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O semanário do futebol
Foto: Jefferson Bernardes / VipComm
Ed. Nº4 - Ano I - Belo Horizonte - 10 a 16 de junho de 2013
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Finalmente 3 a 0 Brasil
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Copa das Confederações
Especial
Edição
Conheça a história e tudo sobre as seleções que vão disputar o torneio 7
Vencendo sobre o Grêmio na Arena do Jacaré pelo placar de 2 a 0, Galo conquista três pontos e deixa a zona de rebaixamento. Sequência de jogos prejudica o time que precisa estar bem para duas competições
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Goleiro pé quente
Cruzeiro completa 20 anos da primeira conquista da Copa do Brasil em 1993. Na atual edição, busca o pentacampeonato para garantir vaga na Libertadores da América. No Brasileirão, empatou com o Inter por 2 a 2
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América
Vinte anos de glória
Cruzeiro
Atlético
Primeira vitória
Com a substituição do goleiro Neneca pelo jovem Matheus, o Coelho vem demonstrando reação no Campeonato Brasileiro e já conquistou sua terceira vitória na competição, contra o Oeste, pelo placar de 4 a 3
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BolanoBarbante.com - Ed. 4 - Ano I - Belo Horizonte - 10 a 16 de junho de 2013
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Contra-ataque Leovegildo Leal - leoleal@bolanobarbante.com
Sobre arenas, bolas e caxirolas
Editorial
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Caro leitor,
E
stamos na rua outra vez. Mesmo enfrentando dificuldades e problemas de toda natureza, o BolanoBarbante continua zelando pelo seu padrão de qualidade. A novidade dessa edição é a troca da empresa que distribui nosso jornal. Agora estamos com uma divulgação melhor e com maior alcance. Trazemos também nesse número, o especial Copa das Confederações, com todas as informações do torneio mundial que começa no país no próximo dia 15. São cinco páginas com tudo o que você precisa saber para acompanhar de perto esse grande evento. O Brasil vive a expectativa de sediar um grande torneio esportivo, esperando ser capaz de atender às necessidades de torcedores de todo o planeta. E precisamos fazer bonito, afinal, esse é nosso ensaio geral para receber a Copa do Mundo de 2014. Enquanto isso, o campeonato nacional fez uma pausa, voltando ao término da Copa das Confederações. Descanso propício para os times colocarem ordem na casa e acertarem suas equipes para o Brasileirão. Acompanhe tudo o que rola no mundo da bola em BolanoBarbante.com.
or favor, mais respeito com o futebol. Sim, o futebol brasileiro está sendo vítima de toda uma série de agressões que ameaçam sua própria existência. Os agentes são variados, capitaneados exatamente pela entidade que deveria zelar pelo esporte no país: a CBF. É a velha história do bode tomando conta da horta. Arena? Ora, em primeiro lugar futebol não é tourada, não é luta de vida ou morte. No entanto, o nome arena traz implícita a mensagem da violência e do sensacionalismo próprios das malditas ‘estratégias de marketing’ que rebaixam o esporte à mera condição de mercadoria. Não custa muito a CBF mandar espalhar algumas manchas de sangue nos gramados brasileiros. Aí, o futebol, como simulação da vida, terá dado lugar à morte. E tudo isso sem falar na redução do campo de jogo para dar lugar a mais cadeiras vendidas a preços criminosos. Verdadeiros campos de pelada, que empobrecem o jogo, excluindo técnica, plasticidade e imaginação. Podem servir pra shows. Olha o dinheiro aí. Outra prova de que quem dirige o futebol no país é gente que não gosta de futebol e não entende de futebol é esta bola oficial do Campeonato Brasileiro. Gente que gosta só de dinheiro. Como explicar uma bola que ninguém vê direito? Praticamente invisível nos jogos notur-
nos nos aparelhos de televisão da imensa maioria dos torcedores? Uma bola em preto e marron-abóbora escuro? Será que, já decorridas quatro rodadas do campeonato, a ninguém na CBF ocorreu a óbvia ideia de substituir esta bola fantasma? Não. Lá só se pensa em dinheiro. Algum contrato suspeito deve impedir. E estas tais caxirolas? Inventadas por um colonizado cultural encantado com a pasteurização dos ‘espetáculos’ esportivos nos Estados Unidos – e em busca de uma fatia dos dólares que fazem a farra da Copa do Mundo-2014 –, estas quinquilharias se mostraram capazes, em um jogo na Bahia, de se transformarem em verdadeiras armas. A FIFA, que também não é flor que se cheire, condenou seu uso durante os jogos da Copa, certamente por receio dos mais que prováveis incidentes que viriam a comprometer lucros e contratos. O próprio Ministério da Justiça se pronunciou contra esta porcaria. Mas até agora a CBF não se prestou a baixar uma proibição explícita. Você, amigo, que gosta de futebol, fique ligado. De primeira – Como alertou o apoiador Pierre, o Atlético precisa se preocupar também com o Campeonato Brasileiro, abandonando a obsessão pela Libertadores. Uma coisa não impede a outra. Depois pode não dar mais tempo.
Expediente Diretor de Marketing, Projeto Gráfico e Diagramação Tiago Haddad
Diretor de Redação e Editor Responsável Ramon Lopes
Repórteres Guilherme Guimarães
Colaboradores Matheus Franchini Ruy Viana
14.361/MG-JP
15.374/MG-JP
16.054/MG-JP
Tiago Nagib 12.238/MG-JP
20 mil exemplares Impresso em papel jornal pela Sempre Editora
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Erramos Na edição passada, página 4, onde se lê “Nos últimos cinco jogos do Galo, passaram pelo Independência um total de 80.09 mil”, leia, “Nos últimos cinco jogos do Galo, passaram pelo Independência um total de 80,9 mil”. Ainda na página 4, onde se lê “Já contra o São Paulo na Libertadores, o borderô indica 19.442 pagantes”, leia, “Já contra o São Paulo na Libertadores, o borderô indica 19.212 pagantes”. No mesmo parágrafo, o jogo contra o Tijuana foi na quinta, e não quarta.
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seleção brasileira
Quebrando jejum O
Etapa complementar Na segunda etapa, o Brasil voltou com a mesma formação dos primeiros 45 minutos e criou a primeiro lance de gol, após boa trama entre Oscar e Hulk. O meia deixou o atacante do Zenit em boas chances de marcar, mas a finalização não foi das melhores e a bola se perdeu pelo canto esquerdo do goleiro Lloris. O jogo seguiu movimentado, com o Brasil buscando a vitória para dar uma aliviada na pressão por bons resultados nesta caminhada que visa a Copa do Mundo de 2014. As jogadas da Seleção eram criadas principalmente por Oscar, tanto que foi ele que abriu o marcador no confronto. Após boa arrancada pela esquerda, Fred deixou o jogador do Chelsea na cara do goleiro Lloris e com tranquilidade, o meia colocou no fundo da rede francesa: 1 a 0. O gol serviu de combustível para o Brasil, que continuou pressionando a França. Fazendo um ótimo jogo, Oscar recebeu novamente como
Foto: Jefferson Bernardes / VipComm
Brasil recebeu a França na Arena Grêmio, para o último amistoso antes da estreia na Copa das Confederações. Mostrando um futebol mais aguerrido, a seleção de Luiz Felipe Scolari conseguiu vencer pelo placar de 3 a 0, colocando fim a um desfavorável tabu de 21 anos sem triunfar sobre os franceses. A partida começou bastante movimentada, com o Brasil em um ritmo intenso, buscando mais o ataque. O primeiro lance aconteceu através do atacante Fred, após receber um cruzamento na área e mandar para fora, em um chute que levou perigo à retaguarda da França. A torcida brasileira fazia a festa e ajudava a pressionar a seleção da França. O Brasil trocava passes e tinha 62% da posse de bola, contra apenas 38% dos franceses, que conseguiram o primeiro ataque já na metade da primeira etapa. Payet arriscou de longe e Júlio César não teve trabalho para fazer a defesa. Apesar da maior posse de bola, o time de Felipão perdeu o ritmo imposto nos minutos iniciais, o que fez com que o jogo ficasse morno e a Seleção improdutiva. Em um dos lances que o Brasil criou, Neymar teve a chance, mas a zaga francesa conseguiu aliviar. Em seguida, Oscar fez boa jogada no meio de campo e arriscou de fora. Porém, a bola foi para fora do gol. Aos poucos, a seleção dirigida por Deschamps começou a ser mais objetiva, conseguindo criar algumas oportunidades de perigo. Porém, ao final do primeiro tempo, a partida terminou em um 0 a 0.
Seleção Brasileira vence França pelo placar de 3 a 0 na Arena Grêmio e quebra jejum de 21 anos
elemento surpresa e quase marcou o segundo. No lance seguinte, foi a vez de Neymar levar perigo. O atacante arrancou, invadiu a área, mas o chute cruzado foi para fora. A França só conseguiu levar perigo em um cruzamento que Benzema raspou a cabeça na bola, obrigando o goleiro Júlio César a fazer uma ótima defesa. Contudo, o Brasil era bem melhor em campo e logo voltou a pressionar a meta francesa. Fred recebeu belo passe de frente para o gol e chutou forte. Porém, bem colocado, Lloris fez ótima defesa e salvou o que seria o segundo gol Verde-Amarelo, depois de dividir o rebote
com Neymar e levar a melhor na disputa. Já na metade da etapa derradeira, o técnico Deschamps trocou Valbuena por Lacazette, além de Benzema por Giroud. Pelo lado brasileiro, Felipão promoveu a entrada do atacante atleticano Jô, no lugar do artilheiro Fred. As substituições não adiantaram muita coisa para França, mas foram eficientes no Brasil. Em um belo contragolpe, Lucas achou o atacante Neymar, que de primeira ajeitou para Hernanes. O volante não titubeou e colocou no fundo do gol de Lloris. Na sequência, de pênalti, Lucas deu números finais ao jogo: 3 a 0.
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Pausa para afiar as esporas Primeira O vitória no Brasileiro
Etapa final Na segunda etapa, o Atlético voltou sem nenhuma modificação e continuou a comandar as ações, porém, era menos ofensivo que no primeiro tempo. Em um lance de felicidade para o Galo, Dida derrubou Alecssandro e cometeu pênalti. Na cobrança, Ronaldinho Gaúcho não perdoou e abriu a contagem na Arena do Jacaré. Depois, o Atlético ainda conseguiu chances de ampliar, mas Neto Berola acabou chutando por cima. Já no final, em um belo contragolpe, o atacante deixou Ronaldinho na cara do gol e o meia fez o segundo do Galo, dando números finais ao jogo.
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Qualquer equipe sente esse desgaste. Nosso preparador físico já tinha falado que isso iria acontecer. Ronaldinho Gaúcho
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Limitações físicas O goleiro Victor, herói da classificação atleticana às semifinais da Libertadores, explica o motivo da queda de rendimento. “É difícil você manter a intensidade com 30 jogos já realizados na temporada, isso, em um curto período de tempo. Nessa sequência desgastante de decisões
Foto: Bruno Cantini
O Atlético recebeu o Grêmio na Arena do Jacaré e conseguiu manter sua invencibilidade como mandante, depois de vencer pelo placar de 2 a 0. O gol que deu a primeira vitória ao Alvinegro foi de pênalti, Ronaldinho Gaúcho confirmou. O jogo começou com o Galo mostrando um bom ritmo de e criando jogadas ofensivas. Na primeira chance, Marcos Rocha cruzou e Ronaldinho deixou Alecssandro em boa condição de marcar, mas Dida defendeu. No lance seguinte, foi a vez de Diego Tardelli quase marcar. Ele passou por três defensores e chutou firme, exigindo mais uma boa defesa de Dida. Com o passar do tempo, o time de Cuca continuou dando trabalho, sufocando o Tricolor Gaúcho. Em mais um lance dos anfitriões, Ronaldinho Gaúcho cobrou escanteio e Leo Silva subiu mais que a defesa, acertando o travessão. Apenas na metade dos primeiros 45 minutos foi que a equipe de Luxemburgo conseguiu criar um lance de perigo. Em uma boa triangulação que envolveu Barcos, Kléber, e Zé Roberto, o camisa 10 saiu na cara do gol, mas foi travado por Léo Silva.
Atlético atingiu um patamar alto nos quesitos físico e técnico nas últimas duas temporadas, e, pela ascensão meteórica alcançada, o Galo começou o ano de 2013 como um “foguete”. Subindo alto e alcançando a melhor campanha na fase de grupos da Libertadores, torneio em que também é semifinalista, o Atlético ainda conquistou o bicampeonato mineiro neste ano, coroando ainda mais o bom início de temporada. Mas, apesar da boa fase e dos resultados satisfatórios no primeiro semestre do ano em que os torcedores alvinegros estão chamando de “dois mil e Galo”, o Atlético apresenta notória queda de rendimento nas partidas. E o desgaste físico tem sido apontado, de uma forma geral, como justificativa para o baixo aproveitamento dos atletas.
Ronaldinho Gaúcho é um dos jogadores que sente o desgaste físico dos jogos
que estamos vivendo é natural que, fisicamente, a equipe sinta um pouco. Por isso o ritmo diminui”. O departamento de preparação física do Atlético explica, com embasamento científico, os motivos para esses problemas relacionados ao desgaste dos jogadores. “O desgaste é ocasionado pela quantidade de jogos que já fizemos na temporada. Não conseguimos treinar a equipe como deveríamos e temos usando o tempo livre apenas para recuperar os jogadores. Trabalhando dessa forma, sem atividade técnica, tática ou física, o combustível dos atletas fica comprometido”, ressalta. Doutor em fisiologia do exercício, Luciano Sales Prado, membro do departamento de educação física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), diz que a pausa no calendário atleticano devido à Copa das Confederações será muito positiva, já que os atletas “terão um novo gás” para o restante do ano. “A pausa no calendário do Atlético será muito boa, justamente para dar uma freada no ritmo intenso e acelerado de jogos nesses primeiros meses do ano. Com essa interrupção das partidas oficiais, a comissão técnica do clube poderá fazer o que chamamos de periodização dos treinos, para recuperar os atletas que reclamam do desgaste físico alto”, explica. Descanso necessário Maestro do meio campo alvinegro, Ronaldinho Gaúcho, estrela do plantel preto e branco, reclama da falta de tempo para o descanso entre um jogo e outro. “A gente vem se recuperando, jogando, recuperando, jogando. Qualquer time sente esse desgaste. E o nosso preparador físico já tinha falado que isso iria acontecer. Temos é que continuar fazendo o nosso melhor”, avalia o craque. E para que a segunda metade do ano seja, também, de bom aproveitamento físico no Atlético, o doutor Luciano Sales afirma que um período de folga total para os jogadores durante o período sem jogos é o ideal. “É essencial que haja pelos menos uns três dias de folga geral, deixar o corpo e a mente dos jogadores descansarem por completo, em um ambiente fora o da concentração. No restante dos dias completa-se o cronograma de trabalhos com atividades físicas, táticas e técnicas. O Carlinhos Neves é um ótimo profissional e sabe lidar muito bem com essa situação”, avalia.
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20 anos de uma
conquista heroica
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revelações bombásticas Sem “papas na língua”, o ex-presidente do Cruzeiro, César Masci, responsável por montar o time campeão em 1993, revela que a Confederação Brasileira tentou impedir de todas as formas o título da equipe mineira. “Eu queria ter falado isso antes, de forma mais aberta, mas apenas hoje me sinto mais tranquilo para revelar que não era vontade da CBF ver o Cruzeiro campeão da Copa do Brasil. Fomos roubados descaradamente em vários jogos, principalmente contra o Náutico (segunda fase) e Vasco (se-
“
Nas duas partidas que fizemos com o Náutico fomos escandalosamente roubados. O juiz estava preparado para nos ‘operar’
Foto: Acervo/Cruzeiro Esporte Clube
uscando retomar sua condição de time copeiro, o Cruzeiro está de olho na conquista do pentacampeonato da Copa do Brasil. Com bastante tradição em mata-matas, a Raposa quer escrever mais um capítulo vitorioso na competição, que passou a figurar nos registros históricos do clube em 1993, ano do primeiro título no torneio. Neste mês, a primeira conquista celeste na Copa do Brasil completa 20 anos e personagens importantes na caminhada rumo ao título, conquistado diante do Grêmio, relembram fatos marcantes da época.
Cruzeiro busca o pentacampeonato da Copa do Brasil. Equipe celeste saiu vencedora em 1993, 1996, 2000 e 2003
mifinal). Superamos os problemas e vencemos a disputa dentro e fora de campo. Tentaram nos operar na arbitragem, mas triunfamos contra tudo e contra todos”, relembra o ex-cartola, citando detalhes do que ele chama de “operação da CBF”. “Nas duas partidas que fizemos com o Náutico fomos escandalosamente roubados. O juiz estava preparado para nos ‘operar’. Ele anulou um gol legítimo do Boiadeiro e no final deu um pênalti inexistente, que o atacante deles ‘cavou’. Contra o Vasco tentaram expulsar todo o nosso time. Tive que entrar em campo para impedir um assalto histórico”, dispara. Responsável por fazer gols que ajudaram o Cruzeiro em dois títulos da Copa do Brasil, em 1993 e 1996, o ex-atacante Roberto Gaúcho, bicampeão pela Raposa, caracteriza como “histórico” o primeiro título
azul estrelado no torneio mata-mata. Principalmente pelo duelo contra o Grêmio, em Porto Alegre. “Pegamos adversários complicadíssimos e fizemos uma final histórica contra o Grêmio, que tinha um timaço. Para mim o jogo mais marcante foi o primeiro contra o Tricolor Gaúcho. Debaixo de muita chuva arrancamos um empate ao segurarmos a equipe deles no estádio Olímpico. Jogamos demais, foi incrível. Depois decidimos em casa e fomos campeões”, conta o atual comentarista de futebol. participação decisiva Roberto Gaúcho deixou sua marca na finalíssima contra o Grêmio, no Mineirão. O jogo terminou 2 a 1, com Pingo fazendo o gol de honra para os visitantes e Cleison garantindo o triunfo cruzeirense.
“Aquele título em 1993 representou muito na carreira de todos os jogadores, ainda mais por ter sido o primeiro dos quatro que a Raposa já conquistou. O Cruzeiro pegou gosto por vencer a Copa do Brasil e ficou muito respeitado no país por causa dessas conquistas”, conta. Revelado nas categorias de base da Raposa, o ex-zagueiro Célio Lúcio, que atualmente é assistente técnico da equipe sub-20 do Cruzeiro, fala com orgulho do “debut” mineiro na Copa do Brasil. “O título da Copa do Brasil de 1993 faz parte de uma história de recomeço do Cruzeiro. Após um período ruim nos anos 80, o time se reergueu e conquistou torneios importantes, e tenho orgulho de dizer que faço parte dessa história vitoriosa entre 1991 e 1998”, diz emocionado.
” Raposa cede empate na etapa final
César Masci
O Cruzeiro recebeu o Internacional, na Arena do Jacaré e ficou no empate por 2 a 2, em um jogo bastante movimentado e cheio de emoções. A Raposa saiu perdendo e conseguiu a virada. Porém, ainda na metade da etapa complementar, o Colorado arrancou o empate. A partida começou movimentada, mas com o Inter melhor em campo, conseguindo impor seu jogo e criando boas chances. Tanto, que em uma bela troca de passes do Colorado, Otávio chutou cruzado e abriu a contagem: 1 a 0. Atrás no placar, a Raposa melhorou, criando jogadas ofensivas e levando perigo à meta do goleiro Muriel. Contudo, ao mesmo tempo, a defesa
celeste dava espaços para os atacantes gaúchos criarem lances de gol, principalmente em contragolpes puxados por Otávio e Fred. O empate veio de uma boa investida no ataque. Élber recebeu um lindo passe na entrada da área e com tranquilidade tocou na saída do goleiro Muriel, para a alegria da torcida celeste. Segundo tempo Na etapa complementar, o técnico Marcelo Oliveira fez sua segunda substituição, já que o garoto Élber sentiu a coxa. O curioso, é que o meia celeste havia substituído o atacante Dagoberto, que também havia sentido uma lesão.
As mudanças funcionaram e o Cruzeiro começou a tomar conta das ações no duelo. E foi em uma cobrança de escanteio, que surgiu a virada estrelada, depois que Rafael Moura cortou o lançamento com a mão. No pênalti, Everton Ribeiro deslocou Muriel e colocou a equipe celeste em vantagem. Contudo, a China Azul não teve tempo de comemorar, pois Gabriel acertou uma bomba da entrada da área, em que a bola foi morrer no canto direito do goleiro Fábio: 2 a 2. Com a igualdade no marcador, o Cruzeiro ainda teve Ricardo Goulart expulso, mas o resultado permaneceu o mesmo até o apito final.
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Troca de arqueiros C
om mais uma vitória do América, desta vez contra o Oeste, o goleiro Matheus vem se destacando no elenco do Coelho. O jovem arqueiro substitui Neneca, que não estava fazendo bons jogos desde a temporada passada. O antigo titular, inclusive falhou nos dois jogos iniciais do Campeonato Brasileiro da Série-B. Na estreia, o Camisa 1 teve influência decisiva na vitória do Guaratinguetá, depois de levar um frango memorável. Contra o Figueirense, novamente Neneca falhou, desta vez em dois lances, o que resultou em uma goleada dos catarinenses em pleno Independência. Precisando motivar a equipe para a sequência do torneio, o técnico Paulo Comelli promoveu algumas alterações, a começar pelo goleiro do time. E as mudanças parecem ter dado certo, tanto, que o Coelho foi enfrentar o Palmeiras em Itu e conseguiu seu primeiro triunfo na competição, depois de bater o Verdão por 1 a 0, com um chute cruzado de Nikão, que foi parar no fundo das redes do goleiro Bruno. triunfo americano Já na sequência, os americanos conseguiram a sua segunda vitória no campeonato, depois de visitar o Icasa , em Juazeiro do Norte e conseguir vencer pelo placar de 2 a 1. Nesta partida em especial, além do bom posicionamento tático da equipe comandada por Comelli, o goleiro Matheus foi figura essencial no confronto, defendendo várias bolas
frontais e segurando três importantíssimos pontos para o América. Contra o Oeste, o resultado parecia que não seria dos melhores, principalmente depois que a equipe do Coelho abriu três gols de vantagem e deixou a equipe paulista empatar, na Arena do Calçado, na cidade de Nova Serrana. Contudo, ao final, o alviverde conseguiu sair vitorioso. O principal motivo da bobeada foi a expulsão infantil do volante Andrei, que levou o segundo amarelo e acabou indo para o chuveiro mais cedo. Com um jogador a menos, o Coelho quase não conseguiu segurar a pressão. No entanto, em nenhum dos gols do visitante, o goleiro Matheus teve culpa, já que foram lances em que o arqueiro não podia fazer nada.
Icasa, o América seguiu com muitas viagens, pois logo após a partida no estado do Ceará, a delegação do Coelho voltou a Minas Gerais para enfrentar o Oeste e após mais este confronto viajou até o estado de Santa Catarina, onde enfrenta o Avaí, dia 11, na Ressacada. Depois de percorrer tantos quilômetros para cumprir seus compromissos, o saldo foi positivo para o América, já que independente do resultado contra os catarinenses, os
futebol que evolui Mesmo depois do susto que levou a comissão técnica do América, é inegável que o futebol do Coelho está crescendo na competição e a equipe ainda pode fazer uma boa campanha no Campeonato Brasileiro da Série-B. Após a paralisação da divisão de acesso à elite do futebol brasileiro, para a Copa das Confederações, o América irá enfrentar o Paraná, no mês que vem, no estádio Independência, pela sétima rodada. Antes da paralisação para a Copa das Confederações, o Coelho teve compromissos importantes pela rodada do Campeonato Brasileiro da Série-B. Depois de enfrentar uma verdadeira maratona até a cidade de Juazeiro do Norte para encarar o
O América recebeu o Oeste, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro e conseguiu exercer a força do mando de campo em um jogo emocionante. Isto, porque depois de estar ganhando pelo placar de 3 a 0, o Coelho acabou se sucumbindo diante do Oeste e deixou com que o time do interior paulista conseguisse empatar na Arena do Calçado, na cidade de Nova Serrana. Porém, no apagar das luzes, Tiago Alves fez o quarto do América e deu números finais ao jogo. O confronto começou bastante movimentado, com a equipe de Paulo Comelli jogando bem melhor e criando várias chances de inaugurar o marcador.
americanos somaram nos últimos três jogos, nove pontos, o que dá um ânimo para o elenco voltar firme para as competições da atual temporada. O rival desta terça-feira é um velho conhecido da equipe mineira, pois este ano os clubes se encontraram pela Copa do Brasil, porém, na ocasião, o alviverde conseguiu sobressair-se e classificar para a próxima fase do torneio. Após a paralisação para a Copa das Confederações, o América enfrenta o Internacional.
Coelho vence terceira partida no Brasileirão O primeiro gol saiu dos pés de Nikão, após receber boa bola na frente do goleiro do Oeste e abrir a contagem. Depois, o Coelho conseguiu ampliar com Rodriguinho por duas vezes. Contudo, na segunda etapa, o América, com um jogador a menos, cedeu o empate para o time do Oeste. Lelê fez o primeiro do Rubro-Negro Paulista, enquanto Bruno Nunes fez o segundo, seguido de Piauí, que deixou tudo igual em Nova Serrana. Porém, quando tudo parecia que ia acabar empatado, Tiago Alves arriscou de fora da área e fez o gol salvador para o Coelho. No final, 4 a 3 para a equipe dirigida por Paulo Comelli, para a alegria dos americanos.
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especial da copa
De Rei Fahd à Copa das Confederações C
riado em 1992 como Copa Rei Fahd, em homenagem ao monarca da Arábia Saudita que sediou e patrocinou o evento em suas primeiras três edições, o torneio foi transformado em Copa das Confederações pela FIFA apenas em sua 3ª edição, realizada em 1997, também no país árabe. Na primeira edição participaram apenas 4 equipes: a anfitriã Arábia Saudita, campeã asiática, a Costa do Marfim, Estados Unidos e Argentina, campeões da África e das Américas do Norte e do Sul. O torneio teve apenas dois jogos por seleção e os “hermanos” não tiveram dificuldades para faturar o título. Nesta edição, não participaram do torneio os campeões da Europa, Oceania e nem o campeão do mundo da época, a Alemanha. Já em 1995 incluíram o campeão da Europa e dois times da Ásia, o campeão continental Japão, e a Arábia Saudita por ser país sede. Apenas em sua terceira edição, em 1997, é que o torneio ganhou a forma atual, com 8 seleções nacionais, campeãs de seus continentes, acrescidas de mais uma vaga para o campeão do mundo e do país sede. O Brasil busca seu quarto título, já que venceu em 1997, 2005 e 2009. A seleção canarinho é a maior vencedora do torneio, seguida da França, com duas conquistas, 2001 e 2003. Entre 1995 e 2003, a competição acontecia de dois em dois anos, sendo que a partir de 2001 se tornou uma espécie de ensaio para o mundial, realizado sempre no país sede da
Copa do Mundo. Já em 2005, a competição passou a ser disputada de quatro em quatro anos .
Artes: Matheus Franchini
Ensaio para a Copa Na Copa das Confederações, serão testadas a segurança das cidades sedes, os estádios e a infraestrutura. No entanto, no caso do Brasil, boa parte do que foi prometido para o mundial, poderá não acontecer. Na maioria das cidades houve pouco avanço no transporte público. Em Belo Horizonte, o metrô ainda não saiu do papel e as obras do BRT serão inauguradas apenas em janeiro de 2014. O Mineirão, assim como acontecerá na Copa do Mundo, receberá jogos da primeira fase e uma partida das semifinais, dando assim maior destaque para Belo Horizonte. Já o policiamento será ostensivo, com 1.580 policiais destacados para o evento realizado na capital mineira. Lei Geral da Copa A lei já está valendo para a Copa das Confederações em todos os estados e cidades que irão servir de sede durante a realização da competição. Um dos pontos da nova legislação prevê que os portadores de ingresso para as partidas terão direito a duas viagens diárias, custeadas pelo Estado, nas linhas especiais de ônibus, criadas especialmente para este evento internacional. A estratégia é voltada para que o torcedor tenha acesso ao estádio através do transporte público disponibilizado pelo governo, como é feito em competições da FIFA,
tanto, que quem optar por ir de carro, terá que deixar seu veículo bem afastado do local do jogo, já que as vias de acesso próximas às arenas serão interditadas. Estas regras já foram testadas no Mineirão no jogo entre Brasil e Chile O texto aprovado aponta que todas as categorias e fases de venda dos ingressos ficam assegurados o descon-
to de 50% às pessoas com 60 anos ou mais, beneficiadas pelo Estatuto do Idoso. Em outro ponto da Lei Geral que causa bastante polêmica, está a permissão de venda de bebidas alcoólicas no Mineirão. Com a aprovação, já foi decidido pela FIFA até o preço da cerveja, que irá de R$ 9 a R$ 12 durante os jogos e R$ 6 a sem álcool.
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grupo a
Artes: Matheus Franchini
o Maior campeão
Foto: Rafael Ribeiro / CBF
O
Brasil ficou conhecido apenas como “A Seleção”, muito pelos seus vários títulos conquistados ao longo dos anos. Porém, apesar de todo o peso da camisa amarela, a equipe comandada por Luis Felipe Scolari não vem bem e causa bastante desconfiança nos brasileiros, aumentando ainda mais a pressão pela conquista do título da Copa das Confederações, que será realizada em terras tupiniquins. A Seleção Canarinho não disputa as Eliminatórias para a Copa do Mundo por ser anfitriã do torneio, e com isso vem realizando apenas amistosos, para tentar surpreender e mostrar a
força do futebol nacional. Até agora, a Seleção não vem muito bem, sendo que seus jogos tem arrancando vaias do torcedor. Felipão aposta em uma base nova de jogadores para a Copa das Confederações. O destaque fica por conta do atacante Neymar, recém-contratado para o Barcelona e que pode levar muito perigo ao gol do adversário. Além dele, outro jovem jogador que pode aparecer bem na competição é o meia Oscar, do Chelsea, que teve uma boa temporada na Inglaterra, conquistando o seu espaço no time. Além do jovem jogador barcelonista, Felipão vai contar
com o também atacante Fred, um dos artilheiros do futebol nacional e que marcou um golaço contra a Inglaterra, na reabertura do Maracanã em jogos oficiais. Contudo, alguns nomes ainda são uma incógnita, como é o caso do lateral Filipe Luís e Luis Gustavo, que fizeram uma boa temporada pelo seus clubes, mas ainda não mostraram o seu valor com a camisa da seleção pentacampeã Mundial. Já no gol, a Seleção Brasileira possui goleiros de renomes, como é o caso de Jefferson, que está longe de ser uma unanimidade, assim como o arqueiro Diego Cavalieri, que apesar de
ir muito bem pelo Fluminense, ainda tem a tarefa de convencer vestindo a camisa canarinho. O Brasil tem a seleção que mais conquistou a Copa das Confederações. Ao todo, foram três títulos da competição, sendo que a França segue logo atrás, com dois triunfos conquistados. Porém, para a sorte dos brasileiros, a seleção europeia não irá participar do torneio que começa no dia 15 de junho. Além de um time renovado, a equipe verde-amarela contará com o apoio da torcida, para conseguir levantar mais um título para a bonita galeria de troféus.
japoneses não oferecem perigo O
Japão é uma seleção bem organizada taticamente, mas que não tem grandes chances de conquistar a Copa das Confederações. A seleção japonesa se classificou através da conquista da Copa da Ásia de 2011. O Japão vai começar a disputa do torneio de 2013 no Grupo A da Primeira Fase, com México, Brasil e Itália e por isso, dificilmente irá passar para a próxima fase da competição internacional. A seleção do Japão participará de sua quarta Copa das Confederações. A seleção foi vice-campeã em 2001, 5º lugar em 2005 e 6º lugar em 2003. O elenco japonês também foi o 6º lugar na Copa Rei Fahd, em 1995, torneio precursor da Copa das Confederações. Além disso, desde
sua primeira participação em 1998, o Japão esteve presente em todas as edições da Copa do Mundo. Os melhores desempenhos foram em 2002 quando o Japão era uma das sedes e em 2010. Em ambas as ocasiões a seleção do Japão chegou às oitavas de final. Justamente pelo bom desempenho nas competições internacionais é que a torcida japonesa espere que sua seleção possa fazer uma campanha digna na atual edição da Copa das Confederações. Atualmente, o futebol Japonês passa por uma grande evolução. Tanto, que entre os onze titulares, nove estão jogando na Europa. Isso demonstra uma melhora na qualidade técnica e uma maior experiência para os atletas da seleção.
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grupo a
força azurra
Artes: Matheus Franchini
Foto: Site da Federação Italiana de Futebol
A
Itália ao lado do Brasil e Espanha é uma das seleções mais importantes que vão disputar a Copa das Confederações. A “ Azzurra”, como é conhecida carinhosamente, possui quatro títulos da Copa do Mundo e a sua camisa azul tem muito peso, mesmo que a equipe não viva os bons momentos de outras épocas. A cor da tradicional camisa italiana é uma homenagem à antiga casa real de Savoia, cujo a família reinou na terra da bota do ano de 1861 até 1946 e tinha como o brasão imperial a cor azul claro (azzurro em italiano), nome que hoje é usado
para destacar a seleção. Para a disputa da Copa das Confederações, o técnico Cesare Prandelli contará com a experiência de Buffon, um dos melhores goleiros do mundo, figurinha carimbada no elenco da Itália e sobrevivente da equipe campeã do Mundo em 2006, na época sob comando do treinador Marcelo Lippi. Assim como ele, Alberto Aquilani, Chiellini , De Rossi, Andrea Pirlo completam a lista dos destaques italianos. Ao longo dos últimos meses e partidas, jovens talentosos têm encontrado espaço na equipe, como o volante brasileiro naturalizado italiano Thiago Motta.
Já no setor ofensivo, Cesare Prandelli poderá contar com o polêmico Balotelli, que tem grande destaque na equipe italiana, assim como Stephan El Shaarawy, ambos jogadores essenciais no multicampeão Milan. No comando do ataque, os italianos ainda vão ter o reforço de Gilardino, jogador de muita experiência e de finalizações rápidas, que aproveita muito bem as bolas alçadas na área do adversário. Antônio Cassano, é outro atleta que poderá trazer bons frutos para a Itália, já que é um atleta rápido e que consegue deixar seus colegas em ótimas condições de balançar
as redes dos adversários. Finalista derrotada da UEFA Euro 2012, a Itália representará a Europa na Copa das Confederações, pois a atual campeã europeia, a Espanha, também detém o título mundial e, portanto, a Azzurra, vice-campeã, também acabou se classificando para a disputa da competição internacional, que será realizada no Brasil. Apesar disso, a equipe de Prandelli é uma das favoritas para levantar o título ao final da competição, apesar de estar no forte grupo que tem Brasil e México, seleções que podem complicar a vida dos italianos.
méxico é a pedra no sapato O
s Mexicanos se classificaram para a Copa das Confederações depois de derrotar a seleção dos Estados Unidos por 4 a 2, em uma decisão memorável da Copa Ouro no ano de 2011. Na ocasião, os mexicanos reverteram dois gols de vantagem dos americanos e conseguiram triunfar na competição. Atualmente, a força dos mexicanos foi mostrada na terceira fase das eliminatórias para a Copa do Mundo, quando bateu de forma imponente a seleção da Costa Rica, El Salvador e Guiana. A torcida mexicana tem grandes expectativas, já que a imprensa do país afirma que nunca na história eles tiveram uma equipe tão qualificada para a disputa de um torneio internacional. Para que a fase continue boa, o
técnico José Manuel de la Torre conta com a juventude de Javier Rodríguez, Carlos Salcido e Jesus Corona, jogadores que participaram da “geração dourada” campeã mundial sub-17 em 2005, que já vem com a experiência de quem disputa importantes campeonatos europeus. Além dos jovens atletas, o treinador mexicano terá em seu elenco o fenômeno Chicharito Hernandez, reconhecidamente o jogador mais talentoso da equipe e destacado atacante do Manchester United. Outros jogadores que merecem destaque são Giovanni dos Santos, Héctor Moreno e Andrés Guardado, que fazem com que a torcida mexicana tenha esperanças de conseguir um desempenho marcante na Copa das Confederações.
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grupo b
a fúria no ataque
Artes: Matheus Franchini
Divulgação
C
onhecida como “La Furia”, a seleção espanhola entra em campo para tentar mais um título. Seleção mais vencedora nos últimos anos com duas Eurocopas e uma Copa do Mundo, além de ser a primeira colocada no ranking da FIFA e repleta de craques, a Espanha é hoje o time a ser batido nesta Copa das Confederações. De eterna promessa, tendo contado com craques do quilate dos estrangeiros naturalizados espanhóis Alfredo Di Stéfano e Férenc Puskas nos anos 50 e 60, Butragueño nos anos 80, Andoni Zubizarreta e Pep Guardiola nos anos 90,
“La Roja” como também é chamada pelos seus torcedores, finalmente chegou aos tão sonhados títulos como as Eurocopas de 2008 e 2012 e principalmente o mundial de 2010, criando assim uma era dourada que se estende até hoje. Apesar de seu êxito nos últimos anos, a história da Espanha no torneio ainda é pequena, com apenas uma participação na última edição em 2009, na África do Sul. Nesta ocasião, A Fúria começou bem o torneio, vencendo seus três jogos na primeira fase. No entanto, foi batida surpreendentemente pela fraca seleção dos Estados
Unidos nas semifinais por 2x0, terminando a competição na terceira colocação, após ganhar dos anfitriões sul-africanos na disputa pelo 3º lugar. O técnico Vicente Del Bosque, à frente do conjunto espanhol desde 2008 e dono do recorde em número de jogos à frente da Fúria em sua história, terá como base da seleção a equipe do Barcelona, campeã de inúmeros torneios nos últimos anos, como a Copa dos Campeões Europeus e o Mundial de Clubes de 2011. Do Barça, são nove jogadores convocados para a Copa das Confederações, com destaque
para o zagueiro Piqué, os meio-campistas Fábregas e Iniesta e o atacante David Villa. Já no arquirrival da equipe catalã, Real Madrid, destacam-se ainda o zagueiro Sérgio Ramos e o goleiro Casillas. Com um recente histórico vencedor, a Espanha chega ao torneio como a grande favorita, assim como Brasil, afitrião da competição e que jogará com a torcida a seu favor, e a Itália. Seguramente, os demais técnicos, entre eles Felipão invejam o elenco de primeiríssima qualidade com o qual conta o comandante espanhol Vicente Del Bosque.
nigéria espera surpreender U
m país pobre e miserável no meio da África, sem tradição alguma no futebol, as Super Águias como é chamada a seleção da Nigéria surpreendeu o mundo ao ganhar o outro nos Jogos Olímpicos de Atlanta em 1996. Bateu as tradicionais seleções campeãs do Mundo, Brasil na semifinal e Argentina na final. Kanu, Amokashi, Okosha e cia. puseram freio a figuras como Bebeto, Ronaldo, Hernán Crespo e a então promessa Ariel Ortega. Após o título olímpico, a Nigéria ainda alcançou as oitavas de final da Copa do Mundo da França em 1998. De lá para cá, apesar de ainda ser considerada uma das melhores seleções do Continente Africano, as Super Águias já não as-
sustam mais como nos anos 90. Entre os diversos problemas da seleção nigeriana estão um grau de corrupção ímpar dentro da Federação local que chegou a ser dissolvida duas vezes nos últimos anos e rearmada às pressas para que o país pudesse participar da Copa Africana de Nações deste ano. Apesar dos problemas extra campo, a Nigéria foi campeã do torneio. Embalados com o título africano no início deste ano, os nigerianos tentarão na Copa das Confederações voltar a surpreender o mundo com uma nova conquista. Para isso contam com a pontaria do atacante Emmanuel Emenike do Spartak Moscou, artilheiro da Copa Africana de Nações deste ano.
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grupo b
gloriosa celeste
Artes: Matheus Franchini
Divulgação
V
amo Uruguayos campeones, de América y del Mundo, esse é um trecho da música “Cuando Juega Uruguay”, do cantor e compositor Jaime Roos, que relembra e enaltece momentos de glória da Celeste Olímpica. Com 4 títulos mundiais (sim, a FIFA reconhece o Uruguay como tetra-campeão mundial, devido aos títulos olímpicos de 1924 e 28, antes de existir a Copa do Mundo como torneios mundiais) e 15 Copas América (maior campeão da história do torneio) são glórias constantemente recordadas e evocadas do outro lado da fronteira. De fato para um país pequeno, menor que o Rio Gran-
de do Sul, e com uma população de apenas 3,4 milhões de pessoas, equivalente à da grande BH, são muitos títulos. Após longos anos no ostracismo do futebol mundial e 40 anos sem entrar numa semi-final de Copa do Mundo, em 2010 no mundial da África do Sul o Uruguai invocou suas glórias passadas e ressurgiu com uma bela participação, terminando o torneio em 4º lugar como o fizera nos mundiais de 1954 na Suíça e de 1970 no México quando perdeu para o Brasil de Pelé e cia. Para confirmar o bom momento, a Celeste ainda reconquistou a Copa América no ano seguinte em ter-
ritório inimigo, na Argentina, seus mais antigos rivais, tornando-se os maiores campeões isolados da história do torneio. Apesar de ser dona de uma história marcada por grandes títulos e grandes fracassos, como não se classificar para muitos mundiais, a Celeste tentará no Brasil continuar seu trabalho de recuperação a mística de sua camisa. Assim buscará um novo “Maracanazo” como é chamada a (triste para nós) vitória uruguaia na Copa de 50 sobre o Brasil dentro do Maracanã. No embalo das conquistas, a equipe “Charrúa” começou bem as eliminatórias sul-americanos, no entanto perderam o embalo e
estão há 6 jogos sem uma vitória na compeitção. Entre as inesperadas derrotas estão 3 goleadas como uma de 4x0 para a Colômbia, 3x0 para a Argentina e outra de 4x1 para a Bolívia. Na 6ª posição, a Celeste precisará reagir se quiser voltar ao Brasil em 2014. Para recuperar a estima, os uruguaios terão de ter um bom resultado na Copa das Confederações. Para isso a equipe conta com muito mais do que a tradicional garra charrua, mas também com o talento de um ataque fulminante com Suárez do Liverpool e Edson Cavani do Napoli e artilheiro do Scudetto Italiano além do experiente Lugano na defesa.
Taiti se apresenta com amadores C
om apenas um jogador profissional, formada quase toda por amadores, a seleção do Taiti é um caso raro no futebol mundial hoje. Distante da badalação de craques de fama como Neymar, Cavani, Puyol, Pirlo entre outros, seus jogadores se revezam entre seus trabalhos e o futebol. Esse é o caso do goleiro Mikael Roche que é professor de uma escola do ensino médio pelas manhãs e tem de conciliar com seus trabalhos de preparo para a seleção. Apesar de sua pouca tradição, o Taiti que já está fora da Copa do Mundo de 2014 por ter perdido nas eliminatórias da Oceania joga agora seu campeonato mais importante em toda sua história.
Com poucas expectativas, o que vier é lucro para a seleção da pequena ilha da Polinésia Francesa, território da França. Seu maior feito no futebol foi ter conquistado a Copa da Oceania em 2012 batendo a Nova Caledônia na final por 1x0, garantido sua participação na Copa das Confederações. Este foi o primeiro torneio do continente em que os vencedores não foram Austrália (hoje na federação asiática), nem Nova Zelândia. A seleção do Taiti, que chegou a Belo Horizonte na última sexta-feira, se concentra no CT Lana Drumond, do América, e enfrentará a Nigéria dentro do Mineirão. Desembarcando no aeroporto, a seleção taitiana chamou atenção com suas camisas florais.
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brasileirão 2013
Pausa para a Copa A
Série-A
e Seedorf foram os autores dos gols do Glorioso. No domingo, o Atlético recebeu o Grêmio e conseguiu a sua primeira vitória no Brasileirão, depois de bater o Tricolor Gaúcho pelo placar de 2 a 0, na Arena do Jacaré. Os dois gols do duelo foram marcados por Ronaldinho Gaúcho, em uma noite inspirada. O Fluminense encarou o Goiás e somou mais três pontos, depois de triunfar em cima da equipe Esmeraldina. Os gols dos cariocas foram marcados por Rafael Sóbis e Denilson, enquanto Vítor fez para os goianos. O Vitória acabou levando a melhor em cima do Atlérico-PR e venceu por 3 a 2. Os tentos foram marcados por Luis Cáceres, Maxi Biancucchi e Escudero para os anfitriões, enquanto Luiz Alberto e Éderson balançaram as redes para o Furacão. No encerramento da rodada, o Coritiba bateu o Náutico por 1 a 0, com gol de Deivid.
rodada do Campeonato Brasileiro da Série-A começou com o Flamengo batendo o Criciúma, no Heriberto Hülse, pelo placar de 3 a 0. Os gols do Rubro-Negro foram marcados por Gabriel (2) e Hernane. O Cruzeiro por sua vez perdeu uma ótima oportunidade de dar continuidade à liderança do Brasileirão, após empatar por 2 a 2 com o Inter. Os tentos do confronto foram marcados por Élber e Everton Ribeiro para a Raposa, enquanto Gabriel e Otávio marcaram para o Colorado. Na sequência, o Vasco saiu perdendo, mas conseguiu um empate contra o Bahia. Os tricolores marcaram através de Fernandão e os Cruzmaltinos igualaram com Carlos Alberto. No Pacaembu, Corinthians e Portuguesa terminaram em um empate sem gols. Já o Botafogo visitou a Ponte Preta e saiu com mais três pontos na competição. Antônio Carlos
Confrontos da semana na Série-A 12/06
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19h30
12/06
12/06
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22h00
22h00
A
Série-B
Já a Chapecoense continua voando na competição e aplicou uma goleada por 5 a 1 sobre o ABC. Os gols dos anfitriões foram feitos por Soares (2), Bruno Rangel (2) e Athos, enquanto Wanderley fez o único dos visitantes. Em outro confronto da rodada, América-RN e Guaratinguetá não saíram do empate por 2 a 2. A rede foi balançada através de Edvânio e Cascata para os donos da casa, enquanto Belusso e Pedro Paulo marcaram para os paulistas. Já o Paraná ganhou do Figueirense por 1 a 0, com gol de Anderson, assim como o Sport, que venceu o Palmeiras por 1 a 0, com um gol de Nunes. Ceará e Boa Esporte empataram em 2 a 2. Os gols dos mineiros foram marcados por Rapahel Macena e Vicente, enquanto Airton Oliveira e Luiz Paulo deixaram tudo igual. Já o Bragantino bateu o São Caetano por 1 a 0, com gol de Léo Jaime.
rodada do Campeonato Brasileiro da Série-B começou na sexta-feira e teve muitos gols. No primeiro jogo, o Asa de Arapiraca bateu o Icasa por 3 a 1. Os gols do duelo foram marcados por Lúcio Maranhão (3) e Chapinha, para os visitantes. Outro que se deu bem na rodada foi o América, que venceu o Oeste pelo placar de 4 a 3, na Arena do Calçado. Os tentos do Coelho foram marcados por Tiago Alves, Rodriguinho (2) e Nikão, enquanto o time paulista descontou através de Piauí, Lelê e Bruno Mendes. Na sequência, o Atlético-GO foi mais um que conquistou mais três pontos, após conseguir triunfar em cima do Paysandu, por 1 a 0, com gol de Anselmo. Por outro lado, o Avaí não conseguiu fazer valer seu mando de campo e perdeu por 2 a 0 para o Joinville. Na ocasião, Ronaldo e Lima marcaram para os visitantes.
Destaques da rodada na Série-B 11/06
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21h50
11/06
11/06
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21H50
21h50
Local: Vila Belmiro, Santos - SP
Local: Arena do Grêmio, Porto Alegre - RS
Local: Canindé, São Paulo - SP
Local: Ressacada, Florianopolis - SC
Local: Dilzon Melo, Varginha - MG
Local: Manoel Barretto, Ceara-Mirim - RN
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TV aberta
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