BolanoBarbante 49ª edição

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BOLA NO

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BARBANTE.com Distribuição gratuita - Venda proibida

O semanário do futebol

Ed. Nº49 - Ano II - Belo Horizonte - 19 a 25 de maio de 2014

Especial

1x3

Vitória de líder

Mesmo saindo atrás no marcador, Cruzeiro mostra força e busca virada

BolanoBarbante comemora um ano de história colecionando títulos importantes para o futebol mineiro, como a conquista da Libertadores e do Brasileirão, e se destaca como único jornal de esportes gratuito de Belo Horizonte

3 5

foto: Edu Andrade/Fatopress/Gazeta Press foto: Bruno Cantini/cam oficial

0x0

Atlético

Galo sofreu com os deslfaques e também pela falta de criatividade durante os 90 minutos, não conseguindo balançar as redes do Criciúma em Ipatinga 4

América

Ataque ineficiente

Compartilhe informação, passe esse jornal para outro leitor

não jogue este impresso em via pública

Líder da Série-B, Coelho conta com um elenco recheado de jogadores dos times do interior de Minas, como Tombense e Villa Nova 6

Copa

Para buscar o título do Mundial, algumas seleções terão que viajar mais de 14 mil quilômetros para realizar os jogos da primeira fase, como é o caso de Estados Unidos, Itália e México 8

História

Após 24 anos sem vencer uma Copa, Brasil levanta a taça em 1994 e homenageia Ayrton Senna que, assim como a Seleção, buscava o tetracampeonato 9


BolanoBarbante.com - Ed. 49 - Ano II - Belo Horizonte - 26 de maio a 1 de junho de 2014

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Contra-ataque Leovegildo Leal - leoleal@bolanobarbante.com

Editorial

J

Caro leitor,

É

com muito orgulho, suor e dedicação que colocamos na rua nossa primeira edição do Ano II do BolanoBarbante. Foi no dia 20 de maio de 2013 que chegou ao torcedor mineiro a edição de número um do primeiro semanário esportivo de distribuição gratuita de Belo Horizonte. Nesses 12 meses de história, testemunhamos os principais títulos do futebol disputados no país serem conquistados por times mineiros. Modéstia à parte, nos sentimos parte dessas conquistas. Fazer jornalismo sério e com compromisso com o leitor não é tarefa fácil. Aliás, o jornalismo não é uma área propícia a aventureiros. Por isso, dedicamos esse espaço para agradecer a todos que tornaram concreto nosso trabalho. A começar por nossos investidores, passando pelos anunciantes que veicularam conosco nesse um ano, e, claro, agradecer também a todos nossos parceiros, repórteres e colaboradores. Todos fazem parte dessa trajetória vitoriosa. Esperamos continuar crescendo junto ao futebol de Minas, trazendo sempre o porquê da notícia através da abordagem crítica e reflexiva sobre o fato. E que venham as próximas conquistas, pois estaremos lá, sendo testemunha ocular da história.

Favoritismo discutível possibilidade menor, e muito menor quando se trata de um goleiro apenas mediano como Júlio César. O fato de jogar em casa não dá favoritismo indiscutível pra ninguém. Afinal de contas, apenas pouco mais de um terço dos anfitriões ganharam as Copas disputadas em seu país. Depois da primeira fase, a classificatória, é que de fato vamos saber quem está jogando bem ou não está. Tomemos a Itália, por exemplo. Chega sempre meio ou mesmo totalmente desacreditada às Copas e, ao final da conversa, já conta com quatro títulos mundiais. E o Brasil? A única Copa em que confirmou o favoritismo foi no Mundial do Chile, em 1962. Vamos com calma, portanto. Você sabia, caro leitor, que México, Itália, Honduras, Uruguai, Peru e outros e outros mais são chamados, cada um deles, por suas respectivas mídias – tão primárias quanto as daqui – de “país do futebol”?

á dizia o grande Didi, um dos maiores meias armadores que o futebol já conheceu, que treino é treino e jogo é jogo. Não se deixe trair pelo significado literal das palavras, caro leitor. No treino ninguém corre desesperado em busca da vitória, do bom resultado de acordo com a tabela. No treino, se der deu, se não der não deu, a não ser para aqueles reservas que se consideram injustiçados – e às vezes são mesmo, já que a maioria dos técnicos insiste em colocar jogador ruim em campo. Mas só neste caso. Por isso, que ninguém se deixe impressionar pelos resultados até agora verificados nos jogos-treinos das seleções classificadas para a Copa, treinos aos quais a mídia chama de clássicos para faturar em publicidade. Quando a bola rolar pra valer é que vamos saber quem são os verdadeiros favoritos. No caso do Brasil, a não ser os patrioteiros embrutecidos e/ou manipulados por aquela mesma mídia, ninguém vai atribuir favoritismo à Seleção em razão da conquista da Copa das Confederações. Alguns dos resultados importantes naquela competição – casos das vitórias sobre o Uruguai e da própria final contra a Espanha – se deveram a fatores acidentais do futebol: defender pênaltis é sempre uma

De primeira – Ao que tudo indica, o América vai subir este ano. Depois de tanto criticar nosso time, devo elogiar aqui o desempenho contra o Joinville: a precisão nos passes, a saída rápida para o ataque, a versatilidade exibida pelo meio de campo. Mas vamos falar baixo pra não dar azar.

Expediente Diretor de Marketing, Projeto Gráfico e Diagramação Tiago Haddad 15.374/MG-JP

Diretor de Redação e Editor Responsável Ramon Lopes 14.361/MG-JP

Redator Tiago Haddad

Repórteres Daniel Ottoni 15.729/MG-JP

Guilherme Guimarães 16.054/MG-JP

Colaboradores Gabriel Pazini Matheus Franchini Ruy Viana

Impresso em papel jornal pela Sempre Editora

Distribuição gratuita Contatos Redação: 3262-1580 redacao@bolanobarbante.com Publicidade: 3262-1583 publicidade@bolanobarbante.com Rua Ministro Orozimbo Nonato, 102 - Torre A Sala 2204 - Vila da Serra - Nova Lima/MG

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BolanoBarbante.com - Ed. 49 - Ano II - Belo Horizonte - 26 de maio a 1 de junho de 2014

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Especial

BolanoBarbante faz um ano de conquistas No último dia 20, o jornal fechou a temporada levantando a taça dos dois principais títulos do futebol no país Da redação

H

á um ano, num domingo de clássico entre Atlético e Cruzeiro, pela final do Mineiro de 2013, dia 19 de maio, a reportagem do BolanoBarbante registrava o primeiro título de um time mineiro, do Galo, em uma temporada marcada por conquistas das equipes do Estado. Nesse primeiro ano, entre reuniões de pauta, fechamento das edições, jogos do Mineiro, Copa do Brasil, Libertadores, Brasileirão Série-A e Série-B, a redação do BolanoBarbante torceu e vibrou em uma das melhores temporadas dos times mineiros na última década, na conquista da Libertadores pelo Galo e do tricampeonato Brasileiro pelo Cruzeiro. Não foi somente as conquistas do presente que o jornal levou, gratuitamente, todas as segundas-feiras aos pontos de distribuição (Praça 7, Praça da Estação, Savassi, Praça Raul Soares, entre outros). As glórias do passado também foram narradas na memória de craques como Dadá Maravilha, Dirceu Lopes e Jair Bala. Sem dúvidas, podemos afirmar que valeu a pena a dedicação e esforço de toda nossa equipe e o apoio de nossos parceiros, pois este primeiro ano do BnB foi vitorioso, foi o ano do Futebol Mineiro Esporte Clube.

Ao centro, capa da primeira edição; e momentos marcantes nesse um ano

Inovação A proposta inovadora do BolanoBarbante surgiu da necessidade de uma cobertura exclusiva dedicada ao futebol de Minas. Para o Coordenador de Esportes da rádio

Inconfidência, José Augusto Toscano, “uma das maiores contribuições do BolanoBarbante é dar voz ao esporte mineiro (com ênfase no futebol) de forma objetiva e clara. Informação sem pedantismo. Enfim, a prática do bom e velho jornalismo, tão rara hoje em dia”. Antes mesmo da final do Mineiro o time já estava escalado, só faltava entrar em campo. Muita ansiedade para a primeira cobertura, mas com craques como o colunista Leo Leal, que segundo Toscano, merece “menção especial e honrosa à sua coluna”, Contra-ataque, a certeza da vitória era grande. No meio de campo, destaque ao time de repórteres, que independente das substituições, mantiveram a qualidade do jornalismo do BolanoBarbante. Campanha Vitoriosa Com o esquema tático já definido, cobrir o futebol de Minas, o jornal foi ganhando espaço e reconhecimento. Para o Secretário de redação do jornal “O Tempo”, Murilo Rocha, somos um jornal “ágil, envolvente e certeiro, como deve ser um bom time. O BolanoBarbante foi uma ótima iniciativa na imprensa esportiva mineira. Em seu primeiro ano, já soprou bons ventos, acompanhando de perto as conquistas do Atlético, na Libertadores, e do Cruzeiro, no Campeonato Brasileiro”, afirmou. Para o biógrafo de Dirceu Lopes, o jornalista Pedro Blank, o BnB é “uma alternativa editorial muito interessante para acompanhar o esporte em Minas”.

Na torcida com a galera Fotos: Gustavo theza/bolanobarbante

Gosto muito do BolanoBarbante. Sempre acompanhei o Galo de perto, porém nunca tivemos um jornal voltado para o esporte mineiro, com foco especial no futebol. E em seu primeiro ano de existência, o título da Libertadores voltava pra BH, depois de quase 20 anos. Vida longa ao BnB! Bernardo Amarante - Educador

Sempre acompanhei o trabalho do BolanoBarbante e fico feliz pela comemoração de um ano do jornal. Desde que vi uma matéria falando dos times do interior, no caso o Boa Esporte, meu time do coração, passei a segui-lo diariamente através do site pela qualidade das reportagens. No ensejo das comemorações de um ano de vida do BolanoBarbante, congratulo-me com a direção deste jornal. Grandes conquistas aconteceram no ano passado, e estou certo de que outras brilhantes conquistas virão. Parabéns a todos e muito sucesso! Marconi Edson - Analista de suporte

Frederico Sá Lino - Artista plástico

Acredito que o BolanoBarbante é um jornal promissor por ser o único semanário esportivo de Belo Horizonte. Uma iniciativa que já deu certo. Afinal, em seu primeiro ano de vida já trouxe para Minas o Brasileirão e a Libertadores. Sem dúvidas um jornal diferenciado e pé quente para os mineiros. Felipe Torrent - Med. veterinário


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À espera de Maicosuel Para contratar o meia, Galo terá que vencer a concorrência dos italianos Napoli e Hellas Verona, e do brasileiro Inter foto: Fábio Castro/AGIF/botafogo oficial

Ficou no zero da redação

O Atlético entrou em campo embalado por três vitórias consecutivas no Campeonato Brasileiro. Além disso, os três pontos eram de extrema importância para o Galo se aproximar dos times do G4. Porém, em um jogo que o ataque foi inoperante, o Alvinegro não conseguiu sair do zero diante do Criciúma, no Ipatingão. Após um primeiro tempo de emoções e que o Atlético conseguiu criar boas jogada de ataque, em algumas desatenções, os catarinenses chegaram bem e exigiram excelentes defesas do goleiro Giovanni. Ainda com muitos atletas sob os cuidados do departamento médico, em vários momentos da partida o Alvinegro teve dificuldades na criação e também na finalização. Durante a partida, o zagueiro Réver virou mais uma vez preocupação para o técnico Levir Culpi, após novamente sentir o tornozelo e ter que sair de campo. Na ocasião, o comandante atleticano colocou em campo Edcarlos. Segundo tempo Na volta do intervalo, o Atlético voltou mais animado, porém, o Criciúma também esteve com uma postura melhor e mesmo sem a qualidade técnica desejada, o time catarinense conseguiu

segurar a pressão e assim como nos primeiros 45 minutos, criou boas chances, que assustaram o torcedor atleticano. Na metade da etapa final, o Galo teve grande chance de marcar. Tudo começou no bom cruzamento de Tardelli, que acabou na finalização de André. O atacante cabeceou no ângulo, mas o goleiro Luiz fez ótima defesa. No rebote, Dátolo cruzou livre para Marion, que desperdiçou um gol feito. Na parte final, o Criciúma voltou a incomodar em jogadas de bola parada, que testaram a zaga do Galo. Contudo, no final, o duelo permaneceu empatado. Maicosuel está na mira da diretoria atleticana e assinou pré-contrato dia 20 FICHA TÉCNICA ATLÉTICO 0 X 0 CRICIÚMA Local: Estádio Ipatingão, em Ipatinga (MG) Data: 25 de maio de 2014, domingo Horário: 18h30 (de Brasília) Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães (Asp. Fifa/RJ) Assistentes: Luiz Antônio Muniz de Oliveira (CBF-1/RJ) e Wagner de Almeida Santos (CBF-1/RJ) Cartões amarelos: Alex Silva e Leandro Donizete (Atlético); João Vitor e Cortez (Criciúma) ATLÉTICO: Giovanni; Alex Silva, Leonardo Silva, Réver (Edcarlos) e Emerson Conceição; Josué, Leandro Donizete, Dátolo e Marion; Tardelli (Guilherme) e André Técnico: Levir Culpi CRICIÚMA: Luiz; Eduardo, Fábio Ferreira, Escudero e Cortez; Rodrigo Souza, Maylson, João Vitor (Ricardinho) e Wellington Bruno (Martinez); Silvinho (Giovanni) e Bruno Lopes Técnico: Wagner Lopes

Caso Fernandinho Se por um lado o Atlético trabalha para contratar reforços, por outro, o clube tenta manter um dos principais atletas da equipe. O atacante Fernandinho, que está emprestado ao Galo pelo Al Jazira, dos Emirados Árabes, até o dia 15 de junho, não sabe qual será seu futuro. O jogador já declarou várias vezes que deseja permanecer no time alvinegro, no entanto, o clube árabe faz jogo duro e quer 3,5 milhões de euros (cerca de R$ 10,5 mi) para liberar o atleta. Com problemas financeiros, o Atlético ainda negocia com o Al

Jazira para ao menos prorrogar o empréstimo, mas outros fatores causam problemas ao Galo. Fernandinho está na mira de vários clubes do Brasil, e como já fez seis jogos no Campeonato Brasileiro, preferiu não disputar o sétimo neste domingo (24), contra o Criciúma. Afinal, se o atacante disputar a sétima partida, não poderá defender outra equipe no Brasileirão desse ano. Descontente com a atitude do jogador, o Atlético suspendeu o contrato do atacante, que tem vínculo com o clube árabe até julho de 2017.

Gabriel Pazini

E

nquanto os olhares do planeta estarão voltados para a Copa do Mundo no Brasil, o Atlético estará em excursão na China, em viagem na qual o técnico Levir Culpi retornará ao Oriente apenas seis meses depois de deixar o Cerezo Osaka-JAP. O Galo realizará uma intertemporada do outro lado do mundo e o mês de junho será importantíssimo, pois boa parte dos jogadores que estão no Departamento Médico estarão recuperados e à disposição do treinador, que terá um mês inteiro para conhecer melhor o time e organizar a equipe de acordo com sua filosofia de jogo. A pausa é bem-vinda, apesar do técnico já estar dando um melhor padrão e estilo para o Atlético, que vive boa fase. Além de todos esses fatores, a viagem também é importante pelo dinheiro que o Galo vai arrecadar do outro lado do mundo. No entanto, não é só dentro de campo e nas finanças que o time atleticano está se movimentando. Os bastidores alvinegros estão intensos nos últimos dias e reforços vão chegar. Pedra cantada Como o BolanoBarbante antecipou na última semana, o Atlético não conseguiu contratar o meia uruguaio Nicolás Lodeiro, que vai reforçar o Corinthians.

Porém, outro meio-campista está próximo de fechar vínculo com o Galo. O nome em questão é Maicosuel, jogador que se destacou pelo Botafogo no Brasil, já passou pelo Cruzeiro e estava na Udinese-ITA. Segundo apurou o BnB, o atleta tem propostas de Napoli e Verona, da Itália, de um clube árabe de nome não revelado e do Internacional. Inclusive, o próprio jogador escolheu atuar pelo Atlético. Ainda vale destacar que Maicosuel e seu empresário, Lê, assinaram um pré-contrato com o time mineiro na última terça-feira (20). Entraves na negociação O que ainda emperra o acerto definitivo e o anúncio do Galo, é o acordo com a Udinese. A reportagem apurou que Napoli, Verona e o clube árabe aceitam pagar os 5,5 milhões de euros (cerca de R$ 16 mi) pedidos pela equipe italiana, enquanto o Atlético tem uma oferta menor. A expectativa, no entanto, é que o acordo seja firmado nesta semana. Uma fonte envolvida na negociação, que pediu sigilo ao BnB, afirmou que a Udinese já liberou o meia e aceita negociá-lo por um valor menor com o Atlético, mesmo tendo propostas maiores de outros clubes, já que Maicosuel optou pelo Galo. Reuniões nesta semana devem fechar o acordo.


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Vender para equilibrar as contas Depois de investir pesado na contratação de atletas, Cruzeiro busca negociar jogadores para não ficar no vermelho foto: Gustavo Theza/bolanobarbante

Triunfo no Centenário da redação

Júlio Baptista, que tem o salário estimado em quase R$ 1 milhão, pode ser um dos negociados

lho. E vender jogadores parece a melhor saída. Um dos interessados em Baptista é o Santos, que busca leva-lo para a Vila Belmiro. Além disso, o meia Everton Ribeiro e o zagueiro Dedé podem deixar o clube na próxima janela internacional, que se abre no meio do ano, pois a negociação de 50% dos direitos econômicos de Vinícius Araújo, vendido ao Valencia-ESP por R$ 11,5 milhões, foi apenas um alívio nas contas. A diretoria estrelada viu a dívida do clube crescer 40% em um ano. Se em 2012 os débitos celestes atingiam os R$ 143,1 milhões, em 2013 o número saltou para quase R$ 200 milhões. Por isso, a necessidade de se desfazer de algumas peças. Os dirigentes da Raposa estão atentos ao mercado e buscam novas negociações para minimizar os impactos dos investimentos feitos na montagem do grupo campeão nacional. Uma dessas tentativas fracassou. Nílton não será mais negociado com a Inter de Milão-ITA e 5 milhões de euros (R$ 15,1 mi) deixam de entrar nos cofres azuis.

Guilherme Guimarães

Um elenco com jogadores de renome, sem uma grande estrela, mas que se valorizou com a conquista do Campeonato Brasileiro do ano passado. O Cruzeiro, segundo estudo recente da Pluri Consultoria, atingiu o patamar dos R$ 163,5 milhões (aproximadamente 54,1 milhões de euros) na cotação do mercado da bola. Valorizado e tido como um dos favoritos a grandes títulos em 2014, a Raposa, de dois compromissos, chegou ao seu objetivo, até aqui, apenas no Campeonato Mineiro. Na Libertadores o time decepcionou e perdeu oportunidade de “rechear” o seu cofre com, aproximadamente, R$ 10 milhões. Fato que prejudicou o planejamento financeiro do clube. Com uma folha salarial alta, principalmente no que diz respeito aos vencimentos do veterano Júlio Baptista – estimados em quase R$ 1 milhão –, o Cruzeiro tenta encontrar soluções para não deixar o seu caixa figurar no verme-

Manutenção da liderança Visando arrecadar mais dinheiro e evitar o aumento da sua dívida, o Cruzeiro sabe que um título é fundamental para suas pretensões. Por isso, a cabeça dos jogadores da Raposa e dos dirigentes está voltada para o tetra do Brasileirão. Para se manter bem na briga neste início de competição, o time celeste tem uma meta: fixar-se na liderança da disputa antes da parada da Copa do Mundo. São mais dois jogos para que isso aconteça: Corinthians e Flamengo. “Vencemos na despedida do Mineirão e isso foi importante para nos dar moral para

Comparativo das campanhas 2013 e 2014 até a 7ª rodada 1

4

16 12

2014

5

2013 Posição

Pontos

6 3

1

3

1

7

1

Vitórias Empates Derrotas Saldo gols

os últimos jogos antes da paralisação do Brasileiro. Agora faremos partidas fora de casa e voltaremos ao Triângulo Mineiro para jogar contra o Flamengo, nosso último jogo antes da parada da Copa do Mundo, e queremos nos manter no topo da tabela”, disse o

lateral-direito Mayke ao BolanoBarbante. Depois de enfrentar o Internacional, a Raposa pega o Corinthians, quarta (28), no Canindé, e depois recebe o Flamengo no Parque do Sabiá, em Uberlândia, já que o Mineirão já está sob tutela da Fifa.

O Cruzeiro viajou até Caxias do Sul para enfrentar o Internacional, em duelo pelas primeiras posições do Campeonato Brasileiro. Mesmo começando atrás no marcador, a Raposa reuniu forças e conseguiu virar o placar para 3 a 1, retomando a liderança da competição, que tinha sido roubada pelo Fluminense, no sábado. Para o duelo, o Internacional entrou em campo com um esquema mais conservador, com o técnico Abel Braga optando por deixar apenas Wellington Paulista no ataque. Porém, quando a bola rolou, quem começou dando as cartas foi o Internacional. Com o passar do tempo, o Cruzeiro equilibrou o jogo e começou a criar chances no ataque. Contudo, para o azar da Raposa, foi justamente neste momento que o Internacional abriu a contagem. Após ótima triangulação do ataque Colorado, Diogo invadiu a área e serviu Wellington, bem posicionado, apenas empurrar para as redes Antes do apito final, o time celeste comemorou, em um lance estranho. Após a bola sobrar para o Ricardo Goulart perto da trave, o meia cabeceou para área e contou com o quique irregular, que enganou a defesa adversária, empatando o confronto. Selando os três pontos Na etapa final, o Cruzeiro foi melhor em campo e desta forma, construiu a vitória. Em uma jogada rápida, Everton Ribeiro deu um passe milimétrico para Willian, que havia entrado no lugar de Dagoberto. O atacante invadiu a área e tocou na saída de Dida: 2 a 1. Na parte final, a Raposa ainda chegou ao seu terceiro tento, depois de Marcelo Moreno finalizar duas vezes. FICHA TÉCNICA INTERNACIONAL 1 X 3 CRUZEIRO Local: Estádio Centenário, em Caxias do Sul (RS) Data: 25 de maio de 2014, domingo Horário: 18h30 (de Brasília) Árbitro: Paulo Henrique Bezerra (SC) Assistentes: Kleber Lúcio Gil (Fifa-SC) e Carlos Berkenbrock (SC) Cartões amarelos: Wellington (Inter). Dagoberto, Ricardo Goulart (Cruzeiro) GOLS: INTER: Wellington, aos 38 minutos do primeiro tempo; CRUZEIRO: Ricardo Goulart, aos 42 minutos do primeiro tempo. Willian, aos 24, e Marcelo Moreno, aos 41 minutos do segundo tempo INTERNACIONAL: Dida; Diogo, Ernando, Juan e Fabrício; Willians, Wellington (Jorge Henrique), Otávio (Eduardo Sasha), D’Alessandro e Valdívia (Aylon); Wellington Paulista Técnico: Abel Braga CRUZEIRO: Fábio; Ceará, Léo, Bruno Rodrigo e Egídio; William Farias, Henrique, Everton Ribeiro (Tinga) e Ricardo Goulart; Dagoberto (Willian) e Marcelo Moreno (Borges) Técnico: Marcelo Oliveira


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Força do interior Reforços chegaram ao clube vindo de times do interior de Minas, como Tombense, Villa Nova e Caldense foto: Gustavo Theza/BolanoBarbante

Da redação

O

América segue firme na ponta do Campeonato Brasileiro da Série-B, mesmo com o empate por 1 a 1 na última rodada, diante do Santa Cruz, em Pernambuco. Depois de um Campeonato Mineiro aos trancos e barrancos, o Coelho está bem neste início da divisão de acesso, muito pela força do elenco, que conta com vários jogadores advindos de clubes do interior de Minas Gerais. Para se ter uma ideia, somente do Tombense vieram cinco atletas e também o técnico Moacir Júnior, um dos responsáveis pela ótima campanha do alviverde até aqui. O zagueiro André, o lateral Pablo, que atua também como volante – melhor passador do time, com 244 acertos –, o goleiro Darley, o atacante Júnior Negão e o armador Élvis chegaram ao Coelho depois de passagem pelo time da cidade de Tombos. Para completar a lista, outros clubes do interior também tiveram sua colaboração com o atual elenco do América, pois o experiente Mancini – que figura entre os que mais finalizam na equipe – veio do Villa Nova, de Nova Lima, assim como o zagueiro Heitor e o atacante Henrique, que corriqueiramente é lembrado pelo técnico Moacir Júnior. Diante do Santa Cruz, o avante entrou no lugar de Willians

e deu ótima movimentação ao time. Além deles, o armador Diney foi contratado junto à Caldense. A força do elenco foi exaltada pelo experiente Mancini, que apesar do bom momento vivido, sabe que a tendência é o Coelho ficar a cada rodada mais visado, principalmente pelos últimos resultados, que deixaram a equipe com três pontos de vantagem para o segundo colocado. “Vamos continuar nessa pegada, pois não há nada ganho ainda. Temos que manter os pés no chão e trabalhar mais e mais, porque, a partir de agora, o América vira um time ainda mais visado. Vamos ter de trabalhar bem para nos desvencilharmos dos adversários”, declarou Mancini. Compactuando com o meia, o técnico Moacir Júnior quer a equipe focada no objetivo do acesso. Porém, no momento, a estratégia do comandante americano é somar o maior número de pontos possíveis para o Alviverde segurar a ponta da Série-B na pausa para a disputa da Copa do Mundo. “Traçamos uma meta para servir de parâmetro. Vamos buscar o maior número de pontos possíveis para chegarmos na Copa do Mundo na liderança. Essa invencibilidade e a liderança deixa o torcedor do América cada dia mais feliz”, analisou o técnico.

Pablo (ex-Tombense) é uma das principais peças do time alviverde

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Desgaste físico preocupa D

epois do empate contra o Santa Cruz na sexta-feira (23), o Coelho não terá nem tempo para descansar, pois já na terça (27), o time volta a campo para encarar o Atlético-GO, no Serra Dourada. Para o duelo, existe uma grande preocupação da comissão técnica do Coelho em relação ao desgaste dos atletas, que estão passando por uma verdadeira maratona de jogos. “O time está com um desgaste muito grande. Temos que administrar a recuperação do time, o emocional, a vontade. Precisamos de tranquilidade, nenhum é mais importante que todos nós juntos. Não podemos cometer erros nessa caminhada bonita que estamos seguindo durante a Série-B”, afirmou o técnico Moacir Júnior, que vem se desdobrando para administrar os problemas físicos do elenco. Inclusive, no duelo contra o

Santa Cruz, Moacir Júnior não pôde contar com o volante Leandro Guerreiro, que foi poupado devido ao desgaste muscular. Contudo, para a próximo compromisso, o experiente atleta deve ficar à disposição do comandante alviverde. “Foi uma sugestão minha e da parte fisiológica. Queríamos recuperá-lo desse desgaste e tê-lo numa condição muito melhor no Serra Dourada. Não só ele, mas também o Elsinho”, explicou Moacir, que contra o Santa Cruz escalou Pablo na ala direita. “Todos sabem que ele é o maestro, o capitão, o termo de equilíbrio. Ele fez uma partida memorável contra o Joinville. Mas no nosso grupo é assim: se acharmos necessário um descanso, vamos conceder. Isso aponta muita harmonia física, técnica e tática no nosso trabalho”, finalizou Moacir Júnior

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Brasileirão tabela de jogos e classificação

Jogos da semana - Série-A Jogos da semana - Série-B

8ª rodada Qua 28/05/2014

X Qua 28/05/2014

X Qua 28/05/2014

X Qua 28/05/2014

X Qua 28/05/2014

X 9ª rodada Sáb 31/05/2014

X Sáb 31/05/2014

X Sáb 31/05/2014

X Dom 01/06/2014

X Dom 01/06/2014

X

19h30 Ilha do Retiro 19h30 Prudentão 19h30 Heriberto Hülse 21h00 Centenário 21h00 Serra Dourada

18h30 Morumbi 18h30 Durival Britto 21h00 Joia da Princesa 16h00 Parque do Sabiá 16h00 Alfredo Jaconi

Qua 28/05/2014

X Qua 28/05/2014

X Qua 28/05/2014

X Qui 29/05/2014

X Qui 29/05/2014

X Dom 01/06/2014

X Dom 01/06/2014

X Dom 01/06/2014

X Dom 01/06/2014

X Dom 01/06/2014

X

22h00 Canindé 22h00 Parque do Sabiá 22h00 Ipatingão 19h30 Morumbi 21h00 Jóia da Princesa

16h00 Arena Condá 16h00 Arena Corinthians 18h30 Moacyrzão 18h30 Primeiro de Maio 18h30 Orlando Scarpelli

8ª rodada Ter 27/05/2014

X Ter 27/05/2014

X Ter 27/05/2014

X Ter 27/05/2014

X Ter 27/05/2014

X 9ª rodada Sex 30/05/2014

X Sex 30/05/2014

X Sex 30/05/2014

X Sex 30/05/2014

X Sáb 31/05/2014

X

TABELA BRASILEIRÃO - SÉRIE A 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

TIMES Cruzeiro Fluminense Goiás Grêmio Palmeiras Corinthians São Paulo Internacional Atlético Atlético-PR Bahia Criciúma Santos Sport Vitória Flamengo Botafogo Chapecoense Coritiba Figueirense

P 16 15 14 13 12 12 12 12 11 9 8 8 8 7 6 6 5 5 4 3

J 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7 6 7 7 6 7 7 7 7 7 7

V 5 5 4 4 4 3 3 3 3 2 2 2 1 2 1 1 1 1 0 1

P Pontos J Jogos V Vitórias E Empates D Derrotas

E D 1 1 2 0 1 2 1 2 3 0 1 3 3 1 1 3 2 2 3 2 2 2 3 2 5 1 1 3 3 3 3 3 4 2 2 4 4 3 6 0 Libertadores Rebaixamento

19h30 Canindé 19h30 Durival Britto 19h30 Arena Joinville 19h30 Iberezão 19h30 Melão

19h30 Amaros 19h30 Ressacada 19h30 Nazarenão 21h50 Aflitos 16h20 Moisés Lucarelli

Ter 27/05/2014

X Ter 27/05/2014

X Ter 27/05/2014

X Ter 27/05/2014

X Ter 27/05/2014

X Sáb 31/05/2014

X Sáb 31/05/2014

X Sáb 31/05/2014

X Sáb 31/05/2014

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21h50 Nabi Abi Chedid 21h50 Aflitos 21h50 Passo das Emas 21h50 Domingão 21h50 Serra Dourada

16h20 Raulino de Oliveira 16h20 Castelão (MA) 16h20 Soares de Azevedo 21h00 Romeirão 21h00 Serra Dourada

TABELA BRASILEIRÃO - SÉRIE B 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

TIMES América Joinville Ceará ABC Luverdense América-RN Ponte Preta Vasco Paraná Sampaio Corrêa Náutico Boa Esporte Bragantino Icasa Avaí Atlético-GO Santa Cruz Oeste Portuguesa Vila Nova

P 17 14 14 13 12 10 10 9 8 8 8 8 8 8 7 7 7 6 5 1

J 7 7 7 7 7 7 7 6 7 6 6 7 7 7 6 7 7 7 7 7

V 5 4 4 4 3 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 0 1 1 0

P Pontos J Jogos V Vitórias E Empates D Derrotas

E D 0 2 2 1 2 1 1 2 1 3 1 3 1 4 1 3 2 3 2 2 2 2 3 2 3 2 2 3 3 1 2 4 7 0 3 3 2 4 1 6 Série-A Rebaixamento


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Copa do mundo

Percorrendo o Brasil atrás da Taça Seleções terão que viajar milhares de quilômetros para os jogos e distância pode influenciar o desempenho foto: Rafael Ribeiro/CBF

Daniel Ottoni

R

ealizar a Copa do Mundo em um país de dimensões continentais como o Brasil tem um preço. E ele será caro para algumas seleções que precisarão percorrer grandes distâncias na primeira fase da competição. Enquanto algumas agradecem pela proximidade das cidades onde disputarão os três primeiros jogos, outras vão atravessar quase que o país inteiro para entrar em campo. É o caso dos EUA, que vai atuar em Natal, Manaus e Recife. A equipe dos EUA viajará mais de 14 mil quilômetros – contando a ida ao local da partida e a volta para a cidade onde está hospedada – que serão percorridos em 10 dias. Além disso, terão que driblar as mudanças de temperatura e também do fuso-horário. “Quando definiu-se que a Copa seria no Brasil, soube-se que ela seria jogada em 12 sedes e este problema já estava previsto”, destaca Gian Oddi, comentarista dos canais ESPN, ao BolanoBarbante. Nesta verdadeira maratona, quem se deu bem foi a Bélgica, que vai jogar em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Ao todo, os belgas vão percorrer pouco menos de 2 mil quilômetros. Já o Brasil ficou no meio-termo e jogará em São Paulo, Fortaleza e Brasília na primeira fase, percorrendo 7.356 quilômetros. Itália e México também irão ultrapassar a marca dos 14 mil quilômetros. Outros adversários Na segunda fase da Copa, a situação pode piorar, pois além da tensão de duelos eliminatórios, o peso do cansaço provocado por tantos deslocamentos será cada vez maior, podendo interferir no desempenho das seleções. “Não acho que seja uma questão primordial a definir o campeão ou os finalistas. Mas certamente tem um peso e pode funcionar como uma espécie de “sintonia final” na decisão de partidas”, indica Oddi ao BnB. Para minimizar os efeitos, a escolha de uma sede próxima ao local das partidas poderia ser uma boa opção. No entanto, grande parte das seleções definiram seu ‘quartel-general’ antes mesmo de saberem seus grupos e, desta forma, precisaram contar com a sorte para não se deslocarem por grandes distâncias. “Acredito que a escolha da sede tem sua importância, mas a quantidade de viagem e os locais de jo-

gos têm um peso maior no desgaste dos times. Achei curioso o fato de várias seleções terem definido suas sedes antes de saber onde jogariam”, mostra Oddi. Porém, o jornalista indica, ainda, uma estratégia usada por algumas delegações para diminuir a quilometragem a ser percorrida. “A Itália, por exemplo, já conseguiu eliminar a obrigatoriedade de voltar para sua sede em Mangaratiba entre suas partidas, diminuindo o número de viagens a serem feitas. É uma medida importante, assim como fizeram a Argentina e também a Espanha ”, lembra Oddi. Na pele As dificuldades que os EUA terão na Copa foram vividas pela Seleção Brasileira de Parreira, em 1994. O time chegou a fazer grandes deslocamentos, como entre Los Angeles, Dallas e Detroit, provocando um grande cansaço ao time que seria tetracampeão do mundo. “Não bastando a distância, ainda tinha as esperas em aeroportos. O planejamento foi bem feito. Chegávamos dois dias antes para nos adaptarmos, também, à temperatura. Enfrentamos muito calor naquela Copa”, lembra o zagueiro Ronaldão. Ele afirma que, agora, chega a hora dos norte-americanos passarem pelas dificuldades vividas pelos brasileiros. “Eles vão sentir na pele o que sofremos. O calor também vai atrapalhar, já que eles vão atuar em cidades de clima úmido”, relata o ex-jogador.

Distância total de viagens das seleções Estados Unidos: 14.326 km Itália: 14.126 km México: 14.040 km Japão: 11.512 km Costa do Marfim: 11.240 km Camarões: 11.018 km Costa Rica: 10.472 km Portugal: 9.834 km Croácia: 9.800 km Suíça: 8.854 km Austrália: 8.796 km Uruguai: 8.534 km Honduras: 8.040 km Brasil: 7.356 km Inglaterra: 7.190 km Bósnia: 6.924 km Equador: 6.660 km França: 5.858 km Alemanha: 5.836 km Holanda: 5.496 km Colômbia: 5.350 km Gana: 5.342 km Grécia: 5.300 km Coreia do Sul: 5.152 km Espanha: 5.042 km Nigéria: 5.038 km Chile: 4.630 km Irã: 4.592 km Rússia: 4.304 km Argélia: 3.992 km Argentina: 3.544 km Bélgica: 1.984 km

Seleção Brasileira vai deslocar 7.356 km para os jogos da fase de grupos


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história

EUA 1994 Boston

Nova Iorque

Detroit

foto: divulgação

Brasil acelera para o tetra

Chicago

Washington São Francisco

Los Angeles

Dallas

Orlando

Cidades sede: Boston, Chicago, Dallas, Detroit, Los Angeles, Nova Iorque, Orlando, São Francisco e Washington

No ano da morte do piloto Ayrton Senna, Romário dá show e devolve a alegria ao país conquistando o Mundial Guilherme Guimarães

T

odo mundo sabe que o rei do futebol é um só. Por mais que façam comparações, Pelé é o grande ícone do futebol. Presente em três títulos mundiais da Seleção Brasileira, 1958, 1962 e 1970, Edson Arantes do Nascimento emprestou sua coroa para “um certo baixinho”, Romário, que se tornou realeza na Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos. Na América do Norte, o Brasil se tornava a primeira seleção tetracampeã do mundo, garantindo também seu primeiro mundial sem Pelé. E diante da Itália, também tricampeã, conquistou o título nos pênaltis. Difícil não se lembrar do narrador Galvão Bueno, da TV Globo, gritando “É tetra, é tetra”, abraçado por Pelé. E do pênalti desperdiçado pelo então craque italiano Roberto Baggio. O feito que tirava o país da fila após 24 anos sem comemorar um título dessa magnitude aconteceu em um dos anos mais tristes para o esporte brasileiro. Em 1994, o país perdeu um de seus maiores mitos, Ayrton Senna, tricampeão na Fórmula 1 que havia falecido em maio. E foi com uma bela faixa, após os pênaltis contra a Itália, na final, que a Seleção Brasileira homenageou um dos maiores esportistas nacionais: “Senna, aceleramos juntos. O tetra é nosso”. Grande craque Romário foi o grande personagem da Copa de 1994. Um gênio que, mesmo com apenas 1,69 m de altura, agigantou-se para mostrar ao planeta bola toda a sua habilidade e faro de gol. O camisa 11 da Sele-

ção Canarinho contou com o apoio de seu parceiro de ataque, Bebeto. Esse, muito marcado, tanto pelos adversários, quanto pela comemoração emblemática de um gol feito contra a Holanda. O camisa 7 “embalou” a conquista do tetra ao homenagear o nascimento de seu filho Matheus, balançando os braços como se estivesse carregando uma criança, na companhia de Mazinho e Romário. “Essa foi a Copa do Romário. Eu disse, eu cumpri. Sou tetra e o melhor do mundo. Eu falo e faço. Disse isso para calar a boca de muitos críticos”, disparou Romário, que já havia sido herói nas Eliminatórias daquele Mundial, no dia 19 de setembro, do ano de 1993, quando marcou os dois gols no Maracanã, diante do Uruguai, que valeu a vaga na Copa. Futebol de resultado Mesmo sem encantar, o Brasil ditava um novo estilo, mostrando ao mundo um futebol de resultados. O então técnico Carlos Alberto Parreira, com um esquema de forte proteção ao sistema defensivo, viu o seu time sofrer o menor número de gols em toda a competição: apenas três. Um contra a Suécia, ainda na fase de grupos, e dois da Holanda, nas quartas de final. No miolo de zaga, os experientes Márcio Santos e Aldair se destacaram. Juntamente com os cães de guarda, Mauro Silva e Dunga. Esse último, também, um dos símbolos da conquista do tetra. Após o título, Zagallo se tornou o único homem a ser quatro vezes campeão do mundo: duas como jogador e outras duas como membro da comissão técnica. Muito criticado pela impren-

sa quatro anos antes, na Copa de 1990, Dunga foi o responsável por erguer à taça de campeão no Rose Bowl, em Los Angeles. O então capitão virou-se para a tribuna onde ficavam os jornalistas e mandou o seu recado direto. Uma resposta clara aos questionamentos que ele havia sofrido: “Essa é pra vocês, bando de traíras filhos da p...”, dis-

se sem papas na língua. Na Copa de 94, uma das grandes decepções foi a Colômbia, que tinha um grande time, mas não foi à segunda fase do Mundial. Após o fracasso e um gol contra, o zagueiro Escobar acabou assassinado em seu país. Além disso, o goleiro italiano, Gianluca Pagliuca foi o primeiro camisa 1 a ser expulso em copas. Arte: matheus franchini


Bate bola com o torcedor

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Quer ver sua opinião publicada aqui? A seção está aberta a críticas e sugestões, sempre bem-vindas. Envie e-mail para redacao@bolanobarbante.com, assunto “Carta do leitor”, ou correspondência para Rua Ministro Orozimbo Nonato, 102, Sala 2204, Torre A - Vila da Serra - Nova Lima/MG - CEP:34.000-000

Willian, em entrevista ao canal Sportv

Todo mundo tem sua importância dentro do grupo. Mesmo a gente tendo o grupo inchado, o respeito sempre existe aqui dentro, o que é

difícil para o treinador. Quem está fora tem que estar muito ligado, porque faz a diferença. Fico feliz por ter entrado e ajudado. Mais feliz ainda pelo resultado que nos mantém na liderança do campeonato

Tardelli, após o jogo contra o Criciúma

do pela torcida, mas eu pedi para deixar o campo. Foi um jogo muito difícil, o campo estava pesado. Mas temos que pensar na quarta-feira, que já tem outro jogo difícil

Marcelo Moreno, autor de um dos gols do Cruzeiro

grandes partidas, fazendo gol e, com certeza, isso é bom para mim, é bom para o Cruzeiro. Tomara que eu consiga continuar fazendo isso

É bom voltar e se sentir bem. Para ficar bem claro, hoje eu que pedi para sair. O Levir foi bastante critica-

O time está de parabéns, porque esse jogo vale seis pontos. A gente vem fazendo

Cheiro suave (poét.) Agir como quem não perde a esperança

T Pedaço de pedra Caem do espaço

Cheios de trabalho a fazer

Criatura

A

"Nome" da letra M Vias de carros

Interjeição de espanto Já (?): acabou (gíria)

Agasalho apropriado para o inverno

Alerta, em inglês Spike (?), diretor de "Malcolm X" (Cin.)

Estado de jogadores ao fazer o gol (fut.) Arsênio (símbolo) Amplo; espaçoso

Mania do tagarela

(?) Mans, circuito automobilístico Influencia as marés Não, em francês

Provocação de torcidas Município paulista (?) Ravache, atriz O "S" da bússola

Estado brasileiro mais recente (sigla) Princípio; origem (poét.)

Compositor de "Tempos Modernos" e "Casa"

BANCO

35

Solução

L

Entre aspas

Comer, em inglês Bois e vacas

C J O N A T C R

se igualar a times de menor expressão na Libertadores. Pra mim, faltou foi raça do Cruzeiro para se manter no torneio. Quanto ao problema da arbitragem, aí eu concordo

(?) naturais: tornado, terremoto e tsunâmi

R O

O

Dessa vez serei obrigado a discordar da coluna Contra-ataque, da edição 48. Não acho que os times do Brasil são tão inferiores a ponto de

(?) franca, acesso livre a espetáculos

J R O U S A R A L L E MA N T R A D A E T R O F E S S E A T O L A S C A E E I TA V E R A R E R L E A A F L L U A E E N E D O R T O A N T O S

Fernando Gomide

” ” ” ” ” ”

nós estamos aceitando. Espero que as manifestações ganhem força para mostrar ao mundo para que a Copa está sendo utilizada aqui

Caminho "(?) Nacional": estreou em 1969

M E T E O R O S

Parabéns pela matéria especial sobre a Copa do Mundo. É um absurdo o que a dona Fifa está fazendo no Brasil e

Frase emblemática

T O M R N R A S D O R E R S U E A S S I S T L U

Filipi Rodrigues

anunciantes, sendo o Governo um dos maiores. Por isso, acompanho sempre o BnB, pois suas reportagens apontam muito além do que já foi dito por outros veículos que cobrem o esporte

Site na internet como o Facebook, Orkut e As donas Twitter de casa, em relação aos empregados

U

A matéria especial da edição 48 do BolanoBarbante foi sensacional. A grande mídia não fala dos problemas de infraestrutura justamente para não chatear seus parceiros e

Deformação no pé, que pode ser causada por calçado inadequado Avião de pouco peso

Estado do amendoim no pé de moleque

E P E S X T E A T V A L

“ “ “ “ “ “

João Batista Carvalho

Domínio típico de Seção de governos sites que centralizados explica o modo de utilização de um serviço

© Revistas COQUETEL

2/le. 3/eat — non. 5/alert. 8/como usar. 15/controle estatal.

Carta do leitor

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br


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Notasno

Barbante Fórmula 1

Rosberg volta Tsonga e à liderança Federer vencem

O

alemão Nico Rosberg retomou a primeira colocação do Campeonato Mundial de Fórmula 1 ao conquistar o Grande Prêmio de Mônaco da categoria, na manhã de domingo (25). Em sua segunda vitória consecutiva no tradicional circuito de rua, o filho de Keke Rosberg venceu mais um confronto direto contra Hamilton, que ficou em segundo. Completando o pódio aparece o australiano Daniel Ricciardo.

Vôlei

Bernardinho busca melhora

A

segunda derrota do Brasil em duas partidas na Liga Mundial masculina de vôlei confirmou ao técnico Bernardinho que o time precisa melhorar. Depois de cair novamente diante da Itália, o treinador apontou o saque como o fundamento que mais precisa ser trabalhado para evitar novos resultados negativos. Assim como na sexta-feira (23), e no sábado (24), o Brasil foi derrotado pela Itália por

Atletismo

O

A quarta colocação em Mônaco ficou nas mãos do espanhol Fernando Alonso, da Ferrari, seguido por Nico Hulkenberg e Jenson Button. O brasileiro Felipe Massa, que largou em 16º, fez boa prova e acabou em sétimo. Rosberg liderou a prova de ponta a ponta, sem sofrer ataques de Hamilton, que caiu de rendimento no fim com um problema no olho, e cruzou a linha de chegada a 9s2 de seu companheiro de equipe.

3 sets a 1, em confronto válido pelo Grupo A da Liga Mundial. “Ainda estamos abaixo do que podemos. Tivemos chances no terceiro set, que foi igual, mas nós não conseguimos fechar. Eles estão tranquilos por já estarem classificados e jogaram soltos no saque. Nós não conseguimos dar esse volume no saque e faltou um pouco de pressão para gerar insegurança no time deles”, analisou Bernardinho.

Giovani vence em BH

fundista Giovani dos Santos venceu mais uma etapa do Circuito Brasileiro de corrida de ruas, neste domingo (25). Depois de conquistar a prova de Uberlândia, ele subiu ao lugar mais alto do pódio do evento de Belo Horizonte, vencendo forte disputa com atletas africanos e brasileiros. Giovani passou toda a prova na liderança e segurou os ataques do restante do pelotão. Ele completou a corrida em 29min30s,

deixando o queniano Kimutai na segunda colocação com a marca de 30min01s. Hillary Kimei e os brasileiros Valdir Oliveira e Ivanildo Pereira completaram o pódio. “Fiquei um pouco cansado no final, até pelo ritmo de competições em sequência, mas foi uma prova muito legal. Ganhar novamente é o resultado do bom trabalho de treinamento que venho fazendo na Pé de Vento, com o Henrique Viana”, destacou Giovani.

O

primeiro dia de disputas do Aberto da França de tênis teve um duelo de tenistas locais para deleite da torcida em Paris. Favorito, Jo-Wilfriend Tsonga derrotou seu compatriota Edouard Roger-Vasselin por 3 sets a 0, com parciais de 7/6 (7-4), 7/5 e 6/2 em 2h21min de disputa. Já o tcheco Tomas Berdych, cabeça de chave 6 em Paris, teve uma estreia tranquila diante do polonês Peter Polansky, e venceu por 3 sets a 0, parciais de 6/3, 6/4 e 6/4. Na segunda rodada, ele pega o cazaque Nedovyesov, algoz de Somdev Devvarman por 3 sets a 1. John Isner, por sua vez, teve que enfrentar a empolgação do jovem local Pierre-Hugues Her-

Tênis

bert. O norte-americano venceu por 3 sets a 0 , com 7/6 (7-5), 7/6 (7-4) e 7/5, em 2h23min de jogo. Diante do eslovaco Lukas Lacko, o suíço Roger Federer não teve dificuldades e venceu por 3 sets a 0, com parciais de 6/2, 6/4 e 6/2, em 1h24min. Feminino A polonesa Agnieszka Radwanska iniciou com segurança sua campanha no Aberto da França, segundo Grand Slam da temporada. Neste domingo (25), primeiro dia de disputas do torneio, ela abriu a programação da quadra Philippe Chatrier enfrentando a chinesa Shuai Zhang e não teve problemas para vencer: 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 6/0.



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