Curso Profissional de Técnico de Cozinha Variante Pastelaria Disciplina Português Módulo 4 – Textos Narrativos/Descritivos I Desaparição de um escriturário Hélia Correia
Professora: Elisabete Lopes Realizado por: Álvaro Neto - 3379, Diogo Vicente - 3386, Tiago Neves - 3407, Tiago Francisco – 3408
EHF 2015/2016
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Curso Profissional de Técnico de Cozinha Variante Pastelaria
Disciplina Português
Módulo 4 – Textos Narrativos/Descritivos I
Realizado por: Álvaro Neto - 3379, Diogo Vicente - 3386, Tiago Neves - 3407, Tiago Francisco – 3408
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Para a nossa professora de Português Elisabete Lopes, pelo seu empenho e dedicação este ano de trabalho. E pelas nossas famílias que apoiaram-nos durante este ano letivo.
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“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.”
Figura 1 Charles Chaplin Frase
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Índice Índice de Ilustrações.....................................................................................................................7 Introdução....................................................................................................................................8 Categorias da Narrativa................................................................................................................9 Narrador...................................................................................................................................9 Presença...............................................................................................................................9 Ciência..................................................................................................................................9 Posição.................................................................................................................................9 Ação.........................................................................................................................................9 Relevo...................................................................................................................................9 Estrutura...............................................................................................................................9 Momentos..........................................................................................................................10 Delimitação........................................................................................................................10 Personagens...........................................................................................................................10 Relevo.................................................................................................................................10 Composição........................................................................................................................10 Processo de caracterização.....................................................................................................11 Direta..................................................................................................................................11 Tempo.................................................................................................................................11 Espaço................................................................................................................................11 Narratário...........................................................................................................................11 Modos de Expressão..........................................................................................................11 Modos de Representação...................................................................................................12 Conto Tradicional Popular......................................................................................................13 Definição............................................................................................................................13 Estrutura.............................................................................................................................13 Características....................................................................................................................13 Distinção entre conto tradicional popular e conto literário........................................................14 Biobibliografia............................................................................................................................15 Biografia.................................................................................................................................15
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Outros Prémios...................................................................................................................16 Bibliografia.............................................................................................................................16 Ficção.................................................................................................................................16 Poesia.................................................................................................................................17 Teatro.................................................................................................................................17 Para a Infância....................................................................................................................17 Análise do conto literário intitulado “Desaparição de um escriturário”.....................................18 Ficha de Trabalho...............................................................................................................18 Antes de Ler...............................................................................................................................20 Conclusão...................................................................................................................................21 Webgrafia...................................................................................................................................22
Índice de Ilustrações Figura 1 Charles Chaplin Frase......................................................................................................5 Figura 2 Diferença entre conto popular e conto literário...........................................................14 Figura 3 - Hélia Correia...............................................................................................................15
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Introdução Este trabalho foi nos proposto no âmbito da disciplina de Português e nele pretendemos falar sobre a vida e obra da escritora Hélia Correia mas com especial destaque para um dos seus contos literários, intitulado “Desaparição de um escriturário”. E ainda apresentar as características da narrativa e distinguir conto tradicional popular de conto literário. Também esperemos aprender um pouco sobre uma autora que fez sucesso internacional e sobre um dos livros menos conhecidos da mesma.
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Categorias da Narrativa Narrador Presença Autodiegético – quando é personagem principal Homodiegético - quando é personagem secundária. Heterodiegético - quando é uma personagem exterior à ação.
Ciência Omnisciente - quando sabe os pensamentos das personagens. Não omnisciente - quando desconhece os pensamentos das personagens
Posição Subjetivo - quando apresenta comentários. Objetivo - quando narra a história sem dar a sua opinião.
Ação Relevo Principal - constituída pelos acontecimentos principais. Secundária - constituída pelos acontecimentos menos relevantes.
Estrutura Encadeamento - as sequências encontram-se ordenadas cronologicamente. Encaixe - uma sequência é encaixada dentro de outra. Alternância - várias sequências vão sendo narradas alternadamente.
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Momentos Situação inicial - introdução, onde se apresentam as personagens etc. Peripécias ou ponto culminante- desenrolar do enredo, conduzindo ao desenlace. Desenlace - conclusão.
Delimitação Aberta - Quando não se conhece o desenlace da história Fechada - Quando Se Conhece O Desenlace; Conhecendo-se o destino de todas as personagens. 1- Narração - o narrador 2-discrição - o narrador 3-dialogo - as personagens
Personagens Relevo Principal - papel preponderante, no qual é o centro da ação. Secundária - papel de menor relevo, auxiliando a personagem principal. Figurantes - não intervêm diretamente na ação, servem como uma "decoração".
Composição Modelada ou redonda - comportamento altera-se ao longo da ação. Plana - mantém sempre o mesmo comportamento. Tipo - representa uma estrutura social ou um grupo.
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Processo de caracterização Direta 1 Auto caracterizarão - feita pela própria personagem. 2 Heterocaracterização - feita pelo narrador ou outra personagem. Indireta - deduzida pelo leitor.
Tempo Cronológico - sucessão cronológica dos acontecimentos Histórico - corresponde a época ou ao momento em que decorre a ação. Psicológico - tempo vivido pela personagem, de acordo com o seu estado de espirito. Do discurso - corresponde ao tempo em que a história é escrita.
Espaço Físico lugar onde se desenrola a ação. Social - meio ambiente onde a ação decorre. Psicológico - refere-se ao interior das personagens.
Narratário O narratário é uma personagem ficcionista e é com quem o narrador dialogo embora por vezes se constate alguma dificuldade por parte do leitor em localiza-lo devido ao mesmo ser um ser não identificado. É representado por um conjunto de pessoas.
Modos de Expressão O discurso das personagens, mais distante do narrador, apresenta-se sob as formas de: Diálogo - interação verbal ou conversa entre duas ou mais personagens (discurso direto com registos de língua variados). Dentro do diálogo devemos considerar 3 formas diferentes: - discurso direto: a fala das personagens é representada diretamente, reproduzindo-se as suas conversas; discurso indireto: a fala das personagens não é repetida, mas narrada de forma abreviada ou interpretada; - discurso indireto livre: é uma mistura entre a 1ª e a 3ª pessoa narrativas; as palavras da personagem são inseridas no discurso indireto.
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Modos de Representação O discurso do narrador, mais próximo da ficção narrada, apresenta-se sob as formas de: Narração - relato de acontecimentos e de conflitos, situados no tempo e encadeados de forma dinâmica, originando a ação (verbos de movimento e formas verbais do pretérito perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito); MOMENTO DE AVANÇO Descrição - informações sobre as personagens, os objetos, o tempo e os lugares, que interrompem a dinâmica da acção e vão desenhando os cenários (verbos copulativos ou de ligação e formas verbais do pretérito imperfeito). MOMENTO DE PAUSA
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Conto Tradicional Popular Definição Narrativa de transmissão oral que apresenta uma estrutura breve e simples e possui uma intenção lúdica e moralizante.
Estrutura Situação inicial; Parte preparatória; Nó da intriga; Desenlace.
Características Nestes textos, as personagens, tempo e espaço têm um carácter, quase sempre, indefinido. Isto é, as personagens são identificadas pelas suas atividades profissionais ou posição social e familiar; quer o tempo quer o espaço aparecem identificados de forma muito vaga. Outro aspeto que é comum é o facto de praticamente todos os textos encerrarem em si uma lição de moral. Por isso é sempre possível cruzar a moral da história com um provérbio.
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Distinção entre conto tradicional popular e conto literário No conto tradicional popular em relação ao tempo, a ação decorre num período de tempo limitado e que não pode ser definido. Em relação ao espaço a ação pode ocorrer num espaço ou em vários, que geralmente também são indefinidos. Em relação ao objetivo é de lazer/moralidade e o autor é desconhecido, por fim a linguagem apresenta uma frequente utilização de termos associados a elementos de fantasia ou mágicos, uma presença de oralidade na linguagem e um grande aparecimento de crenças que normalmente não correspondem a fenómenos naturais. No conto literário a ação acontece durante um tempo limitado e que pode ser definido, decorre em espaços limitados e definidos, o autor é identificado e o objetivo é apenas lazer. A linguagem é mais cuidada e literária, ou seja, há uma grande utilização de recursos estilísticos e expressivos.
Figura 2 Diferença entre conto popular e conto literário
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Biobibliografia Biografia Hélia Correia nasceu em Lisboa em fevereiro de 1949, e cresceu em Mafra, terra da família materna, na qual frequentou o ensino primário e liceal. Finalizou os estudos liceais em Lisboa, cidade onde também viria a frequentar a Faculdade de Letras. Licenciouse em Filologia Românica, tendo concluído, mais tarde, uma pós-graduação em Teatro da Antiguidade Clássica. É professora de Língua Portuguesa do ensino secundário. Foi também responsável por diversas traduções. Em 1981, estreou-se na poesia com O Separar das Águas; em 1982, foi a vez d'O Número dos Vivos. A novela Montedermo, encenada pelo grupo O Bando, acabou por dar à autora um certo destaque. Enfoque esse que reflete, desde muito cedo, o gosto da autora pelo teatro e pela Grécia Clássica. Figura 3 - Hélia Correia Destacam-se ainda, na sua produção literária, os romances Casa Eterna e Soma. Já em poesia, há que salientar A Pequena Morte/Esse Eterno Conto. Em 2010, Hélia Correia publicou o romance biográfico Adoecer, em que aborda a história de amor entre Elisabeth Siddal e o poeta e pintor pré-rafaelita Dante Gabriel Rosset. Em 2012 publica a obra A Terceira Miséria, que foi duplamente premiado na modalidade de Poesia. Em 2015 foi galardoada com o Prémio Camões o mais importante prêmio literário do mundo da língua Portuguesa. Os muitos membros do júri, incluindo Mia Couto, reconheciam Correia com prêmio por unanimidade depois que ela foi finalista já 2013.
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Outros Prémios 2001 Português PEN Clube prêmio - para Lillias Fraser 2006 Prémio Máxima de Literatura - por bastardia 2010 Prémio da Fundação Inês de Castro - para adoecer 2012 Casino da Póvoa prêmio - para sua coleção de poesia A Terceira Miséria 2013 Prémio Vergílio Ferreira - para toda sua obra, atribuído pela Universidade de Évora 2013 Prémio Literário Correntes d'Escritas - para A Terceira Miséria., Uma homenagem à Grécia 2015 Grande Prémio Camilo Castelo Branco - para 20 Degraus e Outros Contos.
Bibliografia Ficção
1981 - O Separar das Águas 1982 - O Número dos Vivos 1983 - Montedemo 1985 - Villa Celeste - Novela ingénua 1987 - Soma 1988 - A Fenda Erótica 1991 - A Casa Eterna 1996 - Insânia 2001 - Lillias Fraser (Prémio de Ficção do Pen Club) 2001 - Antártida de mil folhas 2002 – Apodera-te de mim 2008 - Contos 2010 – Adoecer
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Poesia
1986 - A Pequena Morte / Esse Eterno Canto 2012 – A Terceira Miséria
Teatro
1991 - Perdição, Exercício sobre Antígona 1991 - Florbela 2000 - O Rancor, Exercício sobre Helena 2005 - O Segredo de Chantel 2008 - A Ilha Encantada (versão para jovens de William Shakespeare)
Para a Infância
1988 - A Luz de Newton (7 Histórias de Cores)
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Análise do conto literário intitulado “Desaparição de um escriturário” Ficha de Trabalho 1 – Redige o retrato de Américo Pedrinha. R: Américo Pedrinha era um homem folgazão de barriga inchada, era calvo e baixo, soltava gargalhadas batendo a mão nas coxas mesmo nos lugares públicos. Arrotava a meio das refeições tinha frases maliciosas que contava com um fio de luxúria a escorrer-lhe pelos olhos. Não se coibia de esfregar as mãos de narinas no ar, era feliz mas também tristonho e era extrovertido e um homenzinho bêbado. 2 – Os filhos do escrituráro desaparecido “(…) não sentiam por ele mais do que um enervado e arisco amor.” (L.34/35) 2.1 – Comenta a postura dos dois adolescentes em relação ao pai. R: Os adolescentes tinham essa postura em relação ao pai devido ao mesmo não possuir uma postura que servisse aos orgulhosos da sua descendência. 2.2 – Interpreta a explicação que é dada pelos filhos para o desaparecimento do pai. R: A explicação que é dada pelos filhos para o desaparecimento do pai e que o mesmo andava a viajar pelo mar. 3. 3.1 - Faz o levantamento dos excertos do texto que comprovam esta afirmação R: Os excertos que comprovam a afirmação são: “Américo Pedrinha anda em viagem afastando-se aos poucas nas lembranças e interrogações de cada um, tornando-se pequeno e sem feições, silhueta, fantasma e depois nada.“ (l.43-45) e “Dificilmente se suporta um viajante dentro dos pensamentos, dia a dia. “ (l.46). 3.2 Comenta as decisões da filha e da mãe quanto à “questão melindrosa de pôr ou não pôr luto.” (L.51) R:Mãe e filha estavam em dúvida se aviam de se por de luto pois não sabiam se o Américo Pedrinha estava morto. Pois se o fizessem iria dar a entender que elas desejavam que ele estive-se morto.
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4 – Ao longo do conto há, por diversas vezes, recurso á analepse. 4.1 – Sinaliza duas delas. R: As duas analepses presentes no conto são: “Antes de “aquilo” acontecer ao pai, os dois adolescentes não sentiam por ele mais do que um enervado e arisco amor”. Já a outra é ”Afirma ele que esteve lado a lado sentado com Américo Pedrinha, vendo um filme sobre índios e montanhas: e reparou que Américo Pedrinha, ao sair, ia branco e suado, mais cego, como que no fulgor de uma revelação.” 4.2 - Explicita a funcionalidade desse processo narrativo. R:A analepse é um processo muito utilizado no texto narrativo para recordar episódios anteriores que já aconteceram, neste texto são usadas algumas analepses para conhecer a vida das personagens antes de o marido ter desaparecido. 5- Á falta de certezas, cada um vai procurando diferentes explicações para o desaparecimento de Américo Pedrinha. 5.1 – Sintetiza as hipóteses avançadas: Por D. Aida
Pelos colegas de escritório
Por Arnaldinho
R: D. Aida ligou a uma velha que torrava tímida e com direito á ultima palavra. Os colegas juravam a pés juntos que não sabiam das suas aventuras. Já Arnaldinho dizia que estava Branco e suado, meio cego como no filme dos índios. 5.2 – Encontra no texto os argumentos que contrariam a suspeita da D. Aida. R: Os argumentos que contrariam a suspeita D. Aida são: “Américo dormia santamente a seu lado, com raras e furtivas higienes de macho, pouco solicitado pela vastidão dos seios e pelo rotundíssimo traseiro da mulher.” (l.77/78/79). 5.3 – Explica por que razão a versão de Arnaldinho não foi tida em consideração. R: A versão de Arnaldinho não foi tida em consideração porque ninguém sabia o que fazer com ela.
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Antes de Ler Coluna Esquerda Indizível Málogro Esboroar-se Forjar De Soslaio Envilecido Brejeiro Lascívia Coibir-se Macambúzio Ensimesmado Crepúsculo
Respectivo Sinónimo Inexplicável Fracasso Desfazer-se Falsificar De esguelha Desonrado Malicioso Luxúria Abster-se Tristonho Pensativo Lusco-Fusco
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Conclusão Neste trabalho aprendemos bastante como um pouco da vida da escritora Hélia Correia e sobre a sua obra desaparição de um escriturário. Começamos a diferenciar o Conto Tradicional Popular e Conto Literário. Também fizemos uma abordagem mais séria das categorias da narrativo e descobrimos 3 tipos que não tínhamos conhecimento (Narratário que tínhamos pouco conhecimento, Modos de Expressão sabias o que era mas não sabíamos que se enquadrava neste caso, e os Modos de Representação que desconhecíamos por completo).
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Web grafia https://pt.wikipedia.org/wiki/H%C3%A9lia_Correia Dia 10 de Junho de 2016 http://imagens3.publico.pt/imagens.aspx/752663?tp=UH&db=IMAGENS Dia 10 de Junho de 2016 http://pt.slideshare.net/pausapracafe/categorias-e-modos-de-expresso-da-narrativa Dia 10 de Junho de 2016 http://sersibardari.com.br/o-narratario/ Dia 10 de Junho de 2016
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