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THIAGO BENTO SAKAMOTO 1
UMA VILA PARA “MELHOR IDADE”
felizCidade para todos Thiago Bento Sakamoto
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO ARQUITETURA E URBANISMO . 2016 2
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UNIUBE-UNIVERSIDADE DE UBERABA CURSO: ARQUITETURA E URBANISMO
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO - UMA VILA PARA “MELHOR IDADE”
Autor: Thiago Bento Sakamoto Orientador: Marcel Alessandro Claro
UBERABA 2016
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AGRADECIMENTO
Quero agradecer, primeiramente à Deus por permitir que chegasse até aqui. Agradeço ao meus queridos e amados pais, Sérgio e Valéria, pelo apoio, esforço e dedicação que ambos tiveram para que pudesse chegar tão longe. Agradeço também à todos meus queridos amigos que tive a oportunidade de conhecer e de conquistar sua amizade nestes cinco anos de faculdade, que recordarei sempre dos bons momentos que passamos juntos. Agradeço inclusive aos meus professores, que muito apendi com eles ao longo desses anos e alguns levarei com muito carinho pelo resto da vida e agradeco em particular ao meu orientador Marcel Alessandro Claro pelo incentivo e apoio. E por fim agradeço a todos que de uma certa forma contribuíram para que eu pudesse chegar aqui.
Dedico aos meu Avós, e a todas as pessoas. Afinal, todos nós chegaremos à velhice
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RESUMO
ABSTRACT
Considera-se que para muitos, envelhecer é muita das vezes um processo delicado e doloroso, porém para alguns idosos envelhecer nada mais é que um processo natural da vida e querem aproveitar bem e viver com qualidade o que se considera a última etapa da vida, o término da ação do homem no mundo. Dessa maneira, pretende-se, através desse trabalho pesquisar a importância das Instituições de Longa Permanência para Idosos e o sentido dela em suas vidas, o seu bem-estar nessa etapa da vida. Tal estudo salienta as condições evolutivas dos processos das Instituições atuais. Sendo assim tem como objetivo, pesquisar, estudar e detectar os problemas, as particularidades e as necessidades das casas de abrigos na cidade de Uberaba, a fim de planejar e projetar uma vila adaptada à terceira idade, considerando seu bem-estar, suas atividades, uma melhor qualidade de vida, percepções de espaços e suas necessidades no seu cotidiano.
We consider that aging is at many times the delicate and painful process for most elder. Nevertheless, for some of Them aging is only a natural process of life, and Therefore, want to fully enjoy and live with quality what’s called the last stage of life, the ending of man’s action in the world. This way, through this paper we intend to research the importance of Long-stay institutions, and its meaning in the elder’s lives, Their well being in this stage of life. This study Emphasizes the evolutionary conditions of current Institutions process. Ergo, the objective of the paper is to research, study and detect problems, particularities and necessities of shelter houses in city of Uberaba, in order to plan and design a village adapted to the third age, Considering Their well being, Their activities, a better life quality, space perceptions and needs in Their everyday
PALAVRAS-CHAVE qualidade de vida, instituições, ILPI, melhor idade, idoso, arquitetura.
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KEY-WORDS life quality, institutions, long-stay institutions for the elderly, best age, Elder, architecture
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12 Introdução 12 Justificativa 13 CAPÍTULO 1 O Idosos e o Envelhecimento Envelhecer um processo Natural Tipos de Idosos Abandono e Intitucionalização do Idoso Abandono e Intitucionalização do Idoso Intitucionalização de Longa Permanência para idosos (ILPI) o que são ?
20 CAPÍTULO 2 Ergonomia no Ambiente Constrúido Idoso no Ambiente Espaço Livre com Idoso
24 CAPÍTULO 3 Ensinamento para vida toda Criança no Ambiente
28 CAPÍTULO 4 Complexo Social Alcabideche Campus de Cuidados com o Idoso Vila dos Idosos
39 CAPÍTULO 5 Projeto Cidade de Uberaba Escolha da Área Diaginóstico Fotos do Entorno Programa de Necessidades O Projeto 06 Dedicatória 07 Agradecimento 08 Resumo 59 Referências Bibliográfica 10
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo principal projetar uma Vila Para “Melhor Idade” felizCidade para todos ( uma Instituição de Longa Permanência para Idosos) na cidade de Uberaba, com intuito de proporcionar melhor qualidade de vida a eles, com a importância de garantir aos idosos não apenas maior longevidade, mas felicidade e satisfação com a vida. Fazendo com que se sintam bem por viver nessa instituição dando ao idoso uma oportunidade de estar inseridos na sociedade e principalmente permitindo-lhes maior independência. A elaboração do trabalho constitui-se a partir de pesquisa e leitura de referências bibliográficas e projetuais tais como: artigos, livros, leis, normas técnicas e leitura de projetos exemplares ou similares, vinculadas ao assunto (a moradia para idosos), principalmente associados à vilas e à espaços livres e dinâmicos.
Deste modo, procurou-se encontrar uma maneira de conciliar o funcionamento das instituições asilares aos desejos dos idosos de contato com a natureza, criando espaços livres dando percepção mais visual e da forma dos espaços, adaptando a um programa que permita sua utilização para a melhoria da saúde física e mental dos residentes, destacando-se a importância da qualidade e preparação dos ambientes, buscando garantir a qualidade e o conforto desses espaços de longa permanência de idosos, ou seja, humanizando e dando a devida importância as reais necessidades.
vida é única e importante, e que traz modificações físicas e biológicas que devem ser respeitadas, já que isso porque é um processo natural da vida ou seja, conseguir adaptar-se as mudanças ao longo do processo de envelhecimento e encontrar formas alternativas de aproveitar a vida, ficar feliz com o que realiza e contribuir para uma vida mais longa e saudável. Com isso, a sociedade precisa, ir se adaptando ao idoso do mundo atual. Deste modo, é certo dizer que, na sociedade atual apresenta-se um modelo tradicional de casa de repouso, onde o idoso permanecia apático, estagnado e privado de sua liberdade, já se tornou obsoleto, por isso há a necessidade de oferecer uma nova qualidade de vida para esse novo perfil, de morar melhor. Em consequência desta necessidade de modificação
dos espaços voltados a terceira idade e da percepção da importância que devemos dar aos os nossos idosos há uma preocupação maior com a qualidade de vida que proporcionamos aos idosos, mas ainda não é o suficiente. Fazer com que a sociedade possa interagir com os idosos, consolidando a ideia de que o “velho” tenha seu lugar uma vez que foram “tirados” da sociedade. Os idosos institucionalizados apresentam um caráter que muita das vezes requer mais atenção e suporte, que na maioria das vezes é precário nas instituições.
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do que a média nacional. Uberaba terá uma população idosa (ver tabela, pag 14) muito numerosa representando uma grande porcentagem da população do Estado De Minas Geraís, com isso há necessidade, do intenso uso dos mais variados recursos de saúde, de cuidados pessoais, previdenciários e de assistência social, demandados por esta parcela populacional. Dentre as propostas de recursos voltados para o idoso podemos citar a criação de espaços de convivência para o atendimento ao idoso e a produção de conhecimento na área. A Secretaria de Ação Social do município de Uberaba – MG oferece um serviço de atenção ao idoso, a Unidade de Atenção ao Idoso (UAI). São oferecidos programas, como o de apoio aos asilos, assim como monitoramento das instituições, possui também o programa “Feliz Idade para Todos” que propõe uma reintegração social dos idosos institucionalizado, com tardes festivas, seminários com o intuito de ajudar os idosos e familiares a enfrentar essa nova etapa da vida, além de atendimentos domiciliares e a criação de um grupo de idosos. Conta também com um programa de atividades,
O IDOSO E O ENVELHECIMENTO JUSTIFICATIVA O aumento demasiado da população e o avanço da tecnologia na medicina vem nos possibilitando uma estimativa de vida cada vez maior, e com isso o aumento da população idosa na sociedade vem aumentando. No Brasil, segundo dados do IBGE de 2010, a população idosa chega à 10.79% da soma da população. Com o crescimento da população idosa, a institucionalização asilares também cresce. Hoje a proporção de idosos com idade avançada e perdas funcionais, demência e doenças crônico-degenerativas, são as causas de internamentos em asilos segundo a geriatra Helen Arruda, 2016. Porém, também percebemos como possiveis motivos a ausência da família, conflitos familiares, ou porque o cuidado em casa torna-se penoso assim, a opção pelo asilo
Figura 01: Auto estima dos Idosos Fonte: www.google.com.br/imagens
acaba sendo a melhor escolha. Acreditamos não ser possível categorizar uma etapa da vida que vive em constante processo, porém também temos consciência de que em nossa sociedade algumas considerações tornam-se inviáveis, uma vez que o “velho” perdeu o lugar que ocupava antes. É importante que possamos entender que esta fase da
¹O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial, sendo um dos grandes desafios da sociedade contemporânea. A população idosa brasileira vem aumentando significativamente nas últimas décadas, produto da queda das taxas de mortalidade e de fertilidade ocorridas após a década de 1960. A população idosa no Brasil, está cada vez mais semelhante a países desenvolvido. Esta parcela da população pode ser considerada uma das maiores do mundo, ultrapassando países como França, Itália e Reino Unido. A população de idosos no Brasil poderá chegar há mais de 30 milhões em 2025. Segundo os dados do IBGE nos Censos de 1991 e 2010, nos últimos dez anos, a população de Uberaba cresceu 39,7%, destacando-se ainda, que o percentual populacional de idosos em Uberaba também é maior que o do Estado De Minas Geraís
¹ Pesquisa levantada, segundo o site do IBGE
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na própria instituição, com hidroginástica, curso de informática, ginástica, natação, artesanato, além de promover um baile realizado semanalmente entre outras. Uberaba também conta com instituições asilares, como Asilo São Vicente de Paulo, Lar da Esperança, Casa dos idosos Cantinho da Paz, Lar de Idosos Dª Maria de Jesus e Asilo Santo Antônio entre outros, são apoiadas pela Prefeitura Municipal de Uberaba e por doações da comunidade. A participação do idoso em programas de atividade física pode influenciar no processo de enveLOCALIDADE TOTAL DE IDOSO
lhecimento, acarretando mudanças na qualidade de vida, melhorando as funções orgânicas, proporcionando independência e autonomia além de controlar algumas doenças crônica. O idoso traz consigo, a experiência de quem muito já viveu. A temporalidade da vida representa apenas uma das muitas formas de se medir a vida vivida. As experiências de cada sujeito é singular e impactadas por diferentes significações que vão sendo impressas na personalidade do idoso, à medida em que, vivendo, vai se interagindo ambientalmente, transformando e sendo transformado.
HOMENS
MULHERES
% DA POPULAÇÃO
UBERABA
37.365
16.020
21.345
12.62
MINAS GERAIS
2.310,564
1.039,613
1.270,951
11.79
BRASIL
20.589,669
9.155,656
11.434.013
10.79
Fonte- IBGE Cidades – Uberaba – Infográficos 2010
1.1. ENVELHECER, UM PROCESSO NATURAL “A sucessão dos anos, dos meses, dos dias, das horas etc… é que representa para o homem a noção de passado, presente e futuro: o curso do tempo implacável. O tempo vai passando, e a vida vai se esgotando, lenta e inexoravelmente”. (GRINBERG, 1999, p.17.) O envelhecimento requer certas transformações para uma melhor adaptação, sem traumas e sentindo que tudo isso aconteca naturalmente, requer flexibilidade, disponibilidade de delicadeza e compreensão. O envelhecimento deve ser visto como algo que segue a ordem natural da vida, mas na prática mostra que os idosos que devem ir se adaptando às novas mudanças que vão surgindo. As dificuldades de atender às necessidades dos idosos se refletem na crescente demanda pela institucionalização de idosos na forma de ILPI (Instituição de Longa Permanência para Idosos).
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De acordo com a ONU – Organização das Nações Unidas, o indivíduo passa a ser considerado idoso a partir dos 60 anos de idade em países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, (Lei n°8.842 Brasil, 1994), e 65 anos de idade em países desenvolvidos. Dados apontam que a população idosa, no Brasil, está cada vez mais semelhante à de países desenvolvidos, porém o país ainda não está preparado para esse grande crescimento populacional dessa parcela. Deste modo, o Brasil deve se alertar, para os principais problemas já vividos em outros países (Inglaterra, França e Portugal), pois serão os mesmo que
enfrentaremos no futuro. O envelhecimento de um ser humano reflete nas várias alterações do corpo que caracterizam, tais como os cabelos brancos, calvície, compressão da coluna vertebral com redução de estatura, aumento do diâmetro do crânio e do tórax, perda de densidade óssea e massa muscular, entre outros. Contudo, cabe dizer que essas características não são exclusivas apenas dos idosos, nem necessariamente apresentam em todas as pessoas com 60 anos ou mais, o que torna ainda mais difícil determinar com exatidão quando realmente iniciasse a velhice. Contudo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que podemos considerar que a velhice iniciasse a partir dos 75 anos de idade já que muitas das pessoas de 60, 65 anos de hoje continuam ativas, e com boa qualidade e expectativa de vida. As pessoas têm suas características particulares, necessidades e anseios diferenciados, e estão sujeitas a vivências e hábitos particulares, além de apresentarem características genéticas diferentes. Segundo Papaléo Netto (2006) e Neri (2008), existem várias maneiras de definir e conceituar a velhice através das idades, a seguir descritas: Idade Cronológica – Determina o tempo decorrido em dias, meses e anos da pessoa, iniciando-se ao nascer; Idade Biológica – E o processo de envelhecimento humano onde se apresentam as modificações físicas e mental; Idade Psicológica – Refere-se à relação entre a idade cronológica e às capacidades psicológicas do indivíduo (percepção, memória e aprendizagem). Também associada ao raciocínio, o julgamento das coisas. A perda das funções cognitivas tem relação direta com a autossuficiência do idoso, que seria perda da capacidade de cuidar de si próprio determinando, por consequência, vários graus de dependência. Contudo, é importante que haja distinção entre perda de função decorrente de doença degenerativa e a que ocorre pelo curso natural do envelhecimento (BRINK, 1999). Pelo ciclo natural da vida, envelhecer não é apenas se tonar velho, mas sim um processo nas alterações morfológicas e funcionais do organismo do indivíduo à medida que o tempo vai passando, vão acontecendo
Figura 02: Cuidados com Idosos Fonte: www.google.com.br/imagens
Figura 03: Cuidados com Idosos. Fonte: www.google.com.br/imagens
modificações anatômicas e funcionais. Assim sendo, envelhecer, nada mais é que uma fase natural no processo de viver, que caracteriza-se pelo processo biológico. É nesta fase que são detectadas perdas graduais e progressivas, das capacidades de adaptação, funcionais energéticas e biomecânicas, redução de tolerância ao estresse físico e psicológico, perdas psicomotoras e redução de autoestima e motivação (NERI, 2008). Essas modificações que o idoso vira a enfrentar são o que acarretam na perda da interação do idoso com o espaço construído, ocasionando em adotar novos hábitos que compensem as perdas adquiridas. Com o passar dos anos e o avanço da idade alguns aspectos físicos e biológicos das pessoas apresentam em alterações corporais internas e externas.
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1.1.2 TIPOS DE IDOSOS ASPECTOS FÍSICOS EXTERNOS • Flacidez, perda do tônus e manchas escuras na pele
ASPECTOS FÍSICOS INTERNOS •
Enrijecimento dos ossos
•
Umedecimento dos olhos
•
Alargamento do nariz
• Atrofia e redução das funções de órgãos internos • Perda de neurônios
•
Arredondamento dos ombros
•
• Enfraquecimento e maior visibilidade de • veias • Diminuição de estatura pelo desgaste das • vertebras • Encurvamento postural •
Lentidão do metabolismo Digestão dificultada Aumento de fadiga e insônia Baixa de visão e aparecimento de catarata
• Diminuição da capacidade auditiva, olfativa e de paladar • Enrijecimento das artérias coronárias Alterações corporais internas e externas, segundo ZIMERMAN (2000)
Na tentativa de busca por uma vida longa, saudável e segura, a Organização Mundial da Saúde (OMS) adotou o conceito de envelhecimento ativo, tendo como intenção maiores melhorias na qualidade de vida à medida que as pessoas vão envelhecendo, empregando-se tanto de modo individual quanto a grupos populacionais (OMS, 2005). Com isso participando da sociedade de maneira
ativa em questões sociais, econômicas, culturais, espirituais e civis, de acordo com suas necessidades, capacidades e desejos, os idosos encontram ganho de autoestima que repercute diretamente no bem-estar físico e psicossocial.
Grinberg, 1999, classifica os tipos de idosos quanto ao temperamento da seguinte forma: EUFÓRICOS E/OU ATIVO: Idosos eufóricos e/ou ativos são aqueles que possuem uma boa autoestima, são otimistas, apreciam muito a vida e consideram que envelhecer é uma dadiva da vida. Procuram sempre estar em atividade, e pelo fato de serem ativos odeiam ficar sem fazer nada. Amam e, provavelmente, são amados, são trabalhadores e são muito sociáveis e criativos. Embora possam ter algum distúrbio isso não os impedem de viverem suas vidas, criativos. DEPRIMIDOS: Os idosos que são deprimidos são aqueles que se encontram em situações de angustia, atormento, desanimo e de pessimismo. Estão sempre esperando pelo o pior, encontram-se FISICAMENTE INCAPAZ¹: Nesse grupo, os idosos são totalmente dependentes de terceiros por não conseguir realizar nenhuma atividade diárias, neste caso é necessário trabalhar a força muscular dos braços, pernas, troncos, quadris e mãos a partir da fisioterapia. FISICAMENTE DEPENDENTE¹: Os idosos que são fisicamente dependentes consegue realizar algumas atividades básicas como tomar banho, se veste e se alimenta sozinho, vai de um lugar para outro, mas necessita de ajuda de terceiros. Para que não haja alteração física com mais rapidez, é necessário trabalhar as partes do corpo envolvidas nas atividades diárias como força muscular de tronco, braços, pernas, quadris, mãos e dedos; flexibilidade de ombros, quadris, joelhos, punhos e tornozelos; destreza das mãos. FISICAMENTE FRÁGIL¹: Os idosos fisicamente frágeis deve realizar algumas atividades com cautelas, desempenhando atividades leves como
com dificuldades por algum problema psicológico ou físico. Podem se sentir desprezados ou humilhados, a autoestima está abalada, tornando-se melancólicos e ociosos. INDIFERENTES: Esse tipo de idoso não apresenta queixas de problemas da vida, aparentemente apresentam desinteresse em diversos assuntos do cotidiano. São considerados idosos mais “secos”, insensíveis e apáticos. Para eles a vida só é para ser vivida. Vão matando o tempo, até com um certo desprezo ou mesmo desinteresse. Não aborrecem e não gostam de ser incomodados. Tanto faz ter ou não amigos. Deixam o tempo passar. Aparentemente desprendidos, despreocupados. ASSUSTADOS: Esse grupo de idosos são os que mais necessitam de ajuda e acolhimento, possuem uma preocupação excessiva e doentia com o funcionamento dos órgãos. Vivem em uma tristeza profunda queixam-se sempre da vida e passa a viver com receios e medos do que possa a vir.
compras e preparar refeições e consegue realizar todas as atividades diárias e algumas atividades intermediarias. É necessário realizar atividades que possa trabalhar a força muscular e flexibilidade, fundamentais para se locomover bem. FISICAMENTE INDEPENDENTE¹: Este grupo é capaz de realizar atividades domesticas e praticar atividades que gastam pouca energia, como caminhar, dançar e dirigir, porem como seu físico não é trabalhado regularmente, o indivíduo não possui grandes energias para realização de atividades mais pesadas. FISICAMENTE ATIVO¹: Os idosos fisicamente ativos são capazes de realizar atividades físicas moderadas como esportes de resistência e alguns jogos. Para isso o idoso deve se manter em boas condições de “forca e resistência musculares, flexibilidade, capacidade cardiovascular, equilíbrio, tempo de reação e movimento, agilidade e coordenação”. ¹ Segundo, Luiz Fernando Martins Kruel (UFRGS) e Sandra Matsudo (FMU) a Folha de São Paulo, 2009 Classificou cinco tipos de idosos conforme a capacidades físicas.
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1.2. ABANDONO E INSTITUCIONALIZAÇÃO DO IDOSO A criação dos asilos foi uma necessidade que surgiu no passado com o intuito de solucionar problemas gerados pelas doenças, pobreza e mendicância e afastá-los da sociedade. Assim, no século XX o termo asilo passou a ser destinado somente para as instituições que abrigavam velhos passando a simbolizar um local de tristeza, abandono e decadência (XIMENES; CÔRTE, 2007). A modificação no conceito de moradia institucionalizada evoluiu na sociedade brasileira na década de 1970, associada a mudanças no sistema previdenciário com expansão de benefícios aos incapacitados e idosos. Segundo a legislação brasileira e o Estatuto do Idoso, prevê-se que a população idosa seja amparada pela família, sociedade e Estado, e que estes devem assegurar sua participação na comunidade, com dignidade, bem-estar e direito à vida. Além disso, a legislação prioriza que o atendimento ao idoso deve ser exercido pela própria família. No entanto, nem sempre a família consegue exercer essa função ou cumprir com esta responsabilidade, e assim podem ocorrer situações de abandono e ou institucionalização dos tais, a transferência do idoso para uma instituição é sempre um grande desafio, pois depara com uma transformação muitas vezes radical do seu estilo de vida, uma vez que se torna obrigado a se adaptar e aceitar normas e regulamentos, como horários e alimentação não habituais por exemplo. A família tem um papel fundamental na vida do idoso, uma vez que deveria estar presente no seu dia a dia, para lidar com as mudanças do processo de envelhecimento e com as necessidades que o idoso pode desenvolver. De acordo com (BEAUNOIR
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1990): [...] a maior parte das sociedades não deixa os velhos morrerem como bichos. Sua morte é cercada de um cerimonial para a qual se reivindica, ou finge se reivindicar, seu “consentimento”. Por outro ângulo, muitas pessoas respeitam as pessoas idosas enquanto estão lúcidas e robustas, mas livram-se delas quando se tornam decrépitas e senis. (BEAUNOIR, 1990, p.66) O processo de institucionalização da pessoa idosa é sem dúvida um fator de stress que propicia inúmeras alterações que se expressa em diferentes maneiras no idosos. Que muitas vezes é encarado como perda de sua liberdade, perda de seu lugar na sociedade, abandono pelos filhos, ou até mesmo com aproximação da morte, além do temor quanto ao tratamento dos funcionários nas instituições, onde muitas das vezes possuem um ambiente de rotinas, um lugar compartilhado de condições de controle e limitações por parte dos idosos. Ainda que as instituições tentem oferecer um lugar de segurança, adaptar-se às necessidades deles nem sempre é uma tarefa fácil. A qualidade de vida dos idosos institucionalizados dependerá, do acolhimento da instituição em relação ao idoso e do convívio de pessoas próximas (familiares ou amigos), evitando o estado de solidão ou isolamento que muitos vivenciam. Contudo, vale lembrar que, muitas vezes, a instituição cumpre o papel de lar para o idoso, uma vez que excluído da sociedade e da família, podendo se tornar o único ponto de referência para uma vida e um envelhecimento digno. Alguns idosos aprovam a condição de serem institucionalizados
e até optam por essa mudança, em decorrência da falta de recursos financeiros próprios ou de familiares, outros vêm sua condição como abandono e rejeição, sem ter expectativas de vida e desafios apenas prostrando-se à espera da morte. É cada vez mais frequente a presença de idosos que, embora possuam o convívio familiar, preferem viver na instituição pelos mesmos motivos: a falta do cônjuge, a independência dos filhos no papel de cuidadores formais e por maus tratos dos familiares; porém, através de uma decisão mais
1.3. INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS (ILPI) O QUE SÃO? A sigla ILPI tem seu significado como já citado “Instituição de Longa Permanência para Idosos”. Nas últimas décadas tem se deparado com mais frequência com isso tipo de instituição, devido ao fato do aumento acelerado da população idosa no Brasil e no mundo. Essas instituições têm como objetivo abrigar pessoas idosas a partir de 60 anos ou mais de ambos os sexos, com necessidades específicas e diferentes graus de dependência. Para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2004), uma ILPI é “instituição mantida por órgãos governamentais ou não destinada a assegurar atenção integral de caráter residencial com condições de liberdade e dignidade, cujo o público alvo são as pessoas acima de 60 anos com ou sem suporto familiar, de forma gratuita ou mediante a
autônoma e não imposta por outros. Essa mudança de paradigma a instituição passa a deixar o rótulo de “depósito” para guardar idosos, para transformar-se em um lugar onde o idoso possa viver com dignidade (CAMARANO, 2007). Dessa maneira as instituições têm que romper com sua imagem histórica de segregação e se tornar uma saída, uma opção, na vida dos idosos, destacando-se um oferecimento de ambientes com qualidade mais adequados às reais necessidades dos idosos.
remuneração”. No Brasil, as ILPI têm como objetivo o trabalho de reintegração social dos idosos uma vez excluído da sociedade, além de propiciar proteção, dignidade e bem-estar no dia a dia. Por outro lado essas instituições muita das vezes não possui recursos financeiros adequado contando apenas com ajuda de empresas privadas ou doações da comunidade, limitando o atendimento aos idosos. De acordo com a definição realizada pela Prefeitura Municipal de São Paulo, as instituições asilares deve possuir um caráter residencial e estar inserida na comunidade com uma estrutura que seja adequada a seus reais necessidade para poder receber os idosos, tornando as relações vivenciadas no ambiente as mais próximas possíveis de um lar familiar. Por isso idosos com vínculo de parentesco ou afinidade, como cônjuge, irmãos, parentes ou amigos, devem ser atendidos na mesma instituição. Além disso as instituições devem ter seus atendimentos ininterrupto, 24 horas diárias.
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ERGONOMIA NO AMBIENTE CONSTRUÍDO IDOSO NO AMBIENTE Com o passar dos anos o perfil da população vem se alterando graças aos avanços tecnológicos e da medicina que acarretaram no crescimento da população idosa. O conforto ambiental nos ambientes construídos contribui para o bem-estar, saúde física, equilíbrio mental e para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, e segundo (TANER, 2008), o conforto e a segurança do idoso em sua permanência e dando ao espaço um lugar de significado pessoal e social. Segundo Neri (2008), a qualidade de vida na velhice é um resultado de várias condições que envolve fatores e fenômenos, que vão depender de aspectos biológicos individuais, sociais e psicológicos ao longo do processo da vida e de como foi vivenciada pelo indivíduo em suas relações com o ambiente construído e com a sociedade. Isso associada nas várias perdas pessoais e nas alterações senso motoras, percepção cognitivas, e disfunções degenerativas de cada indivíduo, respeitando suas particularidades, interferem no desempenho de atividades diárias e em na funcionalidade dos idosos. Segundo a Associação Internacional de Ergonomia (IEA, 2016) afirma que que a ergonomia
tem domínios de especialização, representados em competências de atributos humanos específicos ou características de interação humana, e, portanto, são apresentados em três segmentos: - Ergonomia Física: Estão relacionadas às atividades físicas que abrange estudos da anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica relacionadas às atividades físicas; - Ergonomia Cognitiva: Refere-se aos processos mentais, tais como percepção, memória, raciocínio e resposta motora conforme afetem as interações entre seres humanos e outros elementos; - Ergonomia Organizacional, que tem como objetivo a otimização dos sistemas sócio técnicos, compreendendo as estruturas políticas, organizacionais e de processos, bem como cultura organizacional, motivação, satisfação, trabalho em equipe, projeto e gestão participativa. Para tanto, é necessário o conhecimento das dimensões mínimas utilizadas pelos usuários em espaços físicos de diversas naturezas e já estabelecidas em legislações, dimensões de mobiliário presente no ambiente, e analisar, também, o caráter afetivo uma vez que é importante considerar a emoção que o espaço exerce sobre quem o ocupa (NEUFERT, 1974). Cabe dizer que as pessoas têm necessidades e particularidades diferentes e convém ressaltar que a população idosa, de ambos os gêneros, apresenta estatura e zonas de alcance menores que as pessoas mais jovens. Sendo assim, algumas adaptações relacionadas visando à autonomia, conforto, segurança e bem-estar dos idosos nos ambientes.
DORMITÓRIOS O quarto é onde encontramos nossas referências históricas laços afetivos exercidos pelas existências de nossos objetos e mobiliários particulares. Boa parte dos idosos quando institucionalizados tendem a permanecer em seus quartos a maior parte do dia, onde lá operam com territorialidade e privacidade, devido ao fato que muitos trazem seus objetos particulares quando institucionalizados. Com isso o dormitório em ILPIs possui grande importância para o idoso devido ao seu tempo de permanência lá, carecendo de ser preservada a zona de alcance do usuário, assim como considerar espaços entre camas e mobiliário pessoal trazido pelos idosos, além de prever espaços livres para manobra de cadeira de rodas, ou entrada de maca em situações de emergências. O peitoril de baixa altura também é indicado para permitir a integração do idoso com o exterior quando deitado, sentado ou em pé. BANHEIROS O banheiro é onde há maior ocorrência de acidentes com idosos ocasionado pela queda, deste modo. Este ambiente é visto como perigoso e a ele é dado uma maior atenção no planejamento e adequação. Estes espaços devem ser dimensionados de modo que permita a entrada e giro mínimo de 90 graus, com a cadeira de rodas,permitindo o perfeito uso das peças sanitárias e boxe com chuveiro, com ou sem ajuda de terceiros. Deverá ser prevista a colocação de barras de apoio no boxe do chuveiro, lavatório e vaso sanitário fixadas nas paredes. Para a segurança do usuário recomenda-se também a existência de banco no interior do boxe do chuveiro, preferencialmente retrátil, Conforme ABNT|NBR 9050 (2004, p.70, 72).
Figura 04: Ângulos de visibilidade. Fonte: PANERO & ZELNIK (2008, p.150)
Figura 05: Locação de barras de apoio para bacia sanitária (A) | Áreas de transferência para a bacia sanitária (B). Fonte: ABNT|NBR 9050 (2004, p.66, 67)
Figura 06: Circulação para área de estar em canto. Fonte: PANERO & ZELNIK (2008, p.135)
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ESPAÇO DE ESTAR Os espaços de estar representam lugares de grande permanência para os idosos e devem apresentar uma configuração simples, porém confortáveis, aconchegantes e acolhedoras. Ambientes menores que promovem maior intimidade e convívio social em grupos é aconselhável, sobretudo em atividades de lazer, como conversar ou simplesmente praticar refeições, resgatando, assim, uma atmosfera mais familiar aos idosos. Espaços mais flexíveis, com uma configuração facilmente adaptável ajuda na acomodação do idoso. As salas de refeições devem prever uma disposição de mesas para pequenos grupos de quatro ou seis pessoas, e que permitam o trânsito confortável entre eles, e considerando pessoas portadores com equipamentos de autoajuda.
2.1 ESPAÇOS LIVRES COM IDOSOS
Figura 07: Largura mínima de mesas para zona ideal de conforto. Fonte: PANERO & ZELNIK (2008, p.141)
Figura 08: Mesas | espaço para cadeira de rodas. Fonte: PANERO & ZELNIK (2008, p.225)
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Nos espaços livres, de uma ILPI ou em quaisquer outras instituições que venham a ter tratamento à saúde, os pátios e jardins, possuem funções que vão muito além da estética. O paisagismo, o contato com a natureza tem um valor terapêutico. Para que os espaços livres nas instituições ou mesmo em qualquer outro lugar sejam realmente utilizados, deve ser bem visíveis, ter fácil acesso e fazer com que os usuários se identifiquem com o ambiente. Além disso, deve proporcionar sensação de segurança, proporcionando um microclima adequado também fara com que o espaço seja mais utilizado. Calor excessivo, ventos fortes e mudança de temperatura são prejudicais a saúde dos idosos. Manter as áreas destinadas à recreação às vistas do interior dos edifícios gera um efeito de atração para o espaço (CARSTENS, 1998). O espaço deve proporcionar oportunidades onde os idosos podem optar por estar em um nicho isolado, (ver Figura 09), ou em um local que possibilita a socialização (ver Figura 08). Os idosos geralmente caem facilmente na rotina, portanto, apoiar e incentivar um novo comportamento deles através da concepção adequada de espaços abertos é importante. Muitas pessoas se enganam ao pensar que os idosos buscam espaços “calmo e tranquilo”, quando na realidade conviver em um meio social proporciona o bem-estar (CARSTENS,1998).
Figura 09: Exemplos de áreas livres. Fonte: CARSTNS, 1998.
Figura 10: Exemplos de áreas livres. Fonte: CARSTNS, 1998.
Figura 11: Espaço para interação. Fonte: CARSTNS, 1998.
Figura 12: Espaço gera privacidade Fonte: CARSTNS, 1998.
Figura 13: Criação de subespaços gera intimidade. Fonte: CARSTNS, 1998.
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capítulo 3
ENSINAMENTOS PARA A VIDA TODA A geriatra Helen Arruda, 2016 explica: “As relações Inter geracionais devem levar em conta não só a cronologia, mas deve considerar os estilos de vida, o saber, os valores e a memória, com intuito de viabilizar uma relação entre as distintas gerações. É um estímulo cognitivo de o idoso saber que é útil, que pode ultrapassar o isolamento e valorizar sua autoestima, uma vez que muitos saíram do mercado de trabalho, estão aposentados”. De um lado, tem as crianças que estão apenas começando a viver e estão em continuo aprendizado sobre o processo natural da vida que é o envelhecimento, já que convivem com seu pais e avos de até duas gerações mais velhas. Isso faz com que as crianças passam a compreender Figura 14: Interação idoso com a criança. Fonte: Centro de Aprendizagem Inter geracional
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com mais facilidade as dificuldades e as necessidades dessa etapa da vida, fazendo com que as crianças possam a criar laços afetivos mais sólidos com esses indivíduos. Os idosos, por sua vez, acabam se beneficiando com essa relação com a criança tanto fisicamente quanto psicologicamente, já que com a interação de ambas as gerações, convidam os idosos, a experimentar a possibilidade de troca de conhecimento de sua vivencia, sendo assim, estimulando os idosos a resgatar memórias e histórias que constituem suas identidades. O convívio entre crianças e idosos possibilitam a trocas de experiências entre ambas as partes. A sinceridade, o carinho e a curiosidade de uma criança, quando associado com a experiência dos mais velhos, a vontade de “ensinar”, de transmitir seus conhecimentos pode resgatar à autoestima, além de trazer benefícios para as duas gerações. Nessa troca de saberes, a criança aborda a sua vivência, por meio do entusiasmo, da alegria, do afeto e da espontaneidade, e o idoso ultrapassa o hoje e resgata as suas memórias pelo conhecimento, apoio e segurança.
Figura 15: Interação idoso com a criança. Fonte: Centro de Aprendizagem Inter geracional
Figura 16: Interação idoso com a criança. Fonte: Centro de Aprendizagem Inter geracional
“Quando ensinamos às crianças os benefícios de se conviver com a velhice, elas, naturalmente, percebem o idoso como um ser humano que tem sentimentos, experiências e sabedorias. Dessa forma, o processo de conhecimento acaba sendo incorporado quando elas se tornam adultas” (Helen Arruda, 2016). Figura 17: Interação idoso com a criança. Fonte: Centro de Aprendizagem Inter geracional
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Em Seattle (EUA), duas instituições colocaram isso em pratica, deu-se início em 1999 e consistem até os dias atuais. A partir de uma parceria com a casa de repouso Providence Mount St. Vicent, a pré-escola Centro de Aprendizagem Inter geracional (Intergerational Learning Center) permite a interação entre as faixas etárias como estratégia de desenvolvimento para a criança, além de uma melhoria significativa na autoestima do idoso. Segundo ambas as instituições cerca de 125 crianças passam cinco dias por semana, praticando ações conjuntas com cerca de 400 idosos. A convivência abrange desde visitas, quanto a participação em atividades de dança, música, contar histórias e almoços com os residentes. A intencionalidade pedagógica desses momentos se reforça, cada vez mais, pelos benefícios desfrutados por ambas as gerações.
3.1 CRIANÇA NO AMBIENTE
Figura 18: Interação idoso com a criança. Fonte: Centro de Aprendizagem Inter geracional
A infância é a principal fase do desenvolvimento de um indivíduo, uma das fases de maior importância na vida do ser humano onde a criança está em constante desenvolvimento físico e mental, e muito sensível aos estímulos, bons ou ruins, que o ambiente ou os objetos podem lhe proporcionar. A adaptação de móveis em escala reduzida permite com que as crianças tenham uma maior liberdade de movimentação, além de realizarem apenas esforços condizentes com a sua faixa
etária, como sentar em cadeiras baixas para evitar acidentes e quedas. A adoção de medidas simples como pisos antiderrapantes, proteção de portas e tomadas, matérias de fácil higienização, móveis com cantos arredondados ou emborrachados entre outros, além de moveis e espaços adaptados para fase infantil, permitindo a construção de um ambiente seguro e lúdico para as atividades infantis. As crianças passam grande parte do seu dia-a-dia brincando, o que é importante, no processo psicológico, fonte de desenvolvimento e aprendizagem. Nesse ambiente é onde que o mobiliário infantil será considerado de grande importância e influência, nos que se diz a respeito aprendizado e no modo como a criança ira se portar no espaço.
Figura 19: Interação idoso com a criança. Fonte: Centro de Aprendizagem Inter geracional
Benefícios para as Crianças¹ • • • • • • •
Melhor relação social Níveis mais baixos de comportamentos agressivo Melhor no rendimento escolar Melhor compreensão do processo de envelhecimento Respeito pelos mais velhos Compaixão Aumento na confiança e auto-estima
Benefícios para os Idosos¹
¹ Informações segundo o Centro de Aprendizagem Inter geracional
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Figura 21: Ambientes Lúdicos. Fonte: Centro de Aprendizagem Inter geracional
• Melhoria na saúde física e mental • Melhor socialização • Aumento na autoestima • Melhoria na qualidade de vida • Oportunidade de compartilhar seus conhecimentos e experiências
Figura 20: Espaço destinado a criança. Fonte: www.google.com.br/imagens
Figura 22: Espaço destinado a criança. Fonte: www.google.com.br/imagens
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capítulo 4
LEITURAS DE PROJETOS Complexo Social: Alcabideche
Local: Portugal Arquitetos: Guedes Cruz Arquitectos - José Guedes Cruz, César Marques, Marco Martinez Marinho; Patrícia Maria Matos, Nelson Aranha, Tiago Rebelo, João Simões, Isabel Granes (colaboradores) Estrutura: PPE Eletrotécnica: Espaço Energia Paisagismo: Paula Botas Ano:2012 Fotos: Ricardo Oliveira Alves
Figura 23: Vista das casas. Fonte: www.google.com.br/imagens
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Ao todo, são 52 cubos brancos formam o complexo com uma área de 10 mil metros quadrados. O projeto oferece uma mistura de espaços privados e públicos para integração dos idosos, como piscinas e terraços. “O Complexo Social da Alcabideche visa reconstituir um estilo de vida mediterrâneo em que os espaços ao ar livre de ruas, praças e jardins são como uma extensão da própria casa”, disseram os arquitetos responsáveis. Cada casa possui 53m² e diversas entrada de luz natural, seja através de grandes janelas ou na aberturas no telhado que possibilita a entrada de luz. As casa possui uma única topologia, contendo, sala, cozinha,, sala de jantar, um quarto e uma grande suíte.. Além do complexo possuir 52 duas casa, conta também com uma piscina e diversos terraços público.
Figura 24: Vista noturna Fonte: www.google.com.br/imagens
O equipamento, promovido pela Fundação Social do Quadro Bancário, é destinado a residência de pessoas de idade e visa preencher as lacunas no sistema de apoio a idosos com elevada qualidade urbana e paisagística, Um novo conjunto habitacional de casas de repouso, desenvolvido pelo escritório português Guedes Cruz Architects, dispensa o uso de iluminação nas ruas do entorno, pois suas casas - em formato de cubo – projetam uma luz externa. Figura 25: Planta e corte Fonte: www.google.com.br/imagens
Figura 26: Croquis do arquiteto Fonte: www.google.com.br/imagens
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O complexo tem um sistema de alarme, que no caso de alguém soar o alarme a casa ilumina-se de vermelho, destacando-se das demais. Foi projetado também um edifício de apoio, onde se encontra, administração, pronto atendimento e sala de entretenimento.
Figura 30: Ciculação. Fonte: www.google.com.br/imagens
Figura 27: Sistema de alarme Fonte: www.google.com.br/imagens
A circulação vertical é feita através de um elevador. As circulações horizontais estão concebidas e distribuídas de duas maneiras, a circulação do edifício central e nos espaços coletivos que entres as moradias que cria as ruas internas e uma sensação de unidade vizinhança
Figura 31: Corte do bloco administrativo. Fonte: www.google.com.br/imagens
Figura 32: Croqui do arquiteto. Fonte: www.google.com.br/imagens
Figura 28: Vista aérea- volumetria Fonte: www.google.com.br/imagens
Figura 29: Planta esquema de todo o complexo. Fonte: www.google.com.br/imagens
As aberturas dos edifícios são de modo que proporciona a entrada de luz e ventilação natural. além de contar com aberturas no telhados, para a entrada de ventilação fria e saída de ar quente.
Figura 33: Aberturas. Fonte: www.google.com.br/imagensamplas
A edificação é composta por um bloco de três pavimentos em formato retangular e por 52 residências térreas no formato quadrado. Os edifícios foram implantado a medida que o bloco principal que é onde se encontra área administrativa e os demais programas fosse disposto no centro para melhor acesso, e as demais edificações foram disposta no terreno, criando ruas internas a medidas que elas foram colocadas lado a lado criando também uma unidade vizinhas entres os residentes.
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Figura 34: Visão lateral do complexo. Fonte: www.google.com.br/imagens
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Campus de Cuidados com o Idoso / Areal Architecten
Local: Bélgica Área:15217.0 m² Arquitetos: Areal Architecten Estrutura: ABT België nv Ano: 2014 Fotos: Tim Van De Velde
Figura 35: Fachada lateral. Fonte: www.google.com.br/imagens
A enfermaria está dividida em três volumes separados, proporcionando ambientes de estar, com assistência como sentinelas voltadas com vista para o lar de idosos existentes. A construção de ruas e espaços interiores no edifícios que variam em tamanho e aparência faz com que este novo ambiente lembre um tecido urbano e é diferente dos ambientes monótonos onde tais programas são, em sua maioria, alojados. As várias funções vestem-se de uma arquitetura diferente
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O projeto oferece atualmente 140 leitos para os pacientes idosos e com demência. O edifício abriga 150 idosos e pacientes com demência. O Campus de Cuidados com Idosos, apresenta extensas áreas comuns e é organizado em torno de dois grandes pátios , todas as funções comuns estão localizados ao longo de uma rota linear através do edifício. O edifício
que possui a forma de um “8”foi desenvolvido após um extenso programa de estudo e operacional. Além de fornecer assistência habitacional dentro de um Campus cuidados . Cerca de 40 residências assistidas em relação aos edifícios circundantes ao longo do resto.
Figura 36: Plantas setorizada. Fonte: www.google.com.br/imagens Figura 37: Banheito adptado. Fonte: www.google.com.br/imagens
Figura 39: Implantação. Fonte: www.google.com.br/imagens
O projeto, funciona como uma pequena cidade, onde funcionalidade e um caráter doméstico se fundem em um ambiente novo, onde a interação social, a segurança e a integração das pessoas com necessidades diferentes estão no centro das atenções, os edifícios foram implantados no espaço livre no local em torno da casas de repousos. Há, uma zona verde que abraça todo o lar de idosos e as residências assistidas. A área residencial conjunta e a passagem subterrânea ligam as diferentes funções. De qualquer forma, fixaram-se como partes autônomas, mas vivem como componentes integrados de um cenário de residências de cuidado, com um foco na qualidade de vida e cuidados. Figura 20: Diagrama dos pavimentos. Fonte: www.google.com.br/imagens
Figura 38: Aberturas. Fonte: www.google.com.br/imagens
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Figura 40: Circulação. Fonte: www.google.com.br/imagens
Com a implantação do edifício acaba-se criando ruas e espaços interiores e edifícios que variam em tamanho e aparência faz com que este novo ambiente lembre um tecido urbano e é diferente dos ambientes monótonos onde tais programas são, em sua maioria, alojados. Os corredores linear dobra em torno de dois grandes espaços vazios, criando várias perspectivas e uma sensação de visão geral no prédio. Como o programa para os andares superiores está diminuindo, terraços surgem em cada andar com uma orientação ideal e protegida do vento. Cada quarto recebe uma ou outra vista em relação a esses espaços abertos no centro da casa de repouso ou para a área verde ao redor do prédio. O resultado é um volume muito claro que é banhado por luz natural e pelo espaço.
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Figura 41: Circulação. Fonte: www.google.com.br/imagens
Figura 42: Circulação área externa. Fonte: www.google.com.br/imagens
Figura 44: Fachada. Fonte: www.google.com.br/imagens
Figura 45: Aberturas. Fonte: www.google.com.br/imagens
O lar de idosos é construído com um revestimento de alumínio reflexivo utilizado como tela para a luz do sol. As residências de vida assistida têm um acabamento imponente em alvenaria com vigas anel de concreto aparentes.
Grandes aberturas com terraços situados em uma área residencial que atua entre o lar de idosos e as habitações circundantes. Todas as propriedades contam com duas ou três fachadas, permitindo que a luz natural invada os espaços de convivência que são empacotados com um corredor alargado que abriga as funções comuns. Como o programa para os andares superiores está diminuindo, terraços surgem em cada andar com uma orientação ideal e protegida do vento. Cada quarto recebe uma ou outra vista em relação a esses espaços abertos no centro da casa de repouso ou para a área verde ao redor do prédio. O resultado é um volume muito claro que é banhado por luz natural e pelo espaço.
Figura 47: Abertutas. Fonte: www.google.com.br/imagens
Figura 43: Recepção. Fonte: www.google.com.br/imagens
Figura 46: Aberturas terraço. Fonte: www.google.com.br/imagens
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VILA DOS IDOSOS
Local: São Paulo, Brasil Área:8.290 m² Arquitetos: Vigliecca & Associados Estrutura: Telecki Arquitetura de Projetos Ano: 2007 Fotos: Azul Serra
Figura 47: Fachada sul. Fonte: www.google.com.br/imagens
O residencial Vila dos Idosos, foi projetado por Hector Vigliecca, Luciene Quel, Ruben Otero e Ronald Werner Fiedler, do escritório Vigliecca & Associados , e inaugurado em 2007 pela COHAB - SP. Esse projeto mostra que baixa renda e arquitetura de qualidade são compatíveis, e como ela pode atender ás necessidades de pessoas com idade mais avançadas. Para Vigliecca, apesar de a denominação a Vila dos Idoso deixa transparecer a ideia de exclusão, sua arquitetura buscou contrapor-se a esse preconceito, com um desenho que procura contribuir para a cidade e que não de nega a expor-se a ela ‘‘Concebemos um edifício articulado por passeios horizontais que têm vistas para fora. Não pretendemos fazer apenas corredores de circulação, mas ruas de convívio’’, argumenta o arquiteto.
Figura 50: Vsita dos dormitório. Fonte: www.google.com.br/imagens
APARTAMENTOS 1 DORMITÓRIO
A vila é composta por 145 unidade (57 apartamentos de um dormitório de 43m² e 88 quitinetes de 29m²), onde 25% das unidades são adaptadas à portadores de deficiência física, e os demais são flexíveis. Conta também, na área interna, com três salas para TV e jogos, quatro salas de uso múltiplos, salão comunitário com cozinha e sanitários, na área externa com quadras, áreas verdes e hortas comunitárias.
QUITINETES
Figura 51: Croquis do arquiteto. Fonte: www.google.com.br/imagens
Figura 48: Planta de uso. Fonte: www.google.com.br/imagens
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A edificação é composta por dois blocos de quatro pavimentos formando um L , que comunicam-se nas faces mais longas do retângulo. Estes foram implantados de uma maneira que o Residencial ‘‘abraçasse’’ parcialmente a Biblioteca Municipal existente no terreno da esquina.
Figura 49: Fachadas. Fonte: www.google.com.br/imagens
Figura 52: Planta setorizada. Fonte: www.google.com.br/imagens
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As circulações horizontais estão concebidas como espaços coletivos de encontro assim como os bancos frente às portas dos apartamentos que adquirem uma dimensão de focos de interação coletiva; A circulação vertical é feita através de três elevadores e duas escadas.
capítulo 5
PROJETO 5.1. CIDADE DE UBERABA
Figura 53: Circulação vertical e horizontal. Fonte: www.google.com.br/imagens
A vila tem acesso principal pela Av. Carlos de Campos, na ruidosa porém localizada a menos de 100m da marginal do Rio Tietê . E possui também entradas secundárias exclusivas para moradores seu acesso se da pela Av. Pedroso da Silveira.
Figura 58: Mapa de Uberaba no Triângulo Mineiro. Fonte: www.google.com.br/imagens
Figura 54: Implantação. Fonte: www.google.com.br/imagens
Levando se em consideração as condições econômicas dos moradores e as limitações orçamentarias, entenda-se que os materiais que foram utilizados deveriam ser padronizado, porém de alta padronizado e quase nenhuma necessidades de manutenção . O projeto estabelece a simplicidade dos acabamentos, com laje aparente, eliminando os revestimentos das paredes e pisos. 38
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Figura 55: Circulação. Fonte: www.google.com.br/imagens
Figura 57: Mapa geral de Uberaba. Fonte: Prefeitura Municipal de Uberabas
Figura 56: Fachada, visão dos dormitórios. Fonte: www.google.com.br/imagens
Uberaba possui uma área de 4.523,957 quilômetros quadrados e uma densidade populacional de 65.43 habitantes por quilômetros quadrados. A cidade faz parte do interior de Minas Gerais e está localizada no Triangulo Mineiro. Hoje Uberaba conta com mais de 322.126 habitantes e um crescimento anual de 2% ao ano (estimativa de 2015 segundo IBGE).
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5.2.1 DIAGNÓSTICO
5.2. ESCOLHA DA ÁREA
-Ramal Ferroviário -Avenida São Paulo
Figura 59: Vista aérea do terreno. Fonte: Prefeitura Municipal de Uberaba
A escolha do local de implantação do novo projeto, deu-se a partir da ideia de “retomar” um antigo projeto de uma ILPI (Complexo Asilar Felicidade Para Todos), proposto pela prefeitura de Uberaba, já que uma vez que o projeto deu início às obras, mas logo foi abandonado pela própria prefeitura. O terreno de 19.613,36m² de área útil, localiza-se no Residencial Tita Rezende, próximos aos bairros Boa Vista e Residencial Estados Unidos, na Avenida São Paulo, confrontando com o Ramal Ferroviário.
Figura 60: Mapa de situação. Fonte: Prefeitura Municipal de Uberabas
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O bairroTita Rezende possui um uso predominantemente residencial, porém com um setor de comércio e prestação de serviço já consolidado na Avenida São Paulo, principal acesso do terreno. Ao lado do terreno do projeto encontram-se uma Associação Beneficente “Casa do Adolescente” com assistência a mulheres adolescentes sem lares. Nas proximidades existem duas escolas de ensino fundamental “ Santa Teresinha e Escola Estadual Boa Vista”, um centro de educação alternativa “CEMEA”, uma unidade regional de saúde, uma instituição de longa permanência para idoso “Lar Esperança”, conta também com um SESI FIMG e além de diferentes comércios local como bares, madeireira, disque gás etc.
Figura 61: Mapa de uso do entorno. Fonte: Aquivo pessoal
Figura 62: Diagramas. Fonte: Arquivo pessoal s
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5.2.2 FOTOS DO ENTORNO
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No que diz respeito a legislação de uso e ocupação do solo no bairro, o terreno se localiza no Zona Residencial 2 – ZR2 na qual a atividade proposta está enquadrada “Atividade Comunitárias e Sociais”, de pequeno, médio e porte. De acordo com o Quadro I e II referente a Enquadramento das Atividades nos Usos por Zona Urbana e aos
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coeficientes de aproveitamento da Zona em que se situa o terreno e Parâmetros Urbanísticos do Plano Diretor vigente o coeficiente de aproveitamento máximo para este terreno é de 4,5 a taxa de ocupação é de 70% testada mínima de 10 metros. O gabarito para ZR2 é de no máximo 4 pavimentos com altura equivalente ao número máximo de gabarito. Figura 67: Mapa de zoneamento. Fonte: Prefeitura Municipal de Uberaba
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felizCidade para todos Figura 72: Fotos do entorno do terreno. Fonte: www.google.com.br/imagens
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5.3. PROGRAMA DE NECESSSIDADES Após definida a área, chegou-se em um programa baseado em setorização ao qual atenda às necessidades da instituição. Com isso, foram levadas em considerações visitas feitas em outras instituições (asilos e abrigos) além do questionário feito com os moradores desses locais. - O programa atende às seguintes necessidades: • Moradia • Saúde • Lazer • Infraestrutura • Áreas técnicas
GINÁSTICA • O ala destinada a ginástica contará com um grande espaço, onde o Fisioterapeuta e o Terapeuta Ocupacional poderão atuar juntos nesse ambiente, onde encontram recursos, como aparelhos de ginástica para diversas atividades além de espaços para atividades aeróbicas. TERAPIA OCUPACIONAL • O setor da terapia ocupacional, contará com um espaço onde o Psicólogo e o Fisioterapeuta poderão estar atuando junto nesse ambiente, que conta com recursos que serão utilizado para intervenção na esfera física, psíquica, social e sensorial, auxiliará na organização do indivíduo, atuando na independência, estruturação emocional, na percepção cognitiva, nas atividades diárias dos idosos, e até nas atividades de lazer e socialização do idosos.
LAZER MORADIA
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MÓDULO DE 24m² (SALA, COZINHA E BANHEIRO) Setor de habitação contara com um módulo padrão de 4,5x6,0 totalizando em 27m² sendo que os módulos serão adaptados de acordo com a necessidade do complexo.
SAÚDE
ENFERMARIA • Na sala de enfermagem irá conter uma sala de atendimento ao idoso, onde ele será medicado e atendido, é importante a existência de um local controlado por funcionários onde será guardados os medicamentos ‘‘farmácia’’, e próximo a essa farmácia um local anexo para esterilização de equipamentos e também salas de apoio (sendo uma depósito para guardar materiais e estocagem de medicamentos. NUTRICIONISTA • O setor nutricional, contará com uma sala onde o profissional possa atender aos idosos, para que o profissional ‘‘crie’’ uma dieta especifica para cada idoso. PSICÓLOGO • Contará com um sala acolhedora onde cada idoso será atendidos pelo menos duas vezes ao mês pelo psicólogo, para que as angustias, as duvidas que afligem os idosos possam os ajudar nessa etapa da vida deles. FISIOTERAPIA • No setor de fisioterapia terá um espaço Cardiorespiratório, que ofereça esteiras e bicicletas ergométricas, todos os pacientes serão seus sinais vitais monitorados durante todo o atendimento também irá conter um espaço Neurologíco, com equipamentos ortostaticos e recursos para readaptação funcional e também um espaço Hidroterapio, uma piscina terapêutica aquecida, coberta e totalmente adaptada aos tratamentos .
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MIDIATECA • Midiateca contará com um espaço alegre, lúdico pois será um dos espaços onde o idoso entrará em contato com crianças, a midiateca, terá espaços para leitura, atividades entre o idoso e a criança, além de estantes com livros, computadores para atividades de informática. OFICINAS DE ARTESANATO • As oficinas de artesanato, contará com um espaço apropriado onde os idosos aqueles que tiverem algo pra ensinar, poderão dar aulas de artesanato, junto com a população do bairro que irá confeccionar produtos diversos em artesanato, para que posteriormente esses produtos possam ser vendidos na reversão de gasto do complexo. Além de um espaço para o armazenamento desses produtos até sua venda. ESPAÇO ECUMÊNICO • Este tipo de espaço deve ser um ambiente que respeite a crença de todos os residentes e que seja um ambiente que também permita a interação com a família, de forma que optou-se por calcular como uma área de estar. SALAS MULTIUSO • As salas multiuso será um espaço flexível, onde ele atenderá o complexo quando tiver suas festividades, este espaço será um ambiente onde os idosos, farão suas apresentações, e também será um ambiente onde poderão ser apresentadas peças de teatro, musicais que estarão na cidade, para que o idoso não precise se deslocar até um teatro com isso trazendo conforto e comodidade para eles. Prever um espaço, onde os idosos terão diversos tipos de aulas de dança como: forró, dança de salão, flamenco etc. PISCINAS • O espaço da piscinas, será destinados somente para os residentes, onde será mais um local lazer, onde o idoso podera relaxar, nadar, tomar seu ‘‘banho de sol’’ e propondo mais um tipo de socialização entre os residentes com esse momento de descontração.
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5.4. O PROJETO
INFRAESTRUTURA SERVIÇOS (LAVANDERIA, LIMPEZAADMINISTRAÇÃO, REFEITÓRIO ) • Lavanderia será estabelecido um espaço para a lavagem e secagem das roupas, um espaços para passa-las e armazena-las até sua distribuição ao pertencentes. A lavanderia deverá reservar ainda um local para guarda roupa de uso coletivo com armários que possibilitem a armazenagem separada por tipo de roupa; Limpeza, será o espaço onde serão armazenados os matérias para limpeza do complexo, deverá ser um local arejado; Administração, o setor administrativo é composto de ambientes destinados a funcionários e visitantes, contara com salas administrativas/reunião, almoxarifado destinado a armazenar objetos e materiais do setor e um arquivo morto, além de um espaço para descanso e uma copa para funcionários; Refeitório, dever ter uma cozinha onde haja espaço para manipulação, preparação, fracionamento, armazenamento e distribuição de alimentos, além de um ambiente onde os idosos poderão fazer suas refeições. HORTA • Contará com espaços para o cultivo de hortaliças, legumes para o próprio consumo dos residentes, além da comercialização desses alimentos cultivados para maior renda para o complexo. POMAR • Contará com várias árvores frutíferas, espaços para caminhadas entres as árvores criando um ambiente de relaxamento para os idosos em contato com a natureza. LOJA • A loja, será um espaço onde os idosos irão expor seus produtos em artesanato que vão ser comercializado gerando em mais um tipo de renda.
*O Complexo, terá um programa social
de recreação, onde crianças do bairro de 2 a 5 anos de idade entrarão em contato com os idosos residentes e irão estar juntos em um momento do dia. A ideia é que as crianças sejam preparadas para a escola, além de ser uma distração para o idoso, às crianças vão possuir uma rotina parecida com a que vão ter no jardim de
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O partido inicial do projeto consolidou-se na intenção de retomar um antigo projeto, uma vez dado início pela Prefeitura Municipal de Uberaba, que seria uma Instituição Asilar no Bairro Tita Rezende, a construção teve início, mas logo depois foi abandonada. E nesse intuído, deu início ao projeto, a partir daí foi criada uma malha, que se originou em módulos que foi configurando-se de acordo com a necessidade. Criando-se “ ruas” internas entre as habitações e os demais blocos, possibilitando maior socialização entre os residentes e fortalecendo ainda mais o sentido de unidade vizinhança, tirando aquela ideia de casa asilar sendo apenas um vizinho.
infância. Cantarão músicas, irão fazer trabalhos artísticos, artesanato, lancham e praticam atividades físicas juntamente com os idosos. De três a quatro vezes por semana e cinco horas por dia, as crianças ficaram por lá, contando sempre com o auxílio de orientadores profissionais para ajudar no contato e na aprendizagem da criança.
Figura 73: Vista do projeto. Fonte: imagens pessoais
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MURO DE DIVISA
TELHA STEEL DECK i=5%
ACESSO LOJAS
TELHA STEEL DECK i=5%
TELHA STEEL DECK i=5% TELHA STEEL DECK i=5%
MURO DE DIVISA DIVISA
ENTRADA
MURO DE
CAIXA D'ÁGUA
CAIXA D'ÁGUA
COBOGÓ H=2,80m
CAIXA D'ÁGUA
CASA 17 TELHADO VERDE
DEPÓSITO MATERIAS ÁREA: 22 M²
ÁREA DE ESTENDER ROUPA
TELHA STEEL DECK i=5%
ENTRADA
ACESSO FEIRA
ENTRADA
GUARDA-CORPO
CAIXA D'ÁGUA
TELHA STEEL DECK i=5%
CASA 19 TELHADO VERDE
ENTRADA
ENTRADA
ACESSO HORTA
ACESSO CARGA/ DESCARGA
CAIXA D'ÁGUA
ENTRADA FUNC.
CASA 16 TELHADO VERDE
ENTRADA FUNC.
CAIXA D'ÁGUA
CASA 15 TELHADO VERDE
ACESSO RE PEDEST
ENTRADA
TELHADO VERDE
LAJE IMPERM. i=2% CAIXA D'ÁGUA
CASA 14 TELHADO VERDE
RUA
CAIXA D'ÁGUA
ESTACIONAMENTO 20 VAGAS
ACESSO IOS NÁR FUNCIO
ENTRADA
LAJE IMPERMEABILIZADA i=2%
rvalho
CASA 20 TELHADO VERDE
CASA 18 TELHADO VERDE
Ca Vieira Omero
COBOGÓ H=2,80m
HORTA ÁREA: 22 M²
TELHADO VERDE
ENTRADA
ENTRADA
ACESSO POMAR
LAJE IMPERM. i=2%
LAJE IMPERMEABILIZADA i=2%
TELHADO VERDE RO DE VID CALÇADA
SHED
LAJE IMPERM. i=2% CASA 13 TELHADO VERDE ENTRADA
TELHADO VERDE
EN
TR
AD
A
ENTRADA
CASA 12 TELHADO VERDE
LAJE IMPERM. i=2%
ENTRADA
ACESSO AMBULÂNCIA
CAIXA D'ÁGUA A
AD
TR
EN
COBERTURA AMBULÂNCIA
ENTRADA
ACESSO POMAR
MURO VAZADO H=2,80m
ENTRADA
CASA 1 TELHADO VERDE
ENTRADA
ENTRADA
ÁREA DE ATIV. AO AR LIVE
LAJE IMPERMEABILIZADA i=2%
ENTRADA
ENTRADA CASA 4 TELHADO VERDE ENTRADA
ENTRADA
ENTRADA CASA 6 TELHADO VERDE CAIXA D'ÁGUA
ENTRADA DE MACA
ENTRADA CASA 8 TELHADO VERDE CASA 11 TELHADO VERDE
CASA 5 TELHADO VERDE
LAJE IMPERMEABILIZADA i=2%
CAIXA D'ÁGUA CASA 10 TELHADO VERDE
CASA 7 TELHADO VERDE CASA 9 TELHADO VERDE
CAIXA D'ÁGUA
CASA 3 TELHADO VERDE
CASA 1 TELHADO VERDE CAIXA D'ÁGUA
CAIXA D'ÁGUA
CAMINHO CURSO D'ÁGUA
CAIXA D'ÁGUA
CAIXA D'ÁGUA
CAIXA D'ÁGUA
CAIXA D'ÁGUA
TELHA STEEL DECK i=5%
ENTRADA
CAIXA D'ÁGUA
MURO DE DIVISA
MURO DE DIVISA
ENTRONCAMENTO AMOROSO COSTA
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N
O Projeto do complexo está dividido em quatro atividades. Lazer, Moradia, Saúde e Infraestrutura, esses espaços foram pensados visando responder as expectativas dos idosos com relação à velhice, trazendo conforto e paz, sem perder o convívio com as pessoas, trabalhar e se sentir atuantes na sociedade. Localizada na confluência da rua Omero Vieira Carvalho com a Rua Helena Marzan Rodrigues.
S
0
5m
10m
Figura 74: implantação do projeto. Fonte: imagens pessoais
50m 49
RUA HELENA MARZAN RODRIGUES
TELHADO VERDE
CAIXA D'ÁGUA
1 2 3 4 5 6 7
O bloco onde se encontra a midiateca, oficina de artes, salas de terapia ocupacional, nutricionista e psicólogo se localiza próximo a entrada do complexo, dado facilidade de acesso e maior visibilidade. A conexão destes espaços (midiateca e os demais) se conectam através do paisagismo que acaba-se criando um espaço de convívio. Midiateca optou-se por usar materias que remete a sensação de aconchego, como madeira e iluminação mais baixa, por ser um ambiente onde tem muita rela-
midiateca depósito copa circulação manutenção d.m.l. banheiro
Figura 75: planta midiateca. Fonte: imagens pessoais
Figura 77: Imagen representativa midiateca. Fonte: imagens pessoais
Midiateca é um espaço alegre, lúdico pois será um dos principais locais onde o idoso entra em contado com a criança para suas atividades diárias. O ambiente conta com espaço para leitura tanto para os idosos quanto para as crianças, a Midiateca foi pensado na ergonomia do idoso e na da criança, com estantes de livros baixas, espaço para teatrinhos das crianças, apresentações com fantoches, além tabletes com acesso à internet além um ambiente aconchegante que proporcionara a sensação de tranquilidade e proteção. O ambiente possui um layout flexível e simples que pode ser adaptado facilmente de acordo com a necessidade dos usuários. 50
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ção com crianças, usou-se muito de cores nos mobiliários, texturas, criando espaços alegres. Tudo isso para ajudar na integração do idoso com a criança, além de contribuir muito na percepção visual de ambos. Tento isso em mente, sempre pensando nesse espaço como uma “brinquedoteca” um ambiente mais lúdico, onde possam brincar e apender e ensinar ao mesmo tempo. Essa é a intensão de relacionar as duas gerações para que ambas possam tirar proveito disso.
Figura 78: Imagem repesentativa midiateca espaço lúdico. Fonte: imagens pessoais Figura 76: Imagens representativa midiateca Fonte: imagens pessoais
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Figura 81: Imagem representativa da oficina de artesanato. Fonte: Imagens pessoais
Figura 79: Plantas . Fonte: Imagens pessoais
Figura 80: Imagem representativa da relação dos edifícios Fonte: Imagens pessoais
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1 espera 2 nutricionista 3 banherio masc. 4 sala psicólogo 5 banheiro fem. 6 sala terepia ocupacional 7 d.m.l. 8 copa 9 oficina de artesanato
As áreas de terapia ocupacional, nutricionista e psicólogo, estão relacionadas à área da saúde e do bem-estar dos idosos, com consultas de rotinas atuando na independência, emocional, na percepção cognitivas e nas atividades diárias dos idosos, fazendo que eles possam socializar com mais facilidades. As salas de terapia ocupacional, nutricionista e psicólogo, são voltadas apenas aos idosos do complexo. Nesses ambientes, conta com recursos que ajudam na intervenção, psíquica, social e sensorial, alimentação, que auxiliará na organização do indivíduo, atuando na independência na sua estruturação emocional, na percepção cognitiva, das atividades diárias dos idosos, e até nas atividades de lazer e socialização . Com o intuito de promover o bem-estar do idoso.
Figura 82: Imagem representativa da relação do paisagismo com a oficina de artesanato. Fonte: Imagens pessoais
As oficinas de artesanato, contará com um espaço apropriado onde os idosos, aqueles que tiverem algo para ensinar, poderão dar aulas de artesanato, junto com a população do bairro na intenção de interação do idoso com a população, que irá confeccionar produtos diversos em artesanato, para que posteriormente esses produtos possam ser vendidos na reversão de gasto do complexo. Este espaço, conta também com uma infraestrutura voltada para a criança, visando a interação de ambos “idoso e criança”.
Figura 83: Imagem representativa da oficina de artesanato. Fonte: Imagens pessoais
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ENTRADA
A
AD
TR
EN
ENTRADA DE MACA
COBERTURA AMBULÂNCIA
Figura 85: Planta do refeitório . Fonte: Imagens pessoais
MURO DE DIVISA
A enfermaria está dedicada exclusivamente aos idosos do complexo voltada para a manutenção da saúde e do bem-estar dos idosos sendo elas: consultas de rotina com acompanhamento médico, atendimentos de primeiros-socorros, e a caso precise deslocamento para outro hospital mais proximo. Já a sala de fisioterapia visa fazer com que os idosos pratiquem mais atividades físicas. O espaço oferece equipamento para o atendimento adequado como esteiras, aparelhos ortostáticos. Ofereçe também um espaço externo para atividades ao ar livre com a proteção da cobertura que percorre o compelxo todo. Além de contar com o apoio do espaço da piscina para as atividades de hidroterapia e um curso d’água para caminhar, (melhora na locomoção e na circulação) que localiza-se ao lado do espaço destinado a atividades ao ar livre.
1 espera enfermaria 2 banheiros enfermaria 3 atendimento médico 4 banheiro médico 5 circulação 6 leitos médicos 7 d.m.l.
Os blocos da enfermaria e sala de fisioterapia, estão localizadas uma ao lado da outa logo no início do complexo. Já o bloco da enfermaria foi implantado bem no início do complexo para facilitar a entrada e saída de ambulância com um acesso direto para a rua Helena Marzan Rodrigues. A ambulância poderá percorrer facilmente todo o complexo, caso algum idoso (ou qualquer
Figura 84: Planta da enfermaria e fisioterapia . Fonte: Imagens pessoais
8 banheiros leitos 9 espaço funcionários 10 enfermaria 11 espaço pilates 12 copa 13 banheiros pilates 14 área de atividades ao ar livre (pilates) 15 caminhada na água( curso d’água)
outra pessoa) venha a necessitar de socorro. A ideia da enfermaria é que só ocorram atendimentos de emergências, porém há espaços para dois leitos, atendimento médico para consultas periódicas, tratamento para pronto socorro, caso alguém precise de mais cuidados por um curto prazo de tempo.
Este espaço destinado a providenciar as condições básicas de funcionamento quanto às necessidades alimentares de todo o complexo, onde serão servidas refeições balanceadas com ajuda de um Nutricionista (almoço e jantar) e preparadas por profissionais qualificados. Além disso o refeitório será um espaço onde o idoso e a criança estarão novamente juntos, agora praticando suas refeições. Um dos outros pontos marcantes do complexo, é uma estrutura que funcionará como cobertura, ela se dá início na piscina ela corta o complexo todo e vai até a área destinada a feira.
1 refeitório 38 lugares 2 varanda 62 lugares 3 distribuição 4 passa pratos 5 banheiro masc. 6 banheiro fem. 7 lava utensílios 8 cocção 9 câmara de lixo 10 dispensa 11 casa de gás/ câmara de temperatura 12 d.m.l.
14 hall de recebimentos 15 câmara fria de congelados 16 antecâmara 17 câmara fria bebidas 18 câmara fria de vegetais 19 circulação 20 preparação de vegetais 21 d.m.l 22 vestiário masc. 23 preparação de carne 24 vestiário fem.
Figura 86: Imagem representativa, vista do refeitório e sua relação com os demais blocos . Fonte: Imagens pessoais
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Uma das áreas de lazer do complexo, está ligada a piscina e a academia. A piscina é um dos pontos marcantes do complexo, para proteger do vento ou do sol excessivo, conta com uma estrutura metálica coberta com vidro tratado. A piscina será um dos lugares onde os idosos praticaram seus exercícios físicos, como natação, hidroginástica além de ser um dos ambientes onde poderão se relacionar com os moradores em momentos de descontração e lazer. A academia, é um dos equipamentos ligados a área da saúde, onde suas atividades estão relacionadas a saúde física onde os idosos contaram com aparelhos de ginastica com ajuda de profissionais para a pratica de exercícios.
1 sala 2 cozinha 3 lavanderia 4 dormitórios 5 banheiro 6 circulação
A área de moradias está relacionada as atividades pessoais de cada morador. Esses espaços foram pensados visando responder as expectativas dos idosos com relação a velhice, trazendo conforto e paz, sem perder o convívio com as pessoas. Com uma forma simples , os 20 módulos com capacidade de abrigar 40 idosos, os módulos de moradia se conectaram criando uma unidade vizinhança fortalecendo ainda mais a ideia de vila. As moradias tem apenas a função de dormitório e de necessidades básicas.
Figura 90: Planta residência . Fonte: Imagens pessoais
1 área de exercícios 2 sala de avaliação física
Figura 87: Planta academia. Fonte: Imagens pessoais
1 6
5
2 2
3
1 telhado verde 2 dormitórios 3 banheiro 4 sala 5 cozinha 6 lavanderia
4
Figura 91: Corte. Fonte: Imagens pessoais
Figura 88: Imagem representativa da academia e sua relação com à piscina. Fonte: Imagens pessoais
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Figura 89: Imagem representativa da área da piscina . Fonte: Imagens pessoais
Figura 92: Imagem representativa das habitações e sua relação com o espaço. Fonte: Imagens pessoais
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Figura 93: Imagem representativa da horta comunitária em relação com as habitações. Fonte: Imagens pessoais
A horta, está ligada as atividades de lazer do complexo. Será um espaço onde os idosos poderão praticar o cultivo de alimentos tanto para seu próprio uso, quanto para a venda desses alimentos. Este espaço será também um dos ambientes onde o idoso e a criança poderão estar mais uma vez juntos. A horta conta com vários canteiros para o cultivo de legumes, hortaliças dentre outras, além de contar com um espaço para guardar os materias de cultivo. Optou-se em cercar toda a horta com gradil e com trepadeira para proporcionar um maior microclima. Além de contar com pequenos espaços em frente as residências para o cultivos temperos, legumes, verduras etc, facilidando o acesso dos moradores no manuseio desses alimentos.
Uma vez por semana em um espaço destinado, ocorre uma feira livre no complexo, onde os idosos expõem seus trabalhos de artesanato que são comercializados. Contando também com à venda de temperos, legumes e hortaliças que são cultivados no próprio Complexo, gerando assim um tipo de renda a mais para os idosos. Além de contar com espaço para feirantes usufruir do local.
Figura 96: Imagem representativa do espaço feira. Fonte: Imagens pessoais
Figura 94: Imagem representativa da horta. Fonte: Imagens pessoais
Figura 96: Imagem representativa do espaço feira. Fonte: Imagens pessoais
Figura 97: Imagem representativa do espaço feira. Fonte: Imagens pessoais
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Figura 95 : Imagem representativa da horta. Fonte: Imagens pessoais
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ÃO JEÇ PRO
1 área de estender roupa (varais) 2 área de lavar 3 d.m.l. 4 vestiários 5 área de roupa suja 6 circulação 7 área de passar e estocagem de roupas limpas
RA ERTU COB
EN
TR
AD
A
PROJEÇÃO COBERTURA
1 espaço ecumênico 2 altar Figura 98: Planta espaço ecumênico.
ENTRADA FUNC.
Fonte: Imagens pessoais
O espaço ecumênico é um ambiente onde respeita todo tipo de crença dos residentes. Mas que também permita à interação dos idosos com a família, proporcionando tranquilidade, paz e bem-estar. A para idosos é muito predominante e forte, para eles sentir-se de alguma forma conectados com alguma forma divina.
Figura 99: Imagem representativa do espaço ecumênico. Fonte: Imagens pessoais
Figura 101: Planta lavanderia. Fonte: Imagens pessoais
Lavanderia conta com um espaço para a lavagem e secagem das roupas, áreas para passa-las e armazena-las até sua distribuição ao pertencentes. A lavanderia conta também com um local para guarda roupa de uso coletivo com armários que possibilitem a armazenagem separada por tipo de roupa
VER ANEXO - PRANCHAS E CD Figura 100: Imagem representativa do espaço ecumênico. Fonte: Imagens pessoais
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAUJO, Claudia; SOUZA, Luciana; FARO, Ana. Trajetória das instituições de longa permanência para idosos no Brasil. Disponível em: http://www.abennacional.org.br/centrodememoria/here/n2vol1ano1_artigo3.pdf. Acesso em Fevereiro 2016. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Resolução da Diretoria Colegiada -RDC Nº 283, de 26 de Setembro de 2005- Regulamento Técnico que define normas de funcionamento para as Instituições de Longa Permanência para Idosos. Brasília, 2005. Disponível em: http://portal2. saude.gov.br/saudelegis/leg_norma_pesq_consulta.cfm . Acesso em Julho 2016. BRASIL. Ministério da Previdência e Assistência Social - Secretaria de Políticas de Assistência Social. SEAS/MPAS - Portaria nº 73, de 10 de Maio de 2001. Portaria que define normas de funcionamento de serviços de atenção ao idoso no Brasil. Brasília, 2001. Disponível em: www81.dataprev.gov.br/sislex/ paginas/66/MPAS/2001/73.htm. Acesso em Julho 2016. CAMPUS DE CUIDADOS COM O IDOSO / AREAL ARCHITECTEN ELDERLY CARE CAMPUS / AREAL ARCHITECTEN 29 Jun 2014. ArchDaily Brasil. (Trad. Leonardo Márquez) Acessado 02 Set 2015. Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/623201/campus-de-cuidados-com-o-idoso-slash-areal-architecten. Acesso em Novembro 2015 CARSTENS. D. Y. Outdoor Spaces in Housing for the Elderly. In: MARCUS. C. C.; FRANCIS, C People Places. New York: John Wiley & Sons, 199. P, 209 – 257. CAMPUS DE CUIDADOS COM O IDOSO / AREAL ARCHITECTEN, ELDERLY CARE CAMPUS / AREAL ARCHITECTEN, 29 Jun 2014. ArchDaily Brasil. (Trad. Márquez, Leonardo). Disponível em: http://www.archdaily.com.br/br/62320/campuz-de-cuidados-com-o-idoso-slah-areal-architecten. Acesso em Novembro 2015 CARNEIRO, Rachel Shimba et al. Qualidade de vida, apoio social e depressão em idosos: relação com habilidades sociais. Psicol. Reflex. Crit. . 2007, vol.20, n.2, pp. 229-237 Disponível em:http://www. scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722007000200008&lng=pt&nrm=iso. Acesso em Outubro 2015 CENSO Demográfico 2010 IBGE, 2012. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/imprensa/ppts/00000008473104122012315727483985.pdf. Acesso Março 2016. DUTRA, Isabel Cristina Bezerra et al. Impacto da experiência com idoso institucionalizado na formação acadêmica em fisioterapia. In: ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA, 11., 2009, João Pessoa. Anais... João Pessoa: Editora Universitária/ UFPB, 2009. p. 1-8.
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