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O semanário do futebol

Ed. Nº40 - Ano I - Belo Horizonte - 24 a 30 de março de 2014

Internacional Barça vence Real por 4 a 3 em clássico com 3 pênaltis. Pelo Inglês, Chelsea atropela Arsenal por 6 a 0. No Alemão, Bayern está a um ponto do título 8

Com um pé na decisão

Nacional

1x4

Após golear o Coelho, Galo abre larga vantagem e fica perto da vaga na final

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foto: bruno cantini/cam oficial

Foi o mineiro Heine Allemagne, de Ituiutaba, que inventou o spray que coloca limite nas barreiras, que insistiam em invadir os 9,15m

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Foto

: Arquivo pessoal

foto: Igor Coelho/AGENCIA I7

0x1

Salvador da pátria

A difícil vitória celeste saiu dos pés de JB já na reta final do segundo tempo

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História

Na Copa de 58, na Suécia, o Brasil conquistou o primeiro dos seus cinco títulos, e Pelé, que se tornaria o Rei do futebol, apareceu para o mundo 11


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Contra-ataque Leovegildo Leal - leoleal@bolanobarbante.com

Oba-oba e culpabilização

Editorial

M

Caro leitor,

A

Copa Libertadores está chegando ao final de sua primeira fase. Agora, cada partida, cada gol e todos os lances dos jogos serão decisivos. Com o Atlético praticamente classificado, brigando para ser o primeiro colocado geral e ter a vantagem de decidir seus jogos em casa, começamos a ter ideia de quem serão os representantes brasileiros nas oitavas da competição. Além do Grêmio, que apesar de estar no ‘Grupo da morte’ tem feito boa campanha, o Atlético-PR venceu todos os jogos e deve conseguir sua vaga. Já o Cruzeiro, que joga com o título de melhor time brasileiro de 2013, não tem feito bons jogos e chegou até a decepcionar sua torcida no último confronto em casa contra o Defensor-URU, ao ceder o empate no último minuto do segundo tempo. Para quem vencia de 2 a 0, a reação dos torcedores não podia ser outra. Sob os gritos de ‘vergonha’, o time de Marcelo Oliveira saiu do Mineirão com a moral lá em baixo. Para classificar, a equipe celeste espera um milagre. Além de vencer todos os seus confrontos, o Cruzeiro precisa torcer por tropeços de seus adversários. Uma matemática complicada e que vai exigir muita fé da Raposa.

dores surgidos no nosso continente. Fiquemos inicialmente em casa. Mesmo que à frente de seu grupo, o Atlético vem apresentando um futebol bem próximo à linha da mediocridade na Libertadores. Parece que o time foi atingido por um tsunami e ainda não conseguiu arrumar a casa. Aliás, creio que este tsunami tem nome: a venda do extraordinário craque Bernard. Somente um analfabeto em futebol poderá supor que Fernandinho possa substituir Bernard – além da maior técnica individual, Bernard detém uma capacidade de ver e construir o jogo anos-luz à frente de Fernandinho, sem dúvida um bom jogador. Quanto à diferença entre os dois técnicos... De seu lado, o Cruzeiro está em terceiro lugar de seu grupo correndo seríssimos riscos de não passar da primeira fase. Desculpem, mas não consigo deixar de falar que o time do Flamengo é muito, muito, ruim. Visto tudo isso, pois, que não venha a imprensa decadente brasileira a despejar confetes e serpentinas sobre os times brasileiros ou, o que constitui a outra face da moeda, criminalizar jogadores e/ ou times inteiros se cairmos fora da Libertadores antes do tempo. Do México ao sul da Argentina, somos todos iguais. Inclusive no futebol.

esmo que ainda em seus primeiros momentos, a Copa Libertadores deste ano já nos permite avançar na confirmação de algumas hipóteses a respeito do futebol praticado no continente e em particular em nosso país. Gostaria de convidar os leitores a um bate-papo sobre a qualidade técnica e tática até agora exibida pelas equipes brasileiras e o que delas se pode esperar na competição. O que me parece estar ficando claro é que aquela distância que anteriormente saltava à vista entre o futebol jogado por nossos times (e também pelos argentinos e uruguaios) e o nível de jogo apresentado pelos demais clubes latino-americanos é cada vez menor. Acho mesmo que tal distância não mais existe. Tanto no que diz respeito à qualidade técnica individual dos jogadores, quanto aos esquemas táticos. Mesmo que no nível nacional possamos destacar Atlético, Cruzeiro, Santos e uma ou duas mais como equipes diferenciadas, as demais se equivalem, quando muito, a times de menor tradição e expressão do Peru, Venezuela, Equador, Bolívia e de outros países considerados como de menor força futebolística. A principal razão disso, como se sabe, é simples: a louca mercantilização que toma conta do futebol mundial expulsa para os grandes centros comerciais do mundo, e cada vez mais precocemente, os melhores joga-

De primeira – Quando a Fifa passar por perto, cuidado com sua carteira.

Expediente Diretor de Marketing, Projeto Gráfico e Diagramação Tiago Haddad 15.374/MG-JP

Diretor de Redação e Editor Responsável Ramon Lopes 14.361/MG-JP

Redator Tiago Haddad

Repórteres Daniel Ottoni 15.729/MG-JP

Guilherme Guimarães 16.054/MG-JP

Colaboradores Gabriel Pazini Matheus Franchini Ruy Viana

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estaduais

Mamoré é líder do Módulo II Equipe de Patos de Minas vence Social por 2 a 0, no Bernardo de Queiroz, e assume ponta do Hexagonal Final

A

lém da goleada do Atlético sobre o América no Independência por 4 a 1 e a magra vitória do Cruzeiro sobre o Boa Esporte, em Varginha, a bola rolou também para os times do Módulo II do Campeonato Mineiro. Jogando estádio Bernardo Rubinger de Queiroz, o Mamoré manteve o bom desempenho no Hexagonal Final da competição e confirmou os 100 % de aproveitamento, depois da equipe de Patos de Minas bater o Social por 2 a 0. Os gols dos anfitriões foram marcados pelo atacante Luizinho. Com o triunfo, o Mamoré retoma a liderança do Hexagonal com nove pontos, desbancando o Democrata-GV, vice-líder e que tem dois pontos a menos que os patenses. Inclusive, na próxima rodada, nesta quarta-feira (26), as equipes se enfrentam na cidade de Governador Valadares, em jogo válido

pela quarta rodada da fase final do Módulo II, às 19h30. Já o Social joga em casa contra o Uberlândia no mesmo dia, às 20h, no estádio Luizão. Com apenas dois pontos, uma vitória para o time de Coronel Fabriciano é de suma importância, para o clube não se afastar da parte de cima da tabela. Outros Estaduais Pelo Carioca, o Fluminense não decepcionou e venceu o Volta Redonda por 3 a 0. Com isso, o Tricolor das Laranjeiras confirmou a vice-liderança do Estadual e acabou com as esperanças do arquirrival Vasco, que também venceu na rodada, ao bater por 4 a 0 e rebaixar o Duque de Caxias, mas que acabou na terceira colocação. Confirmado por antecipação como o grande campeão da Taça Guanabara, o Flamengo entrou

com uma equipe reserva diante da Cabofriense. Mesmo assim, o time de Jayme de Oliveira jogou bem e goleou o adversário por 5 a 3. Ao fim do duelo, os jogadores do Fla receberam a taça de campeão.

Já no clássico entre Santos e Palmeiras, na Vila Belmiro, pelo Campeonato Paulista, o Peixe levou a melhor e venceu o Verdão pelo placar de 2 a 1, garantindo a melhor campanha geral do Estadual.

CAMPEONATO PAULISTA 2014 GRUPO A 1 2 3 4 5

TIMES São Paulo Penapolense Linense Comercial Atlético Sorocaba

P 27 19 16 12 11

J 15 15 15 15 15

V 8 6 5 3 2

E 3 1 1 3 5

D 4 8 9 9 8

P 28 28 24 23 19

J 15 15 15 15 15

V 9 8 7 6 5

E 1 4 3 5 4

D 5 3 5 4 6

GRUPO B 1 2 3 4 5

TIMES Botafogo Ituano Corinthians Audax São Paulo XV de Piracicaba

GRUPO C 1 2 3 4 5

TIMES Santos Ponte Preta São Bernardo Portuguesa Paulista

CAMPEONATO CARIOCA 2014

P 36 24 23 20 4

J 15 15 15 15 15

V 11 8 6 6 0

E 3 0 5 2 4

D 1 7 4 7 11

P 35 23 20 17 11

J 15 15 15 15 15

V 11 7 5 4 3

E 2 2 5 5 2

D 2 6 5 6 10

GRUPO D 1 2 3 4 5

TIMES Palmeiras Bragantino Rio Claro Mogi Mirim Oeste

P Pontos J Jogos V Vitórias E Empates D Derrotas

Classificados

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

TIMES Flamengo Fluminense Vasco Cabofriense Boavista Friburguense Macaé Nova Iguaçu Botafogo Bangu Volta Redonda Madureira Bonsucesso Resende Audax Rio Duque de Caxias

P 38 31 29 25 25 22 19 19 17 17 17 15 15 15 11 9

J 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15

P Pontos J Jogos V Vitórias E Empates D Derrotas

V E D 1 12 2 9 4 2 8 5 2 7 4 4 7 4 4 6 4 5 5 4 6 4 7 4 4 5 6 4 5 6 4 5 6 4 3 8 3 6 6 3 6 6 2 5 8 2 3 10 Campeão Classificados Taça Gua. Rebaixados


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Torcida ausente no Estadual Público nos jogos do Cruzeiro na primeira fase do Campeonato Mineiro tem queda acentuada na atual temporada foto: Washington Alves/textual

JB decide o jogo

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Cruzeiro iniciou o Campeonato Mineiro deste ano com o status de atual campeão brasileiro, mas, mesmo assim, o torcedor estrelado não está dando ‘bola’ para o Estadual. Sempre um dos favoritos ao título, a Raposa conquistou a melhor campanha da primeira fase, porém, não conseguiu seduzir o torcida celeste a acompanhar seus jogos como mandante na fase classificatória do torneio local. E algumas explicações para tal afastamento do estádio são os altos preços dos ingressos e o desinteresse pela competição, em detrimento da Copa Libertadores. Dessa forma, o clube estrelado viu aumentar o número de cadeiras vazias no Mineirão, em comparação com a primeira fase do Campeonato Mineiro da temporada passada.

Belo Horizonte. A discrepância de público em um ano é grande, mas pode ser explicada pelo fato do clássico contra o Atlético, na reabertura do Mineirão – que teve mais de 52 mil pagantes e torcida dividida – ter sido de mando do Cruzeiro. Entretanto, até se desconsiderarmos os números do dérbi local é possível perceber diminuição na ocupação do estádio. Em quatro jogos como mandante em 2013, contra o América-TO, Tombense, Caldense e Nacional, o Cruzeiro teve 64.492 expectadores em suas partidas, quantidade ainda maior do que o apresentado na atual temporada, lembrando que na primeira fase Estadual do último ano, o Cruzeiro teve cinco jogos como mandante, um a menos do que em 2014.

Comparação de público Em 2014, ao todo, 59.590 cruzeirenses pagaram ingressos para assistir aos seis jogos do Cruzeiro no Gigante da Pampulha, número bem menor do que o apresentado em 2013. No ano passado, 117.481 torcedores marcaram presença no somatório das cinco partidas azuis em

Arrecadação também cai Se a quantidade de pessoas no estádio diminui, consequentemente, cai também a arrecadação do clube nos jogos. Em 2013, o faturamento bruto em jogos do Cruzeiro em casa atingiu cifras milionárias: R$ 6.606.440,47. Já em 2014, a renda total – sem descontos – da Raposa foi três vezes menor, somando apenas R$ 2.109.080,00. Para se ter uma ideia da diminuição da arrecadação cruzeirense entre 2013 e 2014, a somatória bruta dos seis jogos celestes neste ano é menor do que a arrecadação total de apenas um jogo do ano passado, o clássico com o Atlético. Na reabertura do Mineirão, o valor total obtido nas bilheterias foi superior a R$ 3 milhões. Em relação à renda líquida, outra grande diferença. Nos quatro jogos como mandante em 2013 sem contar o clássico, nas partidas contra América-TO, Tombense, Caldense e Nacional, o Cruzeiro faturou para os seus cofres pouco mais de R$ 920 mil líquidos. Em 2014, em seis jogos no Mineirão, o time celeste embolsou apenas R$ 228.535,47.

Comparando os números 59.590 torcedores acompanharam os seis jogos do Cruzeiro como mandante no Mineiro de 2014 117.481 cruzeirenses assistiram as cinco partidas da Raposa no Mineirão na primeira fase do Estadual de 2013 R$ 6.606.440,47 de renda bruta somou o Cruzeiro em seus jogos como mandante no ano passado R$ 2.109.080,00 foi a renda total do Cruzeiro, sem descontos, em seis jogos no Mineirão neste ano 3 vezes

menor foi a arrecadação bruta da Raposa em 2014 se comparada com os números de 2013

9.998

é a média de público do Cruzeiro no Campeonato Mineiro de 2014 como mandante

23.496

foi a média de público da Raposa no Estadual de 2013 em casa (Levando-se em conta o clássico com o Atlético na reabertura do Mineirão)

Depois da decepção no meio de semana ao empatar diante do Defensor-URU pela Copa Libertadores, no Mineirão, o Cruzeiro viajou até a cidade de Varginha para encarar o Boa Esporte na primeira partida das semifinais do Mineiro. Após um jogo difícil, Júlio Baptista apareceu bem para fazer o único gol do confronto e confirmar a vitória dos comandados por Marcelo Oliveira por 1 a 0. Para a partida deste domingo (23), o treinador celeste fez algumas mudanças na equipe, como a entrada de Miguel Samudio na esquerda, William no ataque, além de Mayke pela direita. As alterações deram uma melhor movimentação ao Cruzeiro, que no primeiro tempo teve um bom volume de jogo, mas mesmo assim foi atrapalhado pela ótima marcação do Boa Esporte. Com o decorrer do jogo, a condição física e técnica da Raposa ficou mais evidente, porém, os jogadores celestes tiveram dificuldades na hora da finalização, fato que fez com o que o primeiro tempo terminasse sem gols. Segundo Tempo Na volta do intervalo, o Cruzeiro continuou pressionado, porém, abusou dos lançamentos longos, dificultando a atuação do sistema ofensivo. O duelo, que já era difícil, ficou bem truncado e o gol da vitória aconteceu na reta final do confronto, quando todos já esperavam um empate. Em uma jogada de velocidade, Éverton Ribeiro cruzou com perfeição para área e Júlio Baptista apareceu livre para estufar a rede do Boa Esporte e sacramentar a vitória celeste pelo placar mínimo, aos 42 minutos do segundo tempo. FICHA TÉCNICA: BOA ESPORTE 0X1 CRUZEIRO Local: Estádio Municipal de Varginha, em Varginha (MG) Data: 23 de março de 2014 Horário: 18h30 (de Brasília) Árbitro: Igor Junio Benevenuto (CBF/FMF) Assistentes: Janete Mara Arcanjo (Fifa/FMF) e Pablo Almeida Costa (CBF/FMF) Cartões amarelos: Cruzeiro: Júlio Baptista, William e Lucas Silva Boa Esporte: Vinícius Hess Gols: Júlio Baptista (Cruzeiro), aos 42 minutos do 2º tempo Boa Esporte: Leandro; Edmar, Neylor, Mateus e Marinho Donizete; Vinícius Hess, Moisés Ribeiro, Marcel e Betinho; Malaquias (Filipinho) e Bruno Aquino (Hudson) Técnico: Ney da Matta Cruzeiro: Fábio; Mayke, Dedé, Bruno Rodrigo e Samudio; Lucas Silva (Henrique), Nilton; Everton Ribeiro, Ricardo Goulart (Alisson) e William (Marcelo Moreno); Júlio Baptista Técnico: Marcelo Oliveira


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goleada no

Coelho acredita em reversão do placar foto: gustavo theza/thz imagens

O meia Tchô destacou a importância de ter esperança para a próxima partida apesar da difícil tarefa

O

América não se portou bem diante do Atlético e não foi atoa que o time comandado por Moacir Júnior saiu derrotado pelo placar de 4 a 1, no Independência. Mesmo marcando o gol de honra do Coelho, o meia Tchô lamentou o resultado final diante do rival. “Infelizmente, não saiu o resultado que a gente queria. Nosso primeiro tempo foi muito abaixo, deixamos o Atlético jogar muito. Acabamos sofrendo quatro gols, ficou complicado. Mas temos mais uma partida de 90min e temos que acreditar”, ressaltou Tchô em entrevista coletiva, se mostrando esperançoso na reversão do resultado na segunda partida das semifinais. “O ideal era passar para a final. Ainda temos chance, apesar de ter ficado muito difícil. Pelo menos eu consegui diminuir um pouco a diferença e agora vamos pensar no próximo jogo”, complementou o meia do América. Com o gol marcado neste final de semana, o meia se igualou ao atacante Obina na artilharia da equipe, contudo, se fomos analisar a média, Tchô tem o desempenho melhor, devido ao fato de ter jogado apenas seis jogos e balançar as redes em todas essas oportunidades. Sentimento de Esperança Mesmo com o largo placar, o pensamento de Tchô foi compartilhado por Obina, que teve uma fraca atuação no clássico contra o Atlético. Apagado, o avante não conseguiu levar perigo e ficou bem abaixo do que se esperava do experiente atacante. Mesmo precisando de fazer quatro gols para se garantir na grande decisão do Campeonato Mineiro, o centroavante mostrou confiança para a próxima partida. “A gente deixou para jogar no final, mas sabemos o quanto pode melhorar. A gente tem

que ter noção do que precisamos para chegar à final e virar o placar no próximo jogo”, declarou o atacante, após o confronto, em entrevista coletiva. Além de mostrar que ainda não desistiu da classificação, Obina atribuiu o péssimo jogo do América ao gol sofrido logo no primeiro minuto do jogo. Na ocasião, Otamendi aproveitou a cobrança de falta de Diego Tardelli e abriu a contagem no Horto, em posição irregular, negligenciada pelo árbitro. “Foi muito rápido, desestruturou tudo”, lamentou o avante americano. Homenagens ao goleiro Antes da bola rolar no duelo contra o Atlético, o goleiro Matheus foi homenageado por ter completado 50 jogos com a camisa do América, fato que se consumou diante do Boa Esporte, em jogo atrasado do Campeonato Mineiro. Na ocasião, o arqueiro americano foi presenteado com o par de luvas usado diante da Coruja de Varginha, que foi emoldurado pela diretoria do clube. “Estou muito feliz pela homenagem que receberei da nossa diretoria. Quando me solicitaram as luvas achei muito legal, porque normalmente entregam camisa. Mas, para goleiro, a luva é mais representativa”, afirmou o goleiro do Coelho. Antes da homenagem, Matheus agradeceu o apoio da diretoria e do clube, que acreditam em seu trabalho. “Primeiramente, tenho que agradecer a Deus. Depois ao América, que confiou em mim e me dá todas as condições de trabalho. Quero ajudar o América nas grandes conquistas e também sonhar alto com Seleção Brasileira e tudo mais que o Senhor colocar no caminho”, disse o goleiro, que também não se esqueceu de agradecer à família, especialmente seus pais.

1x

O

Atlético encarou o América na tarde deste domingo (23), no primeiro jogo das semifinais do Campeonato Mineiro. Mostrando domínio desde os primeiros minutos, o Galo não teve dificuldade para golear o adversário pelo placar de 4 a 1 e ficar bem próximo da grande decisão do Estadual. Mesmo sem Ronaldinho Gaúcho, o alvinegro começou a partida a todo vapor e logo no primeiro minuto abriu a contagem no Independência, depois da cobrança de falta de Diego Tardelli, que Dátolo desviou e o zagueiro Otamendi, em posição irregular, estufou as redes do goleiro Matheus, homenageado antes do jogo, pelo fato de ter completado diante do Boa Esporte, na rodada passada, 50 jogos como titular do América. Após a abertura da contagem, o Galo se sentiu ainda mais confortável na partida e criou vários lances de ataque, encurralando o Coelho em seu campo defensivo. Inclusive, os comandados por Moacir Júnior tiveram muitas dificuldades para sair jogando, fato que facilitou as investidas do alvinegro ao ataque. Em um ataque fulminante, o Atlético chegou ao segundo tento, depois do cruzamento perfeito de Neto Berola, que o atacante Jô tocou com classe para dentro do gol. Três minutos mais tarde, Berola foi derrubado pelo goleiro Matheus e acertadamente o árbitro marcou pênalti. Na cobrança, Guilherme desFicha Técnica AMÉRICA 1 X 4 ATLÉTICO Local: Independência, em Belo Horizonte Data: 23 de março de 2014 Horário: 16 horas (de Brasília) Árbitro: Cleisson Veloso Pereira

Assistentes: Celso Luiz da Silva e Wesley Moreira de Carvalho Cartão amarelo: Ricardinho, Willians (AME); Neto Berola, Marcos Rocha, Leonardo Silva (ATL) Gols: Otamendi, 1min 1º tempo; Jô, 35min 2º tempo; Guilherme, 40min 1º tempo; Berola,

O zagueiro Otamendi inaugurou o placar no Indepen


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no horto

x4 locou o arqueiro americano e fechou o placar do primeiro tempo.

Etapa complementar Após o intervalo, as equipes voltaram modificadas. Pelo lado do América, Moacir Júnior promoveu a entrada do meia Elvis no lugar de Deigo Henrique, na tentativa de deixar o time mais ofensivo. No Atlético, Paulo Autuori promoveu a entrada de Claudinei na vaga de Josué. Como já era esperado, as alterações fizeram efeito pelo lado atleticano, que continuou soberano na partida. Desta forma, não demorou muito para o Galo marcar mais um gol. Em mais uma jogada de Dátolo, Neto Berola aproveitou o cruzamento e transformou a vitória atleticana em goleada no Independência: 4 a 0 e festa da torcida atleticana. Com o placar elástico, o Atlético tocou bola sob os gritos de “olé” dos torcedores do Galo. Dono da partida, o alvinegro conseguiu ainda criar grandes chances de ampliar ainda mais a contagem. Contudo, o América buscava pelo menos o gol de honra, que aconteceu já na reta final da partida, depois que o meia Tchô aproveitou bola alçada na área pelo lado esquerdo e de cabeça descontou o enorme prejuízo americano. Com a vitória deste domingo, o Galo poderá perder a segunda partida por até três gols que ainda conquista a vaga para a decisão do Campeonato Mineiro.

2min 2º tempo; Tchô, 41min 2º tempo AMÉRICA: Matheus; Elsinho, Lula, Leandro Guerreiro e Gilson; Diego Henrique (Elvis), Andrei Girotto, Ricardinho e Tchô; Willians (Betinho) e Obina (César Lucena) Técnico: Moacir Junior

ATLÉTICO: Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Otamendi e Dátolo; Josué (Claudinei), Leandro Donizete; Diego Tardelli (Alex Silva), Guilherme e Neto Berola (Marion); Jô Técnico: Paulo Autuori foto: Bruno Cantini/cam oficial

ndência, após falta cobrada pela direita por Tardelli

Cardacio ‘amarrado’ em Ronaldinho Gaúcho foto: ARQUIVO PESSOAL

Mathias Cardacio, atualmente no Defensor-URU, revela o desejo de jogar novamente ao lado de R10

C

onquistar uma legião de fãs mundo afora, ter no currículo conquistas importantes e deixar seu nome marcado por onde passa. Esse é Ronaldinho Gaúcho, uma das grandes estrelas do futebol mundial e atual camisa 10 do Atlético. Admirado dentro e fora de campo, Dinho, como é conhecido mundialmente, é ídolo de torcedores e jogadores. Mathias Cardacio, 26 anos, volante do Defensor Sporting-URU, é um dos jogadores que tem em Ronaldinho a figura de um ídolo. Ao passar por Belo Horizonte na última semana, onde enfrentou o Cruzeiro, em jogo válido pela Copa Libertadores, o meio-campista uruguaio conversou com o BolanoBarbante e relembrou o tempo em que atuou ao lado de R10, no Milan-ITA, em 2008 e 2009. “Quando estávamos no Milan, Ronaldinho era um grande companheiro, andávamos bastante tempo juntos nos treinamentos ou em momentos de descontração. Fui algumas vezes na casa dele lá na Itália. Dinho é um camarada humilde, de ótima índole e muito boa pessoa”, contou “Mathi”, apelido do camisa 20 do Defensor. Revelado pelo Nacional do Uruguai, Cardacio chegou ao Milan em 2008 e teve a companhia de outros brasileiros no elenco rossonero, como o goleiro Dida, o ex-volante Emerson, o meia Kaká e o atacante Alexandre Pato. Mas marcante mesmo foi atuar ao lado de R10. “Muita saudade daquele tempo. Jogar ao lado de Ronaldinho Gaúcho foi algo maravilhoso, sem dúvida ele é o melhor jogador do planeta, o melhor que eu vi atuar”, afirmou. Recordação marcante Um momento eternizado na memória de Cardacio foi uma viagem a Dubai, em dezembro de 2008. “Fizemos uma viagem marcante, era pré-temporada no Milan e fomos para o mundo árabe, para Du-

bai. Tenho recordações maravilhosas desse período. Partimos de São Paulo, eu, Dinho e os outros brasileiros do elenco, todos muito amigos”, lembra. O Defensor-URU tem grandes chances de se classificar às oitavas de final da Copa Libertadores. Vice-líder de sua chave, o time uruguaio tem sete pontos e, dependendo dos cruzamentos futuros caso siga adiante no torneio, pode enfrentar o Atlético. “Gostaria muito de enfrentar o Atlético e jogar contra o Ronaldinho. Seria uma honra, ainda mais depois de ter enfrentado o rival do Galo, o Cruzeiro. Mais honrado ainda ficaria em vestir o mesmo uniforme de Dinho e espero que esse sonho um dia seja realizado”, reiterou. Vontade de jogar no Galo Cardacio quase atuou no Brasil em 2012, quando despertou o interesse do Palmeiras. No entanto, a situação complicada do Alviverde Paulista, rebaixado à Série B naquele ano, impediu que o volante atuasse no Brasileirão. Hoje, o pensamento do atleta – que vestiu camisas de clubes tradicionais como Banfield-ARG, Atlante-MEX, Olympiakos-GRE e Colo Colo-CHI – é voltar a atuar no futebol brasileiro. Em 2012, Cardacio atuou pelo Londrina. Pessoas ligadas ao volante uruguaio garantem que o técnico Marcelo Oliveira chegou a observar o jogador, assim como fizeram outros técnicos. “Conheci o Marcelo Oliveira, hoje técnico do Cruzeiro, naquela época, quando ele era o treinador do Coritiba. Já tive chance de atuar em outros clubes brasileiros, mas o meu pensamento por enquanto é terminar bem o semestre no Defensor e partir para um clube maior, quem sabe no Brasil. Tenho que ver o que é melhor para minha carreira, mas seria um sonho jogar no Galo”, comentou o atleta ao BnB.


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internacional

Mais um recorde de Messi

Com os três gols marcados neste domingo, o camisa 10 do Barcelona se tornou o maior artilheiro do clássico Espanhol

Barcelona vence Real no Bernabéu

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lém da rivalidade entre Barça e Real, uma vitória era importante na briga pela parte de cima da tabela. Mostrando muita categoria, Messi foi a principal figura na vitória do Barça sobre o arquirrival por 4 a 3, e após os três gols marcados passou a ser o maior artilheiro da história do dérbi, ultrapassando o lendário Di Stéfano. Com o resultado, o Barça chegou aos 69 pontos, um a menos que o líder Real e o Atlético de Madri. Quando a bola rolou, os visitantes marcaram através de

Iniesta. Posteriormente, de cabeça, Benzema deixou tudo igual. Posteriormente, novamente o francês marcou e colocou os anfitriões em vantagem. Ainda na primeira etapa, Messi tabelou com Neymar e empatou novamente. Porém, após pênalti mal marcado, Ronaldo deixou os merengues em vantagem, que não durou muito, pois em outro pênalti, Messi deixou o duelo empatado. Já na reta final, em nova penalidade, o argentino decretou a vitória para os catalães.

Inglês

Chelsea massacra o Arsenal no clássico E

m um dos grandes clássicos londrinos, o Chelsea recebeu o Arsenal, no Stamford Bridge. Em um jogo incrível, onde os Blues massacraram os Gunners, a equipe de José Mourinho venceu por incríveis 6 a 0. Além de toda a rivalidade, o dérbi marcou o encontro do treinador português com Arsene Wenger, comandante do Arsenal e que foi taxado por Mourinho como “especialista em fracassos” há algumas semanas atrás. Quando a bola rolou, o Chelsea foi logo marcando com Sa-

muel Eto’o. Dois minutos mais tarde, quem balançou as redes foi o alemão André Schurrle. O terceiro saiu aos 16, de pênalti, convertido por Hazard. Ainda na primeira etapa, Oscar fez o seu. Já na etapa final, novamente o camisa 11 balançou as redes e Salah finalizou a goleada. No Boleyn Ground o Manchester United venceu o West Ham por 2 a 0, com dois gols de Rooney. Ainda nesta rodada, o Manchester City goleou o Fulham por 5 a 0, assim como o vice-líder Liverpool, que venceu por 6 a 3 o Cardiff.

Italiano

Juve vence mais uma no Italiano

A

Juventus foi até a ilha da Sicília enfrentar o lanterna Catania neste domingo (23) pela 29ª rodada da competição e conseguiu manter a diferença de 14 pontos que a separa da vice-líder Roma. O time de Turim venceu por 1 a 0, com gol marcado pelo argentino Carlos Tévez. Com a vitória, a Juventus chegou aos 78 pontos, liderando de forma isolada o Campeonato Italiano e está cada vez mais perto de conquistar mais um título da competição nacional. Por outro lado, a Internazio-

nale não conseguiu apresentar um bom futebol e saiu derrotada para a Atalanta, por 2 a 1, no Giuseppe Meazza. Em outra partida da rodada, o Milan entrou pressionado, assim como o técnico Seedorf, que recebeu um ultimato da diretoria. Após abrir a contagem em um gol contra de Konko, o rubro-negro cedeu o empate e o duelo terminou no 1 a 1. Já a Fiorentina visitou o Napoli, no San Paolo e somou mais três pontos, após o único gol de Joaquin.

Alemão

Bayern a um ponto da Taça

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Bayern de Munique fatalmente vencerá o Campeonato Alemão desta temporada. No sábado (22), a equipe comandada por Guardiola bateu o Mainz 05 por 2 a 0 e ficou a apenas mais uma vitória para confirmar o título da competição. Inclusive, os bávaros poderiam ter vencido o Nacional neste final de semana, adiado devido ao triunfo do Borussia Dortmund por 3 a 0 sobre o Hannover. Na próxima terça-feira (25), no entanto, o líder absoluto do torneio terá mais uma chance para levantar a taça, quando entrarão em campo diante do Hertha,

no estádio Olímpico de Berlim. A partida contra o Mainz foi dura e o primeiro gol do Bayern aconteceu apenas aos 37 minutos do segundo tempo, após o tento de Schweinsteiger. Quatro minutos mais tarde, Götze deixou sua marca e fechou a contagem, confirmando a vantagem de 23 pontos para o vice-líder Borussia Dortmund. Em outro jogo da rodada, o Schalke bateu Braunschweig por 3 a 1 e confirmou sua terceira vitória consecutiva no Alemão, seguindo firme na cola do Borussia Dortmund. A diferença entre as equipes é de apenas um ponto.


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Nacional

De Minas Gerais para o mundo Spray inventado por mineiro revoluciona o futebol colocando limite nas barreiras, acostumadas a invadir os 9,15m

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ma ideia simples e eficiente, que demorou décadas para surgir desde a invenção do futebol. Com um spray para marcar a linha entre a bola e o adversário, a distância de 9,15m no momento das cobranças de falta, começou a ser, finalmente, respeitada. A invenção impede que a barreira ultrapasse o limite permitido e foi uma das grandes revoluções do futebol mundial. A ‘culpa’ é toda de Heine Allemagne, mineiro de Ituiutaba. Antes disso, a responsabilidade por tentar impedir a aproximação da barreira era toda do árbitro. A inspiração veio durante um clássico do futebol mundial. “Lembro de um narrador dizendo, durante a transmissão, que queria ver quem seria o cidadão que um dia colocaria a barreira no lugar. Eu já queria mudar a minha vida, estava desempregado, endividado e com filhos para criar. Vivia de serviços picados. Pensei na marcação provisória e bingo! Resolvido. Formatei como projeto brasileiro prevendo tudo que era necessário, fiz patente e fui pra cima”, lembra Heine ao BolanoBarbante. Acreditando na ideia Depois de finalizada a ideia, o primeiro apoio veio de uma fábrica no Paraná, que o ajudou até chegar à formatação ideal do instrumento. Posteriormente, Heine precisou ser ouvido, um dos maiores desafios que o mineiro encontrou para colocar à frente sua invenção. “Em muitos telefonemas, o contato não passava da secretária. O ‘não’ estava na boca das pessoas. Muitos não querem olhar para baixo e tentar enxergar um assunto que pode fazer a diferença”, comenta. Após muito esforço, enfim, Heine foi ouvido pela Federação Mineira de Futebol (FMF). “Prometi que faria história no futebol mundial. O teste foi feito na Taça BH, competição definida aos 45 minutos do segundo tempo em um gol de falta. De forma histórica, pude provar que o spray tinha potencial pra definir até mesmo uma Copa do Mundo”, salienta. Posteriormente, foi a vez de ganhar a confiança da CBF e outras confederações “Árbitros de todo o Brasil validaram a lógica da ferramenta. Ao mesmo tempo, eu já me movimentava junto à Fifa. Consegui contato na Associação de Futebol Argentino (AFA) e na Con-

Foto: Arquivo pessoal

mebol. Os testes foram ganhando força”, destaca Heine em entrevista ao BnB. Árbitros aprovaram A resistência inicial de muitos foi rompida graças aos árbitros mineiros, que deram um importante voto de confiança para a invenção. “Eles foram geniais. Tiveram a humildade e a visão de que era algo para ajudar e não substituí-los. Os testes se tornaram argumentos incontestáveis”, mostra o inventor do spray, ressaltando a importância da autoridade máxima dentro dos gramados. “Segurar a barreira é função do árbitro. O spray dá condições para a regra prevalecer. O tempo de paralisação durante as faltas diminuiu de 48 para 20 segundos. O spray expõe quem é o árbitro bom do despreparado”, pontua Heine, que viu sua criação ser usada em mais de 2.000 partidas.

Mexi no futebol mundial de uma forma que ninguém mexeu. Ouvi isso do marketing da Fifa. Acho que fiz história

Após muitos ‘nãos’, o mineiro conseguiu provar a importância da invenção

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Heine Allemagne

Hoje, sua invenção é reconhecida por muitos integrantes do futebol internacional. No entanto, ele acredita que a valorização que merece está longe de acontecer. “Nos últimos 14 anos, fui a quatro continentes. Pude ouvir elogios de personalidades como Pelé, Platini, Zico, Parreira e Felipão. Até o presidente da Fifa admitiu a importância do spray. O mundo inteiro elogiou não somente a ideia, mas a forma com que foi conduzida e implantada. Hoje, quem menos sabe desta história é a imprensa”, lamenta Heine. Apesar da decepção que ainda carrega, nada tira de Heine o orgulho de ser o criador de uma ferramenta que revolucionou o esporte. “Mexi no futebol mundial de uma forma que ninguém mexeu. Ouvi isso do marketing da Fifa, conseguimos algo que não acontece no futebol há mais de 50 anos. Acho que fiz história”, complementa.

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Bate bola com o torcedor

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Quer ver sua opinião publicada aqui? A seção está aberta a críticas e sugestões, sempre bem-vindas. Envie e-mail para redacao@bolanobarbante.com, assunto “Carta do leitor”, ou correspondência para Rua Ministro Orozimbo Nonato, 102, Sala 2204, Torre A - Vila da Serra - Nova Lima/MG - CEP:34.000-000

Carta do leitor

vitória e abrir uma boa vantagem para chegar à final. O time teve a cara do Atlético. Foi uma resposta para aqueles que estão falando demais

Marcelo Oliveira, depois de vencer o Boa Esporte

de casa é importante. E era necessário ganhar hoje. Viemos de um empate amargo [Defensor-URU]. O Fábio pouco pegou na bola. A vitória foi fundamental

Mais importante do que completar 100 jogos foi a

Em relação ao jogo, tivemos dois aspectos importantes: no sentido de classificação, pois ganhar fora

Solução

Goleiro Victor, após a goleada sobre o América no Independência

O Ronaldo levou uma pancada no joelho durante o jogo do meio de semana (empate por 1 a 1 com o Nacional, do

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Paraguai, pela Libertadores). Na sexta-feira, ele estava melhor e treinou. Voltou a sentir e ontem (sábado) não treinou. Continuou em tratamento e avaliamos que não tinha condições para atuar hoje (domingo)

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Rodrigo Lasmar, médico do Atlético, em entrevista ao Superesportes

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Entre aspas

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interesse pela área, ainda pouco divulgada. Vou procurar me informar sobre esse trabalho. Parabéns ao jornal pela qualidade do conteúdo

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Muito legal a matéria sobre a psicologia no futebol. Sou psicóloga e gostei muito do tema. Inclusive me despertou

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Leandra Naves

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Seleção. Acho até que evoluindo um pouco mais pode ocupar a vaga de Fernandinho, e quem sabe ser o novo Bernard

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O Marion é o novo talento do Galo. Está jogando muita bola e tem categoria para ir pra

Preencha os espaços vazios com algarismos de 1 a 9. Os algarismos não podem se repetir nas linhas verticais e horizontais, nem nos quadrados menores (3x3).

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Márcio Oliveira

geral tomou conta do time e o Marcelo Oliveira não soube ver isso. Errou muito tirando o Dagoberto e mais ainda colocando o Willian no lugar do Éverton Ribeiro ao invés de tirar o Ricardo Goulart. Foi triste assistir o time apático ceder o empate

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Rídicula a participação do Cruzeiro na Libertadores desse ano. Que papelão fez o time diante do Defensor na última quarta-feira em pleno Mineirão. Será que alguém sabe explicar o que aconteceu? Fato foi que um apagão

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Romualdo Castro

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história

Suécia 1958 Sandviken

Västerås Örebro

Nasce o Rei

Uddevalla

Eskilstuna

Estocolmo

Norrköping

Borås Gotemburgo

Halmstad Helsingborg Malmö

Cidades sede: Borås, Eskilstuna, Estocolmo, Gotemburgo, Halmstad, Helsingborg, Malmö, Norrköping, Örebro, Sandviken, Uddevalla e Västerås

foto: divulgação

Copa de 58 ficou marcada pelo grande time do Brasil, a estreia de Pelé em Mundiais e pelo gesto de erguer a taça

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Copa do Mundo de 1958 foi especial para o Brasil, a começar pelo fato do maior jogador de futebol de todos os tempos, o Rei Pelé, ter surgido para o planeta naquele Mundial disputado na Suécia, no torneio que marcou a primeira Copa conquistada pela nossa Seleção. Além de Pelé e Garrincha, Didi, Pepe, Nilton, Djalma Santos, e Mazzola, que depois virou José Altafini na Itália, também faziam parte do sensacional escrete canarinho. Com tantos talentos, o Brasil foi um dos favoritos ao título, ao lado da Alemanha Ocidental, campeã em 54, que ainda contava com Fritz Walter e Helmut Rahn, e da União Soviética, do lendário Lev Yashin. Por outro lado, Hungria e Inglaterra tinham bons times, mas estavam enfraquecidas, pois gênios como Puskás e Kocsis deixaram a Hungria devido a revolução, e os ingleses pelo desastre de avião, conhecido como Desastre Aéreo de Munique, no qual 23 pessoas morreram, sendo oito jogadores do Manchester United, base do English Team. Estreia em Mundiais No início da Copa, Pelé não era titular e ficou no banco nas duas primeiras partidas, contra Áustria e Inglaterra. O Brasil venceu os austríacos por 3 a 0, mas não saiu do 0 a 0 com os ingleses, no primeiro empate sem gols da história das Copas. Descontente, Vicente Feola resolveu colocar o camisa 10 em campo contra o forte time soviético. O resultado? Um show brasileiro com Vavá, autor dos gols, Garrincha, além da ótima atuação de Pelé, que não saiu mais do time titular.

Assim, o Brasil avançou às quartas de final para enfrentar o País de Gales, do atacante John Charles, estrela da Juventus. O jogo estava duro, até que Pelé, num lance de pura genialidade, deu um chapéu em seu adversário e marcou um golaço. Naquele momento nascia para o mundo, o Rei do Futebol. Na época, Pelé era tão tímido e desacostumado com os holofotes, que foi difícil entrevistá-lo. Apenas o tradicional ‘Jornal dos Sports’ conseguiu conversar com o camisa 10. “Eu não sou nada comparado ao Didi. Nunca chegarei aos pés de Didi. Ele é meu ídolo. As primeiras figurinhas que comprei foram dele”, disse o craque na ocasião, preferindo exaltar o ídolo Didi. “Meu pai, Dondinho, foi melhor que eu. Eu vi, muita gente também diz. E meu irmão caçula, Zoca, é o único que pode ser tão bom quanto ele” completou Pelé. A história, no entanto, provou justamente o contrário, e Zoca nunca conseguiu confirmar a previsão do Rei. Voltando à Copa, o Brasil pegou a difícil França nas semifinais, que contava com o lendário Raymond Kopa e o extraordinário atacante Just Fontaine, artilheiro do torneio com 13 gols. No entanto, a dupla Pelé e Garrincha foi decisiva. O Brasil venceu por 5 a 2 com grande atuação do camisa 10, autor de três gols. O ídolo do Rei, Didi, também deixou sua marca, além de Vavá. Fontaine e Piantoni, marcaram para a França. Na final, o Brasil – que jogou de azul porque perdeu no sorteio da escolha do uniforme – queria o primeiro título, mas tinha pela frente a surpresa da competição: a

Suécia. Os donos da casa eliminaram a União Soviética e Alemanha Ocidental, mas a Seleção não se assustou e conquistou o primeiro dos seus cinco títulos. Garrincha deu show, criando as duas jogadas dos dois gols de Vavá, enquanto Pelé, que marcou duas vezes, fez um dos gols mais bonitos da história dos Mundiais. Zagallo também deixou

sua marca na goleada por 5 a 2. O capitão O mágico time da Seleção contava também com o zagueiro Hilderaldo Bellini, que faleceu na última semana, no dia 20, aos 83 anos, e foi o capitão do time, eternizando o gesto de erguer a taça ao celebrar uma conquista. Arte: matheus franchini


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Notasno

Barbante Stock Car

Começa a temporada

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Stock Car iniciou a temporada de 2014 com mudanças no carro, nas regras e no formato de disputa. E conseguiu já em sua primeira prova um novo vencedor. Estreante na categoria e com apenas 18 anos de idade, Felipe Fraga venceu a etapa de abertura do campeonato, realizada em Interlagos na manhã deste domingo (23), formando dupla com Rodrigo Sperafico. A prova no autódromo paulistano foi realizada com pilotos

Vôlei

Cruzeiro atropela Minas

O

Ginásio do Riacho, em Contagem, estava lotado mais uma vez. Diante de um ótimo desempenho de seu time nesta Superliga Masculina, a torcida do Sada Cruzeiro compareceu em bom número na noite deste sábado (22), e não saiu desapontada. No clássico mineiro, a equipe celeste não tomou conhecimento do Vivo/Minas e fez 3 a 0, com parciais de 21/11, 21/18 e 21/16 , abrindo a vantagem

Atletismo

E

convidados e valendo menos pontos na tabela da temporada. Cada titular, convidou um companheiro de profissão para ceder seu lugar no carro durante a corrida, que valeu apenas 12 pontos ao vencedor, ao contrário dos 24 usuais. A segunda posição em Interlagos ficou nas mãos da dupla de Valdeno Brito e Jeroen Bleekemolen, com Marcos Gomes e Mauro Giallombardo, ocupando o terceiro posto.

de 1 a 0 na série semifinal da competição. Agora, as duas equipes fazem a segunda partida na casa do Minas. O clássico mineiro está marcado para o próximo sábado (29), às 10 horas (de Brasília), na Arena Vivo. Para forçar a terceira partida e seguir com chances de avançar à decisão, os anfitriões precisam vencer de qualquer maneira. O Cruzeiro, por sua vez, fecha a série com novo triunfo sobre o rival.

Pistorius venderá casa

m julgamento por matar a namorada, o atleta paraolímpico Oscar Pistorius venderá a própria casa, em Pretória, para cobrir as despesas judiais. O sul-africano é acusado de assassinar Reeva Steenkamp a tiros. “É necessário vender a casa de Pistorius na residência Silver Woods Country em Pretória e obter os fundos necessários para cobrir os gastos com a justiça, que são crescentes”, informou o advogado de Pistorius, Brian Webber.

O atleta está sendo julgado desde o dia 3 de março. O processo terá continuidade nesta segunda-feira após o pedido de recesso da promotoria, que cumprirá sua parte no início da próxima semana com quatro ou cinco testemunhas. Pistorius confessou ter matado a namorada enquanto a porta do banheiro em que ela estava permaneceu fechada. Isso porque ele alegou que a confundiu com um ladrão.

Nadal derrota Hewitt em Miami O

espanhol Nadal começou o Masters 1000 de Miami em ritmo acelerado. Líder do ranking mundial e cabeça de chave 1 do torneio, ele precisou de apenas 69 minutos para derrotar o australiano Hewitt, três vezes semifinalista do torneio, por 2 sets a 0, parciais de 6/1 e 6/3. A partida foi a primeira de Nadal em Miami, que iniciou sua campanha na segunda rodada por conta de seu ranking, e também marcou o encontro de dois tenistas que já atingiram 600 vitórias no circuito profissional. Hewitt chegou ao feito ao derrotar o holandês Haase na primeira rodada. Já o espanhol tem 642 triunfos no circuito.

Tênis

Na terceira rodada do Masters 1000 de Miami, Nadal enfrenta o uzbeque Denis Istomin, que despachou o russo Tursunov de virada: 6/7 (8-10), 6/0 e 6/3. Eles já se enfrentaram três vezes pelo circuito profissional, sempre com vitórias do tenista espanhol, mas não se encontram há quase dois anos. Por outro lado, o francês Tsonga teve muito trabalho, mas conseguiu manter sua invencibilidade diante do habilidoso cipriota Baghdatis. Na tarde deste domingo (23), o 11º colocado do ranking mundial derrotou o adversário por 2 sets a 1, parciais de 4/6, 7/6 (8-6) e 7/5, para avançar às oitavas do Masters 1000 de Miami.


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