Design Capítulo 6 O design em um mundo multinacional 1945 – 1989 Com o final da 2ª guerra houve uma expansão dos parques industriais de diversos países. Isso gerou um aumento produtivo que não foi completamente absorvido pela demanda, portanto já nos anos 40 é possível notar o princípio da nossa cultura consumista com o “American way of life” (“modo americano de vida”), e o consumo da obsolescência, sustentando um crescimento aparentemente ilimitado da indústria. Isso gerou grandes impérios multinacionais e influenciou designers na busca de identidades visuais universais. Criou-se, aí, o Estilo Internacional, que pregava a simplificação das formas em prol da compreensão em qualquer cultura, sustentando que formas universais reduziriam desigualdades e promoveriam uma sociedade mais justa. No entanto o Estilo Internacional não se tornou um estilo de massa, sendo utilizado mais como estilo visual de identidades corporativas. No Brasil, em 1958 foi criada a Forminform, considerada como o primeiro escritório de design do país, tendo como sócios Alexandre Wollner, Geraldo de Barros, Rubem Martins e Renato Macedo. Outro designer que se destacava na época era Aloísio Magalhães, que junto com Wollner viria a se tornar professor da Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI), aberta em 1963, considerada um marco no ensino de design brasileiro. A ESDI foi matriz para a grande maioria das faculdades de design do Brasil fundadas nas duas décadas seguintes. No início da década de 60 surge um movimento contrário ao Estilo Internacional, influenciado pela Pop Art, com visões anti-geométricas, anti-funcionalistas e anti-racionalistas. Que buscava injetar humor, ser assumidamente artístico e dar voz ao estilo próprio do designer. Nesse movimento ficou famoso o escritório Push Pin Studios, nos E.U.A. Nessa época que o Design passou a trabalhar a serviço do marketing e, também, com finalidades sociais.
Tiago Lobo Turma: 369 Setembro de 2011