Síntese da atividade 1: Análise de frequência de leitura Caros participantes, O gráfico sobre leitura de professores e gestores de São Roque e de Lençóis Paulista revela que os mais lidos são os livros ligados a trabalho, depois as revistas, os jornais e, por último, os livros de literatura. Esses dados são preciosos, porque nos dão pistas importantes a respeito de práticas de leitura declaradas pela maioria dos participantes (de 62, 40 afirmaram ler sempre os livros ligados ao trabalho). No outro extremo, temos pouco mais de 20 participantes que afirmam ler sempre literatura. Retomando a leitura das reflexões postadas nesse fórum, observamos que para muitos dos colegas esses dados funcionaram como uma provocação para repensar suas práticas de leitura; outros ressaltaram que apesar de mostrar um quadro que precisa ser melhorado, o gráfico revela que professores e gestores são leitores. Considerando essas duas perspectivas podemos nos colocar como desafio compreender melhor esse retrato. Algumas questões sobre as quais podemos continuar a dialogar: que livros são esses os "ligados ao trabalho"? Qual o lugar e o papel que a literatura ocupa na vida de cada um de nós? O que dizer sobre as práticas de leitura a que recorremos para que estejamos sempre informados sobre o que acontece no lugar onde vivemos e no mundo? Nesse sentido, o que podemos dizer a respeito da leitura de jornais e revistas? Essas são algumas interrogações que podem nos ajudar a refletir e repensar nossas práticas pessoais e nossas intervenções como mediadores entre nossos alunos e a leitura, conforme muitos já haviam dito até o dia 06 de julho e como reafirmam em seus comentários Elisângela, Fátima, Raquel, Cristiane, Adilson, Andréia, Fábio, Gabriela e Mônica. As práticas de leitura são objetos de reflexão que, certamente, retomaremos muitas vezes no ECAD e em nossos encontros presenciais. Um abraço e até breve.
Neide e Regina
Síntese da Atividade 2: Práticas de leitura - Antonio Candido e o direito à literatura
Caros participantes, Os depoimentos de vocês reiteram, de diversas formas e por vários motivos, a importância e a relevância da leitura literária no processo de formação de todos nós. Neles, muitos de vocês tiveram a oportunidade de refletir sobre suas práticas de leitura, repensar a respeito delas e (quem sabe? tomara!) "roubar" alguns momentos em seu cotidiano para mergulhar em um romance, um conto, um livro de poemas... Dentre os diversos comentários a respeito do fragmento que apresentamos, gostaria de destacar a ideia, enfatizada pelo Fabio Lucas da Cruz, da “literatura como equipamento intelectual e afetivo” e, de acordo com ele, “´equipamento´ fundamental”. Essencial também é que tenhamos como um de nossos objetivos, ao atuarmos como mediadores de leitura, promover a autonomia de nossos alunos também como leitores, aspecto abordado no comentário da Andréia Albuquerque. Que eles tenham acesso e experimentem diversas possibilidades de aproximação com os diferentes textos; identifiquem o que mais gostam de ler, mas também desenvolvam estratégias para ler o que não gostam (ainda, quem sabe?), quando isso se fizer necessário. Outro aspecto mencionado diversas vezes nessa atividade é a distância entre os alunos e o texto literário. Certamente esse é um desafio para todos nós. O que e como fazer para que nossas crianças e, especialmente nossos adolescentes, "roubem" espaços em seus cotidianos para ler? Como todos nós sabemos não há receitas, mas vivemos, felizmente, um momento em que muitos jovens, muitos adolescentes têm descoberto a literatura também como prazer.
Boas leituras! Boas práticas!
Neide e Regina
Síntese da Atividade 3 – Práticas de leitura: materiais de leitura disponíveis nos diferentes espaços das escolas Caros, De acordo com os comentários de vocês, há escolas que contam com espaços especialmente destinados à leitura, com bons acervos e possibilidades de atendimento aos alunos e professores. Mas há, também, escolas que ainda não contam com espaços e/ou acervos adequados para atender a comunidade escolar. Sabemos que esses são mais alguns dos desafios a serem enfrentados em um cotidiano atravessado por tantas questões e solicitações. De qualquer forma, queremos destacar que nesse espaço do ECAD muitos depoimentos deram dicas e pistas importantes para amenizar essas lacunas ou mesmo para aperfeiçoar espaços e acervos já existentes. Esperamos que essa troca de sugestões contribua para tornar os espaços de leitura das escolas de São Roque e Lençóis Paulista ainda mais adequados. Desejamos também que a reflexão a respeito dessas questões permaneça nas pautas de todas escolas e recebam atenção especial, pois como foi possível perceber nas respostas de vocês a esta Atividade, os espaços de leitura e os acervos a que alunos, professores e demais integrantes da comunidade têm acesso são aspectos fundamentais para o processo de promoção da leitura e formação de leitores. Boas leituras! Neide e Regina
Síntese da atividade 4: Práticas de leitura: O jornal na sala de aula Os comentários dos participantes a essa questão revelam que todos acreditam que o jornal é um material importante para ser trabalhado pelo professor na sala de aula, pois ele promove o acesso à informação e atua no processo de formação de opiniões. Alguns aspectos mencionados merecem nossa atenção especial. Destacamos os que poderão ser objeto de reflexão e de ação de professores, gestores e mesmo dos alunos de cada escola de São Roque e de Lençóis Paulista: a) a necessidade de que o trabalho a ser realizado com o jornal seja planejado. Vale lembrar que quanto maior for a familiaridade do professor com os jornais, maiores serão suas possibilidades de apresentar esse portador para os seus alunos e de incentivá-los para que conheçam suas diversas possibilidades e facetas. Os cadernos de esporte, por exemplo, podem ser um bom ponto de partida para começar uma investigação a respeito do jornal. Da mesma forma, os cadernos dedicados à cultura. Ou, no caso dos jornais maiores, os cadernos especialmente organizados para crianças e jovens. Aqueles dedicados às tecnologias ou dicas de saúde, dentre outros. b) essa última indicação nos remete a um comentário feito por diversos participantes: o acesso a poucos periódicos, os que circulam na cidade. Vale lembrar que atualmente uma boa alternativa para apresentar os grandes jornais para os alunos é acessar a versão online desses periódicos. Há também a possibilidade de ver como funcionam as assinaturas para escolas públicas ou Secretarias. Além disso, há também os telejornais, o da TV Cultura, por exemplo, é muito bom. E pode ser uma fonte de referência para os alunos confrontarem informações publicadas pelos jornais locais com versões dos mesmos fatos apresentados por um telejornal. c) outro ponto importante é pensar como essa leitura será integrada, de forma efetiva, às ações desenvolvidas na escola: será organizado um mural? Haverá momentos destinados aos comentários das matérias lidas? Esperamos que os depoimentos e sugestões publicados no ECAD tenham sido apenas o início de uma discussão sobre a relevância do trabalho com o jornal e também um ponto de partida para um olhar mais atento que pode qualificar ainda mais as práticas de leitura já realizadas em sua escola. Neide e Regina
Síntese da Atividade 5 – Leitura colaborativa de jornais e revistas Caros participantes Essa foi uma atividade em que a troca de informações e de experiências em nosso ambiente confirmou a riqueza de possibilidades que a estratégia de leitura colaborativa pode oferecer. Nela sugerimos que vocês pensassem em leituras colaborativas de textos jornalísticos. Pois bem, alguns se referiram a projetos de jornais falados, explorando notícias e reportagens; outros pensaram em programas de rádios gravados em CDs. Houve ainda quem propusesse filmagens das leituras, como as atividades que a Analice e a Raquel relataram. Muitos também mencionaram atividades de leitura de crônicas e de textos literários. E como foi gratificante poder assistir ao vídeo em que um clássico como Dom Quixote é levado para o mundo inteiro pela internet pela voz de diferentes leitores de diferentes lugares. Percebemos que todos se animaram, gestores e professores (e os alunos mais ainda, com certeza) podendo colocar a tecnologia a serviço da educação: falou-se de microfones, gravadores, celulares, filmadoras, CDs e DVDs integrando as atividades. A Rosemeire sugeriu um software, Oficina do Escritor, para trabalhos com programas de rádio, mencionando também uma gravação no Youtube... Enfim, vimos como a tecnologia, que há muito integra o cotidiano dos adolescentes, revela-se grande aliada quando se trata de planejar alguns tipos de atividades. A tecnologia proporciona, além do prazer em realizar e divulgar trabalhos significativos como os citados por vocês, a oportunidade de um trabalho focado nas vozes e imagens reproduzidas pelos equipamentos de áudio e de vídeo, como objetivo de o aluno avaliar e aperfeiçoar os recursos sonoros (ritmo, entoação, silêncios, pausas) e corporais (gestos, expressão facial ) que entram em jogo na construção de sentido dos textos oferecidos à leitura. Abraços e até breve. Neide e Regina
Síntese da atividade 6: Atividades com notícias em diversas áreas. Na atividade 6, duplas formadas pelo professor de Língua Portuguesa e o Coordenador Pedagógico das escolas deveriam elaborar uma atividade a partir de uma notícia escolhida por ambos e que pudesse ser trabalhada por professores de outras disciplinas, além de Língua Portuguesa. Para a elaboração da tarefa, os professores deveriam recordar as capacidades leitoras, assunto postado para leitura num link que fazia parte da apresentação da atividade. Fazer com que as duplas explicitassem as capacidades leitoras envolvidas era um dos nossos principais objetivos ao formular essa proposta de atividade.Os participantes recentes não tiveram ocasião de responder em dupla. Os demais responderam. Foi ótimo verificar que as atividades foram elaboradas a partir de boas escolhas textuais: os temas das notícias são interessantes para a faixa etária das turmas e também adequados aos conteúdos das disciplinas. A Elisângela, por exemplo, trouxe uma notícia sobre desenhos animados “Disney- Marvel: a fusão da magia”, que, depois de trabalhada nas aulas de Arte, culmina na produção de ilustrações. Ainda em Arte, a Amanda, pensou em trabalhar o Renascimento a partir de uma reportagem sobre a criação de uma Barbie com o sorriso da Monalisa, refletindo ainda sobre a indústria cultural na atualidade. Propostas interdisciplinares não faltaram: charge e reportagem sobre futebol que poderiam ser objeto das aulas de Geografia, História, Matemática e Português, uma ideia trazida pela Mônica Sayão; notícia sobre os adolescentes e o consumo de nutrientes, ideal para um bonito trabalho em Ciências e Educação Física, proposta pela Fátima Pereira; notícias diversas para o estudo das características do gênero notícia, proposta pela Rosemeire Kaam, ela que, oportunamente, dá dicas de periódicos online jornais para os colegas. Essas são só algumas entre outras ótimas ideias que pudemos compartilhar nessa atividade do ECAD e que comprovam como é possível trabalhar a leitura de gêneros diversos em todas as áreas.Gostaríamos, entretanto, de deixar para todos uma pequena provocação: para além dos objetivos que, conforme vocês apontam na descrição da atividade, determinaram a escolha das notícias – no caso, conteúdos das disciplinas, temas adequados, entre outros - que capacidades leitoras tais textos permitem que cada professor trabalhasse naquela atividade de leitura? Percebemos que a maioria dos relatos não alia as atividades às capacidades leitoras que precisam ser trabalhadas com os alunos. Elas não apareceram no planejamento da atividade, pelo menos de modo explícito, a não ser a mobilização dos conhecimentos prévios sobre o tema, que foi mencionada em vários casos. O desafio: refletir sobre que capacidades, entre tantas, cada texto permite explorar, principalmente as de compreensão. Entre elas, quais as mais prementes para tal ou tal turma, para tal ou tal aluno? Mas ficamos felizes ao encontrar também algumas pistas das capacidades em algumas das atividades: a Rita de Cássia, por exemplo, notou que se pode trabalhar o reconhecimento de opiniões nos depoimentos que fazem parte da notícia que ela escolheu para as disciplinas de História, Geografia e Português; o Fábio Lucas da Cruz, sugere momentos em que os alunos elaboram sínteses a partir de trechos da notícia escolhida, que é mais uma capacidade leitora e escritora, implícita na atividade que ele elaborou. No próximo módulo voltaremos a esse assunto, que não é mesmo muito simples e exige sempre nossa atenção. Neide e Regina
Síntese Atividade 7: Notícias da escola Convocados para publicar uma notícia a respeito de uma ação de leitura realizada na escola, professores e gestores fizeram relatos a respeito de experiências muito importantes e significativas para suas unidades escolares. Nem sempre o texto publicado foi exatamente uma notícia. Mesmo nesses casos, foi possível perceber a preocupação das equipes de cada escola com a qualificação do trabalho que já vem sendo realizado pelos professores, por vezes ainda de forma individualizada e cada vez mais articulando as diferentes áreas. Além disso, os textos publicados como resposta a essa Atividade permitem traçar um panorama de algumas das questões que estão nas pautas das escolas de São Roque e de Lençóis Paulista. Considerando as publicações feitas a partir do dia 13 de julho, que ainda não haviam sido comentadas, os professores/gestores Letízia, Adilson, Rosemeire, Fábio, Rita, Amanda, Elisângela e Mônica colocaram na pauta do ECAD ações realizadas na área de História, em nosso encontro do Grupo Escola, reflexões sobre o meio ambiente, formação de professores realizada por professores de em Lençóis Paulista, ações realizadas pelos alunos da EMEF Barão de Piratininga. É interessante observar que as notícias publicadas, por vezes dão excelentes sugestões para que os leitores do ECAD possam experimentar ou tomar as atividades noticiadas como fonte de inspiração. Neide e Regina
Síntese da atividade 8: Relato de prática de ensino de leitura Caros participantes, Na proposta de elaboração de um relato de prática, sugerimos a reflexão sobre três questões fundamentais, cujas respostas facilitam a organização e o planejamento da escrita: O que determina que uma prática seja escolhida para ser relatada? O que é importante constar desse relato? Como deve ser organizada a escrita para que ele se torne um instrumento de reflexão coletiva? Nos relatos apresentados, de uma maneira geral, ficaram bem claros os objetivos que nortearam as práticas de leitura em relação aos alunos; contudo, explicitar os motivos pelos quais tais práticas foram escolhidas para serem relatadas a seus pares é também necessário, já que os relatos se justificam, enquanto tais, como instrumentos para uma reflexão coletiva. Por exemplo: relatar para colocar em discussão os resultados; para apresentar uma hipótese sobre determinada estratégia utilizada, entre outras possibilidades. Alguns deles foram elaborados de forma mais geral, com a descrição da atividade ou da sequência de atividades realizadas; outros mencionam, além desses aspectos, os objetivos e justificativas, conteúdos e gêneros textuais, estratégias de leitura, capacidades leitoras, observações sobre aprendizagem e formas de avaliação. Acreditamos que todos os participantes tenham tido, com a elaboração dessa atividade, mais uma oportunidade de refletir sobre suas ações e enriquecer seu repertório com as várias atividades aqui apresentadas. Um abraço e até os próximos relatos! Neide e Regina
Síntese da atividade 9: Registro de experiência no ECAD Caros participantes Como fechamento das atividades do nosso primeiro módulo, vocês foram convidados a fazer um relato de participação no ECAD, a partir de um pequeno roteiro que poderia orientar a reflexão. Agradecemos muito aos que, com seus registros postados no blog, trouxeram à equipe, gestores e mediadores, importantes contribuições para que possamos refletir sobre o percurso proposto no primeiro módulo. Em primeiro lugar, os registros nos mostram que os participantes reconheceram as relações entre as atividades do EACD e as discussões realizadas nos encontros presenciais do EPV! A leitura em todas as áreas, um dos eixos do projeto e foco desse primeiro semestre nos encontros presenciais, é tido como o aspecto que mais impacto vem trazendo no dia a dia das escolas, mobilizando professores e gestores e ”trazendo um novo olhar para a questão da leitura: ensinar a ler é uma tarefa de todo professor”, como relata a professora Fátima. Foram lembradas também as atividades com os gêneros jornalísticos que têm sido objeto de algumas oficinas presenciais da área de Língua Portuguesa no EPV!. Outro ponto destacado pelos participantes e a retomada, nos HTPCs, das discussões ocorridas nas formações presenciais e nas atividades propostas no ECAD. A busca de estratégias que desenvolvam as capacidades leitoras dos alunos repercute nas salas de aula e nos momentos em que professores e gestores compartilham experiências. Alguns participantes sugeriram de temas a serem retomados no próximo módulo, por exemplo, a identificação e a nomenclatura com que são designados os tipos e os gêneros do discurso, citadas por alguns dos participantes como desafios para a maioria das áreas. Dificuldade de acesso à internet, ou falta de segurança no ambiente virtual foram problemas citados por alguns participantes que não puderam se dedicar às atividades de forma sistemática ou que começaram sua participação tardiamente. A falta de tempo diante das exigências da profissão foi outro motivo que teria impossibilitado alguns de participarem de modo mais efetivo e proveitoso. Neide e Regina