BolanoBarbante 3ª edição

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O semanário do futebol

Ed. Nº3 - Ano I - Belo Horizonte - 3 a 9 de junho de 2013

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não jogue este impresso em via pública

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Cruzeiro bateu cabeça

Seleção Brasileira

Foto: Tiago Haddad

Entrevista: Dirceu Lopes, o jogador preferido de João Saldanha 12

Foto: Wander Roberto / VipComm

Jogo entre Brasil e Inglaterra apresenta o bom futebol da Seleção canarinho apenas no primeiro tempo, permanecendo no empate e não agradando a torcida 3

Foto: Satiro Sodre/Flickr oficial do Botafogo

Foto: Bruno Cantini

Invicto no Horto

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América

Foto: Gaspar Nóbrega / VipComm

América consegue sua primeira vitória sobre o Palmeiras 8


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Contra-ataque Leovegildo Leal - leoleal@bolanobarbante.com

Emoção e magia Editorial Caro leitor,

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rgulhosamente apresentamos nossa terceira edição. Como vocês poderão conferir, estamos adaptando aos poucos nosso projeto gráfico, uso de cores e diagramação, por isso esta edição já traz algumas mudanças. Esperamos que para melhor e assim nos nortearemos a cada edição. Outro bom motivo para comemorar é que fechamos aqui o ciclo de entrevistas com grandes craques do passado dos três maiores clubes de Minas. Com Dadá, mostramos a irreverência e simpatia do ídolo atleticano. Na segunda edição fomos brindados com a simplicidade e o carisma de Jair Bala, o maior jogador da história do América. Hoje, você poderá conferir a impressionante carreira de Dirceu Lopes, o craque cruzeirense que sofreu com a ditadura militar a injustiça de ser cortado da Seleção. Ainda como boa notícia aos amantes do futebol, começou o maior campeonato nacional da América Latina e os torcedores já puderam assistir belos jogos. E como futebol nunca é demais, também entrou em campo nesse útimo final de semana a Seleção brasileira. Tudo isso e um pouco mais do esporte mais querido do mundo você lê aqui!

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técnico Cuca e os próprios jogadores do Atlético foram unânimes em afirmar que o time jogou mal na quarta-feira no 1 x 1 contra o Tijuana. Tecnicamente o jogo como um todo foi muito ruim: chutões, muitas faltas, simulações, reclamações excessivas, falhas primárias no ataque e na defesa, falta de criatividade no meio de campo... Mas foi um jogo fantástico! Guardem a data para contar pros netos: 30 de maio de 2013. Estádio Independência. Belo Horizonte. Que me desculpem os outros esportes. Do voleibol ao tênis, do basquete ao futebol americano, do rugby àquela coisa jogada com um pedaço de tábua de que ingleses e indianos tanto gostam. Nada, nada disso, se compara ao futebol em plasticidade, exigência técnica e, principalmente, emoção. De fato, a humanidade tem cometido muitas burrices, mas haver escolhido o futebol como principal prática esportiva do mundo nos redime para sempre. Eu, particularmente, não entendo a vida sem o futebol. O segredo? É que o futebol é o jogo que mais nos faz questionar o possível e o impossível. E está neste eterno questionamento, talvez, maior riqueza da vida, o segredo vital. Um frangaço aqui, um voleio de fora da área no ângulo, a magia de um Dirceu Lopes em sua vertiginosa con-

dução de bola, o chute torto e mortal de Nelinho – tudo isso desafia todas as leis da possibilidade/impossibilidade. E que se inclua solenemente neste rol de impossibilidades o Atlético x Tijuana da quarta-feira passada. Onde já se viu fora da vida real tanta dramaticidade e tanta emoção? Mesmo que lances semelhantes (poucos, raríssimos, é verdade) tenham ocorrido antes, é preciso considerar que circunstâncias e antecedentes jamais serão os mesmos. Para o Atlético, uma classificação às semifinais da Libertadores secularmente sonhada. Jogo empatado. Pênalti para o Tijuana aos 48 minutos do segundo tempo. O craque do time bate... no pé do goleiro atleticano, já na horizontal para o canto direito, a bola em direção ao meio do gol, o pé ficou pra trás... Acabou o jogo. Tudo isso é dramaticamente singular, diferente. Daí, as emoções diferentes. E isto pra quem torcia a favor ou contra. Certamente, a alegria dos atleticanos é hoje diretamente proporcional à tristeza dos cruzeirenses. Alegria e tristeza. Futebol. Vida. De primeira – Seria de grande utilidade pública a exclusão dos comentaristas de arbitragens nas transmissões de futebol. Só servem para confundir e tumultuar.

Expediente Diretor de Marketing, Projeto Gráfico e Diagramação Tiago Haddad

Diretor de Redação e Editor Responsável Ramon Lopes 14.361/MG-JP

15.374/MG-JP

Repórteres Guilherme Guimarães 16.054/MG-JP

Tiago Nagib 12.238/MG-JP

20 mil exemplares Impresso em papel jornal pela Sempre Editora

Distribuição gratuita Contatos Redação: 3262-1580 redacao@bolanobarbante.com Publicidade: 3262-1583 publicidade@bolanobarbante.com Rua Ministro Orozimbo Nonato, 102 - Torre A Sala 2204 - Vila da Serra - Nova Lima/MG

Erramos Na última edição, na página 12, a palavra “traz”, do verbo trazer, saiu “trás”. Ainda na página 12, onde está escrito “Como técnico a conquista do Campeonato Brasileiro Série-D”, leia “Como técnico a conquista do Campeonato Brasileiro Série-B”.


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seleção brasileira

Foto: Wander Roberto / VipComm

No clima da Copa

Seleção brasileira apresenta bom futebol, mas não consegue dominar o placar nem agradar a torcida

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o amistoso de preparação para a Copa das Confederações, o Brasil mostrou bastante vontade e acabou empatando por 2 a 2 com a Inglaterra, no jogo que marcou a reestreia do Maracanã em jogos oficiais. A Seleção abriu o marcador, mas acabou tomando a virada e conseguiu o empate na reta final da etapa complementar. A partida começou com o Brasil melhor em campo e movimentando bastante, buscando suas jogadas principalmente com os atacantes Hulk e Neymar, que arriscaram bons chutes de fora da área. A Inglaterra por sua vez, ficava em seu campo de defesa, estudando o adversário e buscando encaixar um contragolpe mortal. A Inglaterra não conseguia criar boas chances de ataque e os principais jogadores como Walcott e Rooney permaneceram apagados, aparecendo poucas vezes com a bola. Pela Seleção Brasileira, todos queriam mostrar serviço ao técnico Luiz Felipe Scolari.

O domínio do Brasil foi tanto, que aos 20 minutos do primeiro tempo, a seleção canarinho tinha finalizado em seis oportunidades, contra nenhuma dos ingleses comandados por Roy Hodgson. Na melhor chance do Brasil, o garoto Neymar entortou o volante do Manchester United Carrick e chutou cruzado, assustando o goleiro Joe Hart. Ao final do primeiro tempo, a Seleção Brasileira saiu de campo sob poucos aplausos, apesar de ter dominado completamente os ingleses, mas a torcida queria ver gol. Segundo Tempo A etapa final começou com o Brasil pressionando a retaguarda inglesa e criando algumas jogadas ofensivas. A Inglaterra seguia com duas linhas de quatro jogadores, optando pela marcação e o futebol disciplinado taticamente. Felipão promoveu a entrada de Hernanes, no lugar de Luís Gustavo, enquanto Marcelo en-

trou na vaga de Filipe Luis. Com o passar dos últimos 45 minutos, o jogo ficou mais aberto e o Brasil conseguiu inaugurar o marcador, depois que Hernanes acertou um belo chute na trave . No rebote, o artilheiro Fred não perdoou e abriu a contagem. O gol serviu para animar a partida e a Inglaterra respondeu bem após estar atrás no marcador, conseguindo criar boas jogadas ofensivas. Em uma das investidas, Chamberlain acertou um chute milimétrico e empatou o amistoso. Logo em seguida, o Maracanã ficou em silêncio. Wayne Rooney carregou a bola perto da área brasileira e consciente, colocou no ângulo do goleiro Júlio César: 2 a 1, de virada. Apesar da tensão, os brasileiros partiram para cima, na tentativa de buscar o prejuízo. Para a alegria da torcida verde-amarela, Lucas achou Paulinho na área e de voleio, colocou a bola no fundo do gol de Hart, dando números finais ao duelo.

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Terror no Horto A torcida atleticana tem feito uma verdadeira festa nos jogos do Galo realizados no Independência. Além da longa invencibilidade, os atleticanos transformaram o estádio do Horto em um verdadeiro caldeirão. Apoio, este, que é importantíssimo para os últimos resultados conquistados pela a equipe treinada pelo técnico Cuca, como na semana passada, no confronto contra o Tijuana, que deu ao Alvinegro a classificação para a semifinal da Copa Libertadores da América, em um jogo emocionante. Na oportunidade, os torcedores se fantasiaram com máscaras que simbolizavam a morte. Além disso, um lindo mosaico foi feito nas arquibancadas. A presença da torcida do Atlético é fundamental não apenas para empurrar o time, mas também serve como grande apoio financeiro, já que com o estádio lotado, o clube consegue uma maior arrecadação e equilibrar as contas da temporada. Nos últimos cinco jogos do Galo, passaram pelo Independência um total de 80.09 mil pessoas, com uma renda de R$ 4.557,025. No duelo entre Atlético e Tombense compareceram ao Horto cerca de 9.307 pessoas, para uma renda de R$ 215.615. Já contra o São Paulo na Libertadores, o borderô indica 19.442 pagantes e uma renda de R$ 1.541.350 . No duelo contra o Cruzeiro, o público foi de 19.442, com uma receita de R$ 704.210. Na última quarta, estiveram testemunhando a classificação do Galo para as semifinais da competição continental 20.998 pessoas, além de uma renda de R$ 1.771,865. Na partida deste domingo, o público não foi bom e apenas 10.830 pessoas acompanharam jogo, gerando R$ 344.250 aos cofres do Alvinegro.

Apresentando um futebol fraco no Horto, Galo encontra dificuldades no jogo contra o São Paulo e mesmo mantendo invencibilidade, continua sem vencer no campeonato nacional

Foto: Bruno Cantini

Foto: Bruno Cantini

Empate sem graça e sem gol

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Atlético recebeu o São Paulo, no Independência, e acabou ficando em um empate por 0 a 0. O jogo teve poucas oportunidades e foi fraco tecnicamente. O Galo não conseguiu imprimir o bom ritmo de jogo, enquanto o Tricolor também não se achou em campo. Nos primeiros 45 minutos, houve apenas duas chances, uma para cada lado, mas que foram mal aproveitadas. Na segunda etapa, o São Paulo teve um jogador expulso, depois que Denilson colocou a mão na bola e acabou tomando o segundo amarelo. Contudo, mesmo com a diferença numérica, a partida prosseguiu sem muitas emoções. No final, o duelo terminou em uma igualdade sem gols e também sem muita graça. 5º confronto Nesta temporada, o confronto entre Atlético e São Paulo ganhou muita rivalidade, justamente pelas partidas realizado na Libertadores. A pimenta que faltava para no duelo foi colocado por Ronaldinho Gaúcho, ainda na fase de grupos da competição, no Morumbi, quando declarou que os jogadores do Atlético tinham que ir para a partida para treinar, se referindo ao nervosismo dos atletas naquela ocasião. Na oportunidade, a equipe comandada por Cuca já estava classificada para a fase mata-mata do torneio, enquanto o São Paulo precisava vencer para garantir sua vaga. Neste domingo, as equipes realizaram o seu quin-

to confronto nesta temporada. O primeiro encontro entre os clubes foi realizado na estreia da Libertadores. Em um jogo emocionante, diante de sua torcida, o Atlético estreou com o pé direito e venceu o Tricolor pelo placar de 2 a 1. No jogo da volta, pela fase de grupos, foi a vez da equipe comandada por Ney Franco dar o troco, vencendo pelo placar de 2 a 0. As equipes voltaram a se encontrar logo nas oitavas de final da competição continental e quem perdesse estaria fora do torneio. Pior para o São Paulo, que não segurou o bom futebol atleticano e sofreu um revés o jogo de ida, diante da sua torcida, de virada, por 2 a 1. Com a vitória, a classificação atleticana ficou bem encaminhada e no jogo da volta o Galo deu um verdadeiro passeio em cima do Tricolor, vencendo por 4 a 1 e também convencendo. Na partida deste domingo, o duelo acabou ficando empatado . Agora, nestes cinco confrontos, o Atlético tem 3 vitórias, contra apenas uma do São Paulo, além de um empate. 50º jogo invicto O confronto contra o São Paulo marcou o último jogo no Independência, antes do fechamento do estádio para a Copa das Con-

federações. Agora, o Galo encara o Grêmio, na Arena do Jacaré, a 70 quilômetros da capital mineira. Apesar do clube perder em público e renda, Sete Lagoas trás boas lembranças para o torcedor atleticano e também para o elenco comandado por Cuca, já que foi neste local que começou a série invicta como mandante, que já dura 50 jogos, completados no duelo deste domingo. Imbatível, a boa sequência jogando como mandante teve início ainda na 21ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2011. Na oportunidade, o Galo enfrentou o Avaí e venceu por 2 a 0, como gols de Neto Berola e Daniel Carvalho. Desde então, o Alvinegro segue uma fase arrasadora como anfitrião, o que se acentuou, com o Atlético mandando seus jogos no Independência, estádio que foi transformado em um verdadeiro caldeirão pela torcida atleticana, que tem papel fundamental neste recorde de invencibilidade. Depois de enfrentar o Tricolor Gaúcho, os dois próximos compromissos do Atlético são foras de casa - contra o Vasco, no Raulino de Oliveira, e Santos, na Vila Belmiro – portanto, com a parada para a Copa das Confederações, quando o Galo voltar a campo já poderá utilizar o Independência.


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Ídolos celestes analisam o time

Cruzeiro começou razoavelmente o Campeonato Brasileiro, vencendo o Goiás, empatando com o Atlético-PR e perdendo para o Botafogo. Diante dos resultados, os eternos ídolos do Cruzeiro analisaram o início da equipe celeste e fizeram um prognóstico de como pode ser a performance do time estrelado em um dos torneios mais competitivos do mundo. Os ex-jogadores Tostão, Piazza e Nonato, personagens de uma história vitoriosa do Cruzeiro nas décadas de 1960 e 1990, acreditam que a Raposa está no caminho certo para buscar títulos. Análise dos ídolos O craque Tostão, que esteve na campanha vitoriosa em 1966, elogia o plantel formado por Marcelo Oliveira. No entanto, é cauteloso ao fazer uma análise para esta temporada. “O time do Cruzeiro está muito bom, organizado e pronto, com jogadores de nível. É cedo para falar que a equipe é uma das candidatas ao título nacional. Acredito que faltam mais jogos contra times expressivos do Campeonato Brasileiro para que uma avaliação mais conclusiva seja feita.”, afirma. Companheiro de Tostão na conquista da Taça Brasil, Wilson Piazza mostra mais otimismo em relação ao futuro celeste. Na opinião do ex-camisa 5, apesar de o time ainda estar em formação é possível sonhar com o título. “O grupo atual do Cruzeiro tem valores técnicos importantes, mas não podemos dizer que a equipe está totalmente pronta. Considero o Cruzeiro um dos pretendentes a ser campeão do Brasileiro, justamente pela mudança radical de postura e na es-

tratégia de contratações”, opina. Piazza também avalia o desempenho físico da Raposa no ano. Na visão do ex-meio-campista, falta um pouco mais de equilíbrio da equipe nas partidas. “Pelos resultados apresentados na temporada o Cruzeiro, até aqui, convenceu. Mas ainda é preciso encontrar um maior equilíbrio. O time tem feito um primeiro tempo excelente, em alto nível, mas não mantém a mesma “pegada” na etapa complementar”, pondera. Bons frutos Para o ex-lateral Nonato, que conquistou os títulos da Copa Libertadores (1997), o bicampeonato da Copa do Brasil (1993 e 1996) e da Supercopa (1991 e 1992) com a camisa do Cruzeiro, os bons jogos do início do ano pode render bons frutos ao clube. “O Cruzeiro já deixou uma boa impressão no início da temporada e, principalmente, na estreia do Campeonato Brasileiro. A tendência é que o crescimento técnico do time seja mantido e a equipe consiga um melhor entrosamento. Acredito que o Cruzeiro brigará, no mínimo, entre os quatro primeiros na tabela de classificação do Brasileirão”, aposta. Nonato também avalia a contratação milionária do zagueiro Dedé e aponta o setor de destaque da equipe de Marcelo Oliveira. “O Dedé é um excelente jogador, mostrou isso no Vasco e tem a oportunidade de jogar tudo o que sabe no Cruzeiro. Com certeza vai dar mais tranquilidade ao setor defensivo. Mas, a parte ofensiva se destaca no Cruzeiro pelos gols marcados e pela força dos meias e atacantes. Isso é muito importante para quem quer conquistar títulos”, frisa.

Foto: VipComm

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Piazza repete o gesto de 1966 quando o Cruzeiro venceu a Taça Brasil

Raposa desliza na 3ª rodada O Cruzeiro viajou até o interior do Rio de Ja- Guerreiro, que foi desarmado por Vitinho.O neiro e saiu com seu primeiro revés no Campe- atacante arrancou e chutou firme. Fábio esonato Brasileiro. Com duas falhas individuais, a palmou, mas a bola sobrou livre para Lodeiro Raposa não suportou a pressão e perdeu por 2 a inaugurar o marcador. 1, no estádio Raulino de Oliveira. Os gols foram marcados por Lodeiro (2), enquanto Anselmo Melhor, mas não o suficiente O gol do Alvinegro fez com que o Cruzeiro Ramon fez o tento cruzeirense. O jogo começou bem movimentado, com voltasse a ser melhor em campo. A equipe estrelaas duas equipes se lançando ao ataque. O Cru- da quase chegou ao empate com Anselmo Ramon zeiro tinha maior posse de bola e teve a pri- que teve duas chances de marcar no mesmo lanmeira chance de balançar as redes do adver- ce, mas o goleiro Renan fez duas ótimas defesas. Os comandados por Marcelo Oliveira consário. Anselmo Ramon recebeu bom passe em seguiram chegar ao tento de igualdade, depois profundidade, mas chutou para fora. Em seguida, a Raposa bobeou com Leandro que Diego Souza experimentou de fora da

área. No rebote, Anselmo Ramon brigou com a zaga carioca e conseguiu chutar. A bola bateu na trave, nas costas do goleiro e entrou. A etapa derradeira começou com o Cruzeiro melhor, porém, novamente o Botafogo conseguiu ficar na frente, após pênalti infantil de Nilton. Na cobrança, Lodeiro fez seu segundo gol na partida. Atrás no placar, a Raposa ficou atordoada e o Alvinegro começou a tomar conta das ações e teve chance de fazer o terceiro. A equipe estrelada não conseguiu encaixar boas jogadas e acabou saindo com uma derrota de Volta Redonda. O próximo compromisso do Cruzeiro será na Arena do Jacaré, contra o Corinthians.


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brasilei

Times come Rodada de clássicos e jogos disputados esquentam o clima da briga pelo campeonato nacional

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marcados por Lodeiro (2) e Anselmo Ramon. Atlético-PR e Flamengo também se encontraram neste finxsal de semana e depois dos paranaenses estarem vencendo por dois gols de diferença, o Rubro-Negro do Rio de Janeiro não desistiu e conseguiu empatar o confronto. Os tentos do duelo foram marcados por

terceira rodada do Campeonato Brasileiro começou com Botafogo e Cruzeiro se enfrentando no estádio Raulino de Oliveira. Com duas falhas individuais, os cariocas acabaram levando a melhor e vencendo por 2 a 1, impondo a primeira derrota da Raposa na competição nacional. Os gols foram

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Rodada do Domingo No complemento da rodada, só tivemos jogos às 18h30, devido ao amistoso preparatório para a Copa das Confederações, onde o Brasil encarou a Inglaterra, na reabertura do Maracanã para jogos oficiais. Atual campeão Brasileiro, o Fluminense encarou o Criciúma, recém-promovido da Série-B e conseguiu vencer, depois de aplicar 3 a 0 nos catarinense. Os gols da partida foram marcados por Digão (2), enquanto Wellington Nem fechou a contagem para o Tricolor. Já a Portuguesa foi até Recife para jogar contra o Náutico e acabou saindo com um empate dos Aflitos. Os gols dos anfitriões foram marcados por Rogério e Vinícius, enquanto os paulistas conseguiram seus tentos com Michel e Romão. No jogo que finalizou a rodada, o Atlético manteve sua invencibilidade como mandante, mas ficou no empate sem gols contra o São Paulo. O duelo não teve muitas oportunidades das equipes balançarem as redes e a marcação prevaleceu sobre a técnica, mesmo com o Tricolor jogando com um a menos, depois de Denilson ser expulso.

Clássico nacional A rodada ainda teve o derby nacional entre Santos e Grêmio, porém, o jogo ficou devendo e acabou mesmo no empate por 1 a 1. O Tricolor abriu o marcador com Vargas e Willian José, da equipe praiana. deu números finais ao jogo. Já no Barradão, o Vasco perdeu a sua segunda partida, depois de sair derrotado por 2 a 0 para o Vitória. Os dois gols do Rubro-Negro baiano foram marcados por Dinei. No Serra Dourada, o Goiás recebeu o Coritiba e o duelo ficou na igualdade por 1 a 1. Os curitibanos marcaram através do atacante Deivd e os Esmeraldinos empataram com Hugo. No jogo que fechou a rodada do sábado no Campeonato Brasileiro, o Corinthians encarou a Ponte Preta e acabou vencendo e marcando os seus primeiros três pontos na elite do futebol. O gol do triunfo do Timão foi conseguido pelo polêmico atacante Emerson Sheik, que estava no banco de reservas e entrou para

Confrontos da semana na Série-A 05/06

dar a vitória para o time comandado por Tite.

Éderson (2), para os donos da casa, enquanto Marcelo Moreno e Renato Abreu buscaram o prejuízo para o Urubu.

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TV aberta

TV fechada

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Pay-per-view

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Local: Canindé, São Paulo-SP

Local: Morumbi, Sao Paulo-SP

Local: Heriberto Hulse, Criciuma - SC

Local: Raulino de Oliveira, Volta Redonda - RJ

Local: Moisés Lucarelli, Campinas - SP

Local: Arena do Grêmio, Porto Alegre - RS

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Local: Orlando Scarpelli, Florianopolis - SC

Local: Arena do Jacaré, Sete Lagoas - MG

Local: Lourival Baptista, Aracaju - SE

Local: Couto Pereira, Curitiba - PR

Local: Heriberto Hulse, Criciuma - SC

Local: Arena do Jacaré, Sete Lagoas - MG

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Local: Pacaembu, Sao Paulo - SP

Local: A definir

Local: Moisés Lucarelli, Campinas - SP

Local: Couto Pereira, Curitiba - PR

Local: Jóia da Princesa, Feira de Santana - BA

Local: A definir

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irão 2013

eçam a luta Pontos da Série-B estão igualados A

terceira rodada do Campeonato Brasileiro da Série-B teve o Figueirense vencendo mais uma vez, agora contra o Sport, pelo placar de 3 a 2, no Orlando Scarpelli. Os gols da partida foram marcados por Maylson e Rafael Costa (2) para os anfitriões, enquanto Gabriel e Rithely diminuíram para os pernambucanos. Outro que também triunfou foi o Joinville, após vencer o Asa por 2 a 0. Os tentos foram marcados por Rafinha e Marcelo Costa. Já Icasa e Avaí fizeram um duelo bom de assistir, recheado de gols. Os catarinenses levaram a melhor por 4 a 3. Os gols foram marcados por Juninho Potiguar (2) e Neto, enquanto os visitantes balançaram as redes através de Cléber Santana, Márcio Diogo, Beto e Camilo (contra). Por outro lado, Paysandu e América-RN não passaram de um empate por 1 a 1, com gols de Yago, para o Papão e Cascata para os americanos. Assim como o rival, o ABC também acabou ficando na igualdade contra o Ceará, em um jogo de poucas emoções. Os tentos foram marcados por Lulinha para o Vozão, enquanto Rodrigo Silva marcou

para o time potiguar e decretou o placar final no confronto Primeiros três pontos Já no interior Paulista, o Oeste conseguiu sua primeira vitória na competição, depois de bater o Paraná, por 1 a 0, com gol de Piauí, no estádio Amaros. O América foi outro que triunfou – após um péssimo inicio de Série-B – vencendo o Palmeiras pela primeira vez na história do Brasileirão, por 1 a 0, com um gol de Nikão, em Itu, no estádio Novelli Junior, assim como o Bragantino, que também somou seus primeiros três pontos, depois de bater o Guaratinguetá por 2 a 0, com gols de Raphael Andrade e Lincom, em Bragança Paulista, diante de sua torcida. Nos jogos que encerraram a rodada do Campeonato Brasileiro da Série-B, o Boa Esporte segue fazendo uma um inicio de competição razoável e acabou ficando em um empate sem gols no Melão, em Varginha, após um jogo de poucas chances, enquanto o São Caetano perdeu diante de sua torcida por 1 a 0 para a Chapecoense, depois do gol de André Paulino, que selou a vitória dos catarinenses. Na próxima rodada do torneio, o

Boa Esporte enfrenta o Asa no Melão, enquanto jogam em casa o Figueirense contra a Chapecoense e o Palmeiras, que recebe o Avaí. Na sequência, Paysandu vai encarar o Paraná, no Mangueirão. Por outro lado, o Oeste vai jogar contra o Ceará.

Joinville e América-RN vão medir forças em Santa Catarina, enquanto o América vai viajar até Juazeiro do Norte para visitar o Icasa. ABC X Bragantino, São Caetano X Atlético-GO e Guaratinguetá e Sport completam a quarta rodada.

Confrontos da semana na Série-B 04/06

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19h30

Local: Municipal dos Amaros, Itapolis - SP

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21h50

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19h30

Local: Dilzon Melo, Varginha - MG

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21h50

Local: Arena Joinville, Joinville - SC

Local: Romeirão, Juazeiro do Norte - CE

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19h30

Local: Coaracy Fonseca, Arapiraca - AL

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21h50

Local: Manoel Barretto, Ceara-Mirim - RN

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Local: a definir

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16h20

Local: Durival de Britto, Curitiba - PR

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Local: Orlando Scarpelli, Florianopolis - SC

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21h50

Local: Frasqueirão, Natal - RN

07/06

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19h30

Local: Serra Dourada, Goiania - GO

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16h20

Local: Ilha do Retiro, em Recife - PE

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19h30

Local: Novelli Junior, Itu - SP

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21h50

Local: Anacleto Campanella, Sao Caetano - SP

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21h50

Local: Ressacada, Florianopolis - SC

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21h00

Local: Horácio Sousa, Horizonte - CE

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19h30

Local: Olímpico do Pará, Belem - PA

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19h30

Local: Dario Leite, Guaratingueta - SP

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21h50

Local: Arena Condá, Chapeco - SC

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21h00

Local: Nabi Abi Chedid, Braganca Paulista - SP


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Vitória histórica O

atrás no retrospecto Com a vitória deste sábado, a equipe do América segue em desvantagem no retrospecto contra o Palmeiras. Até o momento foram dez jogos disputados, sendo que o Verdão possui cinco vitórias, contra apenas um triunfo do Coelho. Os times empataram também em cinco das oportunidades. Ainda analisando os jogos entres as equipes, a maior diferença de gols do confronto aconteceu no Campeonato Brasileiro do ano de 1974, quando o Palmeiras conseguiu vencer o América pelo placar de 3 a 1. O resultado se repetiu no ano de 2001, também pelo campeonato nacional. Na oportunidade, os gols dos paulistas foram marcados por Fábio Júnior – hoje no América – Pedrinho e Lopes, enquanto Fabrício diminuiu o prejuízo para os mineiros. Nas próximas rodadas o Coelho vai enfrentar uma verdadeira maratona, já que agora, vai até a cidade de Juazeiro do Norte, para pegar o Icasa. Depois, a delegação retorna a Belo Horizonte, onde encara o Oeste, sendo que viaja em seguida para Florianópolis, quando joga contra o Avaí, na Ressacada. Contabilizando as viagens, o América vai percorrer um total de 4449,89 quilômetros para cumprir seus compromissos na Série-B. A distância mais longa a ser percorrida é a de Itu, local onde foi o jogo contra o Palmeiras até a cidade cearense. Reforços americanos O América conta com mais quatro reforços para a sequência do Campeonato Brasileiro da Série-B. Tirando Kléber, que ainda se recupera de uma lesão e precisará de mais tempo para estrear pelo clube, a diretoria aposta nos meio-campistas Bady, Bruno Nazário e no zagueiro Gualberto. Outra boa notícia que pode estar por vir é a volta de Alessandro, que fez o seu primeiro coletivo, após se recuperar de uma cirurgia no joelho realizada no final da temporada passada e que pode trazer bons frutos para o Coelho, ainda este ano. Além do atacante, é esperado o retorno de Kaio e também de Bryan, que estavam emprestados ao futebol português.

Foto: Gaspar Nóbrega / VipComm

América foi até Itu e conseguiu vencer pela primeira vez o Palmeiras em Brasileirões, triunfando pelo placar de 1 a 0, no estádio Novelli Júnior. O gol do Coelho foi marcado por Nikão, após invadir a área em velocidade e chutar cruzado, sem chances para o goleiro Bruno. O América jogou muito bem o confronto e criou várias chances de ampliar o marcador. O Palmeiras também teve boas chances, porém, o goleiro Mathues, que substituiu Neneca, fez boas defesas e acabou salvando a retaguarda americana. Na próxima rodada do Brasileirão da Série-B, o Coelho viaja até o Ceará, para enfrenta Icasa, na próxima terça-feira, no estádio Romeirão. Uma vitória é de extrema importância para o Coelho brigar na parte de cima da tabela da competição de acesso à elite do futebol nacional.

apostas do coelho para o brasileirão bady

Posição: meio-campista data de nascimento: 27/04/1989 clubes: rio preto (2010); são bernardo (2011-2012 / 2013); santo andré (2012); AMÉRICA (2013) Fotos: Site oficial do América

Gualberto

Posição: zagueiro data de nascimento: 08/04/1990 clubes: Palmeiras (2011); ABC-RN (2012); oeste (2013); Penapolense (2013); AMÉRICA (2013)

Bruno Nazário

Posição: armador data de nascimento: 09/02/1995 clubes: figueirense (2011-2013); américa (2013)

Kléber

Posição: meio-campista data de nascimento: 23/07/1982 clubes: Paraná (2008); Vitória da conquista (2009); São caetano (2010, 2012, 2013); oeste (2011, 2012); criciúma (2012); AMÉRICA (2013)


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torcedor

Paixão de boleiro

Os primeiros uniformes As primeiras camisas de futebol surgiram trazendo cores de escolas e clubes recreativos aos quais os times pertenciam. Neste período, incrivelmente o futebol ainda era um esporte praticado por quem tinha boas condições econômicas, já que apenas estas pessoas mais afortunadas podiam pagar pelos seus uniformes. As regras para as confecções da camisa só foram começar a ser exigidas no ano de 1891, quando dois

colecionadores Com o passar do tempo, as camisas de futebol começaram a ganhar prestígio, se tornando item obrigatório para os fanáticos pelo esporte, como é o caso dos colecionadores de camisas, que criaram um mercado gigantesco, eternizando os uniformes dos grandes clubes e seleções e até mesmo os dos times menores. A cada ano que passa, o mercado de camisas de futebol ganha mais seguidores, como é o caso do colecionador André Fidusi,

oal

times apareceram com as camisas iguais, o que provocou uma tremenda confusão. Depois do incidente, ficou acertado que todas as agremiações deveriam ter vestimentas alternativas, para evitar novamente aquela situação desagradável. Naquela época, as camisas de futebol eram produzidas em sua maioria com fibras de algodão e não traziam estampas e os escudos dos clubes, coisa que só foi acontecer já no século XX, quando os modelos dos uniformes de futebol começaram a ganhar mais variações, como golas redondas, mangas coloridas, colarinhos curtos e até mesmo estampas listradas.

Foto: Arquivo pess

O

futebol sempre foi praticado pelas civilizações mundo afora, porém, foi na Inglaterra que o esporte ganhou regras e tomou as formas que conhecemos atualmente. Em seus primórdios, algumas peculiaridades chamavam a atenção, como por exemplo, a falta de camisas para diferenciar as equipes. Naquela época, a distinção era feita apenas por bandanas, lenços e faixas coloridas. Apenas no ano de 1870, no primeiro Campeonato Inglês da história, foi que os jornalistas e a torcida começaram a exigir que uniformes fossem usados como forma de diferenciar as equipes que estavam em campo.

Colecionador André Fidusi mostra com orgulho sua coleção de camisas de futebol. A paixão foi despertada ainda quando garoto, assistindo a uma partida de futebol do Campeonato Italiano, quando desejou ter uma camisa da Internazionale de Milão. Daquele momento até hoje, o acervo do colecionador vem aumentando. Segundo ele, sempre existirá uma camisa que ainda estará faltando em sua coleção e que é de seu interesse. que contou como conseguiu a camisa do Bragantino, da temporada de 1992, nomeada por ele próprio como a mais rara de seu acervo. “A camisa mais difícil da minha coleção foi a do Bragantino (91-92), que tinha uma forma geométrica e era fabricada pela Dellerba , com o patrocínio da Vasp. Essa camisa era sensação na época e muito difícil de encontrar. Para minha sorte, um amigo de um tio morava em São Paulo e conseguiu comprar esta verdadeira relíquia, que ainda hoje faz muito sucesso”.

Ao longo dos anos, as camisas de futebol tem ganhado muito espaço no mercado. Sua mudança de apenas uniforme de jogo para item do vestuário de qualquer pessoa e a modernização no processo de fabricação tem tornado estas peças cada vez mais caras. Camisas autografadas são ainda mais valorizadas, pois sua exclusividade se torna um diferencial. No entanto, com boas dicas de outros colecionadores é possível encontrar camisas com um bom preço e que servem para alavancar a coleção de novos entusiastas por este hobby caro.

começando a coleção André conta que começou a colecionar camisas de futebol com 12, para 13 anos, quando acompanhava o Campeonato Italiano na televisão e ficou apaixonado por uma camisa da Internazionale de Milão, que naquele tempo, era praticamente impossível achar aqui no Brasil. Com o passar dos anos, a paixão foi aumentando e seu acervo de camisas também. Para quem quer começar sua coleção, Fidusi alerta que é um hobby caro, principalmente pela a evolução do material utilizado, que encarece o preço do produto final. No entanto, o colecionador acha

que vale a pena pela satisfação de ter uma camisa rara em seu poder, como a da seleção da Holanda. “Acredito que a mais cara foi uma camisa retro da Holanda dos anos 70, que paguei R$ 2 mil. Na época, camisa retro não estava na moda e não tinha tanta oferta assim destas peças. Lembro que tive que vender duas camisas para conseguir comprar essa”, relembra o colecionador. Quando perguntado sobre qual camisa ele achava a mais bonita do mercado, Fidusi foi taxativo ao dizer que é difícil apontar apenas uma camisa, mas que tem uma preferência pelas peças produzidas pela Umbro, marca que ele acredita fabricar os uniformes mais bonitos para os clubes de futebol profissional. Para quem gostou do assunto e pensa começar a colecionar estes itens que despertam uma verdadeira paixão no torcedor, Fidusi da a dica. “Para que você consiga bons preços e comece a colecionar camisas de futebol, é preciso primeiro entrar em contato com outros colecionadores, assim você fica por dentro dos melhores lugares para comprar, trocar ou vender. Desta forma, com toda certeza você poderá ter um acervo elogiado por seus amigos e admiradores deste hobby”, conclui.


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internacional

Divisão desigual Primeira divisão do campeonato inglês paga mais ao último colocado do que ganha o campeão do Brasileirão

O

s clubes brasileiros vivem uma nova era econômica no futebol, principalmente nas receitas arrecadadas pelos altos valores pagos pelas cotas de transmissão da televisão. Ao contrário dos principais campeonatos mundiais, como Inglaterra, Itália e Alemanha, aqui no Brasil as equipes desde 2011 negociam os valores individualmente, o que faz com que aumente e muito a disparidade entre as grandes agremiações e as pequenas. A preocupação com o desnível entre as equipes é sensata, tanto, que na Europa, os países estão revertendo este modelo individualista, percebendo que adotando este método, os campeonatos perdem em competitividade. No Brasil, desde o rompimento com o Clube dos 13, entidade que controlava este tipo de negociação, percebeu-se um aumento significativo nos valores de arrecadação dos clubes, no entanto, com isso, notou-se também um grande fenômeno entre os principais clubes do país, em uma escala vertical, que aumenta a distância entre clubes grandes e pequenos. Nas ligas europeias, 50% dos recursos são divididos em partes iguais entre as agremiações, sendo repartidos 25% do restante pela colocação final na competição e os outros 25% divididos de acordo com a torcida de cada time. Campeonato Inglês Apesar dos grandes clubes brasileiros estarem arrecadando cada vez mais com cotas de transmissão, a diferença para os principais campeonatos europeus ainda é muito grande. Para se ter uma ideia, segundo os jornais britânicos, a Premier League (1ª divisão do Inglês), irá arrecadar algo em torno de 5,5 bilhões de LBR para as próximas três temporadas. Cerca de 2 bilhões de

LBR a mais do que se arrecadou em 2011 e 2012. Adotando este formato igualitário e que se utiliza da meritocracia, vemos que equipes tradicionalmente menores conseguem arrecadar um dinheiro justo para equilibrar os cofres do clube. Exemplo claro disso é Swansea City, equipe do País de Gales, mas que disputa o Campeonato Inglês. Na última temporada que disputou a primeira divisão, os galeses embolsaram mais de 47 milhões de LBR. Deste valor, 14 milhões foram pagos só por disputar a divisão de elite, sendo 5,6 milhões pelas partidas transmitidas ao longo da temporada, além de 9 milhões pela posição final na competição e mais 19 milhões de LBR pelos direitos de transmissão internacionais. Ingleses X Brasileiros Para se ter uma ideia, na temporada europeia que se encerrou neste mês, o pior colocado na Premier League, o Queen’s Park Rangers recebeu um montante de 43 milhões de LBR. Analisando as equipes brasileiras, vemos que a receita arrecada pelo último colocado do campeonato nacional da Inglaterra é maior que a dos gigantes do Brasil, Flamengo e Corinthians, que receberam no último campeonato, algo em torno de 38 milhões de LBR ou R$ 120 milhões, contando com as luvas de renovação de contrato da TV. Para a próxima temporada do Campeonato Inglês, o faturamento promete ser ainda mais alto. A projeção é que a cifra chegue a 63 milhões de LBR para o último colocado da competição. Montante, que é bem maior, por exemplo, que o valor recebido pelo Manchester United neste ano em que foi campeão. Os Red Devils receberam 25 milhões de LBR por ter ficado em primeiro.


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história

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“Bota ponta Telê” O bordão, lembrado por muitos daqueles que tem mais de 35 anos de idade, é do personagem de Jô Soares, um torcedor comum que pedia ao então técnico da seleção brasileira nas copas de 1982 e 86, Telê Santana, para voltar com a clássica figura do ponta na seleção canarinho. No entanto, as transformações táticas do futebol mudaram as posições e seus nomes, e hoje, muitas expressões já viraram história.

U

m clássico da TV brasileira da década de 80, o personagem “Zé da Galera”, protagonizado por Jô Soares no antigo programa humorístico “Viva o Gordo” da TV Globo, era o autor do bordão. Figura essencial nas grandes equipes ao longo do século XX, o ponta era muito usado nos esquemas táticos dos primórdios do futebol até a década de 70. Sua figura se tratava de um atacante que corria pela lateral do campo rumo ao gol ou com a função de cruzar a bola para o antigo centerhalf, ou ponta de lança que vinha pelo meio. O ponta foi eternizado por jogadores como o incomparável Garrincha, o único tetra-campeão do futebol mundial, Zagallo, Rivelino no Brasil de 70, o argentino Alfredo Di Stéfano, craque do River Plate e do Real Madrid entre os anos 40 e 60, Czibor, ponta esquerda da mítica seleção húngara da Copa de 54, Ghiggia, o ponta direita uruguaio que calou o Maracanã e o Brasil na Copa de 50, entre outros grandes. As táticas Em constante mutação o futebol mudou e muito seu esquema tático ao longo das décadas. Até os anos 50, os esquemas táticos das principais seleções eram de muita preocupação ofensiva e pouca defensiva. Na seleção do Uruguai Campeã de 1950, os esquemas táticos se concentravam no 2-3-5, com cinco atacantes sendo dois pontas pelas extremidades. Apesar disso já em 1926 o dirigente do Arsenal da Inglaterra, Mr. Chapman criou o famoso WM que consistia de um 3-2-5, buscando mostrar uma maior preocupação defensiva e descongestionando o meio campo. Essa tática foi usada também pela famosa seleção da Hungria no mundial de 1954. Já a seleção do Brasil de 70 coroou o 4-2-4, ajudada também por talentos em todas as posições, como Piazza e Carlos Alberto Torres na defesa. Já mais recentemente a seleção brasileira no mundial dos EUA em 1994 levou a taça com um 4-42, muita preocupação com a marcação e pouca preocupação com o ataque. Para a felicidade do Brasil

Seleção Uruguaia campeã da 1ª Copa do Mundo em 1930

Equipe jogava com dois defensores, três meias e cinco atacantes. escalação 1- Enrique Ballesteros; 2- José Nazzasi; 3- Ernesto Mascheroni; 4- José L. Andrade; 5- Lorenzo Fernández; 6- Alvaro Gestido; 7- Pablo Dorado; 8- Héctor Scatone; 9- Héctor Castro; 10- Pedro Cea; 11- Santos Iriarte Reproduções

À esquerda, o argentino Di Stéfano, e o brasileiro Garrincha à direita, ambos são os maiores pontas da história.

havia um baixinho talentoso chamado Romário no ataque e adversários mais preocupados com a defesa que com o ataque. As expressões “Belini coloca a pelota para corner. É corner contra o Brasil! Lá vem a Suécia e é tiro de gol para o Brasil!”. Assim narrava o locutor da Rádio Nacional do Rio aos quase 16 minutos do 1º tempo na final Brasil 5x2 Suécia da copa de 1958 realizada pelos suecos. Hoje em dia estaria mais para “Belini coloca a bola para escanteio. É escanteio contra o Brasil! Lá vem a Suécia e é tiro de meta para o Brasil!”. A mudança do futebol não se resume apenas dentro dos campos, mas também nos próprios nomes das posições e expressões usadas. Influenciado pelo inglês devido à Inglaterra ser a inventora do futebol, antes, mesmo no Brasil e em outro cantos do mundo, as posições tinham nomes ingleses ou variações locais do inglês. O goleiro, que já foi arqueiro no início era o goalkeeper, zagueiro era beque, half era o lateral, os volantes eram os centerhalf, o ponta já foi extrema, e o centroavante era o centerfor, e a própria seleção era chamada de scratch. O comerciante aposentado Nivaldo Elias tinha 16 anos na final do mundial de 58 e se lembra bem da escalação do Brasil na final: “O Brasil tinha um time muito bom e que entrou na final um pouco diferente dos demais jogos. Me lembro que o goleiro era o Gilmar, os beques eram Belini e Orlando. O half-esquerdo era o Nilton Santos, e Djalma Santos que entrou para a final era o half-direito. Havia ainda no meio Didi que era meia-armador. Na frente tinha o Pelé como meia-atacante, os extremas Zagallo pela esquerda e Garrincha, que era muito bom de bola, pela direita, e o Vavá como centerfor” diz Nivaldo que se lembra de escutar os jogos pela antiga Rádio Nacional. “O scratch nacional era um timaço”, recorda.


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entrevista

Dirceu, o craque censurado pela ditadura Foto: Tiago Haddad

Dirceu Lopes Mendes nasceu em Pedro Leopoldo no dia 3 de setembro de 1946. Conclamado o maior camisa 10 de toda a história do Cruzeiro, conquistou títulos importantes como a Taça Brasil de 1966 e a Copa Libertadores de 1976. Foi cortado da Seleção de 1970 a mando do então presidente Médici. Zé do Milho, apelido que recebeu dos colegas, conta sua carreira ao BolanoBarbante.

Como foi para você desbancar o Santos de Pelé, em 1966 e conquistar a Taça Brasil? Eu costumo dizer para as pessoas que esses dois jogos contra o Santos, principalmente no Mineirão, foram os mais importantes da vida do Cruzeiro e de todos nós jogadores. Depois que conquistamos o título, outros times reivindicaram a entrada no campeonato nacional da época. Por isso é tão importante, porque houve uma mudança na mentalidade de disputa das competições.

também marca e nem sempre é o melhor. Porém, atualmente eu vejo um resgate dos jogadores de habilidade, relembrando o antigo camisa 10.

Como é ser eleito o melhor meia dos Campeonatos Brasileiros do ano de 1970, 71 e 73? É inesquecível, porque diferente de hoje, na minha época os melhores jogadores do país jogavam no Brasil. Então pelo fato de estar disputando com todos os craques, eu me sinto muito lisonjeado com esta façanha.

Quando o Garrincha foi te cumprimentar por te achar “o melhor jogador do mundo”, como você reagiu? Foi uma das emoções mais fortes que eu tive em minha vida. Foi uma grande surpresa. Estava eu e Raul no hotel concentrando e de repende alguém bateu na porta. Quando fui ver era o Garrincha, jogador que eu sempre tive como ídolo. Foi como se eu conquistasse um título da Libertadores ou do Brasileirão.

Como você enxerga o futebol moderno, que em muitas das vezes privilegia a força física e não a habilidade? Certa vez, um repórter perguntou qual era o melhor jogador do Cruzeiro, se era eu ou Tostão. Rapidamente o Tostão respondeu dizendo que os dois, porque eu tinha velocidade e ele a inteligência. No futebol especificamente não existe estatura pré-determinada. Isso de usar a força e tamanho começou com a tentativa de implantar o estilo europeu no futebol do Brasil e muitos baixinhos acabaram marginalizados. Qual a diferença entre o camisa 10 da sua época e o camisa 10 de hoje? O futebol brasileiro sofreu depois da Copa de 70, porque surgiu aqueles treinadores e preparadores físicos que quiseram implantar o futebol europeu no Brasil, como é o caso de Parreira e Cláudio Coutinho. Eles contribuíram para esta tentativa de implantar o futebol força. Então houve uma pequena mudança. Na minha época, o camisa 10 era o melhor do time e não precisava se preocupar com a marcação. Hoje, o camisa 10

Entre Taça Brasil e Libertadores da América, qual foi o título mais importante para você? São dois títulos importantes na história do Cruzeiro e na minha. Contudo, para mim, o jogo da Taça Brasil contra o Santos foi o mais importante de todos.

Como é até hoje receber o carinho da torcida do Cruzeiro, depois de tanto tempo? É uma coisa que me deixa muito impressionado. Assim que eu parei de jogar futebol eu sempre levei uma vida pacata, sem muitos holofotes. Eu joguei na época de ouro do futebol brasileiro, então, eu acho o máximo todo este carinho e o reconhecimento dos torcedores. O que representa ser considerado como um dos maiores jogadores da história do Cruzeiro? Para mim é gratificante, porque o Cruzeiro era e continua sendo o meu time de coração. O meu sonho sempre foi jogar no Cruzeiro. O que é preciso para ser um autêntico Camisa 10? O número realmente pesa em jogadores menos experientes? Pesa sim. Porque criou a mística da camisa 10 depois da Copa de 58. Para jogar com ela precisa ser o craque, o cérebro do time. Tem

que ser realmente diferenciado para se tornar um autêntico camisa 10, o gênio do elenco. Existe uma história que você foi cortado da Copa de 70 pela ditadura. É verdade? Sim é verdade. Talvez eu paguei pelo fato do Saldanha me exaltar tanto. Quando nós viemos jogar em Belo Horizonte, o Saldanha afirmou que o jogador mais importante da Seleção era o “Zé do Milho” [apelido de Dirceu], mais importante até que Pelé. Depois disso, em uma entrevista, o Médici havia dito que na Seleção faltava o Dario, e o Saldanha respondeu afirmando que ele não escalava os ministros e portando não admitia que ninguém escalasse a Seleção, nem mesmo o presidente. Após a declaração, o Saldanha acabou sendo demitido da Seleção e eu acabei pagando o pato também, com a entrada do Zagallo, que sempre foi politiqueiro. Depois disso, eu passei de mais importante para o dispensável do time. Ao final da sua carreira você levou uma entrada criminosa do Divino. Você guarda rancor? Foi realmente criminosa. Mas depois, o Crésio, que era goleiro do Cruzeiro e também amigo do Divino, veio me falar que ele tinha o maior arrependimento do que tinha feito e perguntou se podia falar comigo. Eu disse que sim e ele veio me pedir perdão aos prantos. Eu perdoei e não guardo rancor, pois é um sentimento muito ruim. Você acha que o futebol está mais violento hoje? Não diria violento, mas os espaços hoje no campo são menores e com a evolução da parte física e da força, criados justamente pela Europa, para sobrepor à habilidade dos jogadores sul-americanos, o atrito entre os jogadores ficou maior. Então existe um contato físico maior que antigamente.


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