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Rondonópolis, sempre surpreendendo! São públicos e notórios os reflexos da crise político-econômica nos últimos anos em nosso País. Os brasileiros enfrentaram um período de estagnação, de adaptações e redução de despesas. Mesmo com toda essa dificuldade por que passa o Brasil, o município de Rondonópolis pode se considerar privilegiado nesse cenário. Com uma economia forte e cada vez mais diversificada, mas influenciada grandemente pelo agronegócio, Rondonópolis vem sentindo menos do que outros médios e grandes municípios os efeitos da crise nacional. Essa situação privilegiada do rondonopolitano em sentir efeitos mais brandos do conturbado momento do País foi destacada, inclusive, pelo ex-governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, durante palestra no Encontro de Comerciantes da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Rondonópolis (ACIR), realizada no mês passado. Uma prova de que Rondonópolis não parou em meio a essa grave mudança econômica nacional está nos setores do mercado imobiliário e da construção civil do município, que continuou nesse período vivenciando um momento muito interessante nos lançamentos de loteamentos residenciais e edifícios de apartamentos. Muitos desses empreendimentos foram quase que totalmente vendidos logo após o lançamento. Ademais, o segmento da construção civil, em geral, não apenas de alguns tipos de empreendimentos, vem tendo uma retomada a partir deste ano de 2017 no município, assim como outras áreas da economia rondonopolitana. Esta revista é uma prova do potencial do município de Rondonópolis, com empresas que continuam acreditando, investindo e fazendo as coisas acontecerem mesmo em tempo de adversidades. Nestas páginas, podemos constatar, especialmente, a força dos setores da construção civil e do mercado imobiliário rondonopolitano, que procuram se aprimorar para atender uma clientela cada vez mais exigente. Ademais, a esperança é que Rondonópolis continue sempre crescendo, superando as dificuldades ainda existentes e recebendo a atenção e infraestrutura devida do poder público, para galgar cada vez mais qualidade de vida para todos aqueles que aqui residem. Boa leitura!
ÍNDICE 08...... O surgimento dos primeiros loteamentos e residenciais
49...... Transformando o ambiente com papel de parede
14....... Rondonópolis aposta na verticalização
57....... A crescente procura por equipamentos de segurança
25....... Loteamentos se multiplicam pela cidade
62....... As regiões de maior crescimento na cidade
30...... Prefeitura paralisa liberação de novos loteamentos
70...... Rondonópolis: Uma cidade que atrai investimentos
31....... Preventivos devem ser executados em paralelo à obra
73....... 325 empresas querem áreas para se instalar na cidade
34...... Construção ganha fôlego novamente no município
78....... Entrevista: “A gente tem de pensar a cidade para o futuro”
38...... Negócios nos diversos segmentos do mercado
84...... Projetos e ambientes para se inspirar
42....... Aumentando os resultados do seu negócio
91....... Plano Diretor: Crescimento ordenado
46...... Materiais de construção: um setor competitivo
96...... Deferentes opções em pré-moldados
Localização O município de Rondonópolis está localizado em um dos principais entroncamentos rodoviários do Brasil. Em uma posição geográfica estratégica, a cidade sedia o entroncamento da BR-163 com a BR364, sendo corredor obrigatório para o trânsito Norte-Sul do País. Em Mato Grosso, Rondonópolis situa-se na região sudeste do Estado, onde é município pólo entre 18 municípios, dada a
RR
liderança que desfruta nas áreas de serviços, comércio e indústria. Fica distante a 210 quilômetros da capital do Estado (Cuiabá) e a 922 quilômetros da capital do País (Brasília). A área do município é de 4.159,118 km². A sede municipal possui as seguintes coordenadas: paralelo de 16º 28’15” de latitude sul e pelo meridiano de 54º 38’ 08” de longitude oeste de Greenwich.
AP
AM
PA
CE
MA PI
AC
RO
TO
BR 163
MT
RN PB PE AL SE
BA DF
GO MG
BR 163
ES
MS SP
RJ
PR
Distâncias SC
De Cuiabá....................................... 2 1 0 K m De Campo Grande..........................4 8 3 K m De Goiânia..................................... 7 2 3 K m De Brasília......................................9 2 2 K m
RS
População A população estimada de Rondonópolis em 2016 é de 218.899 habitantes, embora o Censo 2010 elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística conste como população contabilizada 195.476 habitantes. Desse total, 98.197 são homens e 97.279 pes-
soas são mulheres. O último Censo (2010) revela ainda que a densidade demográfica de Rondonópolis é da ordem de 47,00 hab/km²; que 188.028 pessoas residem na cidade e apenas 7.448 vivem na zona rural, o que corresponde a 2,62% da população do município.
EXPEDIENTE REVISTA MERCADO IMOBILIÁRIO E CONSTRUÇÃO REALIZAÇÃO JORNAL A TRIBUNA MATO GROSSO PARTE INTEGRANTE - EDIÇÃO Nº 9693 - 8/AGOSTO/2017 DIRETORES Samuel Logrado de Souza Maria Janice Logrado de Souza Aroldo Marmo de Souza Junior EQUIPE DE REDAÇÃO Márcio Sodré e colaboradores. DEPARTAMENTO COMERCIAL Álvaro Luiz Deisi Santos Veridiana Pedrotti Zilma Borges
FOTOGRAFIAS A TRIBUNA e Arquivo A TRIBUNA Ciranda da Fotografia Invent produções Reproduções Assessorias de Imprensa. DIAGRAMAÇÃO Wendell Martins ARTES Daniel Sampaio Ezequiel Silva Agências de publicidade CTP, IMPRESSÃO E ACABAMENTO
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HISTÓRIA
O surgimento dos primeiros
loteamentos e residenciais ACERVO A TRIBUNA
Ponte de madeira sobre o Arareau, na região da Vila Jardim, era único acesso estruturado à Vila Aurora
Um
dos primeiros empreendimentos imobiliários de Rondonópolis foi o lançamento do loteamento Vila Aurora, pela antiga Imobiliária Aurora. Passados mais de 50 anos, o espaço se tornou em uma das regiões mais nobres e valorizadas do município. As terras onde se encontram a Vila Aurora pertenciam ao pioneiro William Cândido de Moraes, que convidou o então corretor de imóveis Aureo Candido Costa para auxiliá-lo nas vendas do loteamento. Assim, vindo de
Goiânia, Aureo veio para Rondonópolis em julho de 1963 e, logo após sua chegada, lançou as vendas da Vila Aurora. Conforme Aureo, hoje tabelião e empresário do ramo imobiliário, o loteamento inerente à Vila Aurora foi registrado inicialmente em Poxoréu, tendo o registro transferido em 1959 para Rondonópolis. Contudo, as vendas e implantação do loteamento iniciaram apenas em 1963. “Naquele tempo era muito difícil, porque para abrir as ruas não haviam máquinas. As primeiras ruas da Vila Aurora foram abertas no
ACERVO A TRIBUNA
O primeiro conjunto habitacional da cidade foi o Núcleo Residencial Rio Vermelho, a chamada Cohab Velha, na vila Aurora Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 8
machado, na foice e no enxadão, manualmente”, lembra. Nos locais mais próximos ao antigo centro da cidade, na atual parte baixa da Vila Aurora, na região onde hoje é a Rua Fernando Correa da Costa, a partir da barra do Arareau, as vendas do loteamento ocorreram de forma muito rápida. Contudo, para ir vendendo as demais áreas da Vila Aurora, os loteadores precisaram lançar mão de artifícios, como a doação de áreas para instituições, entidades e estruturas públicas diversas. Dentro dessa visão, a partir de doações de áreas, para fomentar a ocupação da Vila Aurora, Aureo conta que surgiram os primeiros conjuntos habitacionais de Rondonópolis. O primeiro conjunto habitacional da cidade foi o Núcleo Residencial Rio Vermelho, a chamada Cohab Velha, cuja área foi doada para a Companhia de Habitação Popular, a antiga Cohab. Depois, da mesma forma, foram criados a Coopharondon e a Coophalis, respectivamente o segundo e terceiro conjunto habitacional da cidade. Na verdade, foram inúmeras as doações de áreas feitas por Aureo e William nessa região da cidade, a exemplo da antiga Superintendência de Campanhas Públicas (Sucam), Maçonaria, Igrejas, antiga Cemat, Receita Federal, Cemitério, os clubes de Rotary e Lions entre outras. “Nós revertemos o crescimento da cidade de um lado para o outro do ribeirão Arareau. Antes, a cidade só crescia de um lado do Arareau”, atesta. Entre as doações efetivadas, Aureo destaca a destinação de 60 hectares para a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), na saída para Guiratinga. “Nunca me arrependi dessa doação. Mas, por mais que a gente tenha visão, a gente ainda erra. Por exemplo, coloquei a Cohab e o Cemitério onde hoje é a área mais nobre da cidade, mas naquela época era uma viagem para chegar até lá”, revela. Com as doações, o poder público foi sendo obrigado a construir pontes para a população ter acesso a essas estruturas. Inclusive, quando do lançamento das vendas da Vila Aurora,
BALANCEAMENTO
CÉDITO – NÚCLEO DE DOCUMENTAÇÃO HISTÓRICA OTÁVIO CANAVARROS
Construção do então Centro Pedagógico de Rondonópolis, hoje o campus da UFMT em Rondonópolis
somente havia uma ponte de madeira sobre o Arareau, ainda assim na região da Vila Jardim. A Imobiliária Aurora, inicialmente, construiu uma pequena balsa para se chegar do outro lado da Rua Fernando Correa e, depois, uma passagem estreita voltada para pedestres e bicicletas. Aureo conta que veio para Rondonópolis na condição de sócio de William, mas, ainda assim, com apenas uma conta. Com o tempo, foi comprando cotas, até ficar com quatro cotas, a mesma quantia de William. A área do grupo inicialmente era de 3.336 hectares, abrangendo desde a barra do Arareau, a região do atual Sagrada Família e a região após o Parque de Exposições, a chamada Fazenda. Além das doações, venderam muitas áreas rurais nesse meio tempo. Quando desfez a sociedade, há cerca de 10 anos, havia restado cerca de 1.990 hectares, sendo que cada um dos sócios ficou com a metade.
DESENVOLVENDO O MERCADO IMOBILIÁRIO Na verdade, o tabelião e empresário Aureo Candido Costa foi um dos grandes contribuidores do desenvolvimento do mercado imobiliário de Rondonópolis, com o lançamento dos mais diversos empreendimentos que alavancaram o crescimento municipal. Até meados da década de 1970, Aureo Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 10
A TRIBUNA
Para fomentar a ocupação e estruturação da Vila Aurora, as doações de áreas, a exemplo do campus da UFMT, eram uma das estratégias dos loteadores
Tabelião e empresário Aureo Candido Costa: um dos grandes contribuidores do desenvolvimento do mercado imobiliário de Rondonópolis conta que Rondonópolis tinha aspecto de cidade pequena, pois não tinha prédios altos, nada diferente. Não por menos, a cidade era chamada pelo pessoal de Poxoréu e Guiratinga de “Corrutelão”, por ser uma corrutela um pouco maior. Diante disso, um grupo de maçons constituiu a Pirâmide Construtora, com 13 sócios, para levantar prédios altos e acabar com essa impressão de cidade pequena. Assim lançaram e venderam o primeiro prédio com mais de 10 andares da cidade, o Pirâmide, na Rua João Pessoa com a Avenida Marechal Dutra, e
depois o Mikerinos, na Avenida Cuiabá, construídos pela construtora Métron/Concresul. A construção dos primeiros prédios altos, segundo Aureo, fomentou fortemente o mercado imobiliário de Rondonópolis. Junto com o empresário Alberto Luz, da antiga Farnochi & Luz/Métron, construiu o bairro Colina Verde, algo também novo no mercado imobiliário. A ideia era oferecer não apenas o lote, mas casas construídas e maiores que as oferecidas pela antiga Cohab. Junto com o empresário e engenheiro Fábio Ribeiro, do Paraná, lançaram o primeiro
ARQUIVO A TRIBUNA
Construção do primeiro shopping center do município, no final da década de 1990 shopping center do município, no final da década de 1990, que ficou pronto no começo dos anos 2000, já com a participação do JAR, aju-
dando a fomentar o mercado imobiliário de uma região da cidade ainda pouco ocupada. Também em parceria com Fábio, Aureo
acrescenta que lançou na cidade o primeiro grande condomínio horizontal fechado de Rondonópolis, o Village do Cerrado. “Fomos bem-sucedidos. Talvez, seja o melhor do interior do Brasil Central. Agora estamos entregando o Condomínio Royal Boulevard e estamos planejando o terceiro condomínio fechado de alto padrão”, repassou. Em toda sua trajetória, Aureo contabiliza quase 7000 lotes lançados e comercializados no município de Rondonópolis. Mais recentemente, foi responsável pela implantação do Comfort Hotel, considerado o melhor no segmento atualmente. Também tentou lançar a construção do segundo shopping center da cidade, ao lado da UFMT, mas não deu certo em função da crise pela qual passa o Brasil. Com mais de 50 anos de Mato Grosso, o pioneiro atesta que nunca viu Rondonópolis parar, apesar de enfrentar altos e baixos. “O ramo imobiliário e a construção civil da cidade estão a todo o vapor. Rondonópolis tem futuro promissor, não para. Acredito que dentro de 15 anos, a cidade estará com mais de 400 mil habitantes”, avalia.
A TRIBUNA
AVANÇO
Rondonópolis cresce para o alto e traz novas oportunidades de negócios
Rondonópolis aposta na verticalização
A
paisagem de Rondonópolis tem sido mudada a olhos vistos a cada ano, com o surgimento acelerado de novos prédios na cidade. A aposta em edifícios residenciais evidencia um novo hábito de morar dos rondonopolitanos, que buscam mais segurança e redução dos gastos com áreas de lazer.
Esse processo tem se fortalecido tanto que Rondonópolis já aparece como uma das cidades mais verticalizadas da região Centro-Oeste do Brasil. Dentro dessa tendência, os prédios altos têm deixado o visado bairro da Vila Aurora e rumado agora especialmente para a região do Shopping e da Vila
Birigui. A cada novo empreendimento, as construtoras também têm apostado em diferenciais existentes nos grandes centros do País, como elevadores panorâmicos, grandes áreas de lazer, áreas privativas maiores, número maior de elevadores, sacada com churrasqueira, entre outros.
Um setor que se aprimora Uma das empresas mais tradicionais nesse setor de construções verticais de Rondonópolis é a Salas, que surgiu em 1984. O empresário e engenheiro civil Helmute Hollatz, da Salas, diz que começou com a edificação de casas, passando por sobrados e prédios baixos até chegar a consolidação em construções de edifícios residenciais maiores. Ele conta
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que o primeiro prédio que levantou com mais de três pavimentos foi em 1984, sendo que o primeiro edifício com elevador veio apenas no fim da década de 1990. Hoje, a Salas é a empresa que mais levantou edifícios altos em Rondonópolis. Atualmente, Helmute informa que está com a construção de dois edifícios residenciais,
no caso o Porto Madero, próximo ao Cais, e o Belvedere, ao lado do Shopping. Além disso, está levantando o seu primeiro edifício comercial: o Prime, no Centro, com dois blocos, sendo um com salas comerciais e o outro destinado a um hotel, ainda sem bandeira definida, que possivelmente será incorporado pela própria construtora.
DIVULGAÇÃO
AVANÇO
Empresário e engenheiro civil Helmute Hollatz, da Salas: “nós estamos com negócios além das nossas expectativas”
O empresário Helmute Hollatz, da Salas Construtora, atesta também que, independente da crise política do Brasil, o município de Rondonópolis não pára. “Diante da crise, fizemos uma projeção realista, mas nós estamos com negócios além das nossas expectativas. Estamos assegurados que nossos empreendimentos estão dando os resultados que gostaríamos e garantindo mais renda para continuidade do nosso trabalho”, externou. Dependendo do cenário político-econômico nos próximos meses, ele adianta que a Salas almeja fazer novo lançamento de prédio na cidade. Nesse contexto, a safra recorde de grãos no Estado veio dar mais ânimo ao segmento. Conforme Helmute, o bom momento que o setor de prédios de apartamentos vive na cidade se deve principalmente aos bons resultados do agronegócio nesta safra em Mato Grosso, com boas produtividades de soja e agora de milho. Contudo, apesar da boa fase, ele alerta que atuar nesse segmento exige profissionalismo e solidez no mercado, visando atender às muitas exigências legais, com uso de equipamentos modernos e qualificação dos trabalhadores.
Dentro do potencial de Rondonópolis, novas empresas estão surgindo nesse segmento e ocupando espaço de destaque no mercado, a exemplo da TMI Investimentos Imobiliários. O empresário Thiago Teixeirense Muniz, diretor-geral da TMI, enfatiza que Rondonópolis realmente vem se despontando entre as cidades do interior do Brasil em termos de investimentos, com logística privilegiada e no coração do Centro-Oeste, apontado como o celeiro do Mundo. Ele acredita que rapidamente o município alcançará os 300 mil habitantes. A TMI atesta que entregou o primeiro edifício, o Aurora Garden, na Vila Aurora, com sete meses de antecedência, e agora constrói um edifício de grande porte, o Grand Aurora, próximo ao Shopping, com entrega prevista para 2018. Thiago Muniz enfatiza que a empresa está lançando um novo empreendimento, o Edifício Boulevard Paulista, na Avenida Paulista. Além disso, anuncia que planeja lançar, em parceria com empresários da cidade, o Edifício Birigui Home Office, na Vila Birigui, sendo um empreendimento misto, com clínicas e apartamentos residenciais, focado no crescimento do setor de saúde e serviços nessa região próxima a Santa Casa.
A TRIBUNA
AVANÇO
A paisagem urbana de Rondonópolis muda a cada dia, com o surgimento de novos grandes edifícios
Segmento não parou
em meio à crise
Mesmo diante da crise político-econômica dos últimos anos no Brasil, a construção de prédios de médio/grande porte em Rondonópolis continuou de vento em popa. As vendas desses empreendimentos chamam a atenção e mostram a força do mercado imobiliário no município. Para se ter uma ideia, são sete prédios altos em construção e três empreendimentos em lançamento no momento, sem considerar projetos menores. Há ainda projeção de outro grande empreendimento ser lançado até o fim de 2017. Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 16
A TRIBUNA
VENDAS
Edifício Grand Aurora, da TMI que já está com 95% das unidades vendidas
VENDAS A TRIBUNA
Empresas locais dominam importantes mercados
A TRIBUNA
Empresário Thiago Teixeirense Muniz, diretor-geral da TMI Investimentos Imobiliários: “Os nossos clientes também continuam acreditando em Rondonópolis. Estamos animados!” “Mesmo com toda essa turbulência e instabilidade política que vivemos no País, nosso setor não parou. Continuamos construindo e acreditando na cidade. Os nossos clientes também continuam acreditando em Rondonópolis. Estamos animados! Pois vemos boas perspectivas para os próximos anos”, analisa o empresário Thiago Teixeirense Muniz, diretor-geral da TMI Investimentos Imobiliários, enfatizando a oferta de produtos de qualidade e boa localização. No empreendimento da empresa em construção, o Grand Aurora, cita que 95% das unidades já foram vendidas.
Com experiência de 40 anos na construção civil, o empresário Agustinho José Leiva, da empresa Engesul, começou a atuar em São Carlos (SP). Ele chegou em Rondonópolis em 1989 e, depois, em 2002, ativou a empresa no município. Nesse período, já ergueu quatro prédios residenciais em Rondonópolis, incluindo o “Caravaggio”, o maior deles, em fase final de construção na Avenida Paulista. Agora está lançando um novo empreendimento, com 15 andares de apartamentos, no Residencial Sun Flower/Granville. A TRIBUNA
Empresário Lucas Corrente Luz, diretor da Concresul: “A gente espera que Rondonópolis continue sentindo menos essa crise que vem afetando o País”
Empresas locais souberam conquistar espaço no mercado fazendo aperfeiçoamento contínuo, muitos investimentos e atendendo as demandas da cidade Diferente de outros segmentos, grandes redes nacionais não conseguiram tirar o espaço de destaque das empresas locais dentro do mercado rondonopolitano de materiais de construção e de construções verticais. Pelo contrário, as empresas rondonopolitanas conseguiram prevalecer nesses competitivos segmentos em âmbito municipal. De olho num mercado de renda considerável, grandes empresas de fora já aportaram ou fizeram investimentos tanto na construção de prédios altos quanto de varejo de material de construção em Rondonópolis, mas não conseguiram se firmar junto ao mercado local. A exceção é no ramo de material de construção, que ainda existe rede regional atuando em Rondonópolis. No geral, as empresas rondonopolitanas adquiriram a chamada “expertise” para lidar com o público local, com suas exigências, necessidades, anseios e hábitos, ganhando pontos junto aos clientes. Além disso, as empresas locais souberam conquistar espaço no mercado fazendo aperfeiçoamento contínuo, muitos investimentos e atendendo as demandas da cidade. No caso do varejo de material de construção, as empresas locais que atuam no ramo foram crescendo com Rondonópolis, não abrindo muito espaço para redes regionais ou nacionais avançarem. A empresa Comapa, por exemplo, está com sete lojas na cidade e a empresa Operário, com quatro lojas. No caso da construção de edifícios, desde o começo, a demanda foi sendo suprida por empresas rondonopolitanas. Inicialmente, a construtora Salas se consolidou e agora várias empresas rondonopolitanas, acrescentando a MTI, a Engesul e a Concresul, dominam as construções verticais na cidade. Nesse meio tempo, as empresas locais enfrentaram grandes nomes da construção regional.
Conforme Agustinho Leiva, antes de cada lançamento, ele se vale de pesquisas de mercado, com foco nas vendas na planta. O empresário vê o mercado de Rondonópolis com boas perspectivas, considerando que a cidade possui bastante investidores que compram imóvel na planta. “Sinto o mercado local como promissor diante da realidade de outras cidades e estados. Vem chegando bastante investidor na cidade e melhorando o mercado”, analisa o empresário. “Não vejo outra cidade no Brasil para crescer mais que Rondonópolis!”, afirma. Uma das explicações para a aceleração da verticalização, segundo Thiago Muniz, também está na mudança de hábitos da população e migração da moradia em loteamentos abertos para edifícios ou condomínios fechados. Além da maior segurança, o empresário aponta para a diminuição dos custos de vida. “Quando a pessoa vai para um prédio, tem praticamente um clube dentro de casa, mas pagando o valor de condomínio. A tendência é intensificar esse processo. As pessoas estão gostando de morar em apartamento porque realmente traz economia no fim do mês”, observa.
São sete prédios altos em construção e três empreendimentos em lançamento no momento, sem considerar projetos menores” A preocupação com a crise política nacional existe entre todos os empresários, mas o mercado de Rondonópolis vem respondendo bem a esse momento. O empresário Lucas Corrente Luz, diretor da Concresul, atesta que o mercado de Rondonópolis possui ainda uma grande demanda por apartamentos e, além disso, está em uma região em que a agricultura é muito forte. “Graças a Deus, nossa receptividade tem sido muito boa na cidade”, repassou. “A gente espera que Rondonópolis continue sentindo menos essa crise que vem afetando o País”, acrescentou. Nos últimos anos, a Concresul lançou o Loteamento Maria Tereza, em 2014, e o Edifício Morro do Ipê, no Jardim Mato Grosso, no início de 2015. Nesses dois casos, os empreendimentos estão com quase 100% de comercialização. A empresa lançou o Edifício Gran Lux, no Residencial Sagrada Família, no ano de 2016, sendo o primeiro empreendimento no setor de alto padrão em Rondonópolis, estando com cerca de 70% de vendas. Diante da receptividade, está lançando agora o Edifício Cidade Real, também no Jardim Mato Grosso.
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A TRIBUNA
HISTÓRIA
A Primeiro edifício
“alto” completa 30 anos na cidade O Edifício Pirâmide, na Rua João Pessoa com a Avenida Marechal Dutra, ficou pronto em 1987
pesar de o processo de verticalização de Rondonópolis ter se intensificado nos últimos 15 anos, o primeiro edifício residencial com mais de 10 andares, o “Pirâmide”, está completando agora 30 anos. O primeiro investimento na área surgiu da união de um grupo de maçons, que constituiu a Pirâmide Construtora, com 13 sócios, lançou e vendeu o primeiro prédio com mais de 10 andares da cidade, o Pirâmide, na Rua João Pessoa com a Avenida Marechal Dutra, e depois o Mikerinos, na Avenida Cuiabá. A construção, no entanto, foi da antiga empresa Farnochi & Luz, atual Métron, que surgiu na cidade em 1978. Ela começou a construir em 1985 o Edifício Pirâmide, com 13 pavimentos, também incluindo salas comerciais, que ficou pronto em 1987. O projeto do “Pirâmide” foi desenvolvido pelo arquiteto Carlos Logrado, um dos primeiros profissionais da área de arquitetura de Rondonópolis. Depois, em 1986, a Farnochi & Luz construiu o primeiro edifício comercial de grande porte da cidade: o Mikerinos, com 12 pavimentos, que ficou pronto em 1988. Também em 1986, essa mesma empresa começou a construir o primeiro edifício alto com quitinetes da cidade: o Verona, no Centro, com 12 pavimentos, que ficou pronto em 1988.
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HISTÓRIA
O Edifício Mikerinos, na Avenida Cuiabá, ficou pronto em 1988
Na sequência, a Maré Imobiliária lançou outros prédios grandes no município, como o Vitória Régia, no Centro, e o Samambaias, na Vila Aurora. Entre o final da década de 1980 e começo da década de 1990, os empreendimentos verticais em Rondonópolis estiveram focados sobretudo no Centro. Depois, começaram a migrar para o bairro Vila Aurora. Nessa segunda fase, um dos grandes contribuintes no processo de verticalização de Rondonópolis se deu através do engenheiro civil Helmute Hollatz, que chegou na cidade há 39 anos. Logo na sua chegada,
atesta que teve dificuldade de encontrar imóveis para alugar e, assim, construiu uma casa para seu uso. Ele conta que começou a trabalhar no Departamento do Estado de Rodagem (Dermat), e depois o prefeito Walter Ulysséia o chamou para ser secretário de Obras e Viação Pública. Helmute conta que decidiu entrar no ramo de construção ao ver que a cidade tinha futuro na área. “Comecei a construir com efeito de venda, vislumbrando entrar em uma atividade fora do serviço público. Queria ser autônomo, independente”, conta. Assim, começou a construir pequenas casas, depois casas maiores, sobrados e, em 1984, ergueu o primeiro prédio com três pavimentos. O primeiro prédio mais elevado, com elevador, veio no final da década de 1990. Desde então, se especializou no setor de construções verticais de Rondonópolis, através da Salas Construtora.
A construção de edifícios hoje na cidade é um dos segmentos mais atrativos da construção civil de Rondonópolis. Helmute observa que as pessoas estão buscando hoje a moradia em apartamento objetivando o barateamento dos custos advindos da vida comunitária, assim como o ganho em segurança, considerando a segurança pública cada vez mais caótica no Brasil. Além disso, oferece a opção de morar na região central da cidade, perto de todas as necessidades do dia a dia e com facilidade de mobilidade e deslocamento. Com o tempo, algumas construtoras de fora tentaram entrar no mercado rondonopolitano de construção vertical, mas não conseguiram perma-
necer. Observando as particularidades regionais, as empresas locais preencheram a lacuna e hoje dominam esse segmento (veja matéria sobre o assunto na página 20 ). Fundada há 30 anos, em 1987, a Concresul, do mesmo grupo da construtora Métron, por exemplo, é uma das empresas que voltou a focar em construções de apartamentos nos últimos anos em Rondonópolis. Hoje a Concresul está sediada em Rondonópolis, e a Métron, em Recife (PE). Dentro da boa aceitação do mercado, a Concresul lançou, no ano passado, o primeiro edifício residencial de alto padrão de Rondonópolis, o Gran Lux, com cerca de 6.700 m² de área de lazer e mais de 30 andares. “A gente enxergou que existia na cidade
A TRIBUNA
O aumento da preferência por apartamento
O primeiro edifício residencial de alto padrão de Rondonópolis, o Gran Lux, em construção
a necessidade de ter apartamentos grandes, com boa área de lazer. Ao mesmo tempo que tinha um público indo para o condomínio horizontal fechado, havia um público saindo desses
condomínios e querendo voltar para apartamentos, onde há menos trabalho, menos despesas e preocupações que uma casa”, analisa o empresário Lucas Corrente Luz, da Concresul.
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Além dos loteamentos abertos, os condomínios fechados vêm tendo uma grande aceitação em Rondonópolis
Loteamentos se multiplicam pela cidade
N
enhum segmento expandiu tanto no mercado imobiliário de Rondonópolis como o de loteamentos residenciais. Nas últimas décadas, nunca o município tinha recebido tantos projetos de novos loteamentos e residenciais como nos últimos anos.
Muitos deles começaram a ser liberados para construção no ano passado, passando a movimentar agora o segmento de construção. Localizados em várias regiões da cidade e com concepções diferenciadas, os loteamentos são a clara evidência de um segmento que
despertou a atenção dos rondonopolitanos, das mais diversas classes sociais, seja para moradia ou para investimento. Uma das regiões que mais recebeu esse tipo de empreendimento foi o entorno do Anel Viário, que viveu uma verdadeira metamorfose nos últimos anos.
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Atuando no setor desde 1976, o empresário Nelson Silveira Carvalho, fundador e presidente da NC Imóveis, é testemunha da fomentação vivida por esse segmento imobiliário na cidade. No início, em atuação formada por quatro sócios, atesta que as exigências para quem investia no ramo não eram muitas. Antigamente, bastava colocar energia, água e abrir as ruas que já estava apto para abertura de um loteamento. Contando desde o começo da atuação profissional, Nelson aponta a implantação de 12 loteamentos em Rondonópolis. Junto com os amigos, o primeiro deles foi o Jardim Primavera. Depois, em 1996, ele abriu, de forma independente, a sua própria empresa e lançou o Residencial Buriti. Desde então, através da empresa própria, já contabiliza cinco loteamentos no município. Ao longo desse período, Nelson testemunha que tudo mudou no setor de loteamentos em Rondonópolis, agora com regras e leis mais rígidas. Ele observa que hoje, ao abrir um loteamento, é preciso implantar toda a infraestrutura básica, assim como sinalização vertical e horizontal e até o plantio de árvores. Apesar de encarecer o produto, o sistema gera menos transtornos para o poder público.
Nunca o município recebeu tantos projetos de novos loteamentos e residenciais como nos últimos anos Com a persistência da crise política nacional, as vendas de lotes nos loteamentos da cidade não deixaram de diminuir em face do cenário de incerteza. Mesmo assim, a diretora administrativa e financeiro da NC Imóveis, Letícia Ferraz Carvalho Reis, atesta que a empresa continuou vendendo. “O nosso produto é muito bom, as pessoas acreditam na empresa, que tem credibilidade e faz um bom trabalho”, explica. Letícia informa que sempre primou e tem primado em oferecer diferenciais no mercaA TRIBUNA
Nelson Silveira Carvalho e Letícia Ferraz Carvalho Reis, da NC Imóveis: oferecer diferenciais para se sobressair no mercado Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 26
do para se sobressair em meio a concorrência, como plantio de gramas em terrenos não ocupados, manutenção e limpeza dos bairros e construção de praças para uso da comunidade, como aquelas realizadas na Vila Mineira e no Residencial Buriti. Letícia e Nelson apontam que dois públicos principais são os compradores de lotes nesses empreendimentos. Existem as pessoas que compram para sair do aluguel, e aquelas que sabem que se tratam de um interessante investimento como poupança. Um exemplo da valorização nesse tipo de negócio é o Residencial Buriti, onde no lançamento, em 1996, cada lote saía por R$ 4,5 mil e hoje varia de R$ 80 mil a R$ 100 mil. A empresa não tem mais lotes à venda nesse local. Quem atua no setor continua pretendendo lançar novos investimentos. Letícia e Nelson informam que pretendem fazer novos lançamentos no mercado, considerando que há região da cidade ainda carente nesse tipo de empreendimento e com uma demanda ainda muito grande, a exemplo da região do Residencial Sagrada Família. “Rondonópolis não pára mais! A cidade, quando adquire um certo porte como Rondonópolis, não pára mais. O terminal ferroviário da ALL foi um presente para o município”, avalia Nelson Carvalho. Inclusive, ele diz que pretende diversificar sua atuação e partir também para construção civil, com um condomínio fechado de casas, no Jardim da Mata 1, voltado para classe média. “Fizemos pesquisa e tem mercado para condomínio fechado na cidade, para pessoas que querem comprar a casa pronta”, justifica Letícia.
Dos loteamentos abertos para
Q
os condomínios fechados
uem pretende comprar lotes residenciais em Rondonópolis conta com opções variadas e diferenciadas, inclusive com metragens e padrões imobiliários elevados. Os condomínios residenciais fechados passaram a ser um nicho de mercado para atender
a classe alta da cidade, com amplo espaço, segurança e muitas opções de lazer, sem abrir mão da tradição da moradia em casa. Os pioneiros nesse segmento em Rondonópolis, com espaços maiores, foram os condomínios fechados Village do Cerrado e
Condomínio do Bosque. O sucesso e aceitação desses empreendimentos motivaram o surgimento de novas iniciativas nesse ramo de condomínio fechado, como o Royal Boulevard, junto ao Anel Viário, que teve 80% de vendas no lançamento. DIVULGAÇÃO
Depois de estudar o mercado local por um tempo, a empresa URB, em parceria com a Novah Empreendimentos Imobiliários, com sede em Ribeirão Preto (SP), decidiu fazer um investimento na área de condomínio fechado em Rondonópolis. Da mesma forma, diversas empresas sediadas em outros estados decidiram investir em abertura de loteamentos nos últimos anos na cidade. Em novembro do ano passado, a URB lançou o condomínio Villa Toscana, tendo como diferenciais a localização e a aposta em segurança e espaço de lazer. “Escolhemos Rondonópolis pela projeção de crescimento. É a segunda maior cidade de Mato Grosso, está crescendo muito e as pessoas estão procurando muito aqui. A economia do Estado não foi abalada tanto como no resto do País. Rondonópolis Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 28
A TRIBUNA
Condomínios residenciais fechados se tornaram um sucesso no mercado imobiliário de Rondonópolis
Luciana Pires Abras, assessora comercial do Villa Toscana: “Rondonópolis vem precisando de moradia com qualidade de vida”
vem precisando de moradia com qualidade de vida”, explica Luciana Pires Abras, assessora comercial do Villa Toscana. Desde o lançamento, Luciana repassa que a aceitação do mercado local ao empreendimento da URB tem sido ótima, com vendas melhores do que esperavam inicialmente. “As pessoas estão querendo morar em condomínio fechado pela segurança familiar”, pontua ela, informando que a maioria dos compradores está buscando lotes para construção. A assessora comercial observa, entre os atrativos do empreendimento, a localização próxima a ponte Aroldo Marmo de Souza, em frente ao futuro Parque da Seriema, com excelente vista da cidade e temperatura mais amena. Harlem Lopes, gerente de vendas do Villa Toscana, analisa que o mercado imobiliário de Rondonópolis tem sofrido
A TRIBUNA
menos com a crise nacional que outros centros, em função da força do agronegócio. Diante do potencial local, adianta que a URB tem planos de fazer novos investimentos, futuramente, nesse setor da cidade. “Temos visto que a gente pode investir aqui que teremos o retorno garantido”, destacou. Depois de quase toda 1ª fase vendida, externa que o Villa Toscana vai abrir agora as ARQUIVO PESSOAL
Até a adequação do Plano Diretor do Município, novos loteamentos não estão recebendo autorização de implantação em Rondonópolis
Prefeitura paralisa Fábio Ribeiro da Fonseca: condomínios fechados oferecem segurança e qualidade de vida
vendas da 2ª e 3ª fases do empreendimento, focado especialmente nas classes A e B. O empresário Fábio Ribeiro da Fonseca, pontua que o lançamento do Royal Boulevard se deve muito aos resultados do Village do Cerrado. Ele atesta que os condomínios fechados oferecem segurança e qualidade de vida, com liberdade para as crianças, espaços de lazer, atividade física e contemplação. Conforme Fábio, o Royal Boulevard está liberado para construção desde 1º de julho e, de cara, já tem comprador com projetos aprovados para iniciar a construção. Ele projeta que cerca de 30 casas estão para ser iniciadas nesse condomínio até o fim do ano. Fábio adianta que, com o amadurecimento do Royal Boulevard, o grupo pretende lançar um terceiro condomínio fechado de alto padrão em Rondonópolis, no primeiro semestre de 2018. Será o Royal Boulevard II, ao lado da UFMT, com área de mata e lagos. “Nesse setor ainda tem um potencial grande na nossa região. O pessoal viu que o Village foi um bom negócio”, analisa. Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 30
liberação de novos loteamentos
A gestão do prefeito Zé Carlos do Pátio, a partir desse
distorções em relação aos loteamentos de terrenos. “Quere-
ano de 2017, passou a segurar a aprovação/liberação de no-
mos pedir que o loteamento venha todo gramado, que fique
vos loteamentos em Rondonópolis. Segundo o secretário mu-
responsável pela manutenção dos terrenos enquanto os mes-
nicipal de Habitação e Urbanismo, Paulo José Correia, trata-se
mos estiverem na sua posse... Hoje devemos ter quase 30 mil
de uma situação momentânea, até a adequação do Plano Di-
lotes novos na cidade, incluindo aqueles já comercializados
retor do Município, prevista para estar pronta em novembro
ou em comercialização”, propõe.
próximo. A intenção é reduzir custos ao poder público. Se não fosse essa situação governamental, os empreendimentos na área de loteamentos continuariam em franca expansão em Rondonópolis, com vários lançamentos. Para se ter uma ideia, hoje são 13 loteadores com pedidos de novos loteamentos em Rondonópolis junto à Prefeitura, mas que não estão recebendo autorização pública para implantação e vendas. O secretário Paulo José explica que essa grande expan-
Loteamentos continuam a surgir
são do setor também traz prejuízos para o Município. Ele contextualiza que deve-se considerar que a venda dos lotes, na maioria das vezes, é parcelada entre 90 a 120 meses, sendo que as famílias começam a ocupá-los com construção somente quando da sua quitação. Sem falar que outros compram visando a especulação imobiliária. Diante dessa situação, o Município alega que, com tantos loteamentos lançados, gera grande número de lotes sujos, gastos ao poder público com manutenção de asfalto e iluminação pública sem que haja moradores em número razoável. “O Granville, por exemplo, deve ter mais de 10 anos e deve ter chegado agora aos 70% da ocupação”, observou. Nesse contexto, o secretário justifica que o Município está procurando adequar o Plano Diretor para corrigir essas
Ainda aprovados no governo anterior, alguns loteamentos ainda vão começar a dar às caras em Rondonópolis. O secretário municipal de Habitação e Urbanismo, Paulo José Correia, informa que são entre três e quatro loteamentos em implantação, na fase inicial ou em plena execução da estrutura, na cidade nesse momento. Entre os loteamentos novos, um exemplo é o Residencial Montreal, junto ao Anel Viário.
Preventivos devem ser executados em paralelo à obra A TRIBUNA
• Elaboração de projetos de combate a incêndio para emissão do Alvará do Corpo de Bombeiros. • Instalação de preventivos de combate a incêndio como: Hidrantes, SPDA e alarme de incêndio. • Treinamento de Brigadistas.
Na hora de comprar um imóvel com fins comerciais ou industriais, é bom ficar atento se o prédio contempla os itens preventivos de combate a incêndio e pânico
A
lém de garantir segurança necessária, o sistema de prevenção contra incêndio e pânico é hoje requisito exigido pela legislação e que cada vez mais vem sendo cobrado pela fiscalização. Um problema é que, em grande parte, a execução dos preventivos de combate a incêndio e pânico acaba sendo feita depois da obra realizada. Na verdade, o engenheiro de segurança contra incêndio e pânico Cláudio Hessel alerta que a execução desses preventivos deve ocorrer em paralelo à obra, para evitar transtornos e prejuízos financeiros futuramente. Para execução da rede de hidrantes, por exemplo, é necessário enterrar as tubulações e esse serviço deve ser feito antes da calçada, jardinagem e acabamento estarem prontos, pra não ter retrabalho e custo maior na sua aplicação.
Elaboração de projetos de combate a incêndio.
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A AQUISIÇÃO DOS PRODUTOS E EQUIPAMENTOS ARQUIVO PESSOAL
Observar a existência dos preventivos ao comprar um imóvel A TRIBUNA
Clóvis Custódio, diretor comercial da Extinpaulo: observar credenciamento aos órgãos competentes Além de um projeto bem elaborado e executado, é preciso ficar atento na hora de adquirir os produtos e equipamentos de combate a incêndio. Afinal, quando se lida com extintores e demais equipamentos na área, mais do que produzir ou vender, é preciso haver responsabilidade social. O diretor comercial da Extinpaulo Comércio de Extintores, Clóvis S. Custódio, alerta da necessidade de todo profissional/pessoa certificar se a
Engenheiro de segurança contra incêndio e pânico Cláudio Hessel mostra alguns materiais usados no sistema preventivo de combate a incêndio e pânico
empresa onde vai adquirir os produtos e equipamentos está apta a garantir qualidade e segurança, estando credenciada junto aos órgãos competentes: Inmetro, Crea e Bombeiros. O atendimento às normas e portarias legais permite atender grandes empresas com severas exigências quanto à confiabilidade nos equipamentos. O credenciamento junto aos órgãos responsáveis é uma garantia aos consumidores quanto à capacidade técnica e idoneidade da empresa, sendo, portanto, uma segurança para o comércio, indústrias e para a comunidade em geral.
CONFIRA OS CUIDADOS EM CADA PREVENTIVO: Instalação da Rede de Hidrante Em uma edificação, Cláudio Hessel observa que é muito importante que se fiscalize a instalação da rede de hidrante das tubulações enterradas, minimizando assim custos com retrabalhos.
SPDA – Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas A instalação de pára-raios (SPDA), segundo o engenheiro, também é outro item
Quem vai comprar um imóvel com fins comerciais ou industriais, seja para uso próprio ou para aluguel, deve estar atento se o prédio contempla os itens preventivos de combate a incêndio e pânico, como a rede de hidrantes, pára-raios, central GLP, entre outros. A não observação dessa questão pode resultar em muita dor de cabeça futura. O engenheiro de segurança contra incêndio e pânico Cláudio Hessel observa que, quando for colocar o imóvel para alugar ou funcionar, a empresa precisará que o prédio esteja atendendo as normativas, caso contrário não obtém o necessário alvará de funcionamento. Observar esse detalhe na compra de imóvel, conforme o profissional, vai
facilitar na hora da obtenção do alvará de prevenção contra incêndio e pânico junto ao Corpo de Bombeiros, considerando que esse documento só é emitido depois do projeto preventivo aprovado e executado. O alvará dos Bombeiros, por sua vez, é requisito necessário para obtenção do alvará de funcionamento junto à Prefeitura. Ademais, o engenheiro alerta que, dependendo do tipo e tamanho da obra, a adequação ao sistema de proteção contra incêndio e pânico no prédio depois de pronto pode representar gastos significativos. O processo de adequação depende do segmento de atuação da empresa, se comércio, se indústria, se o local necessita ou não de central GLP.
que precisa ser executado durante a obra, considerando os cabos que precisam ser enterrados no chão, fazendo um perímetro em volta da edificação.
Saídas de emergência É de grande importância que, em caso de sinistro, as edificações estejam providas de saídas de emergências que atendam a população contida no local. É necessário que antes de executar as obras comerciais ou industriais seja obser-
FICANDO ATENTO À OBTENÇÃO DO ALVARÁ que 750 m² ou com risco alto, é utilizado o
vado as larguras das saídas de emergência, assim como o sentido do fluxo das
Para emissão do alvará de funciona-
aberturas das portas para população acima de 50 pessoas, atendendo a NTCB 13.
mento junto a Prefeitura, as empresas
Iluminação de emergência
precisam obter o alvará do Corpo de Bom-
“Fica a dica para que, durante a cons-
As iluminações de emergências são acionadas assim que ocorre falta de energia
beiros, devendo atender a NTCB01, que
trução das edificações, sejam contemplados
estabelece critérios por ocupação e área
os projetos previstos acima, visando, assim,
construída.
que não haja o retrabalho e aumento nos
na edificação, evitando pânico e facilitando a saída da população no local.
Central de GLP A central de GLP (gás de cozinha) deve atender as distâncias de segurança de acordo com a NBR 13523, e ser executada por profissional habilitado e que se faça o recolhimento da ART (anotação de responsabilidade técnica).
Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 32
Para edificações com áreas menores
Petec, que é o Processo Técnico.
investimentos da obra”, orienta.
que 750 m², que tenham risco baixo ou
O Petec deve contemplar a previ-
médio, utiliza-se o PS, que é o Processo
são de saídas de emergências, central
Simplificado.
de GPL, hidrantes, alarme de incêndio,
Para edificações com áreas maiores
entre outros.
Rondonópolis será contemplado com o Cartão Reforma
O
município de Rondonópolis será contemplado com o Programa Cartão Reforma, de iniciativa do Governo Federal, que busca melhorar as condições de moradias das famílias de baixa renda por meio da concessão de subsídio para compra de materiais de construção e assistência técnica de profissionais da área de construção civil. Conforme o secretário municipal de Habitação e Urbanismo, Paulo José Correia, a Prefeitura de Rondonópolis já vem participando de reuniões junto ao Ministério das Cidades para definir a sua devida concretização. Em uma primeira etapa, o município de Rondonópolis será contemplado com R$ 2,2 milhões para beneficiar 388 casas, sendo R$ 200 mil voltados para o trabalho social e arquitetônico necessário.
A TRIBUNA
Secretário municipal de Habitação e Urbanismo, Paulo José Correia: Rondonópolis será contemplado com R$ 2,2 milhões
O benefício é totalmente subsidiado, ou seja, não configura financiamento e nem prestação. Paulo Correia informa que o Município focará contemplar nessa primeira etapa o Residencial Alfredo de Castro. O programa vai possibilitar a reforma, ampliação ou conclusão das unidades habitacionais. “Precisa do arquiteto para fazer o projeto e acompanhamento da obra. O assistente social fará o levantamento da família e prestação de contas da utilização do dinheiro”, explica. “A família pode fazer um quarto, uma varanda, um banheiro, um piso, um forro... É para melhorar a casa”, acrescenta. Cabe ao beneficiário custear apenas a mão de obra, equipamentos e ferramentas necessários para a execução do serviço.
Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 33
INVENT PRODUÇÕES
A quantidade de construções no primeiro semestre deste ano em Rondonópolis já é maior que somado todo o ano de 2016
Construção ganha fôlego novamente A retomada da construção civil em Rondonópolis pode ser não apenas visualizada pelos canteiros de obras espalhados pela cidade. Pode ser comprovada por dados da Prefeitura de Rondonópolis. Para se ter uma noção, o número de construções legalizadas junto ao Município mais que quintuplicou neste ano de 2017. Segundo a Prefeitura, entre janeiro e junho de 2016, Rondonópolis contabilizou apenas 305 alvarás de construção, que correspondem a 138.612 metros quadrados de obras. Já, no mesmo período deste ano de 2017, a cidade somou 1.554 alvarás, que correspondem a 234.187 metros quadrados. Na verdade, a quantidade de construções no primeiro semestre deste ano já é maior (quase quatro vezes mais) que somado todo o ano de 2016. Conforme a Prefeitura, em todo o ano de
2016, foram expedidos 441 alvarás, o equivalente a 175.495 metros quadrados de área construída. Consequentemente, a construção civil tem gerado mais postos de trabalho em Rondonópolis. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e
Para se ter uma noção da reação, o número de construções legalizadas junto ao Município mais que quintuplicou neste ano de 2017” Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o setor foi o segundo em geração de empregos formais em maio deste ano e também somando os cinco primeiros meses do
ano. Foram 436 vagas de trabalho de saldo a partir da construção entre janeiro e maio de 2017. Isso quer dizer que a economia de Rondonópolis voltou a reaquecer. A cidade tem uma economia ainda influenciada pela agropecuária, que passou por uma safra recorde de soja e milho na última temporada, ajudando na circulação de recursos. Ao mesmo tempo, diversifica sua economia com prestação de serviços, fortalecendo-se como centro de saúde, educação e de negócios. Esse cenário tem fomentado o lançamento de novos empreendimentos de grande porte na cidade. “Graças a Deus nossa receptividade no mercado foi muito boa. Conseguimos lançar e ter vendas rápidas. A maioria dos nossos empreendimentos está com quase 100% de vendas. No nosso novo lançamento, o ‘Cidade Real’, espero continuar nesse ritmo”, aponta o empresário Lucas Corrente Luz, da empresa Concresul.
ALVARÁS DE CONSTRUÇÃO EM RONDONÓPOLIS: Jan-Jun 2016: 305 alvarás, que correspondem a 138.612 metros quadrados Jan-Jun 2017: 1554 alvarás, que correspondem a 234.187 metros quadrados Em todo o ano de 2016 foram expedidos 441 alvarás, o equivalente a 175.495 metros quadrados de área construída.
Retomada de residenciais
populares deve fomentar setor
A
lém de fomentar a construção civil, a continuidade de conjuntos habitacionais de interesse social é a perspectiva de reduzir o déficit habitacional de Rondonópolis, hoje superior a 13 mil famílias. Em Rondonópolis, os residenciais inacabados que visam atender famílias de baixa renda são o Residencial Celina Bezerra, localizado após o Parque de Exposições, com estimativa de mais 1.152 apartamentos (1.440 unidades não tem previsão de retomada); o Residencial Dona Neuma, após o Monte Líbano, com estimativa de mais 470 casas; e o Residencial Padre Miguel ou Lúcia Maggi II, com cerca de 120 novas casas. O secretário municipal de Habitação e Urbanismo, Paulo José Correia, observa que Rondonópolis teve grande avanço na área de residenciais de interesse social, principalmente entre 2009 e
2012, quando o programa Minha Casa, Minha Vida estava com oferta de crédito maior e com melhores condições de financiamento. Apesar de não ter parado de vez, o programa começou a apresentar uma retração no Brasil a partir de então. Apesar dessa diminuição do volume de recursos disponíveis para residenciais de interesse social, o secretário aponta que existem vários empreendimentos em andamento em Rondonópolis dentro do Minha Casa, Minha Vida, na faixa 1,5 – voltado para famílias com renda entre R$ 1,8 mil e R$ 2,6 mil, com subsídio médio de R$ 21 mil a R$ 25 mil. Entre os empreendimentos em andamento, Paulo Correia cita o Residencial Paiaguás, após o Monte Líbano; o Residencial João Antônio Fagundes II, na região do Sagrada Família; e agora o Residencial Melchiades Figueiredo de Miranda,
também após o Monte Líbano, com 1.500 casas em três etapas, incluindo condomínio fechado. CASAS INDIVIDUAIS – Em relação ao Minha Casa, Minha Vida, faixa 2 – voltado pra famílias com renda entre R$ 2,6 mil e R$ 4 mil, com construções de casas individualizadas, o secretário observa que houve uma grande procura por aprovação de projetos até o fim de junho deste ano, considerando mudanças em normativa da Caixa Econômica Federal. Desde julho passado, segundo o secretário, esse tipo de construção através do programa não pode ser efetivado mais em vias de terra, de chão. Por isso, até o final de junho, houve muita procura junto a Prefeitura por parte dos construtores solicitando a aprovação de construções em lotes em vias de chão, atendendo ao prazo da Caixa e visando não perder essa oportunidade. FOTO - RAFAELLA ZANOL/SECOM-MT
Residenciais de interesse social vivem expectativa de retomada das obras em Rondonópolis; na foto o Residencial Celina Bezerra
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Negócios nos diversos segmentos do mercado A TRIBUNA
Apesar de sentir o cenário nacional, negócios não deixaram de acontecer no mercado imobiliário rondonopolitano
Em
meio às dificuldades trazidas pela instabilidade política nos últimos anos no Brasil, Rondonópolis ainda vem sendo apontada por uma situação bem mais favorável ao mercado imobiliário, se comparado a outros centros. “Na verdade, Rondonópolis é uma ilha de prosperidade dentro de todo esse cenário que o mercado apresenta. Informações de outras cidades pólos, do mesmo porte, dão conta que se encontram muitos imóveis fechados. Aqui a gente vê casos específicos”, analisa o corretor de imóveis Vicente Dalberto, Imobiliária Correta.
Corretor de imóveis Vicente Dalberto, da Imobiliária Correta: “Na verdade, Rondonópolis é uma ilha de prosperidade dentro de toda esse cenário que o mercado apresenta” Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 38
A TRIBUNA
O corretor imobiliário Jack de Abreu Calhao, da Trieto Imobiliária, aponta que o consumidor não deixa de criar um certo receio diante da realidade do País, estando mais seguro antes de fazer gastos, mas pontua que não deixou de investir, de comprar e vender, até porque entende que as empresas que atuam hoje em Rondonópolis têm muita credibilidade no mercado. No geral, Jack entende que o mercado imobiliário de Rondonópolis sempre teve uma estabilidade, com oferta e procura muito boa. Mesmo com a crise nacional que eclodiu em 2015, ele afirma que o município conseguiu se manter em um patamar. “As vendas nos lançamentos e empreendimentos continuaram acontecendo”, assegura. “Em muitas cidades, os trabalhos de vendas praticamente pararam; tinha lançamento, acontecia as obras e as vendas ficavam paradas. Rondonópolis não tivemos esse problema. O ano de 2016 foi muito positivo, e o ano de 2015 também. Nós tivemos um crescimento muito bom nesse período”, avalia a Trieto. Nesse contexto, Jack se diz muito animado e que acredita muito no mercado de Rondonópolis. “Hoje somos o celeiro do Brasil. Em Rondonópolis temos vários produtores de grãos, temos a ferrovia, o terminal ferroviário e temos a notícia de novos investimentos. Isso aquece o mercado imobiliário, onde temos a projeção de novos lançamentos”, externa.
1996 - 2017 A TRIBUNA
ANOS
Corretor imobiliário Jack de Abreu Calhao, da Trieto Imobiliária: “O ano de 2016 foi muito positivo, e o ano de 2015 também. Nós tivemos um crescimento muito bom nesse período”
LOCAÇÃO RESIDENCIAL Com o contínuo crescimento de Rondonópolis, o segmento de locação de imóveis residenciais permanece tendo procura constante. O corretor de imóveis Vicente Dalberto avalia que esse segmento continua bom. Ele observa que, antes, faltava imóvel para atender a demanda por aluguel, mas hoje consegue suprir a demanda em grande parte dos casos. “Apartamentos em edifícios, somando locação e condomínio até R$ 2,5 mil, com área de lazer, ainda temos carência. Nós estamos com nossos imóveis na faixa de R$ 1,5 mil de aluguel todos ocupados. Sempre tem procura, o que mostra que Rondonópolis sempre está recebendo gente de fora”, diz Vicente.
O mundo muda, você “INNOVA” porque decide mudar.
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A TRIBUNA
A expressiva quantia de imóveis comerciais para alugar na cidade chama a atenção
LOCAÇÃO COMERCIAL Entre o final do ano e o começo deste ano, chamou a atenção dos rondonopolitanos a expressiva quantia de imóveis comerciais para alugar, em face as dificuldades enfrentadas pelo varejo nacional. O corretor de imóveis Vicente Dalberto reconhece um aumento de imóveis comerciais disponíveis, observando que esse tipo de produto tem ficado fechado por um período mais longo. Contudo, diz que, no chamado centrão comercial da cidade, o número de imóveis comerciais fechados não é tão grande, a não ser em prédios comerciais, em salas a partir do segundo andar. “O imóvel comercial é muito específico, quando deixa de funcionar um comércio em um local, normalmente, vai atender outro comércio na mesma área. Hoje as pessoas estão procurando fazer pesquisa, se profissionalizar, para fazer um investimento mais seguro”, avalia Vicente. O corretor imobiliário Jack de Abreu, por sua vez, observa a valorização que algumas regiões comerciais de Rondonópolis teve nos últimos anos. “Um exemplo é a Avenida Júlio Campos, que teve um crescimento, uma valorização significativa nos últimos dois anos no valor do metro quadrado. É a lei da oferta e da procura”, esclarece Jack. Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 40
COMPRA/ VENDA DE APARTAMENTOS A compra/venda de apartamentos foi certamente um dos segmentos com melhor desempenho no mercado imobiliário de Rondonópolis. Prova disso são os frequentes lançamentos de prédios de apartamentos na cidade.
“Estávamos mal acostumados, tudo que lançava vendia de imediato. Hoje temos mais dificuldade de vendas, mas os negócios continuam ocorrendo. Estamos vendo agora vários lançamentos de prédios na cidade”, aponta o corretor de imóveis Vicente Dalberto. “As construtoras estão acreditando no mercado de Rondonópolis, que é um pólo. O agronegócio está muito bem. Teve uma colheita boa de soja, deve ser colhida de milho também. Tudo isso aquece o mercado”, externa. IMOBILIÁRIA CORRETA
Compra/venda de apartamentos foi certamente um dos segmentos com melhor desempenho no mercado imobiliário de Rondonópolis
COMPRA/VENDA DE CASAS O segmento de compra e venda de casas acaba sofrendo um pouco mais diante das limitações de financiamento habitacional no País, assim como a insegurança no setor público. Além do mais, hoje existe uma grande procura por condomínios fechados e apartamentos em razão do fator segurança. O corretor de imóveis Vicente Dalberto diz que um novo nicho de mercado hoje, em face da violência, são as casas de menor valor, até R$ 200 mil, em pequenos condomínios fechados. “Está vendendo bem, porque as pessoas estão buscando algo que tenha maior sensação de segurança”, contextualiza.
CORRETAGEM Uma profissão que ganhou destaque e cresceu muito em Rondonópolis nos últimos
anos foi a de corretor de imóveis. No município, cerca de 300 pessoas atuam no mercado de corretagem de imóveis. Contudo, para ser um corretor de imóveis é necessário passar por cursos de formação para, só depois, ser habilitado para exercer a profissão. Em cinco anos, a estimativa é que o número de corretores de imóveis praticamente dobrou em Rondonópolis. Atraídas por esse grande desenvolvimento da construção civil e do mercado imobiliário, diversos profissionais de outras áreas migraram para a corretagem. Contudo, o corretor de imóveis Vicente Dalberto visualiza um novo cenário. “Muitos vieram com a sensação que o negócio era fácil, mas essa crise de confiança nos últimos anos fez com que muita gente deixasse a área e fosse para outra atividade. Existe uma ilusão; tem corretores antigos no mercado que, às vezes, passa o mês e não consegue vender uma casa. É questão de paciência, profissionalismo, estudar e ter uma boa rede de relacionamento. O corretor de
imóveis tem que ser um pouco advogado, economista, psicólogo, administrador, engenheiro, para dar as informações necessárias ao consumidor para que ele faça um negócio seguro”, alerta.
INVESTIR EM IMÓVEL A aposta em imóvel permanece em alta em Rondonópolis como opção de investimento. “Imóvel não é um produto que dá lucratividade muito alta em curto prazo, mas é seguro; uma hora ele valoriza de forma significativa”, atesta o corretor imobiliário Jack de Abreu Calhao, da Trieto Imobiliária. Já o corretor Vicente Dalberto repassa que, além de seguro, imóvel dá lucro, diante da valorização. “Em Rondonópolis temos visto imóveis dobrarem de valor em 10 anos ou até cinco anos, dependendo da região”, garante. MAYKE TOSCANO/SECOM-MT
O agronegócio está muito bem! Com a supersafra de soja e de milho, negócios no mercado imobiliário tiveram um fôlego extra em Rondonópolis
Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 41
Aumentando os resultados Os negócios e resultados de qualquer empresa ou profissional podem ser maximizados com o bom uso do marketing. Um dos problemas é que muitas empresas e profissionais ainda têm o conceito errado de que marketing é apenas fazer propaganda. No mercado imobiliário e construção civil, os investimentos em marketing estão cada vez mais comuns em Rondonópolis. O publicitário Marcelo Mecena dos Santos, da empresa Amarelo Laranja, explica que marketing é algo bem amplo. Segundo o conceito de seu criador, Philip Kotler, trata-se da análise, do planejamento e da implementação de programas, projetos e ações que buscam criar, construir e manter trocas de valor entre cliente e consumidor. “O conceito parte do entendimento de desejos, necessidades e demandas de um mercado para, então, poder ter um produto e serviço que objetiva ser oferecido para um público”, argumenta. Nesse contexto, Marcelo observa que um grande erro da maioria das pessoas que não conhecem a área é o fato de desconhecerem as muitas e diversas ferramentas que podem ser aplicadas em uma empresa em seus diversos momentos e fases de produto e de relacionamento com clientes. “A maioria das pessoas entende que marketing é fazer somente propaganda, e que propaganda é um custo alto e desnecessário; é aí que inicia os enganos e sequentes fracassos de mercado”, avalia.
do seu negócio
Os investimentos em marketing estão cada vez mais comuns no mercado imobiliário e construção civil
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A TAREFA DO MARKETING Contudo, a percepção correta do uso do marketing vem crescendo em Rondonópolis. O publicitário Paulo Sergio Silva, da Innova Propaganda - Comunicação e Marketing, reforça que a tarefa do marketing é traçar o melhor caminho e determinar as melhores ferramentas a serem utilizadas no posicionamento da marca da empresa no mercado. “O marketing vai muito além da palavra ‘Propaganda’”, esclarece. Inclusive, ele aponta que ultimamente tem aumentado consideravelmente a procura por profissionais especializados para a gestão de marketing nesse setor. Assim como em outras áreas, o marketing tem grande importância para a construção e o mercado imobiliário. Conforme Paulo Sergio, o marketing imobiliário e para setores da construção vai muito além das campanhas para lançamentos e promoções de produtos. Ele atesta que marketing tem sido essencial para estabelecer o devido posicionamento de corretores de imóveis e imobiliárias, bem como lojas de materiais de construção, ambos em suas áreas de atuação. “Nos dias de hoje, eu diria uma frase que ouvi de um professor em sala de aula: ‘Tudo é Marketing!’”, atesta. O publicitário Marcelo Mecena entende, por sua vez, que a percepção dos empresários desses segmentos em estarem atendendo clientes mais exigentes e mais seletos os força todos os dias a inovarem,
AMARELO LARANJA
Publicitário Marcelo Mecena dos Santos, da empresa Amarelo Laranja: busca de vantagem competitiva no mercado vem aumentando os investimentos na procura por profissionais de marketing a diferenciarem-se e é, neste contexto, de busca de vantagem competitiva no mercado, que vem aumentando os investimentos na procura de profissionais de marketing e comunicação para criar e implementar estes diferenciais, através de ferramentas publicitárias. Conforme Marcelo Mecena, o setor da construção apresenta-se em sua maioria como um setor que é absorvido por outros setores e negócios, assim torna-se muito amplo e abrangente suas áreas, segmentos e aplicações. Sendo assim, pontua que, da mesma forma, o marketing precisa ser aplicado também de forma ampla, mas direcionado em segmentos e produtos. “A grande importância de se ter um marketing aplicado para estes setores é a vantagem de se acompanhar o comportamento do consumidor, seus hábitos e costumes para entendê-los e poder oferecer produtos que agregam valor ao seu entendimento e necessidade”, argumenta.
vência de jovens adolescentes de um mesmo prédio, para que estes possam se conhecer, conviver e se relacionar sem a necessidade de ir para a rua, deixando seus pais mais preocupados. “Isto é uma clara gestão de aplicação do marketing ao se procurar entender uma necessidade e agregar a um produto”, analisa. O publicitário Paulo Sergio informa que já atendeu duas lojas do setor de materiais
para construção que permanecem investindo no marketing permanentemente por terem visto os resultados acontecerem em todos os setores da empresa. Em tempos atuais, sobretudo analisando o ambiente político de nosso País, destaca que é de suma importância manter uma estratégia de investimento no marketing do setor. Ele externa que analistas de uma conceituada revista que a Innova Propaganda assina apontam que este é o momento para o crescimento do setor imobiliário e, consequentemente, da construção civil. Por sua vez, o publicitário Marcelo Mecena também repassa que a maioria dos seus clientes conseguem e mensuram resultados partindo do investimento realizado. “Atendemos a diversos setores de negócios, tais como: associações de classe do agronegócio, produtores de grãos e sementes, revendas de automóveis, escritórios de engenharia, arquitetura e advogados, construtoras e incorporadores, imobiliárias, entre outros, o que demonstra a nítida procura das empresas por um acompanhamento de sua gestão de clientes”, informa. Contudo, os profissionais e empresas devem ficar atentos na hora de contratar alguém nessa área de marketing. “Minha sugestão é que, além de analisar a capacidade técnica de um profissional, deve-se também fazer uma pesquisa mais aprofundada sobre o seu caráter como cidadão”, arremata Paulo Sergio. WENDELL MARTINS
OS RESULTADOS DO MARKETING Para exemplificar, os condomínios verticais são a grande resposta do mercado para uma situação de medo e insegurança da população. Recentemente, diz que uma construtora incluiu em seus projetos de edifícios um espaço destinado ao público infanto-juvenil. Este espaço chamado de sala teen é para a conviAgosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 44
Publicitário Paulo Sergio Silva, da Innova Propaganda: “O marketing vai muito além da palavra ‘Propaganda’”
Rondonópolis ganha um novo e moderno complexo hospitalar, para atender a região sul do Mato Grosso! O novo HGM- Hospital Geral Materclin está nascendo para atender a região sul com um conceito de alta complexidade em atendimento médico e hospitalar. Hoje, além do Pronto Atendimento 24H, contamos com 60 novos leitos e em breve, um novo centro cirúrgico, UTI Adulto e Neonato/infantil. Contará também com um Centro de Diagnóstico em imagem, com Ressonância Magnética, Tomografia Computadorizada, Ultrassonografia, Raio-X e Mamografia. Laboratório de análises clínicas e patológicas, oncologia, nutrição, unidade coronariana, entre outros.
Dr. Nilson Eduardo Ballester Albers Diretor Técnico Responsável CRM-MT – 1315
A TRIBUNA
Um setor competitivo e que se diversifica
A
pós um período em dificuldades, o varejo de material de construção vem retomando o crescimento em Rondonópolis neste ano de 2017. Este é um bom sinal e sinaliza que o setor da construção civil, como um todo, tem tudo para reagir em face à crise político-econômica nacional. Na verdade, o varejo de material de construção vem se mostrando cada vez mais competitivo, diversificado e profissional no mercado rondonopolitano. Os principais empresários da área continuam fazendo investimentos altos. Há 34 anos atuando no ramo de material de construção, o empresário Narciso Montanher, do Grupo Comapa, atesta que já visualiza que a economia vem retomando. Nesse sentido, ele acredita que 2017 vai ser melhor que os últimos anos para o varejo de material de construção. Apesar de não ser um crescimento de 2 dígitos, como em períodos áureos do setor, acredita que 2017 tem tudo para ter um bom índice de crescimento. Um dos fatores para essa reação nos últimos meses, segundo Montanher, foi a liberação do FGTS inativo. “Muitos usaram para
Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 46
pagar contas ou para fazer investimentos em casa, em uma reforma”, analisa. “Vemos que a Caixa Econômica tem retomado um pouco o financiamento do programa Minha Casa, Mi-
Varejo de material de construção vem se mostrando cada vez mais competitivo, diversificado e profissional
nha Vida, que não tinha parado, mas tinha estagnado. Agora retomando a abertura de emprego, há perspectiva de melhoras”, avalia. Para resultados mais evidentes, Narciso considera fundamental que as reformas Trabalhista (já sancionada pelo presidente da Republica Michel Temer ) e Tributária possam ser aprovadas no Brasil. “A Reforma Trabalhista vai ser muito A TRIBUNA
Empresário Narciso Montanher, do Grupo Comapa: “A Reforma Trabalhista vai ser muito importante, não só para o comércio varejista, mas para o setor econômico em geral”
A TRIBUNA
É preciso fazer um novo Plano Diretor pensando em construir uma cidade mais bonita para os cidadãos e investidores” empresário Neles Walter Empresário Neles Walter Ferreira de Farias, da loja Operário: “Já vemos que o mercado imobiliário iniciou um processo de retomada. Inclusive, o Produto Interno Bruto do Brasil no primeiro trimestre cresceu 1%” importante, não só para o comércio varejista, mas para o setor econômico em geral. Nós precisamos ter uma modernidade nas nossas leis trabalhistas. Acredito que tinha que ser uma reforma mais radical da que foi aprovada”, avalia. O empresário Neles Walter Ferreira de Farias, da loja Operário, que está nesse ramo de materiais de construção há 25 anos, também analisa que o segmento varejista como um todo passou por um período muito bom até 2013 e, nos últimos anos, tinha sofrido muito com a crise política nacional. “O crédito ficou mais difícil, mais caro, e isso afetou o segmento. Nós tivemos que readequar à nova realidade. As empresas tiveram que cortar custos e muitas tiveram que demitir funcionários; algumas delas não conseguiram se manter no mercado”, contextualiza. A partir de algumas ações do Governo Federal, Neles observa que aquelas empresas que conseguiram se manter visualizam que as vendas pararam de cair, havendo uma tendência de retomada nas vendas. Agora percebe que o os juros têm caído, o dinheiro tem ficado mais barato e as perspectivas de crescimento já ocorrem. “Já vemos que o mercado imobiliário iniciou um processo de retomada. Inclusive, o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil no primeiro trimestre cresceu 1%”, aponta. Quanto à perspectiva do “Cartão Reforma”, em lançamento pelo Governo Federal, Neles explica que o valor do programa é muito irrisório para gerar alguma reação no segmento. Ele informa que são cerca de R$ 500 milhões para todo o Brasil, que, dividido por cidades, resulta em valores baixos. “O que ajudou muito nos últimos meses foi a liberação do FGTS inativo”, reforça.
Às vezes entrava em uma questão ou outra, muitas vezes políticoadministrativa, mas não tem como parar. Rondonópolis tem vida própria” empresário Narciso Montaher
DIFERENCIAIS Em um segmento que se moderniza e busca as tendências dos grandes centros, Narciso, da Comapa, explica que a empresa está sempre em busca de lançamentos, de novos produtos, fazendo melhorias nas lojas em visual e para oferecer mais comodidade aos clientes. Uma aposta é ofertar também os chamados produtos agregados, como de cozinha, lar e churrasco. “A gente tem até intenção de avançar mais nessa área, oferecendo utilidades domésticas”, diz. Conforme Neles Walter, a Operário tem procurado reforçar sua posição no mercado com investimentos em layout, variedades de produtos, opções de pagamentos, além de promoções para profissionais da área da construção e afins. “Estamos aumentando o mix de produtos ofertados.
Hoje não vendemos só material de construção, mas outros produtos que agregam às vendas, como linha de jardinagem, ferramentas, ventilador, utilidades domésticas e até decoração”, externa. INVESTIMENTOS Objetivando se posicionar no mercado, as empresas do segmento vêm fazendo contínuos investimentos nas lojas, seja melhorando mobiliário, layout ou outros. Narciso informa, por exemplo, que a Comapa acaba de fazer um investimento em um Centro de Distribuição, com 4.300 m² de área construída em uma área de 7.200 m², na Rua Arnaldo Estevan, e que pretende ampliar o espaço. Também anuncia uma ampliação da matriz, na Rua Fernando Correa da Costa, prevendo 1.300 m² de loja, além da abertura do sétimo ponto de venda, inaugurado em julho, na Rua Rio Branco, no Monte Líbano. O grupo tem mais de 200 funcionários. O empresário Neles externa, por sua vez, que a Operário abriu, no ano passado, o Espaço Prime, no Residencial Sagrada Família, e, em março deste ano, abriu a sua quarta loja na cidade, em um espaço central e moderno, junto à Avenida Presidente Médici. “Estamos na contramão da crise. Fizemos o investimento para aumentar o faturamento e manter as nossas despesas, para equilibrar as contas e manter-nos competitivo no mercado de Rondonópolis. Hoje temos 135 funcionários e, aquecendo o mercado, prevemos chegar a 150 funcionários”, projeta. RONDONÓPOLIS Para Narciso, da Comapa, em mais de três décadas, o período que Rondonópolis mais cresceu Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 47
A TRIBUNA
Aumento do número de construções pela cidade ajuda a fomentar o varejo de material de construção foi entre a década de 1980 e o começo dos anos 90, quando muita gente chegava à cidade e as fazendas da região estavam por formar. Depois disso, analisa que o município sempre viveu ciclos de altos e baixos. Contudo, o empresário afirma que Rondonópolis não tem como parar, tendo um desenvolvimento líquido e certo. “Às vezes entrava em uma questão ou outra, muitas vezes político-administrativa, mas não tem como parar. Rondonópolis tem vida própria, é uma referência em esmagamento de grãos, tem
o maior terminal ferroviário da América Latina. Daqui a médio prazo, se o Brasil voltar a crescer, Rondonópolis é uma cidade para 400 mil habitantes”, aposta. Neles Farias, da Operário, reforça que Rondonópolis tem uma expectativa de futuro muito boa, especialmente porque teve muitos loteamentos nos últimos anos, gerando a perspectiva de mais construções a partir de agora. Apesar de Rondonópolis ser promissora, ele alerta, até como presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), que é preciso fazer um novo Plano Diretor pensando em
construir uma cidade mais bonita para os cidadãos e investidores, pensando daqui a 20 anos. Nesse contexto, Neles analisa que Rondonópolis é uma cidade muito esparramada, o que dificulta a manutenção e oferta da devida infraestrutura. Assim, aponta para a necessidade de mais critérios para aprovação de loteamentos e da participação coletiva na construção de um novo Plano Diretor, que resulte em uma cidade mais planejada e mais bonita, especialmente em um centro comercial mais atraente aos consumidores.
IMOBILIÁRIAS
Parceria nos grandes empreendimentos
O
sucesso dos empreendimentos imobiliários depende muitas vezes dos parceiros, especialmente na área de vendas. As imobiliárias desempenham função primordial na comercialização de muitas iniciativas do setor espalhadas pela cidade. A Imobiliária Guzzi, por exemplo, vem sendo parceira na comercialização de grandes empreendimentos locais, como o Residencial Villa Toscana, o Condomínio do Bosque II, o Edifício Boulevard Paulista, o Edifício Belvedere, o Condomínio Vale dos Jacarandás, entre outros. Entre os lançamentos, o empresário Artur Vitorio Savian, da Guzzi, destaca a parceria com o Grupo TMI negócios imobiliários, para a comercialização, a partir de agora, do novo empreendimento vertical da construtora na cidade: o Edifício Boulevard Paulista, ao lado do Shopping, na Avenida Paulista. A Guzzi cita que o “Boulevard Paulista” compreende uma área de quase 5 mil metros quadrados, com área de lazer completa, com 120 apartamentos de 112 e 137 metros quadrados, distribuídos em 24 paAgosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 48
A TRIBUNA
Equipe da Imobiliária Guzzi: parceria em vários empreendimentos de sucesso vimentos. Opções de 2 ou 3 vagas de garagem. Na área de condomínio, um dos parceiros é o Villa Toscana, da URB Desenvolvimento Imobiliário, localizado em frente ao futuro Parque Municipal da
Seriema, na região da Vila Goulart. Ao todo são 417 unidades com metragens a partir de 300 m² em um sistema de condomínio fechado, com toda a infraestrutura, segurança 24 horas e área de lazer completa.
Transformando o ambiente
com papel de parede
P
ráticos, versáteis, bonitos e com preços atraentes, os papéis de parede são uma ótima opção para transformar em pouco tempo os mais diferentes ambientes. Esse tipo de material vem cada vez mais ganhando espaço nos projetos de decoração. O papel de parede hoje pode ser usado, praticamente, em qualquer ambiente da casa ou da maioria das empresas. Até em ambientes não pensados por muitos, como cozinha, área de serviço, próximo a churrasqueira e banheiros, eles marcam presença. As empresárias Djanira Amaral Logrado e Sanira Logrado, da Casa Cotê, atestam que existe atualmente uma gama muito grande de papéis de parede, para todos os gostos, estilos e bolsos. Os importados chineses, por exemplo, tem um preço mais competitivo. A durabilidade do papel de parede, em média, é de 8 anos. “Até o custo do papel é menor. A mão de obra da pintura mais a tinta fica mais caro que o papel de parede. Se a pessoa tem um espaço pequeno, com dois rolos de papel, fecha todo o ambiente”, explicam. Para áreas úmidas, a opção são os papéis laváveis, conhecidos como papéis vinílicos. Inclusive, esse tipo de papel pode ser usado em espaços como clínicas de saúde e hospitais. Há também papéis lisos, texturados, com grafismos e desenhos das mais diversas formas. Alguns papéis imitam materiais, como tijolos, revestimentos, pedras, entre outros, com a diferença de apresentarem um custo menor. “Hoje tem papel de parede veludo, pedaria, strass, cristais… Se alguém quer sofisticar ou deixar um ambiente arrojado escolhe o papel de parede”, atesta Djanira. Nos Estados Unidos e Europa, segundo Sanira, o uso desse tipo de material faz parte da cultura e muita gente nem pinta a casa por dentro. “No Brasil, o uso desse material vem crescendo bastante”, aponta.
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Existe atualmente uma gama muito grande de papĂŠis de parede, para todos os gostos, estilos e bolsos
Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIĂ RIO . 50
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Nós temos a força que você precisa A TRIBUNA
ESCOLHENDO O PAPEL DE PAREDE CERTO Entre as tendências, Sanira Logrado, da Casa Cotê, informa que os florais estão sendo bastante usados em quartos de bebês e do casal. Desenhos geométricos são outra tendência para os mais diversos espaços. “O papel de parede valoriza a peça, o ambiente”, destaca. Na hora da escolha, o gosto do cliente é que manda. Mas quem atua na área sempre presta uma espécie de consultoria, dando sugestões para que o uso seja o mais harmônico com os móveis, com a decoração e o ambiente existentes. “Cada pessoa tem um estilo e há um papel de parede para cada um”, diz Sanira. Nesse sentido, ainda é preciso ficar atento a alguns detalhes. Para ambientes menores, por exemplo, recomenda-se o uso de cores claras, que dão a sensação de maior amplitude. Nos quartos, vale optar por papéis com cores neutras e desenhos de “tom sobre tom”. As vantagens do papel de parede são inúmeras. Não tem cheiro, usa cola à base de água, não
Empresárias Djanira Amaral Logrado e Sanira Logrado, da Casa Cotê: “O papel de parede valoriza a peça, o ambiente”
SERVIÇO: Rua Rio Branco, 86, Centro, Rondonópolis. (66) 3022-0903.
gera alergia, evita sujeiras, tem fácil aplicação e, inclusive, o cliente pode ficar no ambiente durante a instalação. Em 2 horas é possível mudar visual de um ambiente com papel de parede. Contudo, Djanira Logrado e Sanira alertam que o bom resultado depende muito da habilidade do profissional na hora da aplicação, para não ficar bolhas e dar um acabamento perfeito. Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 51
Esse ambiente, também de um imóvel no Centro de Rondonópolis, ganhou um papel de parede aveludado, dando mais aconchego e . 52 Agosto de 2017 .pela MERCADO requinte à sala de estar, fornecido CasaIMOBILIÁRIO Cotê
O cantinho da sala de TV é de um apartamento localizado no Centro de Rondonópolis, que recebeu a assinatura de Joane Silveira. O ambiente foi revestido pelo papel de parede Mica, fornecido pela Casa Cotê, para dar um toque especial e aconchegante à sala. Convém citar que o Mica é um papel de parede nobre e exclusivo, composto por pedras! O espaço recebeu ainda uma cortina de tafetá de seda, também da Casa Cotê.
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O quarto do casal desse imóvel no Centro de Rondonópolis recebeu um papel de parede com detalhes em alto-relevo em Mica, da Casa Cotê. A iluminação contribui para valorizar ainda mais o papel, ressaltando o brilho do material.
A crescente procura por equipamentos de segurança
A
cena de casas e comércios com cercas elétricas, sistemas de alarmes e monitoradas por câmeras se tornou comum em Rondonópolis. As pessoas tentam se proteger como podem do aumento da criminalidade, especialmente dos roubos e furtos a residências. Diante da sensação de insegurança, a procura por equipamentos de segurança segue numa crescente no município. A segurança eletrônica se tornou essencial na rotina das famílias rondonopolitanas. “Nosso setor tem sido bastante solicitado. A cada dia, as pessoas procuram uma segurança maior, tanto em casa como no comércio; é uma preocupação real da população”, analisa Gabriela Logrado, diretora da SegLog, empresa de segurança eletrônica com 13 anos na cidade, e da SegCar, empresa de rastreamento veicular. “Quando começamos a atuar, andávamos pelas ruas da cidade e víamos algumas casas com cerca e poucas com câmera. Hoje é mais fácil contar as que não tem o sistema”, analisa.
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Procura por equipamentos de segurança eletrônica segue numa crescente em Rondonópolis
DIVULGAÇÃO
Para aumentar a eficiência dos serviços, Gabriela aponta que um diferencial que oferece hoje no mercado de Rondonópolis é a descentralização do atendimento, gerando mais agilidade. Conta com vários pontos fixos de atendimento na cidade, a exemplo da sede da empresa, na Vila Aurora; em frente a Santa Casa, na Vila Birigui; e no distrito industrial Elio Razia, na saída para Campo Grande. “Quando há um disparo, nosso vigilante não sai do centro para chegar ao bairro; ele já está lá”, argumenta. Um atrativo, segundo Gabriela, é que hoje o mercado tem equipamentos nacionais com preços mais acessíveis. No entanto, alerta para o risco de se procurar apenas preço e não se atentar para a devida qualidade quando da contratação do serviço. Ela observa que as pessoas devem ficar atentas se a empresa de segurança eletrônica atende às normas e exigências do setor, bem como dispõe de estrutura. “É preciso ir conhecer a empresa que está se contratando, verificar se está legalizada, se tem funcionários para atender em todos os horários, a estrutura física da empresa...”, observa.
Gabriela Logrado, diretora da SegLog Segurança Eletrônica: crescimento da cidade e, consequentemente, da criminalidade reforçam a necessidade por serviços de segurança
O mercado também oferece inúmeras facilidades. “Hoje temos vários pacotes para tornar o serviço mais acessível. O cliente pode optar pela locação dos equipamentos”, repassa Gabriela, informando que oferece serviços de monitoramento eletrônico, alarme, cercas
elétricas, telefonia, automação de portão, porteiro eletrônico, controle de acesso, catraca eletrônica e manutenção. “Hoje está sendo bastante procurado o monitoramento veicular, principalmente diante do grande índice de roubos a motos”, acrescenta.
A tecnologia a serviço da segurança
A
insegurança é uma grande preocupação dos rondonopolitanos na atualidade. Assim, além dos conhecidos sistemas de sensores de presença e cercas elétricas, está cada vez mais comum o uso de câmeras de monitoramento em casas e empresas na cidade. Isso vem ocorrendo também em função da redução do custo desse tipo de equipamento. Mas, além de mais acessível, também está mais eficiente. O mercado oferece agora câmeras que gravam imagens com maior resolução, tornando a identificação das pessoas mais fácil. O gerente de tecnologia
da Biptel Segurança, Antônio Wolf Neto, acrescenta que, com a facilidade de se contratar internet, inclusive móvel, uma novidade é o uso dessa tecnologia aliada a aplicativos, em que o dono do imóvel consegue visualizar as imagens de casa ou da empresa a partir do aparelho celular. Valendo-se do uso de aplicativo, Antônio explica que é possível agregar o serviço de monitoramento de alarme, em que a empresa vai à casa do cliente ao receber o disparo, com o monitoramento das imagens, além de fornecer as imagens e os eventos de alarme no aparelho celular dos
clientes. A queda de preço no videomonitoramento pode ser explicada pela grande competitividade entre as empresas fabricantes. Os sistemas eletrônicos de segurança, em geral, estão buscando um aperfeiçoamento constante para atender o exigente mercado. Nesse contexto, pode-se citar sensores de maior capacidade, que geram menos disparos falsos, e detectores de micro-ondas que não são suscetíveis a imunização (uso de materiais que permitem que pessoas não sejam detectados pelos aparelhos), além das centrais de alarme comunicando via internet.
Construções devem prever
sistemas de segurança
Ao
executar qualquer construção, seja comercial ou residencial, além das tradicionais tubulações elétricas, convém projetar e desenvolver a pré-instalação dos sistemas de segurança eletrônica. Essa medida
Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 60
vai evitar transtornos e gastos extras na hora da instalação dos sistemas de proteção eletrônica. Todo esse processo pode ser facilitado através de um trabalho conjunto entre engenheiros, arquitetos e decoradores com a
empresa de segurança eletrônica, ainda na fase de projeto ou construção. A partir da planta do imóvel, estipula-se os locais de passagem da fiação dos equipamentos de segurança. “A gente faz uma pré-instalação do
A TRIBUNA
sistema de alarme, mesmo que o monitoramento não seja ativado logo após a construção; já deixamos os sensores posicionados, tubulações e caixas de passagem, toda estrutura pronta para cabear depois”, explica Antônio Wolf Neto, que atua no setor. Hoje é um problema comum empresas do ramo de segurança eletrônica se depararem com construções e imóveis não adaptados à instalação dos sistemas de segurança eletrônica. Estando o imóvel em fase de acabamento ou pronto, a instalação desses sistemas necessitará de cortes em paredes e outras intervenções trabalhosas. “O ideal é o planejamento”, atesta Antônio Wolf, observando que, muitas vezes, os próprios profissionais da construção não se atentam para a pré-instalação dos sistemas de segurança eletrônica. Inclusive, a automação residencial também depende de uma infraestrutura de instalação diferenciada. Depois da construção pronta, um sistema de segurança que mais gera incômodo para instalação é o de alarme, principalmente em portas e janelas. “Às vezes, pegamos uma porta de alto padrão que já está assentada e não tem como
Gerente de tecnologia da Biptel Segurança, Antônio Wolf Neto: hoje é possível, a partir de aplicativos, visualizar a imagem da casa ou da empresa a partir do aparelho celular fazer o fio chegar até lá”, observa Antônio. Na verdade, muitas casas e empresas hoje não estão planejadas para levar sinal de internet para todos os cômodos, bem como não dispõe de uma rede cabeada para todas os aparelhos de TV,
gerando dificuldades na hora da instalação. “Hoje uma casa não basta ter tomadas, instalações elétricas e hidráulicas. É importante ter rede de alarme, de TV, de câmeras e dados”, afirma Antônio Wolf. Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 61
FIQUE ATENTO
As regiões de maior
crescimento
A TRIBUNA
O crescimento rumo à Avenida Júlio Campos (foto) e à Avenida dos Estudantes é uma forte tendência hoje
Onde jogar o entulho da obra do seu imóvel A TRIBUNA
Destinação correta dos entulhos deve ser observada
Ao
executar ou terminar uma reforma ou uma obra nova, o acúmulo de entulho é inevitável. Se não tiver interesse de contratar uma caçamba, devido ao pequeno volume, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente informa que pequenas quantidades (até 1 m³, o que equivale a uma carroceria de caminhonetes) podem ser jogadas nos Ecopontos. Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, quantidades maiores de restos de material de construção devem ser levadas e destinadas ao lixão da Mata Gran-
de, atrás da Penitenciária da Mata Grande, junto à MT-130. Para quem não quer fazer o serviço, uma opção, em caso de volumes menores, é contratar profissionais que fazem frete, que ficam incumbidos de darem a destinação correta. Outra opção, em volumes maiores e constantes, é contratar o tradicional serviço de caçamba, através de empresas. Uma opção na área é a empresa LimpLog, com serviços de limpeza e aluguel de caçambas, localizada no Residencial Sagrada Família. Telefone: 3423-1255.
É
verdade que Rondonópolis cresce em todas as suas regiões urbanas. Mas é inegável atualmente que os principais eixos de crescimento da cidade situam-se nas regiões do Shopping Center/Residencial Sagrada Família, abrangendo a Avenida Júlio Campos, e no entorno do prolongamento da Rua Rio Branco, rumo à BR364. Nessas regiões brotam novos loteamentos, condomínios, residenciais populares, empresas e empreendimentos variados. A maior parte dos lançamentos do mercado imobiliário e das construções da cidade estão nesses dois eixos. No final do mês de junho, por exemplo, mais um grande empreendimento residencial horizontal foi lançado junto ao prolongamento da Rua Rio
Branco, no caso o “Melchiades Figueiredo Miranda”, que deve ser construído próximo ao bairro Padre Lothar. Serão construídas 1.500 unidades habitacionais, em três fases, incluindo condomínio fechado popular. O crescimento rumo às avenidas Júlio Campos e dos Estudantes teve como pontapé inicial a instalação do shopping center, há cerca de 16 anos. Atualmente, a maior parte dos lançamentos e construções de residenciais verticais em Rondonópolis ocorre no entorno ou região desse empreendimento. Como atrativos, essa região se valeu ainda da proximidade com bairros nobres como a Vila Aurora e da disponibilidade de terrenos com valores ainda baixos se comparados com outras regiões da cidade.
Trabalhar a cidade por regiões: uma necessidade Apesar de ter ultrapassado a faixa dos 200 mil habitantes e possuir uma grande área urbana, a administração e organização da cidade de Rondonópolis por regiões ou zonas (norte, sul, leste, oeste e centro), assim como ocorre em grandes centros urbanos do País, ainda não emplacou em Rondonópolis. Isso ocorre principalmente pela falta de diretrizes emanadas pelo poder público nesse sentido. A administração por regiões ou zonas ajudaria no planejamento estratégico, elaboração de políticas conforme as particularidades e ainda facilitaria a localização de bairros e endereços espalhados pela cidade. A esperança é que algo nesse sentido possa ser melhor trabalhado no Plano Diretor do Município em atualização e, posteriormente, seja posto em prática pelo poder público, para que a população possa ir assimilando a nova divisão.
IMAGEM – DIVULGAÇÃO
Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 63
A TRIBUNA
A região do Anel Viário é a que mais vem recebendo novos loteamentos em Rondonópolis
Anel viário atrai empreendimentos Outro eixo de crescimento que não pode ser ignorado é o trecho ao longo do Anel Viário, entre a MT-130 e a antiga MT270 (Avenida dos Estudantes), que é a região que mais vem recebendo novos loteamentos em Rondonópolis. Somente nesta
região, entre projetos em fase de implantação ou prontos para morar, são um total de seis empreendimentos. Inclusive, esse crescimento residencial aumenta a necessidade de sinalização e estruturação urbana nesse trecho do Anel Viário, principalmen-
te para reduzir os acidentes de trânsito nesse trecho. Alguns desses loteamentos já estão liberados para construir, começando a movimentar a economia, com aquisição de materiais de construção, contratação de profissionais, entre outros.
A TRIBUNA
Perspectivas de valorização
Caso seja feita a dotação de infraestrutura e abertura ao público, o Parque da Seriema, ainda no papel, tende a valorizar região e atrair investimentos Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 64
Com a abertura da nova ponte sobre o Rio Vermelho, no caso a “Ponte Aroldo Marmo de Souza”, e da Avenida Otaviano Muniz, junto ao futuro Parque Municipal da Seriema, a expectativa é que essa região da Vila Goulart tenha grande crescimento nos próximos anos. Caso seja feita a dotação de infraestrutura e abertura ao público, o Parque da Seriema tende a valorizar e atrair ainda mais investimentos para essa região da cidade. Um dos atrativos seria a garantia de qualidade de vida, grande quantidade de área verde, especialmente para projetos residenciais, sejam eles horizontais e até verticais.
INVENT PRODUÇÕES
FOTO – INVENT PRODUÇÕES
Maior parte dos lançamentos e construções de residenciais verticais em Rondonópolis ocorre no entorno ou região do Shopping
A região do shopping como aglutinadora de investimentos
E
ssa região a partir do Shopping, que abrange o Grande Sagrada Família e vai até a Vila Paulista contempla empreendimentos que atendem desde as classes mais populares até as classes mais altas de Rondonópolis. Por consequência, a atração de investimentos chama a atenção dos construtores e novos investidores, gerando a valorização dos imóveis. Em questão de cinco anos, por exemplo, imóveis próximos à Avenida Júlio Campos dobraram de valor na cidade. O empresário Agustinho Leiva, da Engesul, possui como principal foco de investimento a região do shopping. “Todo mundo quer vir para essa região, devido à facilidade de locomoção. É uma região que está crescendo muito, com bares, restaurantes e agora supermercados também, o que tende a valorizar ainda mais”, avalia. Apesar disso, pondera que o poder público precisa investir mais nessa região, levando mais estrutura para a região do Residencial Sagrada Família, como asfalto, drenagem e rede de esgoto. Essa deficiência, segundo ele, prejudica o crescimento da cidade, a atração de novos investimentos. O empresário Helmute Hollatz, da construtora Salas, avalia que os empreendimentos para a classe alta da cidade continuam focados nas regiões do shopping center e da Vila Birigui, sendo este último
A TRIBUNA
Deficiência de infraestrutura básica no Residencial Sagrada Família prejudica a atração de novos investimentos uma aposta mais recente. Por enquanto, entende que a região norte do município, rumo ao prolongamento da Rio Branco, ainda tem um caráter mais popular. Por outro lado, aposta que a região atrás da Vila Goulart tem grande potencial em função da maior proximidade com a ferrovia. “O crescimento de Rondonópolis é geral”, entende. Apesar do crescimento, Helmute alerta que Rondonópolis precisa ter um foco diferenciado de
desenvolvimento. “Ainda falta uma apresentação melhor da cidade, um embelezamento. Em termos visuais, falta muito. É uma pena que isso foi deixado de lado. Teria que haver leis que fomentassem esse processo”, pondera. Além disso, atesta sobre a necessidade desse processo de cuidado com a cidade começar por cada morador. “Precisamos reforçar a questão cultural do cidadão ser consciente e cuidar do seu patrimônio”, acrescenta. Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 65
Construções por toda a cidade A TRIBUNA
Uma aposta é a oferta de apartamentos pelo programa Minha Casa, Minha Vida
Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 66
crise política que estamos passando, gera indefinição e medo nos compradores”, analisa. “Comparado com o ano passado, está 100% melhor. Este ano temos percebido uma procura maior, mais facilidade de negociação”, acrescenta. Contudo, Paulo Kaha aponta que ainda há dificuldades. “Hoje o financiamento habitacional está mais A TRIBUNA
Os
construtores são uns dos profissionais que aquecem e movimentam as construções individuais pelo município de Rondonópolis. São profissionais que constroem objetivando a venda posterior do imóvel. O construtor e corretor de imóveis Paulo Kaha, por exemplo, atua na construção de casas e apartamentos a partir de R$ 150 mil para a venda. Atualmente, atendendo ao programa Minha Casa, Minha Vida, está com construções de apartamentos nos bairros Sagrada Família e Parque São Jorge. Atualmente, devido ao preço do custo do terreno, especialmente com asfalto, explica que tem preferido atuar na construção de apartamentos para oferta pelo Minha Casa, Minha Vida. Além disso, Paulo Kaha constrói nos mais variados bairros, como no Sunflower e Vila Aurora, com imóveis com preços geralmente a partir de R$ 200 mil, também financiáveis, mas pelo Sistema de Financiamento Habitacional e Sistema de Financiamento Imobiliário. O financiamento é usado como opção na operação de venda. “A gente não constrói com financiamento ou empréstimo; o que a gente tem a gente faz”, explica. Conforme o construtor, o mercado para venda de imóveis residenciais está melhorando neste ano em Rondonópolis. “Tem hora que parece que vai melhorar de vez e, de repente, tem uma retração. Devido a
restrito, com mais exigências e menos contemplação”, externou o profissional, informando que o prazo para recebimento dos valores, via instituições, também está mais demorado. Construtor e corretor de imóveis Paulo Kaha: “Comparado com o ano passado, está 100% melhor”
A
implantação de centrais de GLP
a pessoa já busque um profissional
(gás liquefeito de petróleo – o gás
na área. Nesse contexto, informa que
de cozinha) vem sendo algo cada
a Leste Gás conta com profissionais
vez mais comum também em residências,
para atender todo o processo, desde a
além do tradicional uso em empresas
concepção do projeto da central, passando
e fazendas. Contudo, para evitar custos
pela instalação e até a manutenção.
extras e transtornos como quebra de piso
A central possui os recipientes
FOTO A TRIBUNA
Atenção para instalação da central de gás
Sócio-proprietário da Leste Gás, Carlos Pereira
e de paredes, é bom lembrar da concepção
localizados num ponto centralizado e
dessas centrais desde quando o imóvel
distribui o gás através de tubulação apro-
está sendo projetado. Em muitos casos,
priada até os pontos de consumo. Nesse
botijão de gás P13, aquele comumente usado
redobrados. Assim, ao chegar em casa e perceber
a implantação da central somente é lem-
contexto, a central pode atender a imóveis
com 13 quilos, Carlos Pereira repassa que algumas
cheiro de gás, alerta que não é recomendável
brada quando a construção está pronta.
com duas cozinhas, utilizando a mesma
medidas garantem mais segurança. Uma das
acender a luz de imediato, o que pode causar
O sócio-proprietário da Leste
instalação. Conforme Carlos, residências
recomendações é não colocar o botijão dentro do
uma explosão. “Não é o botijão que explode; é o
Gás, Carlos Pereira, atesta que, além
com um consumo maior, que possuem
imóvel; a parte destinada ao gás deve ser sempre
acúmulo de gás dentro do ambiente. A partir disso,
da praticidade, a central de GLP é uma
um fogão industrial de seis bocas, por
no lado externo. O botijão reserva também não
qualquer atrito pode gerar uma explosão”, alerta.
grande comodidade, mas que precisa ser
exemplo, já comportam central de GLP
pode ser guardado em ambiente fechado.
bem planejada e executada. Ele orienta
com cilindro de gás P45, com 45 quilos.
que, ao começar o projeto da construção,
Mesmo que o imóvel tenha o
Caso o botijão comum já esteja dentro do imóvel, Carlos enfatiza que os cuidados devem ser
Mais informações para montar/executar o projeto da central de gás podem ser obtidas na Leste Gás: (66) 3423-6661.
Construção abrange
vários segmentos
Não
só de construção de casas, apartamentos e de empresas vive a construção civil. Muitas empresas do setor são especializadas em construções de estradas, pavimentação, serviços de drenagem e outras áreas. O empresário Wesley Milhomem de Brito, da WMW Construções, atua nas áreas de terraplanagem, pavimentação e também construção civil. Sua família lida nesse segmento desde 1994 e, conforme avaliação do empresário, o mercado está muito bom para ele, com diversos serviços em andamento. Wesley atesta que, mesmo em tempos de crise, é possível crescer na atividade. Para isso, destaca que é preciso oferecer qualidade nos serviços. Ele explica que presta serviços para diversas multinacionais e possui uma atuação no estado de Mato Grosso inteiro. Em Rondonópolis, a WMW está com
FOTO - DIVULGAÇÃO
Obras de infraestrutura, como drenagem, pavimentação e estradas, são um importante nicho de atuação para algumas empresas Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 68
Rondonópolis é uma cidade que tem um potencial muito grande. Acreditamos que vai melhorar muito!” empresário Wesley de Brito vários trabalhos, como na implantação em dois loteamentos residenciais privados, de melhorias nas condições das vias na região Salmen, e também está ingressando no ramo da construção civil, com a implantação do novo
Super Mais supermercado. Para Wesley, a construção civil, a partir de agora, vai melhorar e o mercado vai voltar a crescer. “Agora o mercado só vai melhorar!”, aposta. Em relação a Rondonópolis, as perspectivas também são boas. “Rondonópolis é uma cidade que tem um potencial muito grande. Acredito que vai melhorar muito!”, diz. O empresário Fausto Bortolini, que também atua no setor, avalia que o ano de 2017 está um pouco complicado, mas com previsões de vários serviços na área a partir de agora em Rondonópolis, como em lama asfáltica, microrrevestimento e obras maiores, a exemplo da nova ponte sobre o Rio Vermelho e infraestrutura de acesso na Avenida W-11. Conforme Fausto, a empresa dele vem mantendo uma média de serviços, considerando que vem executando também contratos antigos. Um dos FOTO - DIVULGAÇÃO
Wellington de Brito e Willian de Brito, da WMW Construções: trabalham com diferentes tipos de serviços na construção
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problemas do setor, segundo ele, é a morosidade para recebimento do poder público, além da crise nacional. De qualquer forma, entende que o governo estadual em vigência vem pagando os serviços executados. Fausto está abrindo uma nova frente de trabalho, pois será responsável pela duplicação do trecho urbano da BR-364 entre o “Trevão” e o córrego Lourencinho, sentido Goiânia (GO), em Rondonópolis. Ele estima a geração de 70 a 100 empregos nos serviços, que envolvem construção de rotatórias, trevos, pistas laterais para o tráfego urbano, iluminação, ciclovia e a duplicação da pista. Para algumas construtoras que prestam serviços para a Prefeitura de Rondonópolis, desde a gestão passada, muitos problemas vêm sendo constatados para recebimento dos serviços, deixando as empresas em difícil situação financeira.
66
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Seja em bairros nobres ou em condomínios fechados, a cidade de Rondonópolis vem recebendo projetos residenciais cada vez mais arrojados, como esse do arquiteto Alcimar Fernandes Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 69
Uma cidade que atrai investimentos ARQUIVO A TRIBUNA
Maior investimento em andamento é da ordem de R$ 140 milhões na área de fertilizantes, em implantação no terminal ferroviário
A
localização privilegiada, num dos principais entroncamentos rodoviários do Brasil, a implantação do maior terminal ferroviário da América Latina, a posse de grandes agroindústrias, o crescente público consumidor, entre outras vantagens competitivas. Podemos dizer que tudo conspira a favor do município de Rondonópolis, que continuamente vem sendo alvo de investidores e novos investimentos. Atualmente, a cidade possui seis distritos industriais, incluindo o terminal ferroviário da Rumo ALL. Nas mais diversas áreas, Rondonópolis vem recebendo investimentos, ou sendo sondada para recebê-los. O maior investimento em andamento, segundo a Prefeitura, é da ordem de R$ 140 milhões em uma unidade na área de fertilizantes, em implantação no terminal ferroviário do município. Ainda na área industrial, uma tradicional multinacional do agronegócio injeta mais de R$ 100 milhões na modernização e ampliação da planta de Rondonópolis, localizada no primeiro distrito industrial da cidade. Na área da alimentação, a concorrência proAgosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 70
Isso significa que Rondonópolis é um pólo consumidor que está crescendo!”, analisa o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Milton Mutum” mete se acirrar, com novos supermercados em instalação. A rede Tropical Supermercados iniciou a construção de uma nova loja, com vários serviços agregados, no entroncamento do Anel Viário com a Avenida Júlio Campos, além de um centro de distribuição com 10 mil m² de área construída para atender as lojas do grupo, também junto ao Anel Viário. Uma loja do Super Mais Supermercados
será aberta no prédio do antigo Centro de Eventos Ipê, na mesma região. Na verdade, a cidade vem sendo a bola da vez no ramo supermercadista. A rede Atacadão, do Grupo Carrefour, está reconstruindo sua loja em Rondonópolis, no seu tradicional endereço, na Avenida Bandeirantes. Uma moderna e nova loja está em construção. Além disso, a rede Comper tem a intenção de aportar em Rondonópolis, estando na busca de áreas para implantação de lojas. A ideia, caso se concretize, é abrir uma loja para o público classe A, outras nos bairros com foco popular, além de um centro de distribuição. “Isso significa que Rondonópolis é um pólo consumidor que está crescendo!”, analisa o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Milton Mutum, que atesta que a cidade tem um futuro bastante promissor, mesmo em meio a crise político-econômica vivida no Brasil. Para se ter uma ideia, o Produto Interno Bruto (PIB) por pessoa de Rondonópolis, em 2014, era de R$ 36.102,58, valor maior que o de cidades como Anápolis (GO) e Dourados (MS).
A TRIBUNA
Secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Milton Mutum: “No interior do Centro-Oeste, nossa pujança só perde para a cidade de Anápolis” Mas não para por aí. No segmento de hotelaria, Rondonópolis está recebendo uma unidade do Hotel Transamérica, com 150 apartamentos, na Avenida Lions Internacional. Essa mesma avenida vai abrigar um novo investimento do Barrocos Hotel. São investimentos, segundo o secretário muni-
cipal, que acreditam no potencial do município e ajudam a movimentar a construção civil. “No interior do Centro-Oeste, nossa pujança só perde para a cidade de Anápolis”, afirma Mutum. Valendo-se das vantagens logísticas, a Prefeitura de Rondonópolis repassa que várias empresas
transportadoras ou que atendem ao segmento estão aportando no município. Assim, algumas já estão em instalação e outras em fase de consulta ou procura por áreas. Na área de prestação de serviços, a cidade também pode receber um novo investimento na área de ensino privado. É que o Instituto Presbiteriano Gammon, de Minas Gerais, estuda construir uma unidade de ensino na cidade. Na verdade, Milton Mutum informa que o setor de prestação de serviços é hoje o que mais contribui para a arrecadação do município. Nesse setor, estão a educação e também a saúde. Inclusive, na área de saúde, Rondonópolis vem se tornando um importante pólo médico e recebe dois grandes investimentos, com a construção de novas unidades hospitalares, visando atender a uma demanda em alta. O secretário repassa que o Município também procura fazer um trabalho de atração de investimentos. “Nós precisamos atrair empresas para Rondonópolis em funções estratégicas, mas não podemos esquecer dos micro, pequenos e médios empresários. Rondonópolis cresce muito em população e temos de atrair novas empresas para geração de empregos”, observa.
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Um novo grande hospital para a cidade A TRIBUNA
Hospital Geral Materclin vem sendo construído na Vila Birigui e será um dos mais modernos complexos hospitalares da região
Na
Vila Birigui, surge um dos maiores hospitais de Rondonópolis. O Hospital Geral Materclin, agora também chamado de HGM, foi criado em fevereiro de 1994, por um grupo de médicos que, cansados da falta de boas condições de trabalho, uniram esforços para desenvolver um ousado e moderno complexo hospitalar no sul do estado do Mato Grosso. São nove pavimentos com 5.706 metros quadrados, que se somam aos 1.240 metros quadrados existentes e, assim, atinge a cota de 6.946 metros quadrados.
Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 72
“O idealismo deste grupo médico vem ao encontro do anseio da população por mais leitos e serviços médico-hospitalares de qualidade com alta tecnologia, o que também ajudará o sistema público de saúde, já que hoje os pacientes (tanto os particulares e os que têm convênios médicos), por falta de hospital privado completo, ocupam os leitos e as preciosas vagas de UTI em hospitais públicos ou filantrópicos e, assim, dividem espaços com os mais carentes, que não têm onde se socorrer porque dependem exclusivamente do SUS”, justifica o diretor técnico da instituição, o
dr. Nilson Eduardo B. Albers. Numa primeira etapa, serão adicionados mais 30 novos leitos hospitalares, totalizando 60 leitos e, na segunda etapa, ainda este ano, o HGM pretende implantar um novo centro cirúrgico, com mais 07 modernas salas que se somarão às 03 salas cirúrgicas atuais. Também serão implantados 13 novos leitos de UTI adulto e 10 leitos UTI neonato/infantil, além de muitos outros serviços médicos, como centro completo de diagnóstico de imagem (raios-X, ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética, mamografia e laboratório de análises clínica). Em uma terceira etapa, outras especialidades médicas serão implantadas no HGM de Rondonópolis, como oncologia e centro de diagnóstico e tratamento de doenças cardiológicas. No final, serão investidos cerca de R$ 40 milhões em área física e em equipamentos de alta tecnologia. Serão criados cerca de 350 empregos diretos, que, somados aos atuais 130, totalizarão 480 empregos próprios e dos terceirizados, sem contar a oportunidade de trabalho autônomo aos profissionais de saúde, como médico, fisioterapeuta, bioquímico, entre outros. “Agradecemos a todos os médicos que sonharam com esse projeto e a todos demais profissionais da saúde que hoje nos prestigiam e nos estimulam a continuar sonhando. Também agradecer a todos os parceiros que aqui investem, como o centro de imagem, laboratórios, serviço de oncologia, e outros sistemas de diagnósticos e tratamento especializados que estão chegando. Agradecer ainda os nossos parceiros financeiros (Sicredi e Unicred) que também acreditam nesse projeto”, externa o diretor técnico.
325 empresas querem áreas para se instalar na cidade
Com
uma situação econômica bem melhor que muitas cidades de médio e grande porte do País, Rondonópolis tem despertado cada vez mais o interesse de empresários. Para se ter uma ideia, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Milton Mutum, informa que existem, no momento, 325 solicitações de áreas por parte de empresas junto ao Município querendo se instalar na cidade. Havendo impactos em geração de empregos, renda e impostos, o Município também concede incentivos para atração de empresas, além de subsídio para aquisição de área. Além disso, o processo de formalização de microempresas está numa crescente neste ano de 2017 no município. O número de formalizações de microempreendedores individuais em Rondonópolis saiu de 45 em janeiro deste ano e chegou a 332 em junho passado. Já as criações de microempreendedores individuais saltaram de 82 em janeiro para 299 em junho
FOTO - DIVULGAÇÃO
Na região Centro-Oeste do Brasil, Rondonópolis aparece como a 7ª maior economia passado. “Por esses dados, a gente vê que o pessoal está se legalizando, deixando de
trabalhar na informalidade. A gente vê que a cidade está evoluindo”, avalia o secretário. Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 73
A TRIBUNA
Em termos de Brasil, Rondonópolis figurava em 37º lugar nas exportações no primeiro semestre de 2017
Uma cidade com pujança econômica A economia de Rondonópolis é marcada pelo dinamismo e a cada dia se reinventa. Atualmente, a prestação de serviços é o setor mais importante da economia local e que mais contribui em termos de arrecadação. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de todas as riquezas geradas em uma localidade, cresceu R$ 842 milhões entre 2013 e 2014 em Rondonópolis, saindo de R$ 6,801 bilhões para R$ 7,643 bilhões no período. Na região Centro-Oeste do Brasil, Rondonópolis aparece como a 7ª maior economia, conforme o levantamento do IBGE, atrás das cidades de Brasília/DF, Goiânia/GO, Campo Grande/MS, Cuiabá/MT, Anápolis/GO e Aparecida de Goiânia/GO. O PIB per capita (por pessoa) também aumentou entre 2013 e 2014 em Rondonópolis. Segundo o IBGE, esse item aumentou de R$ 32.698,00 para R$ 36.103,00 no período. Vale observar que os números têm como referência o ano de 2014, alvo mais recente da pesquisa do IBGE. Rondonópolis é um destaque em termos de exportação no Estado e no Brasil. Segundo números provenientes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a cidade aparece como o segundo maior exportador do estado de Mato Grosso, perdendo apenas para Sorriso. Entre janeiro e junho deste ano, foram Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 74
RONDONÓPOLIS EM NÚMEROS: Produto Interno Bruto (PIB): R$ 7,643 bilhões (2014) PIB per capita (por pessoa): R$ 36.103,00 (2014) Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH): 0,755 (alto) Segundo maior exportador do estado de Mato Grosso US$ 589,085 milhões exportados entre janeiro e junho deste ano Segunda maior arrecadação e segunda cidade mais rica de Mato Grosso Sétima maior economia da região Centro-Oeste do Brasil
EXPORTAÇÕES EM MATO GROSSO* Sorriso – US$ 822,032 milhões Rondonópolis – US$ 589,085 milhões Nova Mutum – US$ 381,969 milhões *ENTRE JANEIRO E JUNHO DESTE ANO.
A população estimada de Rondonópolis em 2016 é da ordem de 218.899 habitantes, segundo o IBGE” US$ 589,085 milhões comercializados junto ao exterior. Em termos de Brasil, Rondonópolis figura em 37º lugar nas exportações. O primeiro lugar no País, nesse quesito, é a cidade de São Paulo (SP). A cidade de Sorriso (MT) aparece como a 25ª maior exportadora do País entre janeiro e junho deste ano. Por sua vez, Rondonópolis é a maior importadora de Mato Grosso, com US$ 410,6 milhões comprados em produtos. Todo esse potencial econômico tem resultado em mais qualidade de vida aos rondonopolitanos. Tanto que Rondonópolis possui Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) considerado alto, ocupando a 4ª posição no Estado e a 453ª colocação em termos de Brasil. A cidade detém IDH de 0,755 segundo o Atlas IDHM 2013, baseado no Censo Demográfico de 2010. Esse índice é superior ao de cidades como Anápolis (GO), Dourados (MS) e Rio Verde (GO).
Rondonópolis lidera geração
de empregos em MT Após anos de muitas demissões, Rondonópolis é o município de Mato Grosso com melhor saldo de empregos no primeiro semestre deste ano de 2017, evidenciando que a economia local vem se recuperando. A informação tem como base os dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), se valendo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Entre janeiro e junho, o município de Rondonópolis teve um saldo positivo de 1.521 vagas de empregos, diante de 15.644 admissões e 14.123 demissões. Após Rondonópolis, as cidades do Estado que mais geraram empregos entre janeiro e junho deste ano foram: Primavera do Leste (saldo de 1.479 vagas), Sorriso (saldo de 1.242 vagas), Sinop
ARQUIVO
A construção civil aparece como a segunda maior geradora de empregos formais em Rondonópolis neste ano de 2017
(saldo de 1.150 vagas), Lucas do Rio Verde (saldo de 1.112 vagas), Jaciara (saldo de 960 vagas) e Cuiabá (819 vagas). Já são seis meses consecutivos que Rondonópolis apresenta saldo positivo na geração de empregos formais. Nesse semestre, o melhor desempenho em Rondonópolis vem do setor de serviços, com saldo de 774 vagas. A construção civil aparece com o segundo melhor resultado nesse período, com um saldo de 413 vagas. No semestre, a indústria de transformação apareceu como a terceira maior geradora de empregos na cidade, com um saldo positivo de 321 vagas. A agropecuária teve um saldo de 146 vagas. O pior resultado no período, por sua vez, vem do setor do comércio, com saldo de -128 vagas. Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 75
ENTREVISTA
“A gente tem de pensar a cidade para o futuro”
O
arquiteto Carlos Logrado completa 35 anos de formação e atuação profissional. Vindo de Nanuque (MG), ele chegou junto com a família em Rondonópolis no ano de 1968. Para prosseguir com os estudos foi para Cuiabá (MT) e, depois, para Ribeirão Preto (SP). A faculdade de Arquitetura foi cursada por Carlos na Universidade de Brasília (UnB), em Brasília (DF), vivenciando um período de intensa movimentação estudantil em função da conturbada situação política brasileira na época. No período de faculdade, teve a oportunidade de participar do desenvolvimento de dois projetos de Oscar Niemeyer, o mais importante arquiteto brasileiro. Um dos projetos foi o Memorial JK e o outro foi o Clube da Imprensa. “Tive o prazer de comer um pão de queijo com Niemeyer em minha mesa”, lembra. Ele se formou em 1982, retornando para Rondonópolis nesse mesmo ano. A partir daí, começa a escrever sua história no mundo da Arquitetura em âmbito local. Confira, a seguir, uma entrevista com Carlos Logrado, que também é empresário, retratando um pouco da evolução da Arquitetura e do Urbanismo em Rondonópolis:
A TRIBUNA
Arquiteto Carlos Logrado: “Não tenho dúvida que Rondonópolis vai desenvolver muito mais ainda. O mercado de Arquitetura aqui é muito grande”
O senhor foi um dos pioneiros na área da Arquitetura em Rondonópolis? Carlos Logrado - Quando cheguei aqui tinha o José Antônio e o João Proença atuando como arquitetos. Eu fui o terceiro arquiteto que começou a atuar na cidade. Quais eram as dificuldades para atuar na área da Arquitetura naquela época? Carlos - Eram muitas, porque o conceito de Arquitetura era bem vago para toda a população. As pessoas imaginavam que Arquitetura era para fazer fachada de uma casa. Eu, por exemplo, fui contratado para fazer um muro, porque a pessoa queria um muro bonito em casa. Na verdade, na Arquitetura é algo muito mais importante a função do que a forma, até porque o dono da casa não fica fora do imóvel olhando para fachada, mas vive dentro dele. Sempre valorizei muito – e faço isso até hoje nos Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 78
As pessoas imaginavam que Arquitetura era para fazer fachada de uma casa. Eu, por exemplo, fui contratado para fazer um muro”
meus projetos – a função, valorizar o interior. A gente desenvolve um projeto, imagina como as coisas ocorrem, os móveis, a circulação nos ambientes, a ventilação, a iluminação... e a fachada é o resultado disso. Quando se busca essas funções, naturalmente ocorre um bom projeto.
Carlos - Eu posso me considerar uma pessoa iluminada. Minhas malas nem haviam sido desfeitas e um grupo de maçons, com pessoas como Áureo, Gilberto Farnochi, Alberto Luz, Lau Guedes, João Borges, entre outros, me convidaram para desenvolver o projeto do edifício Pirâmide. Na época não existia nenhum prédio alto na cidade. Até me assustei, pois era recém-formado. Eles me explicaram que havia ocorrido uns três lançamentos de prédios na cidade e nenhum deu certo, com pessoas de fora. Propuseram fazer um contrato de risco: se der certo, eu ganharia e, caso contrário, não ganharia. Fiz o projeto. Inclusive, fiz a maquete profissional do projeto. Aqui em Rondonópolis ninguém fazia maquete, nem em Mato Grosso. Como foi a aceitação desse projeto?
Quais foram os primeiros grandes projetos que o senhor participou em Rondonópolis?
Carlos - Foi fantástica. O grupo fez uma festa no Caiçara e, no dia do lançamento, estava a socieda-
de em peso, com o pessoal olhando a maquete e, quando era entre 22h e 23h, o Áureo chegou para mim e disse que foi um sucesso, que tinha vendido quase tudo e que até tinha começado a receber os cheques da entrada. Assim, logo começaria a construir. Mas teve a parte burocrática e começou a construir em 1985. Após o projeto desse empreendimento, houve alguma mudança de visão nessa área no município? Carlos - Na época, meus serviços começaram a ser solicitados por uma boa parte da sociedade, inclusive projetando dormitórios, restaurantes em fazendas, a exemplo do Eloi Marchetti, além de projetos para escritórios, hotel, hospitais… Quando houve uma melhora para Arquitetura em Rondonópolis? Carlos - Para mim, nunca houve dificuldade, até porque eram em poucos arquitetos na cidade. Nós tínhamos uma condição de trabalho até muito boa. Eram poucos arquitetos, com Rondonópolis se aproximando dos 100 mil habitantes. Com o tempo começaram a chegar novos arquitetos e o mercado foi melhorando naturalmente, a cidade foi crescendo e o mercado foi acompanhando. Que avaliação o senhor faz da evolução da Arquitetura em Rondonópolis? Carlos - A avaliação que faço em relação a Arquitetura na cidade é muito positiva. O povo de Rondonópolis entendeu muito bem o que é Arquitetura. O povo começa a perceber que Arquitetura não é projeto simplesmente de levantar parede, de definir os cômodos, mas que tem uma importância muito grande dentro das necessidades internas, de função. As pessoas começam a perceber que o projeto de 200 m² bem elaborado pode ter mais utilidade do que de um de 300 m². Quando o projeto não é bem elaborado, existe muito espaço perdido. Um projeto bem elaborado consegue racionalizar o espaço. Assim, a gente ganha inclusive no valor final, porque tem um projeto menor em termos de área construída, com um custo-benefício melhor.
Nossas autoridades não pensam Rondonópolis para o futuro; é uma cidade que vive correndo atrás de consertar o que está sendo feito errado”
E como o senhor analisa Rondonópolis urbanisticamente? Carlos - Há cerca de 25 anos, fizemos em Rondonópolis uma proposta, eu e mais quatro profissionais da Arquitetura, de algo que é fundamental na cidade, mas que não foi implantado até hoje: de começar a imaginar grandes avenidas, corredores viários, para aliviar o trânsito do centro. Na época propomos um grande anel viário. Em Brasília tem a linha de ônibus Grande Circular, que faz uma espécie de anel em torno de Brasília, tendo acesso a todos os pontos da cidade. Elaboramos uma proposta para se fazer isso aqui, com estações de transição, no qual o usuário poderia trafegar toda a Grande Circular, podendo parar em 8 a 10 miniestações e pegar micro-ônibus para ter acesso a outros pontos da cidade. Isso continua sendo válido para hoje ainda? Carlos - Com certeza! Só que hoje, com muita dificuldade, porque o transporte coletivo perdeu espaço. Na época propomos que os terrenos nas áreas ainda não construídas teriam de ter um afastamento da avenida de cinco metros, independente de ser comercial ou residencial. Com o objetivo de que essas avenidas, no futuro, pudessem ser modificadas, alargadas, para que facilitasse esse trânsito de ônibus. Mas, infelizmente, por questão de vontade política não foi feito. Apesar de Rondonópolis ser a cidade mais progressista do nosso Estado, tem um problema seríssimo: as nossas autoridades não pensam a cidade para o futuro; é uma cidade que vive correndo atrás de consertar o que está sendo feito errado.
O senhor acredita que Rondonópolis deveria avançar urbanisticamente? Carlos - A gente chega em algumas pequenas cidades e lá já tem um traçado urbano, até mesmo fora do perímetro urbano. No passado, fizemos uma proposta para que nas duas margens do Arareau fossem feitas duas avenidas. Seria um corredor
viário fantástico. Sairia do Rio Vermelho até a Avenida Bandeirantes. Quando chegasse no córrego Canivete, a avenida sairia do Arareau e margearia o Canivete até a Vila Operária. Margeando o Rio Vermelho, por sua vez, iria em pista dupla até a ponte da BR-364 sobre o Rio Vermelho. Isso poderia ter sido feito há 25 anos pela Prefeitura, definindo com a Câmara esse projeto, para que as pessoas não construíssem, nem criassem loteamento nessa região, até comprar/indenizar áreas, mas não foi feito... Em Rondonópolis hoje ainda daria tempo de fazer uma avenida às margens do Rio Vermelho, indo da BR-364 até a ponte Aroldo Marmo de Souza na continuação da Avenida Lions. Hoje a categoria de arquitetos está maior. O senhor acha que seria possível haver um fortalecimento ou união maior da categoria? Carlos - Fizemos, inclusive, uma associação de arquitetos cerca de um ano atrás, que vem crescendo e, recentemente, até tivemos uma boa reunião. Estamos traçando planos... Também vamos buscar as autoridades competentes e vamos cobrar, propor ideias. Quando a gente faz um projeto urbanístico, tem de ser executado durante 30, 40 anos. A gente tem de pensar a cidade para o futuro, ainda mais uma cidade como Rondonópolis. Vamos imaginar que a cidade daqui a 40 anos vai ter 1 milhão de habitantes. É possível isso. Como podemos pensar Rondonópolis com 1 milhão de habitantes e com o trânsito que já existe hoje? E quanto mais passa o tempo, mais caro fica de fazer alguma proposta que viabilize a cidade, até na questão de logística, em trânsito. O que o senhor espera para o mercado da Arquitetura em Rondonópolis daqui para frente? Carlos - Estamos passando por um momento difícil econômico no País. Na área de Arquitetura, como em todas as áreas, houve uma queda muito grande na demanda. Mas acredito que isso vai passar daqui a alguns anos, que Rondonópolis continua a crescer como sempre, pois é uma cidade pujante, que está em um entroncamento rodoviário importante no País. Não tenho dúvida que Rondonópolis vai desenvolver muito mais. O mercado de Arquitetura aqui é muito grande, você vê a quantidade de edifícios, de gente que sempre chega, muitas pessoas com bom poder aquisitivo. Existem grandes empresas com salários relativamente altos, movimentando muito dinheiro. São requisitos básicos para que a Arquitetura exista. Sou muito otimista. Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 79
ARTIGO
Rondonópolis continua em expansão FOTO - J. L. SIQUEIRA (ALMT)
Ondanir Bortolini (PSD) – Nininho
Cidade privilegiada pela localização estratégica na região sudeste de Mato Grosso, polo de 19 municípios, encontra-se em expansão. Para se ter uma ideia, nos anos 80 a população rondonopolitana era de 50 mil, atualmente ultrapassa 230 mil o número de habitantes, e o que atrai toda essa gente? A resposta é: oportunidade. Podemos afirmar que a mola propulsora do desenvolvimento de Rondonópolis e região é o agronegócio. Claro, que o comércio, de modo geral, é responsável pelo crescimento do município, mas é preciso reconhecer o berço da tecnologia do agronegócio no Estado. O município que viveu a época do ouro, iniciou as atividades da agricultura Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 80
A tecnologia na construção civil é perceptível, e o crescimento vertical no município está sendo desenvolvido de maneira ordenada e segura” com o cultivo do arroz, depois adentrou na região a produção de grãos. Me recordo bem da chegada da cultura da soja no Estado, via terras rondonopolitanas, das entidades responsáveis pela amplia-
ção da produção de grãos, uma delas é a Fundação Mato Grosso. Quero recordar a contribuição do meu amigo, o saudoso engenheiro agrônomo Dario Minoru, um estudioso e responsável pela transformação sócio-econômica e tecnológica do Estado. Ele e mais 23 produtores são os responsáveis pelo sucesso da Fundação. Outra importante entidade é a Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) e, posteriormente, veio a Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) e Associação dos Produtores de Algodão (AMPA), todas focadas na expansão do agronegócio, que em contrapartida, garantiram o desenvolvimento não apenas de Rondonópolis, mas de todo o Estado. Com a instalação da Ferronorte, novos empresários continuam investindo na região. A propósito, a cidade está em constante expansão. É evidente que ainda existem muitas demandas na área de infraestrutura, onde estudos e projetos estão sendo ampliados para melhor atender a população. A tecnologia na construção civil é perceptível, e o crescimento vertical no município está sendo desenvolvido de maneira ordenada e segura. Estamos falando de desenvolvimento e tecnologia, porém, não podemos esquecer que os avanços têm que ser projetados para o bem-estar de toda população. Hoje vendemos tecnologia, recebemos investidores de todo mundo, toda a movimentação do mercado contribui para a arrecadação, e quem vai mensurar os resultados é o povo, com o fomento de políticas públicas. Por Ondanir Bortolini (PSD) – Nininho é deputado estadual e conhecido como ‘municipalista’.
com 11 leilões de animais, praça de alimentação, parque de diversões, rodeio, palestras, shows, entre outras atividades. A expectativa é, ao me-
FOTO - DIVULGAÇÃO
FOTO – ARQUIVO
positores dos mais diversos setores, uma grade
nos, conseguir alcançar o volume de negócios da edição de 2016, que registrou comercialização de R$ 95,1 milhões. O presidente do Sindicato Rural de Rondonópolis, Aylon Arruda, atesta que os efeitos socioeconômicos da Exposul para o município são imediatos e importantes. “A rede de hotéis esgota todas suas vagas. Os restaurantes, lojas,
Parque de Exposições recebe a movimentação da 45ª Exposul
Exposul, a grande feira dos rondonopolitanos
C
empresas de aluguel de veículos, selarias, shopping e, até mesmo o mercado imobiliário, sentem o impacto positivo da festa”, relata. O sucesso que a Exposul atinge ao longo
Presidente do Sindicato Rural, Aylon Arruda
de todos esses anos é o reflexo do potencial que a nossa região exerce em relação ao universo
nesta edição é a realização da Genapec, exposição
agropecuário estadual e nacional. “O destaque
com foco no melhoramento genético da pecuária
fica também para o comércio local e regional,
e uma ampla programação nesta quarta e quinta-
além das instituições financeiras, que exercem
-feira (9 e 10/8).
papel vital para a economia da cidade e de toda
A parte popular novamente promete muitas
a nossa região e que sempre se fazem presen-
emoções. O rodeio (dias 10, 11 e 12/8), por exem-
tes durante o evento”, afirma.
plo, terá como prêmio principal um carro 0 km,
omeçou nesta segunda-feira, 7, a 45ª Ex-
nesta segunda semana do mês de agosto entre
posul, cuja programação vai até o próximo
rondonopolitanos e visitantes que aportam no
A Vitrine Agropec está em sua 3ª edi-
o que atrairá a participação de peões premiados
sábado, 12/8, no Parque de Exposições
município. A feira contempla diversas atrações
ção, com o objetivo de difundir informações
em todo o território nacional. Os shows nacionais
“Wilmar Peres de Farias”. Ajudando a movimen-
que atendem agropecuaristas, população e pro-
aos produtores, discutir temas relevantes da
restantes são com Fernandinho (8/8), Gustavo
tar e projetar a economia de Rondonópolis, a
fissionais do campo.
pecuária e fomentar a realização da pecuária.
Mioto/Zé Neto e Cristiano (9/8), Jorge e Matheus
Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial
Segundo informado pelo Sindicato Rural de
A programação da Agropec se estende até a
(10/8), Marília Mendonça (11/8) e Trio Parada
do Sul de Mato Grosso é o centro das atenções
Rondonópolis, a Exposul 2017 contabiliza 120 ex-
próxima quinta-feira (10/8). Uma das novidades
Dura/Thaeme e Thiago (12/8).
Uma novidade para VOCÊ e sua FAMÍLIA, chegou a CLÍNICA GERA MEDICINA, a clínica da sua família. Aqui você consulta e realiza vários exames em um só lugar. A Clínica Gera Medicina veio para atender você e seus familiares com o conforto que vocês merecem.
Inspire-se Nas páginas a seguir, colocamos diversos ambientes e projetos elaborados/ executados por profissionais ou empresas que atuam em Rondonópolis, mostrando todo o grande potencial, bom gosto e qualidade dos produtos e serviços disponíveis para quem vai construir ou reformar no município. Confira:
Nessa cozinha gourmet, tudo reflete os desejos do morador: as cores azul e branco, a atmosfera iluminada, o design clean presente nos móveis e acessórios de decoração... Um ambiente tranquilo e receptivo projetado pela arquiteta Janaína Matos.
Esta casa em Primavera do Leste teve a sua fachada valorizada com elementos vazados da Concretec. Os elementos vazados (Cobogós) trouxeram modernidade, elegância e sofisticação ao projeto. Nesse caso foram usados peças nos estilos “gênio” e “quadrado sobreposto”. MARCUS BORDADO
Na elaboração do espaço gourmet, a arquiteta Ana Flávia Wieczorek traduz a jovialidade dos moradores utilizando na churrasqueira o revestimento Brasília, da Portobello Shop, que reproduz o concreto, um material contemporâneo, e na parede, a azulejaria multifacetada do Tresor, inspirada nos metais preciosos; revestimentos que fazem a diferença em ambientes atuais. Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 84
Inspire-se Em estilo convencional, o ambiente ganhou uma churrasqueira em alvenaria com tijolos aparentes maciços da Casa das Churrasqueiras
Nesta bancada de lavabo, foi usado um misto de madeira bem rústica com um revestimento de granito marrom absoluto, da A2 Marmoraria.
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Inspire-se Nesse banheiro, a bancada em branco recebeu um material importado: o branco prime, que leva a assinatura da A2 Marmoraria. Trata-se de um estilo de lavatório bastante solicitado por causa da sua “cauda alongada” até a caixa alongada.
Integrando-se ao projeto da cozinha, a Casa das Churrasqueiras providenciou nesse caso uma churrasqueira revestida com MDF, seguindo o mesmo material usado no ambiente. Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 86
Inspire-se A escolha da arquiteta Francyne Rabaioli trouxe mais charme para a fachada do restaurante. Uma releitura dos clássicos tijolinhos ingleses, o revestimento Vivienne Brick, da Portobello Shop, é um material muito elaborado em relevo, desenho e composição entre as peças. MARCUS BORDADO
O banheiro recebeu revestimento apenas nas paredes da área do banho e, nas demais, pintura acrílica. A grande sacada da arquiteta Janaína Matos para solucionar onde guardar os produtos de uso pessoal sem encher de armários foi criar um nicho na parede entre os espelhos e outro nicho esculpido na bancada fazendo a vez de uma “bandeja”. Ficou bastante funcional, além de resultar em um banheiro clean e estiloso.
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Inspire-se Esse ambiente atende perfeitamente a um escritório para profissional liberal. A ambientação da arquiteta e designer de interiores Daiany Coriolano foi composta por elementos contemporâneos e atuais, que complementam os móveis modernos do espaço. O balcão e a mesa são da marca Império e as poltronas, da Or Design e Roal, vendidos pela Super Móveis!
A sala de estar recebeu um painel em MDF revestindo a parede inteira. Com isso, a porta que vai para a área dos quartos ficou camuflada. A intenção foi dar a sensação de amplitude, já que o espaço não é tão grande. A arquiteta Janaína Matos usou cores neutras na composição deixando a sala superelegante.
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MARCUS BORDADO
Inspire-se A piscina projetada pela arquiteta Jânia Locatelli de Marco atendeu ao desejo da famĂlia de ter a natureza em casa. O porcelanato Barlavento, da Portobello Shop, aplicado no interior da piscina, reproduz os tons das piscinas naturais em matizes refrescantes entre azuis e verdes.
PLANO DIRETOR:
Em busca do almejado
crescimento ordenado A TRIBUNA
O promotor de justiça Marcelo Caetano Vacchiano: “o Plano Diretor é muito importante para o município porque indica como e onde crescer, bem como as prioridades sociais e anseios da coletividade”
D Atualização terá de enfrentar temas espinhosos que poderão contrariar interesses de determinados grupos setoriais, como a especulação imobiliária”
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esde a fundação, Rondonópolis sofre com deficiências urbanas diversas: falta de áreas verdes, muitos espaços vazios no perímetro urbano, ausência de corredores viários, ocupações irregulares, prédios e logradouros com acessibilidade reduzida… Nesse contexto, a atualização do Plano Diretor, processo pelo qual Rondonópolis vem passando no momento, é uma das mais importantes ferramentas para garantir um planejamento adequado e um crescimento ordenado para o município. A elaboração dos estudos para atualização do Plano Diretor é, em regra, do Município. No caso de Rondonópolis, o promotor de justiça Marcelo Caetano Vacchiano explica que a atualização decorre dos impactos que a chegada da ALL trouxeram ao município em virtude da pressão que causa nas infraestruturas e serviços públicos. O maior afluxo de pessoas resulta em aumento nas demandas sociais, sendo que Rondonópolis passa a ter crescimento diferenciado
quando comparado com os demais municípios da região Centro-Oeste. Contudo, Marcelo Vacchiano observa que é preciso que a cidade seja preparada para este crescimento. Neste cenário surge a necessidade de se planejar Rondonópolis para que este crescimento não ocorra de forma desordenada. “Nosso caso é diferente, pois como a ALL é a responsável pelos impactos que sua atividade causa é, também, responsável em ajudar o Município a se preparar para eles. A obrigação de realização continua sendo do Município, sendo que a maior parte dos custos deve ser suportado pela ALL, como está a ocorrer”, argumenta o promotor. O Ministério Público entra justamente para garantir que essa equação se feche, ou seja, que a ALL assuma sua responsabilidade socioambiental com Rondonópolis e que a gestão municipal participe ativamente desse processo. Para que isso ocorresse, foi preciso uma ação judicial, sendo que todos os trabalhos que estão sendo realizados são frutos de um acordo firmado entre Ministério Púbico, Prefeitura Municipal e ALL. Assim, a Promotoria de Justiça acompanha os trâmites burocráticos para que todas as etapas sejam cumpridas fielmente. Marcelo Vacchiano atesta que o Plano Diretor é muito importante para o município de Rondonópolis porque indica como e onde crescer, bem como as prioridades sociais e anseios da coletividade. Ele aponta que este é o momento para se discutir desde o tipo de vizinhança que o cidadão deseja para sua rua ou seu bairro até para que lado a cidade deve crescer. “Devemos discutir se é prioridade serem aprovados novos loteamentos ou se é melhor primeiro povoar os existentes, entre outros. Esta questão, por exemplo, é fundamental já que quanto maiores forem os vazios urbanos mais cara é a manutenção e menor será a qualidade dos serviços públicos oferecidos. Quanto mais espalhada a cidade mais caro é o custo de transporte coletivo e menor sua qualidade. De outro lado, quanto mais verticalizarmos a cidade (com construções de edifícios) maior será a pressão sobre mobilidade, logística e serviços
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FOTO – CIRANDA DA FOTOGRAFIA
de água e esgoto, por exemplos. Tudo isto deve ser discutido tecnicamente com urbanistas e engenheiros, além de ser submetido a avaliação da sociedade”, repassa. Vale lembrar que, em 2015, foi feita uma atualização no Plano Diretor que foi anulada pelo Poder Judiciário, porque não tinham sido realizados os estudos de base, além de não terem contemplados elementos importantes, como estudos de mobilidade urbana, logística e elaboração de cartas geotécnicas. Diante disto, em 2017 os trabalhos foram reiniciados, contemplando esses estudos, além de outros, como ambientais, de infraestruturas e equipamentos urbanos e atualização das bases cartográficas, dentre outros. Além de empresas especializadas, vários professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) estão engajados nos trabalhos, sendo que a coordenação técnica de todo o Plano Diretor está a cargo do geógrafo Jeater Santos, professor do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFMT. Os estudos técnicos, elaborados por profissionais especializados, são importantes, mas, conforme Marcelo Vacchiano, a participação da sociedade é que garante um Plano Diretor realmente democrático e que espelhe o anseio da coletividade. ETAPAS Até o final de julho foram realizadas 20 oficinas comunitárias espalhadas estrategicamente em todas as regiões da cidade, onde os munícipes foram convidados a apresentarem como enxergar os problemas e as potencialidades de Rondonópolis. Também foram realizadas diversas reuniões técnicas setoriais, envolvendo empresários, estudantes, instituições não governamentais e religiosas, sindicatos de trabalhadores e profissionais ligados à construção civil. Ainda é a fase de coleta de informações, sendo que agora, a partir deste mês de agosto, dezenas de outros encontros serão realizados envolvendo setores públicos e privados, sociedade organizada e sociedade civil. Após esse processo, haverá ainda aproximadamente outras dez audiências públicas e, ao final, uma grande conferência municipal. Depois de tudo discutido com a sociedade, os resultados serão repassados à Câmara Municipal para aprovação ou rejeição do Plano. “Como está havendo participação ativa e efetiva de todos os vereadores acreditamos que não teremos dificuldades na aprovação porque os resultados deverão estar atrelados aos indicadores técnicos e com profundos debates sociais”, avalia o promotor.
Atualização do Plano Diretor é o momento, por exemplo, de se propor uma melhor mobilidade urbana para Rondonópolis. Na foto, uma das vias novas da cidade: a Avenida Beira Rio
Envolver a sociedade nas discussões é um desafio Apesar da relevância do Plano Diretor para o Município, um grande desafio para sua atualização é a mobilização social nesse processo. O promotor de justiça Marcelo Caetano Vacchiano entende que hoje todos os setores da Prefeitura de Rondonópolis, bem como da Câmara Municipal, se mostram engajados no
OBJETIVOS PRINCIPAIS DO PLANO DIRETOR DE RONDONÓPOLIS: - Compreender em que bases está ocorrendo o processo de desenvolvimento e crescimento do Município; - Delimitar ações que busquem aproveitar as potencialidades e sanar/mitigar as deficiências da realidade social; - Priorizar o direito de todos os cidadãos à moradia digna, em ambiente saudável, e com acesso igualitário aos equipamentos e serviços urbanos; - Criar condições para o crescimento harmônico, ambientalmente sustentável e territorialmente ordenado dos espaços urbano e rural do município.
processo. Da mesma forma, a sociedade organizada tem participado, a exemplo das Associações de Moradores, Pequenos Produtores, Arquitetos, Engenheiros Civis, Lojas Maçônicas, Conselhos Regionais, Observatórios Social, ONGs ambientais, clubes de serviço, entre outros. Entretanto, Marcelo Vacchiano avalia que ainda há pouca participação da população, principalmente da sociedade civil, sendo este o maior desafio: “Como estimular a participação da comunidade num momento ímpar, onde serão definidas e propostas diretrizes, estratégias e instrumentos de gestão?”. Além disto, o processo terá de enfrentar temas espinhosos que poderão contrariar interesses de determinados grupos setoriais, como a especulação imobiliária, que torna a cidade cara, espalhada e obriga o cidadão a buscar moradias em locais mais distantes. “Existem mecanismos e instrumentos de gestão que podem ser utilizados, mas que precisam do apoio popular, como o IPTU Progressivo, que torna o imposto mais caro para imóveis desocupados e que, desta forma, não cumprem função social nenhuma na cidade. Outro exemplo é a exigência de Estudos de Impactos de Vizinhança para empreendimentos impactantes. São desafios, entretanto, que nos propomos a enfrentar ainda que contrariem interesses pouco republicanos”, aponta o promotor.
Valorizando o imóvel paisagismo exerce uma importância no imóvel muito maior do que se imagina. Desempenha uma função ambiental, envolvendo a drenagem da área, o conforto ambiental, com a escolha dos tipos de árvores, o aspecto construtivo, com a destinação inteligente dos espaços do terreno, além da função estética. Esse mundo do paisagismo vem sendo descoberto, estimulado e promovido em Rondonópolis especialmente pelo paisagista Cláudio Ferreira, que se tornou ao longo dos anos uma referência nesta área no município e até no Estado. Em uma entrevista ao Jornal A TRIBUNA, ele fala um pouco da arte de compor diferentes espaços em complemento à arquitetura. Na verdade, Cláudio Ferreira aponta
que o paisagismo pode ser chamado também como “arquitetura da paisagem”, e vai muito além da concepção de jardins e áreas verdes no imóvel. Lida com vários elementos construtivos, como piso, pedras, vasos, pergolados, entre outros, visando construir ou compor o cenário de áreas não edificadas. Pelas normas construtivas, a área verde do imóvel é chamada de área permeável. Nesse contexto, Cláudio Ferreira explica que o paisagismo vem valorizar o espaço não edificado disponível, usando-o de forma inteligente e adequada. Esse bom uso envolve a composição e integração de jardins, piscina e entorno, passeios, lugar de descanso, piscina biológica, entre outros. Cláudio Ferreira revela que sua atuação e inserção na área do paisagismo ocorreu de
FOTO – VALTER ARANTES
O
com paisagismo
A TRIBUNA
Paisagista Cláudio Ferreira: “A função do paisagismo é valorizar o espaço disponível, usá-lo de forma adequada” forma gradativa, sendo um autodidata no assunto. Vale lembrar que até hoje a profissão de paisagista não é regulamentada no Brasil, apesar de ter tido um dos melhores profissionais da área no Mundo: Roberto Burle Marx. Nesse aprimoramento pessoal, ele fez faculdade de Biologia na UFMT, especialização em plantas/paisagismo, plantas ornamentais e irrigação, além de vários cursos. Todo esse conhecimento, segundo o paisagista, foi adquirido ao longo de 20 anos. Cláudio lembra que tudo começou em 1997, quando tinha 17 anos de idade e se deparou com a dificuldade de inserção no mercado de trabalho. Conta que iniciou como jardineiro e, aos poucos, foi descobrindo a profissão. “Fui vendo que os jardins da cidade eram repetitivos, não havia profissionais que projetassem o jardim”, recorda. Além dos esforços pessoais em busca de formar mercado, a consolidação na área veio junto com o boom imobiliário de Rondonópolis, o surgimento de condomínios fechados e casas de melhor padrão, os resultados dos tra-
balhos executados, a divulgação boca a boca, entre outros. Hoje Cláudio Ferreira se desponta com serviços prestados em Rondonópolis, Cuiabá, Sinop, Sorriso, Feliz Natal, Tangará da Serra, Chapada dos Guimarães, no Paraguai, na Alemanha, entre outros. Inclusive, é responsável pela concepção de todo o projeto paisagístico do Malai Manso Resort, no lago do Manso. E o paisagismo não pára por aqui, considerando que Rondonópolis ainda tem um potencial enorme, um mercado imobiliário em desenvolvimento. “As pessoas vão ganhando maturidade e os empreendedores vão aprendendo que o paisagismo valoriza o empreendimento deles. E a tendência é buscar mais o paisagismo”, destaca o profissional. “Somos uma cidade que tem um nível de insolação e luminosidade muito forte, uma cidade em crescimento e buscando uma identidade. Nós podemos ser a cidade do conforto térmico e ambiental, que cuida das suas praças e que cuida das suas árvores plantadas nas calçadas”, acrescenta o paisagista.
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CONCRETEC
Diferentes opções em prémoldados para a construção
Para
quem vai construir ou reformar, a Concretec oferece atualmente uma grande gama de produtos pré-moldados em concreto que vão garantir mais durabilidade, beleza, economia, funcionalidade e ganho de tempo na execução de projetos em diferentes espaços. Uma das opções da Concretec, bastante em alta na arquitetura contemporânea, são os elementos vazados em pré-moldado, possibilitando maior ventilação e luminosidade interior, ao mesmo tempo que conferem privacidade e evitam ventos fortes. Os elementos vazados, também chamado de Cobogós, completam ou substituem paredes e muros na construção. Um grande atrativo do produto é dividir ambientes de maneira suave e criativa. O Cobogó tem baixo custo de manutenção, é de fácil instalação e extremamente durável, além de ser um grande aliado na economia de energia, uma vez que filtra o sol e garante ventilação permanente. Outro material em alta na área construtiva, também oferecido pela Concretec, é a tábua de concreto, que se trata de um piso de concreto que imita a madeira. Uma interessante aplicação do material é em passeios. O concregrama ou pisograma em concreto é mais um interessante material a ser usado na construção, especialmente na pavimentação de áreas externas, como quintais, jardins, estacionamentos, corredores e calçadas. O assentamento do concregrama é feito no solo, como se estivesse sido inserido no meio da grama. Sua característica básica são os orifícios que permitem o plantio e crescimento da grama, para protegê-la do esmagamento por pedestres, animais ou veículos, além de proporcionar uma melhora do paisagismo ou criar um espaço verde em áreas urbanas. Outra dica da Concretec é o pavimento intertravado, ou paver, sendo uma peça pré-moldada de concreto destinada à pavi-
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FOTOS: DIVULGAÇÃO
Elemento vazado pré-moldado
mentação intertravada, que é amplamente utilizada nos países de primeiro mundo, principalmente em praças, passeios, ruas, estacionamentos, pátios industriais, entre outros. A Concretec também produz uma infinidade de artigos pré-moldados, como mesa de ping-pong, bancos de concreto, revestimento de parede, pergolado, pisos, muros, além de tubos de concreto, aduelas, galerias pluviais, meio-fio, boca de lobo e grelhas, que atendem diferentes segmentos da construção. Para o campo, há opções de cochos, bebedouros e mourão. Os interessados em saber mais desses produtos podem procurar a Concretec, que fica sediada junto à BR-364, bairro Vila Rica, saída para Cuiabá. Telefones: (66) 9 99743900 e 3423-2770.
Concregrama ou pisograma
Piso paver
Tábua de concreto
Pergolado em concreto
CARTÓRIO DO 4º OFÍCIO:
Projeto das novas instalações do Cartório do 4º Ofício
Uma história de bons serviços
prestados a Rondonópolis
Era o ano de 1967 quando Aureo Candido Costa assumiu a função de escrevente do Cartório do 3º Ofício de Rondonópolis. Pouco tempo depois, foi lançado o edital do concurso para Tabelião dos Cartórios de 3º e 4º Ofícios da cidade de Rondonópolis. Era a grande oportunidade de crescimento do profissional: tornar-se tabelião do Cartório em que estava. Por ser extremamente dedicado e estudioso, recebeu o apoio pessoal do então Juiz na Comarca, o Desembargador Mauro José Pereira, que, além de emprestar-lhe livros de difícil acesso na época, ainda lhe esclarecia dúvidas relacionadas ao Código Civil e Penal, Processual Civil e Penal. Somado a esse importante apoio, Aureo também contava com o companheirismo de Cláudio Xavier de Lima. Como resposta a tamanha dedicação, Aureo conquistou o 1º lugar no concurso prestado, dando-lhe a oportunidade de escolher pelo Cartório que desejava assumir. No momento da decisão, pesou a consideração pelo grande amigo Cláudio, pois, se ele optasse pelo 3º Ofício, tiraria a oportunidade do mesmo ser nomeado. Optando pelo 4º Ofício, ambos assumiriam as vagas: Aureo no 4º Ofício e Cláudio no 3º Oficio. Nessa ocasião, o Fórum contava com a Juíza Desembargadora Shelma Lombardi de Kato à frente de todos os processos. Na época, Rondonópolis não contava com um espaço exclusivo para o funcionamento do Fórum, sendo que este funcionou por mais de três anos nas mesmas instalações do Cartório do 4º Oficio, que possuía instalações simples, mas que acomodavam uma Vara Cível, uma Criminal, o Cartório Distribuidor, a Defensoria Pública, a Promotoria Pública e três oficiais de justiça. Inúmeras vezes foram realizadas simultaneamente duas audiências, cível e criminal, com réu preso acompanhado de policiais. O escrevente da época era Valdemir Paes Landin, que atendia os dois juízes simultaneamente. O 4º Oficio sempre contou com a administração
Equipe do Cartório do 4º Ofício junto ao Tabelião Aureo Candido Costa e sua esposa Terezinha muito presente de Aureo, o que fez com que sua paixão cartorária e seu comprometimento com as necessidades dos clientes fosse também algo compartilhado por sua equipe. Desde 1976 ele conta com a parceria de Izabel Fugimoto Figueiredo em sua equipe, hoje como Escrevente Juramentada e que contribui com a administração de 15 colaboradoras. Essa parceria de mais de 40 anos passou por momentos de muitas dificuldades, mas hoje todo sacrifício é lembrado com muito carinho. Nomeado como Tabelião em junho de 1970 e somando aos três anos da função assumida no Cartório do 3º Ofício, Aureo está prestes a completar meio século de profissão. São anos recheados de elogio pela dignidade, honestidade e qualidade dos serviços prestados, resultando em 50 anos de parceria e contribuição à Justiça de nossa Comarca. Por três décadas consecutivas foi nomeado interventor do Cartório da Paz de São José do Planalto e, recen-
temente, interventor do Cartório do 2º Ofício de Pedra Preta. Como Escrivão Eleitoral participou de várias juntas apuradoras de votos, destacando os plebiscitos da criação dos municípios de Pedra Preta e São José do Povo. O próximo passo a ser dado nessa história, capitaneada por Aureo, é a inauguração das novas instalações do Cartório do 4º Ofício, localizada também na Avenida Amazonas, prevista para o segundo semestre deste ano. “São muitos anos como Tabelião, profissão abnegada, abraçada por pessoas que são verdadeiros conselheiros, confidentes, colaboradores e orientadores da sociedade. Conquistas que contam com a ajuda, colaboração e desempenho funcional de cada um de meus colaboradores”, destaca Aureo Candido. O cartório conta com um site para garantir a agilidade dos serviços h t t p : / / w w w. 4 t a b e l i o n ato . c o m . b r Agosto de 2017 . MERCADO IMOBILIÁRIO . 97
Informe Publicitรกrio
É DE LEI ALMT
CIDADÃO
Informe Publicitรกrio
Informe Publicitรกrio
Essas empresas constroem, acima de tudo, uma cidade melhor para se viver.
ÂŽ
A mente esquece! O papel JAMAIS! Mantenha-se LEMBRADO!
Obrigado por acreditarem no nosso maior projeto: tornar Rondonópolis mais forte!
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