1 - Espaço público de assistência e reintegração do idoso

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ESPAÇO PÚBLICO DE ASSISTÊNCIA E REINTEGRAÇÃO DO IDOSO

2015

Thaís Souza de Andrade



ESPAÇO PÚBLICO DE ASSISTÊNCIA E REINTEGRAÇÃO DO IDOSO Autora: Thaís Souza de Andrade Orientadora: Rita Fantini

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO UNISEB TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO Ribeirão Preto 2015



THAIS SOUZA DE ANDRADE Caderno de projetos elaborado como item obrigatório para obtenção do título de arquiteta e urbanista sob a orientação da Profa. Ms. Rita Fantini. Centro Universitáio ESTÁCIO - UNISEB Ribeirão Preto, Junho de 2015

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AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida. Aos meus pais Sérgio e Nilda por tudo o que fazem por mim e por tudo que vêm me ensinando ao longo de todos esses anos. Pelo companheirismo, compreensão e paciência, principalmente na reta final , mais precisamente nesse ano do Trabalho de Conclusão de Curso. Agradeço ao meu irmão Daniel por ter me acompanhado nos levantamentos no local escolhido para o projeto bem como ido visitar alguns lares existentes em Ribeirão Preto em minha companhia. Agradeço aos meus professores que me ensinaram desde o primeiro ano de faculdade, em especial à minha orientadora Rita Fantini, pelo apoio, ajuda e incentivo para este trabalho, durante o ano todo, inclusive quando todos nós passamos por um momento muito difícil. Continuando então, agradeço em especial também ao Professor Francisco Gimenes ( in memoriam) por ter sido meu convidado da primeira banca e por ter me proporcionado diversas dicas para continuar o meu trabalho. Finalmente, agradeço aos colegas e amigos da sala, onde dividimos as mesmas dificuldades e demos forças um para os outros para que terminássemos nosso trabalho com êxito e realização.

DEDICATÓRIA

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Dedico o meu trabalho aos idosos do Lar São Vicente de Paulo, em Leme-Sp, que me inspiraram e me despertaram a vontade de projetar um espaço destinado à terceira idade; e principalmente, aos meus queridos avós, que são minha fonte de inspiração diária, meu orgulho e meus exemplos: Helenice, Lourdes (in memoriam), Raul ( in memoriam) e Hélio.


" Guardam no olhar e na pele as marcas de toda uma vida. Guardam em si uma infinidade de conhecimento que nos transmitem, é com eles que aprendemos. Aprenderam a lidar com as feridas de uma forma admirável. Dão-se intensamente a cada dia... Devolver lhes o amor é o mínimo que podemos fazer". (Blue Shell)

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO Apresentação do trabalho Problemática Justificativa Infraestrutura existente em Ribeirão Preto : visita aos lares Quadro Teórico PROJETOS DE REFERÊNCIA Lar de Idosos Peter Rosegger Wozoco - Conjunto Habitacional Fundação Oscar Americano Centro de Cultura e Lazer - Sesc Pompéia LOCAL Escolha do Local Levantamento do entorno

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PROJETO

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CONCLUSÃO

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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INTRODUÇÃO


APRESENTAÇÃO DO TRABALHO O Projeto consiste em um espaço de convivência e permanência para a terceira idade. No local serão desenvolvidas diversas atividades visando o bem –estar do idoso, bem como seu envelhecimento saudável e feliz. Prioriza-se sua reintegração à sociedade, permitindo-lhe viver com respeito, conforto e dignidade. Vale ressaltar que o intuito do projeto é proporcionar inclusive a integração entre as gerações onde todos

poderão passar o dia no edifício, tendo acesso à atividades físicas, culturais, lazer, entretenimento, acesso à profissionais da saúde e informações. Porém, em relação à moradia, o edifício é destinado ao habitar apenas dos idosos que por algum motivo foram abandonados, ou devido à dificuldades como a falta de condição financeira e física da família ou ainda por opção própria.

TEMA

APRESENTAÇÃO

Desenvolvimento de um espaço público responsável pelo envelhecimento saudável e feliz do idoso, onde suas necessidades físicas e psicológicas serão atendidas, priorizando sua reintegração à sociedade através principalmente do incentivo da integração entre as gerações.

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PROCESSO DE ESCOLHA O interesse em projetar um espaço destinado à terceira idade surgiu devido à uma experiência que tive quando ainda cursava o colegial. Minha escola (em Leme, Sp), na época desenvolveu um projeto onde todas às sextas-feiras nos reuníamos em um OBJETO abrigo chamado São Vicente de Paulo, onde levávamos comida e atividades para distrair os idosos. Passávamos a tarde toda com O objeto consiste em um espaço público que atenda as eles, lanchando, ouvindo suas histórias e contando as nossas, e o necessidades da terceira idade, inclusive a de inclusão, onde os que mais me chamou a atenção na época foi a falta do que fazer no idosos poderão passar o dia ou morar no local. local. Ficavam uns nos seus quartos, outros na sala vendo televisão, outros sentados no jardim, porém poucos deles conversavam entre OBJETIVO si. Faltavam atividades de lazer, que os reunisse, que incentivasse a O principal objetivo do projeto é tornar –se um espaço público amizade entre eles e o convívio em grupo. permanente de encontro, convívio e assistência principalmente Sempre que ia, procurava conversar com um senhor/ à melhor idade, para que possam viver com todo o conforto e senhora diferente, para ouvir suas histórias. Uns me contavam que respeito que merecem, permitindo-lhes que possam envelhecer nem sabiam o porquê estavam ali. Outros diziam que a família com qualidade de vida, cercados de atividades que garantam seu estava ocupada, mas que ia sempre visitá-lo/a. E, o que mais me bem estar e sua alegria. O público alvo poderá viver no local, bem espantou, foi uma senhora que me disse que pediu para ir morar como apenas passar o dia dividindo suas experiências, cultivando no abrigo pois nele teria com quem ficar, com quem conversar, já amizades e desfrutando dos benefícios oferecidos pelo programa que vivia sozinha em sua casa pois seus 3 filhos e marido já não do projeto. estavam mais com ela. Os anos se passaram e em 2014, amadurecendo minha ideia sobre a escolha do tema, retornei ao local e pude ver que nada mudou: o ócio, a falta do que fazer predomina aquele ambiente, o Abrigo São Vicente de Paulo, Leme - SP tornando triste e sem –graça para quem reside ali. Por isso escolhi como projeto um espaço destinado à convivência entre diferentes gerações, para garantir um programa de diversas atividades e lazer , proporcionando o convívio em grupo e demonstrando seus benefícios, não permitindo o abandono dos velhos, uma vez que uma das coisas que eles mais valorizam é a família, a história que possuem e querem compartilhar com todos à sua volta , reintegrando-os à sociedade e permitindo que envelheçam com todos os seus direitos, com dignidade e respeito. Além de ser um espaço de convivência, será destinado à moradia dos idosos, com toda a salubridade que precisam e que merecem. Figura 1 Figura 2 Fonte: Arquivo Pessoal

Fonte: Arquivo Pessoal


PROBLEMÁTICA O número de idosos vem aumentando gradativamente no Brasil, e este fato se deve ao aumento da expectativa de vida da população, alcançada através da melhora nas condições de vida, diminuição na taxa de natalidade, ao avanço da tecnologia permitindo maiores pesquisas no campo da saúde, da educação, entre outros. Tal fato faz com que seja necessário a reintegração das pessoas idosas ao

restante da população, bem como a realização de mudanças no planejamento urbano das cidades, para que possam atender seus cidadãos de idade garantindo que usufruam de seus espaços e equipamentos públicos e que possam envelhecer de forma digna. A evolução da população idosa pode ser observada nos gráficos abaixo: No ano de 1960 o gráfico da população brasileira se apresentava em forma de uma pirâmide, com a base larga (muitas crianças e adolescentes), poucos adultos e pouquíssimos idosos. Isso se deve ao fato da taxa de natalidade ser maior na época (não havia acesso às informações e facilidade de obtenção de métodos contraceptivos e a mulher não estava ativamente inserida no mercado de trabalho e a expectativa de vida bem menor (as condições de vida não eram boas como as da contemporaneidade .

No ano de 2010, o gráfico da população brasileira se apresentou em forma de gota, o que significa que houve uma redução de sua base (diminuiu a taxa de natalidade: as mulheres passaram a optar por ter menos filhos e facilidade de acesso à informações, além de estar inserida no mercado de trabalho. Há um maior número de adultos e jovens, o que representa uma maior PEA (população economicamente ativa), ou seja, em idade para trabalhar.

Em 2050, o gráfico da população se apresentará em forma de pote: aumentará intensamente o número de idosos, chegando a se igualar ao número de adultos e jovens, devido ao aumento da expectativa de vida. O número de crianças e adolescentes irá se reduzir mais ainda, o que presume ser por a mulher estar cada vez mais inserida no mercado de trabalho e os custos da criação dos filhos. Fonte: Censo IBGE 2010

PROBLEMÁTICA

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JUSTIFICATIVA DO TRABALHO Como foi dito anteriormente, o mundo todo vem passando por um processo de envelhecimento da população, devido à globalização e o avanço da tecnologia está havendo uma melhora nas condições de vida das pessoas, o que permite que elas vivam por mais tempo. E no Brasil, o quadro não é diferente. Logo se torna necessário que o país e o governo desenvolvam programas visando as necessidades como a mobilidade, a autonomia e o bem –estar dessa parte da população, como centros de apoio, lazer e entretenimento, saúde e educação e moradia; fornecendo toda uma infraestrutura que permita que o idoso seja reintegrado à sociedade e que possa viver com dignidade e em constante contato com as outras gerações. Entretanto, é notório que o governo não proporciona a assistência necessária que o idoso precisa. Muitos deles se encontram em situação de abandono, não são desenvolvidos programas que incluam a terceira idade à sociedade e nada que garanta uma grande longevidade. O que existe de centros de convivência, abrigos e apoio é pouco perto da grande demanda de pessoas. Em sua maioria, os abrigos não possuem programas para que o idoso possa se sentir bem e como se estivesse em casa. Faltam atividades que permitam a interação entre eles, que desenvolva suas capacidades, que incentive a amizade, o encontro, a troca de experiências, que mostre os benefícios da convivência em grupo; uma vez que não basta apenas dar moradia e alimento, já que as necessidades essenciais para a felicidade e a saúde de um indivíduo vão muito além disso. Faltam locais que permitam um envelhecimento com qualidade de vida, cercado de novas experiências, novas histórias, com incentivo às interações sociais e que preze a felicidade e o bem –estar de cada um.

Fonte: Atlas 2013

14 JUSTIFICATIVA DO PROJETO

E em Ribeirão Preto, cidade escolhida para o projeto, não é diferente. Através dos gráficos coletados, percebe-se o envelhecimento da população, sendo que em 2001 os idosos formavam 5% do total da população, e em 2010 formavam já 8,7% na cidade. Porém a prefeitura deixa a infraestrutura destinada à terceira idade muito à desejar.

De acordo com a tabela acima, formulada através de dados do SEADE, o índice de envelhecimento da população de Ribeirão Preto, em 2014, foi de 75,67%, ou seja, a expectativa de vida está cada vez maior na cidade. Completando com os dados acima, o município possui 13,80% de idosos em sua população total, o que é uma média muito grande. Ambos os dois dados (índice de envelhecimento e população com mais de 60 anos) estão acima da média do estado. Porém, há poucas iniciativas do governo da cidade para garantir um envelhecimento com qualidade de vida. Há poucos espaços e equipamentos que promovam a reintegração dos idosos à sociedade, bem como poucas Instituições de Longa Permanência que permitam com que envelheçam felizes e saudáveis. Concluindo, foi devido aos fatos descritos acima que foi escolhida a cidade de Ribeirão Preto para a realização do projeto. Há uma demanda muito grande de idosos que não possuem incentivos suficientes para continuar exercendo seu papel como cidadão, seus direitos sob à cidade. Será construído um complexo, o qual promoverá a reintegração do idoso à sociedade, bem como a integração entre as gerações, com o objetivo de promover ao idoso grande longevidade, disponibilizando um espaço com uma grande diversidade de programas e atividades, onde suas necessidades serão atendidas e sua felicidade e conforto estarão sempre em primeiro lugar. A seguir são apresentadas algumas das instituições existentes em Ribeirão Preto de assistência ao idoso e instituições de longa permanência, onde algumas delas foram visitadas, as quais estão longe de ser um lugar onde eles possam se sentir em casa, com sua privacidade e, ao mesmo tempo, felizes em estar em um lugar público com diversas pessoas diferentes.


Os centros de convivência e abrigos citados acima são apenas as instituições públicas ou vinculadas à prefeitura. É claro que além das instituições descritas existem também os centros particulares, destinados apenas às pessoas cuja família tem poder aquisitivo suficiente para manter seu parente no local. VISITA AO LAR VILA DIGNIDADE No dia 25 de março de 2015 fui visitar o lar Vila Dignidade, vinculado com a Prefeitura, em Ribeirão Preto. O local tem disponibilidade para 18 idosos, porém no momento há 15 morando lá. Não há a opção de apenas passar o dia, as pessoas que moram lá possuem cada um a sua casa, que são como chalés, todos iguais, distribuídos um ao lado do outro. Cada um conta com um banheiro, um quarto, uma sala e uma cozinha, uma vez que não há um espaço público dentro da Vila para eles além de uma praça central. Realizam suas refeições diárias e assistem televisão cada um em sua habitação, sendo então um ambiente totalmente privado, onde inclusive cada um abastece sua casa de mantimentos e objetos. As atividades desenvolvidas no local são: aulas de música, ioga, brincadeiras como bingo (inclusive existe um programa que inclui diversas pessoas para fazer bingo beneficente para abastecer o lar) e jogos de mesa. Há uma praça central com equipamentos de exercícios físicos e funciona também como local de encontro. Quando há bailes em outros lares da cidade, disponibilizam vans para levar os velhinhos e buscá-los. Possuem liberdade de ir e vir: os idosos podem sair a hora que quiser e voltar a hora que quiser. A responsável pelo lar comentou que muitos não possuem famílias, alguns até possuem porém foram abandonados e outros ainda possuem contato com seus entes. Complementou ainda que não há enfermeiros no local, 24h por dia, por isso não é aconselhável que idosos em condições mais debilitados permaneçam ali. Entre os pontos negativos deste lar estão a localização (localizado no Jardim Botânico, onde não há infraestrutura de comércio, equipamentos e serviços, além de não haver linhas de ônibus que passam na rua do lar), a falta do incentivo ao convívio

Serviço de Acolhimento Institucional para Idosos ILPI Assistência de Caridade Vicentina - Lar Vicentino Assistência de Caridade Santa Rita de Cássia Casa do Vovô - Sociedade Espírita Cinco de Setembro Lar Padre Euclides Lar dos Velhos da Igreja Presbiteriana de Ribeirão Preto Lar do Vovô Albano Abaixo estão descritas duas das visitas realizadas, em dois lares diferentes: o Lar Vila Dignidade, vinculado à prefeitura e o Lar Vicentino, que é filantrópico.

em grupo, bem como atividades que propiciem a integração entre os moradores; uma vez que até as refeições são individuais. Não existe um estímulo para que possam compartilhar suas vidas, histórias e experiências, ou seja, que torne o envelhecimento mais feliz. O ambiente é extremamente individualista, o que pode ocasionar sofrimento por solidão ou até mesmo sensação de abandono. As fotos abaixo mostram a distribuição das casas em chalés e a praça central existente.

Figura 3 Figura 4 Fonte: http://www.ribeiraopreto.sp.gov. Fonte: http://www.ribeiraopreto.sp.gov. br/scidadania/i27dignidade.php br/scidadania/i27dignidade.php

Figura 5 Fonte: http://www.ribeiraopreto.sp.gov. br/scidadania/i27dignidade.php

INFRAESTRUTURA EXISTENTE

INFRAESTRUTURA EXISTENTE NA CIDADE DE RIBEIRÃO PRETO RELACIONADA à PROGRAMA PARA IDOSOS Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Idosos Circulo de Trabalhadores Cristãos Centro de Artesanato e Promoção Humana - CENARPH Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Idosos Comunidade Totus Tuus Centro de Convivência de Idosos Dona Germana Centro Rosa Gileno Tácio

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VISITA AO LAR VICENTINO

INFRAESTRUTURA EXISTENTE

No dia 25 de março de 2015 fui visitar o Lar Vicentino. Consiste em um Lar que possui convênio com a prefeitura, porém é filantrópico: os responsáveis recolhem a aposentadoria dos idosos que ali residem e pegam uma parte para conseguir manter a instituição e suprir a necessidade de seus moradores, e os 30% restantes repassam para eles. Trata-se de uma moradia para os idosos, não há a opção de apenas passar o dia. As pessoas que estão lá é devido ao abandono ( a maior parte) ou por falta de tempo da família para cuidar delas. A capacidade do lar é de 30 idosos, porém atualmente abrigam 26. Diferente do Vila Dignidade, nele prezam pela convivência em grupo: as refeições são coletivas, há uma sala de estar com televisão, além de um pátio com bancos ondem podem sentar para conversar. O espaço se distribui da seguinte forma: há uma ala feminina, com quartos femininos, onde se distribuem 2 ou 3 mulheres por cada suíte; uma ala masculina, onde se distribuem 2 ou 3 homens para cada suíte também; uma enfermaria, um refeitório, uma sala de estar, uma sala de cinema, sala de fisioterapia e Terapia Ocupacional, um jardim com bancos, um almoxarifado, um depósito, uma capela, cozinha e despensa, além da recepção.

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Área Comum de Descanso Figura 6 Fonte: Arquivo Pessoal

Sala de Cinema Figura 11 Fonte: Arquivo Pessoal

Horta Figura 7 Fonte: Arquivo Pessoal

Refeitório Figura 12 Fonte: Arquivo Pessoal

Entre as atividades disponíveis estão a Terapia Ocupacional, a fisioterapia, os bailes que ocorrem uma vez por mês, passeios no cinema, na praça, no parque Curupira, jogos como baralho e dominó, sala de cinema, entre outros. Dispõem de uma minivan para realizar o transporte dos idosos para os locais externos ao lar, porém, diferente do Vila Dignidade, eles não possuem liberdade de ir e vir, não podendo sair sem autorização. Há um enfermeiro responsável pelo lar e mais duas enfermeiras no período diurmo e duas no período noturno, uma vez que possuem uma grande quantidade de idosos em situações mais debilitadas. A convivência em grupo é um dos fatores que usarei como referência no projeto. Ela é imprescindível para acabar com o sentimento de solidão e de abandono que muitos idosos sentem ao serem transferidos para uma instituição. Abaixo estão algumas fotos registradas em loco, que retratam os principais espaços formadores do Lar Vicentino.

Moradora: Sra. Mitiko Figura 8 Fonte: Arquivo Pessoal

Lavanderia Figura 9 Fonte: Arquivo Pessoal

Enfermaria Figura 10 Fonte: Arquivo Pessoal

Dormitório Figura 13 Fonte: Arquivo Pessoal

Banheiro das Suítes Figura 14 Fonte: Arquivo Pessoal

Cozinha Indusrial Figura 15 Fonte: Arquivo Pessoal


AS MANEIRAS DE CARACTERIZAR O ENVELHECIMENTO A partir de que momento a pessoa pode se considerar idosa? A resposta é variável, digamos que depende do contexto histórico , geográfico e social nos quais está inserida. Diversos médicos especialistas afirmam que não há uma idade definida, pois cada pessoa envelhece de forma diferente e está inserido em distintas realidades culturais e sociais. Por exemplo, uma pessoa idosa no Japão , cuja expectativa de vida é 89,1 anos é diferente de uma pessoa idosa em Serra Leoa, em que a expectativa de vida é 41,5 anos.( DORNELES, 2006). O envelhecimento pode acontecer de seis maneiras diferentes. Uma delas é biologicamente, que é a mais usual, uma vez que é o processo contínuo durante a vida, iniciado na concepção ou na puberdade. Pode acontecer intelectualmente, percebido através dos lapsos de memória, falhas na atenção e na dificuldade de aprendizado; socialmente , onde o envelhecimento é percebido através das características detectadas pertencentes da pessoa idosa, variando de acordo com a cultura, o transcorrer das gerações e a condição de vida e de trabalho da sociedade em que estão inseridas. Outras formas de perceber o envelhecer são funcionalmente, onde ocorre a deterioração da saúde mental, causando dependência; economicamente , também mais conhecida, que ocorre quando a pessoa se aposenta e deixa de ser economicamente ativa. Por último, cronologicamente: depende do desenvolvimento econômico da sociedade em que está inserida. Pode se dizer que atualmente é o critério mais utilizado, devido a necessidade de delimitação da população em diversas pesquisas administrativas ou epidemiológicas.(DORNELES,2006). As fotos abaixo ilustram pessoas idosas e felizes. Apesar de todo o processo de envelhecimento e as alterações que ele provoca, temos todos o dever de ter respeito e cuidar dos nossos idosos, pois como foi dito anteriormente, comporão a maior parte da população nos próximos anos. Proporcionar-lhes felicidade, o bem-estar e qualidade de vida é nosso dever e obrigação.

Figura 16 .Fonte: pauloramires.wordpress.com

AS ALTERAÇÕES QUE OCORREM DURANTE O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO Ao envelhecer, o idoso passa por diversas mudanças em seu corpo. Seja o surgimento de rugas na pele, o aparecimento de doenças ou até mesmo uma mudança de comportamento. Mas as principais mudanças estão nos aspectos funcionais do corpo, como por exemplo: - no Sistema Cardiovascular, onde ocorre a redução da função cardíaca; devido ao aumento do colesterol no sangue, a circulação já não possui a mesma eficácia, a pressão arterial tende a subir, o coração possui mais trabalho para mandar o sangue para periferia. - no Sistema Pulmonar podendo ocasionar insuficiência respiratória e doenças pulmonares obstrutivas crônicas. - no Sistema Imunológico, onde a probabilidade das doenças aparecerem são bem maior nos idosos além do fato de poderem ser mais graves; uma vez que o sistema já não opera com tanta eficiência no Sistema Endócrino, onde aumenta riscos de diabetes, problemas na tireoide, suprarrenais, entre outros. - na Função Renal, onde há casos de insuficiência renal, retenção urinária, problemas na próstata. - na Função Hepática, riscos de insuficiência hepática, riscos de problemas na vesícula. - no Sistema Nervoso, como dificuldade de concentração, lapsos de memória, doenças neurológicas crônicas. - no Sistema Reprodutor, onde ocorre a redução da produção hormonal; - no Sistema Musculoesquelético, onde aumenta-se o risco de doenças como a osteoporose, alterações posturais, e a redução da mobilidade articular, deixando as pessoas da terceira idade mais suscetíveis à fraturas, quedas e acidentes. (DORNELES,2006). Também podem ocorrer alterações nos sistemas sensoriais, levando ao idoso uma maior probabilidade de sentir tonturas e vertigens; dificuldades na audição, diminuição na percepção de gostos e odores; além dos problemas na visão: com o envelhecimento podem surgir problemas como a vista cansada (presbiopia), dificuldade ao enxergar objetos próximos, bem como dificuldade em adaptar-se à alterações de luminosidade e restrição na visão periférica. (DORNELES,2006).

Figura 17 Fonte: www.abrale.org.br

O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO

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Nos idosos brasileiros, as principais doenças que afetam sua saúde são o Diabetes ( elevada quantidade de açúcar no sangue); o AVC ( Acidente Vascular Cerebral, causado devido ao rompimento ou obstrução de vasos sanguíneos cerebrais); Mal de Alzheimer ( doença degenerativa progressiva que afeta o cérebro, que produz a perda das habilidades de pensar, memorizar e raciocinar; produzindo alterações no comportamento; Osteoporose ( é a falta de cálcio nos ossos, deixando os idosos mais suscetíveis à quedas e fraturas); Pneumonia ( inflamação ou infecção nos pulmões); as Cataratas (opacificação do cristalino) e , por fim, o Mal de Parkson ( doença degenerativa progressiva que se caracteriza por rigidez muscular, tremor nas mãos, diminuição da mobilidade e instabilidade postural. AS NECESSIDADES ESPACIAIS DO IDOSO - Necessidades físicas: estão relacionadas à saúde física, segurança e com o conforto dos usuários no ambiente. Por isso, um ambiente promovido para o uso do idoso deve ser livre de obstáculos e ser de fácil manutenção, evitando acidentes. É necessário a existência de rampas para facilitar a locomoção deles em desníveis, bancos com encostos, bebedouros adequados, sombras, entre outros. - Necessidades informativas: Deve-se realizar espaços legíveis que estimulem todos os sentidos. Por exemplo o uso de cores diferentes e contrastantes , diferença de odores , texturas diferenciadas servem como referencial para a orientação de um idoso com restrição visual. - Necessidades sociais: Promoção do controle da privacidade e da interação social. É válido lembrar que o idoso necessita ter contato com outras pessoas, sendo necessário projetar um espaço que pareça familiar, que possua um senso de comunidade , e , nos casos desses espaços destinados aos idosos também possuírem habitações , estas devem garantir conforto e privacidade.

Figura 18 Fonte: revistapilates.com.br

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Figura 19 Fonte: www.paranaonline.com.br

O LAZER NA TERCEIRA IDADE Após o momento que a pessoa idosa se aposenta, ou seja, deixa de trabalhar , sobra mais tempo livre para ela, e assim , mais tempo para dedicar-se ao lazer. Muitos preconceitos permeiam a aposentadoria. Julgam que o homem que não trabalha se torna inútil e vagabundo. Inclusive a pessoa idosa, que passa de uma vida ativa, cheia de compromissos para uma vida inativa considera uma experiência difícil e traumática. A partir do entendimento das alterações que ocorrem no corpo do indivíduo idoso durante o processo de envelhecimento, podemos perceber que com essas mudanças surgem novas necessidades espaciais, podendo ser físicas, informativas ou sociais, como foi explicado acima.(DORNELES,2006). Então, o lazer na terceira idade tem como função preencher esse tempo livre, com atividades que permitam a aprendizagem, a manutenção da saúde, a interação social , além do descanso e entretenimento para os “novos” ingressantes da vida sem compromisso. É necessário que as atividades mantenham o idoso ativo físico, psicológico e socialmente. Em relação aos espaços de lazer destinados à terceira idade, ainda há poucos no país, e as iniciativas que são tomadas geralmente são não governamentais, como a criação de centros-dia e clubes para idosos. As atividades de lazer podem ser divididas em três categorias: de descanso ( permite ao indivíduo o relaxamento); de recreação, divertimento e entretenimento ( atividades que permitam ao idoso sair do tédio e da monotonia da rotina) e de desenvolvimento pessoal ( são as atividades que possibilitam a interação social e a aprendizagem, visando um desenvolvimento da personalidade). (DORNELES,2006).

Figura 20 Figura 21 Fonte: www.apaixonadosporbike.com.br Fonte: ferias-tour.blogspot.com

O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO: AS NECESSIDADES DO IDOSO


Figura 22 Figura 23 Fonte: www.psicologiaparaidosos.com.br Fonte: www.oblogvoador.com.br

Logo, torna-se necessário a criação e desenvolvimento de espaços que permitam ao idoso desenvolver todas suas necessidades, praticar os mais variados tipos de lazer e praticar as mais diversas áreas de seu interesses, podendo envelhecer repleto de bem estar físico, social e emocional. ENVELHECIMENTO COM QUALIDADE DE VIDA É do nosso conhecimento que existem muitos fatores que permitem com que o idoso envelheça com qualidade de vida. Alguns deles são: preservando os relacionamentos interpessoais, onde podem manter o vínculo com a família e a interação com outros indivíduos, sejam da mesma geração ou não; mantendo uma boa saúde, isto é manter ou adquirir hábitos saudáveis, como uma alimentação balanceada, um bom sono, bem como a prática de atividades físicas; mantendo um equilíbrio emocional, procurando sentir-se sempre de bom humor e tranquilo em relação à vida, bem como a motivação para as atividades do cotidiano. Há outros aspectos também que conferem um envelhecimento com qualidade, como por exemplo o trabalho com prazer; a espiritualidade; a prática da caridade, onde possuem prazer em praticar a solidariedade com o próximo; o acesso ao conhecimento, através do acesso à informação, estar por dentro das atualidades, poder ler e estudar. Por fim, os dois últimos aspectos são o Lazer: os idosos possuem necessidade de divertimento e entretenimento, distração e relaxamento, proporcionados através de viagens, shows, andar de bicicleta, pescar, plantar, cozinhar, conforme foi explicitado anteriormente, e por último, viver em um ambiente favorável também é imprescindível para uma boa saúde: necessitam de habitar locais tranquilos, com segurança, privacidade e salubridade. É através das necessidades descritas acima que o programa do projeto à ser desenvolvido será baseado, procurando atender todas elas, desde à integração com a sociedade até as mais diversas formas da prática do lazer e a moradia.

Figura 24 Fonte: ubiquinolstatin.com

Figura 25 Fonte: www.minhavida.com.br

ENVELHECENDO COM QUALIDADE DE VIDA

A partir da classificação dos tipos de lazer, surgem as áreas de interesse, onde há idosos que podem possuir interesses artísticos ( são as atividades ligadas à estética, ao belo, ao sentimento e à emoção. São as idas ao cinema, ao teatro e à exposições); interesses manuais ( como o próprio nome diz, são as atividades desenvolvidas pelas mãos como por exemplo a jardinagem, a pintura, a costura, a cozinha experimental); interesses intelectuais ( visa o desenvolvimento pessoal como busca de informações e conhecimento, como a leitura e a escrita); interesses físicos ( atividades relacionadas à prática esportiva, como os passeios e academia); e por fim, interesses sociais ( atividades relacionadas à interação entre as pessoas, como a reunião de grupos de igreja, festas e eventos). É preciso lembrar que existem dois tipos de espaços específicos de lazer: o ativo e o passivo, e ambos precisam estar interligados para o melhor e correto funcionamento do espaço onde estão implantados.(DORNELES,2006). O lazer ativo são as áreas de circulação: percursos livres de obstáculos, onde o indivíduo pode acessar diferentes áreas. São as rampas, os caminhos e as escadas; e as áreas esportivas, onde são permitidas a prática de exercícios físicos, como caminhada, faixa de ciclismo , quadras esportivas e alongamentos. Já o lazer passivo, corresponde à espaços como a área de estar, que é destinada à contemplação, com bancos e mesas para jogos, descanso , ambiente para ler, conversar, namorar; área de jogos: onde há existência de mesas com tabuleiros, como xadrez, dominó, dama, carteado; recantos com água; coretos; espaço cívico ou para espetáculos, que é a área destinada às manifestações populares, geralmente contém palco e plateia para reuniões, apresentações musicais/teatrais; e por último as áreas ajardinadas,que estão sempre associadas à áreas de estar, destinadas à contemplação, permite atividades de interesse social, com diversos tipos de vegetação.(DORNELES,2006).

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A INSTITUCIONALIZAÇÃO DO IDOSO

A INSTITUCIONALIZAÇÃO DO IDOSO: O QUE ELA REPRESENTA

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A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) adotou a expressão “Instituição de Longa Permanência para Idosos” (ILPI) para designar o que anteriormente era chamado de Asilo. A ILPI é um estabelecimento para atendimento integral institucional, cujo público alvo são as pessoas de 60 anos ou mais, sejam dependentes ou independentes, que não dispõem de condições para permanecer em domicilio unicelular ou com a família. (COSTA e MERCADANTE,2013). A adaptação do idoso em uma ILPI é muito difícil, uma vez que ele tem de deixar para trás sua casa, sua relação direta com a família, sua história e se restabelecer em um novo local, à uma nova realidade, a se aceitar como “velho”. O emocional deles é afetado, podem vir a se sentirem asilados, excluídos do mundo e da vida a que pertenciam quando eram mais novos: suas lembranças como sua casa, sua intimidade, pessoas e objetos são deixadas para trás. MARTINES apud COSTA e MERCADANTE (2013, p. 7) “Desses espaços, o que mais marca nossa vida – nossa identidade – é a casa; seus cômodos, cantos e labirintos. Entre nós e a casa – das mais simples às mais sofisticadas – temos lócus existenciais. (...) A casa não é um espaço indiferente; nela temos nossos “cantos prediletos”, espaços onde sentimos que somos mais “nós”. Espaços onde nosso “eu” experimenta o doce sabor de sermos alguém em um mundo onde reina a impessoalidade. Espaço de intimidade!” Na Casa de repouso, o idoso tem um conjunto de fatores à se adaptar, como normas, regras, horários e novos relacionamentos. Muitos deles possuem a visão de uma ILPI como um lugar vazio, “sem ter o que fazer”, sem família, sem amigos; o que pode levar um isolamento do próprio indivíduo. Por isso, se faz cada vez mais necessário uma reestruturação dessas instituições, para que promovam diversas atividades que possam integrar seus moradores, ensinando-os a conviver em grupo, a desenvolver novas amizades, a realizar atividades culturais, de lazer, intelectuais e a praticar atividades físicas, rompendo com o paradigma de ser um local vazio, onde predomina a solidão e o ócio. Seus moradores precisam se sentir úteis e vivos, uma vez que a falta de atividades pode ser nociva à saúde deles, podendo gerar enfermidades. Precisam saber que incluem a sociedade como um todo, se libertar da sensação de abandono e incapacidade, entender que estão em um local onde poderão criar novos laços, novas histórias; aproveitar ao máximo e da melhor forma possível a nova fase de suas vidas, e aumentar sua autoestima, promovendo assim uma grande longevidade à todos eles. LIMA apud COSTA e MERCADANTE (2013, p.10).” A atividade do fazer humano é essencial ao equilíbrio físico, psicoemocional e social do idoso, na medida em que favorece o continuar vivendo, mesmo que fatos negativos possam interpor-se ao processo de envelhecimento. Estimula-o a continuar a fazer

planos, estabelecer os contatos sociais, tornando-o ativo, participante de sua comunidade, autônomo, aos olhos da sociedade, um velho sem o estigma de velho”. ESTATUTO DO IDOSO O Estatuto do Idoso foi formulado para assegurar os direitos dos integrantes da terceira idade. O direito à vida, o direito à liberdade, ao respeito e à dignidade; ao alimento; à saúde; à cultura, ao esporte, ao lazer, à educação; direitos à profissionalização e ao trabalho; da previdência social; à habitação e ao transporte; e à proteção. O trecho do estatuto que mais se aproxima ao tema do trabalho é o Capítulo IX, Art.37:Da Habitação Art. 37. O idoso tem direito à moradia digna, no seio da família natural ou substituta, ou desacompanhado de seus familiares, quando assim o desejar, ou, ainda, em instituição pública ou privada. § 1o A assistência integral na modalidade de entidade de longa permanência será prestada quando verificada inexistência de grupo familiar, casa-lar, abandono ou carência de recursos financeiros próprios ou da família. § 2o Toda instituição dedicada ao atendimento ao idoso fica obrigada a manter identificação externa visível, sob pena de interdição, além de atender toda a legislação pertinente. § 3o As instituições que abrigarem idosos são obrigadas a manter padrões de habitação compatíveis com as necessidades deles, bem como provê-los com alimentação regular e higiene indispensáveis às normas sanitárias e com estas condizentes, sob as penas da lei. Em outro trecho, mais precisamente no Art.10 está definido que "é dever de todos zelar pela dignidade do idoso, colocando-o a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor". Porém sabemos que muitos dos artigos presentes no estatuto são desrespeitados na realidade. O desrespeito vai desde à promessa de gratuidade de passagens de meios de transporte à violência e maus tratos. Os planos de saúde estão cada vez mais caros, pessoas não respeitam as filas preferenciais, falta alimentação adequada, faltam espaços destinados aos idosos para a prática de esportes, atividades culturais e de lazer, há também muitos casos de negligências médicas. Pode-se dizer então que faltam políticas públicas que garantam, na prática, que os direitos dos idosos sejam realmente cumpridos, permitindo com que vivam como cidadãos, com toda segurança e respeito que necessitam e que merecem.


O ESPAÇO PÚBLICO COMO AMBIENTE CONSTRUÍDO O conceito de espaço público como ambiente construído iniciou-se após a revolução industrial, com a necessidade de expor e vender os produtos produzidos nas fábricas. Hoje são os pavilhões, os grandes mercadões, os centros comunitários, entre outros. E estes espaços são utilizados por pessoas de diferentes idades, onde ocorrem trocas de relações, experiências e encontros. O arquiteto ao projetar um espaço público construído, deve se preocupar com a qualidade, pensar como um usuário, e construir um ambiente que sirva a todos os grupos de pessoas, sem distinção. Nesses espaços há a necessidade de separar e equilibrar as esferas de influência pública e privada. Preocupa-se com a criação de áreas mais controladas, onde por exemplo ocorrem as atividades que mantém aquele espaço organizado: parte administrativa e serviços; e áreas mais fluídas: livres, prontas para receber diferentes usuários. Para demarcar e diferenciar o que é espaço público, o que é semi-público e o que é privado, pode-se recorrer a usos de cores diferentes, materiais, acessos e iluminação. Além disso, o espaço que fica entre o público e o privado é chamado de intervalo, e nele deve ser colocados objetos como bancos, mesas e cadeiras para que as pessoas se sintam com a sensação de estar nos dois lugares ao mesmo tempo. E cabe à arquitetura o dever de acomodar todas essas diversas situações que afetam a maneira de como o edifício é entendido e usado. Ela deve ser capaz de se adaptar às mudanças do tempo como deve adequar-se para ser utilizada tanto durante o dia como durante a noite. O espaço público só funciona com eficiência se for pensado também no seu uso noturno. Em centros comunitários por exemplo, como é o caso do projeto a ser desenvolvido, é preciso preocupar-se com a questão do uso noturno: quais as atividades podem ser desenvolvidas nesse período? Como manter vivo o local, à noite? Como atrair diferentes pessoas para utilização do espaço e torna-lo convidativo e seguro assim como durante o dia? As atividades oferecidas nesses espaços podem ser as mais variadas possíveis: vendas, trocas, compras, encontros, aulas, oficinas, músicas, teatros, danças, festas e bailes, jogos, esportes, atividades físicas entre outras. Todos os usuários devem se sentir acolhidos pelo local, para que se atinja a qualidade na arquitetura: um ambiente construído para o bem- estar de todos, onde se sintam integrados, úteis e felizes, principalmente o público idoso, que é o foco do projeto a ser desenvolvido. Para esse grupo da população, é preciso tomar mais cuidado ao se planejar um espaço. Pensar em materiais diversificados, cores, sons e texturas pode ser uma boa ideia para que saibam diferenciar os usos que acontecem no local. É interessante que os usuários vejam com legibilidade o modo como funciona e se integra o edifício. Por exemplo, em vez de uma camada de reboco

cobrindo toda a construção é melhor mostrar os tijolos do edifício, as vigas e as colunas, deixando –as aparentes, formando talvez uma ortogonalidade no projeto, dando origem à módulos independentes, deixando claro um relacionamento entre as mais diversas partes que comporão aquele espaço. Um exemplo claro do uso de sistema estrutural aparente resultando na criação de módulos e ortogonalidades somados à diversidade de materiais poderá ser visto posteriormente, com a Fundação Oscar Americano, de Oswaldo Bratke, que foi utilizada como referência projetual.

Figura 26 Fonte: Livro Lições de Arquitetura

Figura 27 Fonte: Livro Lições de Arquitetura

O espaço público pode assumir diversas funções e obter diversos usos. As fotos acima por exemplo demonstram um centro comunitário onde os usuários provavelmente se reuniam em uma praça para apresentações ao ar livre.

Figura 28 Fonte: Livro Lições de Arquitetura

Figura 29 Fonte: Livro Lições de Arquitetura

Um espaço público pode ser também um local de compras e vendas de produtos. Acima está representada uma feira que atrai pessoas de diversas idades. A ideia do trabalho é que haja plantio e venda de flores e hortaliças como forma também de trocas de experiências e encontro das pessoas usuárias do espaço. Como foi dito no texto, torna-se interessante deixar a "casca",a estrutura do edifício aparente, para o melhor entendimento do seu funcionamento e a integração dele, como pode ser visto no exemplo acima.

O ESPAÇO PÚBLICO COMO AMBIENTE CONSTRUÍDO

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O PERFIL DO IDOSO A SER ATENDIDO PELO PROJETO Os idosos da contemporaneidade possuem diversos perfis diferentes. Há o idoso ativo, interessado, que busca atividades culturais e artísticas como forma de aprendizado ou simplesmente para passar o tempo, como foi explicado nos textos anteriores. Há o idoso mais debilitado, não tão ativo, porém não acamado, que também busca atividades mais leves e interativas e deseja se reintegrar à sociedade. E o idoso acamado, que muitas vezes não possui condições de participar de programas de interação, porém só de estar inserido em um contexto onde possa compartilhar as atividades e experiências pode ter uma melhora, se sentir mais feliz e animado. Em todos os casos, há a necessidade da criação de espaços públicos onde as atividades socioculturais e educativas promovam a sociabilização, a reflexão sobre o envelhecimento, o desenvolvimento de novas habilidades e a integração entre os diferentes perfil de idosos e com as outras gerações. Um exemplo de local onde há diversas oficinas é o SESC, na cidade de Ribeirão Preto, servindo inclusive como referência ao projeto em ascensão. No SESC há diversas atividades como danças, desenhos, teatros, pinturas, costura, canto e coral, costura, informática,

Figura 30 Fonte: machadoepereira.adv.br

Figura 31 Fonte: www.jn.pt

Os usuários da terceira idade que se encontram em situações mais debilitadas como acamados ou em cadeiras de rodas serão

Figura 34 Fonte:copacabanarunners.net

Figura 35 Fonte:suerdamedeiros.com

O trabalho também é destinado ao grupo de idosos produtivos, participantes de atividades culturais, físicas, artísticas

oficinas de ervas medicinais, passeios e viagens à outras cidades, bate-papo sobre o envelhecimento e oficinas de patchwork. O TSI ( Trabalho Social com o Idoso) conta com um grupo fixo de pessoas que participam de todas essas atividades e outras que vão até o local de acordo com as atividades oferecidas em determinados dias e horários. O programa do Espaço Público de Assistência e Reintegração do idoso visa agrupar os diferentes perfis de idosos para promover todas essas atividades e atender as necessidades de todos esses grupos. As atividades criadas no espaço servirão para aprender e também para ensinar. As pessoas poderão aprender e ensinar a cozinhar. A plantar as hortaliças e vendê-las. A cuidar das flores e comercializá-las. Aprender e ensinar a pintar, costurar e bordar. Poderão participar de apresentações musicais, teatrais e bailes. Descansar em uma grande praça rodeada de cobertura verde e sombras. A ideia é a criação de um ambiente de integração e satisfação, utilizado por todos os grupos da sociedade, assegurando em que cada usuário possa deixar sua marca e identificação pessoal, sentindo-se pleno e realizado quando estiver frequentando o espaço. As imagens abaixo demonstram os diversos tipos de idosos que o trabalho está direcionado.

Figura 32 Fonte: economia.uol.br

Figura 33 Fonte: suportevita.com.br

Figura 36 Fonte:maisindaia.com.br

Figura 37 Fonte:diariodoscampos.com.br

atendidos pelo programa do trabalho, onde haverão quartos adaptados , enfermarias e profissionais da saúde prontos para atendê-los.

e sociais que serão oferecidas no programa do projeto.

22 INTEGRAÇÃO DE DIFERENTES PERFIS DE IDOSOS


PROJETOS DE REFERÊNCIA


PROJETOS DE REFERÊNCIA : LAR DE IDOSOS PETER ROSEGGER

LAR DE IDOSOS PETER ROSEGGER

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Figura 38 Fonte: Archdaily

Nome da obra: LAR DE IDOSOS PETER ROSEGGER Arquiteto (a): Dietger Wissounig Architekten Data do projeto: inaugurado em 2014 Tipo: Habitacional Estrutura: pré-fabricada em madeira laminada cruzada Materialidade: madeira e vidro Local: Graz, Áustria Prêmio: GerambRose em Styria, 2014 Próximos ao pátio central e ao terraço coberto, dois jardins para o uso exclusivo dos residentes seccionam o edifício. Outros espaços abertos incluem os quatro átrios no segundo andar, inclusive há um acesso direto ao parque público planejado pela cidade de Graz, a leste das instalações. Esse conceito do jardim privado para os residentes também será utilizado no projeto em desenvolvimento. Duas características marcantes do Lar e que também utilizarei como referência são a sua materialidade: madeira e vidro e as grandes aberturas. Como se pode ver na foto ao lado, as aberturas dos quartos são muito amplas e de vidro, ocupando quase a face toda da parede e do pé direito existente. Todas as faces do edifício são de madeira. Na foto também é possível observar o jardim privado.

Em um formato de quadrado, compacto, com dois pavimentos, o espaço onde está o Lar de Idosos é dividido em 4 blocos com 8 habitações de comunidade, sendo 4 no térreo e 4 no segundo pavimento. Os blocos ficam dispostos ao redor de um pátio central que funciona como uma grande praça semicoberta, e se alonga de uma das laterais à outra do primeiro pavimento. É uma ideia que me inspirarei em meu projeto, a utilização de um grande terraço aberto funcionando como uma praça para descanso e encontro dos moradores e visitantes.

Figura 39 Fonte: Archdaily

Figura 40 Fonte: Archdaily


Cada unidade habitacional possui dormitórios, cozinha e uma área de jantar para 13 residentes e um enfermeiro, gerando uma atmosfera gerenciável e familiar, o que pode ser visto nas fotos ao lado. Figura 41 Fonte: Archdaily

Figura 42 Fonte: Archdaily

Todos os quartos possuem uma grande janela com um parapeito baixo e aquecido que pode servir como banco, como pode ser visto na foto ao lado. Figura 43 Fonte: Archdaily

Figura 44 Fonte: Archdaily

Figura 45 Fonte: Archdaily

Figura 46 Fonte: Archdaily

O ambiente se torna extremamente estimulante e confortável através da existência de grandes aberturas de vidros e de espaçosas varandas e galerias, unidas à uma diversidade de caminhos e vistas ao longo de todo o edifício. O uso da madeira, a variedade de pontos de vista, a quantidade de salas de estar na casa e no jardim, bem como as contrastantes áreas ensolaradas e sombreadas e a quantidade de vidro tornaram o ambiente da casa aconchegante, dando uma sensação de continuidade e de estar integrado à paisagem do entorno.

Figura 47 Fonte: Archdaily

Figura 48 Fonte: Archdaily

PROJETOS DE REFERÊNCIA : LAR DE IDOSOS PETER ROSEGGER

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ACESSOS E CIRCULAÇÃO

Figura 49 Fonte: Archdaily

Planta Baixa - Pavimento Térreo Acesso Principal

Acesso de Serviço

Circulação Horizontal

Planta Baixa - Pavimento Superior Circulação Vertical (elevadores)

ABERTURAS

Figura 50 Fonte: Archdaily

Circulação Vertical (escadas)

As janelas são dispostas uma ao lado da outra em todas as fachadas do edifício e em ambos os pavimentos. De vidro, proporcionam uma sensação de amplitude tanto interna como externamente.

Figura 51 Fonte: Archdaily

As portas que dão acesso aos espaços públicos são todas amplas e de vidro, dando conforto, iluminação natural e permitindo maior ventilação.

Figura 52 Fonte: Archdaily

Figura 54 Fonte: Archdaily

Planta Baixa - Pavimento Térreo

Figura 53 Fonte: Archdaily

As portas internas são de madeira, dispostas à frente de grandes cortinas de vidro permitindo a vista das varandas e galerias, fornecendo iluminação natural aos corredores.

26 PROJETOS DE REFERÊNCIA : LAR DE IDOSOS PETER ROSEGGER


LEGENDA

INFLUÊNCIA NO PROJETO

A materialidade do edifício, basicamente madeira e vidro Refeitórios serão amplamente utilizadas no projeto. Além disso, a Salas Multiuso valorização dos espaços públicos, para incentivar a Foyer vida coletiva, o encontro, Lavanderias a troca de experiências também serão prioridades Banheiros no trabalho. As aberturas são extremamente interessantes, Despensas amplas e de vidro, garantindo Quarto dos Enfermeiros a iluminação natural e a Jardim exclusivo para moradoresventilação natural, além da sensação de amplitude e continuidade do entorno que cercam o edifício, permitindo que seus moradores possam contemplar o ambiente e se sentirem inseridos em seu contexto, e não excluídos. Outro fato interessante a ser referenciado é o terraço que funciona como local de encontro entre os moradores LEGENDA e visitantes, além também Dormitórios da existência de um jardim privado, exclusivo para Refeitórios os moradores. Por fim, o uso de grandes aberturas Lavanderias voltadas para os eixos Banheiros principais de circulação também será utilizado no Despensas equipamento a ser projetado. Quarto dos Enfermeiros

Planta Baixa - Pavimento Térreo

Figura 55 Fonte: Archdaily

Figura 57 Fonte: Archdaily Planta Baixa - Pavimento Superior

Figura 56 Fonte: Archdaily

PROJETOS DE REFERÊNCIA : LAR DE IDOSOS PETER ROSEGGER

Dormitórios

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PROJETOS DE REFERÊNCIA : WOZOCO - CONJUNTO HABITACIONAL

WOZOCO - CONJUNTO HABITACIONAL

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Figura 58 Fonte: Archdaily

Nome da obra: Residencial de idosos WOZOCO Arquiteto (a): Grupo MVRDV Data do projeto: início : 1994 / inauguração: 1997 Tipo: Habitacional Área: 7.500m² Estrutura: concreto Materialidade: madeira e vidro Local: Amsterdã , HOLANDA

Figura 59 Fonte:http://www.mvrdv.nl/projects/wozoco

Construído em 1997, O Wozoco trata-se de um complexo de 100 apartamentos residenciais destinado aos idosos, localizado em uma região de Amsterdã que foi recentemente ameaçada pela perda de áreas verdes e espaços livres devido ao grande crescimento da densidade populacional. Limitada pelas regulamentações do zoneamento da área, a construtora MVRDV calculou que apenas 87 das 100 unidades propostas caberiam na área determinada seguindo as normas de iluminação natural. A partir disso surgiu a ideia de suspender em balanço as unidades restantes na fachada norte. SISTEMA CONSTRUTIVO E ESTRUTURAL A estrutura é toda metálica, ocultada dentro do bloco principal sob um revestimento em madeira que cria um senso de instabilidade entre as conexões com paredes em vidro da fachada norte. Utilizou-se revestimento em madeira e fechamento em vidro.

EXPRESSÃO FORMAL A composição volumétrica do WOZOCO é caracterizada por um bloco principal, que possui um volume mais simples, unidades menores em balanço (fachada norte) e varandas ainda menores também em balanço (fachada sul). A linguagem da fachada sul imita o desenho da fachada oposta (das unidades em balanço), em uma escala menor. Enquanto os balanços da fachada norte dão um toque marcante de movimento e diversão, a fachada sul conta com guarda corpos de vidro de diferentes cores, compondo um conjunto poético e inusitado, como podem ser vistos nas fotos ao lado.

Figura 60 Figura 61 Fonte:http://www.mvrdv.nl/projects/ Fonte:http://www.mvrdv.nl/projects/ wozoco wozoco


PROGRAMA LEGENDA Apartamentos

Os apartamentos do térreo são acessados pelo fundo do bloco principal.

Circulação Varandas

Figura 62 Fonte:Archdaily

Presença de pilotis na planta do térreo, caracterizando um espaço público.

Planta baixa pavimento térreo

Os apartamentos, dispostos lado à lado estão , em sua maioria, voltados para a fachada sul para maior recepção de iluminação natural. Voltados para a fachada norte estão os apartamentos que se encontram em balanço, cujo tamanho é menor.

CIRCULAÇÃO E ABERTURAS

Varandas – abertura da sala

Janela – abertura do dormitório

Circulação Horizontal

Circulação Vertical Figura 63 Fonte:Archdaily

Figura 66 Fonte:http://www.mvrdv. nl/projects/wozoco

Figura 67 Fonte:http://www.mvrdv. nl/projects/wozoco

Com a mudança na posição e no tamanho das varandas, além da utilização de diferentes cores nos guardacorpos, cada unidade pôde obter o próprio personagem.

Figura 64 Fonte:http://www.mvrdv.nl/ projects/wozoco

Figura 65 Fonte:http://www.mvrdv.nl/ projects/wozoco

As fotos acima ilustram os corredores que dão acesso aos apartamentos: presentes em toda a fachada norte, são fechados com uma pele de vidro, que contrasta com a madeira presente nas outras fachadas do edifício. INFLUÊNCIA AO PROJETO

A divisão do espaço público e privado será bem demarcada no projeto a ser desenvolvido, assim como no Wozoco, porém não com a utilização de pilotis e sim com a diferença de materialidades e texturas nas fachadas. A utilização de varandas em todos os quartos, bem como diferentes cores de vidros também serão vistas como referências no projeto. Além disso, o projeto terá liberdade volumétrica, como no Wozoco, mas em relação ao pé direito e lajes em balanço.

PROJETOS DE REFERÊNCIA : WOZOCO - CONJUNTO HABITACIONAL

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FUNDAÇÃO OSCAR AMERICANO

Figura 68 Fonte: Archdaily

Arquiteto: Oswaldo Bratke Ano: 1953 Tipo de projeto: Residencial Status:Construído Materialidade: Concreto e Tijolo Estrutura: Concreto Localização: Avenida Morumbi 3008, São Paulo, Brasil

O engenheiro- arquiteto Oswaldo Bratke construiu a residência Oscar Americano em 1953, no bairro Morumbi, em São Paulo. Atualmente a residência é ocupada pela Fundação Maria Luísa e Oscar Americano, aberta ao público para visitação. A casa é estruturada em pilares, vigas e lajes de concreto armado, modulação estrutural típica do modernismo, estilo predominante na época em que foi construída. É o ponto culminante do projeto: ao mesmo tempo que dá uma unidade visual ao edifício, permite recuos, avances, aberturas e vazios, criando um marcante contraste entre rigidez e liberdade volumétrica, espacial e material: as fachadas diferem entre si pelo uso de diversas materialidades e elementos típicos da arquitetura brasileira.

No primeiro módulo, vemos um recuo na estrutura modular, formando-se assim uma varanda. As paredes são de tijolos maciços aparentes. O segundo módulo está alinhado à estrutura, fechado externamente por esquadria de madeiras pintadas de branco. Suas paredes laterais são cegas, revestidas atualmente por mármore.

30 PROJETOS DE REFERÊNCIA : FUNDAÇÃO OSCAR AMERICANO

Os três módulos seguintes formam um alpendre aberto de mesma dimensão que a varanda do primeiro módulo e separa o exterior da residência do pátio que avança sobre seu interior. O alpendre, que contém uma passarela, avança sobre os demais três módulos. Figura 69 Fonte: Archdaily


Nos últimos módulos da fachada principal o arquiteto utilizou pano de vidro como fechamento.

Figura 70 Fonte: Archdaily

O guarda corpo da passarela externa é de vidro. Além disso, a passagem é coberta por uma marquise que conecta os módulos entre si. No nível inferior e na fachada posterior estão as áreas comuns, fechadas por vidro. No pavimento superior percebe-se novamente a contraposição de materialidades : concreto e tijolos maciços. A modulação estrutural, em pilares, vigas e lajes de concreto armado, é chave para o entendimento do projeto. Na planta ao lado podemos observar o jogo de recuos e avances na alvenaria, marcando o contraste entre a estrutura rígida e a liberdade dos volumes existentes. Percebemos também na planta a variedade de fechamentos utilizadas Planta Principal pelo arquiteto. INFLUÊNCIA AO PROJETO

Nesta fachada também há uso de diferentes materiais: o concreto aparente, as paredes ocupadas por venezianas, os cobogós e os grandes panos de vidro, trazendo leveza ao edifício.

Figura 72 Fonte: Archdaily

A diversidade de materialidade utilizada nas fachadas será amplamente utilizada no projeto a ser desenvolvido, além de optar também pela utilização do sistema estrutural aparente. Por se tratar de diversos módulos, assim como a referência citada, pretendo utilizar materiais diferentes em cada um deles: a madeira, concreto aparente, tijolos à vista, vidros e cobogós. Além disso, os eixos de circulação serão como as passarelas:

Figura 71 Fonte: Archdaily

Figura 73 Fonte: Archdaily

Na planta também conseguimos ver os pilares aparentes. Além da função estrutural, desempenham uma função estética: compõem as fachadas da residência, separando as diferentes materialidades empregadas, deixando-as leves e diversificadas.

Figura 74 Fonte: Archdaily

cobertas com marquise, ligando todos os módulos entre si. A utilização de diversos materiais trazem um toque de leveza ao projeto, tornando o ambiente extremamente agradável e aconchegante. O entorno da casa é constituído de um parque, logo suas fachadas interagem com o verde, assim como no meu projeto: as fachadas estão todas voltadas para uma praça, para um verde central.

PROJETOS DE REFERÊNCIA : FUNDAÇÃO OSCAR AMERICANO

Em uma das fachadas externas ao pátio interno, o arquiteto utilizou cobogós como fechamento, compondo uma diversidade de materiais utilizados na residência.

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CENTRO DE CULTURA E LAZER - SESC POMPÉIA CONTEXTO A antiga Fábrica de tambores foi construída em 1930, com concreto armado e em alvenaria foram feitas as vedações. O espaço era ocupado por diversas famílias que levavam suas crianças e jovens para se divertirem em seu tempo livre. Lina Bo Bardi quis manter a espontaneidade dessas atividades, e considerou a situação descrita acima como partido do projeto: um local onde possam ser oferecidas diversas atividades , para o entretenimento e diversão de pessoas de diversas gerações. As numerosas atrações que foram desenvolvidas no local recebem cerca de 1,25 milhão de pessoas anualmente.

PROJETOS DE REFERÊNCIA : SESC POMPÉIA

A arquiteta manteve os galpões da antiga fábrica, que seriam ocupados com diversas atividades e oficinas, levando uma vitalidade ao espaço.

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Figura 75 Fonte:Site universes-in-universe.org

IMPLANTAÇÃO

Nome da obra: SESC POMPÉIA

Figura 76 Fonte:Archdaily

Arquiteto (a): Lina Bo Bardi Data do projeto: 1977 Data da execução: 1982 e posteriormente em 1986, quando o bloco esportivo foi aberto ao público Área: 23.571m²

Figura 77 Fonte: site jauregui.arq.br

Local: Rua Clélia, 93 – Lapa, São Paulo, Brasil

Figura 78 Fonte: site kikipedia.wordpress.com

A ideia inicial do projeto era que estivesse disposto a parecer uma continuação do espaço da cidade. Uma rua interna marca a circulação entre os blocos de todo o projeto. Existe um encontro de “vias” de pedestres, o que traz o ambiente urbano para dentro do edifício. O projeto é determinado pelo caminho das águas no córrego, o qual foi reservado para um deck de madeira que respeita as impossibilidades construtivas do terreno. Como Lina optou por manter os galpões da fábrica, teve que construir em duas pequenas áreas separadas pelo fio d’água. Figura 79 Fonte:Archdaily

Figura 80 Fonte:Archdaily


PARTIDO ARQUITETÔNICO

LEGENDA Galpões existentes da antiga fábrica, que foram reaproveitados

O projeto é um constante diálogo entre o antigo e o novo: os velhos galpões da antiga fábrica foram reutilizados e conversam com 3 grandes prismas de concreto aparente , sendo um retangular ( altura menor), um quadrado ( altura maior) e um cilíndrico.

Prisma de altura menor , contém o bloco esportivo Prisma de altura maior Prisma em formato de cilindro, é a torre da caixa d’água PASSARELAS

Figura 81 Fonte:Archdaily

Planta Baixa - Geral

Figura 83 Fonte:Archdaily

Figura 84 Fonte:Archdaily

O cilindro é formado a partir da concretagem de setenta anéis de um metro de altura cada. Uma passarela metálica que parte da sua cobertura o une com o prisma menor.

Figura 85 Fonte:Archdaily

Figura 86 Fonte:Archdaily

O maior prisma retangular possui cinco pavimentos. Possui apenas paredes perimetrais portantes e nenhuma estrutura interna complementar.

As passarelas suspensas partem de uma mesma abertura no prisma menor e se ramificam em duas aberturas, em formas de V e Y ( uma diferente da outra) no prisma maior.

Figura 82 Fonte:Archdaily

Figura 87 Fonte:Archdaily

Figura 88 Fonte:Archdaily

O prisma menor possui 12 andares, os quais coincidem a cada dois no prisma maior. Suas janelas são quadradas e menores que as do prisma maior, e não estão alinhadas. Faixas horizontais de concreto configuram os peitoris da escada externa. Além disso, o alargamento da sua base em quebram a sua condição de prisma ortogonal perfeito, como pode ser visto na foto acima, à direita.

PROJETOS DE REFERÊNCIA : SESC POMPÉIA

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PROGRAMA

LEGENDA Bloco esportivo de 5 pavimentos: quadras, piscina e ginásio. Espaço de 11 pavimentos, com vestiários, lanchonete e sala de aulas de ginástica, lutas e danças.

Deck/solarium, utilizado pela população como área de descanso, de tomar sol. Está situado junto ao espelho d’água e próximo à cachoeira.

Caixa D'água Oficinas de manutenção e almoxarifado. Ateliês: pintura, cerâmica, marcenaria, tipografia e gravura. Bloco de 3 pav. com estúdio Fotográfico, estúdio musical, sala de danças e vestiários. Teatro com 2 plateias e palco central. Vestíbulo coberto do teatro para espetáculos. .Restaurante e Choperia. Figura 89 Fonte:Archdaily

Espaço de estar, jogos de salão, Espetáculos e exposições, além de um espelho d´água. Biblioteca e Videoteca. Pavilhão de Exposições Administração

ACESSOS E CIRCULAÇÃO Acesso principal Acessos Acesso de funcionários Circulação no térreo Circulação passarelas elevadas

Figura 90 Fonte:Archdaily

Cozinha Industrial. Vestiário e Refeitório dos Funcionários.

A partir da entrada do SESC, desenvolve-se uma rua interna que dá acesso aos galpões que foram preservados, onde estão localizados o espaço de exposições, salas de leitura, biblioteca, restaurante, oficinas, os ateliês, ao almoxarifado e aos blocos onde estão a caixa d’agua, e o setor esportivo. Os blocos do setor esportivo estão separados pela passarelas. O fato de haver uma rua interna, onde todas as aberturas dos espaços estão voltados à ela, tornando-a o eixo principal de circulação será utilizado como uma referência ao projeto a ser desenvolvido. Como se tratará de um espaço voltado principalmente para o público idoso, havendo um eixo de circulação como guia para encontrar os locais desejados onde estarão distribuídas as atividades é extremamente importante para a sua mobilidade.

INFLUÊNCIA NO PROJETO A leitura projetual do Sesc Pompéia foi realizada devido ao um deles nos permite identificar onde se localiza cada, o que é fato da imensa variedade do programa oferecido se assemelhar muito imprescindível em um projeto para idosos: é através das diferentes ao que será desenvolvido no meu projeto como ateliês, oficinas, formas, diferentes cores e texturas que saberão onde são realizados exposições, atividades esportivas, praças, locais de descanso e cada um dos programas diferentes. Outro aspecto importante e restaurante. É interessante como os programas conseguem integrar relevante é que quando foi inaugurado a implantação do projeto diferentes gerações: todos podem usufruir e se divertir em todas as se dava como se fosse continuação da rua, o que é uma das minhas atividades, e este fato servirá também como referência. Além disso, premissas, para que o idoso se sinta integrado ao restante da há uma rua interna onde os programas estão divididos em diversos sociedade e da própria cidade. blocos ligados à ela, e a diferença no formato estrutural de cada

34 PROJETOS DE REFERÊNCIA : SESC POMPÉIA


LOCAL


ESCOLHA DO LOCAL Para a decisão do melhor local onde será desenvolvido o projeto, procurei levar em consideração a região da cidade em que há uma maior concentração de idosos, associando também o fato de apresentar uma infraestrutura adequada e proximidade de equipamentos importantes.

Além disso, se torna extremamente necessário o fácil acesso ao edifício por parte dessa população, para que este seja abundantemente frequentado.

Logo, um dos bairros que possui uma adequada infraestrutura e um grande contingente de equipamentos públicos que poderiam atender o público alvo do projeto a ser desenvolvido na Zona Norte é o bairro Campos Elísios. Com equipamentos, comércio e serviços próximos, facilitará a mobilidade e a acessibilidade dos idosos que

participarão do centro de convivência e permanência. O centro inclusive contará em seu programa atividades que possam complementar o cotidiano dos idosos bem como de todas as pessoas que passarem por lá, uma vez que o local será também de encontro e integração entre gerações.

Norte

Norte

Leste n17 n16

Norte

Oeste

n18 n10

n15 n6

ESCOLHA DO LOCAL

Sul

36

n19 n7n8 n3 n2

n12

n4 n5 n1

O mapa acima demonstra que a maior concentração de idosos localiza-se na Zona Norte do município de Ribeirão Preto.

n11 n9

n13 n14

De acordo com os mapa acimas, obtidos pelo censo 2010 do IBGE, a sub-região do Setor Norte que possui visivelmente o maior número de idosos em relação às outras é a sub-região N1. Essa situação pode ser explicada pelo fato do setor N1 estar localizado próximo à área central do município, pois a área central é a mais antiga da cidade, e nela está montada uma grande infraestrutura de comércio e serviços, além de vários equipamentos espalhados para o uso da população. Critérios como a fácil mobilidade ao centro também com certeza influenciou na maior concentração de idosos no setor n1.


DISTÂNCIA EM RELAÇÃO AO CENTRO Entre os diversos bairros existentes na sub-região N1, o critério de escolha sobre em qual deles seria realizado o projeto levou em consideração diversos aspectos além da quantidade de idosos, como a proximidade ao centro da cidade de Ribeirão Preto e a rede de infraestrutura de comércio, equipamentos e serviços que poderiam servir também o público alvo do projeto.

Então, o bairro que possui todas essas características é o Campos Elísios.A vista aérea ao lado ilustra a distância do lote escolhido para a realização do projeto ao centro da cidade de Ribeirão Preto. Totalizam –se 11 quadra de distância. Lote escolhido para o projeto.

O bairro escolhido para o desenvolvimento do projeto foi o Campos Elísios.

Centro Setor Central N Vista aérea da cidade de Ribeirão Preto Figura 91 Fonte: Google Maps

Vista aérea de parte do bairro Campos Elísios Figura 92 Fonte: Google Earth

LOCALIZAÇÃO DO LOTE ESCOLHIDO PARA O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO Rua Patrocínio/ Paraíba, Campos Elíseos - Ribeirão Preto

Figura 93 Fonte: Google Maps

N

Figura 94 Fonte: Arquivo Pessoal

O terreno escolhido ocupa quase meia quadra, cuja dimensão é 64,9m x 60,6 m, totalizando uma área aproximada de 4000 m², o que seria ideal para a implantação do projeto. Além disso apresenta uma topografia extremamente plana, uma vez que passa apenas uma curva de nível por ele. Nele se localiza um grande estacionamento de ônibus, que no caso será desapropriado já que a nova implantação terá um impacto mais positivo e promoverá uma total requalificação na área, se tornando um espaço público para à disposição de toda a vizinhança.

ESCOLHA DO LOCAL

37


USO DO SOLO

Ao lado direito do lote predomina o uso comercial e prestação de serviços, onde se destaca principalmente a Av. da Saudade.

Como se pode observar através do mapa do uso do solo, a região do entorno do lote escolhido é bem mista. No entorno do lote, mais precisamente ao lado esquerdo, predomina o uso residencial.

Figura 98 Fonte: Google Maps

Figura 95 Fonte: Google Maps

LEGENDA Comércio Residencial

N Como uso institucional, destacam-se uma grande igreja e o Lar Vicentino nas proximidades do lote. Figura 96 Fonte: Google Maps

Figura 97 Fonte: Google Maps

Institucional Serviços Vazios Lote Escolhido

GABARITO Podemos perceber a predominância de edifícios com 1 ou 2 pavimentos na área de estudo, o que pode ser explicado pelo fato dos Campos Elísios já ser um bairro antigo na cidade, por isso não se

38

ESCOLHA DO LOCAL

verticalizou tanto. Os edifícios mais altos existentes na área geralmente se encontram nas esquinas, e não são tão altos, chegando a no máximo 10 pavimentos.


LOCAIS COM MAIOR MOVIMENTO DE PESSOAS NO ENTORNO DO LOTE Existe um grande contingente de comércio e prestação de serviços na Av. da Saudade, o que atrai muitas pessoas para ela, deixando-a sempre movimentada, seja por veículos automotivos, seja por pessoas.

Supermercado (o supermercado fica muito próximo do espaço para os idosos e atrai muitas pessoas durante o dia). Figura 99 Fonte: Google Maps

Plaza Campos Elíseos ( é um centro de comércio e prestação de serviços que possui um movimento intenso durante o Figura 100 Fonte: Google Mapsdia). Agências Bancárias (o fluxo de pessoas nas agências bancárias é extremamente intenso).

N

A Av. da saudade é a que possui maior movimento de pessoas, uma vez que é o centro onde se reúne o comércio e a prestação de Figura 104 Fonte: Google Maps serviços principais do bairro. Os locais abaixo não estão tão próximos ao lote, mas estão dentro do bairro e são pontos de atração de movimento de pessoas. Cemitério da Saudade ( o local atrai muitas pessoas que vão visitar seus entes e amigos queridos). Figura 105 Fonte: Google Maps

Figura 106 Fonte: Site Panoramio

Bosque Municipal (um local de lazer que atrai muitas pessoas, culminando em um grande movimento).

A Santa Casa possui um intenso movimento de pessoas dia e noite. Figura 107 Fonte: Site Popmundi

ESCOLHA DO LOCAL

PONTO DE ATRAÇÃO DE PESSOAS Os pontos de atração de pessoas mais próximos aos lotes são os citados abaixo: Praça Rômulo Na Igreja Santo Morandi (tem Antônio há um grande um grande movimento de movimento pessoas durante o de pessoas, dia, característica principalmente de um local em horários de Figura 103 Figura 102 de descanso e missas. Fonte: Revista Revide Fonte:Google Maps encontro).

Figura 101 Fonte: Google Maps

39


TIPOLOGIA DOS EDIFÍCIOS PRESENTES NO ENTORNO E SEU ESTADO No entorno predominam lotes residenciais de 1 ou 2 pavimentos. A foto ao lado demonstra a tipologia de 1 pavimento. Figura 108 Fonte: Google Maps

Figura 109 Fonte: Google Maps

No entorno do lote nota-se muitas travessas, que são corredores que ligam a “casa dos fundos” à rua. Na parte central da foto percebe-se um portão branco que dá acesso à várias casas localizadas no meio do lote.

Figura 111 Fonte: Google Maps

Há residências de 2 pavimentos, que é uma das principais tipologias que podem ser encontradas no entorno do lote.

ESCOLHA DO LOCAL

EQUIPAMENTOS

40

Há diversos equipamentos urbanos espalhados pelo bairro Campos Elíseos: equipamentos de educação como creches e escolas; equipamentos de saúde como hospitais ( incluindo um grande centro, que é a Santa Casa da cidade, UBS e UBDS, centros comunitários e inclusive lar de idosos. Os Equipamentos atendem as necessidades da população local. SANTA CASA

Figura 113 Fonte: Site Popmundi

IGREJA SANTO ANTÔNIO

Figura 114 Fonte: Revista Revide

Figura 110 Fonte: Google Maps

O Plaza já é um edifício maior. Pode ser avistado do lote no qual será realizado o projeto. Está em boas condições e sua imagem não desvaloriza a paisagem onde está inserido.

N

Figura 112 Fonte: Google Maps

O edifício da antiga fábrica IPAB,localizado bem à frente do lote possui apenas um pavimento e está relativamente abandonado e mal cuidado. CEMITÉRIO

Figura 115 Fonte: Google Maps BOSQUE MUNICIPAL

Figura 116 Fonte: Site Panoramio Fonte: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto


I - EDUCAÇÃO: 1.1 – Educação da criança de 0 à 6 anos Creche___________________ 1 Educação Pré Escolar________ 2 Creche/Educação Pré Escolar__ 3

II- UNIDADE DE SAÚDE

1.2 – Ensino de 1º e 2º Graus 1º Grau___________________ 2° Grau___________________ 1° e 2º Graus_______________ 3° Grau___________________

III- CENTROS COMUNITÁRIOS________

A B C D

ENTIDADE MANTENEDORA

UBS______________________________ UBDS_____________________________ D Hospitais___________________________ H

Estado Município Particular

IV- BAC’s (Base de Apoio Comunitário)____ Lar de Idosos______________________

1.3 – Educação Especial ___________ EE SISTEMA VIÁRIO - HIERARQUIA DE VIAS O mapa abaixo ilustra as principais vias próximas ao lote do projeto, bem como o fluxo de veículos que apresentam ( caracterizados em menor, médio e maior movimento) e sua classificação em vias Arteriais, Coletoras

e Locais. Como se pode imaginar, o intenso fluxo de movimento está presente na Av. da Saudade, principalmente nos horários de pico.

Figura 122 Fonte: Site Worldmapz

Figura 117 Fonte: Google Maps

A avenida da Saudade é uma via de intenso movimento, por ela trafegam muitas pessoas, carros e linhas de ônibus diariamente. É uma via arterial , uma vez que chega até a via principal Francisco Junqueira.

A rua João Clapp possui baixo movimento, é uma via coletora.

N

Figura 118 Fonte: Google Maps

Figura 123 Fonte: Google Maps

A rua Conde Francisco Matarazzo é coletora, e possui baixo movimento.

A rua Ceará possui baixo movimento ( é uma via coletora). LEGENDA Maior Movimento

Figura 119 Fonte: Google Maps

A rua Patrocínio é uma via coletora, e possui baixo movimento.

Figura 120 Fonte: Google Maps

A Major Carvalho possui médio fluxo, característica de uma via local.

Figura 121 Fonte: Google Maps

A rua Paraíba é uma via de médio fluxo, uma via local. O principal movimento é devido à presença da Igreja Santo Antônio na rua.

Médio Movimento Menor Movimento

ESCOLHA DO LOCAL

41


MOBILIDADE O mapa abaixo mostra as linhas de ônibus que passam pela área do terreno escolhido para a realização do projeto. É possível perceber que há muitos deles circulando na região principalmente na Av. da Saudade, e este fato se deve por ser uma avenida predominantemente comercial e de prestação de serviços, então muitas pessoas utilizam o ônibus para trabalhar por exemplo,

e ter acesso às lojas e equipamentos do bairro, além de suas residências. A outra única via que passam linhas de ônibus é a Conde Francisco Matarazzo, porém com um número bem menor, como pode ser visto na legenda.

A rua Conde Francisco Matarazzo também recebe linhas de ônibus, porém em quantidade bem menor.

A avenida da Saudade possui um intenso movimento de ônibus, de diversas linhas que circulam pela cidade.

LEGENDA 16 linhas de ônibus

N

3 linhas de ônibus ACESSIBILIDADE: TRAJETO MODELO TRAJETO 1: Percurso até a Av. da Saudade. Situação atual: Na esquina da Rua Paraíba com a rua Patrocínio não há passeio em nível, nem semáforo, nem faixa de pedestres, o que coloca os usuários (mais precisamente os idosos, que são o foco do projeto) em risco para ir até a avenida da Saudade. Figura 124

Os levantamentos abaixo demonstram a leitura do entorno do lote com relação à acessibilidade. Foi analisado como é o trajeto do lote até a Avenida da Saudade , uma vez que é o centro de comércio e serviços mais próximos do espaço a ser desenvolvido que poderá ser acessado por seus usuários; e o trajeto até a Igreja Santo Antônio, na rua Paraíba, que é a rua que dá acesso direto ao lote do projeto.

Fonte: Google Maps

N

42 ESCOLHA DO LOCAL

Figura 125 Fonte: Google Maps

Entre a Patrocínio com a Saudade há faixas de pedestres e semáforos, facilitando a acessibilidade dos usuários até a avenida.Mas ainda deixa a desejar, pois quando se trata de idosos é preciso uma diferença de cores, sons, e texturas para tornar segura sua mobilidade.


É necessário uma requalificação das calçadas do trajeto. Estão esburacadas e parte delas com o pavimento quebrado.

Há rampas de acessibilidade em uma esquina do trajeto, porém estão mal cuidadas, como pode ser visto na foto ao lado, em uma das esquinas da Av. Da Saudade. Figura 127 Fonte: Google Maps

Fonte: Arquivo Pessoal

Figura 129 Fonte: Arquivo Pessoal

TRAJETO 1: Percurso até a Av. da Saudade. Situação Desejável: Por ser um trajeto até uma rua de grande movimento, passando por uma de médio movimento, é desejável um passeio elevado entre as esquinas, somados a um semáforo, como está representado Figura 128 na foto ao lado. TRAJETO 2: Percurso até a Igreja Santo Antônio ( Rua Paraíba).

Situação atual:

Figura 130 Fonte: Google Maps

Figura 131 Fonte: Google Maps

Nesse trajeto, só há rampas de acessibilidade nas proximidades da igreja Santo Antônio.

Figura 134 Fonte: Google Maps

Figura 132 Fonte: Google Maps

Figura 133 Fonte: Google Maps

Nesse percurso também é desejável uma requalificação das calçadas e das rampas de acessibilidade, tornando a mobilidade do público alvo do projeto segura e facilitada. O plantio de árvores nas calçadas também torna a travessia mais prazerosa devido a existência das sombras. Entre as esquinas das Ruas Patrocínio e Paraíba não há semáforo, nem faixa de pedestres e nem passeio elevado, tornando insegura a mobilidade dos pedestres. Entre as esquinas das Ruas Ceará e Paraíba não há semáforo, nem passeio elevado e a faixa de pedestres está muito apagada do asfalto. Entre as esquinas das Ruas Anita Garibaldi e Paraíba não há semáforo, nem passeio elevado e a faixa de pedestres está muito apagada do asfalto, o que torna o trajeto pela rua Paraíba um tanto perigoso para os pedestres. Nas esquinas da Amazonas e Paraíba não há semáforo, nem passeio elevado e a faixa de pedestres está muito apagada do asfalto, tornando insegura a mobilidade dos usuários caso queiram ir até a Igreja Santo Antônio, por exemplo.

ESCOLHA DO LOCAL

Figura 126 Fonte: Google Maps

43


Figura 135 Fonte: Google Maps

As calçadas estão mal cuidadas, esburacadas, o que coloca em perigo o trajeto até a igreja por parte dos usuários principais do espaço, que são os idosos.

Durante praticamente todo o trajeto, mudamse as calçadas, uma vez que ela é de responsabilidade do proprietário de cada lote. Há exemplos bem cuidados e outros que necessitam de requalificação.

Figura 136 Fonte: Google Maps

TRAJETO 2: Percurso até a Igreja Santo Antônio ( Rua Paraíba). Situação Desejável:

Figura 137 Fonte: Arquivo Pessoal

Requalificação das calçadas para uma mobilidade segura e facilitada dos usuários. Também a instalação de lombadas, e o plantio de árvores, trazem sombra para a caminhada dos pedestres.

Nesse trajeto também é necessário rampas de acessibilidade nas esquinas, pois esta só é encontrada no trecho mais próximo da igreja. Figura 138 Fonte:Arquivo Pessoal

Na Rua Patrocínio, a do terreno do espaço público, é desejável um passeio elevado uma vez que é a rua imediata que os moradores e usuários tem acesso para caminhar até a igreja.

É desejável que haja uma nova pintura das faixas de pedestres nesse trecho, além de pelo menos um semáforo no trajeto até a igreja. Figura 139 Fonte: Arquivo Pessoal

Figura 140 Fonte: Arquivo Pessoal

ESCOLHA DO LOCAL

ORIENTAÇÃO SOLAR E VENTOS

44

As fachadas Norte e Leste recebem o Sol da manhã. As fachadas Sul e Oeste recebem o sol da tarde. A demarcação da insolação se torna imprescindível para a organização e distribuição dos programas no lote do projeto. LEGENDA Sol da Manhã Sol da Tarde

N

Predominam-se os ventos sudeste para noroeste na cidade de Ribeirão Preto. Nos meses de verão o sentido dos ventos inverte.


PROJETO


IMPLANTAÇÃO

O lote escolhido ocupa uma das esquinas de uma quadra situada entre as ruas Paraíba, Rua Patrocínio, Rua Major Carvalho e Rua Conde Francisco Matarazzo. Como pode ser visto, o lote em questão é o maior existente na quadra, possuindo aproximadamente 4000m²

O lote possui fachadas voltadas para a Rua Patrocínio e para a Rua Paraíba, e , aproveitando de tal situação, o projeto possui acessos pelas duas ruas.

Da implantação é possível observar as grandes áreas verdes existentes no edifício proposto, bem como alguns de seus acessos demarcados por vigas de concreto.

Outro acesso pode ser observado por meio do deck de madeira demarcado em uma das entradas. Outro deck de madeira integra os blocos de atividades, bem na área central do lote.

46 IMPLANTAÇÃO


O verde central, e o mais amplo, representa a grande praça existente entre os blocos, onde há grande vegetação, espelhos d'água e uma pérgola de madeira rodeando-a em todo sua borda, podendo ser vistos pela implantação.

RUA PARAÍBA

A implantação também permite observar a grande grelha ortogonal formada pelo sistema estrutural e pela divisão dos blocos em módulos.

Os blocos se interligam por meio da circulação externa, coberta por uma marquise.

RUA PATROCÍNIO

IMPLANTAÇÃO

Existe um reservatório de água pluvial bem próximo à rua Patrocínio, está demarcado na implantação porém haverá área verde sobre ele.

47


PARTIDO PROJETUAL E ORGANIZAÇÃO ESPACIAL: PROGRAMA, ACESSOS E CIRCULAÇÃO O projeto consiste em um lote como espaço público, onde serão desenvolvidos diversas atividades divididas em diferentes blocos em torno de uma praça central, que funcionará, juntamente com a circulação externa coberta por uma marquise, como eixo de ligação entre eles. O edifício será caracterizado por uma

racionalidade estrutural, associado à diversidade de materialidade, constrastando entre si. O vidro, a madeira, o tijolo aparente, o concreto aparente estarão em contraste com o sistema estrutural, que , por sua vez também é aparente,compondo a estética de todo o edifício, tornando suas fachadas leves e bastante diversificadas.

Dormitórios Os dormitórios ficarão dispostos no fundo do lote, com as aberturas voltadas para a fachada Norte, recebendo o sol da manhã. Abrirão para um grande jardim privado para os moradores, o qual será caracterizado como um local de descanso e contemplação da natureza. Serão 10 suítes, todas acessíveis,com dois residentes por quarto, totalizando uma capacidade para 20 moradores. Piscina Coberta Nesse bloco haverá uma ampla piscina coberta e acessível para receber seu público principal. O bloco será de pé direito duplo, com elementos vazados nas paredes em contraposição com o vidro, além de ser rodeado por áreas verdes.

Projeção Marquise

Academia ( 1 Pav) e Sala de descanso dos Func. (2 Pavimento). A academia ficará próxima à piscina, pois junto dela e da fisioterapia estão destinadas ao bem estar físico dos usuários. A sala de descanso dos funcionários será ampla, com vista para a piscina.

ORGANIZAÇÃO ESPACIAL

Fisioterapia e Pilates (1 Pav) e Sala de Descanso dos Func. (2Pav). Estará ao lado da Academia, entre ela e as oficinas. No segundo pavimento estará a sala de descanso dos funcionários.

48

Oficinas (1 Pavimento) e Administração (2 Pavimento) As oficinas serão divididas em 3 salas: ateliê, sala de informática e multimídia juntas e sala multiuso. Através de grandes portas de vidro poderão integrar-se uma à outra, tornando um espaço generoso de convívio e aprendizado. A administração fica no segundo pavimento. Cabelereiro e Estética Nesse bloco os usuários poderão dedicar-se ao cuidado do corpo : haverá massagistas, manicure e cabelereiros, num espaço voltado para uma grande área verde Cozinhas, Área de Serviço e Banheiros Há uma cozinha e uma cozinha experimental para o uso dos moradores e de todos os usuários, como aprendizes. No mesmo bloco também estará a área de serviço e os banheiros. Para tantas atividades, é necessário que haja um espaço com banheiros amplos que possam servir os usuários que estejam utilizando desde alguma oficina ou até por exemplo o refeitório ou o salão de festas.

Projeção Marquise


Utiliza-se então uma grelha ortogonal, onde o sistema estrutural divide os espaços em diferentes módulos que por sua vez possui sua fachada de um material diferente do da fachada ao lado. O elemento principal do projeto, a praça central, é rodeada por um pergolado, demarcando-a. A circulação, que é externa aos blocos,

será demarcada por meio de uma marquise, como foi dito anteriormente. Já a circulação interna, no caso dos dormitórios, é demarcada por meio de elementos vazados. Setor Administrativo ( Segundo Pavimento) O setor administrativo será composto por uma grande sala de espera, sala do diretor, sala de gestão e sala de reuniões. As aberturas desse bloco serão voltadas para a praça central de um lado e para uma grande área verde do outro. Setor de Saúde O setor de saúde será formado por um consultório médico, uma enfermaria e um hall de espera. Obterá um acesso independente dos outros no lote, caso haja necessidade de transportes especiais, como ambulâncias. Dormitórios Funcionários Haverá duas suítes, com capacidade para dois funcionários cada uma.A abertura delas será para um pátio privado para o uso dos funcionários, um local de descanso. Recepção e Lojas A recepção ficará localizada na Rua Patrocínio, por ser menos movimentada que a Rua Paraíba, facilitando o acesso. Ficará na parte central, e será responsável por computar os usuários do espaço e os moradores. Junto dela está a espera, banheiros para os visitantes e duas lojas que venderão artesanatos produzidos pelos moradores e verduras, flores e frutas; também cuidados e plantados por eles. Refeitório e Salão de Festas O refeitório e o Salão de festas serão conjuntos e abertos de um lado para uma grande praça com ampla área verde e do outro para uma grande horta e para as áreas da oficinas. Poderão ser utilizados durante o dia e durante a noite, para bailes, festas e apresentações. Áreas Verdes

se

N

As áreas verdes serão muito valorizadas no edifício. Haverá uma grande praça central com diversos tipos de coberturas verdes.Além de ser um local de descanso, poderá servir como palco de apresentações. Também existirá uma grande horta, onde os idosos poderão cuidar e vender as hotaliças, um jardim privado para as oficinas e um jardim privado para os moradores, cujo acesso ocorre pelos dormitórios. Na entrada do edifício também terá um grande jardim.As flores serão plantadas pelos moradores e também poderão ser vendidas, dinamizando as relações entre os usuários do espaço.

ORGANIZAÇÃO ESPACIAL 49


PARTIDO PROJETUAL E ORGANIZAÇÃO ESPACIAL: PROGRAMA, ACESSOS E CIRCULAÇÃO Acesso Principal ( Veículos e Pedestres) O acesso principal ao edifício será pela recepção. Assim é possível ter um controle sobre a quantidade e quais são as pessoas que se tornarão usuárias do espaço. Aqueles que são moradores, poderão acessar por meio de outras entrada, situadas na Rua Paraíba , como pode ser visto na planta. Outra entrada permitida aos usuários que já possuem um "cadastro" está próxima ao bloco das oficinas, na Rua Patrocínio. Além disso, para os veículos haverá um deslocamento da calçada bem em frente à recepção, facilitando para estacionar e para locomover as pessoas que se encontram mais debilitadas. Acesso Emergências O acesso de emergências estará localizado na Rua Paraíba, chegando direto ao bloco de setor de saúde, onde está o consultório e a enfermaria. e é independente dos outros acessos.

Acesso Serviços O acesso de serviços estará próximo ao bloco das oficinas, pois de todos os acessos este é o mais próximo da cozinha, despensa e área de serviço.

Acesso Pedestres Há diversos acessos para pedestres, como pode ser visto na planta ao lado. Esses acessos poderão ser utilizados por usuários que já possuem um "cadastro", realizado no acesso principal, que é a recepção.

50

ACESSOS E CIRCULAÇÃO


Circulação A circulação principal , como foi dito anteriormente, é externa aos blocos, e demarcada por uma marquise. É toda rodeada por áreas verdes e todos os edifícios ali presentes possuem suas amplas aberturas de vidro voltadas para ela.

Projeção Marquise

N

ACESSOS E CIRCULAÇÃO

Projeção Marquise

51


PROJETO

E a

c

3.68

Planta Baixa Pavimento Térreo

F

b

d

3.75

e

3.75

g

f

3.75

3.75

3.75

h

i

3.75

j

3.75

3.75

2.50

2

banho

Dormitório

Dormitório

banho

banho

Dormitório

Dormitório

banho

banho

Dormitório

banho

3.75

A

Dormitório

3

2.65

4

2.65

5

6

5.00

A piscina é coberta e fica dentro do galpão de atividades físicas, junto da academia e da sala de pilates e fisioterapia. No galpão também há vestiários, um feminino e um masculino.

1

W.C. Fem.

W.C. Masc.

Câm. fria

Despensa

Rampa de acessibilidade

Sanit. Defic.

Área de Serviço e Depósito

7

B

Cozinha Experimental

Cozinha

5.00

As suítes são simétricas, e são todas acessíveis. Podem abrigar até dois residentes cada uma, e sua abertura se dá para um grande jardim privado, de uso exclusivo dos moradores. O acesso ao banheiro ocorre por meio de uma porta de correr, e há um espaço com o vaso sanitário e outro com o chuveiro, para que possam ser utilizados separadamente, sem a necessidade de esperar um usuário para que o outro possa usar.

1.25

Jardim Privado Para os Mor

Horta

O Hall de circulação vertical está entre o bloco de atividades físicas e as oficinas. Há uma escada com vista do jardim privado e elevador, além de também ser um espaço para exposições.

Atividades Físicas 8 Vestiário Fem.

5.00

Academia Sanit.Defic.

52

Há um jardim privado, acessado através das oficinas e da estética, por meio de grandes aberturas de vidro que proporcionam iluminação e ventilação natural.

5.00

Fisioterapia e Pilates Refeitório

10 Sobe

5.00

C

Projeção Marquise

Sanit.Defic.

Hall de Circulção e Exposição

Salão de festas

Horta

5.00

11

Sala Multimídia e Informática

12

5.00

O refeitório e o salão de festas ocupam o mesmo espaço. Um espaço onde duas faces são abertas e uma é toda de vidro. Estão situados no bloco que fica entre a praça central e o bloco das oficinas e atividades físicas, juntamente da cozinha, da cozinha experimental, dos banheiros e da área de serviço. Como pode ser visto, optou-se por uma solução modular: as salas do bloco das oficinas, o refeitório, o salão de festas, dormitório dos funcionários e o setor de serviços possuem suas paredes alinhadas, formando uma grelha ortogonal, deixando a implantação limpa e simples.

Vestiário Masc.

Sala Multiuso

13

Ateliê

5.00

As salas das oficinas, dispostas lado a lado, podem ser unidas por meio de uma grande porta de vidro, existente como repartição entre as salas, podendo tornar-se um grande espaço para apresentações, convívio e aprendizado.

D 14

5.00

PLANTA BAIXA - PAVIMENTO TÉRREO

9

Cabelereiro e Estética

15

5.00

ACESSO DE PEDESTRES E SERVIÇOS 5.10

A

5.00

B

5.00

C

E

2.65

D

5.00

E

5.00

5.00

F

G

F

2.65

H

I


G k

m

l

4.18

4.18

n

3.75

3.75

o 3.75

p

q

3.75

Entre os dormitórios, está uma ampla sala de descanso, com amplas aberturas de vidro trazendo luz e ventilação natural ao ambiente. É através dessa sala que ocorrre o acesso às suítes, cujo corredor não é fechado por uma parede de alvenaria e sim por elementos vazados de madeira, trazendo novamente iluminação e ventilação natural.

r

3.75

3.97

s Moradores

Dormitório

banho

Dormitório

banho

Dormitório

Sala de descanso

Dormitório

banho

A

Como cobertura, há as marquises que cobrem toda a circulação externa e um pergolado de madeira, que rodeia toda a praça central.

ACESSO DE PEDESTRES

banho

Projeção Marquise

Projeção Pergolado

ACESSO DE AMBULÂNCIA

Enfermaria

2

RUA PARAÍBA

Calçada

Consultório

B

ACESSO DE PEDESTRES

Hall/ Espera

No setor de saúde, há um hall de espera que possui acesso tanto interno quanto externo ao edifício. A partir dele, há o acesso ao consultório médico, onde atendem geriatras, psicólogos e nutricionistas; e a enfermaria. Ambos possuem aberturas voltadas para a circulação interna ao edifício.

Como dito anteriormente, há duas suítes com capacidade para quatro funcionários que trabalhem no local. Como área de descanso, existe um pátio destinados à eles, acessados através das aberturas dos dormitórios. C

Banho func.

Dormitório Funcionários

Dormitório Funcionários

A recepção compõe o acesso principal ao edifício. Nela também está localizada a espera e o café. Ao lado oeste da recepção, mais precisamente no jardim da entrada para pedestres está instalado o reservatório para o reaproveitamento da água pluvial, cujos cálculos estão nas páginas seguintes. No bloco da recepção também estão situadas duas lojas, que podem se integrar por meio de grandes aberturas de vidro.

Banho func.

Projeção Marquise

Café Recepção

Sanit. Fem.

Sanit. Masc.

D

Loja 2

N

Loja 1

Calçada

5.00

5.00

J

I 1

RUA PATROCÍNIO

5.00

K

5.00

L

2.30

M

5.00

2.50

N

O

P

Para facilitar o acesso, logo a frente da recepção propus um alargamento da calçada, onde parte dela funcionará como estacionamento, como pode ser visto ao lado.

G

PLANTA BAIXA - PAVIMENTO TÉRREO

53


PROJETO

E a

F

b

c

d

e

g

f

h

i

j

Planta Baixa Segundo Pavimento Jardim Privado Para os Moradores 1 2

A

3

Laje com argila expa

4

A sala de descanso dos funcionários é ampla, contendo sofás para descanso, computadores para pesquisas, trabalhos e entretenimento, mesas para trabalho e vestiários. Possui uma vista para a praça central, para o bloco das piscinas e uma abertura para um jardim.

5

6

Rampa de acessibilidade

7

B Horta 8

Laje com argila expandida

Marquise Impermeabilizada

5.00

No segundo pavimento, há um jardim suspenso acessado pela sala de descanso dos funcionários, servindo como área de descanso,contemplação da área verde situada no térreo.

9

Vest. Func. Fem.

10 Sobe

5.00

C

O setor administrativo é composto por uma sala de espera, um café, sala do diretor, sala de reuniões , e sala de gestão. Há também dois banheiros que atendem todo esse bloco. Suas aberturas são muito amplas, para que os funcionários sintam-se trabalhando integrados às áreas verde e ao restante da edificação.

Vest. Func. Masc

5.00

Espaço Convívio Funcionários

Espera Visitantes

5.00

11

5.00

12

Café

Gestão

5.00

13

Diretoria e Gerência

D

5.00

14

W.C Fem. W.C Masc.

Sala de Reunião

15

5.00

A

B

C

E

54

PLANTA BAIXA - SEGUNDO PAVIMENTO

5.00

D

E

F

G

F

H

I

RU


G k

m

l

n

o

p

q

r

ores

A

la expandida

Marquise Impermeabilidada

B

C

Laje com argila expandida

Marquise Impermeabilizada

Laje com argila expandida

J 1 RUA PATROCÍNIO

D

K

L

M

N

O

G

P

N

PLANTA BAIXA - SEGUNDO PAVIMENTO

2

RUA PARAÍBA

Calçada

Laje com argila expandida

55


PROJETO

E a

b

F c

d

e

g

f

h

i

j

Planta Cobertura Jardim Privado Para os Moradores 1 2

Optou-se pela utilização de vigas invertidas para compor a estética do edifício e ainda tornar possível a utilização de lajes com argila expandida na cobertura de cada bloco.

A

3

Laje com argila exp

4

5

6

Caixa d'água

7

B Laje com argila expandida

8

Vista de cima, a cobertura fica como uma grelha ortogonal, compostas pelas vigas invertidas na direção vertical e longitudinal

Laje com argila expandida

COBERTURA

C

Marquise Impermeabilizada

9

10

11

Os blocos possuem aspectos de sustentabilidade: as lajes de cobertura são todas de argila expandida.

12

PLANTA BAIXA -

13

D 14

15

A

B

C

E

56

D

E

F

G

F

H

I RUA


G k

m

l

n

o

p

q

r

ores

A

gila expandida

Marquise Impermeabilidada

B

2

Como cobertura é possível ver os pergolados de madeira, rodeando a praça central, as pérgolas de concreto na esquina e na parte central da fachada da rua Paraíba demarcando duas entradas para pedestres e as marquises que cobrem toda a circulação externa aos blocos.

RUA PARAÍBA

Calçada

Laje com argila expandida

C

Laje com argila expandida

Marquise Impermeabilizada

Laje com argila expandida

J 1 RUA PATROCÍNIO

K

D

L

M

N

O

N

P

G

PLANTA BAIXA -

COBERTURA

57


PROJETO

E a

c

3.68

o

3.75

e

3.75

g

f

3.75

3.75

3.75

h

i

3.75

3.75

edifício

O complexo possui 10 dormitórios, com capacidade de 2 idosos para cada unidade; totalizando 20 idosos que poderão morar no espaço de convivência e permanência.

j

3.75

Jardim Privado Para os Mor 1 2

1.25

utilizar

2.50

poderão

d

A

Dormitório

3

banho

Dormitório

Dormitório

banho

banho

Dormitório

Dormitório

banho

banho

Dormitório

banho

3.75

Quantos usuários simultaneamente ?

F

b

2.65

4

5 2.65

As aulas na piscina serão para no máximo 10 pessoas por turma, para que os responsáveis possam dar toda atenção e segurança aos usuários.

5.00

6 W.C. Fem.

W.C. Masc.

Câm. fria

Despensa

Rampa de acessibilidade

Sanit. Defic.

Área de Serviço e Depósito

7

Cozinha Experimental

Cozinha

5.00

B

Horta Atividades Físicas 8 Vestiário Fem.

Academia

5.00

A academia poderá atender uma demanda de 10 pessoas por turma e a fisioterapia e o pilates uma média de 10 pessoas por turma, totalizando 20 usuários. Assim os espaços não ficam superlotafos e os professores e profissionais dessas áreas poderão dar total atenção e cuidar bem dos usuários.

Sanit.Defic.

9

Fisioterapia e Pilates Refeitório

C

A sala multiuso tem capacidade para 21 pessoas utiliza-la simultaneamente.

Projeção Marquise

Sanit.Defic.

10 Sobe

5.00

A sala multimídia e de informática poderá atender em média 10 pessoas simultaneamente, onde algumas poderão estar assistindo televisão e outras acessando o computador.

5.00

Vestiário Masc.

Hall de Circulção e Exposição

Salão de festas

Horta

5.00

11

Sala Multimídia e Informática

12

5.00

O ateliê tem capacidade para 20 pessoas desfrutarem das atividades coletivamente.

Sala Multiuso

13

5.00

Ateliê

D 14

5.00

O salão de beleza tem capacidade para 12 pessoas.

Cabelereiro e Estética

15

5.00

ACESSO DE PEDESTRES E SERVIÇOS 5.10

A

5.00

B

C

E

58 QUANTIFICANDO O ESPAÇO

5.00

2.65

D

5.00

E

5.00

5.00

F

G

F

2.65

H

I


G k

m

l

4.18

4.18

n

3.75

3.75

o 3.75

p

q

3.75

r

3.75

3.97

s Moradores

Dormitório

banho

Dormitório

banho

Dormitório

Sala de descanso

Dormitório

banho

A ACESSO DE PEDESTRES

banho

Projeção Marquise

A enfermaria poderá receber 6 idosos por turma. Assim os enfermeiros e funcionários poderão ter todo cuidado e atenção com os idosos que precisarem de estar ali.

Projeção Pergolado

2

Calçada

Consultório

B

A cozinha experimental tem a capacidade de 8 usuários por turma, para não haver superlotação e para que os indivíduos possam aprender e ensinar com toda segurança e atenção.

C

O refeitório tem capacidade para atender 96 pessoas simultaneamente. Servirá o café da manhã, o almoço, o lanche da tarde e a janta. Isso significa que todos os usuários do espaço, em sua lotação máxima, poderá utilizá-lo e sentar-se confortavelmente enquanto faz suas refeições. A capacidade do salão de festas , por se tratar do mesmo espaço, é a mesma.

RUA PARAÍBA

Hall/ Espera

ACESSO DE PEDESTRES

ACESSO DE AMBULÂNCIA

Enfermaria

Dormitório Funcionários

Dormitório Funcionários

A circulação externa somada a praça central são locais que também serão usados como estar dos usuários. Poderão ler, conviver, trocar experiências, tomar sol e praticar atividades ao ar livre como caminhar e fazer alongamentos, jogos de mesa ou simplesmente contemplar a natureza. Calcula-se uma média de 75 pessoas na circulação externa e na praça com mobiliários para uso.

Banho func.

Projeção Marquise

Café Recepção

Sanit. Fem.

Sanit. Masc.

D

Loja 2

N

Loja 1

Calçada

5.00

5.00

J

I 1

RUA PATROCÍNIO

5.00

K

5.00

L

2.30

M

5.00

2.50

N

O

G

P

Totalizando, foi contabilidado que em média 300 pessoas poderão utilizar o Espaço Público de Assistência e Reintegração do Idoso simultanteamente, dividindo-se nos diferentes blocos, praticando diferentes atividades ou fazendo suas refeições. Não foi contabilizado o andar superior por se tratar de área administrativa, sendo privada, exclusiva para funcionários e não destinada ao uso dos indivíduos frequentadores do espaço.

QUANTIFICANDO O ESPAÇO

Banho func.

59


PROJETO

Elevação Rua Patrocínio Como é possível perceber através das elevações, optouse por adotar uma racionalidade estrutural, onde a estrutura em concreto aparente divide os espaços em diferentes módulos. Estes por sua vez possui materialidades diferentes em suas fachadas , como madeira, pedras portuguesas, lamato e tijolo aparente. Os brises de madeira também compõem a fachada da Rua patrocínio, juntamente com a pérgola de concreto. É perceptível um contraste entre a rigidez estrutural e a liberdade material. Outro aspecto que pode-se perceber é o jogo de volumes causados pelas diferenças de pé direito, deixando o edifício mais dinâmico em contraposição de sua rigidez no caso das lajes, vigas e concretos aparentes.

Elevação Rua Paraíba

A fachada da rua Paraíba é composta por diferentes materialidades em cada módulo e possui as entradas para pedestres demarcadas por pérgolas de concreto. Dela dá para avistar o bloco da adiministração e o bloco da piscina coberta, demarcada pelos elementos vazados de madeira em seu pé direito duplo. Novamente pode-se perceber o contraste entre a estrutura aparente rígida e a liberdade dos materiais empregados.

60

ELEVAÇõES


Fachada 1 - Rua Patrocínio

As aberturas em portas são praticamente todas amplas e de vidro, além de ocuparem todo o vão existente entre os pilares e as vigas, preservando a ventilação e iluminação natural. Estarão todas voltadas para a praça central, facilitando o acesso aos espaços que partirá da circulação principal, coberta por uma marquise.As janelas também ocupam todo o vão entre os pilares, dando uma unidade ao edifício também em relação às aberturas.

ELEVAÇõES

Fachada 2 - Rua Paraíba

61


62 3.00

3.65 0.50

0.15

3.00

3.00

6.80 0.15

2.10

3.00

0.90

0.50

0.15

2.10

1.40

0.50 0.50

0.15

0.15

3.00

4.95

+0.00

1.65 1.35

0.30

Det.V1

+0.00

Det.V1 1.10

3.65 3.00

Cortes A, B, C e D

0.15

CORTES

PROJETO

+0.00

Det.V1 Det.V2 Det.V3

Det.V1

Det.V1 Det.V2

+3.15

+0.00

Det.V4


3.00

+3.15

+0.00

6.80

0.15

3.00 0.50

+0.00

0.15

0.50

3.00

+0.00

6.80

0.15

+3.15

0.15

8.45

3.00

Det.V4

3.65

3.00

1.50

0.15

0.50

1.65

Det.V5

0.15

2.50

3.65

3.00

Corte A_A

Corte B_B

Det.V3

Corte C_C

Det.V1

Corte D_D

CORTES 63

3.45

1.65


PROJETO

Det.V1

1.65

Cortes E , F e G

Det.V1 0.50 3.65

0.30

Det.V1

3.00 +0.00

0.15

3.45

0.15

+0.00

3.00

0.15

3.00

4.95

0.15

1.35

8.45

0.30

Det.V1

+0.00

3.00 0.15

3.65

0.50

Det.V1

64 CORTES

+0.00

Det.V4


0.50 6.80

0.15

3.00 +0.00

0.15

3.00

+3.15

Corte E_E

Corte F_F

Corte G_G

CORTES

+0.00

3.45

3.00

0.30

Det.V1

0.15

Det.V4

65


DETALHES Detalhes Verticais Detalhe Vertical 5

Detalhe Vertical 1

impermeabilização

Terra

camada de regularização e caimento

manta para facilitar a drenagem argila ( terra vegetal)

.03 .10

laje acabada

.04

.14

.15

.15

.03

.50

.14

.10 .03

Terra manta para facilitar a drenagem argila ( terra vegetal)

.15

camada de regularização e caimento

Detalhe Vertical 3

Detalhe Vertical 4

.14 .03 .15

impermeabilização

Terra manta para facilitar a drenagem argila ( terra vegetal) impermeabilização

camada de regularização e caimento camada de regularização e caimento laje acabada

Elemento vazado de madeira .03 .10

manta para facilitar a drenagem argila ( terra vegetal)

.14

.10 .03

.03 .10 .14

laje acabada

3.00 1.10

2.50

3.00

3.65

1.40

.10

.50

.50

laje acabada

.03

camada de regularização e caimento

Terra

.15

impermeabilização

.03

Terra manta para facilitar a drenagem argila ( terra vegetal)

laje acabada

.15

Detalhe Vertical 2

impermeabilização

Piso com Trânsito

piso interno

piso externo

piso externo

Camada de Proteção

piso externo

PA

Impermeabialização

Terreno Apiloado .14

Baldrame .02

Argamassa de Proteção com Tela Teflon

.02

2.50

Soleira de granito

.10.03 .02 .05 .20

.25 .05 .10 .10

piso interno

.14 .02 .02 .17

.17

.25

Terreno Apiloado

.05

piso interno

.10 .10

Soleira de granito piso externo

Baldrame

Pilares

.15

Pilar Metálico de chapa dobrada

Sem escala

.15

66

2.00

0.60

Alçapão 0.60

3.00

H

Condutores de água pluvial Lâmina d'água

o100 ladrão lançar na guia

Capacidade 26m³

2.90

Terra Laje

H

Reservatório de retenção de água pluvial

3.00 0.10

MEMORIAL DE RESERVATÓRIO DE ÁGUA PLUVIAL: Área do Reservatório Área total do terreno: 3.881,05 m² 26m³ = X x Y Área permeável: 15% da área total do terreno. logo: Área permeável mínima: 582,157m² 3m x 3m x 2,9m Área permeável existente: 1006,46m² V=0,15 x (S-Sp) x IP x T, onde: V= volume do dispositivo S=área total do terreno Sp= área permeável IP= índice pluviométrico: 0,06m³/hora T= tempo de duração da chuva: 1 hora Logo: V= 0,15 x (3881,05 - 1006,46) x 0,06 x 1 V= 25,87, aproximadamente 26m³

Casa de bombas

0.30

DETALHES

Há aspectos de sustentabilidade no projeto. Para maior conforto térmico dos blocos, foi pensado na utilização de lajes de argila expandida na cobertura.Além disso, pensou-se também na reutilização da água pluvial, cujos cálculos, desenho e corte do reservatório estão explicados abaixo:

Corte H_H


FOTOS MAQUETES FÍSICAS

Então, foi mantida a ideia inicial da disposição dos espaços, porém a capela foi trazida para a praça central, a qual será uma imensa área verde, de local de descanso, convívio e contemplação da natureza, onde os usuários e residentes poderão ter um fácil acesso à um local de culto espiritual.

Figura 141 Fonte: Arquivo Pessoal

A maquete física foi projetada logo quando fomos para a etapa do plano de massas, para distribuir todo o programa, que é muito complexo, no terreno, e escolher a melhor localização para cada atividade. Primeiro decidimos retirar a única curva de nível presente no lote, para facilitar a mobilidade do público alvo. Depois, localizamos os dormitórios, que necessitam estar na fachada leste ou norte, para receber o sol do período da manhã. O setor administrativo teria que ficar próximo à rua, pois nele estaria o acesso principal ao edifício. O setor de serviços também foi localizado próximo à rua, assim como o setor de saúde, pelo fato de possuir um acesso independente para ambulâncias caso seja necessário. O salão de festas e refeitório, além da cozinha, se localizaram no centro do terreno, formando então uma praça central entre ele e o setor de serviços. As oficinas e as atividades físicas ficaram para o lado esquerdo do terreno, além da piscina descoberta, para ficar na fachada oeste e receber o sol da tarde. Porém, na primeira tentativa, a capela ficou no fundo do terreno, o que deixou-a isolada do restante dos blocos, por isso foi necessário repensar sua posição.

Figura 143 Fonte: Arquivo Pessoal

A segunda maquete já apresenta as mudanças realizadas a partir da primeira banca. O setor administrativo passou para o segundo pavimento dos blocos das oficinas, ficando apenas a recepção em frente ao deslocamento da calçada. O setor de serviços também passou ao bloco central, deixando o edifício mais aberto.A capela foi retirada do projeto uma vez que o edifício está muito próximo da Igreja Santo Antônio, não sendo então justificável. A maquete eletrônica mostra mais detalhadamente cada bloco, como poderá ser visto nas páginas seguintes. Esta maquete física também já demonstra o sistema estrutural aparente, dividindo os espaços em vários módulos; a marquise e o pergolado rodeando a praça central.

Figura 142 Fonte: Arquivo Pessoal

MAQUETE FÍSICA

67


Vistas

68

VISTAS


Rua Patrocínio

VISTAS

Rua Paraíba

69


Perspectivas

PERSPECITVAS

As perspectivas a seguir demonstram o contraste das diferentes materialidades empregadas ( tijolo aparente, madeira, pedra portuguesa, elementos vazados) com o sistema estrutural em concreto aparente branco e com o verde das áreas de vegetação. É possível observar tambem o jogo de volume dos blocos, as pérgolas de concreto demarcando alguns acessos, a pérgola de madeira demarcando a praça central, as vigas invertidas guardando as lajes de argila expandida, a marquise demarcando a circulação externa.

70


PERSPECITVAS 71


Perspectivas

As imagens demonstram o jogo de volumes presentes nos blocos, formados principalmente pela presença do reservatório. Acima é possível observar o jardim privado dos moradores e os dormitórios. Abaixo é possível perceber a parte externa do refeitório e do salão de festas, demarcados pela marquise da circulação externa. Ao lado dele há uma grande horta, cuidada pelos moradores e usuários.

72 PERSPECITVAS


A foto mostra o jardim privado das oficinas, acessado pela sala de estética, sala multiuso, sala multimídia e informática e pelo ateliê. É uma área de contemplação da natureza, de descanso e estar. Acima está o jardim suspenso, acessado pela sala de funcionários, sendo então exclusivo para eles. Possui vista para a piscina. O segundo pavimento, destinado à administração, possui amplas janelas de vidro que possuem vista para o jardim das oficinas também.

PERSPECITVAS

Há um deslocamento da calçada, tornando um estacionamento bem à frente do bloco da recepção, facilitando a mobilidade dos usuários que vêm de carro. Esse deslocamento é típico do bairro Campos Elísios, sendo muito usado como forma de ponto de táxi.

73


Perspectivas ACESSOS

PERSPECITVAS

Os acessos ao edifício são demarcados de diferentes formas. O acesso da recepção é demarcado pelo próprio bloco, com a contraposição de elementos vazados de madeira, o vidro e o sistema estrutural aparente. Outro acesso é demarcado pela vegetação que rodeia um deck de madeira. Outros dois acessos são demarcados pela existência de uma pérgola de concreto.

74


CIRCULAÇÃO EXTERNA

As fotos a seguir ilustram a circulação externa em diversos pontos. Ela rodeia a praça central em quase todo o seu percurso.

PERSPECITVAS

75


Perspectivas CIRCULAÇÃO EXTERNA

As áreas ocupadas pela circulação externa funcionam como ruas internas ao lote. Além de ligar os diferentes blocos, possuem a função de um espaço de estar: para conversas, trocas de histórias e experiências, além de relaxamento e contemplação das áreas verdes que as cercam. Nelas estão espalhadas diversas estantes que contém livros, jornais e revistas; além de sofás, que podem ser utilizados pelos usuários do edifício. Espelhos d'água também demarcam alguns espaços, além de ligar a praça central até alguns eixos da circulação externa. Próximas a eles há mesas cobertas por um pergolado de madeira, que podem ser utilizadas para jogos, conversas e leituras. A circulação externa está rodeada pela praça central, coberta por áreas verdes e demarca a transição do ambiente natural para o ambiente construído dos blocos. Sendo assim, torna-se um espaço aconchegante, fresco e prazeroso para se utilizar.

76 PERSPECITVAS


PERSPECITVAS

O trecho da circulação externa retratada acima possui uma largura maior que do que os outros. Assim pôde se aproveitar melhor o espaço. Fica logo após a recepção, e é acessado por três diferentes entradas. A retratada ao lado é a parte da circulação externa logo após o acesso ao edifício pelo deck de madeira.Dela já pode-se perceber a praça central aos fundos e a parte descoberta do salão de festas e refeitório.

77


Perspectivas CIRCULAÇÃO EXTERNA Elementos vazados compõem o corredor dos quartos, deixando a fachada leve e trazendo iluminação e ventilação natural aos dois corredores, deixando-o menos fechado e permitindo maior integração ao ambiente situado ao lado de "fora": dele pode ser visto um espaço com sofás, estantes e cadeiras, rodeados por um espelho d'água.

PERSPECITVAS

Circulação externa demarcada por uma marquise. A circulação externa torna-se mais ventilada, além de conseguir integrar o interior com o exterior, o construído com a natureza.

78


PRAÇA CENTRAL A praça central é o grande local de encontro dos moradores e usuários. Ela pode ser utilizada para o descanso, para conversas e trocas de experiências; para jogos e até para eventos noturnos, quando houver bailes ou apresentações no salão de festas as pessoas podem utilizá-la como uma expansão do salão. Por ela passa um grande deck de madeira que atravessa o salão/refeitório e chega ao bloco das oficinas. Esse deck pode ser utilizado como a pista de dança para os usuários, já que durante a noite fica iluminado. Os espelhos d'água presentes nas imagens da circulação externa demarcam a ligação desse eixo de circulação com a praça central, fazendo com que esses dois espaços tornem-se um elemento único, sendo o ponto forte do projeto.

Atrás da praça central, bem ao lado de um dos acessos ao edifício está o bloco do dormitório dos funcionários, que pode ser visto na foto ao lado.

PERSPECITVAS 79


Perspectivas ATIVIDADES FÍSICAS

PERSPECITVAS

O bloco da piscina é rodeado por elementos vazados de madeira encima, trazendo ventilação e iluminação natural. Esta por sua vez, contrasta com as faces inteiras de vidro e com o jardim que fica entre ele e o bloco dos dormitórios dos moradores. O bloco da piscina é rodeado em outra face pela academia no pavimento térreo e pela sala de descanso no segundo pavimento. Como as paredes e as aberturas são todas de vidro, proporciona uma sensação de estarem integrados todos os blocos. Como é possível perceber através das fotos, a piscina é acessível, possuindo uma rampa.

80


REFEITÓRIO E SALÃO DE FESTAS O refeitório e salão de festas estão localizados na parte central do lote, por ser o bloco que poderá atender um maior número de usuários.

Possui uma área descoberta, acessada por grandes portas de vidro ou pela circulação externa que rodeia o refeitório. Funciona também como eixo de ligação entre a praça central e o lado das oficinas, por meio da marcação de um piso: o deck de madeira avança de um dos acessos ao edifício, corta a praça central, e continua após o refeitório, interligando as áreas. A cozinha fica logo atrás, facilitando os serviços dos funcionários. As refeições são servidas no grande balcão, onde através de um amplo passa-pratos os funcionários possam transferi-las da cozinha ao balcão, onde os usuários poderão se servir. O refeitório é bem iluminado e ventilado, graças às suas grandes aberturas. A noite pode se tornar um grande espaço para eventos como bailes e apresentações. SALA DE DESCANSO DOS FUNCIONÁRIOS A sala de descanso dos funcionários está localizada no segundo pavimento.Possui acesso a um jardim suspenso e vista para a piscina.

PERSPECITVAS 81


Perspectivas OFICINAS

O ateliê é amplo, com vários cavaletes para pinturas, mesas de desenhos e para a produção de artesanato. Possui uma ampla abertura para o jardim privado, e através de grandes portas de vidro pode se integrar à sala multiuso, e esta , por sua vez, através de outras portas de vidro pode se integrar à sala multimídia, tornando-se, as três oficinas, uma grande sala de ensinamentos, descanso e aprendizagem.

A sala multiuso também possui aberturas para um grande jardim, assim como o ateliê e a sala multimídia. Nela os usuários podem fazer atividades como desenhar, pintar, artesanato e manufaturas, costuras. Pode se tornar uma sala de eventos e apresentações também.

82 PERSPECITVAS


OFICINAS

A sala multimídia e informática, como o próprio nome ja diz, é voltada para que os usuários assistam televisão, façam sessão de cinema, possam ler livros e ainda ter aulas de informática.

A sala de estética é dividida em duas partes: a de massagem, e a de cabelereiro e manicure. Possui abertura para o jardim privado das oficinas

PERSPECITVAS

Hall de circulação vertical. A escada, disposta em forma de U, está com uma das faces voltadas para uma grande janela de vidro, que dá visibilidade para o jardim das oficinas. O elevador está locado entre a escada.O hall também é destinado à exposições.

83


Perspectivas

PERSPECITVAS

RECEPÇÃO E LOJAS

84

A recepção é bem ampla, fica logo na entrada do lote. Duas de suas faces são inteiras de vidro, novamente dando a sensação de integração e permitindo a iluminação direto do sol Uma face da recepção é voltada para a praça central e a outra para a rua. Esta, por sua vez, possui sua fachada de vidro coberta por brises,já que se encontra na direção sul. No mesmo bloco da recepção estão situadas as duas lojas que vendem artesanatos, flores, frutas e verduras que são produzidos e cuidados pelos usuários do espaço. As lojas possuem aberturas em vidro e uma delas possui 2 acessos pela rua externa e um pela circulação externa, como pode ser vistos nas fotos. Além disso as lojas se integram por meio de uma grande porta de vidro, tornando-se uma só.


RECEPÇÃO E LOJAS

PERSPECITVAS 85


Perspectivas DORMITÓRIOS DOS MORADORES

86 PERSPECITVAS

Os dormitórios dos moradores possuem uma grande porta de vidro que dá acesso ao jardim privado e uma grande janela, onde juntos ocupam todo o vão entre os pilares e lajes. Todos eles possuem duas camas, uma mesa de apoio para realizar atividades e refeições, um grande armário, televisão e aparadores. Possuem espelho para dar a sensação de amplitude. Há varandas com uma poltrona onde o idoso pode sentar para descansar, conversar e contemplar a vegetação. As grandes aberturas proporcionam uma interação entre o interior e o exterior, tirando a sensação do idoso de solidão, abandono. Assim ele se sente integrado à natureza. Os banheiros dos quartos possuem pé direito mais alto, devido a caixa d'água e para formar um jogo de volumes.


Os corredores dos quartos são "fechados" por elementos vazados de madeira que ocupam todo o pé direito. São também caracterizados como área de estar e de descanso no projeto: neles há diversos sofás e poltronas onde os moradores podem conversar e se distrair.

A sala de descanso dos moradores possuem sofás com televisões para que possam conviver, conversar, assistir programas juntos, incentivando a interação entre os moradores. Possui duas faces inteiras de vidro, garantindo a iluminação natural e a sensação de interação entre o interno e o externo. Uma face é aberta para a praça central e outra para o jardim privado dos moradores. É nessa sala que estão os acessos para os corredores dos quartos dos moradores.

PERSPECITVAS

SALA DE DESCANSO DOS MORADORES

87


CONCLUSÃO O projeto visa atender as necessidades do público idoso, proprondo diversas atividades que estimulem a produtividade, o bem estar físico, o lazer, a cultura, o entretenimento e o cuidado com a saúde. Propõe-se uma reintegração do idoso à sociedade estimulando principalmente a integração entre as diferentes gerações, fornecendo atividades onde pessoas de diferentes idades poderão aprender em conjunto, ensinar, trocar experiências e usufruir de todo o programa existente. Como foi dito anteriormente, o edifício é destinado aos idosos ativos e aos não-ativos, e poderão morar no local e receber todos os cuidados que precisam e que merecem. O espaço público projetado visa quebrar o paradigma de que os asilos são locais ruins, sem infra-estrutura adequada, onde predomina a solidão e o abandono. Nele, o idoso poderá ter um envelhecimento alegre, prazeroso e saudável, e as pessoas que frequentarem o espaço poderão apreciar as atividades e cuidar dos nossos idosos, podendo perceber o quão podem ser ativos, produtivos e o quanto precisam do nosso respeito e admiração.

88

CONCLUSÃO


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Vecchia, R. D. et al. 2005. Qualidade de vida na terceira idade: um conceito subjetivo. Botucatu, SP, Brasil : Universidade Estadual Paulista, 2005. Costa, M.C.N.S. & Mercadante, E.F. 2013. O Idoso residente em ILPI (Instituição de Longa Permanência do Idoso) e o que isso representa para o sujeito idoso. Revista Kairós Gerontologia,16(2), 209-222. HERTZBERGER, Herman. Lições de Arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 2006. ESTATUTO DO IDOSO BRASIL. Lei n°10.741, de 1 de Outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. Disponível em http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.741.htm acessado em 9 de Março de 2015. CONSELHO MUNICIPAL DO IDOSO DE RIBEIRÃO PRETO RIBEIRÃO PRETO. Resolução nº 001 do Conselho Municipal de Ribeirão Preto , de 1 de Outubro de 2013. Dispõe sobre a inscrição no Conselho Municipal do Idoso, das organizações governamentais e não governamentais, com ou sem fins lucrativos, e seus respectivos programas de atendimento ao idoso. Disponível em http://www. ribeiraopreto.sp.gov.br/scidadania/cmi/201301_resolucao.pdf acessado em 26 de Fevereiro de 2015. NBR 9050 Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 9050: 1994. Acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências a edificação, espaço mobiliário e equipamentos urbanos / Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de janeiro: ABNT, 1994. “Lar de Idosos Peter Rosegger / Dietger Wissounig Architekten" [Peter Rosegger Nursing Home / Dietger Wissounig Architekten] 29 Jan 2015. ArchDaily Brasil. (Trad. Gabriel Pedrotti) Acessado em 3 de Abril de2015. <http://www.archdaily.com.br/br/760936/ lar-de-idosos-peter-rosegger-dietger-wissounig-architekten> "WoZoCo / MVRDV" 15 May 2013. ArchDaily Brasil. Acessado 6 de Maio de 2015. <http://www.archdaily.com.br/25071/wozocomvrdv>

"Clássicos da Arquitetura: Residência Oscar Americano / Oswaldo Bratke" 15 May 2013.ArchDaily Brasil. Acessado 25 Mai 2015. <http://www.archdaily.com.br/33190/classicos-da-arquiteturaresidencia-oscar-americano-oswaldo-bratke>. BO BARDI, Lina. Lina Bo Bardi. Instituto Lina Bo e P.M.Bardi. Organizador: Marcelo Carvalho Ferraz. 1993. São Paulo. JORGE, Luís Antonio. O espaço seco. FAU-USP. Tese de doutorado 1999. São Paulo. OLIVEIRA, Olívia de. Lina Bo Bardi: sutis substâncias da arquitetura. 2006. Romano Guerra Editora, São Paulo. Editoral Gustavo Gili S.A., Barcelona. "Clássicos da Arquitetura: SESC Pompéia / Lina Bo Bardi" 14 Nov 2013. ArchDaily Brasil. Acessado 6 Abr 2015. <http://www. archdaily.com.br/153205/classicos-da-arquitetura-sesc-pompeialina-bo-bardi> FERRAZ, Marcelo. “Numa velha fábrica de tambores. SESC Pompéia comemora 25 anos” Abr 2008. Vitruvius. Acessado 10 Abr 2015.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Dorneles, Vanessa Goulart. 2006. Acessibilidade para Idosos em Áreas Públicas de Lazer. Florianópolis : Universidade Federal de Santa Catarina, 2006.

89



b

c

3.68

3.75

d

e

3.75

g

f

3.75

3.75

3.75

h

i

3.75

3.75

j

k

3.75

m

l

4.18

4.18

n

3.75

3.75

o 3.75

p 3.75

q

r

3.75

01

Prancha

F a

3.97

Jardim Privado Para os Moradores 1 2

banho

banho

banho

banho

banho

3 banho

banho

banho

banho

A

Sala de descanso

4

Escala 1:200

5

6 Sanit. Defic. W.C. Fem.

W.C. Masc.

Rampa de acessibilidade

Enfermaria

Data: Dezembro/2015

banho

A

Despensa 7

B

Hall/ Espera

Cozinha Experimental

Cozinha

B

Horta

8

Academia

Sanit.Defic.

9

Fisioterapia e Pilates Sanit.Defic.

10

C

C

Sobe

Banho func. Horta

Banho func.

12

Sala Multiuso

13

Sanit. Fem.

Sanit. Masc.

D

D

Loja 2 14 Loja 1

15

5.00

5.10 A

5.00 B

5.00 C

2.65 D

5.00 E

5.00

5.00

F

G

F

2.65 H

5.00

5.00 J

I 1

5.00 K

5.00 L

5.00

2.30

M

N

2.50 O

P

Orientadora: Profa. Ms. Rita Fantini Orientanda:

11


F a

b

c

d

e

f

g

h

i

j

k

m

l

n

o

p

q

r

02

Prancha

Planta Baixa - Segundo Pavimento

Jardim Privado Para os Moradores 1

A Laje com argila expandida

4

5

Marquise Impermeabilidada 6

Rampa de acessibilidade

Data: Dezembro/2015

3

A

Planta Baixa - Segundo Pavimento Escala 1:200

2

7

B

B Laje com argila expandida

Horta

8

Laje com argila expandida

9

10

C

C

Sobe

Laje com argila expandida

12

Marquise Impermeabilizada

13

Diretoria e Laje com argila expandida

D

D

14

W.C Fem. W.C Masc. 15

5.00

A

B

5.00

C

D

E

F

G

F

H

I

J

K

L

M

N

O

P

Orientadora: Profa. Ms. Rita Fantini Orientanda:

11


F a

b

c

d

e

g

f

h

i

j

k

m

l

n

o

p

q

r

03

Prancha

Planta Baixa - Cobertura

Jardim Privado Para os Moradores 1 2

3

A

A

4

5 Marquise Impermeabilidada

6

Data: Dezembro/2015

Planta Baixa - Cobertura Escala 1:200

Laje com argila expandida

7

B

B Laje com argila expandida Laje com argila expandida

8

Laje com argila expandida

9

10

C

C

Laje com argila expandida

12

Marquise Impermeabilizada

13

Laje com argila expandida

D

D

14

15

A

B

C

D

E

F

G

F

H

I

J

K

L

M

N

O

P

Orientadora: Profa. Ms. Rita Fantini Orientanda:

11


Det.V1

04

Prancha

Cortes A, B, C, D, E, F e G

+0.00

Corte A_A

Det.V3

Det.V4 +3.15

+0.00

+0.00

Corte B_B

Det.V1

Det.V2

Det.V3

Det.V1

Data: Dezembro/2015

Det.V2 Det.V1

Cortes A, B, C, D, E, F, e G Escala 1:200

Det.V5

+3.15

+0.00

+0.00

Corte C_C Det.V1

Det.V4 Det.V1 +3.15

+0.00

+0.00

Corte D_D

Det.V1

Det.V1

+0.00

+0.00

Corte E_E

Det.V1

+0.00

Det.V1

+0.00

Corte F_F

Det.V1

+0.00

Det.V4

Det.V4

Det.V1

+0.00

Corte G_G

Orientadora: Profa. Ms. Rita Fantini Orientanda:

+3.15


Orientadora: Profa. Ms. Rita Fantini Orientanda:

Data: Dezembro/2015

Escala 1:200

05

Prancha


Detalhe Vertical 1

manta para facilitar a drenagem argila ( terra vegetal)

Detalhe Vertical 4

06

Terra

Prancha

Detalhe Vertical 5

Detalhes

Terra laje acabada

manta para facilitar a drenagem argila ( terra vegetal)

laje acabada Terra

Detalhe Vertical 2

Detalhe Vertical 3

Detalhes Escala 1:20

laje acabada

Elemento vazado de madeira

Terra

Data: Dezembro/2015

manta para facilitar a drenagem argila ( terra vegetal)

manta para facilitar a drenagem argila ( terra vegetal)

Terra laje acabada manta para facilitar a drenagem argila ( terra vegetal)

laje acabada

piso interno

Orientadora: Profa. Ms. Rita Fantini Orientanda:

piso externo

.14 .02

.02 .17

piso interno

piso externo Soleira de granito

Pilares

Terreno Apiloado piso externo

PA

Baldrame

chapa dobrada com Tela Teflon

Soleira de granito piso externo

piso interno

.14 .02

.02 .17

Terreno Apiloado

Sem escala

.15

Baldrame


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