LAZER E CULTURA NO ESPAÇO PÚBLICO THAÍS SMANIOTTO BUTTROS
ESPAÇO
BERTO
ESPAÇO ABERTO LAZER E CULTURA NO ESPAÇO PÚBLICO.
Thaís Smaniotto Buttros CAU Estácio Uniseb Trabalho Final de Graduação Orientador: Prof. Marcelo Carlucci Ribeirão Preto / SP
2016
SUMÁRIO 1.
Introdução
8.
Projeto
2.
Origem do Espaço Público
9.
Referências Projetuais
3.
Espaço Público e Seus Conceitos
9.1 – Parque de Los Deseos
4.
Carência de Espaço Público na Atualidade
9.2 - Praça Coronel Custódio Fernandes Pinheiro (Praça Pôr do Sol)
4.1 – Quais principais conflitos dessas áreas públicas hoje?
9.3 – Parque da Pampulha
4.2 – De Áreas Degradadas a Espaços Verdes 5.
Analisando Espaços Públicos e Identificando suas Prioridades
6.
Estudo de Caso 6.1 – High Line – Nova York 6.2 – Centro Cultural São Paulo (CCSP) 6.3 – Mirante 9 de Julho
7.
Estudo da Área de Projeto 7.1 – Fluxograma e Seu Desenvolvimento 7.2 – Análise do Entorno 7.2.1 – Mapa do Uso do Solo 7.2.2 – Mapa Hierarquia Viária e Funcional 7.2.3 – Mapa de Ocupação 7.2.4 – Mapa de Topografia e Área Verde 7.3 – Características Físicas do Lote
9.4 – Miller Outdoor Theatre 9.5 – Outras Referências 10. Bibliografia 11. Guia de Imagens
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[1.introdução] A cidade de Ribeirão Preto é conhecida por ser um polo econômico e universitário de referência na sua região primária e estadual, abrigando grande número de estudantes. Porém uma cidade que tem expansão socioeconômica necessita de uma expansão sociocultural. Por possuir quatro shopping centers, os habitantes estão habituados – por opção ou não – a fazer desses centros comerciais sua principal fonte de lazer. Mediante isso, é necessário desvincular o lazer do comércio e, assim, disponibilizar espaços dedicados prioritariamente ao lazer, cultura e ao convívio público. As pessoas precisam de convivência social e acesso à cultura, pois com o avanço da tecnologia, o isolamento e a individualidade vem prevalecendo na sociedade contemporânea, gerando um empobrecimento sociocultural. Assim, há a necessidade de espaços que incentivem a interação social, principalmente a população jovem, que se encontra em fase de desenvolvimento. O projeto Espaço Aberto é uma proposta de diálogo entre a cultura e o ambiente urbano. A partir de um conceito pouco recorrente na cidade brasileira. O empreendimento ficaria a cargo da Secretaria Municipal de Cultura e de linhas de financiamento do PROAC¹ reforçando, assim, o caráter público do lugar.
_______________________ ¹ PROAC, a Lei nº 12.268 de 20/02/06 instituiu o Programa de Ação Cultural e providências correlatas. É dividido em duas formas de apoio - Editais/Concursos e Incentivo Fiscal (ICMS).
Espaço Aberto – Cultura e Lazer no Espaço Público 4 David Martins
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[2.origem do espaço público] Durante a Revolução industrial a ideia de produção de bens de consumo em série foi implantada e os trabalhadores eram tratados como máquinas, sendo extremamente explorados como tal, sofriam com as intensas jornadas de trabalho e não tinham tempo para praticamente mais nada. Recebiam pouco e trabalhavam muito, tornando-se um ser completamente alienado. O filme “Tempos Modernos”² dirigido e atuado por Charles Chaplin, retrata muito bem este período. Durante o longa, o personagem Carlitos, vivido por Chaplin, e os operários, viviam a exploração dentro das fábricas devido à busca do lucro pelos proprietários, fazendo com que eles realizassem suas atividades muito mais rápidas para obter um produto final em menos tempo, sempre na mesma atividade, como máquinas. Um dos momentos que evidencia a alienação dos trabalhadores é após o colapso nervoso que o personagem enfrenta, onde após ser hospitalizado e se recuperado, tenta um novo emprego, já que a fábrica que trabalhava havia fechado, e não se adapta a nova função, pois antes só apertava parafusos sem raciocínio. É uma crítica com um humor ácido, mas objetivo, mostrando os problemas que o ritmo moderno e acelerado que a sociedade industrial traziam aos homens. Os proprietários das indústrias lucravam com esta alienação, pois conseguiam grande produção, porém com o tempo, os operários começam a sofrer fisicamente as consequências desta exploração; doentes, exaustos e rendendo pouco A ideia de redução da jornada de trabalho é tida como solução, pois assim o trabalhador iria se sentir melhor e produzir mais, além de ter tempo para consumir, gerando mais benefício para indústria. Com tempo para o ócio, obtido pelas folgas e férias, o lazer é valorizado e a cidade passa a demandar espaços onde toda população possa descansar e usufruir de momentos de lazer.
_______________________ ² Temos Modernos (Modern Times), EUA – 1936, direção por Charles Chaplin, 87 min. preto e branco, Continental. Cena do Filme Tempos Modernos, 1936
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Diz Josiane Ribeiro Minardi³, que “O direito de lazer do trabalhador, além de ser um direito fundamental reconhecido constitucionalmente, é uma alternativa para o avanço do sistema capitalista, na medida em que melhoraria as condições de vida do trabalhador que conta apenas com sua energia de trabalho e com isso passaria a dispor de mais energia para desenvolvimento de suas tarefas, o que resultaria em maior produtividade.”
_______________________ ³ MINARDI, Josiane Ribeiro. O direito ao lazer e as relações de trabalho. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIII, n. 78, jul 2010. Espaço Aberto – Cultura e Lazer no Espaço Público 6
Cena do Filme Tempos Modernos, 1936
[3.espaço público e seus conceitos] Espaço público é um espaço de uso coletivo da sociedade, permitindo que diversas pessoas utilizem o mesmo ambiente ao mesmo tempo. A palavra público, no dicionário Larousse Cultural (1999), significa “que se refere ou é destinado ao povo, à coletividade”, também é o “que é aberto a quaisquer pessoas, ou sendo, “que compreende, abrange muitas pessoas ou muitas coisas, ou lhes diz respeito”; é também o “que pertence a um conjunto de pessoas ou de coisas”. Com isso, podemos dizer que todo espaço público é de uso coletivo, mas nem todo espaço de uso coletivo é público. Um exemplo de espaço público e de uso coletivo é o parque, local que pode ser utilizado por várias pessoas ao mesmo tempo e que oferece diversas opções de atividades, como pratica de exercícios físicos, passeios em contato com a natureza, o encontro de pessoas, eventos culturais, entre outras atividades. HERTZBERGER (1999), argumenta que o coletivismo visa à sociedade. “O individualismo vê a humanidade apenas na relação consigo mesmo, mas o coletivismo não vê o homem de maneira nenhuma, vê apenas a ‘sociedade’. Ambas as visões de mundo são produtos ou expressões da mesma condição humana.”
Os espaços públicos livres, define-se por espaços de circulação, aqueles em que o direito de ir e vir é pleno, como ruas e praças, podendo também ser espaços de lazer, recreação e conservação, como em parques urbanos, ou apenas de contemplação, como jardins públicos ou de preservação que são os grandes parques, praias e reservas ecológicas. Porém nem todos os espaços públicos são tratados como livres, tem aqueles com restrição, ou seja, em que a entrada e à circulação, é controlada. Restringe-se o acesso a determinado tipo de público, são edifícios como fóruns, prefeituras, residências oficiais, instituições de ensino, entre outros. Há também uma certa confusão na definição de locais acessíveis ao público com lugar público, esses na verdade são locais privados, em que o acesso é permitido diante ao pagamento pela utilização do local e/ou com horas limitadas, como exemplo, bancos. A partir desse entendimento sobre esses espaços é possível afirmar que a construção de cidades, a criação de projetos principalmente de caráter público pensados para as pessoas, fornece uma série de soluções para os problemas atuais do meio urbano.
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[4.carência de espaço público na atualidade] A sociedade atual ainda enfrenta problemas com essa rotina atenuante. As grandes cidades e o trânsito geram stress e correria que fazem os moradores procurarem por lazer e cultura onde for possível. Porém a falta de segurança, o descaso com espaços públicos e a tecnologia, que incentiva o lazer individual, cada vez mais as pessoas se isolam em suas respectivas moradias, perdendo assim a oportunidade de interação social, que é tão importante quanto o lazer. 04
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Para Dumazedier (2000) o lazer “é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, divertir-se, recrear-se e entreterse, ou ainda, para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais”. (p. 34) _______________________ 4
Os espaços públicos urbanos deveriam ter grande importância na rotina das pessoas, pois são nesses lugares que a população pode encontrar apoio para os momentos de fuga da realidade, podendo relaxar, se divertir e se socializar gratuitamente. O ser humano necessita desses momentos de ócio, como mecanismo de defesa contra a repetitiva rotina da vida adulta, além da interação social que também é possível nesses espaços. Ilustrações de Steve Cutts 4
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As cidades precisam de espaços dedicados a troca e à convivência, onde essa experiência seja possível, desmitificando as diferenças e criando ambientes. O arquiteto Herman Hertzberger (1999), discute os conceitos de público e privado nos seguintes termos: “Pública é uma área acessível a todos a qualquer momento; a responsabilidade por sua manutenção é assumida coletivamente. Privada é uma área cujo acesso é determinado por um pequeno grupo ou por uma pessoa, que tem a responsabilidade de mantê-la” (p. 12)
Steve Cutts é um animador e ilustrador inglês, conhecido por seus trabalhos satíricos e polêmicos.
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Nas cidades, há espaços como praças, parques, centros comunitários e centros de eventos públicos para os habitantes, sendo acessível a todos. Além dessas áreas, também existem os espaços privados ou controlados de uso público como os shoppings, que passam a falsa sensação de segurança, e que se tornam mais atrativos; porém com a valorização desta categoria, os espaços públicos ficam abandonados, muitas vezes também pela má ocupação. Os espaços controlados como os shoppings ganham maiores investimentos, abrigando muitas atividades que normalmente estariam espalhadas pela nos bairros, voltados a cultura e ao lazer, fazendo com que equipamentos públicos fiquem esquecidos pelos habitantes. Com pouco investimento e qualidade dos espaços públicos, encontramos o problema do empobrecimento sociocultural, gerando assim uma cidade onde os espaços públicos ficam vazios, abandonados e degradados e os espaços privados de uso público elitizados, tendo como realidade uma sociedade confinada, isolada e individualista. Bauman (2001) acredita que atualmente não vivemos onde o "público" coloniza o "privado", e sim o contrário, sendo o privado "espremendo e expulsando o que quer que não possa ser expresso inteiramente, sem deixar resíduos, no vernáculo dos cuidados, angústias e iniciativas privados“. (p. 49)
Existem muitos espaços públicos vários tipos de conflitos e mal uso que muitas vezes não acrescentam qualidade de vida para população, fazendo com que essas áreas percam valor e se tornem apenas lugares de passagem sem relevância. 07
Vanessa Duarte, 2014
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Fernando da Hora, 2015
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4.1 Quais os principais conflitos dessas áreas públicas hoje? A degradação, seja ela social e física, passa uma ideia de abandono e marginalidade, acontece de forma desfavorável na leitura dos centros históricos e áreas centrais das cidades, aumentando a condição para virarem zonas mais marginalizadas ou criarem a imagem de lugar perigoso, ou seja, a insegurança e criminalização são um dos principais pontos de abandono desses ambientes.
E por fim, a questão da publicidade, esse surto de consumismo que não só polui com mensagens ou distrai a atenção do trânsito, mas que encoberta importantes referências arquitetônicas, urbanísticas e até mesmo paisagística. A cidade fica escondida.
Outro feito gerador de conflito nos espaços públicos é o comércio ambulante “informal”, conhecido como obtenção de bens para as categorias mais carentes da sociedade. Segundo Pérez Sainz, diz que essa mobilidade de autogerarão de emprego está assinada por lógicas de subsistência, daí sua denominação como economia da pobreza. Trata-se de pobres produzindo para pobres. 09 10
Rodolfo Pena, 2015
Hoje a verdade, é que para pensar o espaço público e buscar sua revitalização, implica no retorno do que o caracterizou, ou seja, buscar a inspiração na tradição e nos resultados que deram certo.
Carlos Cisneros, 2012
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Porém, com a consciência que hoje a sociedade trabalha em outra velocidade, onde o pensamento gira em torno de “tempo é dinheiro”. Com isso, apesar das experiências, o espaço público tem que ser trabalhado com novas formas, garantindo alguns aspectos como, mobilidade, segurança, conectividade, comodidade e principalmente a funcionalidade.
Resumindo, este espaço tem que voltar a ser um lugar frequentado por todos, lugar este em que só terá ganhadores, onde a vida pode ser sentida e apreciada com o tempo e não somente com o dinheiro. E o melhor, não de uma forma individual, mas coletivamente.
O impacto que causou gerou surpresa até mesmo para os organizadores, o parque ficou cheio de novas cores, sons, cheiros, o parque “reviveu”. 11
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4.2 De áreas degradadas a espaços verdes
Os arquitetos dinamarqueses do escritório Schonherr, desenvolveram para o Festival de Aarhus (cidade Dinamarquesa), quatro intervenções urbanas temporárias em grande escala que buscam devolver a praça à seus cidadãos, provando que com a valorização do uso do espaço é possível atrair e reunir a população. Os projetos tem atividades baseadas nas necessidades das pessoas e não na necessidade dos carros. No ano de 2010 foi realizado o primeiro desses projetos, o “The Forest”. Próxima à praça central da cidade, em frente à catedral, foi criado morros artificiais com o surgimentos de musgos e grama, a proposta permitiu o surgimento de várias árvores de grande porte em um espaço que antes era vazio.
Schønherr. Imagk e Cortesia de Schønherr Antes e Depois 14
Schønherr. Imagk e Cortesia de Schønherr
Superfície ondulante de musgos e grama
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Dois anos depois, devido ao sucesso do “The Forest”, os autores do projeto se reuniram novamente para criar o “The City Park”. O local dessa vez foi em frente à prefeitura e o Teatro de Música da cidade, bloquearam a passagem de carro e fizeram um grande “pulmão verde”, colocando grama por uma das ruas mais movimentadas. O parque gerou um novo olhar para os cidadãos, uma nova maneira de se movimentar pela cidade.
Já em 2014, foi a vez do “The Paza” este incorporou uma área cultural em torno da estação ferroviária e a praça em frente ao terminal de trens. Esta área carecia de uma ligação entre si e o trânsito de automóveis devido a um estacionamento em frente a estação era muito intenso. A proposta era revitalizar esse espaço e propor uma conexão para a nova área cultural. Nesse projeto foi utilizado areia e cascalho, desaparecendo assim, qualquer vestígio de rua ou calçada.
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Espaço para apreciação
Espaço para descanso
Schønherr. Imagk e Cortesia de Schønherr 16
Vista superior Do projeto
Schønherr. Imagk e Cortesia de Schønherr
O próximo projeto já está em construção, com base nas experiências anteriores, o “Bishops Square” segue a ideia de construção em grande escala com intervenções temporárias. Esses são grandes exemplos de como é possível a transformação de uma grande área abandonada ou degradada e como ela atingi diretamente a relação das pessoas com a cidade de forma positiva.
Schønherr. Imagk e Cortesia de Schønherr
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[5. analisando espaços públicos e identificando suas prioridades] Existem também algumas outras alternativas para O tipo de análise dos espaços públicos podem se alternar devido a escala e o tipo de atividade do lugar, complementar os projetos de espaços públicos, fazendo com que se porém existem algumas características fundamentais que dinamize e humanize certa cidade ou região, como por exemplo: definem as condições desses, como: segurança, • O resgate da rua como um espaço de convivência, em dias vegetação, áreas de permanência, atividades realizadas no específicos ou datas festivas para apenas a utilização de local, acesso, circulação para pedestres, o visual, entre pedestres e veículos não motorizados. outros. Com a leitura desses principais elementos do espaço, pode-se ter uma ideia da qualidade, das carências, e principalmente das suas necessidades para a identificação das problemáticas, das suas potencialidades e para a aplicação certa de novos investimentos.
São análises que precisam ser feitas pegando também como referencial toda região e a própria localidade, para que assim se estabeleça um planejamento em função das necessidades locais. Outro fator a se pensar são os indicadores sociais, pois o ingresso de novas atividades e usos ligados até mesmo a equipamentos que já existem, podem incentivar áreas que exigem necessidades especiais.
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Davi Martins
Ciclofaixa de lazer em São Paulo
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• A introdução da arte urbana, que aconteceu de forma involuntária, ou seja, sem autorização, porém que vinha enriquecendo a paisagem urbana, acabou sendo incorporada e incentivada pelo poder público e acabou por contribuir para a liberdade de expressão e a valorização dos espaços públicos.
- Programa de Despoluição Visual; - Programa de Educação para a Mobilidade; - Concessão de espaços públicos para exposições de arte e artesanato -
Programa para abertura de vitrines noturnas;
- Programa Dia Sem Carro, entre outros.
Davi Martins
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Grafites no “Beco do Batman”, na Rua Gonçalo Afonso, na Vila Madalena, São Paulo.
•
Outra maneira de incentivar o uso desses espaços de forma humanizada e consciente é a utilização de programas e políticas públicas, como por exemplo:
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Davi Martins
20 Feira de antiguidades no vão livre do MASP, na avenida Paulista, São Paulo
[6. estudo de casos] 6.1 High Line Park – Nova York
Assim a extensão da linha passou para 2,4km entre a West 34th Street até a Gansevoort Street, como ainda permanece nos dias de hoje.
O High Line Park teve seu início na mudança de uma antiga linha ferroviária desativada e antes usada para transporte de cargas servindo o distrito industrial de Manhattan – Nova York. Foi projetada na década de 30 como um artifício para melhorar a infraestrutura de Manhattan. A High Line tinha como finalidade erguer o transporte ferroviário por aproximadamente 9 metros de altitude, separando-o assim do tráfego de automóveis e pedestres. A ideia surgiu pelo número alto de acidentes que vinham acontecendo entre os trens e os outros meios de transporte, tanto que a Décima Avenida, ficou conhecida como Avenida da Morte. Quando inaugurada, a linha ligava a West 34th Street ao St. John’s Park Terminal. Porém com a velocidade no desenvolvimento de outros tipos de transporte, principalmente o rodoviário fez com que acontecesse uma redução no uso da ferrovia, com isso três décadas depois, uma parte dessa linha foi demolida.
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Disponível em High Line: Site official High Line e Friends of the High Line.
Já na década de 80, enfim a linha acabou desativada por completo, e os proprietários de terrenos próximos começaram uma pressão para demolir toda a estrutura existente. Porém, foi quando Peter Obletz entrou na história. Um ativista e morador do bairro, iniciou uma luta para reativar os serviços dos trens, não obteve sucesso, porém toda a estrutura foi mantida no local, mas ficou sujeito ao desgaste do tempo.
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Primeiros anos de utilização da ferrovia.
Abandono da linha férrea, desgaste de seus materiais e surgimento de vegetação entre as suas estruturas.
25 Ferrovia já começa ser menos utilizada devido o crescimento do transporte rodoviário.
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26 A entrada da rua Gansevoort Street com a revitalização em andamento.
• Processo de Revitalização:
ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DO HIGH LINE
- Reutilizar a infraestrutura existente;
arrecadação - US$ 44 milhões
- Área abandonada; PREFEITURA (projetos ao redor do parque) • Iniciativas:
arrecadação - US$ 152 milhões
•
O Projeto:
Diller Scofidio + Renfro James Corner Field Operations
VIDA URBANA
- Públicas e Privadas
DESIGN
ILUMINAÇÃO
HARMONIA
PAVIMENTAÇÃO VEGETAÇÃO
MOBILIÁRIO
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- Limpeza da antiga estrutura
- Vegetação
- Impermeabilização
- Iluminação
- Tratamento da estrutura - Restauração das partes quebradas; - Pintura - Placas de Concreto - Elevadores e Escadas
- Mobiliário:
MAPA DE USO E OCUPAÇÃO
• Execução da Obra:
COMERCIAL RESIDENCIAL USO MISTO INDUSTRIAL TRANSPORTE ESTACIONAMENTO EQ. COMUNITÁRIOS ARTE
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Espaço Aberto – Cultura e Lazer no Espaço Público 18
ESPAÇO ABERTO
REGASTE DA VIDA URBANA
INTERAÇÃO SOCIAL
ESCADAS
ELEVADORES
INCENTIVO CULTURAL
ATRATIVO COMERCIAL
CICLO FAIXA
ESTÉTICA URBANA BANHEIROS RESTAURANTES
PAISAGISMO
LOJAS
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O JARDIM SUSPENSO DA BABILÔNIA MODERNA?
Haroldo Castro
Haroldo Castro
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28 Elevado no bairro
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Os dois trilhos de aço foram mantidos para recordar a origem do local
Haroldo Castro
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Haroldo Castro
Do alto da High Line
O elevado ferroviário transformado em jardim Haroldo Castro
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Um dos modelos de mobiliário do projeto
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Haroldo Castro
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Apresentação de artistas ao longo da High Line
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6.2 Centro Cultural São Paulo (CCSP) Situado entre a Rua Vergueiro e a Av. 23 de Maio na cidade de São Paulo, o equipamento urbano foi inicialmente desenvolvido para ser uma Biblioteca. Possui 46.500 metros quadrados de área construída, distribuída em quatro pavimentos . A implantação do prédio é discreta e organizada por um eixo longitudinal, contrastando o caráter horizontal com a paisagem urbana vertical do entorno.
O projeto dos arquitetos Eurico Prado Lopes e Luiz Benedito Castro Telles, do escritório Plae Arquitetura, inaugurado durante o período da ditadura militar, tem conceitos da Escola Paulista de Arquitetura (arquitetura criada por um grupo arraigado em São Paulo, que teve como liderança Vilanova Artigas (19151985), realizava uma arquitetura focada na técnica construtiva, adotando o concreto armado aparente e valorização da estrutura). Alguns exemplos dessa arquitetura que podemos citar são: 35
Casa Celso Silveira de Mello, Piracicaba, 1962. Arquitetos Paulo Mendes da Rocha e João de Gennaro [Acrópole, set. 1967, p.19]
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Vista aérea de São Paulo com a localização do CCSP – prédio com eixo longitudinal
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Centro Paroquial São Bonifácio, São Paulo, 1964, arquiteto Hans Broos [Arquivo Hans Broos]
Já em relação ao programa do Centro Cultural Paulista, oferece abrigo, entretenimento e cultura para usuários de diferentes classes sociais e idades, trazendo um uso democrático para cidade, dando liberdade aos cidadãos, que podem usá-lo para ler, dançar, encontrar amigos, descansar e muito mais. Apesar de existirem salas de cinema no edifício, o terraço também recebe eventos de cinema ao ar livre, feiras gastronômicas entre outros.
O programa de necessidades é dividido em quatro pavimentos, sendo que o acesso do pavimento térreo e o piso Cai Graco são pela Rua Vergueiro. O acesso pela Av. 23 de Maio fica direto à biblioteca e o subsolo de serviços. O piso dois é onde existe a possibilidade de abrir a estação Vergueiro de Metrô com prédio do CCSP, mas este projeto ainda não foi viabilizado. Como podemos ver no corte longitudinal:
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CCSP - corte – desenho complexo – Luiz Benedito de Castro Telles e Eurico Prado Lopes / 1975
37 CCSP - croqui dos arquitetos – Luiz Benedito de Castro Telles e Eurico Prado Lopes /1975
01- Serviços;
02- Piso Técnico,
03- Biblioteca (Entrada);
04- Vazio Central;
05- Rua de Distribuição;
06- Pinacoteca.
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O espaço interage com a cidade e abriga eventos culturais, além de ser um ponto de encontro de atividades cotidianas de estudo e expressões artísticas, criando um ambiente agradável em meio a rotina da grande cidade. O CCSP conta com áreas de exposição e auditórios em dois pisos. Videoteca, biblioteca, oficinas, além das áreas de convivência, serviços e apoio que estão espalhadas pelo edifício, criando harmonia entre os espaços, as rampas de acesso e os grandes vãos também ajudam na sutileza entre a transposição de pavimentos e os usos, a presença de áreas verdes internas e externas, e o terraço verde dialogam bem com o meio ambiente e o ambiente urbano. Pedro Costa
• Ficha Técnica: Local: São Paulo – SP (prox. Estação Vergueiro metrô) Área Aproximada: 50.000 m² Ano: 1981/1982 Projeto de Arquitetura e Coordenação de Projeto Complementares: Plae Arquitetura e Engenharia SC Ltda. Cálculo Estrutural: Maubertec Engenharia e Projetos Ltda. Estrutura de Concreto: Método Engenharia Ltda. Acústica: Igor Sresnewsky
Paisagismo: Koiti Mori e Klara Kaiser Pedro Costa
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38 Vista aérea de São Paulo do CCSP
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Vista aérea de São Paulo do CCSP
João Mussolin Área expositiva
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CINEMAS E AUDITÓRIOS
Terraço Verde Acessos Sanitários Serviço
Área expositiva
Área expositiva
Sossô Parma Área expositiva
TEATRO Área expositiva
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Segundo Maria Alice Junqueira Bastos no livro Pós-Brasília: Rumos da Arquitetura Brasileira, diz que “há uma despolitização da arquitetura: os arquitetos do Centro Cultural São Paulo não buscaram um desenho que, na dimensão da arte, fosse subversivo. Deixa de ser imperativo o discurso do grande espaço comunitário; da ausência de acabamentos; ou da concepção monumental que dignifica a população numa obra pública. Resta uma preocupação com o uso democrático da obra, dentro de uma consciência da heterogeneidade de público que se visava a atender”.
Pedro Costa
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CCSP - Vista Interior – Estrutura Mista
Pedro Costa
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Pedro Costa CCSP - Vista da Avenida 23 Maio
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CCSP - Vista Interior – Jogo de Rampas
O que sobram do mirante se tornam abandonados, sendo uma área degradada e mal vista pela sociedade.
6.3 Mirante 9 de Julho
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Localizado abaixo do Viaduto Bernardino Tranchesi (atrás do vão do Masp), no bairro Bela Vista da cidade de São Paulo, encontra se o Mirante 9 de Julho. 45
Vista aérea da localização MASP - Mirante
A área onde hoje existe o MASP era ocupada pelo casarão e salão de bailes da elite paulistana, Belvedere Trianon, que cedeu seu espaço para a instalação do museu apenas em 1968. Mas em meados de 1970 o prefeito da época, Paulo Maluf, retira a parte mais alta do que restava do antigo edifício para a construção de vias que desobstruiriam o trânsito da Av. Paulista.
A recuperação do Mirante 9 de julho aconteceu por meio de um termo de cooperação, a prefeitura autorizou que o consórcio Belvedere Mirante Nove de Julho, comandado por uma empresa de Facundo Guerra, explorasse comercialmente todo o viaduto por 36 meses, tendo como compensação a reforma do espaço e a realização de atividades culturais e educacionais. Foram quatro anos de projeto para que então fosse consolidado e inaugurado em agosto de 2015, pela parceria entre o grupo e a MM18 Arquitetura. O projeto tem como objetivo ser ponto de encontro e propagação de cultura, oferece wi-fi de uso livre, com mesas que apoiam o café e restaurante, apoio para realização de eventos sociais informais e cinema ao ar livre na escadaria de acesso.
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Complexo do túnel 9 de julho em construção, final da década de 1930. Acervo MM18 Arquitetos
Complexo do túnel 9 de julho antes da revitalização, 2015. Acervo MM18 Arquitetos
O Restauro do Mirante manteve toda a estrutura e acrescentou banheiros embaixo da escadaria, as cozinhas de apoio para o café e restaurante. O restaurante chamado Mercado Efêmero, da a oportunidade para chefs que ainda não possuem restaurante próprio. As exposições artísticas ficam nos pilares da estrutura e na Galeria Vertigem, que se encontra a 8 metros abaixo do Mirante, com 16 metros quadrados.
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48 Vias de Acesso para o mirante.
Frederico Evaristo
Cozinha de Apoio
Cozinha de Apoio
Café
Planta baixa
49 Frederico Evaristo
Área com Mesas Livres
Restaurante
Banheiros
50 Frederico Evaristo
Escadaria de Acesso
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Corte 1
Viaduto
Mirante 9 de Julho
Túnel Av. 9 de Julho
Corte 2 MASP
Viaduto Escadaria Mirante 9 de Julho
Galeria Vertigem Túnel Av. 9 de Julho
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Frederico Evaristo
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Frederico Evaristo
55 Detalhe do banheiro.
Área livre com mesas.
Frederico Evaristo
Frederico Evaristo
53 Escadaria de acesso.
55 Vista da cafeteria pra a área com mesas.
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[7. estudo da área do projeto] 7.1 Fluxograma e seu Desenvolvimento Para o bom planejamento e execução de projetos, principalmente de espaços públicos, como no caso de nossa proposta, é necessário o fiel cumprimento de algumas etapas. Etapas estas que passam pela análise do entorno, do terreno, das reais necessidades do local e da população e até a materialidade utilizada. Seguindo esses passos a possibilidade de erros é diminuída e há também o melhor aproveitamento dos recursos disponibilizados para o projeto, além da relação urbanística entre os diferentes usos na cidade que proporciona o uso total dos equipamentos pelos usuários e com o conforto de ter uma boa segurança, acessibilidade e prazer. Ao lado segue o fluxograma para o desenvolvimento do projeto “Espaço Aberto”:
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7.2 Análise do Entorno A região escolhida para o desenvolvimento do projeto Teatro Aberto, situa-se no bairro Ribeirânia da cidade de Ribeirão Preto, no estado de São Paulo, a qual foi escolhida por ser um bairro de caráter residencial, com edifícios comerciais e institucionais, mas com carência em espaços de lazer público. O lote a ser trabalhado tem proximidade com equipamentos institucionais de educação como a faculdade Estácio Uniseb, colégio SEB e a Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), assim muitos dos edifícios residenciais próximos são habitados por estes estudantes, que além da comodidade de morarem perto das instituições, procuram e precisam de lazer acessível e espaços de convívio público. Junto a esses habitantes, o bairro residencial abriga uma grande população que também precisa de acesso ao lazer público proporcionado pelo Espaço Aberto. 57
Thaís Buttros
Imagens do local escolhido para o projeto. 58
56 Área do Projeto Espaço Aberto
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Thaís Buttros
Espaço Aberto – Cultura e Lazer no Espaço Público 33
Em relação à predominância de usos verificados na área de estudo, podemos perceber pelo mapa, que a maior concentração é residencial. Logo, observamos alguns comércios e prestação de serviço, sendo esses em sua maioria estacionamentos. Isso evidencia a carência de espaços de lazer público na região.
N
59
Thaís Buttros
Thaís Buttros
60 RESIDÊNCIA
COMÉRCIO
SERVIÇO
Thaís Buttros
INSTITUCIONAL
USO MISTO
VAZIO
ÁREA VERDE
Alguns edifícios institucionais da região: UNAERP, COLÉGIO SEB E FACULDADE ESTÁCIO UNISEB
7.2.1 - MAPA USO DO SOLO Espaço Aberto – Cultura e Lazer no Espaço Público 34
61
N O Maior fluxo de veículos fica na vias arteriais e nas vias coletoras, Av. Maurilio Biagi, R. Leão XIII; As vias Locais, que são maioria, apresentam tranquilidade inclusive para pedestres, já que a circulação torna-se mais limitada, R. Abrahão Issa Halach, se torna extremamente movimentada em alguns horários, principalmente nos de entrada e saída das aulas da faculdade Estácio Uniseb, tendo seus picos de fluxo nos períodos diurno e noturno. A Av. Maurilio Biagi possui uma ciclofaixa de lazer nos finais de semana que poderia passar pelo Espaço Aberto, permitindo mais um tipo de acesso ao projeto. Como o lote escolhido fica ente a Av. Maurilio Biagi e a Rua Abrahão Issa Alack, o projeto cria um novo acesso entre elas para o pedestre também.
ARTERIAL
COLETORA
LOCAL
7.2.2 - MAPA DE HIERARQUIA VIÁRIA E FUNCIONAL Espaço Aberto – Cultura e Lazer no Espaço Público 35
N
N
ALTO ( + 5 PAVIMENTOS) CHEIO
MÉDIO (3 A 4 PAVIMENTOS) VAZIO
BAIXO (1 A 2 PAVIMENTOS)
O padrão espacial é diversificado, com uma predominância de edifícios de 1 a 2 pavimentos, contando com poucos lotes de gabarito alto (+5 pavimentos). A ocupação dos lotes mostra uma região com baixa densidade populacional, mas com tendência a se intensificar e ser vítima do fenômeno urbano da verticalização. O que justifica a proposição do parque.
7.2.3 – MAPA DE OCUPAÇÃO Espaço Aberto – Cultura e Lazer no Espaço Público 36
N
N
536 - 540
541 - 545
546 - 550 HIDROGRAFIA
551 - 560 LOTES
561 - 580 ÁREA VERDE
581 - 600 VEGETAÇÃO
601 - 610
A área pode ser considerada como bem arborizada, pois suas avenidas possuem canteiros largos e com vegetação e árvores, existem também alguns lotes com intensa arborização, criando equilíbrio entre cidade e meio ambiente. A topografia local é forte quando ao declive, começando a 601 – 610 metros descendo gradativamente até o lote trabalhado em 541 -545 metros e 536 – 540 metros. Sendo este um dos fatores que incentivaram a escolha por possibilitar no projeto a criação de um teatro ao ar livre respeitando e aproveitando a topografia existente
7.2.4 - MAPA DE TOPOGRAFIA E ÁREA VERDE Espaço Aberto – Cultura e Lazer no Espaço Público 37
7.3 Características Físicas do Lote
O lote escolhido encontra-se ao lado da instituição de ensino universitário Estácio Uniseb e de lotes residenciais. Para não restringir o uso apenas para os moradores do quarteirão e bairro, há a presença de pontos de ônibus à poucos metros do lote, dois na R. Abrahão Issa Halach e outros dois na Av. Leão XIII; a topografia tem diferença de 10 metros do topo ao ponto mais baixo. A carência de áreas de lazer e cultura público, leva os moradores locais, a buscar esses equipamentos em outras áreas, evidenciando assim a falta deste tipo de atendimento na escala do bairro. Thaís Buttros
63 Imagens do local escolhido para o projeto.
ESPAÇO ABERTO
Thaís Buttros Estácio Uniseb
62
N Ponto de ônibus
Espaço Aberto – Cultura e Lazer no Espaço Público 38
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O lote é um terreno particular que segundo entrevista, a ex aluna de Engenharia Ambiental da Estácio Uniseb, Angélica De Lucca, conta com uma grande quantidade de árvores, algumas espécies nativas e exóticas, que formavam um maciço, pois as copas se tocavam. Com a grande diversidade de espécies arbóreas, principalmente frutíferas, atraiam muitos pássaros insetos e até saguis. Para a supressão da vegetação foi necessário autorização por órgão ambiental competente, o qual tomou as medidas necessárias para diminuir os impactos ambientais decorrentes da supressão através de uma compensação ambiental. A área antigamente era usada pelos alunos do curso de Engenharia Ambiental da Faculdade Estácio Uniseb, pois o terreno pertencia ao antigo dono da instituição, Chaim Zaher. O local seria então utilizado como estacionamento, mas por problemas de negociação atualmente esta parado, com estrutura pronta para o uso.
ESC.: 1:500
Thaís Buttros
65
N
Thaís Buttros
66
Imagens do local escolhido para o projeto.
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[8. o projeto] O parque Espaço Aberto tem como proposta, requalificar a área, integrando e propagando a cultura na cidade, tirando o lazer dos espaços restritos dos shoppings e levando para rua de maneira acessível a todos. Para um melhor aproveitamento do terreno de topografia acidentada, o espaço foi organizado em patamares, contando com um mirante em deck de madeira no topo, descendo para o segundo patamar se encontra uma área de exposição e leitura coberta por pergolado metálico, e no mesmo uma arquibancada verde para o grande palco central que é dividido em dois, um voltado para esta arena, tendo estrutura para peças de teatro e exibições cinematográficas e outro para a parte de baixo do terreno, possibilitando apresentações de porte menor, na parte inferior foi projetado uma praça de alimentação que também tem espaço para atividades e eventos temporários, como feiras livres, além da grade área verde ao redor das atividades. Todos os espaços desenvolvidas para o parque, foram criados baseadas no conceito de liberdade e flexibilidade, trazendo para os usuários, um novo ponto de encontro na cidade, onde é possível a prática de atividades de cunho cultural e convívio, um local aberto para se expressar.
Vista do A. Maurilio Biagi
Vista do palco central de cobertura metálica
Espaço Aberto – Cultura e Lazer no Espaço Público 40
Vista do Mirante
Vista do Muro Artistico
Vista área de leitura e exposição
Vista do Mirante para o segundo patamar e Área Molhada
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Vista do Palco para a arena
Vista do Palco para praça de alimentação
Vista da praça de alimentação
Vista do estacionamento
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[9. referências projetuais] Eduardo Borges
9.1 Parque de Los Deseos Autoria: Felipe Uribe de Bedout Eduardo Borges
Local: Medellin, Colômbia Área: 12.431 m²
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Contratante: Empresas Públicas de Medellín Objetivo: O Parque de Los Deseos é um espaço que nasceu por Empresas Públicas de Medellín a fim de conectar a ciência e tecnologia à vida da população. Foi criado também com a finalidade de expandir o conhecimento sobre astronomia, por meio de espaços interativos e onde os usuários também conseguem aproveitar diferentes sensações. Localização e características do entorno: Está localizado na zona Norte da cidade e possui vários equipamentos nos seus entorno, como o Planetário Municipal, a Casa da Música, o Jardim Botânico, entre outros. Programa: O espaço está dividido por setores: um espaço aberto, que abriga as experiências interativas, e um edifício com comércio, sala para exibições e palco para projeções. O parque oferece muitas atrações lúdicas.
Eduardo Borges
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Eduardo Borges 69
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9.2 Praça Coronel Custódio Fernandes Pinheiro (Praça Pôr do Sol) Autoria: Miranda Martinelli Magnolli Local: Bairro Alto de Pinheiros, São Paulo, SP Ano do projeto/conclusão: 1967 Localização e características do entorno: A Praça Coronel Custódio Fernandes Pinheiro - Praça Pôr do Sol, localiza-se no bairro-jardim de Alto de Pinheiros, zona oeste de São Paulo, que teve seu surgimento por um loteamento iniciado pela Cia City em 1925. O bairro tem uma ocupação predominante residencial e a praça destaca-se por ser o espaço verde da região. Programa e setorização de atividades: A praça foi proposta para contemplação da vista existente. O ambiente é utilizado para vários usos diferentes e ocasionais como, eventos com cinema, música, piquenique, isso devido principalmente a grandes áreas gramadas e sombreadas pelas árvores. Além de possuir playground e bancos espalhados pelo local.
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Davi Martins
Davi Martins
71
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Rafael Pinho
9.3 Parque da Pampulha Autoria: Mariana Hardy e Fernando Maculan Local: Belo Horizonte, Minas Gerais Início do projeto: 2003 Área: 30ha
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Contratante: Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte. Objetivo: O principal foco do projeto gira em torno do turismo, lazer e educação ambiental, além de trabalhar com comunicação visual. Localização e características do entorno: Conhecido como Parque Ecológico da Pampulha, o espaço, fornece à população da cidade a aos turistas uma programação constante sobre educação ambiental, cultural, patrimonial e voltada ao trânsito. Rafael Pinho
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Rafael Pinho
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Jeff Grass
9.4 Miller Outdoor Theatre Autoria: William Ward Watkin Local: Houston, Estados Unidos Início do projeto: 1992 Área: 30.000m²
Como o próprio nome diz é um teatro, um auditório a céu aberto, ou praticamente aberto, nessa caso. Com uma estrutura impecável, não deve nada a qualquer outro teatro do mundo. Possui cerca de 1705 lugares para as pessoas sentarem e a presença do gramado em declive comporta mais aproximadamente 4500 pessoas, aumentando a capacidade do teatro para 7000 pessoas. É um teatro que funciona por 8 meses no ano (Março a Novembro) e oferece todo o tipo de show.
Jeff Grass
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Jeff Grass
Jeff Grass
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9.5 Outras Referências:
81
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Cinemateca Brasileira, promove exibições em salas e ao ar livre.
Parque Ibirapuera, além de projetar filmes, também tem áreas de convívio, lazer e cultura.
80
Praça Victor Civita, que além de filmes também tem palco para teatro e shows. 83
84
85
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Bryant Park
Cemitério Hollywood Forever, Cinespia
Street Food Cinema
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[10. bibliografia] ARENDT, Hannah. A condição humana. 10 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005. ARTIGO - Modificando temporariamente a cidade: espaços urbanos experimentais em Aarhus, Dinamarca; encontrado em http://www.archdaily.com.br/br/781853/modificando-temporariamente-a-cidade-espacosurbanos-experimentais-em-aarhus-dinamarca acessado em 27 de junho de 2016 ARTIGO - O direito ao lazer e as relações de trabalho; encontrado em http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8081 acessado em 27 de junho de 2016 BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001. DUMAZEDIER, J. Lazer e Cultura Popular. São Paulo: Perspectiva, 2000. FILME – Tempos Modernos, Charles Chaplin, 1936
FILME – Cinema Paradiso, Giuseppe Tornatore, 1988 HERTZBERGER, Herman. Lições de Arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 1999. Larousse Cultural – Grande Dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo. Nova Cultural Ltda, 1999. MASCARELLO,Fernando História do cinema mundial disponível se.com.br/cinema/historia+do+cinema+mundial.pdf acessado em 27 de junho de 2016
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em
http://sesc-
[11. guia de imagens] Imagem
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2 http://www.magazine-hd.com/apps/wp/wp-content/uploads/2016/03/modern-times-destaque.jpg
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3 http://www.stevecutts.com/
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4 http://www.stevecutts.com/
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5 http://www.stevecutts.com/ 6 http://www.stevecutts.com/
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7 http://panorama.org.pt/2015/sessoes/s09/
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8 http://jc.ne10.uol.com.br/blogs/deolhonotransito/2016/03/30/via-mangue-comeca-sofrer-com-favelizacao/ 9 http://brasilescola.uol.com.br/geografia/tipos-poluicao.htm
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10 http://brasilescola.uol.com.br/geografia/tipos-poluicao.htm 11 http://www.archdaily.com.br/br/781853/modificando-temporariamente-a-cidade-espacos-urbanos-experimentais-em-aarhus-dinamarca
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12 http://www.archdaily.com.br/br/781853/modificando-temporariamente-a-cidade-espacos-urbanos-experimentais-em-aarhus-dinamarca
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80 https://catracalivre.com.br/wp-content/uploads/2016/05/Foto_de_Claus_Lehmann.jpg
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81 https://catracalivre.com.br/wp-content/uploads/2016/01/cinemateca_Fernando_Fortes.jpeg
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82 http://3.bp.blogspot.com/-J6ZWCgLjpZo/VjT1EgknfLI/AAAAAAAAFRM/N0WTVCgHmEs/s1600/365-Filmes-Projecao-Filme-Auditorio-Ibirapuera-Mostra-Cinema-Sao-Paulo.jpg
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83 https://4.bp.blogspot.com/-eTq5Fr2FqQY/VrNQ8Eo7VkI/AAAAAAAAEjw/hLNi-eLdfJI/s1600/bryant-park-filmes-ver%25C3%25A3o.png
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84 https://www.instagram.com/cutiesatcinespia/
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85 http://www.welikela.com/wp-content/uploads/2015/03/street-food-cinema.jpg
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Espaço Aberto – Cultura e Lazer no Espaço Público 50
MURO DE ARRIMO
7.00
50
1.3 0
1.
DE I= SCE 8,3 3%
DECK MADEIRA DETALHE 2
SO I=8 BE ,33 %
0 1.5
1.30 1.30
DESCE I=8,33%
GUARDA CORPO
MURO DE ARRIMO SOBE % I=8,33
2.00
TIJOLO INTERTRAVADO
D
ES
CE
DESCE
1.00
DESCE
ESCALA: 1:400
DESCE I=8,33%
DE I= SCE 8,3 3%
CE DES 3% I=8,3
PAREDE DE GRAFITE, BANHEIROS E DECK
RESTAURANTE
SOBE
BE SO
SO I= BE 8,3 3%
BE
SO
VISTA SUPERIOR DO PALCO E RESTAURANTES
TIJOLO INTERTRAVADO
ESTACIONAMENTO
SOBE I=8,33%
ESTACIONAMENTO
AV. MAURILIO B
IAGI
VISTA DA FACHADA AV. MAURILIO BIAGI
LAYOUT ESCALA: 1:200
ESCALA - 1:200, 1:400
DATA: 29/11/2016
arquitetura e urbanismo
FOLHA: IMAGENS
1/3
3.00
COBERTURA DE VIDRO
TIJOLO INTERTRAVADO
CORTE AA ESCALA: 1:100
REVESTIDA COM PLACA DE CIMENTO
RUFO E CALHA
3.00
TELHA FIBROCIMENTO I=7%
2.58
TELHA FIBROCIMENTO I=7%
RUFO E CALHA
2.62
2.62
PORRO PVC
LAJE PRELL
4.15 2.10
1.80
2.10
4.15
2.10
7.00
LAJE PRELL
CORTE BB ESCALA: 1:100
COBERTURA DE VIDRO
REVESTIDA COM PLACA DE CIMENTO
INAL
7.00
TERRENO ORIG
CORTE CC ESCALA: 1:100
COBERTURA DE VIDRO
DECK DE MADEIRA DETALHE 2 MURO DE ARRIMO
TELHA FIBROCIMENTO I=7% RUFO E CALHA
RUFO
2.80
2.10
3.00 2.80
2.80
TIJOLO INTERTRAVADO
1.10
FORRO PVC
INAL
5.35
TERRENO ORIG
.45
1.00
2.10
BASE DE CONCRETO PARA
5.45
2.12
PROJETOR
.45
1.00
1.80
CIMENTADO .45
.20
4.15
BASE DE CONCRETO PARA 2.10
BANCO DE MADEIRA
.30 1.10
1.40
1.80
L.P.
TELHADO VERDE DETALHE 1
L.P.
2.80
.82
1.20
REVESTIDA COM PLACA DE CIMENTO
.40
CER.
MURO DE ARRIMO
CORTE DD ESCALA: 1:100
ESCALA - 1:100
DATA: 29/11/2016
arquitetura e urbanismo
FOLHA:
2/3
A4 RUFO
RUFO 1.20
0.80 2.10
1.50 CX
4.00
02 APOIO CX
CX
CX
CX
2.80
CALHA RUFO
A2
COBERTURA APOIO
ALINHAMENTO DA ARQUIBANCADA
ESCALA: 1:100
2.10
0.80 2.10
A2
CX
2.80
2.10
B.W.C. PLATAFORMA ELEVADA
LAJE PRELL
CALHA RUFO
4.40
1.50 APOIO
Telha Fibrocimeto 6mm
RUFO CALHA
DESCE
1.20
.30
.30
0.80 2.10
2.66
4.40
1.21
1.20
7.60
CORTE A2
ESCALA: 1:100
ESCALA: 1:100
9.00
8.00
2X CAIXA 1000 LITROS
2.00
COBERTURA PALCO
3.10
6.68
2.00
TELA DE ARAME
ESCALA: 1:200
PALCO 1
6.68
TELHA ONDULADA
3.20
1.10
LANCHE 5
2.90
.51 1.10
1.53
2.80
1.02
1.02 .51
1.70
0.70 2.10
A3
0.90 2.10
3.20
2.10 LANCHE 3
ESCALA: 1:50
0.90 2.10
LANCHE 4
3.85
4.00
3.20
1.25
2.92
CAMARIM
.45
9.15
0.90 2.10
0.90 2.10
2.00
3
DETALHE 01
8 3.
85
2.00
2.00
12.40
2.00
2.00
ESCALA: 1:25
5
3.
2.00
2.92
.45
2.27 0.70 2.10
5 3.
3
0.90 2.10
1.50
4.00 0.90 2.10
3. 5
1.50
1.10
LANCHE 2
18.00 18.00
0.90 2.10
3.85
4.82
0.90 2.10
ACESSO ENTRE OS PALCOS 0.90 2.10
2.80
1.10
0.90 2.10
0.70 2.10
3.20
1.20 3.90
0.70 2.10
W.C.FEM.
1.25
SOBE
A3
6.20
2.27
1.58
1.20
BASE EM ALVENARIA
2.40
.30 1.20
.30
4.62
0.90 2.10
LAJE PRELL
ACABAMENTO DE
LANCHE 1
3.95
2.10
0.80 2.10
1.20 1.20
4.82
15.00
1.20
6.20
1.58
W.C.MASC.
2.00X0.60 2.00
0.90 2.10
1.70
BARROTE 0.90 2.10
3.85
CONDUTOR
57
1.20
6.
CAMARIM
0.90 2.10
3.95
TERRA
2.90
9
1.20
2.20
6.0
3.20
8
6.
2.28 1 .7 3 2.20 1 .4 8
4 1.
57
1. 73 2.28
09 6.
0.90 2.10
1.20
2.00X0.60 2.00
PALCO 2
03 RESTAURANTE ESCALA: 1:100
A1
1.20
.99
RUFO
RUFO
RUFO
ESCALA: 1:100
CALHA RUFO
CALHA RUFO CALHA RUFO
RUFO CALHA
RUFO TELHADO VERDE
CALHA RUFO
A4
TELHA FIBROCIMENTO 6mm - I=30%
CALHA RUFO
04 PALCO
RUFO CALHA
RUFO CALHA
CALHA
CALHA RUFO
1.80
REVESTIDA COM PLACA DE CIMENTO
COBERTURA RESTAURANTE ESCALA: 1:100
L.P. FORRO PVC
5.35
9.25
2.12
7.50
PROJETOR
TELHADO VERDE DETALHE 1 TELHADO VERDE DETALHE 1
VIGA I LAJE PRELL
1.20
1.80
1.20
.70
LAJE PRELL
.70
LAJE PRELL CIMENTADO
BASE DE CONCRETO PARA 2.10
RUFO/CALHA
VIGA I .20
4.15
2.10
BASE DE CONCRETO PARA
CORTE A4
CER.
CER.
CER.
CER.
.90
.90
CER. MURO DE ARRIMO
CORTE A3
ESCALA: 1:100
ESCALA: 1:100
ESCALA - 1:100, 1:200
DATA: 29/11/2016
arquitetura e urbanismo
FOLHA:
3/3