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O semanário do futebol
Ed. Nº36 - Ano I - Belo Horizonte - 17 a 23 de fevereiro de 2014
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Faltou o gol Atlético e Cruzeiro criaram várias chances de marcar no Superclássico, mas o placar permaneceu inalterado
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foto: Washington Alves/Light Press
América
Nacional
História
Coelho perde na estreia do novo técnico e amarga mais uma derrota no Mineiro 4
Jogadores que atuam com idade mais avançada precisam de cuidados 3
Segunda matéria da série sobre as Copas conta como foi a edição de 1934 11
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Contra-ataque Leovegildo Leal - leoleal@bolanobarbante.com
Tinga Editorial
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Caro leitor,
E
ssa semana o futebol nos proporcionaou mais uma de suas tristes cenas: o ato, descabido e violento, da prática de racismo contra o volante Tinga, do Cruzeiro, no jogo contra o Real Garliso do Peru. Muito já se falou sobre o quão repugnante foram tais atos, mas infelizmente pouco se tem feito. A Conmebol, responsável pelo exemplo e pela condução da Libertadores, torneio onde aconteceu o fato, manifestou via Twitter seu desagrado, mas na prática disse que vai investigar o ocorrido. Investigar o que? Talvez essa pergunta tenha passado pela cabeça de muitos torcedores, menos nas mentes insanas que conduzem o futebol sul-americano. Será que estão pensando que os sons de macaco emitido pelos torcedores peruanos foram apenas uma forma de desconcentrar o jogador? Se sim, estariam sendo complacentes e ignorantes, assim como o infeliz comentário do ex-meia Deco, e dispostos a aceitar a perpetuação dessas práticas abomináveis. O certo é que devemos cobrar veementemente da Conmebol uma atitude drástica e exemplar, capaz de servir de lição, como eliminar, não hoje, mas ontem, o time peruano do torneio.
craque cruzeirense ou mesmo iguais a ele. Chegou-se, então, ao ponto de alguém tripudiar sobre si mesmo? Estamos diante, pois, de uma questão altamente preocupante que deve por isso mesmo merecer a atenção e reflexão de todos nós – imprensa e torcedores – para além da necessária punição ao time peruano. O fato é que uma onda de racismo volta a ameaçar o mundo, inclusive com o registro de vários casos na Europa, o mais recente deles com atacante Balotelli, do Milan e da seleção italiana, negro de origem ganesa. E aqui voltamos a um velho problema, já tão velho quanto grave, da utilização do futebol como veículo de uma certa ideologia patrioteira e xenófoba que inevitavelmente descamba para o racismo. Desgraçadamente, de tempos em tempos esta ideologia faz ressuscitar Hitler.
s hostilidades de caráter racista sofridas pelo armador cruzeirense Tinga por parte de torcedores peruanos no jogo de terça-feira (12/02) passada contra o Real Garcilaso são liminarmente inadmissíveis e exigem rápida, dura e principalmente exemplar punição àquele clube – não seria exagerado excluí-lo já da Libertadores deste ano, por exemplo. Talvez seja o racismo a face mais repugnante do conservadorismo fascistoide. É de se estranhar, em primeiro lugar, este tipo de comportamento de uma torcida (certamente não da torcida inteira) de um clube do Peru, país multiétnico no qual convivem populações de origem indígena, africana e europeia. Além disso, a memória futebolística do país certamente guarda nomes como os de Joya, Cubillas, Gallardo, Muñante e Perico León, entre outros, todos eles negros e indiscutivelmente craques do melhor futebol latino-americano e mundial. Sabe-se que a maioria dos peruanos é de ascendência africana e indígena, esta, sua etnia original antes da colonização. Quem, portanto, emitiu sons simulando chiados de macacos sempre que Tinga pegava na bola foram homens etnicamente semelhantes ao
De primeira – Não se sabe exatamente por que a Rede Globo decidiu ‘esconder’ os jogos do Cruzeiro e do Grêmio na Libertadores semana passada, transmitindo-os apenas para Minas e Rio Grande do Sul, respectivamente. Ninguém explica nada. Um pouco de respeito ao torcedor não faria mal.
Expediente Diretor de Marketing, Projeto Gráfico e Diagramação Tiago Haddad 15.374/MG-JP
Diretor de Redação e Editor Responsável Ramon Lopes 14.361/MG-JP
Redator Tiago Haddad
Repórteres Daniel Ottoni 15.729/MG-JP
Guilherme Guimarães 16.054/MG-JP
Tiago Nagib 12.238/MG-JP
Colaboradores Matheus Franchini Ruy Viana
Impresso em papel jornal pela Sempre Editora
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Nacional
Até quando o corpo suportar Jogadores mostram que é possível continuar jogando em alto nível, mesmo após uma idade mais avançada foto: Lucas Gabriel
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o mundo do futebol existe uma pré-disposição de muitos para pensar que jogadores acima dos 30 anos já não rendem mais o esperado. Sem o físico da juventude e a explosão do início de carreira, alguns são ‘taxados’ de ex-atletas em atividade, antes mesmo de encerrar a carreira. No entanto, são incontáveis os casos de jogadores que conseguiram e conseguem atuar, em alto nível, após uma determinada idade. Por mais que a condição física não seja a mesma, técnica apurada e experiência podem substituir fatores que não estão mais presentes como antes. Exemplos não faltam para ilustrar essa realidade, como Seedorf, Gilberto Silva, Paulo Baier, Juninho Pernambucano, Dida, entre outros. Nos dias de hoje, o físico faz toda a diferença para um bom desempenho. Sem os cuidados necessários, a chance de continuar atuando de forma constante será reduzida. “É preciso se cuidar bem, ter uma vida regrada e evitar excessos. Isso é importante para que a parte física não fique comprometida. Ela é fundamental no futebol de hoje”, indica o meio-campo Mancini, do Villa Nova, que disputa a atual edição do Campeonato Mineiro com 33 anos. estendendo a carreira O ex-goleiro e atual treinador Clemer concorda com as exigências para um jogador chegar após os 30 anos em boas condições. “Seriedade, vida regrada e foco nos objetivos são importantes para um jogador atuar durante um bom tempo no futebol”, analisa Clemer, que se aposentou com 41 anos. O compromisso de cada jogador faz a diferença para que sua carreira seja a mais extensa possível. Ter essa consciência faz com que o sonho de ser um jogador, que começou na infância, se realize e possa ser real durante o maior tempo possível, mesmo que nenhum tempo tenha sido estabelecido no início da vida de profissional. “Nunca tive a pretensão de jogar por determinado período. Minha vontade sempre foi de atuar em bom nível. Nunca estabeleci um tempo para jogar. Só quero contribuir da melhor forma possível, até onde der”, analisa Mancini. O jogador, após sair do Atlético, era considerado ‘carta fora do ba-
O experiente Mancini, aos 33 anos, é o principal destaque do Villa Nova na atual edição do Campeonato Mineiro
ralho’ para muitas equipes. Mesmo com a desconfiança, ele mostrou possuir boas condições de jogo, calando muitos críticos. “Nunca quis provar nada a ninguém. Sempre tive a responsabilidade, comigo mesmo, de jogar em alto nível e fazer o possível para que isso se concretize. Sei das minhas condições e do meu potencial”, indica Mancini. O trabalho do dia a dia é tido por ele como de grande relevância para que a carreira seja a mais longa possível. “Gosto muito de treinar e me dedico bastante em todas as atividades. Costumo ser o primeiro a chegar e o último a sair dos treinos. Sinto-me bem fisicamente e estou dando uma boa resposta dentro de campo. Espero dar continuidade a este bom trabalho”, projeta. Para quem joga no gol, a possibilidade de estender a carreira é mais fácil pela exigência da posição. Mesmo sem precisar correr e ter o mesmo empenho dos jogadores de linha, a consciência de uma atitude profissional faz a diferença. “Se o goleiro quiser ter uma carreira longa, quando tiver com idade mais avançada, vai precisar treinar mais que os outros colegas. A recuperação é mais demorada. Se não for assim, é difícil esticar. A cabeça pensa, mas o corpo não obedece. Mas acho que, pelo fato de o goleiro ser menos exigido fisicamente, se souber treinar bem é mais fácil de ‘esticar’”, sentencia Clemer.
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China e Doriva perto da volta Os jogadores estavam em recuperação após lesão no joelho e em breve estarão à disposição de Moacir Júnior
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técnico Moacir Júnior em breve vai ganhar mais dois reforços vindos do departamento médico do Coelho, pois a dupla de volantes China e Doriva estão liberados para realizarem atividades físicas após seis meses afastados dos gramados se recuperando de uma cirurgia no joelho. As lesões de Doriva e China foram idênticas, ambas no ligamento cruzado anterior do joelho direito. O primeiro se contundiu na partida contra o Atlético-GO, pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série-B do ano passado. O segundo machucou em treino técnico com campo reduzido, no CT Lanna Drumond. “A partir de agora eles passam a fazer os trabalhos normais que todos os outros atletas estão fazendo. Claro que tudo será monitorado por nós e pelos médicos, mas eles estão liberados”, informou o fisio-
terapeuta Diego Eustáquio, em entrevista coletiva. Contentes, os jogadores celebraram o novo momento à beira do gramado. “Pode registrar aí. Estamos voltando, China e eu. Agora é só alegria”, brincou Doriva. “Vamos juntos, ninguém vai nos parar agora. Chega de sofrimento”, acrescentou China. Além disso, o lateral direito Bernardo também foi liberado para os treinos físicos normais. Ele sofreu uma lesão na clavícula direita durante um jogo-treino no CT Lanna Drumond. Havia, inclusive, a suspeita de ruptura de ligamentos do ombro, o que felizmente não se confirmou e reduziu o tempo de recuperação do atleta, que em breve também ficará à disposição do técnico Moacir Júnior, que assumiu a equipe depois da vitória diante da URT, no Independência.
Moacir Júnior estreia mal Após a demissão de Silas, a estreia do técnico Moacir Júnior no comando do América não foi como esperado. Depois de sair atrás no marcador, o Coelho até conseguiu buscar o empate, mas na segunda etapa, o Minas Boca marcou mais uma vez e selou a vitória dos anfitriões em Sete Lagoas, na Arena do Jacaré. Na sequência do Campeonato Mineiro, o América terá o clássico contra o Atlético, em partida marcada para o próximo domingo (23), no estádio Independência. Já o Minas Boca terá menos tempo de preparação, já que volta a campo na quarta-feira (19), para duelar contra o Nacional, em Muriaé. O primeiro gol saiu ainda quando a partida estava morna. Félix Jonathan subiu mais que os zagueiros do América e testou para o fundo das redes. Já na segunda etapa, depois de criar boas chances e não concretizar em gol, o Minas Boca sofreu o gol de empate. Após falha de Cristiano, que saiu em falso, Obina mostrou oportunismo e
empatou para o Coelho. Contudo, quando a partida parecia que iria terminar empatada, o América foi mais uma vez surpreendido, depois de bola alçada na área, que o zagueiro Micão, ex-Coelho, subiu mais alto que todo mundo e cabeceou no canto direito do goleiro Matheus, decretando a vitória do Minas Boca na 5ª rodada do Estadual. FICHA TÉCNICA MINAS BOCA 2 X 1 AMÉRICA Local: Estádio Arena do Jacaré, em Sete Lagoas (MG) Data: 16 de fevereiro de 2014, domingo Horário: 16h (de Brasília) Árbitro: Adriano Alves de Oliveira (FMF) Assistentes: Ricardo Vieira Rodrigues (CBF/ FMF) e Felipe Alan Costa de Oliveira (FMF) Cartões amarelos: (Minas Boca) Micão, Reginaldo, Christiano, Leandrinho, Jabá (América-MG) Marcelinho, Andrei Girotto, Willians, Leandro Guerreiro Gols: Minas Boca: Félix Jonatan, aos 15 minutos do primeiro tempo; Micão, aos 43 minutos do segundo tempo; América: Obina, aos 39 minutos do segundo tempo MINAS BOCA: Cristiano; Jabá, Micão, Reginaldo e Leandrinho, Rafinha, Christiano, Félix Jonatan (Radar) e Felipe; Fábio Júnior (Renato Maranhão) e Ely Técnico: João Carlos AMÉRICA: Matheus; Marcelinho, Lula, César Lucena e Gilson; Leandro Guerreiro, Marcelo Rosa, Andrei Girotto (Henrique) e Betinho (Lucas Silva); Willians (Caio Dantas) e Obina Técnico: Moacir Júnior
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estaduais
Boa Esporte recupera a liderança Com o empate do Cruzeiro no clássico diante do Atlético, a equipe boveta retomou a ponta do Mineiro Boa Esporte recebeu o Nacional, de Muriaé, em Varginha, no Melão, e conquistou mais três pontos no Campeonato Mineiro, depois de vencer por 1 a 0, com o gol de Marinho Donizete aos 42 minutos do primeiro tempo. Com o triunfo, o time boveta assumiu novamente a liderança do Estadual, ficando um ponto na frente do Cruzeiro. A primeira posição do Boa Esporte só foi possível, porque a Raposa ficou no empate por 0 a 0 contra o Galo, no primeiro Superclássico do ano. Jogando no Independência repleto de atleticanos, o Cruzeiro criou várias chances, assim como o Atlético, mas no apito final o placar permaneceu inalterado, frustrando principalmente os torcedores do alvinegro, que reclamaram muito do técnico Paulo Autuori. Em outro jogo da rodada, a Cal-
dense recebeu o Tupi, de Juiz de Fora, e sem grandes dificuldades venceu pelo placar de 3 a 0. Os gols da Veterana foram marcados por Luiz Eduardo, aos quatro e aos 40 minutos do primeiro tempo, e Marcel, já na segunda etapa do confronto. Por outro lado, o América visitou o Minas Boca, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, e após sair perdendo, o Coelho até conseguiu empatar na segunda etapa. Contudo, no finalzinho, os anfitriões buscaram o gol da vitória. O time do interior fez marcou através de Félix Jonathan e Micão. Fábio Júnior descontou para os visitantes. Enquanto isso, o Villa Nova perdeu por 3 a 1 para o Tombense, no Castor Cifuentes, que culminou na demissão do técnico Paulinho Kobayashi. Já o Guarani foi derrotado por 1 a 0 para
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GRUPO B 1 2 3 4 5
TIMES Botafogo Ituano XV de Piracicaba Audax São Paulo Corinthians
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a URT, no Farião. Carioca Em jogo válido pelo Estadual do Rio de Janeiro, o Flamengo venceu o Vasco por 2 a 1, no Maracanã. A
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TIMES Palmeiras Bragantino Rio Claro Mogi Mirim Oeste
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E D 0 0 0 2 3 0 3 0 1 2 0 3 2 3 2 2 2 2 1 3 0 3 0 3 Classificados Rebaixados
partida foi marcada pela polêmica de uma bola que entrou em cobrança de falta do cruzmaltino, mas o juiz mandou o jogo seguir. Em São Paulo, Palmeiras e Corinthians se enfrentaram no Pacaembu e ficaram no 1 a 1.
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TIMES P J V 1 Grêmio 15 8 4 2 Novo Hamburgo 11 8 3 3 Cruzeiro 9 7 2 4 Passo Fundo 9 8 2 5 Caxias 8 7 2 6 São Paulo 7 8 1 7 São Luiz 5 8 1 8 Pelotas 5 8 1 P Pontos J Jogos V Vitórias E Empates D Derrotas
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Classificados
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TIMES Fluminense Flamengo Cabofriense Vasco Nova Iguaçu Madureira Boavista Botafogo Friburguense Macaé Volta Redonda Bangu Resende Bonsucesso Audax Rio Duque de Caxias
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CAMPEONATO CARIOCA 2014
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TIMES Internacional Brasil de Pelotas Veranópolis São José Lajeadense Juventude Aimoré Esportivo
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GRUPO C TIMES Santos São Bernardo Ponte Preta Portuguesa Paulista
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TIMES Boa Esporte Cruzeiro Caldense Tombense Tupi U.R.T. Guarani América Atlético Minas Nacional Villa Nova
CAMPEONATO GAÚCHO 2014 - 1ª FASE
CAMPEONATO PAULISTA 2014
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CAMPEONATO MINEIRO 2014
*Até o fechamento desta edição o jogo entre Lajeadense e Cruzeiro não havia terminado
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V E D 1 6 1 6 1 1 5 1 2 4 3 1 3 4 1 4 0 4 3 3 2 3 2 3 3 2 3 2 3 3 2 3 3 2 2 4 1 5 2 0 5 3 0 3 5 0 2 6 Campeão Classificados Taça Gua. Rebaixados
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Superclássico
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Apesar de movimentado e com várias chances criadas para os dois foto: Bruno Cantini/cam oficial
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Cruzeiro visitou o Atlético no Independência, no primeiro Superclássico do ano. Em um jogo muito movimentado, que as duas equipes reclamaram bastante da arbitragem e criaram vários lances de perigo, o duelo terminou empatado em 0 a 0. Os times até balançaram as redes, mas em todas as jogadas, a arbitragem marcou impedimento acertadamente. Quando a bola rolou, os times se lançaram ao ataque e quem criou a primeira chance foi o Cruzeiro, após a cobrança de escanteio do atacante Dagoberto, que achou Dedé na área. No lance, o zagueiro subiu mais alto que a defesa atleticana e, de cabeça, exigiu uma grande defesa do goleiro Victor. Em resposta à investida celeste, o Atlético conseguiu sua primeira chance de marcar nos pés de Ronaldinho Gaúcho, após uma falta cobrada da entrada da área, que passou por todo mundo e tirou tinta da trave de Fábio. Minutos mais tarde, o primeiro lance polêmico
aconteceu em uma tentativa de corte de Willian, que sobrou para Tardelli. O atacante finalizou na trave, mas já era marcado o impedimento inexistente, pois o avante atleticano estava na mesma linha da zaga da Raposa. Na metade do primeiro tempo, o jogo ficou mais truncado e muito disputado. Em um lance ofensivo, o Cruzeiro balançou as redes, depois de falta cobrada por Egídio, que Ricardo Goulart mandou para o fundo do gol. Contudo, acertadamente, a arbitragem anulou o tento. Já na reta final, foi a vez do Galo marcar, através do atacante Jô. Porém, assim como o tento celeste, a arbitragem anulou a jogada de forma correta.
Segundo Tempo Na volta do intervalo, o Cruzeiro concentrou no toque de bola, na tentativa de envolver o Atlético. Assim como na primeira etapa, os lances polêmicos continuaram acontecendo e
Artilheiros consagrados Q
uem nunca ouviu a expressão “Clássico é clássico e vice-versa” quando o assunto é o encontro de dois arquirrivais em um mesmo jogo? Quando o assunto é futebol, nenhuma outra partida é tão importante, seja para o torcedor ou para o jogador, quanto o duelo entre dois rivais. Com Atlético e Cruzeiro não poderia ser diferente. Sempre que há o encontro dessas agremiações, o estado se pinta de preto, azul e branco, cores das duas maiores potências futebolísticas do Brasil. Clássico bom mesmo é aquele que tem gol, que o torcedor comemora junto com os jogadores e que a adrenalina fica à flor da pele. Por isso, Galo e Raposa já consagraram vários artilheiros, atletas que, na maioria dos encontros, balançaram as redes adversárias. Hat-trick em clássicos Pelo lado alvinegro alguns jogadores estão eternizados na história do clube e, principalmente,
na memória dos atleticanos. Na década de 1920, o ponteiro Jairo e o meia-direita Said anotaram, cada, três tentos no maior rival. O fato aconteceu na maior goleada registrada até hoje em um clássico, 9 a 2 para o Galo, em 1927. Jairo e Said formavam ao lado de Mário de Castro, nos anos 20, o “Trio Maldito”.
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Fazer gol em clássico já é bom. Três gols, então, melhor ainda
Diego Tardelli
”
Depois da dupla Jairo e Said foram precisos 77 anos para que um novo atleticano atingisse o feito de assinalar três gols em uma mesma partida contra o rival azul e branco. E coube, ao então meia Tucho,
em 2004, jogador revelado pelo América, chegar a esse feito.“Três gols eu não esperava. Estou muito feliz, passando por um momento bom. Teve sabor especial, é um dos maiores clássicos do futebol brasileiro”, disse o jogador à época, grande nome na vitória atleticana por 5 a 3, no Campeonato Mineiro daquele ano. dupla artilheira E não foi preciso, após Tucho eternizar seu nome na história atleticana, mais um longo hiato para que outros jogadores também marcassem três gols contra o rival celeste. Em 2010 foi a vez de Obina balançar as redes do Cruzeiro em três oportunidades, na vitória atleticana por 4 a 3, no returno do Campeonato Brasileiro. Muitos torcedores consideram que essa vitória tirou o título da Raposa no Brasileirão, já que o time celeste brigava com o Fluminense pelo troféu de campeão, que acabou ficando nas mãos do
clube das Laranjeiras. Pelos três gols anotados, Obina “pediu música no Fantástico” – quem faz três gols nas rodadas de domingo no futebol escolhe uma canção no programa dominical da TV Globo. O atacante justificou seu pedido e explicou que, um dia antes do clássico, o ex-capitão do Bope, Paulo Storani, deu uma palestra para os atletas alvinegros. E o bate-papo motivou muito os jogadores. Por fim, Diego Tardelli fecha a lista dos “matadores atleticanos” com os três gols que fez no clássico disputado no Campeonato Mineiro de 2011. “Fazer gol em clássico já é bom. Três, então, melhor ainda”, disse o camisa 9, que antes do jogo havia revelado que tinha o desejo de repetir o feito do ex-companheiro de ataque, Obina. Somando vários clássicos, o grande goleador atleticano em duelos com a Raposa é Guará, que vestiu a camisa do clube na década de 1930 e fez 26 gols no arquirrival.
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ssico de Minas
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s lados, o dérbi mineiro foi emocionante, mas terminou empatado desta vez, em um lançamento longo, que o lateral Ceará fez a cobertura e os jogadores do Galo ficaram reclamando de um toque de mão do jogador celeste. Dez minutos mais tarde, a Raposa chegou a marcar mais um gol, novamente com Ricardo Goulart, que recebeu lançamento, matou no peito, e fuzilou Victor. Contudo, a arbitragem assinalou a irregularidade no lance mais uma vez, visualizando de forma correta o impedimento na jogada. Em resposta ao ataque celeste, o Atlético criou chance em cobrança de falta de Roanldinho Gaúcho, que passou raspando na trave de Fábio, que já estava vendido no lance. No final, o Cruzeiro exigiu duas boas defesas de Victor, mas o placar persistiu em ficar no 0 a 0. Na próxima rodada o Cruzeiro pega o Guarani de Divinópolis, na quarta-feira (19), enquanto o Atlético enfrenta a URT, em Patos de Minas, também na quarta.
FICHA TÉCNICA ATLÉTICO 0 X 0 CRUZEIRO Local: Estádio Independência, em Belo Horizonte (MG) Data: 16 de fevereiro de 2014, domingo Horário: 16h (de Brasília) Árbitro: Igor Junio Benevenuto (CBF/FMF) Assistentes: Janette Mara Arcanjo (FIFA/MG) e Pablo Almeida Costa (CBF/FMF) Cartões amarelos: (Atlético) Ronaldinho, Otamendi, Marcos Rocha, Pierre, Jô (Cruzeiro) Dagoberto, Willian, Dedé, Ceará ATLÉTICO: Victor; Marcos Rocha, Otamendi, Leonardo Silva e Dátolo; Pierre, Josué, Ronaldinho e Tardelli (Neto Berola); Fernandinho e Jô Técnico: Paulo Autuori CRUZEIRO: Fábio; Ceará, Dedé, Bruno Rodrigo e Egídio (Mayke); Souza, Rodrigo Souza, Everton Ribeiro (Marcelo Moreno) e Ricardo Goulart; Dagoberto (Marlone) e Willian Técnico: Marcelo Oliveira
Hall da fama nos clássicos
M
arcar o seu nome na história dos clássicos, além de escrever bonitos capítulos no clube, é o desejo de todos os jogadores. Especificamente falando do grande encontro do futebol mineiro, Cruzeiro e Atlético, o time celeste não sabe o que é ter um “matador” contra o arquirrival em partidas clássicas há 16 anos. Desde os anos 90, nenhum jogador da Raposa consegue balançar as redes do Atlético por três vezes em uma única partida contra o Atlético. O último atleta cruzeirense a atingir o tão sonhado feito foi o atacante Fábio Júnior, naquela época com 20 anos, em um jogo da final do Campeonato Mineiro de 1998. O então jovem, descoberto pelos olheiros celestes no Democrata de Governador Valadares, chegou a revelar que fazer três gols no time alvinegro foi primordial para alavancar sua carreira, que mostra no currículo passagem por diversas equipes internacionais. “Aquele momento foi realmente
importante. A partir dali que eu comecei a me destacar. Todos os jogadores têm essa consciência. Jogar bem em um clássico é fundamental, porque é um jogo que motiva a todo mundo”, disse Fábio Júnior, que precisou de apenas 12 minutos para fazer os três gols azuis na vitória por 3 a 2 diante do Galo na década de 90. Garoto de Ouro Assim como Fábio Júnior, quatro anos antes um outro “carequinha” também deixou o seu nome eternizado na história cinco estrelas: Ronaldo, chamado ainda de Ronaldinho, e que anos depois se transformaria em “Fenômeno”. No primeiro turno do Campeonato Mineiro de 1994, debaixo de muita chuva e sob os olhares de mais de 68 mil pessoas no Mineirão, Ronaldinho, ainda um “menino”, contou com a ajuda do “Vovô” Toninho Cerezo – que vestia a camisa azul pela primeira vez –, para sacramentar a vitória por 3 a 1 sobre o arquirrival. Naque-
la época, o Atlético era chamado de “Selegalo” por ter em seu time grandes jogadores como Neto, Renato Gaúcho, Luiz Carlos Winck, Adílson Batista e Kanapkis. Na opinião de muitos, Ronaldinho foi o grande jogador a vestir a camisa do Cruzeiro em toda a história. Em 1994, o jogador tinha 45% de seus direitos econômicos ligados ao ex-jogador Jairzinho, tricampeão mundial pela Seleção Brasileira. O “Furacão da Copa” repassou sua parte ao Cruzeiro na década de 90 por um milhão de dólares. “Sempre tive o sonho de ser jogador de futebol e sabia que mais
“
Sempre tive o sonho de ser jogador de futebol. Tive essa oportunidade no Cruzeiro
”
Ronaldo‘Fenômeno’, ex-jogador
cedo ou mais tarde eu conseguiria. Tive essa oportunidade no Cruzeiro”, disse Ronaldo ainda com os seus 17 anos de idade. Uruguaio “matador” Na década de 70, coube ao uruguaio Revétria fazer três gols em um time atleticano que era considerado por muitos como “imbatível”. Isso, por ter terminado o Brasileirão do ano anterior como vice-campeão invicto. Nem mesmo a qualidade dos alvinegros à época foi capaz de impedir que Revétria, na final do Campeonato Mineiro de 1977, garantisse mais um título para o Cruzeiro. “Momento grandioso para a torcida do Cruzeiro, e, para mim, muito mais. Com certeza. Foi o meu grande auge no futebol, momento que nunca será esquecido. Fiz o que era preciso, na hora certa, no lugar certo. Memórias mais do que especiais”, relembra Revétria, um dos ídolos da torcida azul cinco estrelas.
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internacional
Disputa acirrada no Espanhol
Barcelona, Real Madri e Atlético dividem a liderança da competição nacional com 60 pontos conquistados Inglês
Arsenal elimina Liverpool
N
a tarde deste domingo (16), Arsenal e Liverpool voltaram a protagonizar o duelo que ganhou muito em rivalidade nesta temporada. Pelas oitavas de final da Copa da Inglaterra, os Reds até criaram mais oportunidades, mas a eficiência dos Gunners quando atacou fez a diferença, garantindo triunfo londrino por 2 a 1, com gols de Chamberlain e Podolski. O experiente Gerrard diminuiu de pênalti. Com este resultado, o Arsenal garante lugar entre os oito melhores times da FA Cup e agora encara o Everton na próxima fase. O Liverpool, eliminado, passa a concentrar as atenções exclusivamente no Campeonato Inglês no restante da temporada. Quem também passou de fase foi o Manchester City, que encarou o Chelsea no sábado (15), no
estádio City of Manchester. Os anfitriões se deram bem e derrotaram os visitantes por 2 a 0. Aos 15 do primeiro tempo, os comandados por Manuel Pellegrini inauguraram o marcador. Após uma troca de passes bonita, Dzeko rolou a bola na direita para Jovetic. O jogador chutou para o gol e mandou a bola para o fundo das redes. No segundo tempo, os citizens seguiram com a mesma postura em campo e ampliaram o marcador. Aos 21 minutos da etapa complementar, Nasri recebeu na intermediária, carregou a bola e tocou para David Silva nas costas da zaga. O francês apareceu na área, completou o cruzamento do espanhol e selou a vitória do City. Em outro jogo válido pela Copa da Inglaterra, o Sheffield United venceu o Nottingham Forest pelo placar de 3 a 1.
Italiano
Juventus vence mais uma
L
íder do Campeonato Italiano, a Juventus, que havia desperdiçado a vantagem de dois gols no empate com o Verona na semana passada, não vacilou desta vez e bateu com facilidade o decadente Chievo por 3 a 1 neste domingo (16). Kwadwo Asamoah, Claudio Marchisio e Fernando Llorente dividiram os gols do Juventus, enquanto Martin Cáceres chutou para dentro da própria rede, dando alguma esperança aos adversários no início do segundo tempo. Já o terceiro colocado Nápoli bateu por 2 a 0 o Sassuolo, que foi para a lanterna depois que o Catania surpreendeu se impondo sobre o Lazio com um placar de 3 a 1. Enquanto isso, o Parma bateu a Atalanta por 4 a 0. Por outro lado, Genoa e Udinese ficaram no empate por 3 a 3.
Em uma partida de poucas emoções, que Kaká teve atuação discreta, o Milan contou com o talento do atacante Mário Balotelli para para vencer por 1 a 0 e ganhar duas posições na tabela. O atacante acertou um belo chute de fora da área, já aos 41 do segundo tempo, garantindo os três pontos para os comandados do holandês Seedorf. Com o resultado, o rubro-negro passou à frente na tabela de classificação dos times do Genoa e Lazio. O Bologna, que não contou com Ibson (o brasileiro ficou no banco), é o 16º colocado. No complemento da rodada, a Roma recebeu a Sampdoria e venceu por fáceis 3 a 0, depois dos gols de Mattia Destro (2) e Miralem Pjanic. Com o resultado, o time romano continua na segunda colocação do Italiano, com 54 pontos.
Espanhol
Liderança embolada na Espanha E
m partida válida pela 24ª rodada do Campeonato Espanhol, o Real Madri não sentiu falta do craque Cristiano Ronaldo e venceu o Getafe com tranquilidade por 3 a 0. Jesé Rodríguez, Benzema e Modric foram às redes e fizeram a festa da torcida visitante no estádio Coliseum Alfonso Pérez. Agora, os comandados de Carlo Ancelotti têm a semana livre para acertar detalhes visando o compromisso do próximo sábado, quando recebe o Elche, no Santiago Bernabéu, pela 25ª rodada do campeonato nacional. Já o Getafe agora pensa no Celta de Vigo, em duelo que será realizado no próximo sábado (21). Já o Barcelona não deu sequer chances para o Rayo Vallecano. Depois de um mês em recuperação de lesão no tornozelo direito, Neymar marcou um golaço para fechar
a fácil vitória por 6 a 0 do clube catalão. Os outros gols dos comandados por Tata Martino foram marcados por Messi (2), Pedro, Alexis Sánchez e Adriano. Apesar das vitórias dos gigantes, o Atlético de Madri não ficou atrás e bateu o Valladolid por 3 a 0, depois dos gols de Raul Garcia, Diego Costa e o meia brasileiro Diego, ex-Santos. Com a vitória dos Colchoneros, juntamente com os triunfos de Real Madri e Barcelona, as três equipes estão com o mesmo número de pontos, embolando a parte de cima do Campeonato Espanhol. A diferença está apenas no saldo de gols e por isso o time catalão aparece na primeira posição da competição nacional. Na partida que complementou a rodada, o Osasuna visitou o Elche, mas o duelo acabou em um empate sem gols.
Alemão
Bayern se aproxima do título
C
om bastante tranquilidade, o Bayern de Munique bateu o Freiburg por 4 a 0 na tarde do último sábado (15) e fez a festa da torcida bávara presente à Allianz Arena. Em ritmo de treino, o time da casa abriu o placar com o brasileiro Dante e contou com Shaqiri (duas vezes) e Pizarro para golear o adversário. Com este resultado, além de manter a invencibilidade no Campeonato Alemão, o Bayern chega à 13ª vitória seguida no torneio. Com 59 pontos, o time bávaro mantém grande vantagem para o segundo colocado, Bayer Leverkusen, e se aproxima a passos largos de mais um título nacional. Já o Freiburg segue flertando perigosamente com o rebaixamento, podendo cair para o Z-4 dependendo dos demais resultados da rodada.
Embalados no Nacional, os comandados de Pep Guardiola agora têm a missão de levar a boa fase para a Liga dos Campeões, já que encara o Arsenal fora de casa às 16h45 desta quarta-feira (19). Assim como o arquirrival, o Borussia Dortmund goleou o Eintracht Frankfurt por 4 a 0. O atacante Aubameyang foi o grande destaque da partida com dois gols, ambos no primeiro tempo. O primeiro aos 10 minutos e o segundo aos 20. A vantagem dos aurinegros foi ampliada aos dois minutos do segundo tempo, através do pênalti convertido por Lewandowski. O meia sérvio Jojic anotou o quarto tento aos 23 minutos. Em outro jogo da rodada, na BayArena, o Bayer Leverkusen perdeu para o Schalke 04 por 2 a 1.
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nacional
#FechadocomOTinga Após atos de racismo contra o volante Tinga na partida contra o Real Garcilaso, caso ganha repercussão mundial
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inga começou a partida diante do Real Garcilaso no banco de reservas. Quando entrou na vaga de Ricardo Goulart, o volante sofreu insultos racistas por parte da torcida peruana, que fez gestos e sons imitando um macaco toda vez que o atleta tocava na bola. O fato causou indignação dos jogadores do Cruzeiro e ganhou repercussão mundial, inclusive, com a presidente Dilma Rousseff se pronunciando sobre o lamentável episódio. Apesar da indignação causada pelos atos racistas, o árbitro venezuelano, José Argote, não relatou na súmula o acontecimento. Porém, a Conmebol abriu investigação sobre o caso, se baseando nas imagens do jogo. “Sobre a questão de racismo em Real Garcilaso e Cruzeiro, a Confederação Sul-americana de futebol vai analisar o tema e pos-
Foto: Washington Alves/Light Press
síveis punições. Pedimos tranquilidade aos torcedores do Cruzeiro. Sabemos que é repudiante”, escreveu a Conmebol em seu perfil oficial no Twitter. Casos se repetem Apesar da manifestação da Conmebol, a entidade não costuma punir severamente atos racistas. Em 2005, o zagueiro Desábato chamou o atacante Grafite de ‘macaquito’ em jogo válido pela Libertadores, diante do São Paulo. Ainda no gramado do Morumbi, o jogador recebeu voz de prisão devido a legislação brasileira, mas a instituição que comanda o futebol na América do Sul preferiu colocar panos quentes no episódio. Em 2009, novamente insultos racistas foram proferidos, desta vez, pelo argentino Máxi Lopez ao volante Elicarlos, na semifinais da Copa Libertadores, no duelo entre
Cruzeiro e Grêmio, e mais uma vez a postura da Conmebol foi nula. Já em 2012 foi a vez do zagueiro Dedé, hoje no Cruzeiro, sofrer racismo na partida diante do Libertad, do
Paraguai, também na Libertadores. Na ocasião, o defensor que atuava pelo Vasco da Gama foi xingado de macaco pelos torcedores paraguaios, assim como Renato Silva.
Bate bola com o torcedor
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Quer ver sua opinião publicada aqui? A seção está aberta a críticas e sugestões, sempre bem-vindas. Envie e-mail para redacao@bolanobarbante.com, assunto “Carta do leitor”, ou correspondência para Rua Ministro Orozimbo Nonato, 102, Sala 2204, Torre A - Vila da Serra - Nova Lima/MG - CEP:34.000-000
Foi lamentável o episódio de racismo contra o Tinga. Ao sair do jogo, ele disse que trocaria seus títulos por um mundo com
Douglas, em entrevista à Rede Globo, reclamando de um possível gol não marcado para o Vasco
Claro que a bola entrou.
Ronaldinho Gaúcho, defendendo Paulo Autuori das críticas da torcida após o Superclássico
Torcedor tem que ter um pouquinho mais de paciên-
Marcelo Oliveira, elogiando a postura de sua equipe no Superclássico
Dá para afirmar perfeitamente que houve uma evolução, um aspecto positivo. Tínhamos ganhado três no Mineirão, no ano passado, e perdido as duas aqui, em que não jogamos bem, não conseguimos
igualdade entre as raças, por isso todos nós estamos fechados com ele. Acertei com a ONU e com a Fifa que o nosso Mundial será também a Copa contra o racismo, porque o esporte não deve jamais ser palco para o preconceito
O auxiliar disse que não viu nada. É impossível uma pessoa que está ali só para ver isso não enxergar que a bola entrou cia. São poucos jogos ainda para ele implantar o que quer na equipe. Estamos confiantes com aquilo que ele quer para a equipe e, futuramente, teremos um time muito bom
jogar. Hoje, foi diferente. Essa era uma cobrança nossa, tínhamos que mudar essa história, não jogar acuado. Hoje, tomamos conta da partida no primeiro tempo, jogamos bem, defendemos porque o Atlético é um time poderoso ofensivamente, mas também atacamos muito
Manchas de frutos podres (?) Turner, empresário Bairros de minorias
Geraldo Alckmin, político paulista
Rio que nasce no sudoeste goiano Oscilação Bebida feita do melaço
Instrumento utilizado pelo agricultor Complexo hidrelétrico do rio São Francisco
Victor Pecoraro, ator e modelo
Remo, em inglês Repercutir o som de Conversam
Cilindro em que se transportam papéis Vide (abrev.) Em (?): levantado
Operação comum na caixa registradora
Giorgio (?), estilista italiano Varre-(?), município Sete, em inglês
O soldado sem graduação
S A
I
Causa do bocejo Desacompanhado Obriga- Átomo que das; com- perdeu ou pelidas ganhou elétrons Solvente de tintas O orixá, no Candomblé Característica da pessoa arrogante
BANCO
Dar no (?): ser igual Satélite (abrev.) Sentar, em inglês
O sonho de Ícaro (Mit.) São Caetano, no ABC paulista
Nas baNcas e livrarias
2 volumes
+ de 400
aFie seU Jogos peNsameNto
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Solução M E D I D A P R O V I S O R I A
Dilma Rousseff, via Twitter, repudiando os atos racistas contra Tinga, em Huncayo, no Peru
” ” ” ” ” ”
Imita "Menstrual", em TPM
Procurar por preços baixos (gír.)
R D E N A T E A I V O A N S O S A R S M O A N C I
Acho que só está apitando para um lado. Ele está
deixando de marcar algumas faltas. Mas o jogo está bom, corrido. As duas equipes estão tentando o melhor
Inclinar, em inglês Quadro de avisos
E A T B M L U R A GU L E T F O A S L A S M E V D E E N
Atacante Jô, no Premiere, analisando a arbitragem do clássico no primeiro tempo
Ato excepcional do Presidente, Cortar em justificado pela pedaços A casa dos urgência e relevância "imortais" (o bolo) (sigla) Retoma a amizade
F O R A S E T S I M P A A R B L A D O L O A A R N C Ç A D O N U S I D A P O T
Normal. Isso é clássico. O jogo está bom para
os dois lados, está pegado e bonito. Vamos descansar um pouquinho para voltar bem e, quem sabe, fazer o gol da vitória
Sucesso musical de Oswaldo Apoio Montene- moral gro (1980) (fig.)
A A G C L O E N G R I A G A I A R P A U S O M V F O R I T S I N E T P R E
“ “ “ “ “ “
Atacante Dagoberto, no intervalo do jogo, em entrevista ao Premiere
Uma das reações imunológicas mais comuns Talk show entre apresenta- crianças do por Danilo Gentili Quarto de roupas
© Revistas COQUETEL
3/oar — sit. 4/bend. 5/seven. 6/agonia — armani — canudo — closet.
Entre aspas
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
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história
Itália 1934 Milano Trieste
Torino
Genova
Bologna
Firenze
Roma
Napoli
A Copa fascista
Cidades sede: Bologna, Florença, Gênova, Milão, Nápoles, Roma, Trieste e Turim
foto: divulgação
O Mundial da Itália, marcado pelo momento conturbado na política em todo o planeta, foi vencido pelos anfitriões
F
oi no ano de 1934 que Adolf Hitler se proclamou novo Führer alemão e chefe de estado. Na América do Sul, Bolívia e Paraguai – as duas nações mais pobres do continente – guerreavam pela região do Chaco e o Brasil de Getúlio Vargas promulgava sua nova constituição. Enquanto isso, a Itália, ainda embriagada com os feitos de Benito Mussolini, recebia a Copa de 1934. O mundial seria uma excelente oportunidade para a Itália fascista do Duce (como era chamado Mussolini) propagandear as vitórias do regime. Il Duce alimentava o delírio de mostrar-se como um novo César e a Itália Fascista como uma nova Roma. Propagandas à parte, havia um espetáculo dentro dos gramados programado para acontecer, dessa vez mais pobre com a ausência dos campeões de 1930. O Uruguai devolveu a ausência do mundial anterior aos italianos, mas oficialmente encontraram uma desculpa mais nobre: rechaço ao regime fascista e sua utilização do
evento. Argentina e Brasil enviaram equipes de segunda linha. Outra ausência de destaque foi a Inglaterra. No Mundial, haviam 16 equipes, sendo 12 europeias, completadas por EUA, Egito, Argentina e Brasil. Em 1934, foi a única vez na história que as seleções do Velho Continente conquistaram todas as vagas na segunda fase da competição. Entre os craques que disputaram aquela Copa, a Itália possuía Giuseppe Meazza – que hoje dá nome ao estádio de Inter de Milão e Milan –, Schiavo e três argentinos recém-naturalizados italianos: Guaita, Orsi e Monti (que jogou a Copa de 1930 pelos hermanos). Já a Espanha contava com o melhor arqueiro do mundo, Zamora. A Áustria era conhecida como Wunderteam (time maravilhoso), e foi capitaneada por Matthias Sindelar, o ‘Mozart do Futebol’ e atleta austríaco do século, e era uma das favoritas para o torneio. Tchecoeslováquia, Hungria e Alemanha,
também possuíam equipes fortes. Batalha Espanhola Os italianos, que vinham de uma goleada de 7 a 1 sobre os EUA, se depararam nas quartas de final com a Espanha, na partida mais longa da história de uma Copa. A ‘batalha espanhola’, como ficou conhecido o episódio, durou dois dias através de dois jogos. Na época não havia pênaltis, e após os 90 minutos de jogo e mais os 30 da prorrogação, em que o placar insistiu em ficar no 1 a 1, em Florença, a decisão da vaga se prorrogou até o dia seguinte, quando as equipes cansadas e desfalcadas, tiveram de viajar a Milão, a mais de 300 km de distância. Para a partida decisiva, a Itália teve quatro titulares lesionados, enquanto os espanhóis perderam sete. O ítalo argentino Monti foi um dos principais responsáveis pelas lesões espanholas, mas contou com a vista grossa do juiz. Neste jogo, Meazza marcou aos 11 minutos, e o placar de
1 a 0 garatiu aos anfitriões a vaga na semifinal. Na fase seguinte, os donos da casa, apesar de cansados, passaram pela Áustria também por 1 a 0. Final A decisão foi contra a Tchecoslováquia, que começou melhor posicionada em campo. No segundo tempo, os tchecos abriram o marcador aos 31 minutos com Puc. Porém, com passe de Guaita e gol de Orsi, a Itália empatou quatro minutos depois. Ao final, mais uma prorrogação e lembranças do jogo contra a Espanha. No entanto, desta vez, logo aos cinco minutos, um cruzamento de Guaita para Schiavo selou o título da Azzurra. Vittorio Pozzo, técnico da Itália, escreveu em artigo publicado no jornal La Stampa, no dia seguinte à final: “Foi uma espécie de apoteose do futebol, com nossos jogadores comovidos até o ponto de saltarem as lágrimas, com a multidão cheia de alegria, com o Duce expressando no rosto e a plena voz sua satisfação” afirmou.
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Notasno
Barbante Vôlei
Confrontos definidos
A
s equipes do Cruzeiro e do Minas conheceram seus adversários no Campeonato Sul-Americano de Clubes de 2014, após a divulgação da tabela do torneio continental, que será realizado entre os dias 19 e 23 de fevereiro na Arena JK, em Belo Horizonte. Os oito candidatos ao título foram divididos em duas chaves de quatro. Os dois primeiros de cada grupo avançam às semifinais, disputadas em jogo único, a exemplo da grande decisão.
Fórmula 1
Renault confia nos motores
A
Renault está confiante para os próximos testes que acontecerão no Bahrein, que começam na próxima quarta-feira (19). A equipe havia apresentado problemas nas primeiras provas realizadas em Jerez de La Frontera, na Espanha, onde Red Bull, Toro Rosso e Caterham, equipes que usam os motores franceses, só percorreram 151 voltas em quatro dias de treinos coletivos. “Enfrentamos um problema grave no hardware, e isso acabou
Basquete
O
As equipes brasileiras caíram no Grupo B. Ao lado de Sada Cruzeiro, campeão da Copa Brasil, e Vivo/Minas, estão Nacional, do Uruguai e Club ADO, do Chile. No Grupo A, estão as duas equipes argentinas. Além do UPCN, atual campeão do torneio, Boca Juniors, Club Liga Nacional do Peru, e Club Universidad La Salle, da Bolívia, completam a chave. O campeão sul-americano garante vaga no Mundial de Clubes de 2014.
afetando o software. A primeira falha foi com o armazenamento de energia. Tivemos algumas atualizações e conseguimos testá-las tanto na fábrica como na pista e tudo funcionou como o esperado”, afirmou Rémi Taffin, diretor de operações da Renault, à revista Autosport. Porém, Taffin admite que a Toro Rosso teve alguns problemas na Itália, mas minimizou o fato porque a Lotus andou sem percalços em Jerez.
Fla vence equatorianos
time de basquete do Flamengo teve um confronto difícil, mas conseguiu sua segunda vitória no Grupo D da Liga das Américas. Depois de sofrer uma cesta no último segundo do tempo normal, a equipe rubro-negra precisou da prorrogação para derrotar os equatorianos do Mavort por 109 a 105, em Quito. O destaque da vitória do Fla foi Marcelinho Machado, que conseguiu marcar 29 pontos e 11 rebotes. Os brasileiros ainda
contaram com atuações consistentes de Marquinhos, 24 pontos, e Olivinha, com 18. No Mavort, o melhor foi o norte-americano Blake Walker, que teve destaque após marcar um arremesso do meio da quadra, que culminou na disputa da prorrogação. Com o resultado, o Flamengo lidera o Grupo D da Liga das Américas com quatro pontos ganhos em duas partidas. Na rodada final, o clube carioca pega o Leones de Quilpue, do Chile.
Jogos de Inverno
Brasileiras passam bem A
dupla feminina do Brasil no bobsled, formada por Fabiana dos Santos e Larissa Antunes, levou um susto durante os treinos para a prova nos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi-2014, na Rússia, neste domingo (16). O trenó capotou na entrada da Curva 11 e se arrastou pela pista, o que fez as atletas nacionais baterem a cabeça. Fabiana e Larissa, que ocupou o lugar da titular Sally Mayara no treino, receberam o primeiro atendimento médico ainda no local e passam bem. A expectativa é que a dupla nacional possa participar normalmente das competições do bobsled feminino sem maiores
problemas, marcadas para esta terça-feira (18). Em Sochi-2014, o Brasil tem representantes nas três provas do bobsled. As mulheres competem apenas em duplas, porém, os homens têm também a modalidade com quatro atletas. A Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG), em conjunto ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB), adquiriu três trenós já usados de Mônaco. Um de quatro lugares para a modalidade e dois de dois lugares, um para o feminino e outro para o masculino. É a primeira vez que o Brasil compra os veículos, já que antes apenas alugava o equipamento para as competições.