Par贸quia Santa Maria - Demarchi - S茫o Bernardo do Campo
Ano I | Agosto / Setembro 2014
“A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus” Expediente A revista THEOTÓKOS é uma publicação bimestral da Paróquia Santa Maria Rua Albino Demarchi, 1233, Demarchi, São Bernardo do Campo – SP Tel.: (11) 4347-7999 Pároco Padre Gonise Portugal da Rocha Jornalista responsável Lígia Valezi da Silva (Mtb 72617) Projeto gráfico e diagramação Nathália Araújo e Thaís Araújo Revisão Taíse Palombo Comercial / Financeiro Ana Maria dos Reis Impressão MM Produções Gráficas Tiragem 2.000 exemplares Colaboraram na primeira edição: Camilo Gonçalves de Lima, Clara Botelho, Cláudio Brandão, Ester Valezi da Silva, Jéssica Portugal, Maria das Graças Lima Santiago, Nadia Gambassi, Sergio Monteiro Gomes e Pastoral do Dízimo Horário das Missas Paróquia Santa Maria Domingo: 7h, 10h e 18h Segunda, quinta e sexta-feira: 19h Sábado: 15h Capelas Imaculado Coração de Maria e Nossa Senhora de Fátima Domingo: 8h30 Terça-feira: 19h Comunidade Vila das Valsas Sábado: 19h30 Expediente da Secretaria Terça a sexta, das 9h às 12h e das 13h30 às 17h Sábado, das 8h às 11h www.paroquiasantamariasbc.com.br santamariademarchi@gmail.com Facebook: santamariademarchi
Queridos irmãos no mês de setembro, a Igreja nos convida a um olhar mais detalhado sobre a Bíblia, Palavra de Deus escrita em linguagem humana. Temos uma ferramenta muito útil para nos ajudar, a Exortação Apostólica Evangelli Gaudium (A Alegria do Evangelho), do Papa Francisco. É muito belo quando Francisco fala da importância de uma homilia breve, bem preparada, que evidencie o mistério pascal de Cristo. Ele usa a metáfora de uma ‘mãe que conversa com o seu filho’ com ‘palavras que fazem arder o coração’ e que devem ser preparadas com meditação, oração e estudo, coerência e testemunho e que toque a realidade do povo de Deus, com linguagem simples e profunda. O papa insiste em um processo de evangelização que resgate a dimensão kerygmática e mistagógica e que acompanhe pacientemente com novas linguagens e símbolos, fundamentada sobre a Palavra de Deus e que toque as questões sociais, promovendo integralmente o ser humano. O evangelho deve provocar os cristãos a agirem no mundo, incluírem os pobres, os fragilizados e os indefesos das violações contra a vida humana e pede para que se lute pela paz social e se construa um diálogo interdisciplinar entre fé, razão e ciência e que seja um diálogo ecumênico. Por fim, evangelizar com um espírito que se abre sem ‘medo à ação do Espírito’ (EG 259) por um renovado impulso missionário e sob a proteção de Maria, a mãe da evangelização. Para quem ouve as homilias de Francisco, não terá problemas ao ler o texto. É direto, não tem interpolações, visa tocar o coração do homem e da mulher de hoje, mesmo que o texto seja longo, 288 parágrafos. Ele resgata as grandes linhas do Concílio Vaticano II e os desafios contemporâneos e convida a Igreja a ser samaritana, a olhar os caídos pelas estradas do nosso cotidiano na sociedade. Muitas dessas questões deverão ser retomadas no Sínodo no ano que vem sobre a família! Quanto às fontes do documento, não é um documento autorreferencial. Não se autocita na exortação. Resgata as Conferências Episcopais dos diversos continentes, resgatando o aspecto da participação e da subsidiariedade e de uma Igreja sempre reformada. Que possa vir ares novos para dentro da Igreja, que permitam a reflexão teológica crítica e a abertura ao diálogo com o mundo para que juntos possamos chegar ao bem desejado por Deus, a felicidade humana! “A alegria do evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus”: assim inicia a Exortação Apostólica “Evangelii Gaudium” com a qual o Papa Francisco desenvolve o tema do anúncio do Evangelho no mundo de hoje, recolhendo por outro lado a contribuição dos trabalhos do Sínodo que se realizou no Vaticano, de 7 a 28 de Outubro de 2012, com o tema “A nova evangelização para a transmissão da fé”. Padre Gonise Potugal da Rocha Pároco
Setembro, mês dedicado à Bíblia Diácono Everson Neves Mendes
Jesus Cristo basearam-se nos textos vétero-testamentários. Após a morte de Cristo, a pregação dos Apóstolos formou uma nova tradição. Porém, diante do grande número de comunidades que se formaram a partir do anúncio da Boa Nova, e com a aceitação de estrangeiros nessas e nas novas comunidades, a mensagem precisou ser escrita, traduzida e adaptada. No século quatro (no ano 325 d. C), a Igreja se reuniu em Concílio na cidade de Niceia, o qual, dentre outros, tinha o condão de estabelecer o “cânon”, ou a lista de livros sagrados considerados autênticos. Neste Concílio, os livros foram estudados, estabelecendo-se então a ordem ainda hoje conservada. Embora houvesse muitos livros que os judeus não aceitavam, os Santos Padres da Igreja ponderaram os prós e contras e definiram a lista que foi aprovada. O cânon da Bíblia, ao qual nada pode ser acrescentado, condensa a Revelação de Deus na história, que aconteceu de forma gradual conforme a evolução do homem. Isso significa que pela palavra da Sagrada Escritura se pode conhecer a salvação consumada na pessoa de Jesus Cristo. Assim, aproveitando o mês de setembro como o mês dedicado pela Igreja à Bíblia, parece recomendável uma íntima e profunda aproximação da Palavra de Deus, que em outras palavras é aproximar-se do próprio Cristo.
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FOTO: JÉSSICA PORTUGAL
A palavra grega Bíblia deriva do grego bíblos ou bíblion, que significa “rolo” ou “livro”. São ao todo setenta e três os livros bíblicos considerados canônicos pela Igreja CatólicaApostólica Romana, sendo 46 livros do Antigo Testamento e 27 do Novo. O cânon da Bíblia Católica contém sete livros a mais no Antigo Testamento comparativamente com as Bíblias usadas pelas religiões cristãs não católicas e pelo Judaísmo. Os diversos livros que compõem as Sagradas Escrituras foram escritos basicamente em três idiomas diferentes: o hebraico, o grego e o aramaico. Com exceção dos livros denominados deuterocanônicos - Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico (Ben Sirac ou Sirácida) e Baruc - todo o Primeiro Testamento foi escrito em hebraico (hebraico consonantal). Existem ainda adições aos livros de Ester e Daniel, e a alguns capítulos do livro de Daniel, os quais originalmente foram redigidos em aramaico. Em grego comum, além dos já referidos livros deuterocanônicos do Antigo Testamento, foram escritos praticamente todos os livros do Novo Testamento. Calcula-se que a Septuaginta (ou tradução dos Setenta), a primeira tradução da Bíblia, foi feita entre 200 a 300 anos antes de Cristo, esta tradução realizada pelos chamados setenta sábios, visava, principalmente, atender aos judeus que viviam fora dos territórios do antigo Israel e que não compreendiam mais a língua hebraica. Segundo os estudiosos, a formação da Bíblia situa-se no período histórico compreendido entre 1100 ou 1200 a.C. a 100 d.C, sendo considerado o Cântico de Débora, que se encontra no livro dos Juízes (Jz, 5), o mais antigo escrito bíblico. A parte mais antiga da Bíblia, no início, foi transmitida oralmente nas reuniões que havia nos santuários, prevalecendo, neste tempo, os relatos dos acontecimentos do deserto do Sinai, da aliança de Deus com o povo. Mas o interesse manifestado pelos jovens em conhecer o que tinha acontecido antes disso levou à composição das histórias dos Patriarcas e ainda a história da criação do mundo. Pode-se dizer que esses relatos são um retrospecto didático histórico feito a partir do Cântico de Débora. Como a transmissão oral acontecia em santuários diversos, esse fato ensejou a existência de pequenas diferenças na catequese do norte e na do sul, decorrendo daí duas tradições: a Javista – Deus era tratado sempre por Javé e Eloísta – e na outra, Deus era tratado como Elohim. A tradição oral perdurou até os tempos de Davi, quando foram redigidos os textos da tradição Javista; meio século depois apareceram os escritos Eloístas. Por volta de 721 a.C., na época da divisão dos reinos, muitos sacerdotes do norte fugiram para o sul, e a partir de então as duas tradições foram compiladas num só escrito. Além dessas tradições, há ainda a Deuteronomista - encontrada casualmente em 622 a.C. por pedreiros que trabalhavam num templo - e também a Sacerdotal, nova compilação das catequeses antigas de Israel, datada do século seis a.C. Ao final, as quatro tradições, combinadas entre si, compuseram o Pentateuco da Bíblia atual. Mas, a partir de Josué, a tradição oral passa a ser escrita somente por volta de 550 a.C. A princípio, os escritos do Novo Testamento não foram elaborados com a finalidade de serem acrescentados à Bíblia. No tempo de Cristo e dos Apóstolos, o livro sagrado era apenas o Antigo Testamento. As pregações do próprio
Vocação: Caminho de todos Padre Gonise Portugal da Rocha Vocação sempre indica um chamado. E quem chama sempre deseja alguma coisa da pessoa a quem chama. Deus não age de forma diferente. Só que Deus, ao chamar, antes de pedir, ele dá. Deus, chamando o homem, lhe dá a vida, a existência e, com a vida, lhe dá também a liberdade. Deus não quer agir sozinho. Por isso, quando Deus chama, ele espera uma resposta; pois está confiando ao indivíduo uma missão. O chamado de Deus é sempre um desafio: Ao sermos chamados à vida, é-nos confiada uma determinada missão (vocação), a de sermos felizes com os outros e que assim todos possamos viver bem. Ao sermos chamados à fé, pelo batismo, nós nos comprometemos a seguir os ensinamentos de Jesus Cristo e a colaborar com os homens na busca da verdade, do bem, vivendo como irmãos. É a vocação cristã. Ao sermos chamados a um determinado estado de vida (sacerdotal, religiosa, matrimonial), assumimos um compromisso específico com a comunidade eclesial, de realizar sua missão de ajudar os demais homens a encontrarem a felicidade, aquela que Deus deseja para todos. Para que isso aconteça, é indispensável que cada um faça desabrochar a vocação que está em seu interior (Mt 25,14-30 - Parábola dos talentos) e a faça desenvolver, fortificando-a com a palavra de Deus e com a oração. As capacidades e dons que temos devem estar voltados para as necessidades dos outros. Quanto mais o homem está voltado para o outro, mais realizado e feliz será. O verdadeiro amor é o que busca a felicidade do outro e não a própria. Podemos dizer: Vocação é a oferta divina que exige uma resposta e um compromisso com Deus. Nesta definição percebemos três aspectos: - oferta (chamado) de Deus. - resposta do homem. - compromisso com Deus e com o irmão. A resposta do homem deve ser constantemente reassumida. É no dia-a-dia que vai se fazendo caminho e assumindo os riscos do SIM dado. Portanto, vocação é descoberta do próprio ser pessoal. Todo homem é chamado a aperfeiçoar a bondade que existe - em germe, em seu interior - a descobrir a sua vocação, a construir um mundo fraterno onde haja sol e vida para todos. Vocação é um convite pessoal, que Deus dirige a cada um. Cada ser humano tem algo de pessoal e uma maneira pessoal de realizá-lo. Ao descobrir sua vocação, o homem está descobrindo-se a si mesmo. Daí a necessidade de permanecer atento a tudo, para perceber a própria vocação. Seguir uma vocação é buscar incansavelmente uma resposta aos próprios anseios. Todo homem é chamado a decidir-se, a assumir os valores descobertos em si e não poupar esforços para alcançar os objetivos propostos.
COMO SE MANIFESTA UMA VOCAÇÃO? Os fatos falam para quem os sabe ouvir. Há indivíduos que passam, ao longo da vida, sem encontrar motivações para viver. Isso porque ficam surdos à voz de Deus que fala no recolhimento da oração e também nos acontecimentos da vida. “Deus fala continuamente, muitas vezes e de muitos modos” (Hb 1,1). É importante saber ler e interpretar tudo aquilo que se passa ao nosso redor, para descobrir o plano de Deus a nosso respeito. Realizar o plano de Deus é realizar a própria felicidade. O QUE É SEGUIR UMA VOCAÇÃO? Seguir uma vocação é viver a vida com intensidade. É responder aos apelos de Deus. É renovar, converter-se, ir além, superar-se constantemente. Seguir uma vocação é dar grandeza ao coração. É vencer todas as resistências. É seguir o apelo divino que chama para uma missão, para um serviço. Ao dizer SIM, a pessoa não está livre da angústia, da incerteza e da morte. O próprio Cristo disse Sim desde toda a eternidade à vontade do Pai e, entretanto, na cruz exclamou: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?”. Vocação é ponto de partida. Descobri-la é uma das condições para alcançar o ponto de chegada. O importante é partir. (Sai da tua terra e vai, onde te mostrarei...). VOCAÇÃO É UM ESTADO DE VIDA Todo homem é chamado a ser homem, realizar-se fazendo algo. Deus convoca, faz seus apelos ao homem a cada momento da vida. Vocação, portanto, é o eco de Deus a ressoar dentro da pessoa. Realiza-se a vocação dentro de um determinado estado de vida. Os mais conhecidos são: matrimônio, sacerdócio e vida religiosa. Portanto, descobrir e assumir a vocação num determinado modo de vida é viver a felicidade de servir. É no seu estado de vida que a pessoa realiza a missão insubstituível que Deus lhe confiou. Toda vocação é o resultado comum de duas decisões livres:
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- De Deus, escolhendo e chamando amorosamente ao homem. - Do homem respondendo livremente ao apelo divino. A vocação vai despertando e se desenvolvendo lentamente e silenciosamente. Na entrega diária à vontade de Deus, descobre-se a verdadeira resposta. A decisão sempre deve ser pessoal e livre, sem interferência de ninguém.
A cada semana uma reflexão Giovanna Roggi A palavra vocação deriva-se do verbo latim vocare e significa “chamar”. Assim, na Igreja Católica, acreditamos que somos chamados, por Deus, a realizarmos certas missões durante nossas vidas. Para reconhecer e aceitar esse chamado é preciso muita oração. Desse modo, a cada domingo de agosto, somos convidados a rezar por uma determinada vocação. No primeiro domingo, comemoramos o dia do padre, com o objetivo de agradecermos a Deus pelos nossos sacerdotes e orarmos para que novos jovens busquem a missão sacerdotal. Já no segundo domingo, comemoramos o dia dos pais, com o intuito de rezarmos por as nossas famílias e pela vocação familiar.
No terceiro domingo, somos convidados a comemorar o dia dos catequistas, para rezarmos pelas pessoas que se dedicam a ensinar as doutrinas da Igreja e a Boa Nova de Deus. Por sua vez, no quarto domingo, comemoramos o dia dos religiosos e das religiosas, com o objetivo de rezarmos pelas pessoas que são consagradas a Igreja, como por exemplo, as freiras. Por fim, no quinto e último domingo do mês, celebramos o dia dos leigos. Os leigos são todos que participam e vivem a Igreja. Nesse dia, rezamos para que, cada vez mais, possamos viver a nossa fé no nosso cotidiano, nas nossas casas, no nosso trabalho e nos nossos estudos.
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Família, primeira igreja do cristão Adi Camargo (com colaboração de Madalena Galize) Entre os dias 10 e 16 de agosto, celebrou-se a Semana Nacional da Família, evento promovido pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) que a cada ano propõe algum tema para reflexão nos lares católicos. Sabe-se que grande parte das vezes a evangelização começa dentro de casa. Por conta dessa data, conheça um pouco do trabalho da Pastoral da Família na paróquia. A pastoral tem por objetivo levar até as famílias a palavra de Deus em sua total amplitude, sendo ela pelo evangelho, declarando o amor de Jesus Cristo ao ser humano, sem distinção ao estado em que ela se encontra; ou também levar a palavra em forma encarnada, solícita e singular, conforme o Espírito Santo enviar aos corações das pessoas. A Pastoral Familiar tenta resgatar os verdadeiros valores cristãos da família, embora ela esteja tão banalizada pela sociedade em suas formas de conduta, com falsos valores que nada somam à verdadeira riqueza da vida e seus aspectos no qual cremos e vivemos. Na Paróquia Santa Maria, iniciou-se na década de 90, a Pastoral Familiar nunca carregou a bandeira pastoreira que hoje carrega, porém sempre trabalhou de forma ativa nos grupos, atuando das mais diversas maneiras de evangelização, na construção e valorização das famílias de nossa região. Essas formas eram muito peculiares, por exemplo, os encontros de casais, a catequese, a evangelização porta-a-porta levaram muitas famílias a se encontrarem com o evangelho de Jesus Cristo Ressuscitado, e que hoje têm frutos produzidos nos mais diversos ministérios, pastorais e movimentos que compõem a paróquia. Visto que hoje em dia, depois de passar por várias formulações até atingir a máxima nas atribuições que a igreja nos indica, temos um formato que mais se assemelha à realidade, de forma a pastorear as famílias. Longe da perfeição, mas com o foco destemido em alcançar através cia total de sua vocação, a pastoral familiar hoje conta com uma equipe de aproximadamente 35 agentes, com integrantes casados na Igreja, casais de segunda união, viúvas, divorciados, solteiros, numa forma
bem diversificada em relação às tradicionais formações de equipe. Afinal, a igreja não deve fazer distinção de ninguém, nem da forma e do estado que se encontram, mas aproveitar o testemunho que cada um oferece na construção do Reino de Deus. Esses agentes estão em constante formação, se aperfeiçoando para saber como trabalhar com a realidade do mundo atual e os desafios para levar o amor de Cristo àqueles que são chamados em sua dignidade a viverem o amor que brota do coração misericordioso de Deus. Essas formações se dão através dos meios oferecidos pela Diocese de Santo André, como seminários, cursos, formações e convites para discussão de temas atuais como, por exemplo: a valorização da vida em sua total amplitude, os ensinos de planejamento familiar, informações sobre métodos anticoncepcionais e seus riscos à saúde e à vida, apoio aos menos favorecidos, formações para encontro de noivos e namorados, encontros de formação para as famílias, além de formações oferecidas por outras comunidades ou entidades. A Pastoral Familiar da Paróquia Santa Maria tem o privilégio de ser um dos poucos grupos da Diocese que têm encontros semanais, aprofundando-se nos mais diversos tipos de assuntos relacionados à família, trabalhados de forma espiritual, seja por meio de pregações, dinâmicas, reflexões, com o intuito de chamar a atenção das famílias para a importância de se unirem. E que, juntos busquem, por meio da oração o discernimento, apoio e informação para lidarem com suas dificuldades diárias. Para aprimorar essa ação de evangelização, união e restauração das famílias, a pastoral realiza também encontros de noivos trimestrais, que preparam casais para o matrimônio. Celebra anualmente a Semana Nacional das Famílias; o dia nacional em defesa da vida; promove a transformação e reflexão através de novenas de Natal; encontro para casais; encontro das famílias; visitas nas casas com oração do terço e atendimento sacerdotal para unção dos enfermos; confraternizações valorizando a família e as celebrações da vida matrimonial, entre outros. Fica aqui o convite para você fazer parte da Pastoral Familiar. Todas as quartas-feiras, às 19h30, na matriz paroquial. Venha nos prestigiar, traga sua família e faça parte desse grupo que é um “sonho de Deus”.
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Eucaristia: Ceia Do Senhor, Fração do Pão, Assembleia Eucarística, Memorial da Paixão e Ressurreição, Santo Sacrifício, Comunhão, Pão Vivo Descido do Céu Nadia Gambassi Tantos títulos nos fazem pensar no tamanho do amor de Deus por sua obra prima – o homem. Depois de termos refletido sobre o sacramento do Batismo, continuaremos o caminho da iniciação cristã, encontrando-nos com o sacramento da Eucaristia para contemplar e conviver com o mistério de nossa fé cristã. Jesus quer que estejamos unidos a Ele, por isso nos dá o seu Corpo e o seu Sangue através do sacramento da Eucaristia. Jesus disse: “Eu sou o pão vivo, descido do céu, Quem come deste pão viverá eternamente (...). Quem come minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna (...) permanece em mim e eu nele” (Jo 6, 51.54-56). Na celebração eucarística (missa), Jesus se oferece em sacrifício pelos amigos ao Pai e, ao mesmo tempo, se dá em alimento a todos os fiéis. Lendo as narrativas dos milagres realizados por Jesus no evangelho de Mateus, nota-se que Jesus toca àquele que grita por sua ajuda. Lendo a narrativa de nossa vida, vemos que Jesus não só toca a cada um, mas Ele fica em cada um que O procura através da Eucaristia: é muito bom pensar que Jesus quer se fazer alimento espiritual, não só pela palavra, mas pela presença eucarística: é realmente a coroa de amor de Deus para com os homens. A Sagrada Escritura nos conta: na noite, antes de ser traído, Ele tomou o pão, agradeceu, partiu-o e deu-o aos discípulos com as palavras: “Tomai e comei todos vós, isto é o meu corpo, que é entregue por vós. Tomai e bebei, isto é meu sangue da nova e eterna aliança, que será derramado por vós para remissão dos pecados”. Dessa maneira, Jesus institui a Eucaristia, que é banquete e sacrifício ao mesmo tempo: corpo imolado e oferecido a comer – sangue derramado e oferecido a beber, e encarrega os apóstolos a fazer o mesmo em Sua memória. Assim a Igreja celebra a Eucaristia continuamente, em memória do Senhor até que Ele volte. Cristo está presente na missa na pessoa do padre, está presente nas espécies eucarísticas do pão e do vinho, está presente na palavra e no gesto com que Ele se imola. Então, o verdadeiro sacerdote da missa é o próprio Cristo; o padre é apenas instrumento nas mãos de Cristo. Diante de tal amor, é válido meditar como deve ser a postura do cristão para receber o “Pão Vivo descido do céu”. 1.A preparação deve começar quando pensamos em nos arrumar para ir à missa. O fato de nos prepararmos fisicamente (roupas limpas e decentes), já é sinal de desejo de encontrá-Lo. Além de nos prepararmos através do vestuário, a Igreja pede uma hora de jejum (abster-se de alimento sólido e bebida, a não ser água), preparando, assim, também o nossa alma para o Senhor. 2. Ao chegarmos à Igreja, a reverência que fazemos, o cumprimentar nossos irmãos de fé, o silêncio, a meditação a respeito do que vai acontecer, são atitudes de quem deseja se encontrar com seu amado. 3. Para receber Jesus Eucarístico, devemos reconhecer nossos erros, sejam eles veniais ou mortais. Quem quiser comungar deve sentir o desejo de receber Jesus para santificação de sua vida, daí a importância do ato penitencial na missa e da procura do sacramento da confissão quando sentir necessidade. 4. Não se comunga o Corpo de Cristo sem antes comungar da Palavra, ou seja, devemos participar da missa desde o seu início. 5. Caminhando em cada parte da missa, prepare todo o ser e a alma para o encontro pessoal com Jesus
Eucarístico: abre-se a porta do coração para que Ele entre e faça morada. 6. No grande momento eucarístico, nada mais importa; não vemos ninguém ao nosso redor, porque tudo se torna menor diante do encontro com Jesus. Não é hora de pedir, de se lamentar (isso já fizemos no decorrer da missa), mas de silenciar (para saborear o encontro com Jesus), é hora de louvar, de agradecer o grande amor de Jesus por você. Lembre-se sempre: Jesus quer ser alimento para o espírito e, assim, tornar-nos membros atuantes de seu corpo místico (pensemos nisso). Na comunhão fazemos unidade com o Senhor. Somos UM com Ele, nós vivemos por Ele, com Ele. Podemos dizer como São Paulo: “Já não sou eu quem vive, mas é Cristo que vive em mim” (Gl 2, 20). A comunhão é o centro da nossa religião e da nossa vida. A comunhão é sinal do penhor da glória futura; “Quem come a minha carne viverá eternamente” (Jo 6, 50). Para a Pastoral Catequética Infantil, o clima da preparação para o dia da Primeira Comunhão é carregado de mistério, suspense, ansiedade, expectativa para aqueles que se prepararam. A primeira confissão, o jejum eucarístico, a postura corporal e o modo de receber a hóstia consagrada... Tudo coopera para que a marca do primeiro encontro com Jesus Eucarístico seja inesquecível e perpetue para a vida toda de cada criança. Em nossa paróquia os encontros catequéticos se realizam às sextas-feiras (manhã, das 8h às 10h – tarde, das 14h30 às 16h30) e aos sábados (manhã, das 9h às 11h – tarde: 13h às 15h).
Reflexão 1. Como nos sentimos e nos vemos na relação com o Sacramento da Eucaristia, hoje? Você acredita que é o momento de silenciar e agradecer ou de pedir mais um pouco? 2. Quais recordações da catequese e do dia da Primeira Comunhão você tem? 3. Como está a nossa fé em relação à presença real de Cristo na Eucaristia?
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Fonte de pesquisa: Catecismo da Igreja Católica e Revista Família Cristã
Conheça um pouco da história da Capela Imaculado Coração de Maria Sergio Monteiro Gomes O início se dá em meados dos anos 90, quando o bairro Terra Nova II começava a surgir e a construir suas primeiras casas. Alguns moradores de famílias católicas rezavam terços nas residências e, a cada terço rezado, mais e mais pessoas se uniam a esse grupo de religiosos. Existia naquela época, no bairro Demarchi, um Grupo de Jovens chamado Shalom, que pertencia ao Movimento Sacerdotal Mariano. O grupo era chamado para visitar famílias e levavam em suas missões a imagem da Imaculada. Um dia, quando atenderam ao pedido de Maria Rosemeire Candido de Andrade para participarem do terço em sua casa, os jovens perceberam que estavam ali presentes pessoas unidas com muita fé e devoção a Nossa Senhora, e por serem muito bem acolhidos por todos, presentearam o grupo fazendo a doação da imagem de Nossa Senhora, tornando-se por esse ato o motivo de inspiração para a construção de uma capela no bairro com o nome de Imaculado Coração de Maria. Daquele dia em diante, não se falava em outra coisa a não ser a construção da capela. A Rose (coordenadora) tratou logo de convidar a Odete, os casais Tião e Laura, Paulo e Edna, Vicente e Graça, Raimundinho e Fátima, Ivone, Márcia e Madalena, que imediatamente se integraram ao grupo para juntos verificarem com o Padre José Aguirre a possibilidade de se construir uma capela no Parque Terra Nova II e que pudesse atender aos moradores do bairro, que amparasse, e proporcionasse a eles melhor acesso a quem tivesse que caminhar até a Igreja Santa Maria para participar da missa. Algumas missas eram celebradas na Associação dos Moradores do Bairro, e mais tarde na Escola Estadual Ayrton Senna, em espaço cedido gentilmente pela diretora.
Diante da necessidade apresentada, o padre José não decidiu de imediato, foi preciso muita conversa, mas enfim, foi tanta insistência que aceitou o pedido, dizendo que faria o possível para a construção da capela, mas que precisaria contar com o apoio de todos para a compra do terreno e buscar recursos financeiros, pois a obra custaria muito. Começava então uma batalha a enfrentar, não se mediu esforços para nada e tratou-se logo de ir à luta, pois o objetivo estava para ser alcançado, e assim foi feito: criou-se a “Campanha do Metro”, para a compra do terreno. A cada morador foi oferecido simbolicamente um metro do terreno, e rapidinho se conseguiu arrecadar o necessário, só restando de ali em diante começar a colocar o primeiro tijolo e seguir em frente. Na época da fundação, sendo ainda esse projeto pouco conhecido, tornava-se muito difícil conseguir ajuda e arrecadar fundos. Foi preciso fazer um trabalho incansável para conseguir a verba necessária, almoços comunitários, bingos, rifas, quermesses e tudo mais, e a obrigação de anunciar a cada morador as conquistas conseguidas, para que as pessoas entendessem a importância de se ter uma capela e não continuassem confundindo com Associação de Amigos, como frequentemente acontecia. Hoje esse quadro está muito mudado. A luta ainda permanece, é muito dura é verdade, mas não deixamos de sonhar em querer sempre o melhor, pois trabalhar para as obras do Senhor é o prazer maior que se tem na vida. A Capela do Imaculado Coração de Maria pode oferecer bom atendimento, e receber muito bem aos visitantes e fiéis do bairro, mas a messe não para por aí, é sempre preciso contar com a contribuição de todos para a manutenção e investimentos necessários dos equipamentos e do mobiliário, dos eventos e comemorações tradicionais, além dos grupos e programas de capacitação e motivação da comunidade. Ao longo dessa dura jornada, a capela conquistou reconhecimento de toda a comunidade da Igreja Santa Maria, do bairro Demarchi, como uma casa de oração muito influente em nossa vida. A comunidade da Capela Imaculado Coração de Maria tem muito orgulho de sua história, e considera esse o seu principal patrimônio, sendo a fonte de toda a força, vontade, experiência e conhecimentos acumulados.
“Ao longo dessa dura jornada, a capela conquistou reconhecimento de toda a comunidade da Igreja Santa Maria...”
Agenda
Além das missas, a capela tem em sua agenda fixa o grupo de oração, que ocorre às terças-feiras, após a celebração eucarística; grupo de artesanato às 14h, das terças; catequese para adultos, às quintas-feiras, 20h; catequese infantil, aos sábados, 9h; e terço dos homens - grupo que completou seis anos de existência – às sextas, 19h30.
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