Trabalho de Filosofia - Søren Kierkegaard

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Trabalho de Filosofia Søren Kierkegaard

Inês Sofia Mena Maniés Nº15 10ºE

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ÍNDICE: 1. 2.

3.

4. 5. 6.

Índice Vida e Obra 2.1. Descrição física Ideias e Conceitos 3.1. Três Estados da Vida e o Salto da Fé 3.2. Paradoxo do Cristianismo 3.3. Criticas ao Cristianismo 3.4. Contra Hegel 3.5. Influenciados Citações Considerações finais Bibliografia e Webgrafia 6.1. Livros 6.2. Sites 6.2.1.Fonte das Citações



Vida e Obra Søren Aebye Kierkegaard nasceu em 5 de maio de 1813, em Copenhaga, Dinamarca. O seu pai, Michael Pedersen Kierkegaard, vem da Península Jutlândia, que aos 12 anos, mudou-se para a capital, Copenhaga. Lá, ele enriquecera bastante. O seu pai teve sempre um papel relevante para a obra de Kierkegaard, sendo mencionado várias vezes. Por ter cometido vários pecados morais, como ter falado mal de Deus e ter engravido de Ane Sørensdatter Lund (mãe de Søren) antes de se terem casado, Michael achava que os filhos iriam morrer todos antes dele. Filho mais novo entre sete, Kierkegaard sobreviveu á infância, juntamente com o irmão mais velho Peter (que tornou-se bispo da diocese de Aalborg). Os outros 5 irmãos morreram, cumprindo parte da “profecia”. Kierkegaard entrou para a Universidade de Copenhaga, onde estudou Teologia, mas durante os estudos ele derivou a sua atenção mais para a filosofia e literatura. Em 8 de Maio de 1837, Kierkegaard conhecera uma pessoa que seria uma outra influência na sua obra: Regine Olsen. Ambos sentiam uma atração mútua e estavam apaixonados mas em 11 de Agosto de 1841, ele quebra o noivado porque Kierkegaard achava que ele nunca podia casar, pois ele é demasiado “melancólico”, mas o motivo exato para o rompimento do noivado permanece pouco claro. Kierkegaard escreveu vários livros ao longo da sua vida. Algumas estão em pseudónimo, especialmente na fase inicial da sua obra, em que ele falava de ideia que queria que não fossem associadas a ele. Ele acreditava que a filosofia devia ser discutida, por isso Kierkegaard inventava personagens que podiam ou não contradiziam as suas teorias. Søren ficou conhecido por ser o “Sócrates de Copenhaga”. Em Outubro de 1855, Kierkegaard estava doente e colapsou no meio da rua. Foi hospitalizado durante um mês e recusou-se a


receber a extrema-unção. Morreu em 11 de Novembro de 1855 com 42 anos, provavelmente por causa de complicações numa queda de uma árvore na sua juventude. O seu irmão Peter compareceu ao seu funeral, tendo sido o único membro do clero cristão a estar presente. • Descrição física: Segundo Hans Brøchner, “A sua aparência pareceu-me quase cómica. Ele tinha então 23 anos de idade; tinha algo de muito irregular na sua forma e um estranho penteado. O seu cabelo elevava-se quase seis polegadas acima da testa numa crista desgrenhada, dando-lhe uma aparência estranha e desnorteada."



Ideias e Conceitos Kierkegaard é conhecido por ser o “Pai do Existencialismo”. Foi ele que começou a ter a ideia de que não existem regras gerais para a vida e para as decisões de vida mais importantes. Embora o empenho de Kierkegaard na sua vida cristã tivesse algumas vezes questionado, Kierkegaard era um homem religioso em grande parte dos seus pensamentos tinham cariz religioso, por influência do seu pai, e eram sobre a existência do individuo. Ele falou livremente sobre a morte (em que diz que a morte faz parte da vida), sensações como o medo e a ansiedade e o desespero, em várias obras. • Três Estados da Vida e o Salto da Fé Um dos temas principais que Kierkegaard aborda nas suas obras e teorias é a existência do individuo. As suas ideias são um dos pilares para a formação do existencialismo do século XX e o existencialismo cristão. Kierkegaard distingue três possibilidades de existência de um individuo: Estado estético: O homem vive segundo as suas necessidades essenciais e procura satisfazer os seus prazeres (orienta a sua vida pelo "princípio do prazer"), como comer, beber, fazer necessidades, ter relações sexuais, etc; mas ele não tem de ser “selvagem”, por vezes, o homem estético procurar poder e dinheiro. Ele aborrece-se facilmente. Kierkegaard explica que a pessoa depende do espaço exterior e não se escolhe a si próprio. Estado ético/moral: O homem é seguido por leis e decisões morais, expostas pelo exterior (princípio de dever). Neste estado, o homem é “civilizado”, mas ele continua a ser dependente do espaço exterior e pelas pessoas á volta e não consegue se tornar nele mesmo. Só no estado religioso, é que o homem tem a liberdade de ser si mesmo. A pessoa segue uma forma de vida, onde Deus está


acima de tudo e ele tem liberdades e limitações determinadas por ele mesmo. • Paradoxo do Cristianismo Muitos filósofos como Hegel e Kant argumentavam que a religião (nomeadamente cristã) é e deve ser encarada como algo lógico. Deus é lógico e as suas ações e criações são lógicas. As regras de Deus são para ser cumpridas por todos. Kierkegaard descordava. A religião é ilógica e ele argumenta usando o conto de Abraão, que este fora mandado por Deus para matar o seu filho Isaac. Este caso é um paradoxo, pois Abraão estaria a matar (regra do geral) o seu próprio filho, mas ele estaria a matar por ordem de Deus. Kierkegaard considera que o Paradoxo do Cristianismo consiste neste estado inconciliável entre a vida ética (o geral) e a vida religiosa (a exceção). Kierkegaard foi inspirado na filosofia socrática: “Cada ser humano é ele próprio o ponto central, e que todo o mundo se foca nele porque o conhecimento de si próprio é o conhecimento de Deus”. • Criticas ao Cristianismo Kierkegaard considerava a Igreja Luterana Dinamarquesa austera, severa e vazia. Segundo ele, a Cristandade esqueceu a mensagem de Cristo, tornando Deus irrelevante e quase inexistente. Os crentes cristãos habituaram aos certos rituais e formalidades (batismo, comunhão, ir à missa regularmente e dar dinheiro á igreja para manter o padrão de vida do padre) e pensam que isso os impedirá a não irem para o Inferno. A Igreja tornou-se numa instituição hipócrita que executa numa série de rituais vazios. • Contra Hegel Para muito filósofos, um dos maiores contributos de Kierkegaard para a História da Filosofia, foram os seus argumentos contra Hegel e a sua “dialéctia”. Hegel dizia que a religião (Deus) era racional, pois “o real é o racional”, o oposto das ideias de Kierkegaard.


Ambos concordavam que a existência significa ter a liberdade de escolher quem se ser; mas Hegel devia que a pessoa tinha de viver uma vida de empenhamento para procurar respostas sobre tudo (incluído Deus). Kierkegaard dizia que haverá sempre uma “incerteza objetiva” sobre certas coisas como a existência de Deus. A fé é irónica e tem de ser apaixonada. • Influenciados A filosofia de Kierkegaard influenciou vários filósofos desde Sartre e Jaspers, que criaram o Existencialismo do Século XX, a Camus e ao escritor Franz Kafka. Outros filósofos foram: Dietrich Bonhoeffer, Gabriel Marcel, Karl Barth, Martin Heidegger, Martin Buber, Mounier, Hans Urs von Balthasar, Karl Barth, Lev Shestov, Paul Tillich, Levinas, Wittgenstein.


Citações (Sem ordem em particular) “Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se.” “Sem pecado, nada de sexualidade, e sem sexualidade, nada de História.” “Acima de tudo, não perca seu desejo de prosseguir.” “O casamento feliz é e continuará a ser a viagem de descoberta mais importante que o homem jamais poderá empreender.” “Sofrer, é só uma vez; vencer, é para a eternidade.” "Os génios são como as trovoadas, enfrentam o vento, aterrorizam as pessoas, limpam o ar" “Não há nada em que paire tanta sedução e maldição como um segredo.” “O tirano morre e o seu reinado termina, o mártir morre e o seu reinado começa.” “Têm vergonha de obedecer ao rei porque ele é rei - então, obedecem-lhe porque ele é inteligente.” “O humorista, tal como a fera, anda sempre sozinho.”



Considerações finais Embora não seja muito conhecido, Kierkegaard teve impacto na história da filosofia. Ele foi uma das personalidades mais importantes na “Época Dourada da Dinamarca” e um dos filósofos mais complexos, cujos a vida e as suas ideias ainda são discutidas. Ele era contra a hipocrisia e era favor á liberdade de expressão de ideias. A alcunha de “Sócrates de Copenhaga” foi bem atribuída, pois ambos viveram e sofreram para a filosofia e para o que acharam o que era correto.



Bibliografia e Webgrafia Livros: ROBINSON, DAVE & GROVES, JUDY. (1995) Filosofia para Principiantes, Lisboa, Publicações Dom Quixote VÁRIOS AUTORES. (2000) História da Filosofia – Da Antiguidade aos Dias de Hoje, Colónia, Könemann • Sites: •

http://en.wikipedia.org/wiki/Philosophy_of_S %C3%B8ren_Kierkegaard http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%B8ren_Kierkegaard http://www.olaconsciencia.com/site/index.php/documentos/kie rkegaard http://lrsr1.blogspot.pt/2011/07/kierkegaard-existenciaautentica-e.html http://www.kb.dk/en/nb/tema/webudstillinger/skmss/samtidige/6skfamilie/6-1.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Peter_Kierkegaard •

Citações:

http://www.citador.pt/frases/citacoes/a/soren-kierkegaard http://kdfrases.com/autor/soren-kierkegaard


Inês Sofia Mena Maniés Nº15 10ºE


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