Introdução Este livro fora feito sem pé nem cabeça e no intuito de permanecer assim; porém, por forças alheias, me senti obrigado a fazer esta segunda edição, analisando-o melhor e tratando-o com mais carinho. O livro original começou a ser escrito no dia 04 de junho de 2002, por força do acaso, e nem sei no que pensava no dia 14, escrevendo a maior parte dos poemas neste dia, e reunindo outras poesias que já haviam feito antes de tudo acontecer; poesias avulsas que não valeu a pena publicar anteriormente, poemas que escrevi no mês de maio de 2002 (foram retiradas e serão relançadas no livro fadas) e coisinhas que curto. Após o sucesso informal do meu compêndio, de como age um sentimento destruído dentro de um ser, resolvi realmente refazê-lo. Nesta nova edição foi colocado mais acento nas palavras, e significados nas mensagens subliminares, mais alguns poemas que substituíram os que foram retirados. Divirtam-se com minha tempestade em copo d’água que gosto de chamar de tragédia grega.
Poemas: Tiago Malta Arte da Capa: Daniel Martins Logo: Vinny Farias Revisão de Imagens: Felipe Manhães Revisão textual: Alan Costa Na Cara e Coragem produçõe
Índice Introdução Índice Tornedor / Carrapato de saturno / Fermata Tratado / Maquiagem para uma pseudo felicidade / Das piores sensações Batendo a cabeça no armário / Depois de Marvin passar / Na Sua Frente 3x4 / Zabumba / Caricatura Expresso Elefantinho de Bornéu / Guerra de Sal em Viena (ou a Roda das Ilusões) Todos os nossos Nós / O vale das almas enfermas /Análise de final de Índios Sem sentido / Poema acidenta / Meato Acústico 3 ideias ao quadrado / Entrando na Era de Aquário /Era de aquários Prêt-à-porter / Egoísta Baque-Infantil / Feital lotado / Estranhos no Paraíso Agradecimento Outras obras Obras / Contato
TORNEDOR (04/06/02) Depois de muito tempo sentado, Resolvi levantar, E pude notar que meus braços não se moviam. Só às vezes, e por vontade própria. Eu erro! Eu ergo! Eu enxergo! Boto um monte de brinquedo para moer E faço disto adubo que fará um buraco no solo.
CARRAPATO DE SATURNO (04/06/02) Um dia eu vi o futuro. - É verdade... Eu já fui assim, Hoje em dia faço força para conseguir chegar no próximo dia, Pois no peito há um buraco, E esse buraco dói, Mostrando que não está vazio, E sim com um coração fora da validade esquecido pelas pessoas que nos matam, Nos roubam E fingem nos amar...
FERMATA Me apoiando no porque de formula -preáQueria ouvir meus rins funcionarem, E por favor, peçam pro professor pardal Para me congelar até descobrirem o remédio contra a dor de cotovelo TRATADO De todos os sentimentos Que podem rondar A mente de um poeta medíocre, Porém com ideias puras, O medo é o que domina, De ficar vazio sem sua presença. (não te conquistar) Quero minha menina Enroscada no meu peito Eu ainda não dei meu último lance, E como cabeça dura que sou, Não aceitei os fatos Luto pelo seu sorriso, olhos e colo
MAQUIAGEM PARA UMA PSEUDO FELICIDADE (04/06/02) Mais idiota que perde alguém sem saber o porquê. É saber muito bem o motivo e não conseguir fazer nada. Ainda mais quando você ama uma mula empacada. Como já fora dito por alguns espectadores
DAS PIORES SENSAÇÕES (04/06/02) Foi quando um machado na minha mão, Ela passou na minha frente Tive de segurar minha besta Para não cravar na coluna dorsal Acabar com a história. Batendo a cabeça no armário (04/06/02) Aqui estão todos eles, Me enchendo a cabeça: Minhas ampolas de adrenalina... A linha do trem... A Cinelândia... E o saco MUITO cheio... Agente passa batido com a cabeça erguida, E nego acha que sorriso é sinal de felicidade, E lágrima é sinal de tristeza. Resumo: Eu sou então a felicidade triste. Depois de Marvin passar (04/06/02) Nem tento extravasar a raiva, Ou esperar um novo ou antigo amor. Minha árvore sagrada secou Vomito os conceitos composicionais da realidade, Pois havia algo que era sagrado pra mim, Mas peidaram, E então resolvi dançar O que foi designado
Na tua frente ... Então escrevo ideias feitas na hora ao olhar para ti... Observar seu sorriso Olhando para mim Menina que me encanta Trocando olhares Não terminarei meu poema Pois meu espaço é pequeno e eu estou cansado 3x4 Nos próximos 600 anos Quero montar alegorias, Viver de amores, Que se resumam a uma pessoa. Quero tocar minha cyber-lira Brincar com os que estão vindo E quando alguém ler meus poemas Seja muito mais coisa do que só pagar de cool Zabumba (04/06/02) O coro esticado rasgou Quando minha maceta Tentou me proteger de mim E falhou. Mas dizem que o que vale é a intenção... A zabumba não toca mais Silêncio para todos Caricatura Expresso (14/02/03) Convivi dezenove vezes Com a imagem impressa Que se tornava redundante. Sentindo um alívio no peito Por toda cisma ter sido abolida Foi permitido cumprir... Foi medido o número de mãos direitas balançando com outras mãos direitas. Pra aparecer no final do relatório: Resumido: foi coisa de louco.
Elefantinho de Bornéu (09/02/03) Sulfúrico e amargo é o que minha glândula produz Acidulada é a vida (apenas alucinações) Histamina em dosagens erradas. Comentei aos médicos O estado mental de cerebelo Cérbero Como se eles pudessem fazer alguma coisa.
Guerra de Sal em Viena (ou a Roda das Ilusões) (escrito em setembro 2003) Eu passei tanto tempo sem entender Tendo de me explicar a estranhos O porquê de meus olhos estarem sempre opacos Que ate cheguei a uma conclusão “Mas não lhe Interessa!!!” A guerra acabou Os saleiros vazios Não se sabe ao certo quem venceu Só sei que não fui eu Os padrinhos e as madrinhas amaldiçoando a ilusão que já era pra perder, Mas o processo foi acelerado Foi arrancado lugares seguros Parque fechado, guerra acabou Mas a gastrite sempre me ajuda a recordar.
Todos os nossos Nós (02/04/03) Alcança desde os Pés Que tremem a vera Nos Trava, Nos fere; É teu aniversário E o pior é que eu sei Sei muita coisa Que você nunca saberá Que eu sei. Essa é a pulsão, Porém, sem adjunto adnominal, É apenas o fluxo que tenta em vão conduzir o refluxo.
O Vale das Almas Enfermas (escrito no primeiro semestre de 2003) Não me diga nada Apenas ouça Córrego da dor que revira minhas entranhas Parede flácida Como eu vou averiguar Vale das almas Caminhando sobre o céu lilás O réquiem que eu toco É o mesmo que dizem que mata Talvez tenham razão... Análise do final de índios Você é a única que me entende Do início ao fim. Você não me quer mais Sua ausência então foi à cura para meu vício De insistir na saudade Que eu sentia em coisas que nunca vi Ou que não via há séculos $3M $3Nt1d0 Mas que poder é nossa tensão Pode fechar os olhos e dormir sossegado Vida tem sentido perto a escuridão Não sei o que estou pensando Queria era falar coisas construtivas falar que Amo alguém Falando coisas sem sentido que vocês não dão ouvidos Pois não ferem ninguém Queria que estivesse chovendo para tomar banho Mas não importo se o sol brilha se ele esta brilhando e eu estou vendo Significa que ele brilha para mim E só para mim E pra mais ninguém :) Poema acidental (22/05/02) Que o frio que te incomoda, Seja a deixa para o meu abraço, E essa cara séria seja só proteção, Mas não se preocupe eu não mordo (pelo menos não se não pedires) E diante do tédio da viagem Te ver mesmo sem saber se percebes é o Máximo, E desses pequenos prazeres, Que o poeta faz do dia um espetáculo.
Meato acústico Tentei cravar meus dentes na nossa estória eu a segurava, ela é a minha primavera Mas o Marcelo arrancou 2 molares E mês quer vem vai arrancar mais 2, É mais fácil culpar terceiros, Do que segundos ou primeiros. 3 idéias ao quadrado (04/06/02) Tijolos, meus tijolos Que deixam a cabeça em pé Construa um pilar Mas em qualquer solo Que eu plante a minha fé Concretizarei o sonhar. Mas eu só quero teu colo Mas colo todo mundo quer, Então... Quero viver com você É com você mulher Entrando na Era de Aquário Uma mentira, Igual a amor incondicional É cheio de uma visão mítica da coisa, Então depois de tudo Esfregarem na minha cara que realmente não existe o sagrado... Nota mental: Não sonhe com o passado... Era de Aquário Já estamos na quarta dimensão E nada mudou Olha que merda
Prêt-à-porter (Refeito menos rarefeito) (04/06/02) (refeito no dia 07/10/03) Uma pessoa amarga Uma pessoa fria De criança centrada para adulto infantil, Será um grande salto, Por isso te liguei Refaço o poema Desisto do triste Pois mesmo que não mereças vou tentar te preservar Desculpas e porquês Poeta confuso aprende a ser ruim Nem tente atravessarem meu poema Pois ele perdeu o fio da meada. Finalizo tocando um foda-se: Foda-se!!! Egoísta (05/06/02) Cara de bunda, Olhos, boca, nariz: Fom-fom A lição que aprendi É que para salvar certas coisas é melhor mentir. A moral sarcástica de qualquer estória é: Crianças mintam o Máximo que puderem para a pessoa que você quer se entregar Esta é a loucura escrota do bom viver.
Baque-Infantil (05/06/02) Papai do Céu, Se você existe, eu te peço um favor, Não precisa me devolver o que perdi, Eu não preciso de sonhos, Só peço que me transforme num fruto seco e oco, Velho e esquecido, Sujo-sozinho Faz isso se você é amor, Deixa-me em paz.
Feital lotado (05/04/02) Cadê as PORRA de todas as PROMESSA Que foram feitas, Contos de fadas para uma vida tosca E não tô falando do lado sentimental, As horas já passam Sejamos realistas e bemmm materialistas “Deitado em gramados infinitos” Eu quero o meu... - 7 são os pecados. Estranhos no paraíso (07/06/02) Se lembram do garoto de 8 anos Que estava levando seu preá no colo para por na gaiola, Quando a danadinha morde seu dedo, Por reflexo o garoto a solta, E deixa a cair e bater de cabeça no chão, Ela fica agonizando e se debatendo antes de morrer, E o garoto diz que não suporta essa dor? Aqui estão de novo presentes O garoto e o Preá revirando no meu estômago, Eu tenho medo pois deste composto nascerá um monstro
Agradecimento: aos meus Irmãos de sangue (e os de sintonia Também), aos meus Pais (de sangue, de formação e inspiração), a todos os meus ex-amores (pela inspiração, critica e apoio) à galerinha da Futura (em especial ao Léo Mengão), aos poetas Dalberto Gomes, Marcelo Girard, Nilton Alves (em memória), Jiddu Saldanha e Rodolfo Manuis (pelo incentivo); ao Hugo, Rafael (leafar), Fábio Tavares, Shifu (por ter trazido a 88), à galera da Terapia la da Rosa, Wagner, Tassia (por ter trazido o brócolis), Carol (bronquinha), Pamela, Sagat, MC Galck, Duncan, aos irmão Firmino, a Fabíola (biolabiolabiola),ao Dj Guzz e a toda a galera do SASQUAT e a Bianca Caetano; aos meu mestres do MV1, Bahiense, Estácio e Villa-Lobos (apenas aos que sempre somaram a minha formação [vocês também sabem que são]); ao Thiago Palheta, Louis Alien, aos meus vizinhos pela paciência, à equipe da Bia Eletrônica (em especial a Lana), à copiadora e papelaria shopping 58 (sempre paciente e atenta ao meu trampo [em especial a Vanessa]), à família Pifano, às Casas Bahia; Salve aos mestres Eliseu Costa e Jesus Landeira; ao meu anjo da Guarda; aos Malkavianos (Liberdade a Loucura alheia); aos Nerds do mundo (o universo é nosso, P.O.R.R.A.), e a todos cidadãos do mundo Livre (sem neurose) que mesmo sem perceber me ajudam ainda a segurar minha primavera (mesmo que seja com os dentes); à Equipe da Euterpe Despedaçada; e, por último, a todo mundo que gosta e/ou acredita na minha arte... Não morram nunca!
Produzido pela Na Cara & Coragem produções Artísticas Conheça outras Obras da gente Folhetins: A farsa das Pestes Imbecis (2003) - Tiago Malta Cantinho do Poeta Feliz (2009) - Tiago Malta Periódico: Fidel Castro Alves (2000), Música: A volta do Padeiro Cearense ou apenas o Mecônio (2000) - Tiago Malta A Música que os dadaístas Ouvem (2005) - Tiago Malta Distúrbio Eletrônico (2009) - Tiago Malta O Ultimo Baile Phunky da face da Terra (2010) - DJ MixXxuruca Gelo Seco / Benzina - Aparelhagem Malk Espanca
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