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O semanário do futebol
Ed. Nº5 - Ano I - Belo Horizonte - 17 a 23 de junho de 2013
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América
Missão cumprida Vencendo o Avaí, o Amércia chegou ao G4 após a quarta vitória consecutiva. Com a sensação do dever cumprido, o Coelho poderá aproveitar a intertemporada para voltar bem para a sequência da Série-B
Atlético
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Cruzeiro
Na terra do Mickey Pausa no Brasileirão faz com que o clube procure alternativas para manter os atletas em forma. Pensando nisso, o Cruzeiro acertou três jogos amistosos nos Estados Unidos e ficará hospedado em hotel na Disney
narde s/
VipComm
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Abertura teve bela apresentação e bronca de Joseph Blatter
Seleção campeã mundial demonstrou tranquilidade na estreia e ganhou do Uruguai por 2 a 1. Durante todo o confronto os espanhois dominaram o jogo, anulando o setor ofensivo uruguaio e provando porque é a equipe a ser batida no torneio
Com o investimento e as contratações da diretoria do clube, o Atlético volta a emprestar jogadores para a Seleção Brasileira após 31 anos. O atual elenco Alvinegro possui 11 jogadores que já atuaram pelo Brasil
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Arte ini : Matheus Franch
Xô desconfiança
Destaques da SeleGalo
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Foto: Jefferson Bernardes / VipComm
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Copa começa com vaias da torcida para Dilma 6
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Contra-ataque Leovegildo Leal - leoleal@bolanobarbante.com
Procura-se uma equipe de futebol
Editorial
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Caro leitor,
C
omeçou a Copa das Confederações e o BolanoBarbante traz tudo sobre o primeiro de uma série de torneios internacionais programados para o país nos próximos anos. Antes de tudo, é bom lembrar que acreditamos no futebol como um entretenimento e por isso torcemos por espetáculos dentro de campo. Entretanto, a realidade das competições transformadas em grandes eventos trouxe novos desafios temperados com política e economia. O Brasil vive uma difícil situação para o atual governo resolver. Com a população tomando as ruas em manifestações iniciadas pelo aumento da tarifa do transporte público e que agora cresce em reinvidicações e número de manifestantes, a Copa tornou-se palco e alvo de muitas das atividades dos movimentos. Por enquanto, nenhum sinal de recuo dos governos estaduais e federal. Sob vaia, a presidente Dilma Rouseff sentiu o reflexo das indignações na abertura da Copa das Confederações no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Enquanto isso, nos gramados, a bola rolou e balançou as redes. A nós, resta torcer pelo bom futebol e por espetáculos dentro e fora de campo.
com o objetivo maior de formar uma equipe. Oscar tem mobilidade, capacidade técnica, criatividade, poder de construção e de finalização. Felipão não vê nada disso, não sabe colocar tais qualidades a serviço do desempenho coletivo. Como igualmente perdidos taticamente estiveram Neimar e o meio-campista Paulinho. É difícil acreditar que Scolari não tenha visto no extraordinário centroavante Fred sua maior qualidade: a de se constituir em um verdadeiro comandante de ataque, aquele que arma o ataque final na cabeça da área adversária. Seria útil que alguém informasse ao senhor Scolari da existência dos históricos Hiddeguti (seleção húngara de 1954) e de Pagão (Santos da metade dos anos 50). Um técnico de futebol deve entender de futebol. Uma equipe de futebol deve constituir um conjunto de peças conectadas por um técnico de futebol. Simples. Rigorosamente, pois, a seleção brasileira não constitui uma equipe. Será que dá tempo?
udo em paz. A seleção brasileira estreou na Copa das Confederações com uma fácil vitória de 3 x 0 sobre o Japão. O ex-americano e ex-cruzeirense Fred fez individualmente uma ótima partida, o atleticano Jô fez um gol. Todos felizes. No entanto uma perguntinha chata persiste no ar e principalmente na cabeça de quem gosta de bom futebol: o time jogou bem? E a resposta sincera tem que ser um não. Três gols de diferença é um placar enganador quanto à qualidade do futebol apresentado pela seleção, mesmo deixando de lado a indiscutível fragilidade do selecionado japonês, por ironia o primeiro a se classificar para a Copa-2014. Quanto ao Brasil, o que se viu foi um time confuso, sem qualquer padrão de jogo definido, garantindo-se diante de um adversário fraco – repita-se – apenas pela qualidade individual de seus jogadores. Sabe-se, é claro, que ao técnico Felipão ninguém de bom senso pode atribuir uma capacidade mínima de ler o jogo, o que ficou mais uma vez evidente no sábado, quando um jogador com os recursos técnicos de um Oscar ficou inteiramente perdido em campo, sem saber o que fazer. E um técnico serve – devia servir – exatamente para isso: extrair de seus jogadores o que cada um tem de melhor
De primeira – Rápida e muito misteriosamente, os jogadores Carlos Alberto (Vasco) e Deco (Fluminense) foram considerados inocentes pelo uso de substâncias dopantes, recaindo a culpa na farmácia que teria lhes fornecido suplementos alimentares contaminados. É preciso esclarecer melhor isso.
Expediente Diretor de Marketing, Projeto Gráfico e Diagramação Tiago Haddad
Diretor de Redação e Editor Responsável Ramon Lopes
Repórteres Guilherme Guimarães
Colaboradores Matheus Franchini Ruy Viana
14.361/MG-JP
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Meta do Coelho foi alcançada Após início conturbado no Brasileirão da Série-B, América demonstra reação e estaciona no G4
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Histórico do Coelho Naquele ano, nos primeiros seis confrontos pela divisão de acesso, o América conseguiu marcar 11 pontos, vencendo Figueirense, o xará América-RN e o extinto Ipatinga, além de empatar contra o Bragantino, na estreia, e o Coritiba, perdendo apenas para a Portuguesa. Na oportunidade, o Coelho teve uma média de 1,47 gols marcados e 1,11 gols sofridos durante todo o torneio. No ano de 2012, depois de ser despromovido para a Série-B em 2011, o América novamente fez um bom início de competição, onde conseguiu marcar 13 pontos nos seis jogos iniciais. Na ocasião, o Alviverde triunfou em cima do Ceará, CRB, Paraná e Criciúma, empatando contra o São Caetano e obtendo um revés no sexto compromisso, justamente contra os catarinenses do Avaí. No Campeonato Brasileiro da Série-B do ano de 2012, o Coelho teve uma média de 1,66 gols marcados por partidas e 1,53 gols sofridos. Contudo, no transcorrer do torneio, o América acabou perdendo força e ficou estacionado na oitava posição da tabela de clas-
Foto: Gaspar Nóbrega/Vipcomm
epois de derrotar o Avaí, de virada, na Ressacada, os jogadores do América podem aproveitar da sensação de dever cumprido. Isso, porque após começar a disputa do Campeonato Brasileiro da Série-B de forma melancólica – perdendo para o Guaratinguetá e Figueirense – o Coelho conseguiu jogar bem e engatar uma série de quatro vitórias consecutivas – contra o Palmeiras, Icasa, Oeste e Avaí – se posicionando no G4 da competição, antes da parada para a realização da Copa das Confederações, que começou no último sábado. A campanha do América é animadora, tanto, que analisando as primeiras seis partidas das últimas edições da Série-B, o Alviverde já conseguiu marcar mais pontos que nos primeiros compromissos no ano de 2010, quando o Coelho conseguiu novamente voltar à elite do futebol brasileiro.
Foi no jogo contra o Palmeiras que o Coelho começou a série de quatro vitórias consecutivas
sificação. No Brasileirão deste ano, o América até o momento possuiu uma média de 1,83 gols marcados e 1,67 gols sofridos. Ataque em alta Desde que o Coelho encaixou sua primeira vitória no Campeonato Brasileiro da Série-B, o setor ofensivo tem sido o destaque do elenco comandado por Paulo Comelli. Até o momento, o Alviverde já marcou nove gols na competição. Uma das mudanças que resolveram a situação foi a entrada de Willians na equipe titular. Na derrota por 4 a 2 para o Figueirense, em pleno Independência, o jogador deixou a sua marca. Na vitória contra o Icasa, novamente o atacante balançou as
redes, contudo, por duas vezes, o que foi crucial para triunfar em Juazeiro do Norte. Já na partida da última terça-feira, na Ressacada, foi de Willians o gol que abriu o caminho para a virada americana, em cima dos catarinenses. Mesmo quando o atacante não faz o seu tento, todo o setor ofensivo ajuda, tanto, que o meia Rodriguinho também vem apresentando um ótimo futebol. Na vitória contra o Oeste, em um jogo emocionante, foi o atleta o autor de dois gols do Coelho. Além disso, quando não consegue marcar, o jogador sempre leva muito perigo aos adversários, sendo o principal cérebro da equipe e consequentemente o criador das melhores jogadas do América.
América conquista a quarta vitória consecutiva A
pós mais um triunfo do América, o técnico Paulo Comelli destacou o equilíbrio emocional do time para conseguir mais três pontos no Brasileirão. Além da experiência do treinador em Série-B, os números podem mostrar uma boa coincidência para o Coelho, pois a média de idade do Criciúma em 2012 – time que Comelli esteve a frente e conseguiu o acesso à elite do futebol – é bem parecida com a do atual elenco do Alviverde.
No ano passado, o Criciúma foi promovido à primeira divisão, depois de conseguir ficar em segundo, com 73 pontos, sendo superado apenas pelo Goiás, que alcançou a marca dos 78 pontos ganhos. A média de idade do elenco catarinense era em torno de 24,4 anos. Já neste ano, Comelli assumiu o comando do América e a média de idade dos jogadores é de 24,5 anos, praticamente igual ao do seu ex-time, onde ele fez muito sucesso. Depois de realizar o seu últi-
mo compromisso, antes da parada para a Copa, os jogadores do América passaram a semana curtindo uma merecida folga e as atividades só voltaram nesta segunda-feira. Parceria A seleção do Taiti se despediu do Centro de Treinamento Lanna Drumond, mas um acordo promete estreitar os laços entre o clube mineiro e os taitianos. Os membros da comissão técnica da
Federação Taitiana de futebol visitaram as novas instalações administrativas e foram recebidos pelos integrantes do conselho de administração do clube, Marcus Salum e Olímpio Naves, aproveitando para acertar os detalhes de um negócio que envolve receber atletas daquele país nos períodos de treinamentos no CT. Além disso, o América prestaria uma consultoria técnica para que o futebol se profissionalize no país pertencente à Polinésia Francesa.
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Foto: Jefferson Bernardes / VipComm
Uma nova SeleGalo!
Após 31 anos, Atlético volta a servir três jogadores à Seleção Brasileira em competições internacionais
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Arte: Matheus Franchini
diretoria do Atlético não mediu esforços para mudar o patamar do time, que há anos fazia apenas papel de coadjuvante no futebol brasileiro. Com a contratação de reforços de peso, além da presença do astro Ronaldinho Gaúcho, o elenco do Galo se transformou em uma enorme potência midiática, ganhando cada dia mais holofotes e conquistando bons resultados, principalmente, na Copa Libertadores. Apostando na tradicional receita de sucesso, que é mesclar jogadores experientes com revelações das categorias de base, o Atlético mostrou no início da temporada um estilo de jogo dinâmico, ofensivo e de resultados. E seus atletas foram premiados com convocações importantes para a seleção brasileira. Onze jogadores do atual plantel alvinegro já sentiram o gosto de vestir a camisa verde amarela: o goleiro Victor; os zagueiros Réver,
Leonardo Silva e Gilberto Silva; os laterais Richarlyson e Marcos Rocha; o volante Josué; os meias Ronaldinho Gaúcho e Bernard; os atacantes Jô e Diego Tardelli. Estrelas do Galo De todos os atletas citados, três deles ganham mais destaque por estarem com o Brasil na disputa das Copa das Confederações, que acontece neste mês de junho: Réver, o “menino” Bernard , o mais jovem do grupo de Felipão, e o atacante Jô. “Não acreditei quando ouvi meu nome na lista de convocados para a Copa das Confederações. Estou muito feliz. Agradeço ao Felipão pela confiança e prometo trabalhar muito duro para defender o Brasil”, disse Bernard ao saber da convocação. Com os três atleticanos na Copa das Confederações, um fato se repete no Atlético após 31 anos. Desde 1982 o Galo não servia tanto à
Jogadores do atual elenco que atuaram na Seleção
seleção em uma competição internacional . Naquela ocasião, Luizinho, Éder Aleixo e Toninho Cerezo fizeram parte da equipe de Telê Santana, que encantou o planeta, mas não conquistou o mundial. “Estou muito feliz com a convocação. Passa um filme na nossa cabeça de tudo o que vivemos na carreira. Acabei tendo um início de ano muito bom, e, por isso, fui convocado. Vou trabalhar para buscar o meu espaço e colocar mais dúvidas na cabeça do treinador”, disse Réver, o capitão do Galo. Chamado aos “45 minutos do segundo tempo”, o atacante Jô, substituto do lesionado Leandro Damião, era um misto de felicidade e tristeza. O centroavante lamentou a lesão do ex-companheiro de Internacional, mas exaltou sua alegria por ter sido lembrado pelo técnico canarinho. “Independentemente da ocasião da convocação, estou feliz. É claro que a gente fica chateado pelo
companheiro, amigo que eu conheço (Leandro Damião). Por outro lado fico feliz por ser lembrado. A gente tem que estar 100%, porque quando se está na seleção brasileira precisamos ficar sempre concentrados para fazer o melhor”, destacou. já atuaram na Seleção A última vez que o Galo teve um número considerável de selecionados em seu grupo foi em 2001. Naquele ano, nove atletas do elenco preto e branco tinham passagens pela seleção brasileira. Além da dupla de atacantes que fez bastante sucesso com o “manto” do Atlético no fim dos anos 1990 e início dos anos 2000, Marques e Guilherme, o goleiro Velloso; o lateral-direito Baiano; os zagueiros Álvaro e Marcelo Djian; os meias Ramon, Valdo e Felipe eram os atleticanos da época que haviam defendido o time verde amarelo.
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Foto: Washington Alves / VipComm
A caminho da Disney World
Cruzeiro viaja até os Estados Unidos para cumprir compromissos da intertemporada que começa dia 21 realização da Copa das Confederações no Brasil altera o calendário de algumas modalidades do esporte nacional, e, por causa da competição internacional em gramados locais, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) precisou interromper o Campeonato Brasileiro durante 22 dias. Nesse período, que vai do dia 13 de junho a 5 de julho, alguns clubes ficarão em seus centros de treinamento trabalhando e outros excursionarão pelo mundo, afim de dar ritmo de jogo e manter atletas em atividade. Caso do Cruzeiro, que viaja aos Estados Unidos para uma intertemporada de 11 dias. No país de Barack Obama, o time celeste ficará hospedado no Walt Disney World Rersort, em Orlando, na Flórida, e passará também pela cidade de Chicago, no estado americano de Illinois. “Nós vamos para uma intertemporada, uma excursão com o sentido de trabalho, com o objetivo de
apurar a parte física, preparar jogadores para termos uma base ainda melhor para o restante do ano”, explica o técnico Marcelo Oliveira. Sem tempo para o Mickey E quem pensa que o Cruzeiro vai à América do Norte a passeio, apenas para fazer compras e conhecer os famosos personagens da Disney, está enganado. O cronograma do time na “Terra do Tio Sam” contempla três amistosos já agendados e uma programação específica de treinos, a serem realizados no complexo esportivo ESPN World of Sports. O primeiro compromisso da Raposa nos Estados Unidos será com o seu time reserva, também diante dos suplentes do conhecido Fluminense, no dia 21 de junho, nas dependências do centro de treinamento onde a Raposa ficará hospedada. No dia 23 de junho o Cruzeiro terá pela frente o time americano do Fort Lauderdale Strikers, no Lockhart Stadium, na cidade de Fort Lauder-
Artes: Matheus Franchini
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dale. Seis dias depois o adversário será o Monarcas Morelia (MEX), no Toyota Park, em Bridgeview. “Vamos treinar bastante lá, é bom. Não vamos a passeio, vamos para aprimorar bastante o que temos feito neste início de temporada. Quando o campeonato voltar, não teremos folga”, afirma o meia Everton Ribeiro. Ficaram de fora O técnico Marcelo Oliveira já divulgou os relacionados para a intertemporada. No entanto, três jogadores já estão fora da lista. Recuperando-se de uma cirurgia no púbis, o volante Henrique não embarca com os demais companheiros. Assim como os atacantes Borges e Dagoberto, ambos lesionados, que ficam em Belo Horizonte tratando seus problemas médicos. O zagueiro Victorino, que não atua desde setembro do ano passado, é outro jogador que não acompanhará a delegação celeste aos
Estados Unidos. Jornalista esportivo, Rodolfo Rodrigues avalia os benefícios e os contras que o período no exterior pode acarretar ao clube estrelado. “Do ponto de vista mercadológico a estratégia é muito boa, pois valoriza a marca do clube no exterior. É uma estratégia de marketing interessante. Dentro de campo, apesar de a viagem ser cansativa, o período que os atletas ficarão juntos auxiliará no maior entrosamento da equipe, que foi montada há pouco tempo. Sem contar que muitos brasileiros, mineiros ainda por cima, moram nos Estados Unidos”, lembra. Na parada para a Copa do Mundo de 2010 o Cruzeiro também fez excursão aos Estados Unidos. Na ocasião o time cinco estrelas venceu os dois amistosos que fez, New England Revolution (3 a 0) e New York Red Bulls (4 a 2). Wellington Paulista foi o artilheiro estrelado nos amistosos, com cinco gols marcados.
Calendário de jogos do Cruzeiro nos EUA
Transmissão
TV fechada
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especial da copa
Começou mal Sob protestos e vaias, a Copa das Confederações teve seu início sábado, dia 15, com jogo do Brasil
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Arte: Matheus Franchini
Copa das Confederações começou em um momento político conturbado no Brasil. Uma onda de protestos acontece devido o aumento das passagens de ônibus, desembocando em uma indignação geral sobre a atual situação do país. O que prometia ser uma festa, com boas apresentações na abertura, virou ingrediente político, como foi visto no discurso de inauguração do torneio, quando a presidente Dilma Rousseff foi vaiada pelos torcedores que estavam presentes no estádio Mané Garrincha, em Brasília. O presidente da Fifa, Joseph Blatter, também foi vaiado, chegando a pedir respeito e perguntar onde estava o “fair play”. Se dentro de campo o Brasil conseguiu estrear com uma boa vitória, fora dele a organização deixou a desejar. Antes mesmo da bola rolar, os primeiros imprevistos começaram a surgir. A Seleção uruguaia foi a mais prejudicada. A Celeste vem enfrentando vários problemas desde o primeiro dia. Devido a uma forte chuva, os responsáveis pelo estádio não fizeram o último corte na grama exigido pela Fifa e a atividade acabou sendo transferida para o CT do Sport. Contudo, por conta da distância entre um local e outro, os uruguaios fizeram exercícios em uma academia perto do hotel onde a delegação está hospedada.
Após os incidentes, o técnico da Celeste, Óscar Tabárez, não foi diplomático e declarou estar surpreso com as falhas que impediram as atividades programadas para o elenco. “Acredito que, num torneio como esse, o brilho das atuações depende da preparação das equipes. Todos sabiam como chove em junho e julho no Recife. Por isso, estamos surpresos. Não acreditávamos que iríamos passar pela situação de ter que buscar um campo capaz de receber o treinamento”, criticou. Espanha prejudicada Mais diplomática que o Uruguai, a Espanha também atravessou problemas nos últimos dias, contudo, os empecilhos dos espanhois foram menores que dos uruguaios. A grande diferença foi que os comandados por Vicente Del Bosque tiveram um lugar fixo para realizar as suas atividades. Porém, as reclamações também aconteceram principalmente no que diz respeito ao deslocamento da seleção europeia até o campo de treinamento. Isto, porque com um trânsito caótico da capital pernambucana, os 30 quilômetros para chegar ao local onde seriam realizadas as atividades foram percorridos em mais de uma hora e meia, o que irritou alguns dos astros da Espanha, como o goleiro Casillas e os meio-campistas Xavi e Iniesta.
Outro problema é justamente no local onde vão acontecer algumas partidas, já que mesmo a Arena Pernambuco sendo inaugurada, ainda sim existem vários pontos externos que ainda estão em obras. Troca de ingresso Como se não bastasse, outros imprevistos causaram transtornos a quem pretendia assistir o jogo de estreia do Brasil, na Copa das Confederações. Com a troca de ingressos sendo realizada apenas na cidade sede do jogo, o que se viu foi uma enorme fila na porta do estádio, principalmente para quem não era da cidade de Brasília e havia comprado os ingressos através da internet. Depois dos protestos em Brasília, que culminaram em tumulto entre manifestantes e polícia, no domingo houve mais passeatas. No Maracanã, um grupo de pessoas foram contidas a base de spray de pimenta, para que não ter acesso ao estádio, onde acontecia o jogo entre Itália e México. O fato ocorreu na rampa que liga o local da partida ao metrô e o clima ficou tenso, principalmente porque pessoas que estavam ali para assistir o futebol acabaram atingidas pelo produto. O protesto cobrava que os custos para montagem da estrutura da Copa fossem investidos em saúde e educação.
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Especial da Copa
Foto: Wander Roberto / VipComm
Brasil vence com folga
Volante Paulinho jogou bem e marcou um dos gols da vitória na estreia brasileira sobre o Japão
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Seleção Brasileira enfrentou o Japão na estreia da Copa das Confederações, em um jogo que o Brasil foi superior o tempo inteiro. O placar acabou ficando nos 3 a 0. A vitória serviu para cumprir o objetivo de somar os três primeiros pontos na competição. Na próxima rodada, os brasileiros encaram os mexicanos, no Castelão. O Brasil entrou em campo com o mesmo time que jogou contra a França e a repetição da escalação deu certo logo nos primeiros minutos do duelo. Em um lindo lançamento, Fred ajeita de peito. De primeira, o craque Neymar chuta e acerta o ângulo do goleiro Kawashima: 1 a 0 Brasil, para a alegria da torcida brasileira, que lotava o Mané Garrincha. Na sequência o Japão respondeu, após cobrança de falta do meia Honda, obrigando o goleiro Júlio César a espalmar para o lado. Na continuidade do lance, a zaga brasileira aliviou o perigo, afastando a bola do gol do Brasil. Mesmo atrás no marcador, a seleção do Japão não se intimidou e criou boas jogadas ofensivas. Em um dos lances, Oscar errou o domínio e acabou armando o contragolpe para o adversário. Honda recebeu o cruzamento e pegou de primeira. Contudo, para a sorte brasileira, a bola se perdeu por cima do gol defendido por Júlio César, que até então tinha pouco trabalho em campo. Mesmo com os lances de perigo do Japão, quem dominou a primeira etapa foi o Brasil. A equipe comandada por Felipão trocou passes e conseguiu administrar bem o
de Uchida e a bola passou raspando na trave esquerda de Júlio César, quase surpreendendo o camisa 1 brasileiro. Depois do susto, o Brasil voltou a controlar as ações da partida e tocou a bola sem muita ofensividade, esperando pelo avanço japonês para conseguir um contragolpe e matar o duelo em Brasília. A medida que o tempo passava, a Seleção ficou mais solta em campo e algumas jogadas individuais começaram a aparecer pelos cantos do campo, principalmente peEtapa complementar Na parte final do confronto, o Brasil los pés do atacante Neymar e do meia Osvoltou melhor e mandando no jogo, assim car, que tiveram uma excelente movimentacomo no início da partida. A seleção do ção durante toda a estreia. A pedido da torcida, o técnico Felipão Japão parecia ter voltado desanimada, deixando a seleção canarinho criar as melhores sacou o autor do primeiro gol, Neymar, e colocou o meia Lucas. Apesar dos torcechances de ampliar o marcador. O segundo gol brasileiro não demorou dores pedirem o jovem meia do PSG, o a acontecer e saiu dos pés do corintiano público não gostou da saída do jogador do Barcelona. Em seguida, Paulinho, que aparefoi a vez de Jô entrar no ceu livre na área como lugar de Fred, e marelemento surpresa. Em O Neymar é um car o terceiro do Brasil, uma boa jogada do latedando números finais ral-direito Daniel Alves, craque e sempre vai ao confronto. o volante emendou de Após o duelo, o treiprimeira e venceu o go- fazer a diferença. O nador Felipão exaltou a leiro Kawashima mais que vale ressaltar é a participação de Neymar uma vez: 2 a 0. e a atuação da Seleção. Logo após fazer o se“O Neymar é um craque gundo, a equipe de Fe- garra e o espírito do e sempre vai fazer a dilipão quase sofreu seu grupo ferença. O que vale resprimeiro gol na Copa das saltar é a garra e o espíConfederações. Okazaki Felipão rito do grupo”, afirmou. antecipou o cruzamento confronto. O jogador mais acionado da Seleção foi Neymar. Em outra boa chance para o Brasil, Hulk tabelou com Daniel Alves, invadiu a área e chutou cruzado. Esperto, o goleiro japonês espalmou a bola e a zaga do Japão chegou antes que o volante Paulinho pudesse ampliar o placar. Depois, foi a vez de Fred chutar cruzado e obrigar o goleiro Kawashima a fazer linda defesa.
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Especial da Copa
Festa italiana O
jogo entre Itália e México foi cercado de muita expectativa pelas equipes, principalmente por se tratar de uma partida que seria disputada no lendário Maracanã. Em um confronto bastante movimentado e cheio de lances de perigo, os italianos de Cesare Prandelli levaram a melhor sobre os mexicanos de Manuel de La Torre e saíram com a vitória pelo placar de 2 a 1. A sensação de jogar no Maracanã parece ter contagiado os jogadores de México e Itália, pois as equipes entraram em campo com muita disposição, denotando logo de início que o confronto seria movimentado. A marcação era dura e os mexicanos tiveram muitos problemas para sair jogando, pois a defesa italiana era muito forte. As primeiras chances do confronto foram da seleção do técnico Cesare Prandelli, que conseguiu lances incisivos com o atacante Balotteli. Na primeira oportunidade, em uma bola mal atravessada da retaguarda mexicana, o atacante tentou encobrir o goleiro, mas sem sucesso. Em seguida, Montolivo fez ótima jogada e cruzou rasteiro. O camisa 9 finalizou e o arqueiro Corona fez linda defesa. Em um ritmo alucinante, a Itália mandava no jogo e em um chute de fora da área, Balotteli obrigou novamente o goleiro Corona fazer ótima defesa. Mesmo com a pressão da Azzurra, a seleção do México não estava morta e na primeira vez que con-
seguiu chegar levou muito perigo. Giovani dos Santos ganhou na disputa com Abate e rolou para a chegada de Guardado. O meio-campista chutou firme e a bola explodiu no travessão de Buffon. Já na metade da etapa inicial, a Itália abriu o marcador no Maracanã. Em uma linda cobrança de falta, Pirlo colocou no ângulo do goleiro Corona: 1 a 0. Mesmo atrás no marcador, os mexicanos melhoraram em campo e conseguiram empatar, depois que Barzagli fez pênalti infantil em Giovani dos Santos. Na cobrança, Chicharito Hernandez deslocou Buffon e deixou tudo igual. Etapa Complementar O jogo recomeçou quente, com boas investidas no ataque das seleções. Diferentemente do primeiro tempo, a seleção do México estava equilibrando as ações. Contudo, apesar da melhora do futebol mostrado pelos mexicanos, foi a Itália que assustou primeiro. Pirlo faz cobrança de falta rasteira, a bola bate na barreira e sobra para Montolivo. No entanto, o volante não conseguiu vencer o goleiro Corona. Na metade final do confronto, a raça e a vontade prevaleceram sob a técnica e as principais jogadas de perigo foram advindas de bolas paradas. Em uma nova cobrança de falta, Pirlo novamente chutou bem e a bola passou raspando na trave, dando um grande susto no goleiro Corona.
A partida encaminhava para seu final e a Itália havia conseguido finalizar mais vezes que o México. Naquele momento, os italianos haviam chutado a gol por 14 vezes, contra apenas nove dos mexicanos. Nas roubadas de bola, a Azzurra também levou vantagem com 17 desarmes, contra apenas 11 dos adversários. Gol da vitória O melhor posicionamento da equipe em campo foi premiado com o gol de Balotelli. Depois de lançamento disputado entre a zaga e o atacante, o camisa 9 foi mais esperto, conseguiu levar vantagem em cima da retaguarda mexicana e chutou, mesmo desequilibrado: 2 a 1, para delírio da torcida italiana, que esteve em peso no Maracanã. O gol do desempate fez com que o México entrasse em desespero e caísse de produção. Desorganizados em campo, a equipe de Manoel de La Torre se jogava ao ataque, mas ficava desguarnecida no setor defensivo. Aos gritos de olé, os italianos tocaram a bola e esperaram o fim do jogo, selando a vitória na estreia. Ao final do jogo, o destaque individual do confronto foi o italiano Pirlo, que mesmo sendo veterano, conseguiu criar boas jogadas para a seleção Azurra, além de ter marcado o primeiro gol da partida. Outro fator preponderante foram as boas cobranças de faltas, de onde nasceu o primeiro gol.
Foto: Wagner Meier/Agif/Gazeta Press
Na perfeita cobrança de falta de Pirlo, a Itália abriu o placar no Maracanã contra o México e saiu vencedora na estreia da Copa das Confederações
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Especial da Copa
Vitória da Fúria Foto: Adalberto Marques/Agif/Gazeta Press
Espanha mostra superioridade no futebol e vence Uruguai conquistando seus primeiros três pontos
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epois de enfrentar vários contratempos em sua chegada ao Brasil, o Uruguai encarou a Espanha na Arena Pernambuco e não conseguiu desempenhar um bom futebol, se sucumbindo e perdendo pelo o placar de 2 a 1. Durante todo o confronto, os espanhois tiveram um melhor volume de jogo e dominaram completamente as ações, que culminou nos primeiros três pontos da equipe comandada por Vicente Del Bosque na Copa das Confederações. Os gols da Espanha foram marcados ainda na primeira etapa através dos atacantes Pedro e Soldado. Suárez fez o gol de honra da Celeste no segundo tempo. Assim como no jogo das 16h entre Itália e México, espanhois e uruguaios fizeram um jogo bastante movimentado, que começou com muita correria, mas ao contrário do primeiro duelo, era mais franco, com a Espanha trocando passes, como de costume, envolvendo a seleção do Uruguai. A primeira oportunidade da partida foi dos espanhois. Jordi Alba fez boa jogada pela linha de fundo e cruzou com perigo. Para a sorte da defesa da equipe sulamericana, a bola passou na frente de Fábregas e de Soldado, mas se perdeu pela linha de fundo. Na sequência, mais uma vez Alba levou perigo em um novo cruzamento, que por mais uma vez foi mal aproveitado pelo ataque dos comandados por Vicente Del Bosque. O time uruguaio não conseguia sair jogando e era completamente dominado pela Espanha. Em novo lance de perigo, Iniesta tabelou com Soldado e o meio-campista do Barcelona chu-
tou forte, para a boa defesa do goleiro Muslera. De tanto apertar, a seleção da Espanha chegou ao primeiro gol através do atacante Pedro. Em um belo chute de fora da área do espanhol, a bola desviou no zagueiro Lugano, enganando Muslera e indo morrer no fundo do gol: 1 a 0. Em desvantagem no marcador, o Uruguai começou a arriscar mais, principalmente em jogadas que procuravam o atacante Cavani. Porém, em uma bola troca de passes da equipe espanhola, Soldado saiu na cara do gol de Muslera e ampliou: 2 a 0, com muita autoridade. Os 2 a 0 no placar mostravam o domínio total dos atuais campeões do mundo sobre a seleção do Uruguai, tanto, que no apito final dos primeiros 45 minutos, a Espanha tinha um total de posse de bola de 78%, contra apenas 22% da equipe comandada por Óscar Tabárez. Etapa final O segundo tempo começou com a Espanha novamente dominando a seleção do Uruguai, que por sua vez continuava com muitos problemas para sair jogando. Trocando passes, os espanhois permaneciam envolvendo os adversários e levando perigo ao goleiro Muslera. No primeiro lance de perigo, a equipe de Del Bosque quase faz o terceiro. Xavi rolou a bola para Pedro, que em profundidade cruza para o meio da área. Na sequência, a bola passou na boca do gol e por pouco Soldado não empurra para o fundo das redes, no que seria seu segundo tento na partida. Com o desenrolar do confronto, a Celeste começou a usar das faltas para tentar impedir
que a Fúria continuasse a dominar por completo, contudo, sem sucesso. Nem mesmo a substituição promovida por Tabárez – que sacou Gargano e deu lugar a Lodeiro e tirou Diego Pérez para promover a entrada do experiente atacante Diego Forlán – deu conta de melhorar o aspecto desfavorável para os uruguaios, que eram impotentes diante da genialidade e precisão das trocas de passes promovidas pela seleção espanhola. Diego Forlán pouco conseguiu criar para a sua seleção, pois a bola pouco chegava ao ataque. Quando chegava, normalmente era em uma jogada de bola parada, mas nem assim, a Celeste conseguia levar efetivamente perigo à meta do goleiro Casillas, que foi um verdadeiro expectador privilegiado em campo. Quando ninguém esperava, o Uruguai marcou seu gol de honra, através de Suárez, em bela cobrança de falta. Desânimo uruguaio Sem conseguir criar jogadas de ataque desde os primeiros minutos do confronto, o que se viu foi a Espanha dominando completamente as ações no jogo, o que gerou um fraco desempenho do Uruguai, principalmente na etapa complementar, onde pouco conseguiu criar e acabou perdendo do melhor futebol apresentado pelos espanhois. A diferença era tanta, que na reta final da partida, a Fúria já somava 14 finalizações, contra apenas três da Celeste. Isto talvez explique o resultado positivo para a seleção europeia.
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Especial da Copa
baixa procura
Foto: Gustavo Theza
Pesquisas mostram baixo interesse pelo consumo de produtos licenciados da seleção brasileira
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ouco ou nenhum interesse. É isso que mostram os dados do estudo “Fora de Campo”, que foi realizado a partir de entrevistas junto a aproximadamente mil pessoas, residentes em 70 cidades espalhadas por todas as regiões do país. O levantamento foi feito pela Hello Research Consultoria. Segundo a pesquisa, 79% da população brasileira não pretende comprar nenhum produto associado à seleção canarinho. Do ponto de vista comercial, esse dado se torna mais grave se pensarmos que neste momento a Copa das Confederações está acontecendo no Brasil e que no próximo ano a Copa do Mundo retornará ao país, após 64 anos. Menos empolgadas ainda com a seleção, estão as mulheres e a população maior de 60 anos. Entre as mulheres, cerca de 85% não pretendem consumir nada relativo à seleção brasileira, e entre os idosos, esse percentual alcança a altíssima marca de 96%. A péssima tendência comercial que aponta a falta de interesse em relação aos produtos licenciados da Seleção se dá em grande parte aos maus resultados colhidos pelo
Brasil dentro do campo nos últimos anos. Entre esses resultados estão os recentes fracassos da seleção brasileira, aliada a uma falta de perspectiva de melhoria da qualidade de seu futebol. Fatores como esses fazem com que o público perca interesse pela equipe do Brasil, além do fato de uma camisa nova da Seleção custar aproximadamente R$ 200. Comércio precisa agir Para o Sócio-Diretor da Hello Research, Davi Bertoncello, ainda há tempo para uma mudança neste quadro. “Acreditamos que estes números podem mudar com a proximidade dos eventos, já que o brasileiro será contagiado com as propagandas nas ruas, as decorações no comércio, e como todo bom público que gosta de festa, não vai querer ficar de fora. Mas cabe ao varejo também se preparar para atrair esta demanda de consumidores, não responsabilizando somente à mídia para tal tarefa”, afirma. Já uma pesquisa divulgada pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Câmara Nacional dos Dirigen-
tes Lojistas) realizada com 1.276 empresários das seis cidades-sedes da Copa das Confederações, mostra que recentemente 59% dos lojistas ainda não fizeram nada para aumentar as vendas para estes eventos, em especial à Copa das Confederações. Com a proximidade da competição à época da relização da pesquisa, apenas 41% se mobilizaram de alguma forma para comercializar os produtos da Seleção. Entre os que não investiram em ações para o torneio, 27% disseram que não vêem retorno financeiro no negócio. Outros 14% afirmaram não ter capital para investir. Se baseada em outra pesquisa da Hello que mostra que até o início de junho cerca de 85% da
população não conhecia o torneio da Copa das Confederações, os comerciantes estão corretos em não apostar no evento. Argentina, a preferida Apenas 3% do total dos torcedores pesquisados não pretendem torcer para a seleção brasileira. Entre todas as seleções do mundo, a Argentina é a que tem a maior intenção de compras em seus produtos esportivos. Dentro dessa parcela, os “hermanos” ficam com 58% da intenções de compras, contra 19% de franceses, italianos e ingleses, 13% dos atuais campeões do mundo, os espanhóis e 10% da tricampeã mundial, Alemanha.
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História
mundialito 80-81 O torneio reunia campeões do mundo e tinha formato similar ao da Copa das Confederações
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riado pela Fifa para comemorar os 50 anos da primeira Copa do Mundo, a Copa Ouro ou Mundialito, como era mais conhececido, tinha um sistema de competição muito parecido com o formato da Copa das Confederações. Eram 6 equipes, dividas em dois grupos de três, sendo o campeão de cada chave classificado para a final. A competição pode ser considerada o avô da Copa das Confederações, e reunia apenas campeões mundiais. Diferente do torneio que está acontecendo no Brasil e que é disputado entre os campeões continentais e do mundo, além do país sede, a Copa Ouro contaria apenas com os campeões da história da Copa do Mundo, o que já garantia o interesse pelo torneio. Realizado inteiramente no estádio Centenário, em Montevidéu, no Uruguai, o Mundialito aconteceu na virada de 1980 para 1981 e também serviu como prévia para o Mundial da Espanha de 1982. Para a competição, foram convidados todos os campeões do mundo da história à época: o Uruguai, que também era o anfitrião, Itália, Alemanha, Brasil, Inglaterra e Argentina. Todos aceitaram o convite, à exceção dos ingleses, que foram substituídos pela Holanda, na época, vice campeã dos Mundiais de 1974 e 1978. No Grupo A estavam Uruguai,
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Na final entre Brasil e Uruguai o goleiro João Leite é superado por Victorino que sela a vitória Celeste
Itália e Holanda. Do outro lado, no Grupo B, se enfrentariam Argentina, Alemanha Ocidental e Brasil. pancadaria e talento No lado A, a Celeste não teve problemas para despachar Holanda e Itália, ambos por 2x0. O jogo contra os italianos, no entanto, mais pareceu “um ringue de boxe”, segundo jornais da época. Diante de 80 mil pessoas, que lotaram o Centenário, três jogadores foram expulsos da partida, dois pela Azzurra e um pela Celeste. Ao final do jogo, o jornalista
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O uruguaio Venancio Ramos tenta desviar de Batista rumo ao gol
italiano Giono Bochi, do jornal esportivo Tutto Sport escreveu em sua coluna: “Peço em nome do esporte italiano mil desculpas a toda torcida uruguaia. O que esta seleção fez em campo é vergonhoso. Sinceramente, estou muito constrangido pelo triste espetáculo que deu a seleção italiana, cujos homens se comportaram como animais, porque ante a impotência futebolistica, se portaram como verdadeiros vândalos”. Dois dias depois, já eliminados, Itália e Holanda terminariam em um morno 1x1. superando a Argentina Na outra chave, a Argentina iniciou bem o torneio vencendo a Alemanha, campeã europeia de 1980 por 2x1, de virada. Com a vitória, a Argentina, campeã do mundo, acabara com a invencibilidade de 23 jogos da Alemanha. No jogo seguinte, um clássico mundial: Argentina e Brasil. Com um gol do ainda pouco conhecido Maradona, aos 30 do primeiro tempo, os “hermanos” terminaram na frente o primeiro tempo. Já no segundo, o Brasil voltou com tudo para cima da Argentina e conseguiu o empate com Edevaldo. Com muitas faltas e pancadaria, o árbitro austríaco decidiu terminar o jogo dois minutos antes do tempo regulamentar: fim de jogo, 1x1. Apesar de muitos acreditarem na reedição da final do primeiro Mundial de 1930, entre Argentina e Uruguai, o Brasil impôs uma
surpreendente goleada sobre a sólida Alemanha por 4x1, de virada e se classificou para final. O gol de Allofs no início não foi suficiente para a artilharia brasileira, que arrasou o confronto com gols de Junior, Toninho Cerezo, Serginho e Zé Sérgio. Nova derrota Assim como em 1950, Uruguai e Brasil voltariam a se enfrentar numa final, só que agora em Montevidéu. Sob o olhar de 90 mil torcedores, o jogo foi duro, bem ao estilo “charrúa”, com muitas faltas. O Uruguai passou a maior parte do tempo na defesa, esperando o Brasil. O primeiro tempo terminou 0x0. Na fase final do jogo, a seleção canarinho seguiu no ataque, mas a Celeste mostrou a que veio. Aos seis minutos, Ramos deu passe para o craque celeste Rubén Paz, que em linda jogada tirou a zaga do Brasil e chutou para o gol. João Leite espalmou e na sobra, Barrios meteu a bola para o fundo do gol, fazendo 1x0 Uruguai. Dez minutos depois, De la Peña cometeu pênalti em Sócrates, que bateu para o fundo das redes, empatando o jogo. Aos 35 minutos do segundo tempo, o Brasil sufocou o Uruguai e tentou de tudo. Num contra-ataque uruguaio, aconteceu uma falta a favor da Celeste, cobrada por Venancio Ramos, que tocou para Victorino, que de cabeça decretou nova vitória uruguaia, assim como em 1950.
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nacional
Intertemporada A
diretoria do Botafogo anunciou que fará um período de treinos em Pinheiral-RJ, localizada na região sul do Rio. No dia 22 acontece o retorno à capital, onde os atletas permaneceram treinando como se estivessem em competição. Ao longo deste período, os dirigentes tentarão agendar algum amistoso. O clube recusou oficialmente participar do Torneio de Belém, por entender que não haveria um ganho técnico e porque não gostou das condições financeiras. O Botafogo volta a jogar no dia 3 de julho, quando recebe o Figueirense pela rodada de ida da terceira fase da Copa do Brasil. Existe a possibilidade de o confronto ser disputado no Maracanã. Caso contrário, será mesmo no Raulino de Oliveira.
C
om a parada para a Copa das Confederações, o Fluminense viajará para Orlando, nos EUA, onde fará suas atividades de intertemporada na Disney. A viagem faz parte de um plano de marketing do Tricolor Carioca, para consolidação da marca no mercado internacional e contará com um amistoso entre o times B do Flu e do Cruzeiro. As ligações do Fluminense com algumas instituições esportivas dos Estados Unidos já têm rendido frutos. Depois das boas relações com a Liga das Universidades, com o Orlando City e alguns clubes da Major League Soccer (MLS), onde o Flu realocou atletas, o clube agora tem conversado com o centro de treinamento de Michael Johnson e existe a chance de desenvolverem um projeto conjunto.
D
epois da última rodada antes da parada do Brasileirão, os jogadores ganharam uma folga até dia 17 de junho, mas alguns retornaram antes ao clube. Os machucados e os mais novos do elenco tiveram que comparecer ainda esta semana para fortalecimento muscular individualizado. Entre os titulares estão Alessandro e Paulo André, que sentiram lesões contra a Portuguesa, e o meia Renato Augusto, em fase final de recuperação, depois de sentir a uma lesão no músculo posterior da coxa direita, dia 24 de março, contra o Guarani, no Paulistão. Edenílson também se apresentou junto aos seus companheiros. Os recém-contratados Ibson, Maldonado e o goleiro Walter, já fazem trabalhos no CT para antecipar a intertemporada.
O
Santos não fará amistosos internacionais, como muitos outros clubes do Brasil, durante a Copa das Confederações. A ideia é conceder férias de alguns dias aos jogadores, que seriam descontadas no fim do ano. Assim, o time teria mais tempo para se preparar para a sequência da temporada. A diretoria do Alvinegro recebeu algumas sondagens de clubes do exterior, mas não chegou a acordo. A equipe praiana também tenta fortalecer sua marca internacionalmente e por isso busca jogos no exterior para a intertemporada. O clube já conta com franquias de escolinhas de futebol nos Estados Unidos, Japão e Paraguai. A diretoria luta pela permanência de Felipe Anderson no elenco, que está sendo sondado por clubes europeus.
A
equipe definiu na última quinta-feira que fará sua intertemporada durante a pausa para a realização da Copa das Confederações em casa. Os jogadores do Grêmio entraram em um período de folga e se reapresentam somente no próprio dia 21. Desta maneira, o elenco terá oito dias de descanso. A data é importante para complementar as férias dos jogadores, que acabaram mais cedo com a preparação para a disputa da fase preliminar da Libertadores. As atividades no estádio Olímpico serão as últimas antes do local ser implodido. Em outubro, a AOS, construtora responsável pela Arena do Grêmio, demolirá a antiga casa tricolor. O Grêmio só volta a jogar no dia 7 de julho, contra o Atlético/PR, pelo Brasileiro.
N
a paralisação do Brasileiro, o Flamengo aproveita para arrumar a casa e anunciar a contratação do técnico Mano Menezes para o restante da temporada. A esperança da cúpula flamenguista é que o comandante dê uma nova cara a equipe e possa aliviar um pouco a pressão que ronda o elenco do Rubro-Negro. Na primeira manifestação como novo treinador, Mano Menezes foi incisivo em pedir o apoio da torcida, para que a equipe do Flamengo possa voltar a conquistar os bons resultados. O novo comandante se apegou ao fato do Rubro-Negro ter a maior torcida do país. A intertemporada do clube vai ser um período para avaliação tática e técnica do elenco, visando a sequência do Campeonato Brasileiro e também a Copa do Brasil.
O
s atletas parecem dispostos a aproveitar o recesso do Brasileirão, paralisado para a disputa da Copa das Confederações, para melhorar alguns aspectos, corrigir erros e voltar bem para a sequência da temporada. Quem comemora a folga para treinamentos é o volante Sandro Silva, que espera que o elenco vascaíno volte mais forte após a intertemporada. “Tivemos jogos complicados nessas cinco primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro. Mas sabemos que a situação vai piorar ainda mais à medida que a competição vai tomando corpo e os clubes se dedicando mais”,avaliou. No último sábado, o Vasco goleou o América-RJ, no Cefan por 4 a 0. Os gols foram marcados por Leonardo, dois, Thales e Jhon Cley.
O
Palmeiras entra em recesso do dia 13/6 ao dia 19/6 e a pausa no Brasileirão foi comemorada pelo preparador físico Fabiano Xhá, que acredita que o intervalo será benéfico para a recuperação dos jogadores que estão lesionados, principalmente do meia chileno Valdívia. A novidade fica por conta da apresentação do meia William Mendieta, que ficará marcado na história do clube como o 10º paraguaio a vestir a camisa do Verdão. A história de jogadores paraguaios no Palestra começou em 1967, com o goleiro Perez, que esteve dois anos no clube e fez parte dos times que conquistaram os Campeonatos Brasileiros de 1967 e 1969. Antes de Mendieta, o último paraguaio a jogar pelo Palmeiras foi o zagueiro Román.
A
pausa do Tricolor será de dez dias de férias para retomarem o fôlego e ficarem de olho na sequência da temporada 2013. De acordo com a comissão técnica, o elenco se reapresentará no próximo dia 24, no CT da Barra Funda, e seguirá direto para o Centro de Formação de Atletas Laudo Natel. Em Cotia, sob os cuidados do técnico Ney Franco, a equipe são-paulina treinará de olho na conquista da Recopa, sequência do Campeonato Brasileiro, Audi Cup, Suruga e Copa Sul-Americana. “Teremos um bom tempo para descansar, mas sem exageros. No dia 3 de julho já temos a decisão da Recopa (contra o Corinthians), que será um título importante para o clube, e temos que chegar lá confiantes”, afirmou o meio-campista Denilson.
O
Internacional recebeu no domingo passado dez dias de folga, com reapresentação marcada para o dia 19 de junho. Após a realização de exames médicos e físicos em Porto Alegre, os jogadores realizarão uma intertemporada em Viamão. O Colorado volta a campo pelo Brasileirão no dia 7 de julho, às 16h, quando enfrentará o Vasco no Centenário. Será um período fundamental de preparação para as exigências do calendário do segundo semestre. Vale lembrar que além do Brasileirão, o Inter também poderá disputar a Copa Sul-Americana. Entretanto, isso só ocorrerá se o time colorado não passar às oitavas de final da Copa do Brasil, o que, por força de regulamento, impediria a sua participação no torneio sul-americano.