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Prof ssora Vivi

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Conhecemos através do Youtube o trabalho da Pro essor Vivi, um encanto! Através de um avatar e muita animação, ela disponibiliza para o público aulas de alfabetização, trabalha com os temas afetividade e artes, e também dá dicas de como criar um avatar no aplicativo Zepeto.

Entramos em contato com a Professora Vivi para que ela nos contasse um pouco sobre o seu trabalho como educadora.

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Com a palavra, Vivi:

Meu nome é Viviane Cristina Ferreira, tenho 47 anos. Sou divorciada e mãe de dois filhos: Lucas, 29 anos (casado) e Gabriel de 19. Sou mineira da cidade de Nova Lima, mais conhecida como “terra do ouro”.

Sou formada em Pedagogia pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), pós graduada em psicopedagogia e psicomotricidade pela Ferlagos - RJ e Educação inclusiva, Educação de jovens e adultos e Ensino religioso pela Faculdade Batista de Minas Gerais.

Professora de 1º e 2 º ciclos da Rede pública de ensino de Belo Horizonte há 17 anos. Durante esse tempo, passei por quase todos os setores de trabalho dentro da escola. Atuei no 1º ciclo, 2º ciclo, Educação de Jovens e Adultos, coordenação pedagógica, coordenação geral.

Aprendi nessas vivências com a

diversidade, que todos nós temos algo a ensinar e algo a aprender. Mas meu primeiro emprego na área de educação foi como auxiliar de biblioteca numa escola também da Rede Municipal de Belo Horizonte, onde permaneci por 5 anos até ser nomeada professora. Ali me encantei pela literatura, como nunca, até então.

Atuei também como Supervisora concursada do Estado de Minas Gerais por 6 anos e atuei em escolas da região metropolitana. Todas essas experiências fizeram-me apaixonar pela alfabetização, mas especialmente a oportunidade de acompanhar como supervisora, o trabalho de excelentes profissionais numa escola de Educação infantil chamada E. E. Delfim Moreira, na região central de Belo Horizonte.

Lá, observando as intervenções realizadas, fui construindo minha identidade profissional. Deixei minha contribuição, mas recebi em dobro conhecimentos que hoje utilizo em minhas aulas e também no conteúdo digital que me proponho a produzir.

Desde que iniciei meu trabalho como professora, produzia vídeos caseiros com o intuito de alcançar mais crianças, valorizando a diversidade e consciente de que, a cada dia, a tecnologia avança surpreendentemente e que devemos acompanhar a evolução tecnológica se quisermos alcançar êxito com nossas crianças.

A princípio, eu levava os alunos diariamente para a sala de multimídia por 50 minutos (o tempo de uma aula) e percebia que eles não queriam voltar para a sala. Se encantavam ao ouvir minha voz por meio da TV. Muitos ficavam olhando para mim para ver se era eu quem estava narrando o conteúdo televisivo.

Resolvi, então, transformar essas aulas num projeto e conquistei uma TV 42 polegadas dentro da sala de aula (raridade até mesmo nos dias

atuais). Continuei produzindo vídeos porque os resultados com o trabalho superavam em muito os anteriores.

As crianças passaram a ficar mais atentas e a entender melhor os conteúdos apresentados e eu conseguia alcançar também os que apresentavam dificuldades de aprendizagem. As respostas foram muito satisfatórias. Agora nos encontramos diante de um problema mundial, que nos acometeu, a Pandemia da Covid-19. Embora a Rede em que trabalho não tivesse, inicialmente, apresentado proposta de aulas remotas, decidi por iniciativa própria que faria algo para que as crianças não fossem tão prejudicadas e pudessem continuar vivenciando as aprendizagens escolares, mesmo que virtualmente. Não só meus alunos, mas as crianças de modo geral.

Foi aí que surgiu o canal no Youtube, cuja proposta é alfabetizar letrando, tendo como base a ludicidade, a arte e a afetividade. Acreditando que as novas tecnologias e as animações têm tido cada vez mais espaço na vida de nossas crianças e também dos professores, optei pela criação do Avatar como ferramenta pedagógica.

Foi um grande desafio, formular essa proposta com recursos tão limitados, mas valeu a pena. O retorno tanto das crianças como dos pais tem sido positivo, o que me incentiva a continuar o trabalho. A proposta é aprender brincando e, de desafio em desafio, vamos alcançando vidas.

Quando eu era pequenino fazia barquinhos de papel de todas as cores e tamanhos. Usando a imaginação, ele eram navios, veleiros, jangadas ou batéis gostava de tomar banho de chuva e colocar meus barquinhos nas poças do quintal brincava que navegava pelos mares enfrentando as tempestades e os piratas cruzava oceanos e salvava tesouros... Que saudades dos barquinhos de papel!

Poema: Thais Matarazzo Arte: Ulysses Galletti Do livro “Nove gavetas” (Matarazzo, 2019)

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