoría de sus historias se ubican en el sur de Estados Unidos apareciendo conflictos raciales, machistas o morales además de mostrar personajes corruptos que abusan de su poder. Y como no podía ser de otra forma siempre almas limpias y puras, inocentes jovenzuelos que sin comerlo ni beberlo acaban al abrigo de féminas de belleza insuperable o granjeros cuya vida se resume en años de trabajo y sudor más un día se ven recompensados por el amor incondicional ( a veces) de una mujer de encantos europeos.

Tura Satana en Fuster Faster, Pussycat! Kill! Kill! (1965)


No CH IC si pas se a AS m tr na Y á a d CI ot s lle tara a si NT ro va d no AS ol pu de e u v vid n ro n ei s ar to y a p to f Te a la uer pod elíc da l s te ré ula a Ul rror c fi tra N hic del is c co lmo ap vix oc as cin om n e gr , a e t e p s a Lin rici ns urno gran de art tru fía d de M ir b ctu e d o (1 ya a A nes 97 os s e u ra R m sh or 9), rec pro yer eno ha uss : Fa er to gá a o b M st ec n c sm Us mi tag Psi s co itua ey di er, e u u ic ch en on co m l. er re P n ya a i d is d e E , Up cto uss fa int s d Dig a a ta d elia nta s re es m e , J rios co á ! r. y n e e a s de otr A cat zine rpre Ch rd Kitt las ! K s ta e en en la vi azz- so me no o Co Ela bom c ill! olo ció rry, V N da Fu bre nda af in K y n n H ix a b ro m in pe m e C baz tas ill! ( para y b arr ens tivid ob k, coc le v nté ra C h e is l o o o m 1 e y a pr is c n L llin do en 965 ella llez & R (196 d e de oun es, rlas el m im on aw s nd ci ) y a a 8 n l t g er m C se e on el c co en qu ), p M dire ry, orr en inu a á a e la ad lá m C el! e á ct Su as co taj qu s bi le be a s o he (1 ro s o r , m e e est n ( va lle s h ico no rry 97 so allá r a f o ve pa de film ilo 19 s za a m a , 0 b m B stu ñ s er ea a ía us o de 65 obre afr bría ás Tu Har ). A re t del en M ) u oa q al ra ry la od va ican t G rio pue cin o. o G o m s ta Co ey na el r me ue aba Sa & R el o lle e e e n lo er de st ric añ do ta aq ga n de o. ús os s s co r. y la o an ad d e u n su l Si ica er m la s y a ir el n el! te s as n , á o

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M Alaina Capri y los pantanos de COMMON LAW CABIN (1967)

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Tcomo odo el mundo conoce películas Psicosis, La matanza de Texas,

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American Psycho o El silencio de los corderos, pero lo que no todo el mundo sabe es que no surgieron como resultado de una idea espontanea y original, sino que todas están basadas en una misma historia, una historia real cuyo principal personaje dejó con la boca abierta a medio mundo. Ese personaje fue Edward Gein. Nace en 1906 en Plainfield, Wisconsin, y fue una persona reprimida, sobreprotegida por una madre severa a

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la que idolatraba. Siempre encima suya, la madre de Edward le dejó bien claro todo lo que, por su bien, no debería hacer jamás, como masturbarse, follar antes del matrimonio, salir a divertirse… todo lo que debía hacer era quedarse con ella, allí estaría a salvo. Contó Edward que su madre siempre deseó haber tenido una hija, y que en ocasiones le vestía de niña y le trataba como tal, a lo que él nunca se opuso ya que sabía lo feliz que esto le hacía a su madre. Durante 40 años se formó su mentalidad perturbada y desarrolló una extraña obsesión por el cuerpo femenino. Cuando muere


la madre en 1945 Edward tapió su habitación, quizás para que nadie, ni siquiera él, volviese a entrar jamás, considerándolo un santuario, o quizás para encerrar el espíritu de la madre el cual, según él, le visitó durante más de dos años, controlándole, vigilándole: “Edward, tu madre está aquí contigo… ¡Edward! ¿No estarás pensando en masturbarte?...” El caso es que su obsesión por los cuerpos femeninos fue más fuerte que su maltratada conciencia y decidió actuar. Compró una furgoneta y estudió manuales de medicina. Se movía de noche, no trataba con nadie, enfermo, desequilibrado, debía encontrar cuerpos de mujer… Así que una noche fue al cementerio de Plainfield y desalojó una tumba de su contenido. Echó el cadáver a la furgoneta y lo llevó a su casa. Aquella primera noche fue muy excitante, despellejó el cuerpo, lo diseccionó, jugó con él… Edward se recreaba feliz con el primer cuerpo femenino que tenía a su entera disposición. La piel, el pelo, los órganos sexuales… Le encantó, y decidió repetir. Durante 12 años Edward Gein continuó robando cadáveres, todos ellos femeninos, y casi todos del cementerio de Plainfield. Comía su carne, practicaba técnicas de embalsamado, decoraba la casa y se disfrazaba con los macabros complementos que confeccionaba. Cuando la policía entró en su casa encontró gran cantidad de mobiliario (lámparas, sillones…) tapizado con piel humana, cráneos usados como platos y ceniceros, cabezas de mujer en diferentes estados de conservación, órganos humanos en el frigorífico, la cama de Edward estaba decorada con cuatro calaveras en las esquinas, encontraron una caja de zapatos con nueve vaginas, un cinturón hecho con pezones, un collar de labios… Había también pelucas que hacía con el pelo

de los cadáveres, máscaras hechas de piel y el objeto preferido de Edward, un pectoral hecho con tetas de mujer… con todo esto se disfrazaba nuestro buen amigo y salía al patio en mitad de la noche donde bailaba, actuaba, jugaba… Un día sin más, Edward se descubrió así mismo matando a la señora Bernice Worden, lo hizo de un disparo en la cabeza, era una señora mayor, dicen de un gran parecido con la madre. La policía no tardó en descubrir al asesino y cuando llegaron a la casa de Edward encontraron a la señora Woren colgada del techo por un tobillo, decapitada y vacía de órganos… A Edward Gein solo se le juzgó por este asesinato aunque se le atribuyeron hasta cuatro más, el resto, pura necrofilia, amor a los cadáveres femeninos. El juez solo fue capaz de condenarlo por enfermo y Edward pasó el resto de su vida en una institución penitenciaria, en donde destacó por su buen comportamiento. La noticia se extendió con rapidez y gente de todo el país visitaba con morbo la que se llamó “casa de los horrores” hasta que en 1958 la policía decidió destruirla. La furgoneta en la que Edward transportaba los cuerpos se subastó y el comprador la expuso en infinidad de ferias. Años después surge la primera obra basada en esta historia, la novela “Psycho”, y poco más tarde el cine le hace referencia bajo diferentes títulos, entre los que destaca “Psicosis” y su famosa escena de la bañera considerada la más certera de la historia del cine. Edward Gein muere en 1984 ajeno a la enorme repercusión de su historia y dejando un incontable número de clubs de fans.

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Paco & Manolo


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uando el trabajo de alguien te gusta debes seguirlo. El tiempo me ha enseñado que prefiero amar a diez bandas que acostarme con 100 al año. Así no me siento perdido y formo parte de algo que solo yo puedo entender. Con Paco y Manolo me sucede esto mismo desde que me topé con una foto suya por primera vez. Aquel día pensé: “estas son las fotos que me gustan ver, me molan los grupos que salen en ellas”. Luego conocí Kink y también me gustó. Creo que sin formar parte del mundo que muestran Paco y Manolo puedo entenderlo, conseguir hacer que sea mío a mi manera. Son fotos sinceras, si n artificios, de la que encierran soplos cotidianos que todos hemos vivido y terminan por irse. Si sus fotos fueran canciones no durarían más de tres minutos como grandes himnos Punk. 3 minutos son suficientes para contarte como se sienten los que aparecen en sus instantáneas, suficientes para darnos cuenta que no somos tan distintos.

Quizás sea esa precisamente, captar lo que vemos. Nuestra intención es la de hacer participes a la gente que mira las fotografías no solamente de lo que hemos visto, sino de cómo lo hemos vivido. ¿Cuáles son los mecanismos que tenéis en cuenta a la hora de fotografiar a un artista? ¿Existen elementos diferenciadores a la hora de disparar a Kim Gordon o Rosa Regás? Siempre hay elementos que hacen que cada una de las sesiones sea diferente, pero la gran mayoría de las veces no tiene que ver con el personaje que tengas frente a la cámara. Si comparamos las dos sesiones que nos comentas, sí que hubo una gran diferencia. Con Rosa Regàs fue algo muy especial, estuvimos en su casa todo el día, hablamos mucho; la de Kim Gordon fue una sesión muy rápida, quedamos en un hotel y nos dejó disparar 10 fotos, 10 disparos, puedes decirle poco más que “ponte aquí, así, y

Paco y Manolo son los chicos y el Primavera Sound, pero también son tu habitación y mi barrio. ¿Cómo surgió la idea de trabajar juntos? Dónde nace Paco y Manolo Nació casi sin proponérnoslo. Nos conocimos hace 22 años y un tiempo después ya estábamos haciendo fotos juntos. Me enganché a vosotros por una instantánea brutal que hicistéis a Cat Power. Cuando la ví pensé que casi la podía tocar. Y esa sensación de cercanía con el retratado me ha seguido pasando con vuestro trabajo. ¿Qué sensaciones buscáis transmitir con vuestras fotos?

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mira a cámara”, tienes que ser certero y tener muy claro lo que quieres sino la foto se te escapa, con Rosa Regàs tuvimos tiempo de buscar y disparar muchas imágenes. Revisando vuestras fotos he observado que en un porcentaje muy alto se produce una simbiosis entre el límite de lo urbanizado y la naturaleza , y por supuesto los modelos. Estoy pensando en instantáneas como “He’s One”, “Los días veloces” o “Tarrin Vague”. ¿Os atraen de forma especial estos escenarios? Si. Los dos somos de extrarradio, crecimos en barrios de bloques altos y campos a los lados, en los 70s y los 80s. Probablemente de esa época nos ha quedado nuestro interés por zonas medio urbanizadas o lugares dónde

la naturaleza se vuelve a adueñar de espacios urbanizados. Estos tres “proyectos” tienen su porque, con “He´s One” hablamos de la sensación que tienes cuando creces y te sientes diferente a los niños con los que juegas, y esa diferencia la perciben ellos incluso antes que tú mismo, ser gay no era fácil en esa época; “Los días veloces”, viene de la sensación que tuvimos a finales d e los 90 de que la juventud se nos había escapado casi sin darnos cuenta, era un trabajo (que expusimos en Gavá) en el que hablábamos de la nostalgia por una juventud no vivida del todo y “Terrain Vague” (que son las palabras que se utilizan en francés para llamar al solar que queda cuando derriban un edificio entre otros dos y dónde de repente comienza a crecer la hierba), y que tiene también mucho que ver con los lugares que quedaban libres en nuestro barrios, dónde había casas medio derruidas en las que podíamos investigar, jugar, fumarte un cigarro o hacer el gamberro casi en las narices de nuestros padres. Otro elemento por el que no puedo evitar preguntar (pues me parece fundamental en el peso de vuestro trabajo) es por la luz. En algunas de vuestras fotos aparece como el invitado perfecto. Me encanta en Begoña para Marikin o la foto que hicisteis a Club 8. Lo fundamental en nuestro trabajo es la luz. La luz y la manera que tiene de relacionarse con el espacio o las personas. No solemos preparar las sesiones con focos o flashes, aunque a veces no tenemos más remedio que utilizarlos. Siempre decimos que fotografiamos luz, casi más que personas o elementos. Que un personaje sea más o menos interesante de fotografiar se puede


solucionar, pero si no hay una buena situación de luz es casi imposible sacar una buena foto. ¿De dónde surge la idea de poner en marcha los magazines Kink y Marikink? ¿Cómo definiríais el proyecto? Kink nace de una expo, un proyecto de moda. Nos invitaron a participar y, como no nos interesa demasiado, hicimos una especie de revista de moda dónde no había ropa, todo eran desnudos. Un coleccionista (Juan Redón) nos propuso editar lo que habíamos colgado en las paredes de la galería, esa fue la génesis del primer número del Kink, y acabamos de sacar el Kink14. Marikink salió años después, el problema es que no se vendió, y al ser una revista que no tiene publicidad (se financia con las ventas del número anterior) no pudimos arriesgarnos a sacar un segundo número. Nos hubiese e n c a n t a d o llevar las dos revistas a la vez. Sin duda hay que aplaudiros por la calidad de vuestra web. Pocas veces te sientes tan relajado visitando el trabajo de un artista en red, además uno aprende con vuestra página. Vuestro Blog y diario son fuentes

inagotables de conocimiento y descubrimiento. ¿En qué medida creéis que internet ha cambiado la forma de aproximarnos al artista y su obra? Ha cambiado todo, para bien y para mal. Para bien porque es muy fácil llegar a un gran público desde tu casa, descubrir cosas que te puedan interesar. Para mal porque la cantidad de material es tan grande, que es muy difícil hacer criba de todo lo que te va llegando. Internet está propiciando una de las peores ecuaciones posibles: un ego enorme y muy poco sentido crítico. Cada día nos llegan mails de gente que quiere publicar en el Kink su trabajo, y una parte importante es así. ¿Actualmente cuales son los proyectos en que estáis trabajando? Artísticamente donde se encuentra Paco y Manolo. Acabamos de terminar el libro “10 años de Primavera Sound según Paco y Manolo”, dónde hacemos un repaso a los retratos que hemos realizado durante los 10 años del festival, trabajando para diferentes publicaciones. Lo presentamos en la Fnac el día 3 de mayo. En junio exponemos en la galería Addaya, en


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Alaró (Mallorca) Memento Mori, u n trabajo que hemos realizado junto al dibujante Sito Mújica; y ya para septiembre nos vamos a Mayenne (Francia), dónde presentaremos un proyecto denominado “Studio”. También seguimos trabajando en el Kink, en septiembre saldrá un número especial para celebrar los 5 años de la revista... ¿Cómo veis el panorama artístico actual a nivel de galerías, artistas, público…? No nos podemos quejar, aunque aquí en Barcelona la cosa no está ni tan solo bien, como público nos sentimos desolados y como artistas no nos quejamos. Sin duda sois en un porcentaje muy elevado los fotógrafos que mayor número de artistas con lo que me siento identificado habéis retratado. En la memoria guardo con especial cariño a Sideral dando un gran salto sobre un colchón. Tal vez os quede algo lejos, no sé si aun recordáis aquella sesión de fotos con él.

Esa foto la hicimos una tarde detrás de los bloques donde vivíamos, en Hospitalet. No era la primera vez que fotografiábamos a Aleix, nos conocíamos hacia tiempo aunque nunca fuimos amigos. La foto tenía que ser la portada de una revista. Teníamos muy claro que queríamos hacer que Aleix saltase donde lo habíamos hecho nosotros... es una foto que hemos llevado siempre en nuestro book, en la web... es de esas fotos que no dejamos que caigan en el olvido. Me gustaría cerrar está entrevista conociendo cúal es en los últimos tiempo vuestra banda sonora particular. Esos discos que no podéis dejar de escuchar. Paco: ahora mismo, y cómo diría nuestro amigo Uri, estoy muy cenizo escuchando a Leonard Cohen, Nick Drake, Hope Sandoval, Nico, Decima Victima, Nacho Vegas.... Manolo: los discos que más estoy escuchando últimamente son Holy Ghost y el último de John Foxx (Interplay).


Para saber mรกs www.pacoymanolo.com

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El meteorito que cayó y se cagó Todo explotó, explosionó, cayeron meteoritos y se chocaron los botes de pintura. Todos están muertos, los zombis de colores. Los meteoritos cayeron en los coches y todo, todo explotó de mierda que luego comieron porque no se lo podían comer, estaba duro y destruido. Todo había explotado. Luego la princesa entró en la tienda de juguetes, llevaba zapatillas rosas con tacones. Vio al príncipe y se enamoraron, se casaron, tuvieron hijos, comieron perdices, pasearon con su abuela, se pusieron malitos, vomitaron y fueron al médico. Luego llegó su papá y mató al monstruo y rescató a su mamá. Después se tiraron pedos y se cagaron unos encima de otros.

El cazador Érase una vez cuando yo era Cromañón maté un mamut, me llamaba Cariñón el Cromañón. Un día salí a cazar mamuts. Tenía la cola larga y la arrastraba por el barro. Cariñón lloraba de dolor pero tenía que matar a los mamuts. Vino su mamá y le curó la cola con una tirita de Miki Mouse. La colita se puso dura, se salió la seta y empezó a sangrar y sangrar, Cariñón lloraba pero como era muy valiente mató al mamut. El mamut con los colmillos mató a Cariñón, luego se lo llevaron a su casa, lo cocinaron y se lo comieron.


la sirenita Érase una vez la sirenita que se hartó de estar en el primer sitio porque las piedras estaban duras, tenía las tetas y no venía nadie a verla cantar. Por eso se hartó y se fue al mar que era muy bonito ¡todo de colorines! morado, azul y naranja ¡todo precioso! Pero ella quería cantar y cantar, y las tetas, quería que el príncipe guapísimo le viera las tetas, pero como no tenía piernas la bruja le robó la voz y se puso un sujetador rosa precioso. Ariel se cortó las piernas y ya pudo cantar y vino el príncipe, la arrancó el sujetador rosa y se fueron en su caballo y en su barco cantando felices, tuvieron muchos hijos.

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María Pámpanas Rivero (Madrid, noviembre del 82) Diplomada en Educación Social y Licenciada en Antropología Social y Cultural por la Universidad Complutense de Madrid. Obtuvo el Tercer Premio de Poesía del Certamen Literario 2011 “Nuevos Caminos” y es colaboradora de la revista de arte Léptica y de otras publicaciones digitales. Administra su blog “La Mesita de Noche” http://dentrodelamesita.blogspot.com/

DOMÓTICA Me increpan los armarios empotrados que ¿cuál es mi recurso? Balbuceo. El pasillo se angosta con las horas, lo sé, lo he medido. La tele me escruta y aunque no soy fácil de intimidar, cuidado; hablamos de una de tubo. Cazos, cazuelas y cazuelillas me han montado un corralito en la cocina y las bombillas se han tintado


de negro revolución. que ¿yo qué hago? Nada, no veo. Los marcos de las puertas se comban y la mesita de noche quiere intimidarme (hija de puta) y lo consigue. En mi propia casa – piensoLa nevera me riñe por bobadas, y el sofá, como un niñato, me aguanta la mirada. Sentarse no es negociable. Revuelta en el baño, faltan tres baldosas. Prefiero no entrar en detalles La domótica ha resultado un buen invento: autónoma, inteligente, precisa y exenta de toda compasión. que ¿qué voy a hacer? Las mudanzas están infravaloradas

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Miguel Martínez López (Madrid, diciembre del 82) Licenciado en Filosofía por la Universidad Complutense de Madrid y Master de Estudios Avanzados en Filosofía con especialidad en Estética. Actualmente trabaja como profesor de Filosofía y es colaborador de la revista de arte Léptica, así como de otras publicaciones digitales.

Quiero ser alguien Decidido está Quiero ser alguien quise decir alguien con nombre y vida Ni más ni menos, ni polvo ni lamentos Ni verdades crudas, ni mentiras con el cuerpo. Saludando siempre educado un gesto, sin mirada de reojo breve seña con la mano: Quise decir alguien… En el ascensor voy a ser John Inglés muy americano


novela negra viajante de comercio despistado, interesante. Cuando esté en el baño Prefiero llamarme Adán Atávico como de más confianza Tristes poemas del afeitado miserias varias pelos en el lavabo. Reservaré las confidencias Para el retrovisor del coche Atascado Siempre hay tiempo en las carreteras para ahorrarse el diván sin quitamiedos llorando sueños feroces. Quise decir alguien Voy a convertirme en tantos, en cualquiera…en ti que estás leyendo esto

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Si quiero pasar por culto Un heterónimo falso de Pessoa, que lo conozcan solo las ratas. ¿qué tal le va Don Joâo Antúnes? Bem, Eu não vou escrever mais nada Si quiero sumar confianza Superman Gastado pero viril Lo dejaremos para los bares Hay menos luces, … Se bebe por confundir.

¡

!

Me puede la ilusión voy a ser alguien Quise decir alguien

Fraccio/nado, Deshilach a d o , Sin co pa do , Des compuesto, Frag-men-ta-do, Rebanado, entrecortado.


SĂ?, Alguien atomizado pero A L G U I E N Ah, se me olvidaba, cuando tĂş me mires cansada del trabajo Cuando tu me mires de verdad Yo para ti voy a ser yo.

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Terror Nocturno www.terrornocturno.eu Textos: Rafael Rocasolano y Daniel Mart铆n

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Dise帽o y maquetaci贸n: Celia L贸pez


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