Revista Mercado Imobiliario

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ESPECIAL: PROMESSA DO POLO TÊXTIL EM RONDONÓPOLIS VAI DA EUFORIA À DECEPÇÃO pág. 46

IMÓVEIS VERTICALIZADOS O crescimento do mercado imobiliário e de construção provoca uma reação em cadeia FOTO: INVENT PRODUÇÕES

pág. 20

QUANTO CUSTA VIVER BEM EM RONDONÓPOLIS? pág. 32

BANCOS TÊM CRÉDITO PARA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS

INVESTIR EM IMÓVEIS CONTINUA SENDO UM BOM NEGÓCIO

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OS LANÇAMENTOS DO MERCADO IMOBILIÁRIO E DE CONSTRUÇÃO pág. 27 MERCADO IMOBILIÁRIO & CONSTRUÇÃO

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Revista Mercado Imobiliário e Construção | Rondonópolis MT - Encarte Edição 9991 - Agosto/2018 - A Tribuna Ano 49 - Valor do exemplar: 25,00


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Rondonópolis é um bom negócio! Nenhum país, região ou setor econômico estão imunes às crises e oscilações do mercado, mas esses períodos em que a economia vai mal não assusta os investidores e setores com visão de longo prazo, pois todos sabem que as crises passam e a retração do mercado pode ser um bom momento para se fazer investimentos, se preparando para a retomada da economia, enquanto os que pararam de investir levarão um tempo bem maior para se colocarem numa posição competitiva. É nos momentos de crise que os estados e municípios prósperos e bons para se investir e fazer bons negócios se sobressaem, mantendo setores estratégicos de sua economia aquecidos, como ocorre com o mercado imobiliário e de construção de Rondonópolis, que se reinventou, se especializou e se manteve ativo em meio à atual crise, muito por conta da pujança da economia local, baseada no agronegócio e por conta de sua localização estratégica, que atraem diariamente novos moradores e investidores para a cidade, mas principalmente por conta da visão dos empreendedores locais, que não ficaram pessimistas diante de um cenário nacional de crise econômica e política e continuaram trabalhando e investindo, não permitindo de fato que ela se instalasse na cidade. A segunda edição da Revista Mercado Imobiliário & Construção, que circula como encarte do Jornal A TRIBUNA, tem justamente o objetivo de mostrar a pujança do setor em Rondonópolis, que se fortalece e continua crescendo, empregando e gerando receitas para a economia local, ajudando a construir a cidade do futuro. Aqui, o leitor encontrará entrevistas com estudiosos, empresários e pioneiros do mercado, os lançamentos e tendências do mercado, análises feitas por arquitetos e urbanistas sobre os principais problemas ainda enfrentados pela cidade, uma análise sobre como se encontra o sonhado Polo Têxtil, que transformaria o parque industrial de Rondonópolis nessa área, e muito mais. Ao mesmo tempo, retrata bem a pujança da economia local, o seu potencial para a realização de bons negócios e investimentos. Boa leitura! pg 6

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ÍNDICE Como eram nossas primeiras construções.............. 8 Mercado dispõe de linhas de crédito para todos os públicos................................................................. 16 Verticalização: uma tendência dos grandes centros.20

Rondonópolis continua sendo um bom lugar para se investir................................................................... 62 Quase 14 mil famílias ainda aguardam por uma moradia................................................................ 64

Imóveis novos continuam sendo bom investimento.26

Arquitetos debatem problemas e soluções para Rondonópolis......................................................... 66

Lançamentos continuam a brotar em solo rondonopolitano.................................................... 27

Rondonópolis é sinônimo de negócios e oportunidades........................................................ 71

Quanto está valendo o metro quadrado nas áreas mais cobiçadas?.................................................... 32

Bom momento da construção impulsiona outros segmentos............................................................. 72

Mercado segue aquecido no ramo de materiais..... 40 Acir aposta na continuidade do crescimento........... 41

Qualificação é importante para se manter no mercado................................................................ 75

Promessa do polo têxtil vai da euforia à decepção.. 46

Mercado de revestimentos e divisórias aquecido..... 76

Como resolver o problema dos terrenos baldios?... 54

Novidades em pisos e papel de parede.................. 78

Estudos ajudam a planejar o crescimento da cidade.. 56

46ª Exposul: Vitrine da pujança de Rondonópolis... 80

Localização Localizada em um ponto estratégico do ponto de vista geográfico, no entroncamento das BRs 163 e 364, Rondonópolis é uma das mais importantes cidades do Estado de Mato Grosso e da região Centro-Oeste, por conta de sua matriz econômica baseada no agronegócio, que hoje é o segmento da economia nacional que mais cresce, sendo responsável por cerca de 23,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e sendo um dos setores que mais geram empregos e renda, além de ser fundamental para o equilíbrio da balança comercial brasileira.

Em Rondonópolis está localizado o maior terminal ferroviário da América Latina, por onde passa grande parte da produção de grãos do país rumo aos portos e dali para todo o mundo. Por conta de sua importância econômica, o município é polo da região Sudeste do Estado, composto por mais 18 municípios. Rondonópolis localiza-se geograficamente a uma latitude 16º28’15” sul e a uma longitude 54º38’08” oeste, situa-se a uma distância de 215 km da capital, Cuiabá, e possui uma área de 4.686,622 Km², segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2017. FOTO – INVENT PRODUÇÕES

População Segundo o IBGE, a última projeção de população para o ano de 2017 era de 222.316 habitantes, enquanto no último censo realizado pelo órgão, em 2010, a população da cidade era de 195.476 pessoas e apresentava uma densidade

populacional de 47 habitantes por km². Até 2010, ainda de acordo com o IBGE, do total de habitantes de Rondonópolis, 98.197 habitantes seriam do sexo masculino e 97.279 seriam de mulheres.

EXPEDIENTE REVISTA MERCADO IMOBILIÁRIO E CONSTRUÇÃO II REALIZAÇÃO JORNAL A TRIBUNA MATO GROSSO PARTE INTEGRANTE - EDIÇÃO Nº 9991 - AGOSTO/2018 DIRETORES Samuel Logrado de Souza Maria Janice Logrado de Souza Aroldo Marmo de Souza Júnior

FOTOGRAFIAS A TRIBUNA Roberto Nunes Invent Produções Reproduções Assessorias de Imprensa FOTOGRAFIA CAPA Invent Produções

EQUIPE DE REDAÇÃO Denilson Paredes, Márcio Sodré e colaboradores

DIAGRAMAÇÃO A Tribuna

DEPARTAMENTO COMERCIAL Álvaro Luiz Deisi Santos Zilma Borges Ricardo Torres

ARTES Ezequiel Silva (Mega Gráfica A TRIBUNA) Agências: Innova, Monte Cristo, Decode, Amarelo Laranja, Duo, Todos os Tons, TV1, Middia Propaganda, Kabal, Simios e Outz

CTP, IMPRESSÃO E ACABAMENTO


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Hoje um espaço voltado para o turismo e a cultura, o Casario do Cais do Rio Vermelho é uma das primeiras construções de Rondonópolis, construído usando materiais artesanais

UMA VIAGEM NO TEMPO

Como eram nossas primeiras construções A cidade de Rondonópolis, por uma sé- o Rio Vermelho, que foi a primeira peça rie de fatores, mas principalmente por do empreendimento imobiliário que deconta de sua posição geográfica privi- pois viria a ser conhecido como Casario, legiada, localizada no entroncamento que hoje é um espaço destinado ao tude duas das mais importantes rodovias rismo e à cultura. federais do País, as BRs 163 e 364, por Já no ano de 1941, o pioneiro Moionde é transportada grande parte da sés Curi (já falecido) comprou a proprieprodução nacional de grãos, sempre dade e o transformou num bolicho, até teve uma forte vocação para o progres- que em 1947 a antiga Companhia de so, em amplos aspectos. E desde o prin- Estradas e Rodagens (CER) estabeleceu cípio, muito antes da pequena localida- um acampamento ali próximo, para de se tornar a potência econômica que começar a construção das estradas da é hoje em dia, o mercado região, o que levou o piode construção e imobineiro a construir mais al“Eu costumo liário já tinha forte pregumas casas anexas à pridizer que o sença na economia local, meira nos anos seguintes, primeiro conjunto como pode ser visto em com a finalidade de alugar habitacional de um dos seus mais signifipara os trabalhadores que cativos pontos históricos: Rondonópolis foi o vinham trabalhar na obra. o Casario do Cais do Rio “Eu costumo dizer que Casario...” Vermelho, que foi o prio primeiro conjunto habimeiro condomínio aberto voltado para tacional de Rondonópolis foi o Casao aluguel de moradia para pessoas que rio. Nessa época, não havia a oferta de chegavam naquele momento na cidade material de construção que há hoje. Por para trabalhar. isso, podemos reparar que tanto as caDe acordo com a historiadora Laci sas são baixas quanto são emendadas Maria Araújo Alves, que já escreveu vá- umas nas outras. Justamente para ecorios livros sobre a história de Rondonó- nomizar material, pois as casas eram polis, uma das primeiras construções da feitas de adobe, artesanalmente e as cidade data da década de 1930, que telhas eram feitas literalmente nas coera a casa da pessoa encarregado de xas, ou seja, usava-se a coxa como foroperar a balsa usada para se atravessar ma para as telhas e é por isso que elas pg 8

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A historiadora Laci Maria de Araújo Alves, com vários livros publicados sobre a história de Rondonópolis, que diz considerar o Casario o primeiro empreendimento imobiliário da cidade

eram desiguais. Para se fabricar uma quantidade maior, o pessoal organizava mutirões na época”, contou. Para a historiadora, guardada as devidas proporções, o Casario seria o primeiro grande, para a época, empreendimento imobiliário da cidade.


TURISMO

Casario: espaço para a cultura

Um dos prédios mais significativos da história de Rondonópolis, com o início de sua construção datada ainda na década de 1930, tendo sido uma

de suas primeiras construções e tendo abrigado figuras igualmente históricas como o Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, o Casario do Cais do Rio

Vermelho foi revitalizado nos últimos anos e hoje é um ponto turístico da cidade, abrigando restaurantes e bares, além de ser sede da Secretaria Municipal de Cultura. No local, que fica localizado às margens do Rio Vermelho, também acontecem apresentações culturais dos mais variados tipos, tendo se firmado como ponto de encontro de artistas e jovens, que encontram ali um espaço para suas manifestações culturais. Ao lado do Casario também é possível avistar o Cruzeiro, uma bonita representação da fé do povo local e que também é outro atrativo para a população e turistas.

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CRESCIMENTO

A evolução do método de construção Nos primeiros anos da cidade, as construções eram pouco elaboradas e artesanais, mas com o decorrer dos anos, já em 1951 começam a surgir as primeiras construções que utilizavam novos materiais e já traziam um acabamento mais esmerado. O responsável por esse primeiro grande salto na qualidade do mercado de construção na cidade foi o pioneiro Rosalvo Farias, o primeiro mestre de obras da cidade, que se tornaria também o primeiro prefeito de Rondonópolis. Data dessa época o prédio que foi a primeira sede da Prefeitura, que também abrigaria a Câmara Municipal e, depois de tombado como Patrimônio Histórico, se transformou no Museu Rosa Bororo. “Essa arquitetura já era moderna, já usava novos materiais, como tijolinhos e telhas francesas, além de ter eira e beira, tem um melhor acabamento e adornos na fachada. É o marco de um novo momento da construção na cidade”, continuou a historiadora. Foi a partir daí que as construções passam a contar com um planejamento e começa utilizar materiais já industrializados. A arquitetura dessas construções também evoluem e elas começam a ostentar beirais e platibandas, que logo passam a ser vistas em construções mais centralizadas e destinadas ao comércio em geral. “É o momento que chegam novos migrantes na cidade, como os paulistas, o que movimentou dinheiro e

Com elementos estéticos e já usando materiais como telhas francesas e tijolinhos, o prédio que foi a primeira sede da Prefeitura é uma prova da evolução das construções em Rondonópolis

Com o tempo começaram a surgir as primeiras construções que utilizavam novos materiais e já traziam um acabamento mais esmerado

o mercado imobiliário na cidade, pois eles vieram para cá comprar terras, fa-

zendas, e imóveis urbanos também”, informa Laci Maria Araújo Alves.

CRESCIMENTO

A expansão da cidade para além do centro O cartorário e empresário Áureo Cândido Costa, 80 anos, é um dos pioneiros do mercado imobiliário local, tendo chegado em Rondonópolis no mês de julho de 1963, quando deixou a cidade de Goiânia, onde já trabalhava como corretor de imóveis, para assumir a parte da sociedade que um tio seu tinha na imobiliária pg 12

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que estava lançando naquele momento o loteamento onde hoje existe a Vila Aurora e bairros vizinhos. Segundo ele, fora o loteamento Vila Aurora, existia na época a Vila Operária, onde a Prefeitura doava terrenos para as pessoas interessadas em construir e morar na cidade. “Naquela época, nós registramos o

loteamento no ano de 1958, mas não foi aqui, foi em Poxoréu, pois éramos Comarca de Poxoréu. Eram cerca de 70 quadras e como não existia ainda a legislação que existe agora, que obriga os loteamentos a terem toda a infraestrutura, como água, luz, asfalto, rede de esgoto e outras coisas, o loteamento não tinha nada. Só as


“Tudo foi aberto na enxada e no enxadão, pois não existiam tratores aqui até aquela época”, conta o empresário Áureo Cândido Costa, pioneiro na venda de loteamentos na cidade

ruas e a demarcação dos lotes. E isso tudo foi aberto na enxada e no enxadão, pois não existiam tratores aqui até aquela época”, rememora. Ainda assim, ele se lembra que no primeiro mês de comercialização vendeu cerca de 70 lotes, o que foi algo espantoso para aquele momento e demonstrou que havia uma gran-

de demanda na cidade por terrenos para construção. Logo em seguida, ele doou a área onde foi construído o Núcleo Habitacional Rio Vermelho, conhecido hoje em dia como Cohab Velha e, logo, o local começou a ser povoado de forma mais efetiva. “Nós decidimos fazer essa e várias outras doações para ver se isso ajudava

a desenvolver a região, pois só haviam duas pontes precárias sobre o Arareau e, a que ficava aqui na Rua Arnaldo Estevan caiu, a enchente levou, e ficou só uma, mas era lá para cima, mais afastado do centro. Com o tempo, o pessoal foi reivindicando as melhorias e com o tempo elas foram aparecendo”, contou. Ele se recorda de outros pioneiros do mercado imobiliário, como o popular Garapeiro, que loteou a Vila Paulista, do senhor Simplício Cellos, que loteou a região do bairro Santa Cruz, de José Sobrinho, que loteou a região do Monte Líbano, e do popular Zé Turquinho, que loteou a região da Vila Birigui. Personagem vivo da história local, Áureo Cândido Costa acompanhou todo o crescimento da cidade e a té hoje atua no segmento, estando na fase inicial de construção do seu terceiro condomínio horizontal, voltado para o público de alta renda. “Hoje, nossos loteamentos são bem diferentes, pois contam com toda a infraestrutura para se viver, tudo belíssimo. A cidade evoluiu e os loteamentos também, como não poderia deixar de ser”, concluiu.

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REFORMA E AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS

Mercado dispõe de linhas de crédito para todos os públicos MODELAGEM 3D - DEP. DE ARTE A TRIBUNA

As instituições financeiras têm dinheiro para ajudar na realização do sonho de morar na casa própria ou investir em imóveis. Segundo o gerente-geral da Agência Centro da Caixa Econômica Federal (CEF) em Rondonópolis, Valmir Campos Batista, o mercado dispõe de linhas de crédito e o acesso é simplificado para todos os públicos que queiram adquirir uma casa própria ou investir num imóvel. De acordo com o representante da instituição bancária que é responsável por cerca de 70% de todos os financiamentos de imóveis do País, há recursos para todos os tipos de públicos que queiram adquirir o seu imóvel, desde as pessoas com a renda mais baixa, com recursos do programa Minha Casa Minha Vida, como para as pessoas com renda mais elevada. “Disponibilidade tem, inclusive mudamos recentemente o percentual de financiamento para imóveis, que era de 50% e agora é de 80% do valor total. Isso, para o público com renda maior, pois para aqueles com renda de até R$ 7 mil mensais, nós financiamos até 90% e a pessoa ainda pode usar o seu FGTS para quitar os 10% restantes, ou, se a pessoa tiver um bom valor de FGTS, ele pode usar todo e financiar o percentual restante”, informou. pg 16

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Segundo ele, o banco tem previsão de investir entre R$ 200 a 300 milhões para a aquisição de moradias na cidade de Rondonópolis somente este ano, dispo-

nibilizando crédito tanto para habitações populares, que são construídas pela iniciativa privada e adquiridas pelas famílias por meio de financiamento, quanto as de mais alto padrão, o que permitirá a entrega de mais de mil novas moradias ainda este ano, que devem ser comercializadas a um juro que varia entre 4,5% a 7% anuais, além do subsídio oferecido pelo governo para a aquisição da casa própria para famílias de baixa renda, que pode chegar a até R$ 20 mil, dependendo a renda de cada família. Para o público com renda maior, o gerente informa que os financiamentos para a aquisição de imóveis de até R$ 800 mil são oriundos dos recursos da caderneta de poupança, por meio do Sistema Brasileiro de Poupança e Crédito, com juros que variam de 8% a 9% e, acima desse valor, o recurso é do próprio banco, com juros na casa dos 10% ao ano. “Tanto para casas quanto imóveis em condomínios fechados ou imóveis em construção pode nos procurar que nós temos uma linha de crédito que vai se enquadrar no seu perfil”, completou Valmir Batista.

A Caixa tem previsão de investir entre R$ 200 a 300 milhões para a aquisição de moradias na cidade somente este ano, afirmou o gerente Valmir Campos Batista


Mercado não tem encontrado dificuldade no acesso ao crédito

“Hoje a concessão de um crédito ou financiamento depende muito mais do cliente do que da instituição bancária”, informou o empresário Carlos Zambardino, da Remax Trieto

O mercado não tem encontrado dificuldades para a obtenção de crédito para a aquisição de imóveis. “Está tendo a oferta de crédito e nossos clientes não têm tido dificuldades. Ou seja: nós temos feitos muitos negócios com financiamento bancário. Podemos dizer que hoje a concessão de um crédito ou financiamento depende muito mais do cliente do que da instituição bancária. Se a pessoa tiver um bom cadastro, existem vários bancos, tanto públicos quanto privados que têm boas opções de crédito para a aquisição de imóveis”, afirmou Carlos Alberto Zambardino Sobrinho, da Imobiliária Remax Trieto, uma das maiores e mais atuantes do mercado. Outro segmento que se beneficia muito do crédito bancário é o de materiais de construção, já que grande parte das pessoas que constroem, reformam ou ampliam suas próprias moradias o fazem usando desse dinheiro. “Hoje em dia há bastante disponibilidade de crédito para quem quer construir ou reformar, o que é muito importante, pois a pessoa muitas vezes não tem como pagar uma parcela de valor alto, mas se você diluir isso em várias parcelas, a pessoa consegue fazer sua obra. Nós fazemos o cadastro, ajudamos a aprovar o crédito para o cliente, o que também ajuda a facilitar as coisas, mas a oferta é abundante”, afirmou o empresário Cláudio

BELVEDERE

A importância do crédito bancário para o mercado é reconhecida pelo empresário Cláudio Bertoldo Bertoldo, da Paiol Materiais de Construção, segundo quem cerca de 50% de todas as vendas de seu comércio é viabilizado por meio do crédito bancário.

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Verticalização: uma tendência dos grandes centros

Uma das primeiras construções verticalizadas da cidade foi o antigo Hotel Thaani, na virada da década de 70 para 80, onde até hoje funciona um hotel

Consequência natural do processo de urbanização das grandes cidades, onde a escassez de terrenos para novas construções provoca a elevação dos preços dos mesmos, tornando inviável que eles sejam adquiridos para abrigar uma propriedade somente, a verticalização se tornou uma das soluções para essa realidade, levando os empreendedores a investirem na construção de prédios com vários pavimentos. A verticalização ganhou força no Brasil no início do século passado e teve grande impulso em Rondonópolis nas últimas décadas, com o surgimento de vários empreendimentos habitacionais verticalizados, em sua maioria de alto padrão de construção e acabamento. Entre as causas desse tipo de tendência no mercado imobiliário está a segurança, que é um quesito fundamental que esse tipo de moradia oferece, mas fatores como a privacidade, economia e praticidade são outros fortes apelos dos condomínios verticalizados.

As primeiras construções verticalizadas da cidade Segundo o professor do Departamento de Geografia da UFMT, Jorge Luiz Gomes Monteiro, Mestre em Planejamento Urbano e Doutorado em Gestão do Território, esse tipo de construção surgiu em Rondonópolis na virada da década de 70 para 80, com a construção do Hotel Tahani, localizado na Avenida Amazonas, no Centro B da cidade. “Mas se voltarmos um pouco na História, poderemos ver que na Roma antiga já surgia as primeiras construções sobrepostas. O que fez mesmo com que esse tipo de construção ganhasse força foi a Revolução Industrial, sobretudo na virada do século XIX para o século XX. Aqui, inicialmente essas construções eram para atender ao comércio, mas logo passou a atender também as famílias com moradias. Mas a verticalização deriva principalmente do encarecimento das terras. Há estudos que comprovam que onde é maior o custo da terra isso acaba levando à verticalização”, afirmou. Segundo o professor, a tendência de verticalização das construções ainda deve pg 20

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Professor do Departamento de Geografia da UFMT, Jorge Luiz Gomes Monteiro, Mestre em Planejamento Urbano e Doutorado em Gestão do Território: a tendência de verticalização das construções ainda deve perdurar por um bom tempo

perdurar por um bom tempo, pois é uma das formas de se reduzir custos com infra-

estrutura e aumentar a densidade populacional.


As mudanças no tipo de construção Até algum tempo atrás, as construções verticalizadas ofereciam apenas os apartamentos, uma piscina, um salão de festas ou auditório em um dos seus pisos, além de uma portaria e mais nada. Contudo, hoje em dia essa realidade mudou e os condomínios verticais estão cada vez mais completos, oferecendo atrativos para as famílias que vão muito além do tradicional parquinho para as crianças e os salões de festa de uso comum, passando a oferecer comodidades como academias, áreas de lazer e até cinemas, entre outras. “As pessoas estão migrando para os apartamentos por vários motivos, mas a praticidade de encontrar piscina, playground para as crianças e academias dentro do próprio condomínio é algo que as pessoas hoje em dia valorizam muito, pois, além da comodidade, isso também significa segurança e economia no final do mês, pois você não precisa sair do seu condomínio para quase nada mais”, afirmou o empresário Thiago Muniz, da TMI Investimentos Imobiliários. Outra vantagem apontada por ele em morar nos condomínios verticais é a diminuição dos custos de

Para o empresário Thiago Muniz, da TMI Investimentos Imobiliários, “as pessoas estão migrando para os apartamentos por vários motivos, mas a praticidade de encontrar piscina, playground para as crianças e academias dentro do próprio condomínio é algo que as pessoas hoje em dia valorizam muito”

Para o professor Josenilton Melo, da UFMT, a verticalização contribui com a cidade, no sentido de que “Os custos do poder público diminuem bastante quando a cidade se torna mais adensada populacionalmente”

manutenção, já que os condomínios modernos utilizam cada vez mais materiais que consomem menos energia, por exemplo. Para o também o professor de Geografia da UFMT, Josenilton Balbino de Melo, que é Mestre em Produção do Espaço Regional, o adensamento populacional provocado pelas construções verticalizadas é algo altamente positivo para Rondonópolis, já que a cidade cresceu de forma espalhada. “O processo de verticalização das moradias surgiu nas grandes cidades e está diretamente relacionado à falta de espaço, já que esse tipo de construção oferece a vantagem de abrigar várias famílias num espaço pequeno. E esse adensamento é muito bom para o poder público, que tem em uma pequena área um grande número de pessoas e, dessa forma, é mais fácil fornecer o serviço público. Os custos do poder público diminuem bastante quando a cidade se torna mais adensada populacionalmente”, afirmou. MERCADO IMOBILIÁRIO & CONSTRUÇÃO

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Diferenciais para atrair negócios Uma das principais razões que levam as pessoas a procurarem por esse tipo de moradia é sem dúvida a segurança que os condomínios verticalizados oferecem para seus moradores, o que não é ignorado pelos empreendedores, que projetam edifícios cada vez mais seguros, como forma de suprir essa falha do Estado em garantir a segurança dos cidadãos. Mas como há dezenas de empreendimentos em construções verticalizadas na cidade, o mercado procura oferecer diferenciais para atrair os compradores. Uma demonstração de como um diferencial pode ser um elemento importante como

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forma de atrair interessados em adquirir um apartamento foi a forma encontrada pela Construtora Engesul, que está finalizando o edifício Caravaggio, que conta com dois elevadores panorâmicos. “Nós procuramos colocar um diferencial em todas as nossas obras, para atrair o nosso cliente, para ele conhecer o que a gente tem para oferecer, e apesar dos elevadores terem custado cerca de 30% a mais que o valor de um elevador tradicional, nós achamos que valeu a pena, pois ficou muito bacana e foi um sucesso de vendas, pois o Caravaggio está todo comercializado”, contou o empresário Clodocir Leiva, da Engesul.

Para atrair clientes, o mercado procura inovar, como no caso do Edifício Caravaggio, que tem dois elevadores panorâmicos como diferencial


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Estratégia para encantar novos compradores

Com um público-alvo cada vez mais informado e exigente, uma das estratégias cada vez mais usadas pelo mercado imobiliário e de construção são os estandes com modelos de apartamentos decorados, que servem para mostrar aos futuros compra-

dores um modelo em tamanho real daquilo que ele está adquirindo, o que tem ajudado muito o segmento a fechar bons negócios. Projetados para possibilitar ao futuro morador ter uma noção mais aproximada do que se tornará seu futuro lar, os decorados são um excelente instrumento potencializador de vendas, não só por que as pessoas já interessadas se sentem mais seguras para fechar o negócio, mas também por que o decorado em si atrai possíveis compradores que de outra forma não se interessariam pelo imóvel à venda. Um bom exemplo disso é o Boulevard Paulista, empreendimento da TMI Investimentos Imobiliários,

que ainda está com cerca de 30% de suas obras concluídas, mas com 80% dos apartamentos já comercializados. Muito disso graças aos estande montado no próprio local da construção, onde os futuros proprietários podem se encantar com uma visão em tamanho real do seu futuro lar, já com sugestão de móveis e decoração. “Nós procuramos fazer um estande de vendas com os dois modelos de apartamentos que vamos ter nessa torre, decorados e no próprio local do empreendimento, e isso foi um diferencial na hora das vendas, alavancando os nossos negócios, pois a pessoa vê o apartamento já pronto. A pessoa tem uma noção exata daquilo que ela está comprando, do espaço que ela vai ter, de como ela pode fazer os móveis, decorar. Assim, a gente já vai entregar o apartamento no modelo que o cliente escolheu e ele vai poder adiantar a parte dos móveis também. Gostamos muito do resultado e creio que a tendência vai se toranr mais forte no futuro”, contou o empresário Thiago Muniz. Outros empreendimentos já fizeram uso da estratégia e a tendência é que o mercado lance mão cada vez mais dos decorados para atrair novos compradores, confiando na máxima que diz que as pessoas compram principalmente com os olhos. Ou seja: o fato de visualizar o que está comprando reforçam todos os argumentos dos corretores e deixa o comprador mais seguro para fechar negócio. MERCADO IMOBILIÁRIO & CONSTRUÇÃO

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VALORIZADOS

Imóveis novos continuam sendo bom investimento A aquisição de um imóvel novo, além de ser a realização do sonho de morar no que é seu, pode ser um excelente negócio para quem quer investir no mercado imobiliário, já que os imóveis estão em fase de franca valorização e o retorno é garantido. No mercado, aquecido como nunca na cidade, é possível encontrar um amplo leque de opções que vão da aquisição de um simples terreno para futura construção, quanto imóveis de alto padrão em con-

Artur Vitório Savian: “Rondonópolis é uma cidade que tem um diferencial com relação às outras, pois se desenvolve e cresce para todos os lados”

domínios horizontais ou verticalizados, entre outros. De acordo com os especialistas do mercado, o melhor investimento no momento é a aquisição de apartamentos na planta, que garantem um bom ganho para o investidor. “Esses imóveis levam cerca de dois anos para ficarem prontos e, como não há um estoque de apartamentos na cidade, assim que são enO melhor investimento no momento é a tregues eles se toraquisição de apartamentos na planta, que nam muito valorigarante um bom ganho para o investidor zados, garantindo ganhos que vão de 20% a até 50% do valor investido para vender ganha um bom dinheiro em bem pouco tempo”, afirmou o em- com isso. As pessoas hoje em dia estão presário Artur Vitório Savian, da Imobi- preferindo construir nos condomínios liária Guzzi. fechados, principalmente por conta da Outra excelente opção é a aquisição segurança que esses locais oferecem”, de terrenos nos condomínios horizontais diz. Mas ele também observa a econofechados, que também estão muito va- mia na hora de construir, pois como os lorizados, garantindo ganhos de cerca condomínios já são fechados, eles não de 30% sobre o valor investido em cerca precisam construir muros e nem instalar de 3 anos. “Isso também se deve a falta equipamentos sofisticados para a sua de estoque desse tipo de imóvel. Então, segurança. “Tudo isso é economia e é como a procura por terrenos em condo- levado em consideração por quem vai mínios fechados está em alta, quem tem comprar”, ressaltou Savian.

Casas de rua viram alvo para negócios No caso de imóveis de rua, como são chamados os imóveis residenciais de bairros, os ganhos são menores e o prazo necessário para a sua valorização também é maior, mas há situações como o caso da Vila Aurora, Santa Cruz, La Salle e Birigui, que estão sendo bastante procurados por profissionais liberais e comerciantes, que vêm nos bairros um bom lugar para instalarem seus escritórios, clínicas e empresas, pg 26

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o que tem garantido uma boa valorização para os imóveis localizados em pontos estratégicos, que são os mais visados pelos compradores. No caso dos bairros mais periféricos, a maioria deles também passou por um processo de valorização recente, por conta da expansão do asfalto para essas regiões e também por conta da construção de casas e pequenos condomínios resi-

denciais do “Minha Casa Minha Vida”, do Governo Federal. “Rondonópolis é uma cidade que tem um diferencial com relação às outras cidades, pois se desenvolve e cresce para todos os lados. Por isso, eu tenho certeza de que vai continuar por muitos anos sendo um bom lugar para se investir”, concluiu Artur Vitório Savian, que já atua há mais de 25 anos no mercado imobiliário.


O empresário Clodocir Leiva, da Engesul, em frente ao canteiro de obras onde está sendo construído o edifício Cézanne, lançamento da construtora

NOVIDADES

Lançamentos continuam a brotar em solo rondonopolitano Com vários empreendimentos em fase de execução, o mercado imobiliário deu uma diminuída no ritmo do lançamento de novos empreendimentos neste ano de 2018, mas o setor ainda está longe de estar parado, com novos lançamentos e outros ainda em fase de análise e prospecção, que em breve devem estar no mercado. A expectativa é que o setor continue impulsionado e gerando bons negócios por um bom tempo ainda, o que anima os investidores, que em sua maioria já tem um planejamento para os seus investimentos para os próximos anos. O edifício Cézanne é o lançamento da Construtora EnMERCADO IMOBILIÁRIO & CONSTRUÇÃO

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Maquete do edifício Boulevard Paulista, lançamento da TMI Investimentos Imobiliários

gesul, que é uma das mais experientes do setor, já tendo lançado quatro outras torres de apartamentos no mercado local. Com 15 andares e 60 apartamentos de 124 metros quadrados de área privativa, o Cézanne também contará com uma estrutura de lazer completa, tendo na sua localização o seu grande diferencial. Localizado no residencial Sunflower, o condomínio tem na tranquilidade o seu diferencial. Lançado há seis meses, ele está com suas obras iniciadas e tem previsão de entrega para 2022. Inclusive, sempre procurando oferecer diferenciais para os seus clientes, a Engesul foi a primeira construtora a implantar um elevador panorâmico em um de seus empreendimentos, o Caravaggio, que foi um sucesso de vendas. pg 28

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Já a Construtora Concresul, outra gigante do ramo da construção na cidade, lançou o Cidade Real no final de 2017, prédio com 17 pisos, atualmente com cerca de 30% das obras já executadas e com previsão de entrega em 2020. Outro empreendimento da Concresul é o Gran Lux, prédio com 34 pisos, a torre mais alta da cidade, atualmente com cerca de 60% das obras executadas e com previsão de entrega também para o ano de 2020. A TMI Investimentos Imobiliários, atualmente, trabalha na construção do Boulevard Paulista, que fica localizado a uma quadra do Shopping, edifício que terá 24 pisos e um total de 120 apartamentos, sendo seis por andar, com 350 vagas de estacionamento, assim como boxes para os moradores usarem como despensa, além de toda estrutura de lazer, como academia, sauna, salão de jogos, duas piscinas, quadras, de tênis, squash, salão de jogos, ampla área de lazer, seis quiosques com churrasqueira e outras comodidades. Em fase de construção, o edifício está no terceiro piso e já tem 80% dos apartamentos vendidos. Também atua na finalização do edifício Gran Aurora, próximo ao Shopping. A

O Boulevard Paulista, edifício a uma quadra do Shopping, é a nova aposta da TMI Investimentos Imobiliários


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informação repassada pela empresa é que estão planejados novos lançamentos para o início de 2019. Uma das novidades do mercado é o edifício Tivoli, da Construtora Salas, que fica localizado no bairro Jardim Mato Grosso, na região Vila Aurora, construção com 21 andares, com 107 metros quadrados de área privativa, cada apartamento com três quartos, sendo duas suítes e contando com o diferencial de possuir três elevadores, além de área de lazer completa. O empreendimento foi lançado no início de 2018 e tem previsão de entrega em 2022. Ao mesmo tempo, a Salas está construindo o Belvedere, edifício residencial de 23 pisos localizado próximo ao shopping e que tem previsão de entrega para 2020, além do Centro Comercial Prime, localizado no centro da cidade, onde estão sendo construídas duas torres, uma para abrigar um hotel e a outra para abrigar salas comerciais. A previsão de entrega é para 2022.

Edifício Cidade Real, da Construtora Concresul:mais novo lançamento na cidade

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MONTREAL

Novidade em loteamento Uma novidade do mercado imobiliário de Rondonópolis é o Montreal, loteamento com 285 lotes residenciais e comerciais, dotados de toda a infraestrutura para se viver bem e diferenciais, como uma área verde com pista de caminhada, pista de ciclismo infantil, gramado para piquenique, quadra de vólei de areia, academia e outros. Em fase final de construção, a previsão é que as obras de asfaltamento, meio-fio, sarjetas e da área de lazer, além da instalação de luz e água, sejam entregues no final do ano. Em seguida, os seus novos proprietários já poderão começar a construir no local. O grande diferencial desse empreendimento é a vasta área verde com toda uma estrutura de lazer e para a prática esportiva, que servirá como um local de encontro dos moradores. “Nós pensamos no conforto de quem vai viver aqui e no convívio entre os moradores, criando essa área de vivência para que ele se torne um bairro agradável. Nós trouxemos esses diferenciais para agregar valor ao nosso empreendimento. Outro diferencial é o fato de que os futuros donos de lotes não sofrerão com a falta de água,

“Nós pensamos no conforto de quem vai viver aqui e no convívio entre os moradores”, afirmou Armando Massaro, da Bravante, que está lançando o loteamento Montreal

já que os empreendedores da região se uniram para construir um super poço artesiano, que abastecerá os novos loteamentos”, infor-

mou Armando Massaro, gerente comercial do Grupo Sinop, dona do empreendimento, cuja matriz fica em Sinop-MT.

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MERCADO

Quanto está valendo o metro quadrado nas áreas mais cobiçadas?

A região que tem os imóveis mais valorizados é a da Vila Aurora, principalmente devido ao padrão das construções existentes e a proximidade do centro

Uma das consequências imediatas do crescimento da cidade é a valorização dos imóveis, que hoje chegam a valores inimagináveis pouco tempo atrás. O lado positivo desse processo de valorização é que a aquisição de imóveis na cidade se torna cada vez mais uma excelente opção de negócio para quem tem interesse em investir nesse mercado. Uma particularidade desse mercado no momento é que ele está mais propício para os empreendimentos voltados para o público de maior poder aquisitivo. “Os condomínios fechados, junto com os apartamentos de mais alto padrão, por conta da segurança que oferecem estão tendo muita procura e estão extremamente valorizados. Muitas pessoas estão deixando as casas em bairros para investirem num desses dois tipos de imóveis, o que faz com que eles estejam bem valorizados”, afirmou o empresário Carlos Alberto Zambardino Sobrinho, da Remax Trieto imobiliária. Segundo ele, a valorização no mercado está diretamente ligada ao crescimento da cidade e, por conta disso, a pg 32

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tendência é que os imóveis continuem valorizados por muito tempo ainda. “A cidade não para de crescer e os imóveis vão continuar valorizando por um bom tempo. Eu não acredito que vá chegar aos preços praticados nos grandes centros do país, mas vai chegar a algo muito próximo disso em breve. Há uma gran-

de procura por imóveis e isso empurra o preço para cima”, garantiu. Entre os condomínios fechados horizontais, está o Village do Cerrado, com valores que giram em cerca de R$ 7 mil o metro de área construída e R$ 850 o metro quadrado dos terrenos para construção. A alta valorização do metro quadrado no condomínio tem relação aos investimentos que já foram feitos nele, que o tornaram um dos mais belos e estruturados condomínios do Estado. Os terrenos localizados na rua principal são ainda mais valorizados, valendo até próximo de R$ 1 mil o metro quadrado. A região que tem os imóveis mais valorizados é a da Vila Aurora, devido a uma série de fatores, como o padrão das construções existentes e a proximidade do centro e de locais como o Shopping da cidade. Outra região que está bem valorizada é a do Residencial Granville, que fica numa área alta e onde ainda é possível encontrar vários terrenos para se comprar. “O Granville hoje ainda tem muito terreno à venda, mas há quadras que são mais habitadas e melhor localizadas, onde os terrenos valem um pouco mais, mas os preços ali variam entre R$ 200 a 250 o metro quadrado, assim como no residencial Sunflower. Já a Vila Aurora, a sua parte mais alta é mais valorizada. Ali o preço varia entre R$ 400 a R$ 600 o metro quadrado”, analisou Vicente Dalberto, da Imobiliária Remax Correta.

Terreno com placa de “Vende-se” e mantido limpo


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Uma situação que chama a atenção é o caso da Vila Goulart, que fica ao lado do Horto Florestal e de um dos condomínios mais caros da cidade, o Bosque, tendo ainda grande potencial de valorização, principalmente agora com o condomínio do Bosque II, com localização privilegiada, praticamente no centro da cidade. “Por se tratar de um bairro de classe média alta, os preços ainda podem melhorar mais ainda. Esses terrenos têm um teto que pode chegar até mais ou menos 50% do preço do metro quadrado no condomínio, pois, se custar mais do que isso, as pessoas preferem investir no condomínio. Por isso, os terrenos variam em torno de R$ 250 o metro quadrado”, disse. Bem valorizada, principalmente devido à alta concentração de clínicas médicas e hospitais, a região da Vila Birigui tem um dos metros quadrados mais caros da cidade, com terrenos sendo comercializados por até R$ 800 o metro quadrado, na sua parte mais nobre. Já o bairro Santa Cruz está localizado na região que ficou conhecida como Vila Rica, justamente por conta de ser a região onde foram construídas as primeiras construções de alto padrão na cidade, cerca de 35 anos atrás em média. O bairro La Salle, na região, também tem recebido muitas clínicas e, devido à proxi-

“Na verdade, não é o corretor e muito menos o dono que define o preço do imóvel. Quem define isso é o mercado”, definiu o empresário Vicente Dalberto, da Remax Correta

midade com o Fórum da Comarca, bancas de advogados, valorizando muito o seu metro quadrado. “Quem tem condições de adquirir um imóvel um pouco mais caro, vai preferir

outra região da cidade. Mas outra coisa que pesa muito é a idade dos imóveis, já que essa região do Santa Cruz está com mais de 90% de sua área já construída. O preço desses imóveis variam muito, pois

A ACIR acredita no nosso povo, que trabalha e aposta no associativismo, porque juntos somos mais!

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depende do tempo da construção, se ela foi atualizada nos seus acabamentos, mas tem muitas casas que precisam trocar muita coisa, como piso, telhado e outros”, continuou Dalberto. Na região central da cidade, onde praticamente não há mais terrenos à venda, o preço do metro dos imóveis é definido pelo seu potencial comercial, ou seja, isso está ligado à quantidade de potenciais consumidores que transitam pelo local, sendo de difícil avalia-

ção, pois é preciso levar em consideração fatores como a idade e o padrão da construção, bem como o interesse do próprio investidor. Um bairro bastante antigo, mas ainda de pouca densidade habitacional, é o Sagrada Família, situação que acaba por influir negativamente na definição dos valores de seus imóveis. Os preços médios do metro quadrado variam entre R$ 150 a R$ 500, dependendo da localização e da disponibilidade de serviços

como água e luz. Regiões mais periféricas, como os bairros Parque Universitário e Jardim Liberdade, onde ainda há uma grande quantidade de terrenos não construídos, que tinham um preço muito baixo até pouco tempo atrás, passaram por uma valorização após a implantação do programa “Minha Casa Minha Vida”, que construiu muitos imóveis nessas regiões. Hoje, o metro quadrado do terreno nesses bairros chega a custar até R$ 200 em média.

Grande procura favorece apartamentos Localizados em sua maioria na região da Vila Aurora, apesar de existirem vários empreendimentos na região dos bairros Centro, Sagrada Família e Vila Birigui, que já eram há tempos regiões com imóveis bem valorizados na cidade, os condomínios verticalizados são a bola da vez do mercado imobiliário local e, juntos com os condomínios fechados horizontais de alto padrão, são os tipos de imóveis mais procurados pelo público de maior poder aquisitivo, devi-

do principalmente a fatores como a segurança e a privacidade oferecidas por esse tipo de moradia. “Se você observar, os lançamentos do mercado hoje são grandes clubes, onde tem de tudo em termos de opções que valorizam a qualidade de vida de quem procura esse tipo de moradia. Tudo é pensado e feito de forma a tornar esses condomínios o mais completo possível”, diz o empresário Carlos Alberto Zambardino. Hoje, o preço do metro construído

em condomínios verticalizados de alto padrão começa com algo em torno de R$ 4,5 mil. Mas a valorização dos imóveis, após entregues pelas construtoras, é enorme. “Depois de entregue, você vai ter aí uma valorização que vai elevar esse preço para algo em torno de R$ 6 mil ou até mais, dependendo do empreendimento. Rondonópolis é hoje uma das melhores cidades do Brasil para se investir nesse mercado, pois nós temos um crescimento quase chinês”, completou.

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O outro lado da moeda Na contramão, ao mesmo tempo que os condomínios fechados estão valorizados, há um tipo de imóvel que tem sofrido um processo de desvalorização. “Há uma desvalorização muito forte do que chamamos imóveis de rua, que são as casas em bairros, pois eles estão perdendo seus moradores para aos condomínios fechados. Há um descompasso que vai de 10% a 20% entre o que o imóvel vale e o preço que conseguimos vender ele. Se você andar na cidade, verá um monte de placas de ‘vende-se’ e houve casos em que houve mais de 50% de des-

“Há uma desvalorização muito forte do que chamamos imóveis de rua, que são as casas em bairros” valorização. Isso é algo relacionado com o momento, já que há uma insegurança muito grande na nossa sociedade. Mudando um pouco a situação e aumentan-

do a sensação de segurança do cidadão, com certeza esses imóveis voltam a se valorizar”, concluiu Zambardino. “Na verdade, não é o corretor e muito menos o dono que define o preço do imóvel. Quem define isso é o mercado. Então, o preço que se consegue vender é o preço que o imóvel vale. É importante ter a mente aberta para acompanhar a realidade do mercado. Até por que essa realidade pode mudar e o imóvel que hoje está desvalorizado pode voltar a se valorizar em pouco tempo”, completou o empresário Vicente Dalberto, da Remax Correta.

LOCAÇÃO

Boa procura garante bons preços para aluguel de residências Um mercado que resiste ao tempo e às crises é o aluguel de residências, que chegou a sofrer uma certa queda corte anuncio 1 pág.pdf 1 18/07/18 10:51 nos seus valores, mas continua tendo

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uma boa procura e sendo um bom investimento, graças ao acelerado crescimento da cidade. Situação diferente acontece com os imóveis voltados

para o comércio, que sofreram uma desvalorização nos seus preços e ficam mais tempo fechado à espera do cliente certo.


Aluguel de residências continua tendo boa procura na cidade de Rondonópolis

“No caso dos imóveis comerciais, quem não tem um imóvel muito bem localizado, está tendo dificuldade para alugar pelo preço que quer. A nossa

economia como um todo não está retraída com a crise, mas o comércio está sentindo muito. As despesas ficaram muito alta e, se você observar, profis-

sionais liberais que antes mantinham um escritório sozinho, como no caso de alguns advogados, hoje estão procurando colegas para dividirem esse espaço, para dividirem também as despesas e poderem continuar trabalhando”, informou o empresário Vicente Dalberto, da Imobiliária Remax Correta. Segundo ele, o valor do aluguel é calculado tendo como base o valor do imóvel locado, ficando entre 0,5 a 0,8% do valor do mesmo por mês. Ou seja: um imóvel que valha cerca de R$ 100 mil será alugado por valores que vão de R$ 500 a R$ 800, dependendo da negociação entre as partes. “Salas comerciais são negociadas por cerca de R$ 20 o metro quadrado, o mesmo valor de salões comerciais, dependendo da localização. Mas esses valores variam muito, de acordo com os critérios do cliente”, completou.

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ANÁLISE

Mercado segue aquecido no ramo de materiais para construção O segmento de varejo de materiais de construção passou por dificuldades, mas fez ajustes e sobrevive à crise graças à visão dos empresários do setor e à pujança da economia local. Quem faz a análise é o empresário Neles Farias, presidente da CDL – Câmara dos Dirigentes Lojistas de Rondonópolis e proprietário da Operário Materiais de Construção, uma das mais ativas e tradicionais empresas do segmento, prestes a completar 27 anos no mercado local. Segundo Neles, o segmento passou por um período de intenso crescimento, para depois dar uma estagnada, mas já vem ensaiando uma retomada. “O pico do segmento de material de construção foi até por volta do ano de 2010 a 2011. Depois disso, passamos por um período de forte queda e a coisa só deu um equilibrada já em 2017 e até agora em 2018 não aconteceu ainda o crescimento que a gente esperava, mas nós temos a convicção de que a volta do crescimento do país vai começar pelo setor da construção civil, que é um setor que emprega bastante e é um dos que mais investe em qualificação da sua mão de obra. E o segmento de material de construção faz parte dessa cadeia e vai crescer junto”, afirmou. Diferentemente dos grandes centros, cuja economia depende muito da indústria, segmento econômico que anda retraído, Rondonópolis tem sua matriz econômica baseada no agronegócio, que vem crescendo mesmo em meio à crise política e econômica

“A vantagem do Mato Grosso é que aqui deu uma estagnada, mas a economia não encolheu”, declarou Neles Farias, da Operário Materiais de Construção, falando do desempenho de seu segmento nos últimos anos que assola o país nos últimos anos. “A vantagem do Mato Grosso é que aqui deu uma estagnada, mas a economia não encolheu. O nosso segmento teve um crescimento de vendas em torno de 4 a 5% em 2018 em relação a 2016 e 2017, mesmo com esse cenário negativo em nível nacional”, continuou.

Imobiliária

Para o empresário, o crédito oferecido por bancos e instituições financeiras para a aquisição de materiais para reforma e construção tem ajudado o segmento que atua, mas ele reclama dos altos juros praticados. “Isso nos ajuda e muito, mas o problema é que ajudaria mais se o juros fossem menores. Falaram muito que baixaram a taxa Selic, mas nós não vimos isso chegar na ponta. Essa taxa de juros muito alta tem feito muita gente desistir de fazer investimentos”, completou. Mas com a sinalização da baixa na taxa de juros das instituições bancárias, as empresas começam a procurar por linhas de crédito como os do Fundo de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), que promete ter juros mais acessíveis. “Nós sabemos de muitos projetos prontos dependendo apenas da liberação do FCO. Nós dependemos muito do Governo Federal, do poder público de uma forma geral para movimentar o setor. É só falar em baixar os juros que o setor já começa a se movimentar”, disse Neles Farias. Apesar do quadro nacional delicado, o empresário fez investimentos e abriu duas novas grandes lojas nesse período de crise, de olho em novas fatias de mercado e apostando na retomada do crescimento. “Eu tive que crescer na marra, para baixar meus custos corporativos, mas graças à Deus deu tudo certo e agora encontramos o nosso equilíbrio, gerando mais empregos e gerando mais rendas para a cidade”, concluiu.

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Acir aposta na continuidade do crescimento

O ramo da construção civil está entre os setores que mais demandam mão de obra e muitos desses postos de emprego agregam pessoas de todos os níveis de qualificação. Esta é a importância maior do setor, que, além de movimentar economicamente uma cidade, um Estado ou mesmo o País inteiro, provoca uma cadeia ininterrupta dentro da economia, gerando renda para todos os outros setores. Por isso, a preocupação que ronda o setor nos últimos três anos, quando a movimentação dos negócios perdeu velocidade. A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) lançou recentemente o resultado de uma pesquisa nacional sobre a movimentação do mercado imobiliário, desde o ritmo das obras de novos empreendimentos, compra e venda de imóveis e, inclusive, preços do metro quadrado nos principais Estados e cidades do País. Tomando como pico das negociações do setor o ano de 2015, quando o mercado começa a sentir as primeiras quedas nos valores dos imóveis, tanto residenciais como comerciais, a Fipe mostrou que gradativamente este se tornou um bom negócio, principalmente para quem tem capital de giro e também resistência para manter os investimentos, mesmo com as vendas em queda. Na verdade, a realidade se aplica à grande maioria das regiões do País, mas se comporta diferente de acordo com peculiaridades de cada Estado. No geral, pela primeira vez desde 2011 – quando começaram as medidas estatísticas do setor, o preço dos imóveis no Brasil caiu e chegou a marca de - 0,45%. “Rondonópolis não está nesta relação de 260 cidades pesquisadas pela Fipe, mas o

movimento do setor tem características semelhantes. O que temos de diferente da grande maioria dos locais onde foram realizadas as pesquisas, é o ritmo de construções, que aqui se manteve, mesmo que mais timidamente, em alta”, diz o presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Rondonópolis – ACIR, Juarez Orsolin. A Entidade tem no corpo de associados as empresas do setor da construção civil e, por

meio desse contato, consegue fazer a leitura dessa movimentação. “Certo que o setor também sente a crise, mas para as grandes empresas da construção a queda é menos sensível. Basta analisar os empreendimentos na cidade, mais devagar, mas sem parar, como em algumas poucas cidades brasileiras”, argumenta Juarez Orsolin. O rumo do setor também trouxe mudanças. “Aqui em Rondonópolis a verticalização das obras traz outras informações paralelas, como a segurança, ou melhor, a busca por ela. Morar em uma casa é menos seguro que em um edifício, por exemplo. Outra característica sensível, é a busca por condomínios fechados, que também oferecem mais segurança. Os grandes empreendimentos continuam andando, apesar da redução, digamos assim, da velocidade”, comenta o presidente da ACIR. Outro meio de perceber o crescimento do setor imobiliário é pelo lançamento do Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU. No decorrer dos últimos três anos, a Prefeitura lança cada vez mais cobranças. Sem contar com os terrenos sem edificação, o número de imóveis prediais fica cada ano maior. Em 2016 o cadastro era de 66.704 imóveis, em 2017 saltou para 67.901 e em 2018, só no primeiro semestre, são contabilizados oficialmente 69.138 imóveis prediais. “Com base nesses números é possível concluir que, diferente de muitas cidades brasileiras, Rondonópolis não parou. São estes números também, principalmente do último semestre, que mostram a tendência de recuperação do mercado imobiliário rondonopolitano. E isso tudo contribui para que empresários dispostos a investir passem a acreditar mais no mercado, sinalizando um futuro próximo bem mais animador”, finaliza Juarez Orsolin.

Presidente da ACIR, Juarez Orsolin: “Com base nos números é possível concluir que, diferente de muitas cidades brasileiras, Rondonópolis não parou” MERCADO IMOBILIÁRIO & CONSTRUÇÃO

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Expresso Rio vermelho não é campeã somente nas estradas... É TAMBÉM NÚMERO 1 NAS PISTAS, REPRESENTADA PELOS PILOTOS JUCA E WESLEY, VENCEU A CORRIDA DA ARRANCADA TRUCK 2018 EM PRIMEIRO LUGAR NAS CATEGORIAS CAVALO MECÂNICO, SUPER HOT E FORÇA LIVRE.

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ESPECIAL

Promessa do polo têxtil vai da euforia à decepção FOTO – ARQUIVO

Oportunidade perdida: em uma grande região produtora de algodão de alta qualidade, setor têxtil local não avança

A façanha de transformar a antiga “Rainha do Algodão” no mais novo polo

têxtil do Brasil tinha tudo para dar certo - ou ainda tem -, mas acabou não fun-

cionando como o esperado. Após muitos projetos, investimentos e promessas, Rondonópolis não conseguiu fortalecer nem o setor de confecções que já atuava na cidade. O símbolo maior desse projeto foi a fábrica de tecidos da Santana Textiles, que chegou a ser a maior empregadora da iniciativa privada local, mas entrou em recuperação judicial, paralisou a produção e hoje está com o futuro das suas instalações incerto na cidade. Assim como a construção civil virou um orgulho atualmente para Rondonópolis, com predominância de empresas locais, geração de emprego, renda e desenvolvimento social, também se esperava que o setor têxtil pudesse contar pontos positivos na cidade, ou melhor, sendo mola propulsora da economia local. Contudo, o que era otimismo e esperança virou o retrato da ausência de políticas públicas que possam fortalecer a indústria têxtil e o Arranjo Produtivo Local do setor. Confira, a seguir, o que virou da então expectativa do polo têxtil em Rondonópolis.

Instalações da Santana Textiles viram alvo de boatos Desde que a fábrica da Santana Textiles encerrou sua produção em Rondonópolis, em meados de 2015, o prédio da empresa vem sendo alvo de muita especulação. Boatos de que as instalações poderiam abrigar um supermercado, de que os maquinários já teriam sido levados da cidade e que tudo estava abandonado ao deus dará chegaram a surgir. A verdade é que a unidade continua sendo propriedade da Santana Textiles, com sede no Ce- Registro da época em que a Santana Têxtil estava em ará, contando com uma pleno funcionamento na cidade, com equipamentos equipe mínima de funcio- dos mais modernos do mercado nários que fica encarregada de manter a conservação do prédio, maquinários altamente tecnológicos. A unidade da Santana Textiles foi inaueliminar o mato e fazer a manutenção dos pg 46

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gurada em Rondonópolis em 2006, ainda com o nome de Santana Têxtil, com maquinário considerado dos mais modernos no Brasil. Produzia fios e tecido denim, o popular jeans, tendo uma das maiores áreas construídas no município. A partir de 2010, a empresa iniciou, inclusive, uma grande ampliação no parque fabril no município, com aumento da capacidade de produção. O investimento na cidade foi feito devido à proximidade com a matéria-prima, assim como o apoio dos governos estadual e municipal, em incentivos fiscais e suporte logístico e administrativo. A inauguração aconteceu ainda na época do então governador Blairo Maggi e do ex-prefeito Adilton Sachetti.


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de 60

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Em sua primeira etapa, segundo o informado, a produção era de 800 toneladas de fios e 1,2 milhão de metros de tecido denim ao mês, demandando 900 toneladas de algodão em pluma mensalmente.

Com a entrada de novos equipamentos, foi repassado o aumento da produção para 2 mil toneladas de fios e 3 milhões de metros de tecido por mês. Um dos grandes atrativos era o fato da cidade estar numa

região altamente produtora de algodão, com pluma da mais alta qualidade mundial. Vale lembrar que Mato Grosso ainda hoje se constitui como o maior produtor de algodão do Brasil.

Investimentos em fábrica também geram questionamentos FOTO – A TRIBUNA

ter deixado de produzir justamente quando os incentivos fiscais do Estado, válidos por 10 anos, estavam se encerrando. A Santana Têxtil era uma das empresas inseridas no Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Prodeic), do Governo do Estado, criado por meio de uma lei estaPlaca indica que fábrica foi financiada pela Sudam. dual em 2003 e com o Mesmo com tantos incentivos públicos, benefícios para objetivo contribuir para a sociedade com o empreendimento foram limitados a expansão, moderniApesar de ser um empreendimento pri- zação e diversificação das atividades ecovado, a Santana Textiles em Rondonópolis nômicas. Ao abrir mão da arrecadação, suscita inúmeros questionamentos polêmi- a intenção do Estado era gerar emprego, cos. Um deles é em relação a suspensão renda e fortalecer a economia. Ao perder das atividades produtivas e ao ostracismo, o ICMS, o Estado ganhava de impostos gemesmo após ter se valido de financiamento rados com o consumo de energia, telefone e benefícios públicos para sua concretiza- e serviços. Como o empreendimento não ção. O empreendimento se valeu de recur- teve sequência, os benefícios acabaram fisos financiados pela Sudam (Superinten- cando limitados. Essa fábrica, inclusive, era encarada dência de Desenvolvimento da Amazônia). Outro questionamento é o fato da empresa como a grande chance de fomentar e ala-

vancar o setor têxtil em Rondonópolis. A partir daí, uma grande euforia surgiu no sentido da cidade ganhar outras fábricas de fiação e tecelagem de grande porte, bem como desenvolver e multiplicar as pequenas e médias empresas de confecções e vestuário, como de produção de lingerie, uniformes e outros públicos. A Prefeitura de Rondonópolis iniciou então uma série de iniciativas de qualificação da mão de obra, principalmente de formação de costureiras, com criação de centros de corte e costura. Porém, toda essa política não teve continuidade. Além de tudo isso, a área em que a empresa atua foi doada pelo Município de Rondonópolis como forma de atrativo. A pergunta que muitos fazem é como pode um empreendimento que recebeu tantos incentivos públicos não ter gerado a contrapartida esperada para a sociedade, seja em empregos, geração de renda e contratação de outros serviços? A soma de esforços para que o empreendimento ocorresse, envolvendo muitos recursos públicos, denota a necessidade de retomada atual discussão de meios para que as atividades possam ser retomados no local.

Críticas marcam descontinuidades das políticas públicas DIVULGAÇÃO

Até então sem a forte concorrência das fibras sintéticas chinesas, a expansão do algodão em Mato Grosso era um dos grandes atrativos para investidores. Um dos grandes trabalhos na área foi feito pelo Facual (Fundo de Apoio à Cultura do Algodão), apoiando tudo o que dizia respeito ao algodão. E uma das atividades apoiadas era o APL (Arranjo Produtivo Local) de confecção, em Rondonópolis, em parceria com várias entidades e entes públicos. Vislumbrava-se a implantação do pólo têxtil no município devido as diversas potencialidades locais e estaduais, como a farta produção do algodão, a existência da fiação e a tecelagem (hoje apenas fiação) e várias fábricas de confecção, especialmenpg 48

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te roupas íntimas e uniformes, que continuam atuantes na cidade, de forma dispersa. Mas até o Arranjo Produtivo Local (APL), que dava apoio e suporte às confecções, acabou não indo para frente em meio a essa realidade. As res- A força do setor de confecções do município era evidenciada postas para que o com a realização do evento “Rondonópolis está na Moda” pólo têxtil não prosperasse em Rondonópolis são várias, mas política pública em torno desse projeto ao a principal é que não houve continuidade longo dos anos. A administração municipal


nunca mais debateu a questão. A área das fábricas de confecções – a maioria de peças íntimas – estava em constante expansão, mas agora está estagnado em Rondonópolis e precisa de novas políticas públicas para voltar a crescer. Nesse cenário, o evento “Rondonópolis está na moda”, que servia para divulgar a produ-

ção local, parou de ser realizado. Contudo, empresários ligados ao setor analisam que o pólo têxtil não se consolidou na cidade por questão política. Ao longo dos anos, com a mudança de gestores, não houve continuidade nas políticas voltadas ao segmento, gerando o seu enfraquecimento.

Infelizmente, o Estado atualmente não garante incentivos fiscais atrativos para o fortalecimento de um pólo têxtil na cidade. Para exemplificar, Rondonópolis possui dezenas de fábricas de confecções formais, mas que convivem com a falta de incentivos e apoio do poder público, especialmente do Governo do Estado de Mato Grosso.

Estudo aponta que empresários estão descontentes Avaliando o cenário construído ao longo dos anos, o professor doutor Luís Otávio Bau Macedo, do curso de Economia da UFMT, atesta que o município de Rondonópolis possui um Arranjo Produtivo Têxtil, constituídos dos três eixos centrais dessa atividade: com proximidade da produção algodoeira; existência de parque industrial subutilizado; e disponibilidade de uma rede de pequenas confecções, especializadas na produção de moda íntima e uniformes, que poderiam se especializar em vestimentas produzidas a partir de tecidos oriundos da fibra do algodão. Um estudo foi desenvolvido pelo Grupo de Estudos Avançados em Economia Aplicada (GEASMT), denominado “Relatório de Competitividade do Arranjo Produtivo Local de Confecções do Município de Rondonópolis”, que versa sobre a atividade têxtil no município. O professor Luís Otávio atesta que se evidenciou na pesquisa que os empresários locais encontram-se descontentes com rela-

Na década passada, o município de Rondonópolis chegou a ter vários centros de corte e costura, para formação de costureiras

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ção ao crescimento da atividade nos últimos anos. Ressalta também os problemas com a falta de mão de obra qualificada e os custos elevados, que são considerados entraves ao desenvolvimento da atividade. Com relação à mão de obra, a atividade passa por um processo de terceirização, um cenário de empresas de médio porte que empregavam muitos profissionais, vem dando lugar a um processo de implantação de facções que atuam atendendo a demanda dessas empresas maiores.

A falta de acesso à matéria prima na região também aparece como uma questão importante, pois praticamente todas as empresas locais importam tecidos de fibras sintéticas, especialmente da região Sudeste (São Paulo). Contudo, conforme o estudo, verifica-se que essa situação reflete em uma oportunidade perdida, pois as confecções locais estão localizadas em uma região grande produtora de algodão de alta qualidade. “Deve ser ressaltado que a instalação de

empresas têxteis em Rondonópolis ocorreu sob uma estratégia orientada pela concessão de incentivos fiscais que visavam o processamento local da produção primária do algodão. Contudo, tiveram entraves em virtude da concomitante perda de competitividade da indústria têxtil brasileira, especialmente em razão da competição da indústria têxtil chinesa, baseada em fibras sintéticas de menor valor, e dos elevados custos de produção e carga tributária”, explica o professor.

Setor têxtil local tem potencial para crescer Apesar da estagnação do setor têxtil, segundo especialistas, Rondonópolis tem ainda um grande potencial para se firmar como um pólo têxtil. Um dos problemas é que houve uma perda de foco em torno do objetivo de consolidar o pólo têxtil. Nisso, as empresas têxteis pararam de vir; o sindicato do setor perdeu força; e os incentivos do governo estadual não são tão atrativos. Ainda assim, o professor doutor Luís Otávio Bau Macedo, do curso de Economia da UFMT, analisa que é possível perceber que as empresas passam por um processo de reestruturação e não estão organizadas de forma a se beneficiarem com a competitividade e a proximidade territorial entre elas, nem mesmo com a proximidade da produção algodoeira. “As empresas locais têm atuado sem cooperação, por exemplo, adquirindo tecidos conjuntamente, ou ofertando cursos conjuntos de capacitação da mão de obra. Cada um dos estágios produtivos (confecções, indústria têxtil e produtores de algodão) atua sob uma estratégia distinta: enquanto o produtor de algodão produz para exportar e a indústria de tecidos e fios atua com foco no mercado nacional, as confecções trabalham voltados ao mercado local”, atesta. Dessa forma, não existe a integração da cadeia têxtil de Rondonópolis, cada um dos estágios da cadeia produtiva trabalha com foco em mercados diferentes. Com base na realidade, verifica-se a ne-

Professor doutor Luís Otávio Bau Macedo, do curso de Economia da UFMT: “Rondonópolis possui todos os atributos para se tornar um grande polo têxtil”

cessidade de uma estratégia de coordenação dessa cadeia produtiva que possibilite a geração de ganhos de competitividade que beneficiem a todos os seus estágios de produção. O estudo da UFMT aponta que um exemplo bem-sucedido no Centro-Oeste é o polo têxtil de Goiás, onde há a concentração de diversas indústrias têxteis que se relocalizaram das regiões Sul e Sudeste para esse Estado, em virtude da proximi-

dade da produção de algodão, na maior parte oriunda de Mato Grosso. Por outro lado, Goiás, através do desenvolvimento de canais de comercialização e distribuição ao varejo, além de incentivos fiscais, desenvolveu uma rede de confecções que escoa sua produção para diversos mercados, inclusive para exportação. Neste contexto, o professor Luís Otávio garante que o setor têxtil de Rondonópolis possui grande potencial de crescimento, se focar na sua vantagem competitiva maior, ou seja, o processamento da fibra do algodão. Esforços deveriam ser realizados, assim, para se gerar uma rede de empresas capazes de diferenciarem a produção local. Assim, a dinamização das indústrias têxteis já instaladas e que estão subutilizadas deveria ser objeto de prioridade das autoridades. “A atração de investidores, ou a articulação de empresários locais, tais como os grandes produtores de algodão, poderia ser incentivada para fomentar a constituição de um polo têxtil competitivo. Da mesma forma, as confecções poderiam ser estimuladas a adotar medidas de cooperação, por exemplo, mediante a compra conjunta de tecidos, com maior escala, e o treinamento de mão de obra. Em síntese, Rondonópolis possui todos os atributos para se tornar um grande polo têxtil, porém, isso requer a constituição de uma rede de cooperação entre os agentes da cadeia produtiva que ainda é inexistente”, avalia o professor.

Retomada do setor não se concretizou Com a entrada de Pedro Taques no Governo do Estado de Mato Grosso, uma nova política de fomento à cadeia da confecção na região passou a ser discutida, a partir de 2016. Contudo, todas as articulações não foram para frente. Uma grande reivindicação da categoria, no caso a pg 50

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implantação de um shopping atacadista, até hoje segue no papel. O governo atual também via que a cadeia da confecção na região de Rondonópolis era uma alternativa ao desenvolvimento regional e com vistas à geração de empregos e renda. Assim, iniciou um

trabalho para fortalecer o setor, o que gerou grande expectativa do Sindicato das Indústrias do Vestuário da Região Sul de Mato Grosso (Sinvest/Sul). Havia o entendimento que o desenvolvimento do Arranjo Produtivo Local (APL) de confecção na região era um grande


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Até hoje, o sonho do shopping atacadista continua sendo uma luta, sem nenhuma efetividade por parte do poder público

passo a ser dado e que o Estado precisava dar o apoio necessário à categoria. Nesse sentido, várias reuniões com os envolvidos no setor chegaram a acontecer no município desde 2016. Apesar das promessas, até hoje não se tem notícias do atendimento das reivindi-

cações da categoria, como a desoneração da cadeia da confecção, o fortalecimento da qualificação da mão de obra e a criação de um centro atacadista de comercialização na cidade. Aliás, vale lembrar que uma grande necessidade apontada pelos empresários

locais é a criação desse centro atacadista de comercialização/distribuição, cuja ideia é que seja instalado junto à rodovia federal em Rondonópolis, atendendo sacoleiros e compradores diversos e ampliando o mercado comprador das empresas da região. Inclusive, no ano passado, até um pré-projeto de shopping atacadista no município foi montado, com a intenção de buscar o apoio do Estado e da Prefeitura para concretizá-lo. A ideia inicial é que o centro atacadista seja construído junto à BR-364, especificamente em parte da área do antigo aeroporto municipal, na saída para Cuiabá. Até hoje, o sonho do shopping atacadista continua sendo uma luta, sem nenhuma novidade por parte do poder público. O projeto previa um centro com 120 lojas, praça de alimentação funcionando também no período noturno e entretenimento, em um espaço de 30 mil metros quadrados. Novamente, mais uma decepção do setor.

Incentivos junto ao Prodeic foram alvo de CPI O não cumprimento de metas da Santana Têxtil MT junto ao Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Prodeic) foi apurado em 2016 pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e Sonegação Fiscal, da Assembleia Legislativa do Estado, sendo presidido inclusive pelo então deputado Zé Carlos do Pátio (SD), hoje prefeito de Rondonópolis. Na época, um dos diretores da empresa, Marcos José dos Santos, prestou depoimento e alegou que o momento econômico vivido pelo país complicou o setor têxtil e a empresa acabou reduzindo sua capacidade de produção devido à desvalorização da moeda e a entrada de produtos chineses a preços muito baixos. No entanto, atestou que, anteriormente, gastava cerca de 30% com o pagamento do ICMS da energia, enquanto, o normal em outros lugares é 8%. Assim, o

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Na CPI da Renúncia Fiscal, um dos diretores da Santana Têxtil atestou que pagamento de 30% de ICMS de energia também foi um dos motivos que levaram a empresa deixar o Estado

pagamento de 30% de ICMS de energia também foi um dos motivos que levaram a empresa deixar o Estado de Mato Grosso. O Jornal A TRIBUNA solicitou informa-

ções ao Governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, sobre a situação da Santana Textiles junto ao Prodeic, mas não teve retorno algum.

Futuro da Santana Textiles na cidade é incerto Com a produção parada há três anos, o futuro da Santana Textiles ainda é uma incógnita na cidade. Passada a euforia do passado, a enorme estrutura da empresa em Rondonópolis não tem um destino oficializado. pg 52

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No começo, o Governo do Estado anunciou que foram investidos R$ 250 milhões na primeira fase da fábrica na cidade e, na sequência, aplicados mais R$ 176 milhões. A projeção anunciada foi que o empreendimento chegou a gerar em certas épocas

até mais de 1.000 empregos diretos. Segundo divulgado pelo governo, a indústria em Rondonópolis avançou para 60 mil metros quadrados de área construída, uma das maiores no município. Com o tempo, a realidade do setor foi mudando e, em


FOTO – A TRIBUNA

2014, foi anunciado que a Santana Textiles passou a enfrentar um processo de recuperação judicial. Pouco tempo depois, em 2015, a Santana surpreendeu a todos e desativou sua produção no município, demitindo os funcionários remanescentes. Desde então, cogitavam a possibilidade de equacionar os problemas enfrentados e retomar as atividades no município. Até hoje isso não foi possível. Para piorar a situação e aumentar as especulações, em setembro de 2015, uma ventania registrada na cidade arrancou a estrutura metálica que encobria um dos prédios ligados à recepção da Santana Textiles, estrago que até o momento não foi reparado. O impacto dessa desativação na economia local foi inevitável, considerando as centenas de empregos gerados. Funcionários, por exemplo, tinham plano de saúde Unimed ao valor simbólico de R$ 1,00; transporte privativo entre a casa e a empresa; e uma cesta básica. Com a produção desativada, desde 2016, as conversações com o setor público para a retomada das atividades foram várias, mas elas não avançaram. Uma das ideias é que as atividades na fábrica fossem viabilizadas por outro grupo empresarial. Recentemente, por exemplo, represen-

Fachada da fábrica de tecidos da Santana Textiles, que chegou a ser a maior empregadora da iniciativa privada de Rondonópolis e até hoje tem futuro indefinido

tantes da Santana tiveram uma reunião com o prefeito Zé Carlos do Pátio, expondo a realidade da empresa e apontando as possibilidades a serem tomadas. Uma delas seria a tentativa de venda da fábrica para outra empresa; a outra seria o esforço para reabertura da unidade por eles mesmos. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico ficou de cobrar uma posição da empresa em relação ao seu futuro na cidade. Até hoje a situação da fábrica está indefinida. O Jornal A TRIBUNA procurou falar agora com representantes da empresa, mas ninguém na unidade em Rondonópolis está autorizado a conceder entrevista para

a imprensa. Somente foi repassado que a empresa segue com a intenção de reativar a produção, mas não tem nada certo de quando e se isso será possível. Mesmo contando com empresas de porte menor, como a TBM Têxtil (produção de fios), com a ausência de uma, ou mais, indústria-âncora em Rondonópolis, como a Santana, até a atração de outras indústrias do setor, o fomento das confecções da cidade acaba ficando limitado. E, assim, o pólo têxtil de Rondonópolis segue sendo mais grande proposta parada no tempo, precisando de ação da força política local, em especial da Prefeitura Municipal…

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ESPAÇO URBANO

Como resolver o problema dos terrenos baldios? Um dos lados negativos do acelerado crescimento da cidade e da consequente valorização dos seus imóveis é a especulação imobiliária, que ocorre quando a pessoa adquire um terreno sem nenhum outro planejamento que não seja deixá-lo à espera da valorização almejada. Por conta disso, regiões inteiras de Rondonópolis permanecem repletos de terrenos baldios, com muitos tomados pelo mato e pela sujeira, enfeiando a cidade e desvalorizando os imóveis já construídos, além de servirem de abrigo para animais peçonhentos e provocando a insegurança na sua vizinhança. Para se ter uma ideia da dimensão do problema, segundo dados da Prefeitura de Rondonópolis, estão cadastrados um total de 108.734 mil imóveis no município, sendo 68.434 mil prediais e 40.309 mil territoriais. É preciso levar em consideração que há muitos terrenos

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Somente neste ano de 2018, a Prefeitura de Rondonópolis notificou mais de três mil terrenos sujos, com mato ou lixo


já construídos, mas que ainda constam como imóveis territoriais no cadastro municipal, por conta de seus proprietários não terem registrado a obra na Prefeitura. Ainda assim, cerca de 37% dos imóveis cadastrados no município são terrenos baldios. Para tentar dar um freio nessa situação, que perdura há muitos anos, desde os primórdios de Rondonópolis, a Prefeitura tenta forçar os donos dos mesmos a pelo menos manter os terrenos limpos, notificando os proprietários e dando um prazo para a limpeza do local, e, caso isso não ocorra, multando-os. Somente este ano, foram notificados mais de três mil terrenos nessa situação, cujos proprietários foram notificados a limparem os mesmos num prazo de 15 dias, sob o risco de serem multados. Outra medida adotada é restringir o lançamento de novos loteamentos e estimular a construção de residenciais, que já vêm dotados de toda a infraestrutura como asfalto, água, luz e áreas de lazer. “Há bairros comercializados há mais de dez anos e até hoje possuem cerca de 50% dos seus terrenos ainda baldios. Nesses locais, para se ter uma ideia, a iluminação pública é paga pela Prefeitura. Essa situação cria inúmeros

“Há inúmeros inconvenientes causados pelos terenos baldios. Por isso, estimulamos a construção de residenciais”, afirmou o secretário de Receita do Município, Valdecir Feltrin

problemas para o poder público, pois, por exemplo, o asfalto após concluído precisa de tráfego de veículos para se

consolidar. Sem isso, ele se deteriora rapidamente. Há inúmeros inconvenientes causados pelos terrenos baldios. Por isso, estimulamos a construção de residenciais”, afirmou o secretário de Receita do Município. A baixa densidade populacional também acarreta problemas de segurança e de saúde pública, além de tornar mais caro o fornecimento de energia e água encanada, entre outros serviços públicos, já que o custeio dos serviços é dividido por um número menor de pessoas. Questões como o transporte público também se tornam mais caras, pois os veículos precisam atravessar grandes distâncias no vazio, onde não há passageiros para os mesmos. Enquanto um grande número de imóveis fica abandonado por seus proprietários, tomado pelo mato e pela sujeira, deixando os bairros com péssimo aspecto, além de causar inúmeros problemas ao poder público, aumentando os custos dos seus serviços, há casos como o da empresa NC Imóveis, que conserva os terrenos que comercializa sempre limpos e gramados, estendendo o cuidado para as ruas e avenidas dos seus empreendimentos, além de ter adotado a construção de praças em seus atuais e

Rua Wendell Uchiyama de Oliveira nº 190 MERCADO IMOBILIÁRIO Anexo à Operário Materiais de Construção Sagrada Família - Rondonópolis/MT & CONSTRUÇÃO

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DIVULGAÇÃO

Bairros como o Buriti, lançado e comercializado pela NC Imóveis, contam com uma equipe de limpeza própria para o bairro, além da comodidade de uma praça com área de lazer

futuros empreendimentos. De acordo com Letícia Carvalho, diretora da NC Imóveis, isso foi pensado como uma forma de valorizar os seus empreendimentos e as pessoas que irão morar nos mesmos. “Nós acreditamos que manter os terrenos e as ruas limpas valoriza o bairro. Nós não gostamos de sujeira e gostaríamos que as pessoas fizessem o mesmo, pois a cidade ficaria mais limpa e mais bonita”, afirmou. Um outro cuidado adotado pela empresa é assinar um termo de compro-

misso com os clientes que adquirem algum terreno, exigindo dos mesmos que não cerquem os seus terrenos com arame farpado, que não joguem lixo nas ruas e outros. “Nós procuramos não jogar nossos preços lá embaixo, de forma que quem compra os nossos terrenos é para construir e morar neles. Também construímos praças nesses bairros, o que a princípio deveria ser feito pelo poder público, também como forma de valorizar o espaço e oferecer mais qualidade de vida para essas pessoas, o que pretendemos manter nos nossos futuros empreendimentos”, concluiu.

“Nós não gostamos de sujeira e gostaríamos que as pessoas fizessem o mesmo, pois a cidade ficaria mais limpa e mais bonita”, afirmou Letícia Carvalho (E), da NC Imóveis

ACADEMIA

Estudos ajudam a planejar o crescimento da cidade

A atualização do Plano Diretor foi iniciada no ano de 2014, por conta da necessidade de se estudar os impactos provocados pela vinda do Terminal da ALL, a Rumo pg 56

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Pensado e criado como uma forma de auxiliar no desenvolvimento de pesquisas e como instrumento para qualificar os novos profissionais de Geografia no uso de novas tecnologias aplicadas à área, o Laboratório de Sensoreamento Remoto e Geoprocessamento, que faz parte da estrutura do Mestrado em Geografia da UFMT, tem em seu histórico importantes contribuições para a cidade de Rondonópolis, como o primeiro Cadastro Imobiliário digital da Prefeitura, além de estar à frente de todo o trabalho de estudos para a atualização do Plano Diretor Municipal (PDM). De acordo com o coordenador do laboratório, o professor do Departamento de Geografia da UFMT, Jeater Santos, que possui Mestrado em Climatologia Urbana, Doutorado em Climatologia Agrícola e pós-Doutorado em Sensoreamento Remoto e Geoprocessamento, a principal função do mesmo é produzir pesquisas, sobretu-


do na área de metodologia de análise espacial que fazem uso de geotecnologia, como o sensoreamento remoto e dos Sistemas de Informações Geográficas (SIG), que são tecnologias que auxiliam no estudo e no desenvolvimento de pesquisas na área. “E por outro lado, o Laboratório também dá suporte para os mestrandos nas suas dissertações e pesquisas, e também é usado na aplicação das disciplinas. Ele também serve para introduzir os novos profissionais da Geografia no uso dessas novas tecnologias, que são muito usadas tanto por órgãos públicos na elaboração de suas políticas públicas. Então, hoje quando você vai fazer qualquer tipo de planejamento espacial se utilizam essas tecnologias. Imagens de satélite, fotografias aéreas, mapas vetoriais digitais são a matéria-prima quando vai se fazer qualquer análise espacial”, informou. Por conta da sua importância e da relevância de seus estudos, o Laboratório foi o encarregado pela atualização do Cadastro Imobiliário da cidade, ainda no ano de 2005, e que representou um marco na época. “Esse foi um projeto feito em parceria do

O professor Jeater Santos, coordenador do Laboratório de Sensoreamento Remoto e Geoprocessamento: “A linha condutora que norteou a elaboração do Plano Diretor é projetar uma cidade moderna, que receba os investimentos e novas empresas, mas de forma ordenada”

Laboratório e a Prefeitura. Nós trabalhamos nisso durante um ano e nesse período nós fizemos a atualização e

mudamos o formato do Cadastro, que antes era analógico e nós entregamos ele totalmente digital. Nós usamos

"Arquitetura é a arte de projetar espaços que atendam As reais necessidades dos seus usuários. O arquiteto é a pessoa que vai te fazer morar no melhor lugar que você puder".

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imagens aéreas e posicionamos adequadamente os imóveis que estavam nesse cadastro sobre as imagens. Isso permitiu ao gestor da época que tivesse à sua disposição um instrumento de planejamento que na época era o único do Estado”, disse Jeater Santos. “Uma das primeiras coisas que nós tivemos que verificar era qual imóvel era territorial e qual era predial, pois havia uma confusão muito grande quanto a isso, que ainda existe até hoje e isso defasa muito a base que o gestor tem para tomar decisões”, completou o professor, que já atua na UFMT desde o ano de 1994. Atualmente, o Laboratório de Sensoreamento Remoto e Geoprocessamento está à frente da atualização do Plano Diretor Municipal, em fase de finalização, antes de se tornar lei. O processo foi iniciado ainda no ano de 2014, sem a participação da UFMT, por conta da necessidade de se estudar os impactos provocados pela vinda do Terminal da ALL, atual Rumo, para a cidade. Mas, como o Ministério Público entendeu que o trabalho não estava sendo desenvolvido a contento e sem levar em conta as recomendações feitas pelo IBAMA, os trabalhos iniciais foram suspensos e reiniciados com a coordenação do professor Jeater Santos. “Na verdade, não somos só nós que estamos fazendo essa atualização, mas nós fomos convidados a assumir a coordenação técnica dos trabalhos e a partir daí nós estamos a frente desse trabalho, que esperamos esteja pronto neste mês de agosto ou setembro, no máximo”, informou.

“Os estudos têm por objetivo ordenar o crescimento de forma harmônica, de forma que a cidade concilie desenvolvimento econômico e humano” Um dos mais importantes trabalhos desenvolvidos foi a elaboração de mapas temáticos retratando vários aspectos da geografia de Rondonópolis, “Nós dividimos o processo de atualização em duas etapas: a primeira nós chamamos de elaboração de estudos de base, que foram feito em cima daqueles problemas de impactos ambientais que a equipe do IBAMA tinha apontado que poderiam vir a acontecer na cidade, sobretudo a questão da mobilidade e da logística, em decorrência do aumento gigantesco do fluxo de caminhões atraídos pelo terminal. Além disso, atrai também empresas pg 60

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“A proposta do novo Plano Diretor é reduzir o tamanho do perímetro urbano e ocupar efetivamente esse monte de espaços vazios, essas “glebas” que persistem até hoje no espaço urbano”

atrás das vantagens econômicas com o barateamento do transporte por conta dos trens, o que induz a um crescimento da cidade. Tudo isso tinha que ser levado em consideração, mas para fazer isso, era necessário um estudo que mostrasse de maneira coerente e consistente qual era o tamanho real desse impacto, em números. A única coisa que nós tínhamos certeza era de que o impacto passava do nível local e chegava no nível regional e em cima disso realizamos nossos estudos”, diz Jeater Santos. Para isso, foram estabelecidos três eixos de estudo: a mobilidade e circulação urbana, o estudo de logística de transporte de cargas e o estudo de cartas geotécnicas, que tem por objetivo mostrar quais são os espaços da cidade que podem ser aproveitados para urbanização ou outra finalidade, orientando do ponto de vista ambiental onde intervir e onde não intervir. “Estes estudos foram finalizados e utilizados pela empresa contratada para trabalhar na segunda etapa, que é o processo de atualização das leis do PDM. Mas ela precisava também fazer um diagnóstico territorial e comunitário do espaço, o que nos levou a atualizar novamente o Cadastro Imobiliário da Prefeitura e de novo produzimos uma base de dados mais atualizada”. Segundo ele, os estudos têm por objetivo ordenar o crescimento de forma harmônica, de forma que a cidade concilie desenvolvimento econômico e humano. “A linha condutora que norteou a ela-

boração do PDM é projetar uma cidade moderna, que receba os investimentos e novas empresas, mas de forma ordenada. Por outro lado, leva em consideração a distribuição da população sobre o seu espaço urbano. Detectamos que a cidade tem muitos vazios urbanos e áreas adensadas sem suporte para mobilidade, ou seja, bairros isolados e mal servidos por linhas de ônibus. Então, como adensar sem dar condições de mobilidade para a população? Isso induz essa população a buscar outras formas de transporte, o que os leva a usar motos, o que explica sermos uma das cidades que mais tem motos proporcionalmente no País, o que gera outro tipo de problema”, apontou. Dessa forma, o novo PDM determina que só poderão haver novas áreas adensadas populacionalmente onde houver condições de ser ofertado o transporte coletivo urbano. “Isso mudou radicalmente o modo de se pensar a cidade. Por outro lado, há um combate a essa expansão desmedida da cidade sem justificativa. A proposta é reduzir o tamanho do perímetro urbano e ocupar efetivamente esse monte de espaços vazios, essas ‘glebas’ que persistem até hoje no espaço urbano, mesmo já rodeados de toda a infraestrutura, como asfalto, água e luz, o que encarece esses serviços para a população”. No documento, também está prevista uma série de medidas para combater a especulação imobiliária, responsável pelo alto número de terrenos baldios na


cidade, como a adoção de medidas previstas no Estatuto das Cidades, que prevê que as áreas têm que cumprir com seu papel social e, em casos extremos, isso pode levar até a desapropriação de áreas em nome do interesse coletivo. Uma das prioridades estabelecidas é manutenção de áreas verdes, já que Rondonópolis tem uma clara vocação industrial e já enfrenta problemas com a poluição, o que torna vital para o futuro da cidade a preservação dessas áreas. Inclusive, de acordo com o novo PDM, os novos loteamentos terão que reservar no mínimo 10% de área verde nesses locais. Jeater Santos finaliza esclarecendo que o novo PDM será um valioso instrumento para o planejamento do crescimento urbano da cidade e de forma nenhuma tem por objetivo impedir ou atrapalhar o seu desenvolvimento. “A partir do momento que você tem uma lei que foi elaborada em cima de um diagnóstico que, de fato, revelou o que estava errado na cidade, o que eu considero o ponto forte desse PDM, as sugestões que são ofertadas vêm com muita consciência do que é preciso mudar. A cidade do futuro precisa garantir a preservação do seu patrimônio ecológico. Isso não é barrar os negócios, ao contrário: é uma

A preservação do seu patrimônio ecológico, como as áreas verdes do Horto Florestal e do Parque das Seriemas (foto) estão previstas no novo PDM

questão de definir com critérios onde pode ser feito cada tipo de investimento. Isso é bom para o empreendedor também, que não irá investir em área que não é propícia para o seu empreendi-

mento. Mas é preciso crescer de forma equilibrada, preservando as condições de viver bem da nossa população e eu não vejo problema nenhum em conciliar os espaços”, concluiu.

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NOVOS NEGÓCIOS

Rondonópolis continua sendo um bom lugar para se investir

Cidade com vocação para o progresso desde os seus primórdios, Rondonópolis continua sendo um excelente lugar para se investir, por conta de sua pujança econômica e de sua boa infraestrutura, tanto urbana quanto de logística, que a torna atrativa para investidores e empresas dos mais diferentes ramos e segmentos. Isso é facilmente constatado quando se observa o número expressivo de grandes empreendimentos do ramo imobiliário e de construção atualmente em andamento na cidade, o que funciona como uma espécie de termômetro da economia, sinalizando a retomada da confiança e dos investimentos por parte dos investidores. “Rondonópolis é um bom lugar para se investir porque cresce acima da média dos outros municípios do país, nós somos um município que produz, exporta e já industrializa parte da sua produção. É uma cidade que tem na sua base econômica a agropecuária e já está no nível da agroindústria, temos o terminal ferroviário, então há um conjunto de fatores que dizem que a cidade é um bom lugar para se investir”, pg 62

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“Estudos sérios demonstram que a cidade está entre as cinco melhores do país para se investir”, afirma Milton Mutum

pontuou o empresário Juarez Orsolin, da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Rondonópolis (Acir). Para ele, a crise provoca uma desconfiança nos investidores, o que afeta o mercado de modo geral, mas ainda assim a cidade tem mantido seu crescimento e atraído novas empresas e investidores, que acreditam no potencial econômico de Rondonópolis. “O combustível da economia é a confiança. Quando o consumidor confia, o empresário também confia. Quando o consumidor compra, o empresário contrata mais funcionários e tudo gira. Mas, em momentos de incerteza política como agora, todos ficam retraídos, quem tem projetos de investimentos segura eles, esperando melhores momentos. Mas Rondonópolis sempre foi uma cidade que atraiu as empresas e poderia estar atraindo mais, no entanto necessita de investimentos em infraestrutura, como nos distritos industriais, que estão abandonados pelo poder público”, completou. Outro que demonstra confiança na pujança econômica da cidade é o secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Milton Mutum, e segundo ele Rondonópolis é uma das melhores cidades do Brasil para se investir. “Estudos sérios demonstram que a cidade está entre as cinco melhores do país para se investir. Isso por causa da sua localização, por conta de sermos um cruzamento rodoferroviário e mais uma série de fatores”, declarou. Entre os demais fatores que fazem da cidade um excelente local para se fazer investimentos, está o fato de ser a capital do agronegócio, capital do transporte pesado, sendo conhecida como a capital do bitrem, além de ser a capital do fertilizante. “Nós temos liderança do agronegócio, temos um comércio fortíssimo, nós somos polo de uma região inteira. Rondonópolis é a cidade onde está instalado o maior terminal ferroviário da América Latina. Nós temos as duas maiores esmagadoras de soja do país aqui, nós crescemos a um ritmo de 4,5% ao ano, bem acima do país, enfim, a pujança do município o faz um lugar ideal para se investir”, completou o secretário.


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Iniciado no ano de 2013, até hoje nenhum dos mais de 4 mil apartamentos do Residencial Celina Bezerra foi entregue, contribuindo com a manutenção do deficit habitacional da cidade

DEFICIT HABITACIONAL

Quase 14 mil famílias ainda aguardam por uma moradia Mesmo com todo o desenvolvimento do mercado imobiliário local e a construção de inúmeros conjuntos habitacionais voltados para as famílias de baixa renda, ainda existe um grande número de famílias morando de aluguel ou de favor na casa de familiares, enquanto aguardam ser contemplados com uma moradia construída pelos programas habitacionais do governo. De acordo com dados da prefeitura, ao todo, 13.750 pessoas aguardam pela tão sonhada casa própria na fila de espera do cadastro da Secretaria Municipal de Habitação. Para fazer frente ao problema, a prefeitura investe na conclusão de residenciais iniciados em gestões anteriores e na construção de novos, como o Celina Bezerra (etapa 1 e 2), Dona Neuma e Padre Miguel, atualmente em andamento. Apesar da grande fila de espera por uma moradia, o poder público não tem conseguido avançar nas obras de residenciais lançados em gestões anteriores, como no caso do Celina Bezerra, onde estão previstas a construção de mais de 4 mil apartamentos voltados para o público de baixa renda, mas o pg 64

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Na foto, o Residencial Melchiades Figueiredo, localizado nos altos da Rua Rio Branco e que é construído pela Construtora Farias, onde estão sendo construídas 1.580 moradias populares


mesmo foi iniciado no ano de 2013 e até hoje não teve nenhum apartamento concluído ou entregue para seus futuros moradores. Por conta da paralisia do poder público, a cidade assiste a volta de “grilos” e invasões de áreas públicas, como aconteceu recentemente na região da Vila Olinda, onde um grupo de famílias, em sua maioria lideradas por mulheres, decidiu ocupar uma área verde como forma de pressionar a prefeitura a agilizar a construção e entrega de novas moradias. É comum encontrar na cidade pessoas que afirmam estar há vários anos esperando pela entrega de sua casa própria, enquanto as construções dos residenciais citados seguem parados ou com suas obras tocadas em ritmo muito lento. Enquanto a cidade tem um deficit habitacional de mais de 13 mil moradias, obras como a primeira etapa do Celina Bezerra estão semiprontas, mas sem previsão concreta de entrega para quem precisa. Uma boa alternativa para quem tem pressa de morar no que é seu é adquirir uma casa pela iniciativa privada com subsídio do Governo Federal, como é o caso do residencial Melchiades Figueiredo Miranda, localizado nos altos da Rua

“As pessoas querem morar no que é seu, ter sua casa própria, que é o principal investimento que uma família pode fazer”, afirma o empresário Anderson Farias, da Construtora Farias

"A arquitetura não é só técnica e pesquisa, tampouco apenas arte e estética. Na verdade é tudo, é uma maneira de pensar, uma filosofia, é o planejar da vivência do homem como indivíduo e em sociedade nos espaços. Contratar um arquiteto não é luxo, mas sim poesia para seu projeto, a transformação do simples traço em sonho realizado e uma grande economia na obra!”

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Rio Branco e que é construído pela Construtora Farias, onde estão sendo construídas 1.580 moradias populares. “Essa é a oportunidade ideal para quem está querendo parar de pagar aluguel e morar no que é seu. As famílias podem contar com um subsídio de até R$ 30 mil do governo e pagar uma parcela em torno de R$ 450 a R$ 500, resolvendo de vez o seu problema falta de moradia. Quem quer fugir da estatística do deficit habitacional é só nos procurar que nós vamos fazer

um bom negócio”, afirmou o empresário Anderson Farias. Segundo ele, o seu público-alvo são as pessoas com renda familiar em torno de R$ 2 mil mensais e a procura pelos imóveis tem sido muito grande. “O deficit habitacional na nossa cidade é muito grande e existem milhares de pessoas e famílias aguardando por uma moradia popular, pois as pessoas querem morar no que é seu, ter sua casa própria, que é o principal investimento que uma família

pode fazer. Por isso, estamos tocando as obras a todo vapor e já estamos planejando lançar mais moradias populares nos próximos meses”, concluiu. A construtora planeja lançar em breve uma segunda etapa do Melchiades Figueiredo Miranda, essa com 420 unidades, além de estar construindo as 3ª e 4ª etapas do residencial Paiaguás e finalizando as obras do residencial João Antônio Fagundes, todos voltados para o público de baixa renda.

ESPECIAL

Arquitetos debatem problemas e soluções para Rondonópolis Rondonópolis é uma cidade que cresceu muito além do que previam seus primeiros moradores e gestores, que acabaram por deixar a cidade crescer sem um planejamento adequado e sem estruturas que permitissem a qualidade de vida de seus cidadãos. Para debater o assunto e apontar possíveis soluções, a Revista Mercado Imobiliário & Construção convidou os arquitetos da Associação Rondonopolitana dos Arquitetos e Urbanistas (Arau), e eles apontaram alguns dos gargalos e as possíveis intervenções que o poder público pode fazer na paisagem urbana, no sentido de melhorar a fluidez do trânsito de veículos e pessoas, além de outras questões importantes para o presente e o futuro da cidade. Os convidados foram os arquitetos Carlos Alberto Logrado, com atuação há 35 anos em Rondonópolis e relações públicas da Arau; Cristiano Nardes Pause, vice-presidente da entidade, arquiteto há 15 anos, que também é professor e atualmente está fazendo Mestrado em Gestão e Planejamento do Território na UFMT; e Mariana Tampieri, secretária-geral da Arau, arquiteta há dez anos em

“Os arquitetos Mariana Tampieri, Cristiano Nardes Pause e Carlos Logrado foram convidados pelo A Tribuna para debaterem problemas urbanísticos da cidade”

Rondonópolis e professora de Arquitetura e Urbanismo em uma universidade particular. O arquiteto é um profissional que tem um amplo campo de atuação, pois além de arquitetura, ele atua na área de ur-

banismo e paisagismo, não projetando somente as residências e prédios comerciais, mas também interiores e podendo inclusive trabalhar com a recuperação de prédios históricos e outras atividades semelhantes.

O PRINCÍPIO

Uma cidade que cresceu espalhada Para Carlos Logrado, grande parte dos problemas urbanos do município de Rondonópolis decorrem do fato de a cidade não ter sido pensada, na sua origem, para ser uma cidade grande, mas a especulação imobiliária contribuiu com vários outros problemas que ela vive até os dias atuais. “No momento em que se fez esse centro urbano, uma proposta quadriculada, xadrez, era uma proposta para uma pg 66

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cidade pequena. Não se imaginava que Rondonópolis em tão pouco tempo crescesse o tanto que cresceu. E isso aconteceu de forma totalmente desorganizada. Mas a especulação imobiliária sempre foi uma coisa terrível, pois sempre que se lançava um novo loteamento, se lançava lá longe, distante do centro, para que sobrasse uma área no meio para ser valorizada no futuro. Com isso, não se dava

continuidade no traçado urbano existente e nem pensava na projeção de um corredor de trânsito”, apontou. Por conta disso, quando ocorre da ocupação urbana chegar nesses bairros distantes, o traçado da cidade fica todo confuso, como ocorre em várias regiões da cidade, onde vias movimentadas são interrompidas ou mudam seu curso. “Em vários bairros da cidade você encontra ruas


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em zigue-zague, que não levam a ponto nenhum, pois não foram planejadas. Isso é ruim porque provoca nós no trânsito, que vão travando e causando grandes congestionamentos no centro, sem um corredor de ligação a pontos distantes. Assim do ponto de vista da mobilidade, nós não temos vias arteriais que a gente possa usar para ir de um ponto a outro da cidade, ou seja, eu tenho que entrar num emaranhado de ruas, que gente chama de capilares, e os carros entopem es- “Desde os seus primórdios, a cidade de Rondonópolis sas vias. Se você comparar cresceu em torno de enormes espaços vazios, que se a cidade ao corpo humano, tornaram um problema para gestores e população” é a mesma coisa que você eliminar a aorta e a jugular. Sem elas, o como um sistema de transporte integrado. sangue flui com mais dificuldade”, comple“Mas isso é caro, pois para se fazer mentou Cristiano Nardes Pause. uma avenida de tráfego rápido, você preSegundo os profissionais, ainda há cisa hoje desapropriar e indenizar muita tempo de se corrigir essa tendência para gente. Então, atualmente é até fácil proo futuro, usando parte dos espaços vazios jetar Rondonópolis para ter 500 mil habideixados para a especulação imobiliária tantes, mas é difícil projetar Rondonópolis para criar vias que possibilitem implantar para seus 220 mil habitantes, com o que o modelo de BRT (Bus Rapid Transit), ou ela tem hoje, pois tornou-se complicado, Ônibus de Transporte Rápido, que são os mas para a cidade do futuro é possível ir ônibus articulados, que transportam gran- fazendo aos poucos, dentro de um planede número de passageiros por vez, assim jamento. Mas é necessário vontade políti-

ca”, emendou Carlos Logrado. Outra coisa que precisa ser revista imediatamente, na visão dos arquitetos e urbanistas, é a criação de bairros, principalmente populares, afastados da cidade, o que além de aprofundar os problemas históricos da cidade, criam novos entraves. “Essas pessoas vão ficar desassistidas de serviços e equipamentos urbanos, como postos de saúde, escolas, e outras, além da gestão necessitar de muito mais recursos para o saneamento básico, e mesmo assim, os gestores insistem em continuar com essas práticas antigas”, disse Nardes. “Recentemente, recebemos professores de uma universidade inglesa que vieram fazer um seminário na cidade e eles ficaram assustados ao descobrirem ser política oficial espalhar a cidade, enquanto os urbanistas dizem que nós precisamos adensar, pois quanto mais adensada, mais fácil de você organizar e dar manutenção, porque quanto mais espalhada, maior será a malha viária e é a prefeitura que irá dar manutenção nessa malha, só para ficar num único exemplo. E todos pagam por esse custo a mais”, continuou o arquiteto e urbanista.

GARGALOS

Os efeitos da falta de planejamento “A falta de planejamento e de pensar a cidade a longo prazo, leva a que cada gestor aja de uma forma diferente, ficamos nas políticas pontuais e a cidade como um todo não funciona, continua desorganizada. Há necessidade de um planejamento global e de longo prazo, de forma que entra gestor e sai gestor, e todos trabalhem sobre o mesmo projeto, ajudando a cidade a funcionar dali para a frente. Rondonópolis hoje perde vários tipos de recursos porque a cidade não tem projetos, não tem planejamento”, opinou Mariana Tampieri. Para os arquitetos, esse papel de fomentar o planejamento do crescimento da cidade caberia ao Instituto Municipal de Pesquisa e Planejamento Urbano de Rondonópolis (IPPUR), criado em 2006 e transformado em autarquia no início de 2018, mas que até hoje tem uma atuação muito tímida, servindo mais para abrigar apadrinhados políticos do que para desenvolver projetos que corrijam as distorções existentes no traçado urbano da cidade. “O IPPUR tem que ter um corpo técnico multidisciplinar e fazer pesquisas que mostrem onde fazer as interpg 68

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“Não se imaginava que Rondonópolis em tão pouco tempo crescesse o tanto que cresceu. E isso aconteceu de forma totalmente desorganizada”, afirmou Carlos Logrado, um dos mais antigos arquitetos da cidade

venções sem achismos, pois o que muitas vezes nos assustam nas atitudes dos gestores é falta de critérios técnicos na hora

de tomar uma decisão”, disse Nardes. Um exemplo de uma obra atual, mas que não levou em consideração um planejamento de longo prazo é a nova ponte na continuação da Avenida Lions Internacional para a Vila Goulart (construída na administração passada do prefeito Percival Muniz), onde já havia uma pista dupla com um canteiro central e foi construída outra pista dupla no outro lado da ponte, a Avenida Beira Rio, mas a ponte ficou centralizada em relação às pistas duplas, ou seja, ficou no eixo do canteiro central da importante avenida. “Essa ponte, já que não foi de pista dupla, deveria ter sido construída como se fosse uma das pistas, mesmo que momentaneamente fosse usada como mão dupla, de forma que no futuro se faça a outra ponte na lateral e vire mão dupla. Ali, do jeito que está, quando precisar duplicar a ponte, e isso vai precisar, você vai ter um gargalo no local, pois você terá que fazer uma curva para pegar a ponte. Coisa simples, mas não conseguiram enxergar que logo vai precisar dar continuidade às avenidas dos dois lados da ponte”, explicou Carlos Logrado.


Como o IPPUR não exerce plenamente a função para a qual foi criado, a solução apontada por ele seria convidar um grupo de arquitetos e outros especialistas da própria cidade para projetar essas mudanças e ampliações para suportar um milhão de

habitantes. “Isso não significa que você tem que levar infraestrutura agora, mas isso te obriga a, no futuro, fazer as coisas dentro desse planejamento. Quando uma pessoa for fazer um loteamento numa fazenda, afastado dez quilômetros da ci-

dade, você vai poder dizer para ele: aqui não pode isso. Aqui vai ter uma avenida, aqui não pode ser mexido. Isso ao longo de toda a cidade. Assim, você começa a definir como a cidade de um milhão de habitantes vai ser”, completou Logrado.

NOVO PLANO DIRETOR

Definindo com dados a cidade do futuro Um bom ponto de partidireto ao Ministério Público para assegurar a sua conda para se iniciar esse platribuição. “Os arquitetos nejamento de longo prazo não participarem dessa disseria aproveitar as informacussão é um prejuízo para ções técnicas sobre a cidaa cidade. Nós não temos de, apuradas pela comisuma série histórica sobre são de técnicos da UFMT a poluição na cidade, não para corroborar o novo temos estudos sobre a denPlano Diretor Municipal sidade demográfica. Preci(PDM). Reconhecidamente samos começar a produzir um documento de extrema esses dados, porque isso é importância para regular o fundamental para o planecrescimento da cidade, a Um dos exemplos da falta de planejamento, a ponte da Avenida jamento. Sem esses dados maneira como está sendo Lions Internacional, construída recentemente, teria que ser científicos a gente não faz conduzida a confecção do executada como continuação de uma das pistas duplas que levam até ela, de forma a possibilitar que no futuro pudesse ser planejamento. Não pode novo PDM divide opiniões. ter achismos nisso. PrecisaUma das críticas ao construída uma segunda ponte sem ter que mexer nas ruas mos usar bem os dados já novo PDM é o fato de que a Associação do Arquitetos não foi ouvi- experiência local e que são urbanistas de apurados e continuar pesquisando mais, da para dar sua contribuição, apesar de profissão, o que levou a direção da enti- para darmos o rumo correto para as atuser constituída por técnicos que têm vasta dade a estudar ingressar com um pedido ais e futuras intervenções”, definiu Nardes.

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PROJETOS

Corredor urbanizado à margem do Rio Vermelho Instados a dizerem por onde começariam as intervenções para melhorar a parte urbanística e de mobilidade da cidade, o arquiteto e urbanista Carlos Logrado, com toda a sua vivência em Rondonópolis, estava com a resposta na ponta da língua. “Eu começaria por uma coisa fácil, que daria para começar amanhã, que vem de uma antiga preocupação minha com a beleza da cidade, que já vem de 35 anos, que é construir um novo corredor, uma grande avenida entre a ponte nova da Lions até a turística Rodovia do Peixe, passando sob a antiga ponte na rodovia BR 364/163, que teria um custo baixo, pois teria muito pouca coisa no traçado para ser indenizado. Para se começar a construir um minianel viário e urbanizar a margem do Rio Vermelho, você ia sair da Avenida Rotary International (antiga av. Brasil), passa pela Avenida Lions Internacional e dali você iria por uma nova avenida, com uma nova ponte sobre o Córrego Arareau, passando pelo Casario até o outro lado da cidade, com acesso à Rodovia do Peixe, pela Vila Canaã, sempre margeando o nosso Rio Vermelho. Invertendo também essa

“Eu vejo Rondonópolis crescendo, se desenvolvendo e a todo dia vemos novas empresas se instalando aqui”, afirmou a arquiteta Mariana Tampieri, sobre o momento do mercado local

situação de que Rondonópolis não valoriza o seu histórico Rio, estando sempre de costas para ele, resgatando assim a sua importância para esse projeto de embelezamento urbano da cidade. E nesse novo trecho a ser construído, ali tem espa-

ço para você criar belas lojas, belos restaurantes, belos parques, um belo teatro, uma ciclovia... É só construir uma avenida dupla com canteiro central e nas noites e nos finais de semana a população toda da cidade iria para lá”, disparou. “Rondonópolis é muito carente de lazer urbano e é muito importante essas áreas. Nós acostumamos dizer, chega a ser redundante dizer, que isso é importante, porque ajuda na questão da saúde, o verde ajuda a amenizar o ar da cidade, sabemos que uma cidade bonita faz seus moradores se sentirem bem. Na cidade feia você se sente mal. Ou seja: a sua percepção muda em função da estética dela. Poderíamos pensar em ciclovias integrando a cidade, como uma forma de mudar um pouco do modal de transporte, pois muita gente na cidade gosta de andar de bicicleta”, completou Nardes. Já Mariana Tampieri chamou a atenção para o fato de que as entradas da cidade não recebem os cuidados que deveriam, já que são o seu cartão de apresentação. “Quando você chega em Rondonópolis, você não sabe nem qual foi o momento em que você entrou na cidade, pois nós não temos nem aquelas identificações que você encontra em cidades menores, como Primavera do Leste e Pedra Preta, por exemplo”, disse.

ANÁLISE

Como está o mercado para arquitetos e urbanistas? Sobre o mercado de atuação dos arquitetos, Mariana Tampieri afirma que ele está cada vez se abrindo mais, graças a melhor compreensão que as pessoas começam a ter sobre o trabalho do arquiteto e urbanista, que têm por objetivo ouvir e interpretar o desejo das pessoas que querem construir um novo imóvel ou reformar um imóvel já existente, de forma que esse imóvel cumpra com a função para a qual foi pensado. “O mercado esteve meio parado, pois as pessoas tinham dinheiro para investir, mas estavam receosas de fazer isso. Mas esse ano a gente já sente que as pessoas já não estão mais tão receosas e há mercado, sim. Eu vejo Rondonópolis crescendo, se desenvolvendo e a todo dia vemos novas empresas se instalando aqui”, afirmou. Para Carlos Logrado, um bom termômetro para medir essa situação é o fato de que as lojas de material de construção da cidade estarem sempre cheias pg 70

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de pessoas comprando e ampliando as suas ofertas. “Há um momento muito difícil na economia do país, mas Rondonópolis vem enfrentando bem essa situação, por ser uma cidade privilegiada, até por conta do agronegócio, mas nós estávamos acostumados com aquele volume de obras que havia já a um bom tempo, mas há ainda uma quantidade enorme de condomínios e edifícios de alto padrão sendo construídos. Então, eu sinto que o mercado está começando a esquentar novamente, mas isso leva um tempo até chegar a patamares que as coisas vinham até um tempo atrás”. “Em vários bairros da cidade você encontra ruas em zigue-zague, que não levam a ponto nenhum, pois não foram planejadas”, disse o arquiteto Cristiano Nardes Pause, sobre os efeitos da falta de planejamento de longo prazo na cidade


REPRESENTAÇÃO

Entidade quer unir arquitetos e urbanistas A Associação Rondonopolitana dos Arquitetos e Urbanistas (Arau) foi fundada há dois anos, após a criação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) que aconteceu em 2010. “Nessa época, o CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) proibiu a gente de participar da Area (Associação Rondonopolitana de Engenheiros e Arquitetos), sob pena de não mandar mais dinheiro para a entidade se a gente não saísse. Aí resolvemos fazer a nossa associação, até para fortalecer a atuação dos arquitetos”, contou Nardes. Ao todo, a cidade conta com cerca de 150 arquitetos e urbanistas, mas apenas 40 desses são associados à sua entidade representativa. “Em todas as discussões que já aconteceram na cidade, os arquitetos nunca foram chamados para participar. Se isso foi porque não tínhamos a nossa associação, nós agora temos e agora queremos ser convidados. Nós inclusive já preparamos uma carta de apresentação que vamos distribuir para as demais entidades

PROJETO: 24.7 ARQUITETURA

“Imagens ilustrativas de como ficaria a Avenida Beira Rio urbanizada, com muitos bares, restaurantes, centro de eventos e lojas de fábrica da indústria têxtil de Rondonópolis...” (fotos fornecidas pela ARAU)

para dizer que nós existimos e que nós queremos atuar junto. E esse é exatamente nosso objetivo com a Arau: é ter voz e proporcionar capacitação aos arquitetos,

trazer palestras, organizar eventos e unir a nossa classe”, explicou Mariana Tampieri.

TERRA DO PROGRESSO

Rondonópolis é sinônimo de negócios e oportunidades cidade polo, possui peculiaridades que a diferenciam das demais cidades do mesmo porte. “Com um desenvolvimento acima da média, a cidade tem culturalmente a execução de projetos e compras de imóveis e materiais de construção de quem é daqui. A compra da casa própria é negociada com o seu Zé, com o vizinho ou mesmo com o amigo. Aqui, o mercado imobiliário é dominado por rondonopolitanos. Se em nível nacional, a tendência é de parceria, aqui na cidade o negócio é feito com quem se “Numa espécie de corrente de muitos elos, a cadeia imobiliária conhece, as reclamações têm dá espaço para outros serviços amparada por produtos e endereço certo e os churrascos fornecedores de qualidade”, pontuou Thiago Sperança, da CDL pelos bons negócios também”, afirmou o empresário Thiago Luiz Sperança, vice-presidente da Câmara de O setor imobiliário trabalha com a realiDirigentes Lojistas (CDL). zação do sonho de todo o brasileiro: o de ter Segundo ele, isso ocorre desde a compra a sua casa própria. Diante desta busca incesdo terreno até a finalização da decoração do sante por um lar confortável e sair do aluguel ambiente e fomenta o desenvolvimento imoe, por conseguinte de quem já o tem, busbiliário, de varejo e de serviços. “Se as pacar sempre por mais conforto e comodidade lavras do momento são parceria e interligapara a família, este é um nicho de mercado ção setorial, temos na cidade um exemplo. A que serve como termômetro para a economia maioria dos prédios verticais é executado por porque está embutido nele a realização de construtoras da cidade, o material de consmilhares de sonhos. trução também é adquirido nas lojas sediaNesse contexto, Rondonópolis, que é uma

das aqui e são muitos os empreendimentos com assinaturas de construtores, engenheiros e arquitetos da terra. Pouco se importa mão de obra, a busca é centrada nas novas tecnologias e quem é daqui sabe que o mesmo conforto de uma cobertura de uma grande cidadã é encontrado na clareira de uma mata numa fazenda. Resumindo: não devemos nada em construção e arquitetura para os grandes centros”, completou. Nessa busca pelo melhor e pela realização dos sonhos, o mercado imobiliário é parceiro do varejo ampliado, primeiro com materiais de construção e depois com o varejo amplo quando entram as lojas de móveis e eletroeletrônicos no momento de montar a casa, trabalhar a decoração e o design do interior. “Numa espécie de corrente de muitos elos, a cadeia imobiliária dá espaço para outros serviços amparada por produtos e fornecedores de qualidade. E para fortalecer todo este processo a CDL de Rondonópolis está sempre ao lado do empresário, oferecendo serviços de qualidade e resguardando as negociações com serviços de suporte para realizações de bons negócios. Se a tendência do futuro no mercado imobiliário nacional é o trabalho conjunto dos atores como incorporadoras, investidores e construtoras estamos na frente porque incluímos o varejo e também os serviços, até o último toque final do ambiente”, concluiu Sperança. MERCADO IMOBILIÁRIO & CONSTRUÇÃO

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CICLO POSITIVO

Bom momento do mercado imobiliário e de construção impulsiona outros segmentos O bom momento vivido pelo mercado imobiliário e de construção provoca uma reação em cadeia que leva vários outros segmentos a crescerem juntos, o que é altamente positivo

para a economia do município de Rondonópolis, já que esse ciclo positivo gera muitas novas oportunidades de negócios, além de emprego e renda para a população. O fato pode

ser percebido com o surgimento e o fortalecimento de setores como o de decoração e móveis planejados, entre outros, que se beneficiam do momento fazendo bons negócios.

MÓVEIS PLANEJADOS

Móveis com a cara do dono Um dos segmentos que se fortalecem com o bom momento do mercado imobiliário e de construção é o de móveis planejados. Na avaliação de Ricardo Oliveira, gerente da loja Todeschini em Rondonópolis, o atual momento de crescimento experimentado pelo mercado imobiliário e de construção é um fenômeno recente, com muitos edifícios verticalizados e outros empreendimentos ainda em fase de construção, mas ainda assim, ele diz ser nítido o bom momento que esse mercado vive na cidade. “Há alguns picos de crescimento toda vez que se entrega um prédio ou alguns meses depois do lançamento de um condomínio fechado. Depois há uma parada, até que saia o próximo empreendimento. Como houve muitos lançamento em datas próximas uma da outra, nós esperamos um crescimento acentuado no nosso segmento para breve”, afirmou. Um dos exemplos é o caso do condomínio Royal Boulevard, cujos terrenos

“Como houvem muitos lançamentos em datas próximas uma da outra, nós esperamos um crescimento acentuado no nosso segmento para breve”, informou Ricardo Oliveira

já estão liberados para a construção. “O cliente que já comprou móveis planejados, ele pensa na obra e nos móveis. Nós damos todo o suporte e isso acaba diminuin-

do os custos na obra, pois não é preciso o retrabalho de modificar uma peça ou outra para adaptar o imóvel aos móveis que vão ficar no seu interior”.

INOX

Colocando beleza ao lado da segurança Toda nova construção precisa de detalhes que garantam a sua segurança e acessibilidade, como os corrimãos e guarda-corpos e, de olho nesse nicho de mercado, empresas como a Inox São José se especializaram na fabricação de corrimãos e guarda-corpos em inox para os imóveis comerciais e residenciais. Apesar de recente no mercado, tendo aberto suas portas em 2011, a empresa já tem larga experiência no mercado, pois é um desmembramento da Calhas São José, que já atua há 45 anos no mercado local. Além da forte presença no ramo da construção, a empresa também fabrica pg 72

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cozinhas industriais e outros equipamentos para bares e restaurantes. Para o empresário Alecio Borgeo, depois de um primeiro trimestre muito bom para os negócios, o mercado deu uma ligeira desaquecida, mas já ensaia uma reação, o que tem sido positivo para a sua empresa. “As Detalhes como corrimãos e guarda-corpos hoje pessoas começaram a se em dia são verdadeiras peças de decoração movimentar novamente e o mercado já se aqueceu, os investimentos, tecer e nós estamos animados com o fuque estavam parados, começam a acon- turo”, disse Alecio.


VIDROS E ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO

Cada vez mais presentes nas construções Situação parecida vive o segmento de vidros, material que tem aparecido cada vez mais nas construções, deixando de ser apenas um componente de janelas e espelhos, para se fixar nas fachadas de grandes construções e empreendimentos, entre outras utilizações. Especializada em vidros e esquadrias de alumínio para os mais diversos segmentos, a empresa Amazonas Vidros é um dos destaques do segmento, tendo um amplo leque de opções para seus clientes, que vai desde um simples espelho ou um box para banheiro, até vidros temperados para grandes fachadas e acabamentos de obras de alto padrão. “O mercado de construção deu uma boa melhorada nesse segundo semestre e apostamos que vai melhorar mais ainda. E como o mercado da construção funciona como um termômetro da nossa economia, eu acredito que as coisas irão melhorar para todos os demais segmen-

Cada vez mais, o vidro pode ser visto em fachadas de grandes construções e empreendimentos, entre outras utilizações

tos. Nós apostamos na recuperação do mercado e ele já está melhor, com várias obras começando e outras sendo finalizadas, o que está movimentando o seg-

mento que atuamos, de vidros e esquadrias de alumínio”, afirmou o empresário Sílvio Ormond Portela, proprietário da Amazonas Vidros.

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ARQUITETURA

Dando forma aos sonhos

Para a arquiteta e urbanista Stace Konno, “um projeto de reforma bem resolvido proporciona mais qualidade de vida para os que ali residem”

Um profissional que está cada vez mais sendo procurado por quem quer construir ou reformar sua residência ou comércio é o arquiteto, que tem a função de interpretar os desejos e necessidades dos clientes e transformá-lo em um projeto de construção, de forma que o imóvel tenha a forma desejada e cumpra com a função para a qual foi pensado. Na avaliação do arquiteto e urbanista Edgar Bellinat, da EB Arquiteto, os profissionais da área estão sendo mais procurados por uma série de fatores, mas principalmente por conta da melhor compreensão do papel dos mesmos na hora de construir. “O projeto arquitetônico começa a ser valorizado porque as pessoas estão entendendo melhor o que esse profissional faz, por saber do que se trata. As pessoas sempre acharam que quem projeta tudo é o engenheiro, mas é o arquiteto. Nós sempre dizemos que o arquiteto projeta e o engenheiro coloca em pé. O que nós fazemos é entender de fato o que o cliente precisa e colocar num projeto. O

engenheiro assume a partir daí”, definiu. De acordo com Bellinat, o segmento em que atua chegou a sofrer uma diminuição no ritmo no ano de 2016, mas começou a se recuperar em 2017 e neste ano (2018) já começa a se mostrar forte novamente. “Há trabalho, o mercado está se recuperando bem e a tendência é continuar crescendo. A crise na verdade não passou, mas o brasileiro se adaptou. Mas nós construímos sonhos, e todos precisam disso para viver”, finalizou Edgar Bellinat. Outra profissional que tem seus serviços bastante solicitados é a Arquiteta e Urbanista Stace Konno Tosta Beret, que chama a atenção para o fato de que um bom profissional da área não deve ser contratado somente quando se pensa em novas construções, mas também no momento em que se pensa em reformas. “Reformar uma residência é algo essencial para o bem estar dos moradores, podendo ter função estética e/ou de reestruturação. Um projeto de reforma bem re-

“O mercado está se recuperando bem e a tendência é continuar crescendo. A crise na verdade não passou, mas o brasileiro se adaptou”, afirmou o arquiteto Edgar Bellinat

solvido proporciona mais qualidade de vida para os que ali residem. Se eu pudesse dar um conselho para quem está pensando em uma reforma, eu diria: Valorize sua obra, contrate um arquiteto!”, disse.

ENGENHARIA

Garantindo a solidez na realização dos sonhos Toda obra bem feita começa na prancheta de engenheiros e arquitetos, que projetam as construções de forma a atender os anseios de seus moradores e proprietários. Com o segmento de imóveis de alto padrão aquecido, o mercado tem feito cada vez mais uso do serviço desses profissionais, que também estão animados com o momento atual. “O projeto bem elaborado, bem executado e bem fiscalizado, tudo bem dimensionado, sem exageros, evita sequelas lá na frente. Se juntar tudo isso, você não se aborrece com a tua obra. Bons profissionais e boas empresas ajudam a realizar o seu sonho”, declarou o engenheiro civil Jorge Bellinaso, com vários anos de atuação na cidade e um dos pg 74

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profissionais mais requisitados da área. Para ele, o mercado imobiliário e de construção já viveu melhores momentos na cidade, mas ainda assim o setor é pujante e, apesar da crise política e econômica vivida no país, o setor está bem movimentado em Rondonópolis. “O problema maior que nós temos vem do setor público, pois os maiores financiadores dos empreendimento são os bancos públicos, que estão mais eletivos na hora de liberar novos financiamentos, mas, o nosso maior entrave é na prefeitura, que demora muito, que não obedece prazos para liberar uma simples licença para as pessoas construírem. A gente acaba perdendo clientes por causa da morosidade dos outros. Mas a cidade continua crescendo mesmo

“O projeto bem elaborado, bem executado e bem fiscalizado, tudo bem dimensionado, sem exageros, evita sequelas lá na frente”, ponderou o engenheiro civil Jorge Bellinaso

assim, porque o empresariado do setor é muito forte e pujante”, afirmou Bellinaso.


MÃO DE OBRA

Qualificação é importante para se manter no mercado Em franca recuperação, depois de um período de relativa crise, o mercado imobiliário e de construção contínua enfrentando um velho problema, que é a falta de profissionais qualificados para atuarem no segmento, o que se se torna mais um problema para o setor, que ensaia um reaquecimento em nível nacional. O problema é agravado diante da modernização do setor, que usa novas técnicas e materiais, exigindo cada vez mais um profissional qualificado e antenado nas novidades em termos de técnica e materiais para o segmento. Responsável por pouco mais de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e empregando cerca de 3 mi-

lhões de trabalhadores no país, o setor da construção civil funciona como uma

espécie de termômetro da economia, sendo o primeiro a sentir todas as crises econômicas e se recuperando da mesma forma, sendo o primeiro setor da economia a mostrar uma reação em momentos de retomada do crescimento. Para o empresário Lucas Luz, presidente do Sindicato das Indústrias da Construção (Sinduscon), a qualificação dos profissionais que atuam no setor é fundamental, pois mesmo com toda a evolução das técnicas e materiais utilizados na área, o trabalho humano ainda é o principal insumo da construção civil. “Com a evolução nas últimas décadas, o profissional precisa operar equipamentos sofisticados e manusear PÁGINA 77

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CONCRETEC

Grandes obras e produção de peças de pisos e revestimentos 3D

“Nós avançamos sobre essas áreas, por estarmos próximos da demanda, pois nossos concorrentes mais próximos estão em São Paulo”, contou o empresário Rodrigo Heiss, da Concretec

A Concretec fabrica aduelas, um dos carros chefes da empresa, nas medidas e para suportar a carga exata que o cliente exigir As grandes obras de infraestrutura, tanto públicas quanto privadas, e a evolução do método empregado nas construções, que hoje utilizam novas tecnologias e materiais levou ao surgimento e consolidação de empresas como a rondonopolitana Concretec, especializada na fabricação de peças de concreto, principalmente voltadas para grandes obras de drenagem, que vão desde grandes aduelas de concretos, conhecidas como galerias celulares, tubos de concreto, e também de peças menores, como postes, mourões e outros produtos voltados para a pecuária; mas agora também ganha destaque o fabrico de elementos vazados para construções civis e pavers para pavimentos e calçadas. De acordo com o engenheiro e empresário Rodrigo José Heiss Oliveira, a Concretec oferece o diferencial de fabricar peças como as aduelas, um dos carros chefes da empresa, nas medidas e para suportar a carga exata que o cliente exigir, tanto para pequenos volumes de água, quanto para grandes volumes, assim como para suportar grande volume de aterro e tráfego de veículos. “Hoje, nós fabricamos as aduelas completas, já com as alas, que são as bocas, tudo pré-moldado. Esse material é muito usado em grandes obras de infraestrutura e é uma excelente alternativa para substituir as pontes de madeira que ainda existem na cidade e na zona rural, com muito mais resistência, durabilidade e baixa manutenção. Economicamente e ambientalmente também são uma boa alternativa, pois dispensa o uso de madeira”, informou. Para ele, o mercado em que atua está bastante aquecido, por conta das grandes obras públicas nas pg 76

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rodovias federais da região, que estão sendo duplicadas, mas também graças a abertura de novos residenciais urbanos, que tem demandado serviços da empresa. “Rondonópolis começou o ano de 2018 melhor do que 2017, que foi um ano mais parado, pois a liberação de novos residenciais estavam travados e não houve o lançamento de novos loteamentos. Já este ano houve um bom avanço nesse sentido, o que provocou um aquecimento no setor, tanto que estamos ampliando a nossa fábrica para darmos conta de atender essa demanda”, contou. Empresa de amplitude regional, a Concretec conta com o diferencial de possuir três fábricas itinerantes, que podem ser montadas nos canteiros de grandes obras, o que barateia em cerca de 20% os custos dos materiais de concreto. Elementos vazados Pensado como uma forma de suprir uma sazonalidade do mercado, já que a empresa possui um grande número de funcionários que ficavam praticamente ociosos nos períodos chuvosos, por conta da paralisação das obras nesse período, a Concretec resolveu desenvolver uma linha de elementos vazados feito à base de concreto, e outras peças, como mourões para cercas, meios-fios, sarjetas, boca de lobo pré-moldadas e acabou evoluindo para pavers, que

Outro material oferecido pela Concretec são os revestimentos 3D, que dão um ar contemporâneo aos ambientes

Bastante difundidos e usados, os elementos vazados são outro destaque da Concretec, que oferece o produto com diferentes formatos, cores e tamanhos

Outra amostra de como o revestimento pode valorizar um ambiente são peças pré-moldadas de diferentes formas, cores e texturas, que formam um pavimento quando encaixadas, material muito usado em calçadas e jardins, pisos, elementos vazados e revestimentos 3D. “Nós avançamos sobre essas áreas, por estarmos próximos da demanda, pois nossos concorrentes mais próximos estão em São Paulo. Além da despesa com o frete, o pessoal costumava ter problemas com avarias no material, há o acréscimo dos custos de transportes, impostos. Aí havia o problema com a falta de reposição, pois fica faltando uma peça e a pessoa não conseguia terminar a casa dele. Por conta desses fatores e outros, podemos dizer que esse é outro nicho de mercado que deu muito certo para nós, até porque a procura está crescendo, se difundindo e graças a essa demanda, pudemos melhorar os nossos processos e oferecer um produto de ótima qualidade para o mercado e com um custo bem menor que o produto vindo de fora”, declarou o empresário. Nesse segmento, a grande novidade é a possibilidade de personalização dos elementos vazados, utilizando a moderna tecnologia das impressoras 3D para fabricar formas que permitam atender aos gostos e projetos dos clientes. “As empresas, por exemplo, vão poder ter a sua logomarca em concreto, no formato, no tamanho, na cor e na tonalidade que o cliente pedir. Isso é outro diferencial que conseguimos oferecer depois de desenvolver muita pesquisa de laboratório”, concluiu Rodrigo Heiss.


materiais diferenciados. O trabalho ficou mais complexo, pois se algumas atividades braçais foram simplificadas, outras competências passam a ser necessárias. Isso ocorre desde a estrutura, com novos materiais e técnicas para a montagem de formas, por exemplo, até o acabamento. O uso de porcelanato, instalações elétricas, hidráulicas e de iluminação diferenciadas, tudo requer conhecimento teórico e prático para garantir uma execução de qualidade. Existem cursos específicos de alvenaria, operação de equipamentos como grua, cremalheira”, afirmou. A primeira vantagem em contar com profissionais qualificados, e a mais evidente, é que esse profissional tem condições de executar um serviço de melhor qualidade, o que evita defeitos nas obras, como fissuras, trincas e infiltrações. Segundo dados do Sinduscon, 52% dessas chamadas patologias são causadas por equívocos na execução - o restante se divide entre falhas de projeto, materiais, mau uso e outros. “Outro ponto importante é a especialização. Principalmente em grandes obras, o profissional especializado em assentamento de pisos não é o mesmo que faz a montagem das formas de concreto. Equipes diferentes cuidam de etapas

“O trabalho ficou mais complexo, pois se algumas atividades braçais foram simplificadas, outras competências passam a ser necessárias”, afirmou Lucas Luz, do Sinduscon, defendendo a importância da qualificação da mão de obra para o setor da construção

diferentes da obra, e a qualificação tem papel fundamental para garantir o bom desempenho dessas equipes. Na questão estrutural, cada tipo de tecnologia requer um treinamento diferente, por exemplo”, completou Lucas Luz.

Fatores como a produtividade e a segurança no local do trabalho também são mais facilmente alcançados quando se trabalha com profissionais devidamente qualificados. Para qualificar a mão de obra de acordo com a necessidade e exigências do mercado, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) é uma das instituições que oferecem cursos de qualificação e aperfeiçoamento profissional em diversas áreas do ramo da construção, como operador de empilhadeira, desenho arquitetônico, pedreiro, eletricista, aplicador de revestimento cerâmico, pintor de obras, mestre de obras, armador de ferragens, jardineiro, carpinteiro e outros. Outra instituição pública que oferta cursos de qualificação da mão de obra voltada para o segmento da construção civil é a Escola Técnica Estadual, conhecida como Secitec. Cursos como o de Hospedagem Eletrotécnica, Desenho Computacional para Construção Civil, técnico em edificações, voltadas para o setor da construção civil, além do curso de Transações Imobiliárias, que compreende a formação de profissionais para atuarem no campo imobiliário, foram ofertados esse ano na instituição.

BELLINASO Projetos e Engenharia

Av Lions Internacional, 147 - Coopharondon Rondonópolis - MT MERCADO IMOBILIÁRIO agosto 2018 pg 77 & CONSTRUÇÃO (66) 3023 3371


CASA COTÊ

Novidades exclusivas e personalizadas em pisos e papel de parede A Casa Cotê, loja especializada em artigos para decoração de interiores e revestimentos, como tecidos para sofás e almofadas, papel de parede, cortinas de tecidos, tapetes e persianas, está sempre se atualizando para oferecer o que

há de melhor e mais atual no mercado para seus clientes. Com esse espírito, a empresa traz a novidade dos pisos vinílicos e papéis de parede personalizados, que prometem satisfazer aos gostos mais exigentes.

PISOS VINÍLICOS

Praticidade e beleza combinados com a qualidade Uma das novidades da Casa Cotê é o piso vinílico da marca Tarkett, que substituem os tradicionais pisos de madeira e podem ser aplicados sobre qualquer piso ou revestimento cerâmico, oferecendo beleza e praticidade, já que conta com um grande número de grafismos e texturas e pode ser instalado rapidamente, sem a necessidade de se mexer no piso antigo ou nas paredes, eliminando entulhos de obra, além de ser antiderrapante e altamente resistente. “Esse piso pode ser instalado em vários ambientes, ideal para áreas íntimas da casa, como em sala de estar, quartos, closet, pois ele tem um isolamento térmico e mantém sempre uma temperatura agradável, confortável para se pisar. Além do mais, é um piso lindo e as pessoas podem trabalhar variações de temas, cores e texturas ao gosto de cada um”, contou a empresárias Sanira e Djanira Logrado. O piso vinílico pode ser aplicado de duas formas, colado ou “clicado” sobre o piso antigo ou sobre o contrapiso novo, de forma muito prática, limpa e rápida, carecendo no máximo de um nivelamento, que é feito com material específico fornecido pela própria Tarkett, empresa com 130 anos de mercado e líder mundial do segmento de pisos vinílicos. No caso do clicado, a grande novidade é que ele pode ser removido e montado em outros ambientes. “Esse é um produto que já é

Djanira Logrado: “Casa Cotê está sempre se atualizando para oferecer o que há de melhor e mais atual no mercado para seus clientes”

Nas fotos, podemos observar um imóvel antes...

...e após a instalação do piso vinílico

muito usado fora do Brasil e nas regiões Sul e Sudeste do país, vem ganhando um grande espaço em nossa região e sendo especificado por arquitetos por conta da sua praticidade, beleza e qualidade”, completaram.

A Casa Cotê também comercializa a linha de pisos vinílicos da Tarkett de alta resistência, voltada para prédios comerciais, muito usada pelos bancos, academias, hospitais e grandes cadeias de lojas.

PAPÉIS DE PAREDE

Interiores com o gosto e a personalidade do dono

Samara, Sanira e Ludimila:“Nós trabalhamos com clientes exigentes, que buscam cada vez mais inovações e produtos exclusivos”,contou a empresária Sanira Logrado, da Casa Cotê, que está sempre trazendo o que há de mais atual no mercado pg 78

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Outra grande novidade da Casa Cotê é a possibilidade das pessoas personalizarem o seu papel de parede, para que o interior das residências tenham cada vez mais a cara e expressem o gosto de seus moradores. “Nós trabalhamos com clientes exigentes, que buscam cada vez mais inovações e produtos exclusivos. Dessa forma, ele quer um papel de parede que combine com sua personalidade. Por mais que tenhamos uma grande quantidade de papel de parede, os clientes, arquitetos e decoradores sempre querem algo inovador e diferenciado. Sendo assim, não serve qualquer cor ou tonalidade. Aí nós personalizamos esse papel de parede, realizando o sonho dessas pessoas, na cor que elas querem e com a forma que elas indicarem”, salientaram. Entre as possibilidades de personali-

zação, Sanira cita que os papéis podem conter frases, fotos dos familiares ou de paisagens, nomes de empresas e outras, de acordo com a necessidade e o desejo de cada cliente. Para desenvolver os projetos, a empresa, que está localizada em Rondonópolis na Rua Rio Branco, 86, próxima à ponte da Vila Aurora, presta uma consultoria e conta com parcerias com arquitetos e decoradores, que ajudam a dar vida aos sonhos de moradia das pessoas. A arquiteta Laura Meyer, por exemplo, gostou da ideia e já fez uso da novidade em seus trabalhos. “Eu precisava de um papel que compusesse com um papel já existente e não encontrava nada no mercado. Aí eu desenhei o papel com desenhos geométricos em tom pastel e a Casa Cotê o produziu para mim. Eu gostei muito do resultado e recomendo”, declarou. A Casa Cotê também é representante dos toldos e cortinas da marca Hunter Douglas, considerada a melhor marca de cortinas do mundo e que utiliza as tecnologias mais avançadas para criar produtos como as cortinas motorizadas, que possuem isolamentos térmico e acústico, além de filtros que protegem os móveis e pisos contra o desgaste provocado pela luz do sol.


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Em sua 46ª edição, a Exposul é uma das maiores feiras do segmento no país, funcionando como uma vitrine que mostra a força do agronegócio de Mato Grosso

46ª EXPOSUL

Vitrine da pujança de Rondonópolis A mais importante vitrine da pujança econômica de Rondonópolis e do setor que está na base da sua matriz econômica, o agronegócio, a Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial do Sul de Mato Grosso (Exposul), está acontecendo em sua 46ª edição unindo tradição e inovação, marcas que a firmaram como a maior feira agropecuária do Estado de Mato Grosso e uma das maiores do país. Para este ano, a expectativa dos organizadores é superar a marca de R$ 150 milhões em negócios, acreditando mais uma vez na força e na pujança econômica do agronegócio. De acordo com Aylon Arruda, presidente do Sindicato Rural e da comissão organizadora da Exposul, esse ano a comercialização de estandes superou a edição passada e as perspectivas são animadoras até o seu final. A feira começou na segunda-feira (6/08), e será encerrada no sábado, 11. “Este ano nós já superamos o número de estandes alugados e ainda teremos cerca de pg 80

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“São os expositores que vão gerar o grande volume de negócios do evento, que no ano passado movimentaram próximo de R$ 120 milhões”, afirmou Aylon Arruda, presidente do Sindicato Rural e da comissão organizadora da Feira, ressaltando a importância dos expositores para o sucesso do evento

200 expositores locais e regionais diretos, mas como eles trazem consigo representantes da indústria, então teremos mais de 500 expositores indiretos”, analisou. Segundo Aylon, os estandes são responsáveis por algo em torno de 10% da renda geral da Exposul, mas eles têm uma importância estratégica para o resultado final da feira. “São os expositores que vão gerar o grande volume de negócios do evento, que no ano passado movimentaram próximo de R$ 120 milhões. Isso é muito bom para a cidade e para a região, pois é a partir desses negócios que a economia se movimenta e fomenta a geração de empregos e renda para os municípios. É daí que vêm os impostos para cobrir os custos dos serviços públicos oferecidos para a população”, pontuou. Além de diversos grandes shows nacionais, da exposição de máquinas e animais de elite, a Exposul está oferecendo uma série de palestras técnicas para os produtores rurais, o que movimenta diariamente todo o Parque de Exposições Wilmar Peres de Farias.


Construir uma grande cidade se faz com empresas que acreditam no seu povo e no seu potencial. Nossa gratidão a cada uma dessas empresas que acreditam em Rondonópolis e nos seus grandes projetos.

DISTRIBUIDORA DE GRANITOS

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Concresul

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