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Resumo Nº 1
HISTÓRIA DO DESIGN COMO AGENTE DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL Agosto, 2011.
Design / Tiago Lobo
CAPÍTULO 4 DESIGN, INDÚSTRIA E O CONSUMIDOR MODERNO
O autor Rafael Cardoso convida o leitor a um rico passeio pela história do design, ao tratá-lo com um “agente de transformação social”. Tudo começa por volta de 1830, com a Revolução Industrial e uma proposta de reforma do gosto alheio devido a uma desaprovação de artistas ao design de produtos industrializados. O arquiteto inglês, Augustus Welby Pugin lança o que viria a chamar-se de “princípios verdadeiros do design” pregando que uma construção deveria limitar-se unicamente aos elementos necessários e que ornamentos deveriam ser usados para enriquecê-los. Vemos aí uma das bases do Design moderno. Nos anos 40 se tem início a uma onda de pensamentos preocupados com o mau gosto alheio, introduzindo a atribuição de valor moral à estética. Neste ano e é lançada a primeira publicação direcionada ao Design: o Journal of Design and Manufactures e em 56 é publicada a obra The Grammar of Ornament, que explicava as origens dos ornamentos e sua aplicação em decoração, moda, arquitetura, peças gráficas e afins. Em 1851 acontece, em Londres, a “Grande Exposição dos Trabalhos de Indústria de Todas as Nações”, importante evento copiado em outros países que iniciou um processo de globalização dos conceitos estéticos do Design mundial. E em 1861 surge o “pai das Artes e Ofícios”, o britânico William Morris que introduziu o conceito de aliar manufatura e processo industrial para produzir peças de variados preços e acabamentos. Morris foi também um dos mais importantes designers de livro da época, pesquisando novos tipos, tintas, papéis de melhor qualidade e modos de impressão na sua editora Kelmscott Press. O movimento das Artes e Ofícios pregava essa união entre manufatura e indústria e foi seguido pela Art Nouveau, considerado o primeiro estilo moderno ao trabalhar com simbolismo, esteticismo e basear-se em conceitos estéticos das Artes e Ofícios. Todos estes conceitos e mudanças no processo de pensamento dos Designers perante a sociedade acabou por criar um fenômeno de distinção social e de consciência da era industrial e moderna. A busca pelo “estilo moderno” acabava por criar o novo a partir do velho.