Captação de água de chuva

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Captação de Água de chuva Tiago A. M. Malta A água é um recurso escasso e indispensável para a vida, por isso deve ser cuidadosamente aproveitado em toda sua capacidade. Muitos recursos econômicos são gastos para torná­la potável e depois ela é consumida em fins menos nobres como limpeza de calçada, rega de jardim, descarga, dentre outros. Para evitar o desperdício existem alternativas que podem permitir a diminuição dos impactos ambientais. Estudos mostram as necessidades de água para usos nobres e os que podem ser substituídos, por exemplo, por água de chuva. A utilização de água de chuva traz várias vantagens: ­ Redução do consumo de água da rede pública e do custo de fornecimento da mesma. ­ Evita a utilização de água potável onde esta não é necessária, como por exemplo, na descarga de vasos sanitários, irrigação de jardins, lavagem de pisos. ­ Os investimentos de tempo, atenção e dinheiro são mínimos para adotar a captação de água pluvial na grande maioria dos telhados. ­ Ecologicamente e financeiramente não desperdiça um recurso natural. ­ Ajuda a conter as enchentes, represando parte da água que teria de ser drenada para galerias e rios. ­ Resfriamento de maquinas ­ Reserva de água para eventuais incêndios ­ Em áreas rurais, além dos mesmos fins do ambiente urbano, destina­se a irrigação de plantações, lavagem de criatórios de animais e bebedouro. Benefícios • Permite aproveitar um recurso disponível, que contribui para economizar na conta da água, além de servir como reserva em épocas de seca ou de falta d’água. • Contribui para reduzir a necessidade de água para fins não­potáveis dentro de edificações • Contribui para reduzir enchentes nas grandes cidades, que têm o solo impermeabilizado pelo asfalto. Mensurando um sistema de coleta de água da chuva 1) Deverá ser identificado o índice pluviométrico em questão. 2) Definir qual será a área de coleta ­ geralmente é indicado que se faça nas coberturas, mas a coleta de água das pavimentações também é utilizada, apesar de ser uma água tiagomaltapsi@gmail.com http://tiago­malta.blogspot.com.br


mais suja. 3) Calcular o volume de chuva coletado, por cada mês do ano. 4) Identificar qual será o volume de água reaproveitada. A água, após tratada, poderá ser utilizada na irrigação ou nas bacias sanitárias. 5) A cisterna será dimensionada a partir do cruzamento de duas condicionantes: volume de água coletada versus reuso. Somente será coletado o que for utilizado. Deve ser feito um estudo de mês a mês para identificar o período seco e prever o abastecimento da cisterna para esses meses. Por exemplo, em meses em que a chuva não atende a demanda de reuso necessária é primordial prever um acúmulo de água na cisterna nos meses anteriores para poder abastecer o prédio nesses meses de estiagem. Nota: Vale lembrar que o mais caro do sistema é a cisterna e, portanto, é essencial o correto dimensionamento da mesma. Da captação até a reutilização: Depois de dimensionado o tamanho da cisterna, deve­se preocupar com o sistema de coleta e desinfecção. Devemos ter consciência de que telhados são sujos por fezes e animais mortos, além disso, a chuva em determinadas regiões é poluída, mas geralmente um sistema de desinfecção por cloro já seria suficiente. Em alguns casos, como em zonas industriais, poderá ser usado um sistema de desinfecção por ozônio ou UV (Radiação Ultra Violeta). Qual o caminho da água até a reutilização? 1) Após coletada a água pela superfície do telhado, ela deverá passar por um equipamento que fará a eliminação da água dos primeiros 15 minutos de chuva. Essa água é considerada muito suja, pois será a água que lavará o telhado. Então o ideal é eliminá­la. 2) Após passar pelo sistema de eliminação dos primeiros minutos de água, ela deverá passar por um filtro removedor de partículas. 3) Após passar pelo filtro a água passará por um clorador. 4) Por fim essa água chegará à cisterna. É importante que haja um sistema freio no fim da tubulação de descida para que não ocorram turbulências no interior da cisterna. 5) Essa cisterna deverá ter um extravasor e um ponto de abastecimento com água potável da rede, controlado por um sistema de bóias. Esse sistema assegurará que a cisterna esteja abastecida mesmo em condições extremas de estiagem. 6) Através de uma bomba submersa essa água se transferirá para um reservatório de reuso. Indica­se que sejam utilizadas bombas de pressão e não de sucção, pois exigem menos manutenção.

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Cuidados a serem tomados ­ Nunca cruzar a tubulação para água de reuso com tubulações de água potável. ­ Sempre identificar com sinais onde existe água de reuso e assinalar que essa água não é potável. Resumindo: Antes da instalação do sistema, é feito um estudo dos índices pluviométricos da região, da capacidade de captação do telhado e do tamanho ideal da cisterna de armazenamento. Baseado nesses cálculos é dimensionado o equipamento, composto basicamente de um filtro (para retirar folhas e outros detritos), um freio d água (reduz a pressão da água, que assim não revolve a sedimentação do fundo da cisterna), conjunto flutuante (faz com que a água mais limpa seja bombeada para a caixa d'água) e o sifão­ladrão (retira as impurezas da superfície da água, bloqueia odores vindos da galeria e impede a entrada de roedores). Esta é prática sustentável além de ajudar a reduzir a conta d’Água pode ser de extrema valia para evitar enchentes e evitar o desperdício de água potável, pense nisso e adote essa medida. Fonte http://www.sempresustentavel.com.br/hidrica/aguadechuva/agua­de­chuva.htm http://rmai.com.br/v4/Read/657/estudo­de­vantagens­da­captacao­de­agua­de­chuva­para ­uso­domestico.aspx

Tiago A. M. Malta (Rio de Janeiro 25 de Setembro de 2013) Endereço Eletrônico: tiagomaltapsi@gmail.com BLOG: http://tiago­malta.blogspot.com.br

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