RADIOLOGIA MÉDICA
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Guia prático
1ª Edição Tiago Todescatto São Paulo 2016
Tiago Todescatto
RADIOLOGIA MÉDICA
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Guia prático
Este livro tem o objetivo de levar conhecimento de maneira fácil e prático a todos os alunos, técnicos e tecnólogos em radiologia.
1 Tomografia Computadorizada
Tiago Todescatto
É proibida a reprodução total ou parcial de qualquer parte deste livro, por qualquer meio, incluindo a internet, sem a autorização por escrito do autor. Lei 9.610/98.
© Tiago Todescatto
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Sumário 1 – História da Tomografia ............................... 10 2 – Princípios físicos.........................................18 - Radiação Corpuscular ........................................................ 18 - Radiação Eletromagnética................................................. 18
3 - Tomógrafos .................................................. 23 Aspectos físicos ..................................................................... 24 Aparelhos Tomográfico ........................................................ 26 Composição do aparelho ..................................................... 26 Tipos de Tomográfico ........................................................... 33 Aparelhos de 1ª Geração ..................................................... 33 Aparelhos de 2ª Geração ..................................................... 37 Aparelhos de 3ª Geração ..................................................... 39 Aparelhos de 4ª Geração ..................................................... 42 Sistema Helicoidal ................................................................. 46
4 - Formação da imagem .................................. 49 Sinais ....................................................................................... 54
Escala de Hounsfield ........................................ 58 Armazenamento de imagem ............................ 62 Artefato de imagem........................................... 63 5 - Proteção Radiológica .................................. 65 3 Tomografia Computadorizada
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6 – Planos, pontos e linhas anatômicas ......... 69 7 - Início do exame ............................................ 76 Posicionamento ................................................ 80 Protocolos ......................................................... 89 Protocolo de crânio ............................................................... 90 Protocolo de cervical ............................................................. 93 Protocolo de Tórax ................................................................ 96 Protocolo de abdome ............................................................ 99 Protocolo de pelve ............................................................... 102 Protocolo de joelho.............................................................. 105
8 - Referências bibliográficas ........................ 108
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Agradecimentos
Quero agradecer, em primeiro lugar, a Deus, por sempre ter mantido minha saúde para que eu enfrentasse toda esta longa caminhada na construção deste projeto. Agradeço também a todos que me incentivaram , e participaram direta ou indiretamente deste livro. Muito obrigado. Tiago Todescatto
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Esta obra é dedicada a todos os técnicos e alunos da radiologia, pois, estão todos os dias lutando e aumentando os seus conhecimentos para ajudar o próximo. 6 Tomografia Computadorizada
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O autor
Tiago dos Santos Todescatto Técnico e Tecnólogo em Radiologia pela Faculdade Método de São Paulo – FAMESP. Professor Ressonância
das
Técnicas
Magnética,
Radiológicas,
Física
Radiológica,
Radioterapia, Tomografia
Computadorizada e Medicina Nuclear no Centro Educacional ETIP – Santo Andre.
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APRESENTAÇÃO A área da Tomografia Computadorizada requer conhecimento específico das
técnicas de posicionamento do paciente,
proteção radiológica, anatomia e formação da imagem radiográfica. O uso dessas técnicas deve ser feito com critério para que a segurança do profissional e do paciente seja preservada. Desta forma garantimos o atendimento humanizado dos usuários e a qualidade das imagens. Com base nessas considerações e na experiência adquirida durante vários anos de vivência na área da radiologia e ensino que foi escrito este livro de Técnicas Radiológicas. O conteúdo desse livro é objetivo e de fácil interpretação. Espero que este livro seja de grande valia a todos que direta ou indiretamente estejam envolvidos com o radiodiagnóstico.
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Capitulo 1
HISTĂ“RIA DA TOMOGRAFIA
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1 – História da TC
Tudo começou em 1895, ano que Roentgen descobriu os raios X. Neste mesmo ano Wilhelm Conrad fez a primeira radiografia que durou 15 minutos de exposição.
Figura 1.1 (Roentgen e a mão da sua esposa Bertha).
Primeira radiografia da história ( mão da esposa de Roentgen , Anna Bertha ).
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Em 1960, William Oldendorf começou a desenvolver a tomografia computadorizada para a utilização na área médica, porém por falta de apoio matemático, as coisas andavam de forma lenta.
Figura 1.2 (William Oldendorf).
Sem apoio matemático não era possível formatar imagens em 3D.
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Nos anos de 1963 e 1964 veio a primeira contribuição matemática para o problema. O físico e matemático
Allan
Cormarck
desenvolveu
matematicamente uma reconstrução tridimensional (3D).
Figura 1.3 (Cormarck).
Figura 1.4 (gráfico em 3D).
Allan Cormack
Figura 1.5(Exemplo de imagem 3D).
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Foi então que surgiu uma “figura” importantíssima no cenário científico mundial, o engenheiro Goldfrey Hounsfield junto com a EMI
(Indústrias Elétricas e Musicais),
utilizando os cálculos matemáticos de Allan, eles começaram a realizar pesquisas de como criar um sistema computadorizado para observar o interior dos objetos em 3D. Hounsfield junto com a EMI, criou um protótipo que inicialmente usou uma fonte radioativa denominada Amerício 241, esse elemento radioativo emite Raios gama.
Figura 1.6 ( Protótipo de Hounfield).
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Neste primeiro protótipo, o tempo de aquisição de imagem foi de 9 dias e o computador levou aproximadamente 150 minutos para processar uma simples imagem. Detalhe: a imagem era de má qualidade, porém nascia ali o que hoje é uma das tecnologias
mais
conceituadas
da
área
do
diagnóstico médico.
Figura 1.7 ( Visão do Encéfalo em Axial ).
Nesta época, os raios X de roentgen já eram bem conhecidos na área médica, foi então que Hounsfield adquiriu um tubo gerador de raios X, substituindo-o no lugar do elemento radioativo Amerício 241, assim 14 Tomografia Computadorizada
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o tempo de aquisição das imagens foi reduzido de 9 dias para cerca de 9 horas. Após vários testes com peças e animais, foi feito a primeira imagem diagnóstica de um paciente com suspeita de um tumor no cérebro. Ao fazer o exame tomográfico, foi possível observar a lesão, e isso causou muita euforia em Hounsfield e sua equipe. Em 1973, após 18 meses de uso do primeiro equipamento utilizado na área médica, Hounsfield e Ambrose divulga suas experiências em artigos. O primeiro tomógrafo do Brasil foi instalado em São Paulo, no hospital Beneficência Portuguesa em 1977, logo depois no mesmo ano chegou no Rio de Janeiro, na Santa Casa de Misericórdia o segundo tomógrafo do Brasil.
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A tecnologia não parou de crescer, e a evolução foi denominando-os aparelhos de: 1ª Geração 2ª Geração 3ª Geração 4ª Geração Atualmente, aparelhos de última geração são mais rápidos em tempos de aquisição e qualidade de imagem, estes são denominamos: - Tomografia Helicoidal - Tomografia Helicoidal de multi detectores Esses tomógrafos de multi detectores, como o próprio nome sugere, tem mais de um detector, que denominamos canais, fazem mais de uma imagem em um único giro de 360°. Exemplo: aparelhos de 64 canais ( 64 imagens em um único giro de 360° ).
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Resumo da história 1960 ( William Oldendorf, começou a desenvolver TC ). 1963 ( Allan Cormack, desenvolve matematicamente a reconstrução 3D ). 1964 ( Hounsfield, começou a estudar como criar um sistema computadorizado ). Anos 60 ( primeiro aparelho utilizava amerício 241 que emitia raios gama que posteriormente foi substituído pelo tubo de raios X ). Anos 70 ( primeira imagem diagnóstica de uma lesão no cérebro ). 1977 ( primeiro tomógrafo no Brasil ).
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Capitulo 2
PRINCÍPIOS FÍSICOS
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2 - Aspectos Físicos da Produção dos Raios X A radiação quanto a sua natureza pode ser:
- Radiação Corpuscular - Radiação Eletromagnética
Radiação corpuscular é a energia que se propaga através de partículas subatômicas. Exemplo: - Prótons - Elétrons - Nêutrons Partículas contém carga e massa
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Radiação Eletromagnética é a propagação de energia
através
de
ondas
eletromagnéticas.
Exemplo: - Raios X - Raios Gama - Ondas de Rádio - Infravermelho - Ultravioleta
Ondas eletromagnética não possui carga nem massa
As radiações podem ser: - Ionizante - Não ionizante
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Ionizante: toda radiação capaz de mudar a estrutura da matéria, ou seja, energia suficiente para ejetar elétrons do átomos. Efeito fotoelétrico Radiação caraterística
Fóton incidente
Figura 2.1 (A colisão do elétron incidente “arranca elétrons da órbita ).
Não ionizante: Não possui energia suficiente para arrancar elétrons dos átomos, ou seja, não muda a estrutura da matéria. 1º Fóton incidente 2º Absorção de energia Energia
3º Elétron fica excitado e “pula” para a camada superior
4º O elétron volta para a camada de origem e libera o excesso de energia
Figura 2.2 ( A elétron incidente excita o elétron da órbita).
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Resumo: Nem toda radiação é prejudicial a saúde, apenas as radiações ionizantes são capazes de ionizar e mudar a estrutura da matéria. As radiações podem ser corpusculares e eletromagnéticas. Partículas contém carga e/ou massa. Ondas eletromagnética não contém carga nem massa. Exposições excessivas a radiação não ionizante também pode causar graves lesões as células. Exemplo de lesão a exposição excessiva a radiação não ionizante é a queimadura da pele em banhista que não utilizam protetor solar. Outro exemplo de lesão a exposição excessiva a radiação ionizante é o Melanoma, ou melhor “ Câncer de pele”. Exemplo de lesão a exposição a radiação é desde câncer até mutações genéticas.
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Capitulo 3
TOMĂ“GRAFOS
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3 - Aparelhos Tomográficos
Aspectos físicos
Os aparelhos de tomografia computadorizada (TC), tem o mesmo princípio físico de produção da radiação que os aparelhos convencionais de raios X, ou seja, os elétrons do cátodo são acelerados e atraídos pelo ânodo.
Figura 3.1 (Visão interna da ampola de raios X).
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O ânodo é um material geralmente feito de tungstânio, o tungstânio é extremamente resistente a altas temperaturas. O ânodo pode ser de dois tipos: - Ânodo Fixo - Ânodo Giratório O tubo de raios X está protegido por um invólucro de metal, revestido internamente de chumbo. O tubo fica imerso em óleo de isolamento e refrigeração. Neste aparelho existe um orifício de vidro por onde saem os feixes de radiação, denominado janela. 99% da energia produzida neste aparelho é convertida em calor, apenas 1% em Raios X.
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Aparelhos Tomográfico
Composição do aparelho
Um aparelho de tomografia computadorizada é composto de: - Gantry ( Capa protetora do sistema interno do aparelho ). - Tubo de Raios X ( Emite feixes de raios X ). - Detectores ( Detecta o grau de atenuação dos raios X ). - Mesa ( onde o paciente será posicionado para o exame ). - Gerador ( Conversor de alta tensão ). - CPU ( Armazenamento de dados ). - Monitor ( Onde são visualizadas as imagens e protocolos).
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- Console ( Conjunto de teclas que permite ao operador controlar as funções do sistema ). - Colimador pré-paciente ( colima somente a espessura de interesse ).
Figura 3.2 ( Visão interna do tomógrafo).
Figura 3.3 (Componentes básicos do sistema TC).
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Para obtenção de uma TC, o paciente é posicionado em uma mesa que se desloca para o interior de um anel com cerca de 70cm de diâmetro. No interior do gantry encontra-se o tubo de raios X, e do lado oposto ao tubo estão localizados os detectores. Esses detectores são responsáveis por captar diversos níveis de radiação e transmitir essa informação para o computador. A partir da 3ª geração durante o exame, o gantry faz uma volta completa de 360° em torno do paciente. O computador recebe as informações enviadas pelos detectores e ler cada nível de radiação, transformando esses dados numéricos em tons de cinza,
que
posteriormente
será
usado
para
reconstuir as imagem em 3D. A cada giro de 360° a mesa avança alguns milímetros para a obtenção de um novo corte tomográfico.
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Figura 3.4 (Paciente posicionado em decúbito dorsal).
Figura 3.5 ( Scout de crânio perfil ).
As linhas indicam a espessura do corte tomográfico.
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Na tomografia helicoidal, além do tubo de raios X e os detectores girarem continuamente em forma de hélice, a mesa também avança continuamente até que todo exame seja feito. Diferente da tomografia convencional, que a cada giro de 360° a mesa avança alguns milímetros. Na tomografia helicoidal, o paciente é movido ao longo do eixo enquanto o tubo de raios X gira em torno do paciente. Movimento circular do tubo de raios X em torno do paciente
Movimento da mesa
Figura 3.6 ( Sistema helicoidal ).
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Atualmente, existe aparelhos sofisticados, ultra rápidos, denominado: - Tomógrafos Multí-slice ( MULTI CORTES ). A
tecnologia destes aparelhos multi-slice, permite
obter múltiplas imagens em apenas um giro de 360°. Isso é possível porque existe mais de um detector, que podemos chamar de canais. Exemplo: Aparelhos de 8 canais, obtém 8 imagens em apenas um giro de 360º. Aparelhos de 32 canais, obtém 32 imagens em apenas um giro de 360°. Aparelho de 64 canais, obtém 64 imagens em apenas um giro de 360º. E assim por diante.... Isso garante uma maior agilidade na execução dos exames.
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Há também os modelos de 2 tubos e 2 detectores de 64 canais cada, isso trás mais agilidade na aquisição de imagens cardíacas.
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Tipos de Tomográfico Aparelhos de 1ª Geração
Desde a construção dos primeiros protótipos, os tomógrafos seguiram uma linha evolutiva, passando por
diversas
concepções
e
progressivos
aperfeiçoamentos. Os primeiros tomógrafos eram extremamente lentos, levando várias horas ou até mesmo dias para adquirir um número suficiente de projeções. Os tomógrafos atuais aquisicionam dados e reconstroem imagens e estruturas tridimensionais em segundos. A primeira geração de tomógrafos, ilustrada na figura 3.7, utilizava apenas um detector. O detector era transladado em conjunto com a fonte de raios X de forma a adquirir uma projeção. Em seguida, o sistema era girado de um pequeno incremento angular. O processo de translação era então repetido para obter a projeção seguinte. O feixe de
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raios X da primeira geração é chamado de pencil beam (feixe em forma de lápis). Os aparelhos de primeira geração utilizava um feixe de raios X, e um único detector que acompanhava o tubo numa rotação de 180º, este equipamento era limitado à apenas a tomografia do crânio, e demorava cerca de 4 a 5 minutos para aquisição de uma única imagem.
Tubo de RX Colimador Detector Colimador Rotação do tubo
Translação
Codificador de dados Computador Figura 3.7 ( Aparelho de 1ª Geração ).
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A figura 3.8 mostra o processo de aquisição de um tomógrafo de primeira geração. Este processo é conhecido como translação + rotação. Movimento de translação
Movimento de translação
Movimento de translação
Movimento de translação Processo de aquisição de um tomógrafo de primeira geração. Figura 3.8 ( Movimento de rotação e translação ).
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Devido ao uso de apenas um detector, os tomógrafos de primeira geração possuem as seguintes vantagens: - Baixo custo - Processos de varredura e aquisição simples - Algoritmo de reconstrução de imagens simples - Maior qualidade de imagens devido ao uso de um único detector, não existindo pequenas variações entre um detector e outro. Entretanto, esta geração apresenta as seguintes desvantagens: - Processo de varredura muito demorado - Apenas uma fatia é coletada a cada varredura.
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Aparelhos de 2ª Geração
A segunda geração de tomógrafos de raios X caracteriza-se por utilizar 30 ou mais detectores dispostos de forma linear. Esta geometria, é chamada de feixe em leque estreito (narrow fan beam). O feixe de raios X em leque geralmente
Movimento de translação
forma um pequeno ângulo (em torno de 10º).
Fonte
Fonte Detectores
Figura 3.9 (Segunda geração de tomógrafo).
37 Tomografia Computadorizada
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Nesta configuração, o conjunto de detectores realiza várias
medidas
simultaneamente.
Ainda
são
necessários movimentos de translação e rotação para varrer toda a extensão do objeto. No entanto, devido ao uso de vários detectores, o incremento angular a cada rotação é maior, resultando em um número menor de rotações por varredura. Assim, a principal vantagem desta geometria em relação à primeira geração de tomógrafo é o seu menor tempo de coleta de dados. Os tomógrafos de segunda geração apresentam duas principais desvantagens: Geralmente existem pequenas variações entre as respostas dos detectores. Este fator, se não corrigido por software, causa artefatos nas imagens finais. Como o raio interno do feixe de raios X deve tocar a superfície do objeto no início e no final de cada translação, dados inúteis são sempre coletados no processo de varredura. 38 Tomografia Computadorizada
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Aparelhos de 3ª Geração
A terceira geração, os equipamentos teve uma grande melhoria, os tubos de RX gira 360°, e contém cerca de 852 detectores, a mesa se move a cada giro de 360° para criar uma nova imagem.
Fonte
Detectores
Figura 3.10 Terceira geração de tomógrafo.
A terceira geração requer apenas um movimento de rotação para a coleta de dados. Portanto, em relação à primeira e à segunda gerações, a terceira
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geração apresenta como principais vantagens um sistema mecânico mais simples e um menor tempo de varredura. O número fixo e maior de detectores de um sistema tomográfico de terceira geração traz algumas desvantagens: - O diâmetro máximo do objeto a ser escaneado é limitado pelo número de detectores. Isto não acontecia na primeira e na segunda gerações, graças ao movimento de translação empregado por estas configurações. - Quando objetos menores são escaneados, é coletada uma certa quantidade de dados inúteis, já que o feixe em leque cobre uma área maior. - O espaçamento entre cada raio de uma projeção é fixado e limitado pelo número de detectores. - Diferenças de resposta entre um detector e outro causam artefatos em forma de circunferência.
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- Em relação às gerações anteriores, este sistema é mais caro devido ao maior número de detectores empregados.
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Aparelhos de 4ª Geração
A quarta geração, foi desenvolvida durante a década de 80, possui um anel fixo de 4800 detectores ou mais, cobrindo totalmente o círculo completo no interior do gantry, sendo assim, a fileira dos detectores não acompanha o movimento de rotação do tubo.
Fonte
Detectores
Figura 3.11 (Quarta geração de tomógrafo).
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As
vantagens
da
quarta
geração
são
as
seguintes: - Todos os pontos de cada projeção são adquiridos simultaneamente. - Por requerer apenas um movimento de rotação, o sistema mecânico para movimentar a fonte de raios X (ou o objeto) é simples. -Reduzido tempo de varredura graças ao simples movimento de rotação e ao feixe em leque cobrindo todo o objeto.
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Por outro lado, a quarta geração possui as seguintes limitações: - O tamanho do corpo em estudo é limitado pelo feixe em leque produzido pela fonte de raios X. - Varreduras de objetos menores que o tamanho máximo
resultam
em
coleta
de
dados
desnecessários. - Custo muito elevado devido ao grande número de detectores. - Número de raios por projeção limitado pelo número de detectores coberto pelo feixe em leque, limitando a resolução espacial do sistema.
Existem algumas variações de tomógrafos de quarta geração. A tomografia helicoidal, também conhecida como tomografia espiral, é bastante utilizada em medicina. Nesta modalidade, a fonte de raios X gira em torno do paciente ao mesmo tempo em que este é continuamente movimentado para dentro da 44 Tomografia Computadorizada
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abertura do tomógrafo. Deste modo, a fonte realiza um percurso helicoidal em relação ao corpo do paciente.
Um
algoritmo
apropriado
permite
reconstruir uma imagem tridimensional do corpo ou objeto em estudo.
45 Tomografia Computadorizada
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Sistema Helicoidal
Este sistema é uma 4ª geração avançada, pois neste tomógrafo o tubo é deslocado simultaneamente com a mesa, ou seja, enquanto o tubo gira ao redor do paciente sempre em giros de 360° a mesa se desloca para o interior do gantry na mesma proporção. Gantry
Tubo de RX
Rotação
Movimento Helicoidal
Movimento Da mesa Figura 3.12 (sistema helicoidal).
Essa tecnologia helicoidal, diminuiu ainda mais o tempo de aquisição de imagem, possibilitando a
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realização de exames de crânio em menos de 2 minutos. O
deslocamento
da
mesa
está
diretamente
relacionada com o Pitch. Pitch: representa a razão entre o deslocamento da mesa pela espessura do corte. Exemplo: Pitch 1.1 significa que em um corte de 10mm, a mesa se deslocará 10mm. Pitch 2.1 significa que em um corte de 10mm, a mesa se deslocará 20mm. Os
tomógrafos
helicoidais
evoluíram
bastante
podendo chegar a 320 canais, esse sistema é denominado Multi-slice, ou seja, a cada giro continuo de 360° em torno do paciente, são adquiridas 320 imagens simultaneamente.
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Figura 3.13 (paciente em decúbito dorsal na mesa)
O sistema helicoidal é capaz de obter cortes de 0,5mm de espessura, sendo usado com frequência no estudo das doenças cardiovasculares.
Figura 3.14 ( Visão 3D do coração humano ).
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Capitulo 4
FORMAÇÃO DA IMAGEM
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4 - Formação da imagem
A formação da imagem em TC é está diretamente relacionado com o grau de atenuação dos Raios X. - Atenuação = é a perda ou o enfraquecimento da força A atenuação dos Raios X é causado pela absorção de diferentes tecidos do corpo. A atenuação dependerá do tipo de molécula e número atômico que os raios X estão interagindo. Exemplo: O cálcio tem número atômico de 20 (20Ca) , e o hidrogênio tem número atômico de 1, e do oxigênio é 8. Isso significa que o cálcio absorve mais radiação que o hidrogênio e do que o oxigênio. Por isso o osso na radiologia convencional é mais visível que os músculos e o pulmão. - Os tons de branco e preto nas imagens é causado pela diferença de densidade de cada tecido, 50 Tomografia Computadorizada
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resultando graus diferentes de atenuação dos raios X.
Figura 4.1 ( Conversão do sinal captado em tons de cinza ).
Observe que os feixes de raios X que são atenuados pelos ossos deixam a imagem hiper-intensa ( tons claros ), e os feixes de que são atenuados pelos músculos deixam a imagem hipo-intensa ( tons escuros ).
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Figura 4.2 ( Diferente tons de cinza ).
Todos os tons de cinza ( branco e preto ), tem uma ordem numĂŠrica, que quando enviadas para o computador, o mesmo identifica os nĂşmeros e convertem em imagens.
52 Tomografia Computadorizada
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Exemplo: Vamos imaginar que seja essa sequência:
Figura 4.3 ( Diferente tons de cinza )
Então sempre que o detector, detectar a atenuação de número (1), o computador converterá em um “tom escuro”, se for o número (10) a conversão será para o “ tom de cinza”, e se for o número 20, o computador converterá para o “ tom claro” nas imagens.
53 Tomografia Computadorizada
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Sinais Uma vez recebido os sinais em ordem numérica, com diferente grau de atenuação, o computador converte matematicamente esses números em diferentes tons de cinza e a imagem tridimensional é projetada
no
monitor
como
uma
imagem
bidimensional. A imagem inicial que aparece na tela do computador é chamada de Matriz.
Figura 4.4 ( Tórax na tela do computador ).
54 Tomografia Computadorizada
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Matriz: É um arranjo de linhas e colunas, composto por pixels e voxels
Figura 4.5 ( Matriz ).
O volume formado pelos pixels e pela profundidade do corte é conhecido como voxels. O número de pixels que compõe a matriz é determinado pelo fabricante, e pode variar de uma matriz para outra. Ex: 80x80 pixels (tomógrafo de 1ª Geração). Ex:512x512 pixels (tomógrafo de 4ª Geração). Ex: 1024x1024 pixels (tomógrafo Multí-slice).
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Resolução da imagem Matriz: a resolução da imagem está diretamente relacionada com a matriz utilizada, ou seja, quanto maior a matriz melhor a qualidade da imagem. Pixel: Quanto maior for a matriz, menor será o pixels, ou seja, quanto menor o pixels melhor também será a qualidade da imagem.
FOV(Campo de visão): campo de visão refere-se a área examinada pela tomografia. O FOV é definido em centímetro. Exemplo 1
Figura 4.6 ( FOV).
56 Tomografia Computadorizada
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Exemplo 2
Figura 4.7 ( FOV ).
O fov ĂŠ selecionado de acordo com a estrutura a ser estudada.
57 Tomografia Computadorizada
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Escala de Hounsfield A escala de hounsfield é utilizada para medir a densidade dos tecidos que tem seus valores préestabelecidos a partir da atribuição do valor (0) correspondente a densidade da água, ou seja, tudo que for líquido livre no organismo aparecerá com a tonalidade escura.
Figura 4.8 ( Visão axial do encéfalo ).
Tecidos com densidades maiores que a da água assumem valores positivos (tons de cinza claros), os de densidades menores que a água assumem valores negativos (tons de cinza escuro).
58 Tomografia Computadorizada
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Esses valores estão entre -1000(Ar) até +1000 (Osso denso).
Figura 4.9 ( Escala de Hounsfield ).
O olho humano só consegue identificar cerca de 60 tons de cinza.
Figura 4.10 (Tons de cinza ).
59 Tomografia Computadorizada
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Tabela Escala de Hounsfield Tipo de tecido
Valor
Dispersão
médio(HU) Osso compacto
Maior que 250
Osso esponjoso
Entre 30 e 230
Tiróide
Entre 60 e 80
Fígado
Entre 55 e 70
45 a 75
Músculo
Entre 35 e 50
35 a 50
Baço
Entre 35 e 50
35 a 55
Linfoma
Entre 35 e 55
40 a 60
Pâncreas
Entre 30 e 50
25 a 55
Rim
Entre 20 e 40
20 a 40
Gordura
Entre -55 e -75
-80 a -100
Fluidos
Valor médio (HU)
Sangue
Entre 70 e 90
coagulado Sangue venoso
Entre 40 e 55
Suor
muito
Maior que 18
pouca
Menor que 18
“
proteina” Suor
“
proteina” Solução
Entre 10 e 14
Figura 4.11 (Tabela de valores em HU dos orgãos e tecidos).
60 Tomografia Computadorizada
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Figura 4.12 ( Visão axial do abdome ).
Observe a seta, o tom de cinza um pouco mais escuro é um lesão no fígado.
61 Tomografia Computadorizada
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Armazenamento de imagem O armazenamento das imagens pode ser feito de duas maneiras: - Disco Rígido - Impressão de cópias em filme
Disco rígido
Impressão em filme
62 Tomografia Computadorizada
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Artefato de imagem - Artefato de movimento: causado pelo movimento voluntário e involuntário, a imagem fica sem nitidez, muitas vezes denominadas imagem “fantasma”.
Figura 4.13 (Encéfalo axial).
- Artefato de anel: causado pela descalibração dos detectores, causando uma imagem com um artefato parecido com um anel.
Figura 4.14 (Encéfalo axial)
63 Tomografia Computadorizada
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- Artefato de Ruído: causado por uma kilovoltagem (Kv)
e
Miliamperagem(mA)
granulosidade
nas
baixa.
imagens,
e
Isso
acontece
causa com
frequência em pacientes obesos.
Figura 4.15 (Granulosidade)
- Artefato de anel: causado por materiais de número atômico muito alto, exemplo: projéteis de arma de fogo.
Figura 4.15 ( alto contraste no objeto ).
64 Tomografia Computadorizada
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Capitulo 5
PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
65 Tomografia Computadorizada
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5 - Proteção Radiológica
Devido a exposição a radiação ionizante, o técnico em radiologia deve tomar alguns cuidados para garantir a sua segurança e a segurança dos pacientes, uma vez que se sabe que a radiação ionizante pode causar desde lesões simples até mesmo um câncer. Por essa razão, todo técnico em radiologia deve está usando: - Dosímetro;
Figura 5.1 (Dosímetro).
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- Avental de chumbo;
Figura 5.2 (Avental de chumbo).
- Exames laboratoriais “hemograma�
Figura 5.3 ( Amostras de sangue ).
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- Isolamento da sala de exame
Figura 5.4 ( Sala de exames de raios X ).
As paredes, portas e vidro deve ser baritados.
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Capitulo 6
PLANOS, PONTOS E LINHAS ANATÔMICAS DE REFERÊNCIA
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6 - Planos anatômico As imagens reconstruídas em TC são obtidas em 3 planos: - Axial - Coronal - Sagital
Axial
Coronal
Sagital
Figura 6.1 ( Visão dos planos anatômicos nas imagens ).
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Planos anat么micos
Plano Sagital
Plano Coronal
Plano transverso Plano Sagital
Plano Coronal Plano transverso
Figura 6.2 ( Planos anat么micos do corpo ).
Axial = dividi o corpo em inferior e superior. Sagital = dividi o corpo em direito e esquerdo. Coronal = dividi o corpo em anterior e posterior. 71 Tomografia Computadorizada
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Pontos de referência para o exame de TC Os pontos de referência são de extrema importância para
que
os
protocolos
sejam
seguidos
corretamente. - GB: Glabela - OM: Orbito Meatal - EM: Meato Externo
Figura 6.3 ( Rosto frente ).
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- SN: Incisura Esternal - XY: Processo Xifóide - IC: Crista ilíaca - UM: Umbigo - SP: Sínfise Púbica
Figura 6.4 ( Posição anatômica ).
- SU: Supino ( estrutura voltada para baixo ); - PR: Pronação ( estrutura voltada para cima ); 73 Tomografia Computadorizada
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- Head First ( Cabeça primeiro );
Figura 6.5 ( Paciente em decúbito dorsal ).
- Feet First ( Pés entrando primeiro ).
Figura 6.6 ( Paciente em decúbito dorsal ).
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Linhas de referĂŞncia - linha transversal do laser - linha horizontal do laser
Figura 6.7 (Linhas transversal e horizontal). Linha transversal do laser
/
linha horizontal do laser
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Capitulo 7
INICIO DO EXAME
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7 - Início do exame Algumas etapas devem ser seguidas para a realização de uma TC. 1ª etapa No monitor do computador clique em: New Patient ( novo paciente ).
Novo Paciente Figura 7.1 (No monitor: Novo paciente)
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2ª etapa Digite os dados do paciente em: Patient information ( informações do paciente ).
477 2 2234 João Bernardo dos Santos M
09/03/1986
30 154
1 70
4 1
7 170
Crânio – Seios da face Dr. Ruan Carlos 18
Cefaleia Sinus supine helical 22.1 168.781
Figura
7.2 ( No monitor: dados do paciente).
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3ª etapa Selecione o protocolo em: Protocol menagement ( Gestão de protocolos ).
21.1 Rotina de crânio
22.1 Seios da face 23.1 Rotina de cervical 24.1 Rotina de Ombro 25.1 Rotina de Tórax 26.1 Rotina de Abdome 27.1 Coluna lombar
28.1 Rotina de Pelve
29.1 Rotina de Fêmur 30.1 Rotina de Joelho Figura 7.3 ( No monitor: Protocolos ).
79 Tomografia Computadorizada
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Posicionamento Devemos
seguir
algumas
etapas
para
o
posicionamento correto: 1ª etapa Orientação do paciente, nesta etapa temos que: - Posicionar o paciente de acordo com o protocolo e pedir não se mover quando já estiver posicionado.
Figura 7.4 ( Pés primeiro ).
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- Cabeça, pescoço e membros superiores (Head first), ou seja, a cabeça entrará primeiro.
Figura 7.5 ( cabeça primeiro ).
- Abdome, pelve e membros inferiores (Feet first), ou seja, os pés entrarão primeiro.
Figura 7.6 ( pés primeiro ).
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2ª etapa Posicionar as linhas de referência de acordo o exame solicitado.
Figura 7.8 ( Alinhamento da linhas de referência ).
3ª etapa () Ponto Zero, este é semelhante ao “Raio Central da radiologia convencional” e deve incidir de acordo com o protocolo. Exemplo: Ponto zero na (GB) glabela.
82 Tomografia Computadorizada
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4ª etapa Para se iniciar o exame o técnico deverá primeiro fazer um SCOUT. SCOUT: é uma imagem panorâmica que servirá de base para a programação dos slices (cortes).
Figura 7.9 ( Scout ).
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5ª etapa Programar as linhas de corte ( início e fim ).
Figura 7.10 ( linhas de corte no scout ).
Início
fim
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6ÂŞ etapa O tĂŠcnico deverĂĄ programar a espessura dos cortes de acordo com o protocolo
Figura 7.11 ( linhas de corte no scout ).
Espessura: 1mm
/
0,5mm
85 Tomografia Computadorizada
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7ª etapa Programar o: - FOV ( exemplo : 22cm ); - kV ( exemplo : 120kV ); - mAs ( exemplo 80 mAs ); - Gantry (Normalmente o Gantry possui inclinação variando entre +30° à -30° em relação ao eixo vertical.
Figura 7.12 ( Gantry visão lateral ).
86 Tomografia Computadorizada
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- Janela ( exemplo: você irá seleciona janela para osso se a intenção for estudar parte óssea, e janela para partes moles se for estudar músculos, vísceras etc..).
Figura 7.13 ( Imagem axial do crânio ).
Janela para osso / janela para partes moles
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8ª etapa Número de cortes ( você irá selecionar o número de cortes que está sendo solicitado no protocolo. Ex: 60 slices (cortes). Exemplo 1: 5 cortes
Exemplo 2: 10 cortes
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Protocolos O protocolo é um registro de informações padrão, que deve ser seguidas criteriosamente para obtermos um exame padrão.
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Protocolo de crânio
- Decúbito dorsal ( utilizar suporte para a cabeça ); - Head First ( entrar com a cabeça primeiro no interior do gantry );
Figura 7.14 ( cabeça primeiro ).
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Linha de referência - linha horizontal no plano médio sagital do crânio
- linha vertical no plano médio coronal do crânio
Ponto de referência - Ponto zero: no centro da glabela 0
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Scout - Perfil
Gantry
LIOM
Figura 7.15 ( Scout de crânio perfil ).
Gantry: Paralelo a linha infra-orbito-meatal Linhas de corte - Início: no forame magno - Fim: Ápice do crânio Espessura do corte - Fossa posterior 3mm - Fossa supratentorial 10mm FOV: 22cm e Número de cortes: 20 92 Tomografia Computadorizada
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Protocolo de cervical
- Decúbito dorsal ( utilizar suporte para a cabeça ); - Head First ( entrar com a cabeça primeiro no interior do gantry );
Figura 7.16 ( Paciente em decúbito dorsal ).
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Linha de referência - linha horizontal no plano médio sagital da cervical
- linha vertical no plano médio coronal do cervical
Ponto de referência - Ponto zero: no centro na C4 0
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Scout - Perfil
Figura 7.17 ( Scout de cervical perfil ).
Gantry - Perpendicular paralelo ao osso hióide Linhas de corte - Início: 5cm abaixo da SN ( incisura esternal ). - Fim: 5cm acima do MAE ( Meato Externo ). Espessura do corte - 3mm FOV: 20cm e Número de cortes: 150 Janela: Standart e bone 95 Tomografia Computadorizada
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Protocolo de Tórax
- Decúbito dorsal ( utilizar suporte para a cabeça ); - Head First ( entrar com a cabeça primeiro no interior do gantry );
Figura 7.18 ( Paciente em decúbito dorsal ).
96 Tomografia Computadorizada
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Linha de referência - linha horizontal no plano médio sagital do tórax
- linha vertical no plano médio coronal do tórax
Ponto de referência - Ponto zero: no centro na fúrcula esternal 0
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Scout - Perfil ou frente
Figura 7.19 ( Scout de tórax frente ).
Gantry - Perpendicular paralelo a mesa Linhas de corte - Início: 2cm acima da 1ª costela. - Fim: 2cm abaixo do seio costofrênico. Espessura do corte - 1mm / FOV: 35cm e Número de cortes: 30 Janela: Standart e bone ( janela para parenquima pulmonar ou mediastino).
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Protocolo de abdome
- Decúbito dorsal(utilizar travesseiro para a cabeça ); - Feet First ( entrar com os pés primeiro no interior do gantry );
Figura 7.20 ( paciente em decúbito dorsal ).
99 Tomografia Computadorizada
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Linha de referência - linha horizontal no plano médio sagital do abdome
- linha vertical no plano médio coronal do abdome
Ponto de referência - Ponto zero: no processo xifóide 0
Scout
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- Frente
Figura 7.21 ( Scout de Abdome frente ).
Gantry - Perpendicular a mesa Linhas de corte - Início: 5cm acima do diagragma - Fim: 5cm abaixo da crista ilíaca para abdome superior, e para abdome total abaixo da sínfise púbica. Espessura do corte - 1mm a 5mm / Janela: Standart e bone FOV: 40cm e Número de cortes: 45 a 70 slices
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Protocolo de pelve
- Decúbito dorsal(utilizar travesseiro para a cabeça ); - Feet First ( entrar com os pés primeiro no interior do gantry );
Figura 7.22 ( Paciente em decúbito dorsal ).
102 Tomografia Computadorizada
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Linha de referência - linha horizontal no plano médio sagital da pelve
- linha vertical no plano médio coronal da pelve
Ponto de referência - Ponto zero: UB – Umbigo ( entre as cristas ilíacas). 0
103 Tomografia Computadorizada
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Scout - Frente
Figura 7.23 ( Scout de pelve frente ).
Gantry - Perpendicular a mesa Linhas de corte - Início: 2cm acima da crista ilíaca - Fim: 2cm abaixo da sínfise púbica Espessura do corte - 1mm a 5mm FOV: 25cm e Número de cortes: 45 a 70 slices Janela: Standart e bone 104 Tomografia Computadorizada
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Protocolo de joelho
- Decúbito dorsal(utilizar travesseiro para a cabeça ); - Feet First ( entrar com os pés primeiro no interior do gantry );
Figura 7.24 ( Paciente em decúbito dorsal ).
105 Tomografia Computadorizada
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Linha de referência - linha horizontal no plano médio sagital do fêmur.
linha vertical no plano médio coronal do fêmur (diafise).
Ponto de referência - Ponto zero: 5cm acima da patela 0
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Scout – Frente ou perfil
Figura 7.25 (scout frente). Figura 7.26 (Scout perfil).
Gantry - Perpendicular a mesa Linhas de corte - Início: 5cm acima da base da patela - Fim: 5cm abaixo dos côndilos tibial Espessura do corte - 1mm a 5mm FOV: 15cm
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8 - Referências bibliográficas KENNETH . L, B,J.P,L. Tratado de Posicionamento Radiográfico e Anatomia Associada. 8. ed. livro: Elsevier Brasil, 2014. 336p. MATTHIAS.H. Tomografia Computadorizada Manual Pratico De Ensino. 6. ed livro: Revinter. NOBREGA, A. I.Manual de tomografia computadirizada. Editora Atheneu, 2005.
108 Tomografia Computadorizada