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Bandeira Nacional
Como estudioso da vexilologia, é inevitável notar que a atual bandeira de Portugal contém diversos erros em termos de visual, design, contraste e significado simbólico. Acredito que é hora de reavaliar e propor uma nova bandeira que represente de forma mais precisa a história e a identidade do país.
e vai contra a regra da tintura em duas cores, que sugere que essas cores devem ser separadas por amarelo ou branco.
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Devemos considerar também que o vermelho, o amarelo e o verde são cores pan-africanas e têm um significado mais profundo para os países africanos. Como Portugal é um país europeu, seria mais apropriado deixar essas cores para os países aos quais elas têm um maior vínculo histórico e cultural. Devemos buscar cores que sejam mais representativas da identidade portuguesa.
Vamos explorar os equívocos presentes na bandeira atual e como podemos corrigi-los.
Em primeiro lugar, o uso do verde como cor dominante na bandeira portuguesa é questionável. Historicamente, o verde não tem uma associação direta com Portugal, sendo apenas uma das cores do partido republicano. Na verdade, o design geral da bandeira foi copiado da bandeira do partido republicano e da carbonária portuguesa, uma sociedade secreta. Além disso, a combinação de vermelho e verde não oferece um bom contraste visual
A esfera armilar, um dos elementos mais complexos presentes na bandeira atual, é difícil de desenhar de memória e vai contra o princípio fundamental da vexilologia de simplicidade. Essa esfera é na verdade um símbolo monárquico, retirado dos estandartes de D. Manuel I, e foi adicionada à bandeira de Portugal durante o período em que o Brasil era uma colônia portuguesa, representando a autoridade do rei português sobre o Brasil. Com a independência do Brasil, a esfera armilar foi removida e só foi adicionada novamente para imitar a bandeira da carbonária portuguesa. Não possui uma ligação direta com a história e a identidade do povo português. A cor azul, apesar de ser associada à monarquia, tem uma história diferente e mais significativa. Diz a lenda que a rainha D. Maria II a tingiu durante seu exílio nos Açores, simbolizando a luta do povo contra a monarquia absoluta. A cor monárquica era o branco, portanto, podemos considerar que o azul está empurrando o branco, representando um movimento em direção à liberdade. Com isso em mente, as cores do republicanismo - branco, vermelho e azul - estariam mais associadas a países europeus e proporcionariam uma representação mais coerente da identidade portuguesa.
Um design alternativo que proponho é baseado na história naval portuguesa. O azul representaria o mar à esquerda da bandeira, enquanto o branco representaria Portugal à direita. Essa divisão horizontal capturaria a essência da importância marítima do país ao longo dos séculos e seria uma homenagem adequada aos navegadores e descobridores que moldaram a história de Portugal. É importante lembrar que a bandeira de um país é um símbolo poderoso e deve refletir a história, a cultura e a identidade de seu povo. Ao repensar a bandeira de Portugal, estamos abrindo espaço para uma representação mais autêntica e significativa, que nos conecte ao passado glorioso do país e nos inspire a construir um futuro ainda mais brilhante. Ao analisarmos a bandeira atual de Portugal, também podemos observar a falta de elementos que remetam à rica história do país. A ausência de símbolos ou elementos que representem essa herança é uma lacuna que deve ser preenchida numa nova proposta de bandeira. Além disso, a bandeira atual peca em termos de simbolismo e significado. Embora a cor vermelha possa ser associada à revolução e à luta pela liberdade, sua combinação com o verde e o amarelo não cria uma harmonia visual agradável.
A falta de contraste entre essas cores dificulta a identificação e a legibilidade da bandeira, especialmente a longas distâncias. Uma bandeira deve ser simples, clara e facilmente reconhecível, características que não são a valores como liberdade, igualdade e democracia, que são fundamentais para a identidade europeia. Uma bandeira que incorporasse essas cores proporcionaria uma maior conexão com outros países do continente e fortaleceria a sensação de pertencimento à comunidade europeia. plenamente atendidas na bandeira atual de Portugal. Outro aspecto a considerar é que a esfera armilar, embora tenha uma ligação histórica à monarquia portuguesa, não é um símbolo que ressoa com a maioria dos portugueses. Sua complexidade visual dificulta sua compreensão e reduz seu impacto como um símbolo nacional. Uma nova bandeira deve ser acessível e transmitir sua mensagem de forma instantânea e inequívoca.
A proposta de um novo design para a bandeira de Portugal, com base na história naval do país, também traria uma abordagem mais representativa.
É importante mencionar que muitos países europeus adotaram combinações de cores semelhantes às cores do republicanismo, como o branco, o vermelho e o azul. Essas cores estão associadas
O azul, que evoca o mar, é uma escolha natural para simbolizar a tradição marítima e exploratória de Portugal. A inclusão do branco, representando a nação e sua cultura, completaria a combinação de cores. Esse design ofereceria uma identidade visual mais coerente e significativa, honrando as realizações históricas de Portugal.
Reimaginar a bandeira de um país é uma tarefa delicada e complexa, pois envolve a consideração de uma variedade de fatores.