Restauro e Reconversão do Patrimônio Histórico – Palacete Jorge Lobato
Thaisa Bignardi Borges
Restauro e Reconversão do Patrimônio Histórico Palacete Jorge Lobato Thaisa Bignardi Borges
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Centro Universitário Estácio Uniseb Trabalho Final de Graduação Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo
Restauro ee Reconversão Reconversão de de Patrimônio Patrimônio Histórico Histórico –– Palacete Palacete Jorge Jorge Lobato Lobato Restauro
Autor: Thaisa Bignardi Borges Orientadora: Catherine D’ Andrea
Ribeirão Preto, 2016 3
Centro Universitário Estácio Uniseb Trabalho Final de Graduação Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo Trabalho Final de Graduação
Restauro e Reconversão de Patrimônio Histórico – Palacete Jorge Lobato Restauro e Reconversão de Patrimônio Histórico – Palacete Jorge Lobato
Caderno de desenvolvimento do Trabalho Final de Graduação apresentado ao Centro Universitário Estácio UNISEB como parte dos requisitos para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo
Ribeirão Preto, 2016 4
“Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível.” Charles Chaplin
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Agradecimentos Neste longo processo de trabalho, tenho muito a agradecer, pela experiência vivida e também as pessoas que me ajudaram a realizar este sonho Agradeço primeiramente a deus por ter me ajudado a chegar até aqui. Agradeço também aos meus pais que tornaram possível realizar este grande sonho e tantos outros, por dedicarem suas vidas a dar o melhor a seus filhos sem medir esforços, por todo apoio e por sempre estarem ao meu lado em todos os momentos, em cada sorriso e em cada lágrima derramada. Sem vocês nada disso seria possível então esta conquista também é de vocês. Ao meu irmão por toda a amizade, por toda a paciência e por estar sempre ao meu lado, meu eterno companheiro. Ao Henrique, por todo o apoio, o carinho e a compreensão. Obrigado por ter estado ao meu lado em todos os momentos e me dar forças para continuar. E por fim, mas não menos importante agradeço à todos os professores da Estácio Uniseb por todo o ensinamento, em especial a minha orientadora Catherine D’ Andrea, pela amizade, por acreditar no meu trabalho, me orientar, me incentivar e não me deixar desistir. Obrigado por dedicar seu tempo e compartilhar seus conhecimentos, eles contribuíram muito para esta conquista.
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“A gente tem que sonhar, senão as coisas não acontecem.” Oscar Niemeyer
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Sumário 1.0 Introdução.............................................................................................................................................................................10 2.0 Áreas Centrais.......................................................................................................................................................................12
3.0 Patrimônio Histórico.............................................................................................................................................................14 3.1 Patrimônio Histórico em Ribeirão Preto – Órgãos Responsáveis.........................................................................................17 4.0 Conceitos de Intervenção......................................................................................................................................................19 4.1 Restauração...........................................................................................................................................................................20 4.2 Conservação / Consolidação.................................................................................................................................................20 4.3 Reconstituição.......................................................................................................................................................................20 4.4 Adaptação de Novos Usos ....................................................................................................................................................20 4.5 Reconstrução.........................................................................................................................................................................20 4.6 Reconversão .........................................................................................................................................................................20 5.0 Cowork...................................................................................................................................................................................21 6.0 Área de Intervenção........................................................................................... ...................................................................24 6.1 História do Edifício.................................................................................................................................................................26 6.2 Leitura do Entorno.................................................................................................................................................................27 6.3 Leitura do Edifício..................................................................................................................................................................30 7.0 Leitura Projetual....................................................................................................................................................................46 7.1 Palácio das Majalas.............................................................................................................................................................. 47 7.2 Hub de Inovação Internacional ...........................................................................................................................................53 7.3 Reabilitação das Docas Malraux .......................................................................................................................................... 57 8.0 Diretriz Projetual...................................................................................................................................................................63 9.0 Evolução de Projeto..............................................................................................................................................................69 10.0 O Projeto Final.....................................................................................................................................................................73
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1.Introdução
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Este TFG – trabalho final de graduação consiste basicamente no restauro e reconversão de patrimônios históricos na cidade de Ribeirão Preto. Para este projeto o principal edifício escolhido foi o Palacete Jorge Lobato, originalmente um edifício residencial, do século XX, localizado no quadrilátero central da cidade de Ribeirão Preto. Além do restauro do edifício já existente, o projeto conta também com a desapropriação de lotes para a inclusão de novos complexos, tendo como resultado final uma reconversão do edifício em um espaço de trabalho coletivo. Para o desenvolvimento deste projeto, foi necessário fazer levantamentos de todo o entorno, tais como uso e ocupação do solo, topografia, mobilidade urbana, levantamento dos edifícios do entorno para possível desapropriação e o estudo dos espaços de coworkers na cidade para se verificar os impactos ambientais e sociais que este novo projeto traria para região e para a cidade em geral. Este trabalho tem como principal objetivo a valorização e reconversão de Patrimônios Históricos, neste caso o Palacete Jorge Lobato. O propósito deste projeto é utilizar este edifício histórico da cidade, que se apresenta em estado avançado de degradação, para se tornar um ambiente para uso da população fazendo com que haja uma manutenção diária, conservando assim um bem de interesse histórico patrimonial da cidade de Ribeirão Preto. Segundo dados da folha para o site “defender” na cidade de Ribeirão Preto atualmente estima-se que existe mais 40 imóveis tombados, alguns provisórios e outros definitivos. A grande maioria dos edifícios foram tombados a pedidos da população que não tinham uma ligação direta com o local. Na cidade de Ribeirão Preto a grande maioria destes patrimônios históricos, estão em estado avançado de degradação. No caso do edifício escolhido, Palacete Jorge Lobato, se apresentava totalmente abandonado, e acabou se tornando
um local para moradores de rua e usuários de droga utilizarem, afetando até mesmo a segurança da população que circula nos arredores. Sendo assim o termo restauro de patrimônio histórico, visa a valorização, a preservação, a manutenção e a requalificação da área em que tal se encontra.
O tema abordado para este trabalho tem como objetivo reabilitar este local para que se possa conservar a história e a manutenção tanto da memória como da estrutura física deste edifício e do seu entorno. Para isso serão utilizadas as estruturas edificadas existentes que sofrerão restauro e reconversão para novos usos, e ampliação em novos lotes desapropriados para integrar no conjunto, se tornando assim um espaço cowork. A importância da preservação e valorização de bens históricos e das memórias para as gerações posteriores justificam este trabalho, dentre vários fatores que expressam a história de uma cidade estão os edifícios antigos, que carregam consigo além da história de uma determinada cidade, a evolução de uma determinada região, de suas edificações e as mudanças dos estilos arquitetônicos. Por isso a proposta de intervenção, recuperação e reconversão deste edifício de interesse histórico patrimonial.
Fonte: Autor
A escolha do novo uso deste local ser um cowork, é justificada pela carência de um espaço de negócio aberto destinado ao público na região central da cidade. Ribeirão Preto é um importante polo gerador de serviço para as cidades vizinhas, oferecendo assim suporte as estas cidades, não somente no que diz respeito a economia, mas também a transporte, prestação de serviço, trabalho e lazer. A cidade é muito procurada para suprir as necessidades das cidades menores ao redor. É bastante comum observamos a grande quantidade de pessoas que se deslocam para Ribeirão Preto diariamente para trabalhar, estudar ou em busca de lazer.
Fonte: Autor
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2.Ă reas Centrais
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Os centros das cidades têm sido identificados como o lugar mais dinâmico da vida urbana, animado pelo fluxo de pessoas, veículos e mercadorias decorrentes da marcante presença das atividades terciárias, transformando- se no referencial simbólico das cidades. Também historicamente eleitos para a localização de diversas instituições públicas e religiosas, os centros têm a sua centralidade fortalecida pela somatória de todas essas atividades, e o seu significado, por vezes, extrapola os limites da própria cidade. (Vargas,2006) Com o crescimento acelerado espontâneo ou planejado das cidades, os centros urbanos começam a se tornar sobrecarregados, fazendo com que a população procure áreas periféricas, criando assim os sub centros, criando então uma concorrência com os centros principais. Este tipo de processo foi responsável pela degradação e deterioração dos centros históricos. Segundo Vargas (2006), estes centro na Europa e na América do Norte passaram a ser uma grande preocupação, desde a década de 1950 Observa-se no decorrer da história, que os centros das cidades têm recebido diversas adjetivações: centro histórico, centro de negócios, centro tradicional, centro de mercado, centro principal ou simplesmente, centro. (Vargar,2006) Intervir nos centros urbanos pressupõe avaliar sua herança histórica e patrimonial, seu caráter funcional e sua posição relativa na estrutura urbana, mas, principalmente, precisar o porquê de se fazer necessária a intervenção. Esta ideia de intervenção sustenta-se na identificação de um claro processo de deterioração urbana(...). (Vargas, 2006)
Os conceitos de deterioração e degradação urbana estão frequentemente associados à perda de suas funções, ao dano ou às ruínas das estruturas físicas, ou ao rebaixamento do nível do valor das transações econômicas de um determinado lugar. Deteriorar é equivalente a estragar, piorar e inferiorizar. (Castilho, 2004) Já o conceito de centro histórico está associado à origem do núcleo urbano, consequentemente, à valorização do passado. (Carrion, 1998) Após os anos de 1950 o processo de deterioração e degradação se intensificam devido a expansão do espaço urbano. Junto disso acontece a migração das população como citado anteriormente para as periferias, ou seja, locais mais afastados dos centros criando os sub centros devido ao grande congestionamento em que estes se encontravam.
Recuperar o centro das metrópoles nos dias atuais significa, entre outros aspectos, melhorar a imagem da cidade que, ao perpetuar a sua história, cria um espírito de comunidade e pertencimento. Significa também promover a reutilização de seus edifícios e a consequente valorização do patrimônio construído; otimizar o uso da infra- estrutura estabelecida; dinamizar o comércio com o qual tem uma relação de origem; gerar novos empregos.(Vargas, 2006)
O objeto de estudo esta localizado no centro histórico de Ribeirão Preto, este local não é apenas uma simples região privilegiada, é também o coração das cidades, são a partir destes centros que estas se configuram. O centro histórico de uma cidade é o local onde pessoas e automóveis circulam diariamente, com maior intensidade, onde acontecem diversas atividades ao mesmo tempo, como por exemplo o mais diversos tipos de comércios, os teatros, as casas de shows, as praças, os restaurantes, os meios de transportes, e também os locais de trabalho e moradia. A partir destes centros podemos observar como se configurou uma cidade, nele estão localizados os edifícios mais antigos, sendo assim estes centros carregam uma história, por este motivo tamanha importância da preservação destes elementos.
Quando pensamos na importância da preservação dos bens de interesses culturais de uma determinada cidade, surgem os conflitos e contradições, que são decorrentes dos processos históricos, pois com o desenvolvimento da cidade foram se criando novos edifícios com altas tecnologias, que entraram em conflito com o antigos. A preservação não deve trazer consigo o congelamento da cidade e dos edifícios
As intervenções nos centros históricos além de todos os benefícios já citados, ainda traz consigo a valorização de toda a área em que este edifício restaurado esta inserido, atraindo assim novos investidores, moradores e usuários.
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3.Patrimônio Histórico
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Para entender a trajetória da proteção ao patrimônio cultural brasileiro faz-se necessário conhecer como o conceito de patrimônio surgiu e evoluiu no tempo desde o seu aparecimento no século XV, na Europa. (Ribeiro, 2005)
intervenções ocorridas ao longo do tempo. Para ele, o objeto era mais importante do que o tempo, por isso sentia “nostalgia pelo futuro e não pelo passado” (Choay, 1991: 132). (Ribeiro, 2005)
No século XV o monumento histórico começa a surgir com a designação de antiguidade, sob o saber dos antiquários, que posteriormente serão substituídos pelos historiadores da arte. A partir da revolução industrial o conceito de patrimônio histórico reveste- se de uma conotação universal e consagra- se como valor estético, surgindo as legislações de proteção do monumento histórico e consolidando a disciplina do restauro. (Ribeiro, 2005)
Em oposição a Viollet – Le- Duc, o inglês Ruskin considerava que o monumento histórico não devia ser restaurado para não perder sua autenticidade e que o mesmo deveria permanecer com as marcas do tempo, que faziam parte de sua essência. (Ribeiro, 2005)
A consagração de patrimônio histórico na Europa acontece nos anos 50 do século XIX, no período pós- guerra, quando a legislação francesa passa a ser referência para o mundo. Ao mesmo tempo surgem duas doutrinas: a intervencionista, defendida pelo arquiteto Eugène Viollet – Le- Duc (1814-1879), na França, e a antiintervencionista, defendida pelo escritor e preservacionista John Ruskin, na Inglaterra. A primeira se consolidou de maneira regulamentada, atendendo aos interesses políticos do estado, de modo centralizador e autoritário, e a segunda pregava o culto ao passado e a valoração ético- estética e a autenticidade (Fonseca, 1997: 62). Viollet – Le – Duc acreditava que os monumentos poderiam ser restaurados, procurando restabelecer sua forma original, eliminando os elementos resultantes de
Ele acreditava ainda que os monumentos pertenciam tanto aos que os construíram quanto às gerações que se seguirão. (Ribeiro, 2005) No início do século XX, o historiador austríaco Alois Riegl (1858-1905) procurou analisar a questão do patrimônio sob o ponto de vista das diferentes percepções dos indivíduos com relação aos monumentos. Para ele todo monumento tem um valor histórico e artístico, mas acima de tudo histórico, pois “o monumento artístico deve ser compreendido como um monumento da história da arte”. (Fonseca apud) (Ribeiro, 2005) A partir da Revolução Industrial, pode –se observar uma transformação na maneira como a cidade é vista, agora não mais como uma obra – de – arte, ou uma obra de museu e sim referenciada e comparada como um patrimônio Urbano. A partir deste termo utilizado primeiramente pelo italiano Gustavo Giovannoni, os patrimônios passam a poder sofrer
intervenções desde que sejam justificadas e necessárias, desde que não destruam o edifício. Apesar da evolução da noção do patrimônio e de como tratá- lo, até os anos 60 do século XX a política de proteção continua direcionada aos grandes edifícios religiosos e civis, sob a perspectiva da excepcionalidade. No caso do Brasil, este tratamento continua a ser adotado por mais tempo, com modificações a partir da década de 1980. (Ribeiro, 2005) A legislação francesa de proteção do patrimônio, influencio bastante alguns países dentre eles o Brasil. Quando adotaram a preservação dos patrimônios de interesse cultural, preocuparam apenas com os edifícios em si, sem se importar com o entorno, pois foi apenas no século XX que as preocupações com o meio ambiente começam a ser inseridas, sendo isso os bairros acabavam ficando muito antigos com edifícios preservados, só mais tarde, a partir da década de 1960 que começaram as preocupações com os tecidos urbanos em geral, foi quando deixaram de pensar no edifício como um bem desconexo do restante da cidade e pensaram no conjunto e no entorno, e qual era a ligação deste com a cidade toda, com isso podiam a partir de então preservar o tecido urbano como um todo. Além dos teóricos que abordam o tema de preservação e restauro de patrimônios históricos, temos as Cartas que auxiliaram os processos de intervenções.
Fonte: Google. Acesso em 15/08/2016
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As cartas internacionais que tratam do patrimônio são documentos que contêm recomendações acordadas em reuniões e congressos internacionais ocorridos em diferentes países ao longo do tempo, desde 1931. Nas conferências são discutidos temas relacionados com a proteção, desde a legislação de vários países, os conceitos e as teorias, as novas tecnologias e até as diretrizes de atuação, recomendando o pacto entre as nações para colaboração entre si. (Ribeiro, 2005) Verifica-se que as cartas internacionais ao longo do tempo, incorporam novas abordagens, como a questão do urbanismo do planejamento territorial, da inserção do patrimônio nos planos de desenvolvimento urbano. Observa-se também que os conceitos foram sendo ampliados, desde o de monumento até o de bens culturais contemporâneos e representações de
manifestações populares. A importância das cartas internacionais deve-se ao fato de que são produtos de intercambio de experiências e podem influenciar e respaldar novas práticas. No entanto, os avanços contidos nas recomendações das cartas não foram assumidos na prática institucional do patrimônio no brasil, embora tenham sido aplicados em projetos pontuais. (Ribeiro, 2005). A proteção de patrimônio histórico no Brasil está atrelada à expansão das ideias modernistas, relação expressa na Carta de Atenas, de 1933. O discurso apresentado recomendava que se preservasse somente monumentos isolados, objetos que representassem o passado, para que a cidade pudesse ser planejada com base em argumentos estéticos e higienistas. A carta de Atenas preconiza que a cidade deve atender às necessidades básicas do homem: morar,
trabalhar, circular e ter lazer. (Ribeiro, 2005) A carta de Veneza criada em Maio de 1964 no Congresso Internacional de Arquitetos em Monumentos Históricos, tinha como principal objetivo evitar os falsos históricos e buscar uma uniformização de procedimentos e técnicas de restauro. (Carlucci, 2015) A Carta de Veneza inclui a importância da destinação dos edifícios para que tenham uma função social e defende a proteção de obras “ obras modestas que com o tempo adquiriram uma significação cultural humana”. (Ribeiro, 2005) A carta de Veneza é o documento que mais se aproxima do que será feito neste trabalho final de graduação, pois ela evidencia a distinção entre o antigo e o novo
Fonte: Autor
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3.1 Patrimônio histórico em Ribeirão Preto – Órgãos Responsáveis Nos primeiros anos do século XX, com a ascensão econômica da cidade de Ribeirão Preto devido a agricultura cafeeira, a cidade ganha destaque no setor primário e secundário, fazendo com que a cidade se transforme em um cenário de muito nobre, fazendo com que se modifique sua a arquitetura. O embelezamento dos edifícios, os palacetes, e a arquitetura mais rebuscada, ganham destaque na cidade, deixando o aspecto rural para trás. O tombamento de bens históricos no Brasil começou em 30 de novembro de 1937, com o Decreto Lei n° 25, quando criou-se o SPHAN Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que nascia para proteger cidades antigas e monumentos que corriam risco, devido à especulação imobiliária e as reformas urbanas. Atualmente é denominado Iphan - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e possui mais de 20.000 edifícios, 83 conjuntos urbanos e sítios arqueológicos tombados, além de objetos, obras de arte, documentos, etc. Apesar do tempo, algumas construções em Ribeirão Preto resistiram ao desgaste dos anos e guardam uma parte da história da cidade. No início da década de 90, muitos profissionais ligados à arquitetura e à história tentaram consolidar uma política de preservação de patrimônio histórico, mas com ações isoladas, que não obtiveram resultados concretos. Essa vontade aumentou ainda mais, quando o poder público, em parceira com a iniciativa privada resolveu recuperar o Teatro Pedro II. A restauração do Teatro Pedro II despertou nos governantes e na população o sentimento de preservação histórica da cidade, sem impedimento do crescimento urbano. (Conheça Ribeirão – Livro) Em 1996, ano da reabertura do Teatro Pedro II, foi fundado o Conppac (Conselho de
preservação do Patrimônio Cultural) do munícipio, formado por algumas secretarias municipais. A função deste conselho é passar para as prefeituras e para a câmara municipal as indicações de prédios que devem ser tombados ou recomendar, projetos de conservação de edificações já tombadas. Até o surgimento do Conppac os tombamentos aconteciam por lei, decretos dos prefeitos ou por indicação do Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado). (Conheça Ribeirão – Livro) Hoje em dia existem diversos órgãos encarregados dos patrimônios históricos no Brasil dentre eles estão o Condephaat já citado anteriormente, que segundo o site oficial do governo do estado de São Paulo Secretária da Cultura o Condephaat tem a função de proteger, valorizar e divulgar o patrimônio cultural no estado de São Paulo. O Condephaat foi criado em 1968, e segundo esta mesma fonte já tombou mais de 500 bens. Este órgão é de instância Estadual. http://www.cultura.sp.gov.br/portal/site/SEC/me nuitem.3ece191cdbb97673b47b5f57e2308ca0/? vgnextoid=84fc343c80f37210VgnVCM1000002e0 3c80aRCRD&vgnextchannel=84fc343c80f37210V gnVCM1000002e03c80aRCRD. Acesso em 15/03/2016
CONPRESP – Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo Órgão de assessoramento vinculado à secretaria municipal da cultura. (1985-88). DPH – Departamento de Patrimônio Histórico Órgão técnico de apoio à secretaria. Originou-se no antigo Departamento de Cultura criado por Mário de Andrade em 1930. Em Ribeirão Preto o órgão responsável é o Conpaac: Conselho de Preservação do Patrimônio Artístico e Cultural de Ribeirão Preto. (Carlucci, 2015)
Temos também o Iphan (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) que é de instância Federal, vinculado ao ministério da cultura, mas é uma autarquia fundada em 1937, e responde pela preservação do Patrimônio Cultural brasileiro. Segundo dados do site Ipahn cabe a ele proteger e promover os bens culturais do país. http://portal.iphan.gov.br/. Acesso em 15/03/2016 E por fim temos aqueles de instância municipal como por exemplo Em São Paulo:
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Fonte: Autor
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4.Conceitos de Intervenção
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O conjunto edificado e os espaços públicos de valor histórico encontram-se dispersos na cidade e no campo, muitas vezes intercortados por elementos novos que registram, nas estruturas ambientais, o caráter de temporalidade, demonstrando que passado e presente interagem continuamente. Garantir a permanência das estruturas do passado sem, no entanto, impedir o surgimento de novas estruturas é o desafio, cada vez mais presente, dos arquitetos planejadores e preservadores. (Braga, 2005) Os edifícios patrimoniais, ou de valor histórico, necessitam sempre de intervenções para que possam se tornar ou continuar aptos a abrigar novos usos públicos, fazendo com que este passe por uma manutenção e consecutivamente uma preservação do antigo e do que foi restaurado e dos novos anexos caso tenham sido construídos. No entanto, segundo Braga (2005), embora para a grande parte das intervenções realizadas com intenção de preservar os bens de valor cultural se utilize o termo restauração, existem diversos termos distintos que classifiquem estes tipos de intervenção de preservação em patrimônios históricos.
4.1 - Restauração; Restauração é, naturalmente, o termo mais antigo e, por isso, o mais conhecido. Atualmente, caracteriza-se por representar a intervenção que devolve a unidade potencial da obra, que preenche as lacunas, que recompõe a imagem. (Braga, 2005)
4.2 - Conservação / Consolidação; Caracteriza-se pela intervenção na matéria de que se constituem os edifícios para garantir-
lhes integridade física - estrutural ou estética. Os materiais envelhecem e apresentam patologias que aumentam, em variedade e profundidade, devido aos níveis cada dia mais altos de poluição ambiental, além dos atos de vandalismo que vêm, cada vez mais, sendo praticados contra os monumentos. (Braga, 2005) A necessidade de atualizá-los, através da introdução de novas instalações prediais e de novos espaços necessários a abrigar o programa de uso adequadamente, acarreta, em muitos casos, a necessidade de acréscimos de área construída, seja pela introdução de entrepisos, quando os pés direitos preexistentes o permitem, seja pela criação dos chamados anexos – novas construções acopladas ou não ao edifício antigo. (Braga, 2005)
4.3 - Reconstituição O processo de reconstituição mais conhecido é a Anastilose. Caracteriza-se pela re-união de fragmentos dispersos O limite da reconstituição é a certeza, ou seja, pode – se reunir os fragmentos que se tem certeza de onde estavam antigamente, quando surgem as dúvidas sobre o exato local de onde vieram não pode mais ser feita reconstituição deste.
4.4 - Adaptação a novo uso Também conhecida como retrofit, reciclagem ou reabilitação de espaços preservados. Trata-se da intervenção que busca adaptar os espaços preexistentes para abrigar atividades diferentes para as quais eles foram projetados ou construídos. Esta é uma prática muito comum hoje em dia, uma vez que garante a permanência do edifício sem o risco da sua obsolescência, mantendo preservado, assim, o espaço da cidade. (Braga, 2005)
4.5 - Reconstrução É a recriação de um edifício desaparecido no local original. No entanto, esse é um critério bastante questionado atualmente, mas a opção por ele pode ser justificável face a vários fatores como, por exemplo, quando se tratar de edifício que desempenhou papel vital em uma composição monumental; ou quando se tratar de edifício relacionado a personagens ou eventos muito importantes para uma nação; ou qualquer outro motivo que o justifique. Porém, há que ressaltar a importância da existência de registros fidedignos que possibilitem tal reprodução. Existem casos em que a reprodução se deu a partir de suposições resultando em algo que não necessariamente era a reprodução do original. (Braga, 2005)
4.6 - Reconversão A reconversão trata-se de um processo de intervenção que envolve a alteração do programa do edifício existente, bem como mudanças na estrutura física a fim de adaptar o edifício ao novo uso. Inclui também a adição de novas estruturas e edifícios anexos que complemente o programa proposto, caso haja necessidade. (Carlucci, 2015) É uma adequação do edifício e prioriza a eficácia funcional, sendo que pode ser feita com uma alteração de uso, corrigindo um desempenho funcional do edifício. (Castriota, 2011).
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5.Cowork
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Resultado Graficamente do Censo 2016 Um espaço de Cowork pode ser definido basicamente como um novo modelo de trabalho coletivo que tem o objetivo de incentivar a troca de ideias, compartilhamento, networking e colaboração entre diferentes profissionais que podem ser de diferentes áreas. Além dos benefícios profissionais, existem os benefícios financeiros principalmente para autônomos que tem a intenção de começar um negócio sem capital para investir em um escritório próprio. O Coworking segundo a definição do site comunidade coworking Brasil, é uma forma de pensar o ambiente de trabalho. Este espaço é voltado para profissionais que procuram um espaço democrático em que possam desenvolver seus projetos sem o isolamento do home office ou as distrações de espaços públicos. Essa união de pessoas na área de negócios permite que mais e mais espaços de cowork se espalhem não só pelo Brasil como pelo mundo inteiro. Segundo matéria publicada pela revista Exame em 2011, o coworking surgiu nos Estados Unidos, em 2005, quando o engenheiro de software Brad Neuberg criou uma comunidade de trabalho com seus amigos. Segundo dados do site oficial da comunidade Coworking Brasil, estima- se que no Brasil já são mais de 200 espaços e 4000 no mundo todo já em funcionamento. Um número considerável, já que o primeiro escritório compartilhado surgiu por aqui em meados de 2009. Este tipo de espaço permite ainda que profissionais independentes que procuram um espaço democrático possam desenvolver seus projetos sem o isolamento do home office ou as distrações de espaços públicos. Em Ribeirão Preto hoje temos a Global Hub Coworking, ela é um exemplo deste tipo de espaço, ele está localizado na Avenida Presidente Kennedy, próximo ao Novo shopping. Este local foi
criado em Abril de 2012 para atender uma demanda que está cada vez mais crescente da cidade. Eles contam com uma infra estrutura completa, desde os espaços individuais ou em grupo para trabalho como cafés e um restaurante para alimentação. O controle das pessoas que frequentam este lugar fica por conta das mensalidades, diárias, ou até mesmo por hora de trabalho. São oferecidos planos mensais, diárias, ou quem preferir pode pagar por hora, estes valores variam de 10,00 a hora até 670,00 para quem deseja trabalhar um mês inteiro, desta forma podemos observar que trabalhar neste tipo de espaço tem um custo menor do que alugar sua própria sala. Segundo dados do censo de janeiro de 2016, representados graficamente nas imagens ao lado, são 378 espaços ativos no Brasil. Dos 378 coworks no Brasil, foi realizada uma pesquisa pelo Ekonomio em parceria com B4i e Dcoworking Brasil em 173 destes espaços e foi observado que são mais de 10.000 estações de trabalho, mais de 494 salas de reuniões, 840 salas privativas, que 53 destes 173 espaços estão abertos 24 horas disponíveis para trabalho, ou seja 30% do total.
https://coworkingbrasil.org/wpcontent/themes/cwBrasil/img/censo/coworking-brasilcenso-2016-ptbr.png. Acesso em: 04/06/2016
Fica evidente nas pesquisas do Censo que é feita em Janeiro de todos os anos o quanto estes espaços vem crescendo rapidamente no mundo todo, e atraindo cada vez mais profissionais para esta maneira de trabalhar. Além disso, existem espaços de coworking voltados apenas para áreas específicas, ou seja, são espaços de trabalhos coletivo voltado apenas para uma determinada profissão, ou mistos, onde diversos tipos de profissionais podem utilizá-los. No caso da proposta de coworking na área de intervenção, o espaço de trabalho será misto, possibilitando assim que mais profissionais utilizem deste ambiente.
https://coworkingbrasil.org/wpcontent/themes/cwBrasil/img/censo/coworking-brasilcenso-2016-ptbr.png. Acesso em: 04/06/2016
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Nos mapas abaixo podemos observar a localização dos espaços de Coworking na cidade de Ribeirão Preto – SP, estão localizados em áreas bastante distintas e distantes umas das outras. Na cidade são seis os espaços de trabalho coletivo, e tanto na área de estudo (quadrilátero central) como próximo a área de intervenção (Palacete Jorge Lobato), não foram levantados espaços de coworking. Isso faz com que a área necessite deste tipo de ambiente de trabalho.
Localização
Quadrilátero Central
Conéctar Coworking Green Cowork
Mangava Coworking
Global Hub Espaços de Negocios
MS Office Cow
Fonte: Google Maps. Acesso em 04/06/2016
Cowork Rp
Conéctar Coworking
Global Hub Espaços de Negocios
Green Cowork
Mangava Coworking
MS Office Cow
Cowork Rp Fonte: Google Maps. Acesso em 04/06/2016
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6. Área de Intervenção
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O edifício escolhido para intervenção como dito anteriormente é o Palacete Jorge Lobato, este está localizado na área central da cidade de Ribeirão Preto, com frente para a Rua Álvares Cabral, esquina com a Rua Florêncio de Abreu. Seu respectivo terreno conta com um total de 1958,00m², sendo 513,00m² de área edificada da casa principal, somando um total de 666,90m² que incluem o orquidário com 6,30m², uma suposta garagem edificada de 63,60m², e uma edícula 84,00m². Ao observarmos o Palacete Jorge Lobato, como objeto de estudo para este trabalho, podemos notar a necessidade de se preservar um patrimônio histórico, pois é um edifício natural residencial, do século XX, que está localizado no coração da cidade, em uma região privilegiada, e com uma arquitetura muito apreciada da época, mas que hoje se encontrava em estado muito avançado de degradação, pois até pouco tempo atrás a família proprietária da residência, mantinha o local aberto sem nenhum cuidado, totalmente abandonado. Tendo em vista este pontos, a intenção deste trabalho é projetar um edifício, modificar seu uso original (residencial), para um novo que seria um co-worker, onde a população poderá usufruir do local, podendo gerar desta maneira uma manutenção diária, sendo possível a preservação deste bem. Este edifício será projetado no centro histórico da cidade, será um espaço de negócios que atenderá a toda a população. Um fator importante a ser levado em consideração é que após um patrimônio sofrer qualquer tipo de intervenção com intuito de melhoria, que seu objetivo não foi totalmente atingido, qualquer tipo de imóvel requer uma manutenção diária, estes em especial por serem edifícios históricos, com peculiaridades arquitetônicas e estruturais a serem mantidas e por estarem localizados em áreas centrais privilegiadas da cidade.
Fonte: Autor
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6. 1 História do Edifício O edifício original residencial pertencia a família Lobato, e um foi um presente de casamento dado a Anna Junqueira mulher de Jorge Lobato por seu pai o Coronel Joaquim da Cunha Diniz Junqueira. Este edifício representa uma parte da história da cidade de Ribeirão Preto, foi construído em 1922, pelo escritório de engenharia Geribelli e Quevedo. O palacete esta fechado desde 1991, e foi tombado como patrimônio histórico apenas em 2008. Foi em 2004 que o arquiteto e urbanista Claudio Henrique Bauso, ex-presidente do CONPPAC (conselho municipal de preservação de patrimônio artístico cultural) solicitou o tombamento desta residência, que só aconteceu em 2008 como citado anteriormente. O edifício então passou a ser designado como um bem cultural e material reconhecido como Patrimônio Histórico da cidade de Ribeirão Preto. Construído no século XX, mais especificamente em 1922, no auge do período cafeeiro.
Ele é caracterizado como um edifício de arquitetura eclética. Este tipo de arquitetura refere-se a um movimento arquitetônico predominantemente desde meados do século XIX, até as primeiras décadas do século XX. Em arquitetura o termo ecletismo caracteriza-se pela mistura de estilos arquitetônicos do passado para a criação de uma nova linguagem arquitetônica, além disso este termo é utilizado como referência aos estilos surgidos durante o século XIX que misturavam elementos de outras arquiteturas como a neoclássica, barroca, renascentista, medieval e clássica. Além do uso e da mistura de estilos estéticos históricos, a arquitetura eclética de maneira geral se caracterizou pela simetria, busca de grandiosidade, rigorosa hierarquização dos espaços internos e riqueza decorativa.
Fonte: Google. Acesso em 15/08/2016
Do ponto de vista técnico, a arquitetura eclética também se aproveitou dos novos avanços da engenharia do século XIX, possibilitando assim a construção de estruturas de ferro forjado.
A edificação exprime o conceito arquitetônico de palacete: um tipo de casa unifamiliar, de um ou mais andares, com porão, ostentando o apuro estilístico, afastada das divisas do lote. Divisão em três grandes zonas: estar serviço e repouso. Foi uma das primeiras casas de luxo que a cidade conheceu, quando se começou a buscar o isolamento e a privacidade em finais do século XIX. o Palacete Jorge Lobato, foi uma das primeiras edificações da cidade a romper com um modelo de cômodos interligados. Segundo o arquiteto e urbanista Cláudio Bauso, ex-presidente do Conppac, “Este casarão teve o pioneirismo na individualização dos espaços íntimos. Até então, todos os cômodos de uma casa da elite cafeeira tinham duas portas, facilitando a vigilância do chefe da família sobre seus integrantes”. Rodrigo de melo franco - iphan
Fonte: Autor
Fonte: Google. Acesso em 15/08/2016
26
6. 2 Levantamentos do Entorno
Localização
O objeto de estudo está localizado no quadrilátero central da cidade de Ribeirão Preto entre as Ruas Alvares Cabral e Florêncio de Abreu. O quadrilátero central esta entre as principais avenidas: Avenida Dr. Francisco Junqueira, Avenida Independência, Avenida Nove de julho e Avenida Jerônimo Gonçalves.
Fonte: Google Maps. Acesso em 04/06/2016
27
Uso e Ocupação do Solo
Fonte: Autor
Com relação ao uso e ocupação do solo da área podemos observar um misto de residências em edifícios mais altos, e uma grande quantidade de prestações de serviços, além disso próximo ao lote é bastante presente o comércio.
28 Fonte: Borguesan, 2015
Como podemos observar o quadrilátero central é o coração da cidade, nele estão os mais diversos equipamentos públicos, e também equipamentos culturais. É neste ponto da cidade que podemos encontrar muitos edifícios de interesse patrimonial como o Teatro Pedro II, O edifício Diederichsen, O palacete Jorge Lobato, A biblioteca Altino Arantes, o Casarão Camilo de Mattos, o MARP, A catedral da cidade, A prefeitura, o estúdio Kaiser e o Mercadão Municipal.
Palacete Jorge Lobato
MARP
Edifício Diederichsen
Catedral Metropolitana
Choperia Pinguim
Mercadão Municipal
Escola COC
Estúdio Kaiser
Clube Recreativa
SESC
Biblioteca Altino Arantes
Casarão Camilo de Mattos
Teatro Pedro II
Prefeitura Municipal
Fonte: Google Maps. Acesso em 04/06/2016
Hierarquia Viária Funcional
Mobilidade Urbana Linhas de Ônibus
29 Alto Fluxo de veículos Médio Fluxo de veículos
Baixo Fluxo de veículos Fonte: Autor
Palacete Jorge Lobato
1 Linha 2 Linhas 8 Linhas 15 Linhas
35 Linhas 39 Linhas Palacete Jorge Lobato
6.3 Levantamentos do EdifĂcio
30
Aprovação do projeto na prefeitura Municipal de Ribeirão Preto Fonte: Folha 24 do Processo de Tombamento do Palacete Jorge Lobato – Secretária da Cultura - Apud Borguesan, 2015
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO EDIFÍCIO - PROCESSO DE TOMBAMENTO
Fonte: Borguesan, 2015
Tombamento do Palacete Jorge Lobato. Fonte: Folha 37 do Processo de Tombamento do Palacete Jorge Lobato – 31 Secretária da Cultura - Apud Borguesan, 2015
Usos Originais do Palacete
Fluxograma Circulação Vertical Acesso ao pavimento superior
Acesso
Pavimento Inferior
Pavimento Superior
Área íntima: dormitórios, sanitários Área comum: hall de entrada, sala de jogos, sala de jantar, sala de costura e sala de negócios Área de serviços: cozinha, despensa, depósito e copa
Pavimento Inferior
Acesso Principal da casa
Pavimento Superior
O edifício apresenta um acesso principal ao interior através de escadas, e um segundo acesso através da lateral que se dá por escadas também, porém este pela lateral da acesso direto na área de serviços da casa, pode – se notar que possivelmente era uma entrada mais restrita aos funcionários do palacete. Já no interior do Palacete o fluxo é simples, um corredor principal e único da acesso a todos os ambientes.
Sacadas Fonte: Autor
32
Cozinha
Despensa
Hall de Entrada mármore
Copa
Sala de Costura
Corredor: Ladrilho Hidráulico
Escritório
Dormitório
Corredor
Sanitário
Sala de Jantar Dormitório Assoalho de madeira Serviços: piso de cerâmica avermelhada sextavada.
Hall de Entrada
Dormitório
Sala de Jogos
Varada
Acesso principal
Banheiros: Azulejo Branco
Canteiro lateral
A escada do hall que da acesso ao segundo pavimento foi feita de madeira de lei, inclusive os degraus, pisos, espelhos, patamares , todos em madeira.
Fonte: Autor
Canteiro lateral
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO EDIFÍCIO - PISO
Acesso de Serviços
Acesso principal: mármore
Varanda: Ladrilho Hidráulico
Dormitório Assoalho de madeira
Dormitório Assoalho de madeira
Escada de serviços
33
Dormitório
Varada
Sanitário Corredor
Dormitórios, ateliê e corredor: assoalho de madeira disposto em diferentes desenhos.
Dormitório
Dormitório
Circulação
Varada
Sanitário: ladrilho hidráulico.
Dormitório
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO EDIFÍCIO - PISO
Ateliê
Varandas ladrilho hidráulico.
Dormitório
Fonte: Autor
Em alguns cômodos da casa como em um dos dormitórios do pavimento superior, podemos observar que o estado de ruínas do piso de madeira é tão avançado que se torna possível ver o forro do pavimento térreo.
Varandas ladrilho hidráulico. Com relação as escada interna de acesso ao segundo pavimento é de madeira de lei, inclusive os degraus, pisos, espelhos, patamares , todos em madeira. O madeiramento do patamar encontra-se muito deteriorada. 34
Varanda da entrada principal: laje e madeira aparente
Copa
Sala de Costura
Corredor: estuque
Escritório
Sanitário
Dormitório
Corredor
Despensa
Sala de Jantar
Hall de Entrada
Dormitório
Dormitório: estuque
Copa: Laje.
Dormitório: estuque
Cozinha: Laje.
Hall de entrada: Madeira
Despensa: Laje.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO EDIFÍCIO - FORRO
Cozinha
Varada
Sala de Jogos
Fonte: Autor
Sanitário: Estuque
Sala de Jogos: Estuque com ornamentos
Sala de Jantar: madeira com detalhes em tramos retangulares
35
Circulação: estuque
Sanitário: Laje
Ateliê
Dormitório
Varada
Dormitórios: estuque
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO EDIFÍCIO - FORRO
Dormitório: estuque. Em alguns dormitórios o forro encontra-se totalmente deteriorado possibilitando ver o piso do pavimento superior
Dormitórios: estuque
Corredor
Sanitário
Dormitório
Dormitório
Circulação
Varada
Corredor: estuque
Dormitório
Fonte: Autor
Dormitórios: estuque
Dormitório
Dormitórios: estuque
Dormitórios: estuque
36
J2
J1
J1
J2
J4
J3
J6
J3
J5
J4
J5
J8
J7
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO EDIFÍCIO - JANELAS
O palacete apresenta oito vitrais que estão distribuídos em áreas nobres da casa, como próximo a escada, na sala de jantar, dormitórios e hall de entrada. Os vitrais variam as imagens, entre religiosas e paisagens bucólicas, estão em bom estados podendo ser restaurados. As janelas da residência são de venezianas em madeira com vidros, com esquadrias em madeira.
J9
J6
J7
J7
J10
Fonte: Autor
J8
J9
J10
37
J1
J3
J2 J3
J4
J4 J3
J5
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO EDIFÍCIO - JANELAS
J2
J1
J6
J5
J6
J9 J7
J9
J8
J7
J8
Fonte: Autor
38
P6
P7
8 7 6
4 10
P8
1 3
7
P9
7
2
7
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO EDIFÍCIO - PORTAS
P5
P10 5
P1
P2
P3
P4
Fonte: Autor
39
4
4 6
1
1
2
3
ELEVAÇÃO FRONTAL E LATERAL
5
3
2
4
5
6 Fonte: Autor
40
CARACTERÍSTICAS ESTILÍSTICAS DO EDIFÍCIO
Podemos observar que o edifício apresenta uma volumetria pitoresca, com isso os volumes não seguem uma lógica, não existe simetria, os volumes não tem justificativa
9
1
8
7
3
6
2 4 8
7
7
5 Guarda corpo da escada interna em madeira com ornamentos
6
8
9
Fonte: Autor
1
2
Elementos ornamentais nas Portas e Janelas tanto do pavimento superior como inferior
3
Muretas de proteção com detalhe decorativo
4
5
Portas e janelas têm molduras com ornamentos na parte superior ou inferior, tipo volutas.
Elementos ornamentais imitando pilaretes encimados por capitéis.
Peças sanitárias em bom estado de conservação
6
Elementos ornamentais nas muretas
7
Volume da entrada do edifício com ornamentos nas muretas.
Escada de acesso ao pavimento superior em madeira com ornamentos as paredes acompanham os detalhes.
Escada de serviços com ornamentos e com muretas sem guarda corpo.
10
Escada de acesso ao pavimento superior em madeira com ornamentos 41
CARACTERÍSTICAS ESTILÍSTICAS DO EDIFÍCIO
O edifício apresenta um porão com ventilação que eleva os outros pavimentos do nível do solo, este local contém um pé direito baixo. Nesta proposta de TFG, este porão será fechado, ou seja, não terá um uso, ele apenas permanece por termos estruturais do edifício, fazendo com que impossibilite sua retirada ou reforma estrutural principalmente as paredes internas deste.
3
1
1
1
2
2
2
3
Fonte: Autor
42
Fonte: Autor
43
Implantação
Na área de recuo lateral direito, construção semidestruída, similar a uma edícula, não é da época do palacete é de época recente, sem nenhum valor histórico.
Rua Florêncio de Abreu
Prédio existente no muro de divisa do fundo do terreno, similar a uma garagem, com características da casa principal, mas nota-se que não foi construído na década de 70.
Rua Álvares Cabral Acesso Principal Acesso de Serviço Acesso de Veículos
Fonte: Autor
A casa principal é um prédio tipo sobrado, com porão com ventilação, de pé direito baixo. Sua fachada traduz o estilo da época, de arquitetura eclética, com filetes demarcando áreas das paredes similares às frisas antigas.
Ainda neste mesmo recuo, construção em tijolo aparente, com características de capela ou orquidário. Sem registro histórico, embora siga algumas características de arquitetura eclética como: óculo, frisos, linhas sinuosas na alvenaria de acabamento.
44
Fonte: Autor
45
7. Leitura Projetual
46
7.1 Palácio Las Majadas O Palácio “Las Majadas” é um exemplo de restauro seguido de reconversão para novo uso. O edifício foi construído em 1905 para ser uma habitação da família Subercaseaux Browne. Conta com uma área de 1922,00m² e foi projetado pelo arquiteto Alberto Cruz Montt. Este edifício esta localizado em uma região agrícola ao sul de Santiago – Chile. Segundo arquitetos ligados ao restauro, a cidade não dá muita importância as preservações de patrimônios históricos. Este patrimônio esta inserido numa região agrícola como já citado, sendo assim foi criado ao redor do palácio um parque baseado em paisagismo de Guillermo Renner. O principal objetivo deste projeto de restauração e reconversão, foi adaptar o edifício para um novo uso público além de garantir sua preservação. Este edifício teve duas fases do projeto de preservação, uma antes de 17 de fevereiro de 2010 e uma segunda após este ano, pois neste
ano de 2010, ocorreu um terremoto na cidade que abalou muito a estrutura do edifício. O engenheiro Santiago Arias foi chamado para averiguar os danos ao edifício e notou-se que o térreo havia sido pouco deteriorado e o segundo e o terceiro pavimento foram os que mais sofreram em relação as fundações e estruturas com o terremoto. No ano anterior do terremoto em 2009 uma proposta de projeto de preservação já havia começado a ser executada onde eles reforçariam a estrutura do piso de madeira, as paredes de alvenaria, pilares e vigas de concreto, porém esta obra só estava parcialmente concluída até fevereiro 2010. As obras começaram para restaurar o que havia sido destruído e demoliram por inteiro aquelas paredes que tinham risco de desabar.
O Palácio Las Majadas antes de sofrer a primeira reforma e depois do terremoto ocorrido em 2010 http://www.archdaily.com.br/br/770304/palacio-las-majadas-de-pirque-teodoro-fernandez-arquitectos Acesso em 04/04/2016
47
Nas duas imagens acima podemos observar a modificação feita na fachada após a ultima reforma, onde foi retirada as paredes da entrada que haviam risco de desabamento e feita uma estrutura em madeira e encima um terraço. Toda esta parte do meio foi construída novamente. Já nas imagens abaixo, temos as fachadas dos fundos do palácio que foram restauradas e sofreram reforma, tentando manter o máximo de sua originalidade.
Imagens das fachadas frontais e dos fundos após a última reforma http://www.archdaily.com.br/br/770304/palacio-las-majadas-de-pirque-teodoro-fernandez-arquitectos Acesso em 04/04/2016
48
Acesso
Cafeteria Terraço
Acesso
Estar do Pavimento Térreo
Terraço
Acesso
Acesso Área Molhada
Vertical
Sala de tradução
Acesso Acesso
No pavimento térreo, um novo acesso foi criado na fachada principal, um novo hall de entrada e sistema de circulação vertical
http://www.archdaily.com.br/br/770304/palacio-las-majadas-de-pirque-teodoro-fernandez-arquitectos Acesso em 04/04/2016
49
Terraço
Sala de Reunião
Sala de Reunião Auditório
Acesso Área Molhada
Vertical
Estar do Pavimento Superior
Terraço
Terraço
Um dos ambientes é o Estar do segundo pavimento, localizado próximo a circulação, para quem chega ao segundo pavimento. A partir dele se tem acesso a passarela construída na ultima reforma, ela esta na estrutura de madeira e tem vista para o parque.
O segundo pavimento possui três ambientes principais, sendo que o maior deles é uma sala que funciona como auditório onde se realizam conferências e seminários, com capacidade para 52 lugares. Além de possuir três terraços e uma passarela com vista para o parque ao redor do Palácio.
A imagem acima podemos observar tanto o hall de entrada que esta no pavimento térreo como a escada de circulação que da acesso ao estar do segundo http://www.archdaily.com.br/br/770304/palacio-las-majadas-de-pirque-teodoro-fernandez-arquitectos pavimento Acesso em 04/04/2016
50
http://www.archdaily.com.br/br/770304/palacio-las-majadas-de-pirqueteodoro-fernandez-arquitectos Acesso em 04/04/2016
No terceiro pavimento, a cobertura e sua estrutura tiveram que ser completamente refeitos, substituindo a estrutura de madeira original com vigas de aço, e incluído um sistema de isolamento térmico eficiente e novas aberturas para as janelas baseadas nas originais para abrigar uma grande sala, oficinas e atividades diversas.
Entrada principal que foi totalmente reconstruída, hoje conta com uma estrutura em madeira aparente e um deck no segundo pavimento com vista para o parque.
O palácio inclui um pavimento subterrâneo completamente novo, construído nas fundações originais do edifício, pois estas não foram abaladas, mas reformado após o terremoto e abriga os serviços gerais, serviços para visitantes e ainda um bar informal Devido ao alto nível de dano que o edifício sofreu, uma nova estratégia de reforço foi adotada, que incluiu o reforço das paredes do perímetro com a construção de uma parede de concreto em seu lado interno, as paredes transversais foram reconstruídas a partir do zero e as vigas de madeira do piso foram substituídas por vigas de concreto. Todas as divisórias em madeira dos interiores também foram substituídas. 51
http://www.archdaily.com.br/br/770304/palacio-lasmajadas-de-pirque-teodoro-fernandez-arquitectos Acesso em 04/04/2016
http://www.archdaily.com.br/br/770304/palacio-las-majadas-de-pirque-teodoro-fernandez-arquitectos Acesso em 04/04/2016
Ao lado podemos observar a implantação, e através dela podemos observar onde o palácio esta inserido. Como citado anteriormente ele esta inserido na região agrícola da cidade de Santiago, e ao redor do palácio foi feito um parque onde pode se encontrar espécies de plantas raras.
52
7.2 Hub de Inovação Internacional Arquitetos: ChrDauer Architects Localização: San Francisco, CA, EUA Área: 2787.0 m² Ano do projeto: 2014 Localizado em San Francisco, Califórnia, o hub de inovação internacional PCH contém uma área de 2787,0m², e foi construído num edifício histórico armazém industrial de três pavimentos. O projeto é recente, foi concluído no ano de 2014.
http://www.archdaily.com.br/br/775533/hub-de-inovacao-internacional-pchchrdauer-architects Acesso em: 16/05/2016
http://www.archdaily.com.br/br/775533/hub-de-inovacao-internacional-pchchrdauer-architects Acesso em: 16/05/2016
Assim como o projeto que está em desenvolvimento neste trabalho final de graduação, este era um antigo edifício , onde funcionava um armazém, e que hoje em dia após sofrer uma reconversão , abriga um local de trabalho coletivo. Nele podemos observar a boa distribuição dos ambientes, contendo ambientes mais reservados para trabalhos mais individuais e privativos, e também salas para trabalhos em grupo e ambientes de convívio, como o café ao ar livre.
http://www.archdaily.com.br/br/775533/hub-de-inovacao-internacional-pchchrdauer-architects 53 Acesso em: 16/05/2016
A sala de apresentações no primeiro pavimento pode acomodar reuniões que não exigem tanta privacidade. Este espaço aberto conta com pé-direito alto. As grandes mesas para o café funcionam como um ambiente de convivência. No térreo estão localizados ambientes como café, recepção, cozinha, salas de reuniões em grupos, bicicletário, uma copiadora, além dos acessos por 3 elevadores e escadas.
1
Acesso Principal
2 2
5
4
1
3 Acesso Verticais Área Molhada
5
Mezanino Pavimento Térreo
Circulação interna
Acesso para materiais
4
http://www.archdaily.com.br/br/775533/hub-de-inovacao-internacional-pch-chrdauer-architects Acesso em: 16/05/2016
54
No segundo Pavimento estão localizadas algumas cabines de vidro que permitem uma privacidade maior para reuniões privativas, porém permite que a integração do ambiente continue, por ser toda de vidro. Além disso ainda estão neste pavimentos ambientes como uma copiadora, Sanitários, estações de trabalho individuais, e salas de trabalho em grupo, além também dos acesos verticais
1
3 4
1
5
2
2
Acesso Verticais Área Molhada Acesso para materiais Circulação interna
3
5
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http://www.archdaily.com.br/br/775533/hub-de-inovacao-internacional-pch-chrdauer-architects Acesso em: 16/05/2016
55
1
1
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Única Sala privativa do Edifício
2
Acesso Verticais Área Molhada Circulação Interna
Atividades comerciais de alto nível são acomodadas no terceiro pavimento através de uma planta que permita estações abertas de trabalho. Assim como no segundo pavimento, o terceiro também tem as salas com vidros para reuniões, onde a boa acústica a torna privativa. E para reuniões de muita importância é disponibilizada uma sala apenas onde não é de vidro. http://www.archdaily.com.br/br/775533/hub-deinovacao-internacional-pch-chrdauer-architects Acesso em: 16/05/2016
Circulação vertical por escadas
Circulação vertical por escadas
56
7.3 Reabilitação das Docas Malraux Arquitetos: Heintz-Kehr architects Localização: Estrasburgo, França Arquitetos Responsáveis: Georges Heintz, Anne-Sophie Kehr Equipe de Projeto: Pascal Philbert, Marc Rickling Área: 11600.0 m² Ano do projeto: 2014
A utilização inicial do edifício existente, com concreto permitiu substituir a antiga cobertura de telha por uma estrutura metálica de 3 pavimentos. O aço foi uma escolha de leveza e estética. Esta doca artificial possui 600 m de comprimento, está próxima do centro de Estrasburgo
O edifício foi construído em 1932 pelo arquiteto Gustav Umbdenstock, e funcionou durante muitos anos como um armazém de grãos, chamado Seegmuller. É parte de um grande e notável conjunto industrial da área de porto de Estrasburgo: La Presqu’île Malraux. Este projeto é recente, sua construção foi concluída em 2014. O escritório de arquitetura Heintz-Kehr & Partners venceu um concurso em 2010, que permitiu dar andamento no projeto. Desde o ínicio os arquitetos responsáveis pelo projeto desejavam preservar o patrimônio industrial, para demonstrar aos habitantes e aos muitos políticos que frequentam esta área que é uma das capitais europeias que é possível alcançar a modernidade com pedaços da memória industrial.
http://www.archdaily.com.br/br/776079/docks-malraux-heintz-kehr-architects Acesso em: 16/05/2016
57
http://www.archdaily.com.br/br/776079/docks-malraux-heintz-kehr-architects Acesso em: 16/05/2016
A imagem acima representa as etapas do projeto e como elas se desenvolveram. Primeiramente foi restaurado o edifício já existente, reforços estruturais foram de extrema necessidade, só depois desta etapa concluída é que foi possível dar sequência desenvolvendo o anexo na parte superior, que iria substituir as simples telhas deterioradas por um estrutura gigantesca de aço e vidro.
Início da construção do novo anexo 58
Este novo elemento do edifício existente possui apenas Vidro e Aço. Um grande balanço de 15m, estruturados por 6 vigas treliçadas (30m de comprimento e 9m de altura) também fazem parte deste anexo.
O novo anexo é composto por um esqueleto metálico, inspirado pela retórica do porto e reinterpreta de forma contemporânea a modulação e as características do edifício existente.
1
Edifício existente
2
Novo Anexo
2
1
Estrutura de Aço
2 Estrutura de Vidro
1
A imagem acima representa a estrutura do novo anexo em Aço e Vidro http://www.archdaily.com.br/br/776079/docks-malraux-heintz-kehr-architects Acesso em: 16/05/2016
Imagem da Fachada Frontal do edifício.
59
Micro reformas na estrutura do edifício foram necessárias para que o anexo fosse executado de maneira segura, juntas de dilatação foram alargadas, paredes de cisalhamento sísmicos foram feitas, e a fundação foi reforçada, estas são apenas algumas das difíceis reformas que foram feitas para que o edifício pudesse ser reabilitado. A atualização das fundações subterrâneas foi uma estreia experimental na Europa: colunas com 14 m de profundidade e 2 m de largura foram instalados 4 tubos metálicos de petróleo preenchidos com concreto. Os arquitetos propuseram uma grande mistura programática no mesmo edifício. Ou seja é uma mistura de programas, como restaurantes, educação de ensino superior, áreas de exposição e diversos ambientes que também estão nesta área. Um fato bastante interessante do programa é a habitação e o escritório em um mesmo edifício. No piso térreo, onde grandes porções de alvenaria foram substituídos por grandes painéis de vidro e portas de grandes alturas também em vidro de 3.70m.
Nova fundação, após a reforma
Outras partes do galpão original também abrigam a Fabrique du Numérique - um espaço de 2000 m criado pela Cidade de Estrasburgo para o desenvolvimento das culturas digitais, FabLab, etc ... - além de uma escola de jornalismo e comunicação, uma série de start-ups no campo da tecnologia da informação, dos meios digitais, do design e da comunicação, e ainda outros espaços de escritório ao estilo co-working, assim como o proposto neste trabalho final de graduação . Restaurantes Espaço Cultural Acessos verticais por escadas
Acessos ao edifício
Planta Pav imento Térreo
Galpão original
http://www.archdaily.com.br/br/776079/docks-malraux-heintz-kehr-architects Acesso em: 16/05/2016
Corte
Nova fundação, após a reforma
60
A parte nova (com esqueleto metálico) é composta de 67 unidades residenciais com altas performances ambientais, com tipologias que varia de estúdios até apartamentos de 4 quartos. Todos são feitos em estrutura de aço, que é notável considerando os problemas acústicos de tais materiais.
Novo Anexo
Este grande exemplo de restauração e reutilização demonstra a vontade dos arquitetos em preservar os vestígios do passado na cidade de amanhã, e a capacidade técnica e de engenharia para reinterpretar uma herança arquitetônica de forma contemporânea e inovadora.
Apartamentos Escadas de acessos
Edifício Existente
Fachada Frontal
Planta de apartamentos do Pavimento Anexo
http://www.archdaily.com.br/br/776079/docks-malraux-heintz-kehr-architects Acesso em: 16/05/2016
Acessos verticais do edifício.
Corte 61
Além das dezenas qualidades do edifício, o reflexo dele na água é mais um diferencial. Este reflete por inteiro na água trazendo ainda mais leveza para o edifício e valorizando – o ainda mais.
http://www.archdaily.com.br/br/776079/docks-malraux-heintz-kehr-architects Acesso em: 16/05/2016
62
8. Diretriz Projetual
63
1
Lotes Desapropriados
2
Para este projeto, a proposta é que sejam desapropriados 6 lotes, no entorno do edifício já existente. Estes lotes se localizam nos fundos do Palacete e serão o novo anexo.
6 3
5
4 4
3
2
1
4
5 6
Fonte: Autor
64
1
Lotes Sem Intervenção
2
No quarteirão onde será feita a intervenção, diversos lotes serão mantidos, dentre eles dois edifícios altos, e outros lotes com construções de até 2 pavimentos. Como podemos observar pelas fotos ao lado, muitos destes lotes mantidos funcionam como comércio, o que é benéfico para o projeto.
3
4 5 6
4
7
8
5
3
6
2 1
7
8
Fonte: Autor
65
Nascente
Acessos ao Lote O lote possui algumas possibilidades de acesso, sendo uma delas pela Rua Álvares Cabral, a outra pela Rua Florêncio de Abreu, e por fim pela rua Amador Bueno. Estas opções são favoráveis por estarem em ruas de bastante movimento, o que facilita o acesso. Possibilidades de Acessos
O Lote está localizado em uma esquina, sendo a em uma das suas laterais, da Álvares Cabral, existe um edifício bastante alto que possibilita uma grande sombra no lote, e a face voltada para a Rua Florêncio de Abreu recebe o Sol da tarde.
Diretriz Projetual
Insolação e Predominância dos Ventos
Ventos predominantes
Poente
Dados do Lote: Área Total= 1795,00 m² Área construída = 513 m² Profundidade do terreno = 44,5 m (frente até fundo) Recuos : Frontal = 11m Lateral direita= 8m Lateral esquerda = 10m Fundos = 12m Área de Ampliação: 1859,03m² As informações acima representam as dimensões do terreno onde está localizado o edifício existente do Palacete Jorge Lobato, e a dimensão da área que sofrerá ampliação, para abrigar novo anexo.
Área De Ampliação 1859,03m²
Área Total= 1795,00 m²
66
-
Administração; Recepção; Sala de estudos em grupo; Sala de estudos individual; Sala de reuniões em grupo; Sala de reuniões individuais; Sala de acesso a internet; Sala de vídeo Conferência; Sala de leitura; Café / Restaurante; Espaço de convivência; Sanitários; Copa de funcionários; Sala de impressão;
• • • • • •
Edifício Existente: Área Administrativa; Sanitários; Sala de Impressão; Almoxarifado; Copa de Funcionários; Recepção
• • • • • • • • • •
Novo Anexo; Sala de estudos em grupo; Sala de estudos individual; Sala de reuniões em grupo; Sala de reuniões individuais; Sala de acesso a internet; Sala de vídeo Conferência; Sala de leitura; Café / Restaurante; Espaço de convivência; Sanitários.
Diretriz Projetual
Programa:
Dimensão do Lote:
Lotes que serão mantidos, portanto não sofrerão intervenção
Área Total= 3654,03m²
Os lotes hachurados representam aqueles que serão desapropriados para a implantação de um novo complexo.
Área Total ( Existente + Novo Anexo)= 3654,03m²
67
Diretriz Projetual
Estudos Preliminares
68
9. Evolução de Projeto
69
Este programa inicialmente seria acomodado em lotes que seriam desapropriados no entorno próximo, para dar lugar a um anexo para este cowork. Ao longo do desenvolvimento do projeto, observamos a inviabilidade desta desapropriação.
O partido desde o princípio foi organizar o programa, dar um novo uso para este edifício, mas sem perder a essência e a valorização da casa existente. A ideia do anexo era que fosse uma forma leve, que não tirasse o foco do edifício existente, mas que ainda assim tivesse algo que fosse um diferencial. Sendo assim o desenvolvimento e os estudos foram essenciais para que se chegasse a um projeto de um cowork, que pudesse atender a população.
Evolução de projeto
O início do desenvolvimento do projeto se deu pela criação de um plano de necessidades, não muito extenso. Fazia parte deste plano ambientes de trabalho coletivo e individual, espaços de convívio e setor administrativo.
A desapropriação dos lotes também não seria preciso, devido ao tamanho do programa que poderia ser abrigado em uma região menor. Outro fato relevante para a redução da área foi o fato de que os lotes também eram patrimônios históricos tombados, não sendo possível a desapropriação destes. 70
O terreno: O terreno está localizado numa região bastante privilegiada da cidade, ou seja, possui uma boa localização. O local onde este está inserido, possui uma grande movimentação diária de carros e pedestres. Outra potencialidade do terreno que foi levada em consideração na mudança do projeto, foi o fato de que a metragem quadrada do lote, 1795m², seria suficiente para atender ao programa proposto para tal projeto, possibilitando assim a inserção de diversas atividades no local. Dentro o lote existiam quatro edificações existentes, dentre elas: a casa principal, que será mantida para ser habilitada, o orquidário, que será retirado, uma edícula, que também será retirada e que não apresenta registros históricos de época, e uma edícula de serviços que também será demolida.
Evolução de projeto
Para a nova elaboração do partido arquitetônico, as premissas de projeto foram fundamentais para as diretrizes projetuais. Para modificar a primeira ideia de projeto, onde seriam desabilitados lotes para sofrer intervenção, foi necessário identificar as potencialidades do terreno, fazendo o estudo do lote, de sua topografia e a orientação solar.
Acessos: Com relação aos acessos do complexo, estes estão localizados em três pontos do lote, e fizeram parte das definições de projeto. Os acessos são restritamente de pedestres e estão localizados nas ruas Álvares Cabral e na rua Florêncio de Abreu, o terceiro acesso se dá pela esquina entre estas duas ruas. Estes são os únicos acessos ao lote, as outras faces do lote fazem divisa com edifícios residenciais e comerciais.
Lotes com edifício existente que sofrerá intervenção.
Edícula de serviços que será demolida.
Acessos do lote
Dados do Lote: Área Total= 1795,00 m² Área construída = 513 m² Profundidade do terreno = 44,5 m (frente até fundo) Recuos : Frontal = 11m Lateral direita= 8m Lateral esquerda = 10m Fundos = 12m
Casa principal, que será mantida, e abrigará o setor administrativo.
Orquidário, será demolido devido ao mal estado de conservação
71
Evolução de projeto Pavimento térreo 1° Pavimento
Para o desenvolvimento deste projeto, foram desenvolvidos diversos estudos, volumétricos e também de programa. Estes estudos foram fundamentais para definição do projeto final. Após estes estudos configurou-se o programa apresentado neste plano de massas, onde no térreo funcionará áreas de convívio, e administrativas e nos demais pavimentos serão distribuídos os ambientes e de trabalho coletivo e individual.
2° Pavimento
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10. O Projeto Final
73
O Projeto
Fechamento em vidro (pele de vidro em todo o edifício) Cobertura
Sanitários
Espaço de Trabalho e Espaço de Estudos Espaço de Trabalho e Espaço de Estudos
Salas de Reuniões e Salas de Estudos
Salas de Reuniões e Salas de Estudos Sala de Cursos
Circulação Vertical
Pilares ( Estrutura) Café
Praças / Área de convívio
Praças / Área de convívio
Área Administrativa/ copa para funcionários
74
O conceito deste projeto era criar um espaço no qual as pessoas possam interagir e trabalhar com diversos profissionais de outras ou da mesma área, possibilitando assim uma troca de experiências profissionais, e ao mesmo tempo ter sua privacidade em salas individuais quando necessário. Este espaço de trabalho seria implantado em um edifício de interesse histórico tombado, totalmente abandonado e em avançado estado de degradação.
O Projeto
O conceito
O projeto partiu da ideia de valorização do patrimônio histórico, buscando priorizar este edifício que estava abandonado, trazendo para este um programa que atendesse a população. A ideia por fazer um ambiente de trabalho coletivo, um cowork, aconteceu pelo fato de este edifício estar na região central da cidade, sendo assim um local de grande fluxo diário de pessoas, de fácil acesso, e também não existir nesta região um local como este. A implantação de um cowork nesta área terá impactos favoráveis nesta região, tanto para aqueles que frequentam o centro da cidade, pois o edifício histórico deixará de ser um local abandonado da cidade e passará a ser um local para uso da população, como para profissionais que optarem por um ambiente de trabalho como este proposto. O edifício contará com um anexo, onde irão funcionar diversas atividades coletivas de trabalho e estudo, além da casa existente que será conservada e abrigará parte do programa.
Área Administrativa Visando uma melhor conservação do edifício histórico o projeto propõe que seus ambientes sejam ocupados com programas administrativos e poucas salas de estudo e reuniões. Tanto o térreo como o pavimento superior, parte será destinada a administração e parte as salas de estudo e trabalho. Esta área será responsável por manter, administrar, dar todo o apoio e manutenção para o local.
Convívio e praças A área de convívio estará localizada no pavimento térreo e no segundo pavimento do anexo. No pavimento térreo, teremos um café e algumas pequenas praças para convívio. Os acessos ao lote permitem que a facilidade de circulação destas praças, deixando o ambiente mais livre, com uma circulação mais fluída. A intenção é que esta área de convívio seja destinada a todas as pessoas, não só para aqueles que estão utilizando o local para trabalho. Acessos ao Lote
75
O Projeto
Salas de Reuniões e Salas de Estudos No anexo ficará a área destinada ao trabalho coletivo, onde no primeiro pavimento teremos diversas salas fechadas para reuniões, vídeo conferência, e estudos, tanto em grupo como individuais. Além disso este pavimento também conta com uma sala para cursos e palestras.
Circulação Vertical O Acesso vertical esta localizado na parte dos fundos do edifício existente. Onde uma única caixa de vidro abriga as escadas que dão acesso a todos os pavimentos tanto do anexo como da casa principal e o elevador, que também permite acessar todos os pavimentos.
Sanitários Em todos os pavimentos temos sanitários, e dentro da casa principal temos os sanitários acessíveis.
Sanitários
Espaço de trabalho e Espaço de estudos Já no segundo pavimento também temos ambientes de trabalho coletivo, mas este local será um ambiente totalmente aberto, com estações de trabalho e mesas para aqueles que querem se reunir em grupos, mas diferente do primeiro pavimento, neste não existem salas separadas e sim um único ambiente. Acessos ao Lote
76
O Projeto
Neste pavimento térreo, como citado anteriormente podemos encontrar as áreas destinadas ao convívio, contando com um café e duas praças, além da área administrativa dentro da casa existente
Já no 1° pavimento estarão as salas de reuniões, as salas de estudos e uma sala destinadas aos cursos.
O último pavimento do anexo contará com um ambiente totalmente aberto com diversas estações de trabalho e estudos.
Espaço de trabalho Salas de Reunião / Salas de Estudos e Sala para cursos
Área de convívio / Café
77
Para este anexo optamos por fazer uma estrutura metálica, com vigas em I, pois queria uma estrutura que trouxesse leveza para o local.
O Projeto
Materialidade
A alvenaria será somente em algumas áreas internas, como sanitários e o café no pavimento térreo. As demais paredes internas, serão de Dry Wall, pois é um material que otimiza o tempo de obra, por ter uma execução mais rápida, além de ter um acabamento mais simples, podendo ser logo pintada sem precisar fazer a parte do reboco. As paredes de Dry Wall também diminuem o peso total da estrutura, e neste caso isto era essencial para a estrutura. Como materialidade serão utilizados vidros. Um espécie de pele de vidro envolve todo o anexo, sem perfis aparentes, este tipo de vedação escolhido foi pensando na leveza deste anexo. Por ser um edifício grande e que seria construído ao redor do existente a ideia é que o foco ainda permaneça no patrimônio que está sendo restaurado.
Cobertura O anexo de vidro conta com uma cobertura, esta foi pensada de modo a criar um ambiente termicamente agradável, além de trazer um destaque para a parte nova do complexo. Esta estrutura foi projetada para ficar distante do vidro, não ficando totalmente encostada no anexo de vidro. Este tipo de cobertura pode ser feito de diversos materiais como madeira, aço, metal, bambu, e até mesmo de concreto. Como dito anteriormente esta estrutura ajuda no conforto térmico do local, funcionando também como um brise. Por ter algumas partes fechadas ela cria sombras, ajudando com o sol que poderia entrar diretamente no anexo de vidro.
78
Perspectiva do Projeto
79
Perspectiva do Projeto
80
Perspectiva do 1° Pavimento – Salas de Reuniões e Salas de Estudos
81
Imagem do 2° Pavimento – Espaço de Trabalho e Estudos
82
Imagem do 2° Pavimento – Espaço de Trabalho e Estudos
83
Imagem do Térreo – Área de convívio e Café
84
Imagem do Térreo – Área de convívio e Café
85
Referências Bibliográficas:
VARGAS, Heliana Comin; Castilho, Ana Luisa Howard. 2006. Intervenções em Centros Urbanos: Objetivos, Estratégias e resultados. Barueri – SP: Manole, 2006. RIBEIRO, Sandra Bernardes. 2005. Brasília: Memória, cidadania e gestão do Patrimônio cultural. São Paulo: Annablume, 2005 BRAGA, Márcia. 2003. Conservação e Restauro. Rio de Janeiro: Editora Rio, 2003. CARLUCCI, Marcelo. Notas de aula. Disciplina: Técnicas Retrospectivas, 2015. BRANDI, Césare, 2004. Teoria da Restauração. São Paulo: Ateliê Editora, 2004. Arquivo Municipal de Ribeirão Preto. PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO. Disponível em: http//www.ribeiraopreto.sp.gov.br/principal.php. Arquivos Banco do Brasil. ARCHDAILY. Disponível em http://www.archdaily.com.br/br Revista AU. Editora Pini. COWORKING BRASIL. Disponível em https://coworkingbrasil.org/wpcontent/themes/cwBrasil/img/censo/coworking-brasil-censo-2016-ptbr.png. Acesso em: 04/06/2016 SANTOS, Ercília. Arquiteta e urbanista.
86
87
Restauro e Reconversão de Patrimônio Histórico – Palacete Jorge Lobato
B
1
3
5
39.50
2.00 .25
2.07
1.00 1.07.25
2.84
4
.25
.25
2
PM90
4.78
A
33.14
B
6.35
Acesso
1.22
2.00
3.35
Elevador
14.00
3.00
11.13
A
C
Copa / Cozinha
3.39 PM90 PM90
.20
PM90
Acesso
Sanit fem PCD
PM90
Almoxarifado
Sanit masc PCD
PM80
Sanit. Masc
PM90
PM80
3.26
9.75
PM90
PM80
Sanit. Fem
.15
Hall de Entrada
10.08
4.00
23.80
D
Acesso
PM80
5.59
E
5.09
9.93
1.02
13.04
2.60
5.77
.25
5.00
2.50
5.00
4.00
5.00
31.03
3.00
4.75
1.40 .25
N
Legenda Eixo dos Pilares
PM80 - Porta de madeira 80 x 2,10m
Orientanda: Thaisa Borges - 9385
Escala: 1:100
Vidro
PM90 - Porta de madeira 90 x 2,10m
Orientador: Catherine D' Andrea
Data: 29/11
Pilar de Alvenaria
PVT90 - Porta de vidro temperado 90 x 2,10m
01/08
Restauro e Reconversão de Patrimônio Histórico – Palacete Jorge Lobato
B
1
2
3
4
5
39.50
5.45
.10
4.85
.10
4.95
.10
4.85
.10
4.95
.10
4.80
.15
4.37
.20
4.33
.10
3.30
PVT90
Elevador
.10
PVT90
Sala de Trabalho
3.40
Sanit fem PCD
PM90
Sanit masc PCD
PM90
Acesso
PVT90
Sala de Trabalho
PM80
31.08
PVT90
C
.10
3.40
Aceso
.10
B
.10
2.24
PM90
PM90
PVT90
PVT90
PVT90
PVT90
A
Sala de Trabalho
Sala de Trabalho
PVT90
PVT90
Sala de Trabalho
PM90
Sanit. Fem PM90
Sanit. Masc
4.81
A
PM80
PM80
PVT90
D
6.71
.10 1.60
4.43
.10
3.45
Sala de Trabalho PM80
Estar Sala de Cursos
6.93
Sala de Trabalho
Varanda
2.90
.05
E
13.04
N
Legenda Eixo dos Pilares
PM80 - Porta de madeira 80 x 2,10m
Orientanda: Thaisa Borges - 9385
Escala: 1:100
Vidro
PM90 - Porta de madeira 90 x 2,10m
Orientador: Catherine D' Andrea
Data: 29/11
Pilar de Alvenaria
PVT90 - Porta de vidro temperado 90 x 2,10m
02/08
Restauro e Reconversão de Patrimônio Histórico – Palacete Jorge Lobato
B
1
2
3
4
5
39.50 30.35
4.37
4.33
.20
.10 1.91
2.07
.15
2.07
2.84
1.20.20
PM90
PM90
11.13
A
PM90
Sanit. Fem PM90
Sanit. Masc
3.31
A
.00
B
Elevador
26.27
31.08
C
D
Varanda
E
2.50
10.54 13.04
N
Legenda Eixo dos Pilares
PM80 - Porta de madeira 80 x 2,10m
Orientanda: Thaisa Borges - 9385
Escala: 1:100
Vidro
PM90 - Porta de madeira 90 x 2,10m
Orientador: Catherine D' Andrea
Data: 29/11
Pilar de Alvenaria
PVT90 - Porta de vidro temperado 90 x 2,10m
03/08
Restauro e Reconversão de Patrimônio Histórico – Palacete Jorge Lobato
B
A
N
Orientanda: Thaisa Borges - 9385
Escala: 1:100
Orientador: Catherine D' Andrea
Data: 29/11
04/08
Restauro e Reconversão de Patrimônio Histórico – Palacete Jorge Lobato
Cobertura
13.66
1.00
2.00
2.81
.50
3.00
45. .50
2.67
.19 .50
60.
Cobertura
Cobertura
12.92
3.00
45. .50
8.67
2.67
.19 .50
60.
Cobertura
2.00
.30
5,30
+1.25
+0.50
Cortes Orientanda: Thaisa Borges - 9385
Escala: 1:100
Orientador: Catherine D' Andrea
Data: 29/11
05/08
Orientanda: Thaisa Borges - 9385
Escala: 1:100
Orientador: Catherine D' Andrea
Data: 29/11
06/08
Restauro e Reconversão de Patrimônio Histórico – Palacete Jorge Lobato
Orientanda: Thaisa Borges - 9385
Escala: 1:100
Orientador: Catherine D' Andrea
Data: 29/11
07/08
Restauro e Reconversão de Patrimônio Histórico – Palacete Jorge Lobato
Orientanda: Thaisa Borges - 9385
Escala: 1:150
Construir
Orientador: Catherine D' Andrea
Data: 29/11
Demolir
08/08