Apresentação Revista SR.

Page 1

SR.

A senhora revista

Analisamos um marco do jornalismo cultural brasileiro

HistĂłrico

Cinco anos de vida: tempo suficiente para deixar sua marca

SENHOR

Projeto grĂĄfico

Elegância e modernidade em um design arrojado

Projeto editorial

Uma revista voltada para ele, mas vendida para ela

Designers

Carlos Scliar, Glauco Rodrigues e Jaguar: um time de feras


Revista SR. 1958 - 1964

“uma revista para ser lida pelos elementos mais responsáveis pela vida nacional, a fim de estimulá-los a considerar com mais seriedade os problemas culturais do país”. Simão Waisman (dono da Editora Senhor S.A/ Delta)


Histórico - Lançada em março de 1959 no Rio de Janeiro. - Circulou até janeiro de 1964. - Jornalismo Cultural. - Formadora de opinião. - Design além do convencional. - Cultura, política, economia e entretenimento. - Literatura, pintura, escultura, teatro, música, arquitetura, cinema, cultura popular e comportamento social. - Sátira, ironia e humor picante, deboche saudável. - Ensaios fotográficos (mulheres em ensaios sensuais). - Modernidade textual e gráfica. - Textos críticos, analítcos, pesquisados a fundo e preparados com cuidado (The New Yorker e Squire).




Expediente Editor chefe: Nahum Sirotsky Editor assistente: Paulo Francis Editor: Luiz Lobo Redator: Newton Carlos Colaboradores: Newton Carlos, Otto Maria Carpeaux, Odylo Costa Filho, Reynaldo Jardim, FlĂĄvio Rangel, Clarice Lispector, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Rubem Braga, Jorge Amado, Antonio Callado, Carlos Lacerda, LĂşcio Rangel, Ivan Lessa. Diretor de arte: Carlos Scliar Assistentes: Jaguar e Glauco Rodrigues.


Projeto Editorial Parti das revistas Esquire e Seleções. Teria ensaios sobre grandes temas de todos os tipos por grandes nomes. Publicaria uma noveleta em cada número e uns contos. Serviços para homens, como vestir bem, preparação de coktails, escolha de bons vinhos, resenhas de livros de utilidade para o empresário e etc. As capas seriam especialmente criadas por artistas brasileiros, assim como as ilustrações. Tudo boa arte. Teria o tamanho de Esquire e preço de capa várias vezes mais caro do que a mais cara do Brasil para que fosse símbolo de status. Ele gostou. Pediu que montasse um exemplar para mostrar (SIROTSKY, 2003).

Preço e assinatura: custava CR$ 70,00, em 1962 passou para CR$ 200,00 e em 1964 já era CR$ 300,00. O periódico também tinha uma assinatura; esta era semestral e em 1959 custava CR$ 300,00. Periodicidade: mensal. Público-alvo: empresariado de alto poder aquisitivo e mulher do empresário com faixa de idade acima dos 36 anos.


O editorial de Luiz Lobo “MINHAS senhoras. (... ) sempre ouvi dizer que as mulheres é que compram ou condenam uma revista à morte, dirijo-me a vocês (se me permitem o tratamento). (...) não fiz uma revista feminina por três motivos: Porque já há muitas. 2. Porque as mulheres não gostam de revistas femininas. 3. Porque as mulheres estão querendo cada vez mais saber exatamente o que é que os homens andam querendo saber. (...) a compreensão de vocês é necessária porque de outro modo esta revista não dará certo e outras revistas no gênero aparecerão, nem todas com a preocupação que temos (muito disfarçada) de servir à mulher, fingindo que estamos servindo ao homem.


Projeto Gráfico “Eu tinha que fazer com a ilustração, com a tipologia, com a organização do espaço, um trabalho que desse ritmo aquela matéria para que você fosse induzido a ler, depois a responsabilidade já não era mais minha, eu tinha feito o que estava no meu alcance – fazer você começar a ler.” (CARLOS SCLIAR).

- Formato 20cm x 26,5 (?). - Papel alternado. - Uso de capitular. - Colunagem dupla. - Sem regra de alinhamento. - Sem padrão tipográfico. - Títulos alinhados à esquerda. - Grid ignorado. - Uso do branco. - Imagem definia layout. - Páginas intercaladas em uma, duas e quatro cores.







As três fases 1° Fase - Março de 1959 a julho de 1961, compreende 29 exemplares. - Editora Delta, tendo Nahum Sirotsky na direção. - Cultura, política e economia. 2° Fase - Agosto de 1961 a fevereiro de 1962, apresentando apenas sete edições. - Editora AGGS (Artes Gráficas Gomes de Souza S.A do Grupo Gilberto Huber, dono da gráfica e da editora das listas telefônicas, que já fazia a impressão da publicação.)tendo na direção o jornalista Odylo Costa. - Literatura. 3° Fase - Março de 1962 a janeiro de 64, compreende 23 números condensados em 21 exemplares. - Direção de Reynaldo Jardim e Grupo Gilberto Huber, ate passar às mãos de Reynaldo e do publicitário Édeson Coelho. - Identidade popular-nacional. - “O jeito brasileiro de ver o mundo”.


#10 Jaguar


Ano 1 #8


Ano 2 #7


Ano 2 #9


Ano 3 #1


Ano 3 #2


Ano 4 #7


Ano 4 #8


Designers Carlos Scliar - Desenhista, gravurista, pintor, ilustrador, cenógrafo, roteirista e designer gráfico. Considerado o primeiro diagramador de revistas do Brasil. - Escola de Belas Artes.

Glauco Rodrigues - Pintor, desenhista, ilustrador e gravador. - Escola de Belas Artes. - Clube da Gravura de Porto Alegre e de Bagé (1950). - Assumiu a arte da SR. após a saída de Scliar.

Jaguar - Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe. -Cartunista. - Manchete, Senhor, Última Hora.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.