hotel-fazenda 1
trabalho final de graduação
hotel-fazenda
aluna: Tiemi Fernandes orientador: Eliel Américo Santana da Silva banca examinadora: Maria Cláudia Candeia Neusa Cavalcante faculdade de arquitetura e urbanismo - UnB
Este caderno apresenta o resultado da disciplina de Projeto Final de Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Brasília (FAU - UnB). Trata-se de um projeto que tem por objetivo avaliar os conhecimentos adquiridos ao longo da trajetória acadêmica, bem como sua aplicação. O trabalho em questão mostra o desenvolvimento de um hotelfazenda, cujo terreno localiza-se em São Lourenço de Fátima Mato Grosso, região dotada de diversos atrativos naturais. Palavras-chave: Hotel-fazenda; ecoturismo; 3
_ À minha família, em especial à minha mãe, meu pai e meu
irmão por todo o amor e suporte (mesmo que às vezes, à distância); _ Aos todos os meus incríveis amigos: eu não poderia ter tido melhores companheiros nessa jornada; _ Às professoras Neusa Cavalcante e Maria Cláudia Candeia e ao professor Luís Pedro de Melo por todas as contribuições a este trabalho e por se mostrarem sempre muito solícitos; _ Ao meu orientador, professor Eliel Américo, por todos os conhecimentos transmitidos, toda a dedicação e por todo cuidado ao longo de todo o processo; _ A todos os professores que fizeram parte da minha trajetória. 4
_índice
_introdução
justificativa contextualização
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_referências projetuais
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_área de intervenção
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_projeto
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_referências bibliográficas
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catuçaba farm casa lota de macedo casa varanda escola aldeia das crianças sesc pantanal quadra san cristóbal
localização terreno e topografia sistema viário e transporte condicionantes climáticas
diretrizes e conceitos programa de necessidades matriz de interações fluxograma zoneamento projeto plantas baixas quartos cortes elevações renders
16 17 18 19 21 22
24 25 26 27
29 30 31 32 34 35 38 45 47 50 52
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introdução
_ justificativa
A escolha do tema hotel-fazenda como objeto deste Trabalho de Graduação de Arquitetura se deu por motivação pessoal. O terreno escolhido para a implantação do projeto pertence ao meu tio, cujo sonho é de, no futuro, ao se aposentar e passar a viver na zona rural e criar esse hotel-fazenda neste local. Trata-se de um estudo de projeto que traduz a minha forma de agradecimento por todos os cuidados e investimentos da minha família sobre mim e a minha formação. É importante ressaltar que este trabalho não tem como objetivo a concepção de um projeto para sua efetiva construção, mas somente o de desenvolver um exercício de produção de ideias sobre um sonho da família. Atualmente, o terreno é utilizado somente como pasto para vacas e criação de baixa escala de outros animais, como cavalos e galinhas. Como apoio, para essas atividades, foi construída uma pequena casa em madeira no local. Além disso, ao lado desta casa, foi criado um pequeno lago para a criação de peixes. Não pretende-se neste trabalho manter essas pré-existências, mas pensar outras formas de configuração desses espaços, além de todo o novo programa proposto. Do ponto de vista econômico, o município de Juscimeira, onde se localiza o distrito de São Lourenço, apresenta uma área territorial de 2.720,481 km², que se aproxima à área da capital Cuiabá, cujo território é de 3.292 km². No entanto, deste total, somente uma pequena parcela territorial apresenta ocupação urbana, desta forma, encontra-se nesta cidade um grande potencial de crescimento. Além disso, Juscimeira possui uma população de 11.430 pessoas, dentre as quais, o percentual de pessoas ocupadas é de 12,8%, apresentando uma média salarial de 2,2 salários mínimos. Com a implantação de um hotel-fazenda, atividade de apelo turístico, acontece automaticamente a geração de empregos para a comunidade local, dispensando a necessidade de deslocamento dessa população para uma cidade vizinha na busca por trabalho.
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_contextualização
turismo rural
O turismo teve seu desenvolvimento no mundo moderno marcado a partir de meados do séc. XIX. Trata-se de uma atividade que tem crescido significativamente nas últimas décadas por conta das grandes inovações tecnológicas, principalmente das que se referem aos meios de transportes; do sistema de comercialização e distribuição de produtos e serviços turísticos; do acesso das divergentes camadas sociais às viagens, com destaque à classe média; e da garantia do tempo livre (REJOWSKI; SOLHA, 2005). Ligado à busca da sociedade atual pelo lazer e pela fuga do cotidiano, o turismo tem como um de seus principais aspectos, a capacidade de gerar emprego e renda, o efeito multiplicador, dentre outras perspectivas econômicas. Deste modo, o turismo tem sido visto como algo imensamente eficaz para o desenvolvimento de algumas localidades. Dentro desse contexto, observa-se ainda o crescimento do turismo rural. De acordo com o Sebrae (1997), turismo rural significa a oferta, no meio rural, de atividades recreativas, alojamento e serviços afins. principalmente dirigida aos habitantes das cidades, que buscam férias no campo, para ter contato com a natureza e com as pessoas da área rural. O turismo rural surgiu a partir de uma espécie de resgate das origens (próximas ou distantes), em que o apelo da natureza (fauna, flora, paisagem, espaços ambientalmente limpos) atrai a sociedade contemporânea. Algumas atividades praticadas no turismo rural são: a) caminhadas e trekkings por trilhas e cachoei8
ras; b) passeios de cavalo e charrete; c) pesca esportiva e amadora; d) esportes náuticos em rios e represas; e) áreas para esportes e recreação; f) observação e/ou participação dos trabalhos de rotina da produção agropecuária; g) programas de Educação Ambiental; h) produção e venda de artesanato; i) produção e venda de doces, biscoitos, chocolates, vinho, compotas, mel etc. ; j) observação do patrimônio histórico-cultural. Desse modo, trata-se de uma forma de valorização do espaço natural onde estão inseridos estabelecimentos, tais como os hotéis-fazenda. Tais atividades desenvolvidas no meio rural podem ser divididas em sete categorias, caracterizando, segundo Moletta & Goidanich (1999), os principais motivos para que os turistas busquem o meio rural para o descanso e o lazer:
Ecoturismo Turismo Ecológico ou Ecoturismo é o turismo voltado à natureza, de deslumbramento, de contemplação e estudos da natureza, sua fauna e flora e formações geográficas e histórica. É muito praticado em regiões onde a natureza é exuberante. Agroturismo
3. Cultural local
Segundo Graziano da Silva apud Campanhola (2002a), agroturismo refere-se às atividades internas à propriedade, que geram ocupações complementares às atividades agrícolas, as quais continuam a fazer parte do cotidiano da propriedade, em menor ou maior intensidade. Devem ser entendidas como parte de um processo de agregação de serviços aos produtos agrícolas e bens não-materiais existentes nas propriedades rurais (paisagem, ar puro, etc.) a partir do "tempo livre" das familias agrícolas, com eventuais contratações de mão-de-obra externa.
4. Atividades recreativas:
Hoteis-Fazenda
5. Atividades pedagógicas
Hosken et al (1997) define como uma propriedade inserida no meio rural construída com mais de 30 acomodações e com objetivo de oferecer aos hóspedes, lazer, turismo ecológico, esportivo, cultural, etc. Eles não exercem, no entanto, atividades produtivas e a lucratividade vêm da hotelaria, principalmente. Conforme Almeida, et al (2000) trata-se de hotéis localizados na zona rural, im-
1. Paisagem 2. Atividades Agropecuárias
6. Gastronomia 7. Hospedagem Já no que se refere à classificação dos estabelecimentos, neste cenário de turismo rural, é possível classificá-los em sete modalidades de turismo: ecoturismo, agroturismo, hotel-fazenda, fazenda-hotel, turismo cultural, turismo aventura e turismo religioso.
plantados deliberadamente para a exploração do turismo rural, valorizando a cultura e as atividades rurais, como o folclore, a gastronomia, cavalgadas, esporte rural e outros. Fazenda-Hotel Conforme Hosken et al (1997), é uma propriedade produtiva, cuja sede é transformada numa acomodação aconchegante para receber os visitantes. O número de apartamentos não deve ultrapassar a 20, pois, pode perder uma das principais caracteristicas que é a hospitalidade, já que, nesta modalidade, os turistas são recebidos pelos próprios proprietários. Turismo Cultural Zimmermann (2002), define o Turismo Cultural como atividade turística, embasada na utilização dos recursos culturais de um território em área rural, recursos artísticos, históricos, costumes, entre outros, orientando-se sempre para a preservação dos mesmos. Turismo Aventura Para Zimmermann (2002), Turismo de Aventura é a modalidade de turismo que utiliza o entorno rural ou meio natural como recurso para produzir nos participantes, sensações de descobrimento e emoção, necessitando-se para estes objetivos, espaços pouco explorados turisticamente.
_contextualização
leis e normas técnicas
No que se refere às leis e normas técnicas relacionadas ao tema, existe um conjunto de leis pertinentes ao segmento hoteleiro, as quais devem ser cumpridas para a implantação de um hotel-fazenda. Dentre elas, destacam-se: Lei nº 2.294, de 21 de novembro de 1986, relacionado ao exercício e à exploração de atividades e serviços turísticos Lei Nº 11.637, de 28 de Dezembro de 2007 Dispõe sobre o programa de qualificação dos serviços turísticos e do Selo de Qualidade Nacional de Turismo LEI nº - 11.771, de 17 de Setembro de 2008 Dispõe sobre a Política Nacional de Turismo, define as atribuições do Governo Federal no planejamento, no desenvolvimento e no estímulo ao setor turístico Portaria nº 177, de 13 de setembro de 2011 Estabelece o Sistema Nacional de Registro de Hóspedes - SNRHos, regulamenta a adoção da Ficha Nacional de Registro de Hóspedes FNRH e do Boletim de Ocupação Hoteleira BOH Portaria nº 100, de 16 de Junho de 2011 Institui o Sistema Brasileiro de Classificação de Meios de Hospedagem (SBClass), estabelece os critérios de classificação destes, cria o Conselho Técnico Nacional de Classificação de Meios de Hospedagem (CTClass) e dá outras providências
Portaria 130, de 26 de Julho de 2011 Institui o Cadastro dos Prestadores de Serviços Turísticos - Cadastur, o Comitê Consultivo do Cadastur - CCCad e dá outras providências Portaria 127, de 28 de Julho de 2011 Dispõe sobre delegação de competência do Ministério do Turismo - MTur a órgãos da administração pública estadual, municipal e do Distrito Federal, para cadastramento, classificação e fiscalização dos prestadores de serviços turísticos . Decreto-Lei 986/69 Institui normas básicas sobre alimentos; Resolução ANVISA RDC nº 216/04 Regulamento técnico de boas práticas para serviços de alimentação; Código de Defesa do Consumidor (CDC) Publicado em 11 de setembro de 1990, o CDC busca equilibrar a relação entre consumidores e fornecedores em todo o território brasileiro ABNT NBR 15401 Meios de hospedagem — Sistema de gestão da sustentabilidade — Requisitos Dentre as normativas citadas, buscou-se dar ênfase àquelas cujo conteúdo possa contribuir ou influenciar no projeto arquitetônico. São elas: Portaria nº100 (Sistema de Classificação Brasileiro de Meios de Hospedagem); Resolução ANVISA RDC nº 216/04; e ABNT NBR 15401.
Portaria 126, de 26 de Julho de 2011 Dispõe sobre a criação do Centro de Informações Turísticas 2014- CIT-14
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_contextualização portaria nº100 - 2011
O Ministério do Turismo (MTur), em parceria com o Inmetro, a Sociedade Brasileira de Metrologia – SBM e a sociedade civil, desenvolveu um sistema de classificação de meios de hospedagem (Portaria nº 100, de 16 de Junho de 2011). Esta classificação é um instrumento de divulgação de informações sobre meios de hospedagem e comparação entre eles, sendo um importante mecanismo de comunicação com o mercado. Assim, funciona como instrumento de apoio aos turistas em suas escolhas. Assim, o Sistema Brasileiro de Classificação estabeleceu sete tipos de Meios de Hospedagem, para atender a diversidade da oferta hoteleira nacional (Hotel, Resort, Hotel Fazenda, Cama & Café, Hotel Histórico, Pousada e Flat/Apart-Hotel) e utiliza a simbologia de estrelas para diferenciar as categorias.
Hotel-Fazenda
Meios de Hospedagem
Empreendimento de característica horizontal, composto de no máximo 30 unidades habitacionais e 90 leitos, com serviços de recepção, alimentação e alojamento temporário, podendo ser em um prédio único com até três pavimentos, ou contar com chalés ou bangalôs.
Hotel Estabelecimento com serviço de recepção, alojamento temporário, com ou sem alimentação, ofertados em unidades individuais e de uso exclusivo dos hóspedes,mediante cobrança de diária. Resort Hotel com infraestrutura de lazer e entretenimento que disponha de serviços de estética, atividades físicas, recreação e convívio com a natureza no próprio local.
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Localizado em ambiente rural, dotado de exploração agropecuária, que ofereça entretenimento e vivência do campo. Cama & Café Hospedagem em residência com no máximo três unidades habitacionais para uso turístico, com serviços de café da manhã e limpeza, na qual o possuidor do estabelecimento resida.
Categorias dos Meios de Hospedagem Considerando que cada tipo de meio de hospedagem reflete diferentes práticas de mercado e expectativas distintas dos turistas (um Hotel 5 estrelas é diferente de uma Pousada 5 estrelas, por exemplo), o SBClass estabeleceu categorias específicas para cada tipo: Hotel - de 1 a 5 estrelas
Hotel Histórico
Hotel-Fazenda - de 1 a 5 estrelas
Instalado em edificação preservada em sua forma original ou restaurada, ou ainda que tenha sido palco de fatos histórico-culturais de importância reconhecida.
Cama & Café - de 1 a 4 estrelas Resort - de 4 a 5 estrelas
Pousada
Flat/Apart-Hotel Constituído por unidades habitacionais que disponham de dormitório, banheiro, sala e cozinha equipada, em edifício com administração e comercialização integradas, que possua serviço de recepção, limpeza e arrumação.
Hotel Histórico - de 3 a 5 estrelas Pousada - de 1 a 5 estrelas Flat/Apart Hotel - de 3 a 5 estrelas
O SBClass está fundamentado em uma série de requisitos a que os meios de hospedagem devem atender: Infraestrutura (subclassificação de infraestrutura das áreas comuns e unidades habitacionais) - vinculados às instalações e aos equipamentos; Serviços - vinculados à oferta de serviços; Sustentabilidade - vinculados às ações de sustentabilidade (uso dos recursos, de maneira ambientalmente responsável, socialmente justa e economicamente viável, de forma que o atendimento das necessidades atuais não comprometa a possibilidade de uso pelas futuras gerações). Para o presente trabalho, foram selecionados pré-requisitos para a obtenção de uma classificação 5 estrelas em um hotel-fazenda. Dentre os tópicos selecionados, buscou-se aqueles que possam contribuir ou influenciar de algum modo o projeto arquitetônico. É importante ressaltar ainda que a apresentação deste método de classificação não significa a obrigatoriedade na adoção de um método voltado para o cumprimento de tais requisitos. Tal exposição atua somente como parâmetro para a criação de espaços confortáveis e que atendam ao público-alvo.
_contextualização portaria nº100 - 2011
área útil das UH, exceto banheiro, mín. 15m²
jardim com tratamento paisagístico
área dos banheiros mínima de 3,50m²
decoração e ambientação
varandas em pelo menos 25% das UH
área específica para portaria área específica para recepção local para guarda de bagagens climatização adequada (refrigeração/ ventilação natural ou forçada/ calefação) banheiros sociais, masc. e fem., separados
armário específico para guarda de roupas local apropriado para abrir mala mesa de cabeceira para cada leito lâmpada de leitura junto às cabeceiras colchão com dimensões superiores ao padrão climatização adequada poltrona ou sofá em todas as UH mesa com cadeira em todas as UH
sala de estar com televisão
vedação opaca como cortina, persiana
salão para eventos
bar
salão de jogos piscina instalações para criação de animais
serviços
espaço para leitura
restaurante para mín. 50% dos hóspedes serviços típicos, como cavalgada, observação da fauna e flora, ciclismo, etc
instalações para recreação de crianças
serviço de lavanderia
trilhas demarcadas para caminhada
ofertas de atividades culturais
trilhas demarcadas para caminhada
redução do consumo de energia elétrica
sala de ginástica/musculação capela ou local de oração centro equestre disponível p/ hóspedes churrasqueira local para pesca
sustentabilidade
áreas comuns
banheiros com ventilação natural ou forçada
unidades habitacionais
área de estacionamento
redução do consumo de água gerenciamento de resíduos sólidos tratamento de efluentes medidas para valorização da cultura local medidas para geração de trabalho e renda
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_contextualização NBR 15401
A Norma Técnica NBR 15401 estabelece requisitos para meios de hospedagem que possibilitem planejar e operar as suas atividades de acordo com os princípios estabelecidos para o turismo sustentável, tendo sido redigida de forma a aplicar-se a todos os tipos e portes de organizações e para adequar-se a diferentes condições geográficas, culturais e sociais, mas com atenção particular à realidade e à aplicabilidade às pequenas e médias empresas. Neste trabalho, buscou-se dar maior atenção aos requisitos ambientais para o turismo sustentável, dentro dos quais se enquadram aqueles ligados à arquitetura e impacto no local, paisagismo e eficiência energética. Arquitetura e Impacto no Local _ Devem ser tomadas medidas para: minimizar as alterações significativas na paisagem local, provocadas pelo projeto arquitetônico e pelos movimentos de terra; minimizar a impermeabilização do solo; minimizar a remoção de vegetação nativa; evitar a interrupção da movimentação e reprodução da vida silvestre; não utilizar materiais derivados de espécies ameaçadas na construção, acabamento ou decoração; monitorar e mitigar a erosão; 12
assegurar uma destinação final adequada para os resíduos não aproveitados na construção. _A arquitetura do empreendimento deve ser integrada à paisagem, minimizando os impactos da implantação durante a construção, a operação e quando houver obras de reparo, ampliações ou outros tipos de alterações, adequados à legislação. _Quando existirem áreas degradadas sem uso específico pelo empreendimento, devem ser tomadas medidas para a sua recomposição _Convém que se utilizem materiais de construção disponíveis na região, originados de fontes sustentáveis, que se considere o uso das técnicas tradicionais, que se evite usar materiais de construção com grande impacto ambiental e que se procure tomar medidas de compensação ambiental para os materiais usados no empreendimento. _A arquitetura das construções deve ser compatível com o entorno físico e cultural. Para tanto, aplicam-se os seguintes requisitos: a volumetria deve ser harmônica com o entorno e não deve descaracterizar os ambientes natural e cultural; devem-se manter as características do relevo local; devem-se tomar medidas para diminuir o impacto visual da infra-estrutu-
ra de suporte (por exemplo, recorrendo ao uso de vegetação natural ou à topografia). Paisagismo _ O planejamento e a operação do paisagismo do empreendimento devem ser efetuados minimizando os impactos ambientais. Para tanto, cuidados devem ser tomados para que: o paisagismo reflita o ambiente natural do entorno, inclusive com o uso de espécies nativas, desde que não sejam provenientes de extração ilegal; não haja propagação de plantas ornamentais exóticas pelo entorno; se maximize o aproveitamento da vegetação nativa. Eficiência Energética _ O empreendimento deve planejar e implementar medidas para minimizar o consumo de energia, em particular de fontes não renováveis. _ A arquitetura das construções deve utilizar as técnicas para maximizar a eficiência energética, tais como, por exemplo: isolamento térmico de paredes e forros; ventilação natural; otimização do uso da sombra e insolejamento
otimização do uso da iluminação natural; minimização das fugas e perdas de calor nas instalações hidráulicas, de aquecimento e de refrigeração; utilização de equipamentos e dispositivos de aquecimento ou refrigeração com eficiência energética maximizada. Emissões, Efluentes e Resíduos Sólidos _ O empreendimento deve planejar e implementar medidas para reduzir, reutilizar ou reciclar os resíduos sólidos _ O estabelecimento deve dispor de um local específico e vedado para resíduos sólidos contaminantes de acordo com a legislação vigente _ O empreendimento deve planejar e implementar medidas para minimizar os impactos provocados pelos efluentes líquidos ao meio ambiente e à saúde pública _ O empreendimento deve planejar e implementar medidas para minimizar a emissão de ruídos das instalações, maquinaria e equipamentos, das atividades de lazer e entretenimento, de modo a não perturbarem o ambiente natural, o conforto dos hóspedes e das comunidades locais
_contextualização hotéis
De acordo com Andrade (1999), os hotéis são constituídos pelas seguintes áreas básicas: _ áreas públicas e sociais: lobby, salas de estar, sala de TV , sala de leitura, restaurantes, bares, salão de eventos, etc _ área de hospedagem: apartamentos e suítes _ áreas administrativas: recepção, gerências, reservas, marketing, contabilidade, recursos humanos, etc _ áreas de alimentos e bebidas: recebimento, pré-preparo, câmaras frigoríficas, almoxarifado de alimentos e bebidas, cozinha principal, etc _ áreas de equipamentos: central de águas gelada, subestação, quadros de medição, grupo motor-gerador, casa de bombas de recalque, caldeiras _ áreas recreativas: quadra de esportes, campo de golfe, piscinas, parque aquático, etc Cada uma dessas áreas contribui de maneira significativa para o desempenho do hotel, embora variem os respectivos graus de importância em cada tipo de hotel. Ainda nesse sentido, exibe-se a seguir algumas considerações a respeito do projeto e planejamento de algumas dessas áreas.
Lobby
O lobby caracteriza-se como o primeiro espaço de contato do hóspede com o hotel, sendo ele o responsável por transmitir a primeira sensação a respeito do estabelecimento. Nesta área, é importante que os acessos sejam claros e desimpedidos. Além disso, é importante considerar no projeto do lobby: _ espaços para livre circulação de hóspedes, desimpedidos de obstáculos _ espaço em frente ao balcão, ou em outro lugar programado, para que grupos de pessoas e suas bagagens possam aguardar os procedimentos administrativos _áreas de estar para hóspedes e visitantes _ áreas livres para circulação de pessoas que se destinam aos bares e restaurantes Bares e Restaurantes
Os restaurantes e bares devem estar integrados ao lobby, mas sempre que possível, contar também com um acesso externo. É importante que essas áreas sejam acessíveis e atendidas pelas instalações de serviços. Embora não haja regras que determinem o tamanho ideal de um restaurante de hotel, de acordo com Andrade (1999), para garantir um padrão de qualidade dos serviços, recomenda-se um número aproximado de 100 lugares.
Áreas de Hospedagem As áreas de hospedagem podem representar de 65 a 85% da área do hotel, sendo assim, de grande representatividade na arquitetura do estabelecimento. Em edifícios de hotéis, costuma-se utilizar os conceitos de apartamento-tipo e andar-tipo, sendo este último o nome dado para o pavimento padrão de apartamentos de hospedagem, replicado nos demais pavimentos de hospedagem. A configuração do andar-tipo varia de hotel para hotel na medida que seus componentes básicos são organizados e dispostos de formas diferenciadas. As principais formas de configuração derivam: _ do tipo de corredor, que pode ser central, com apartamentos dos dois lados ou lateral _ da forma e da disposição das alas de apartamentos (em forma de quadrado, círculo, cruz, com átrio, etc.)
Andar-tipo Hotel Best Western Porto do Sol - Vitória, ES fonte: Andrade (1999)
_ da posição no andar das circulações verticais (escadas e/ou elevadores) de hóspedes e de serviços Assim, apresenta-se neste trabalho duas plantas de pavimentos-tipos de hoteis existentes, principalmente com o intuito de estudar os fluxos e programa de uma área de hospedagem.
Andar-tipo Hotel Caesar Park - São Paulo, SP fonte: Andrade (1999)
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_contextualização hotéis de lazer
localização
terreno
instalações
lobby
Os hotéis de lazer, classificação na qual se enquadram os hotéis-fazenda, têm, segundo Andrade (1999), seu maior atrativo na recreação e nos esportes, principalmente em espaços abertos de grande beleza natural. Apresenta-se no quadro ao lado uma síntese das principais características a serem consideradas nesse tipo de projeto. 14
. locais de grande beleza natural . disponibilidade de água e de infra-estrutura de energia e telecomunicações . respeito à legislação de proteção ao meio ambiente . grandes glebas com características topográficas para viabilizar as instalações pretendidas (parques aquáticos, quadras poliesportivas, campos de golfe, etc) . desejáveis: proximidade de praia, margens de rios, lagos e represas . piscinas como elementos de grande importância . áreas de carga e descarga e demais pátios de serviços devem ser convenientemente localizados de modo a afastá-los das vistas dos hóspedes . número de apartamentos suficiente para dar suporte econômico ao conjunto de instalações de recreação, esportes e eventos . instalações para congressos e reuniões ajudam a manter taxas médias de ocupação elevadas . deve ser considerada a necessidade e/ou conveniência de alojamento para funcionários e suas famílias . deve ser dimensionado com generosidade, em função da maior disponibilidade de tempo das pessoas para atividades sociais e convívio . a maior disponibilidade de tempo dos hóspedes motiva compras e necessidade de maior quantidade relativa de lojas
apartamentos
. nos hotéis de lazer, predominam grupos familiares. Os apartamentos, consequentemente, devem ser maiores para acomodar camas adicionais . devem ser previstos apartamentos especiais destinados a portadores de deficiências . armários maiores do que em outros tipos de hotéis, com pelo menos 1,50m de frente . os apartamentos devem ter a melhor vista. Alas de aparamentos distribuídos dos dois lados de um corredor devem ser posicionadas perpendicularmente à vista de maior interesse (praia, lago, rio, por ex.) . os quartos devem, sempre que possível, ser dotados de terraços com profundidade adequada (pelo menos 1,50m) e mobiliados com mesa, cadeira, espreguiçadeiras e/ou redes
estacionamento
. o número de vagas depende do tipo de transporte utilizado pelos hóspedes. Podem ser reduzidas praticamente a zero quando o acesso ao local é feita direta e exclusivamente por barco ou avião. Fonte: Andrade (1999)
referências projetuais
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_catuçaba farm Studio MK27
obra: fazenda catuçaba arquitetos: studio mk27 + lair reis local: catuçaba - SP ano do projeto: 2016 Implantada sobre um vale, numa altitude de 1.500 metros, a principal premissa do projeto, segundo os arquitetos, é de oferecer conforto ao usuário, servindo-se para isso da simplicidade no contato com a natureza local. O projeto adota um partido horizontal, estabelecendo uma relação harmoniosa com o entorno físico . Com 309m², o programa inclui sala de estar, sala de jantar, cozinha, três quartos e um escritório, além de terraços como ambientes de estar. A casa apresenta estrutura pré-fabricada em madeira FSC, se apoiando no terreno através dos pilares, sem que toque diretamente o
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solo. Desse modo, a fachada norte da casa fica suspensa, dando uma sensação de leveza ao conjunto. Tal estratégia responde bem à necessidade de construir em um terreno acidentado. O acesso à casa se dá pela fachada sul, na qual o nível da varanda se aproxima do nível do terreno. Quanto à configuração da planta baixa, o layout da casa deixa clara a ênfase dada aos visuais naturais e à área externa, uma vez que todos os quartos apresentam saída direta para a varanda frontal.
_casa lota macedo sérgio bernardes
obra: casa lota macedo de soares arquitetos: sérgio bernardes local: petrópolis - RJ ano do projeto: 1951 Construída em estrutura e telhas metálicas e vedada por pedra bruta, vidro e tijolo, a Casa Lota Macedo de Soares localiza-se no alto de um terreno pedregoso, com topografia acidentada, densa vegetação nativa e um pequeno riacho. Neste projeto, o arquiteto adotou um partido em alas, que se dispõem ao longo de um eixo longitudinal leste-oeste. São quatro as alas que se distribuem ao longo de tal galeria: zona de hóspedes e serviços a oeste, zona de jantar e cozinha a sul, zona de estar e escritório a norte, numa ala transversal; zona íntima da proprietária a leste, incorporando uma grande pedra existente no terreno, que deixa o volume da ala em balanço sobre o riacho.
Assim composta, a planta adapta-se à topografia do terreno e preserva ao máximo a vegetação, inclusive a tornando integrada ao projeto. Quanto à fachada, observa-se na composição um equilíbrio considerando o jogo de volumes e materiais. O módulo opaco foi elevado para que não transmitisse a sensação de peso, constrastando com a leveza do vidro, que compõe o restante do volume. Ainda, esse jogo de cheios e vazios reflete o programa da casa, já que os volumes mais fechados dizem respeito às áreas íntimas, enquanto os volumes mais abertos e permeáveis mostram as áreas mais sociais, como a sala de jantar com vedação em vidro.
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_casa varanda carla juaçaba
obra: casa varanda arquiteta: Carla Juaçaba local: Rio de Janeiro - RJ ano do projeto: 2007 fotografias: Fran Parente O projeto da casa é composto por 140m², com um programa constituído por duas suítes e área de estar integrada à cozinha, além de um lavabo e um depósito. Seu partido é compacto, de um volume único e linear. As principais características da obra são sua horizontalidade, o uso materiais leves e o emprego de varandas, reinterpretada no projeto – a casa é a própria varanda que se abre toda para o exterior, por meio de painéis de vidro, definindo de modo muito sutil os limites entre interior e exterior. Desse modo, essas características exercem importante papel na integração da casa com o contexto natural. Sua estrutura consiste em perfis de aço cortén
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pré-fabricados, montada em pórticos que são dispostos a cada 7,8m, criando a modulação da casa. Estes pórticos são ligados por vigas, que fazem o papel de travamento da estrutura. Na cobertura, foi usado o sistema de telhas sanduíches, que permite o uso de baixas inclinações. Além disso, a casa se encontra suspensa, em torno de 80cm em relação ao solo, ficando assim protegida da umidade e intempéries e de possíveis alagamentos. Ademais, um rasgo centralizado em vidro laminado divide a cobertura, criando um detalhe que exerce o papel de iluminação e de aumentar a integração interior-exterior.
_escola aldeia das crianças aleph zero + rosenbaum
obra: escola aldeia das crianças arquitetos: aleph zero + rosenbaum local: Formoso do Araguaia, TO ano do projeto: 2017 fotografias: Leonardo Finotti Projetada por Aleph Zero e Rosenbaum, tratase de uma unidade de ensino rural, localizada em Tocantins, região de clima quente (seco no verão e úmido no inverno) onde coexistem três biomas - Cerrado, Pantanal e Amazônia. O projeto se organiza fundamentalmente em duas vilas, uma masculina e outra feminina, conformados em 45 unidades. Contíguo aos dormitórios estão os espaços de convívio como sala de TV, espaço para leitura, varandas, pátios, redários entre outros. Todo o programa se distribui de forma a criar três pátios internos, nos quais se desenvolvem espaços de estar e interação entre os alunos. Com um partido horizontal, as medidas gerais do projeto são de aproximadamente 160x66m
e um pé-direito duplo, chegando, na parte mais alta, a aproximadamente 8m. Apesar das grandes dimensões, a obra pousa no terreno com leveza, com uma cobertura descolada, sustentada por finos pilares em madeira e blocos independentes, onde se desenvolve o programa. Além disso, uma característica marcante da obra é a aplicação de estratégias bioclimáticas condizentes com o clima local, cujo objetivo é de melhorar o conforto climático dos espaços. Exemplos disso são os grandes beirais e pédireito alto. Ainda, no projeto foram criadas zonas alternadas de pé-direito elevado e áreas fechadas soltas da cobertura, permitindo a circulação constante de ar.
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_escola aldeia das crianças
aleph zero + rosenbaum
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_sesc pantanal
obra: hotel sesc porto cercado arquiteto: desconhecido local: Poconé - MT ano do projeto: desconhecido O Hotel Sesc Porto Cercado, com atividades voltadas principalmente para o ecoturismo no Pantanal mato-grossense, localiza-se em Poconé- MT, às margens do rio Cuiabá. Tratase de um empreendimento da rede Sesc, caracterizado como unidade de Centro de Turismo e Lazer. Seu programa é composto por 142 unidades habitacionais, além de restaurante, dois auditórios, área de lazer com piscinas, salão social, academia de ginástica, cinema, pistas
para caminhada, passeios e o Eixo Ambiental, composto pelo Centro de Interpretação Ambiental, Borboletário, Coleção Entomológica e Formigueiro. Localizado em região de clima quente e seco, na maior parte do ano, o projeto traz a água como forte elemento de integração e bioclimático, apresentando ao longo de sua extensão, três lagos e três piscinas além do próprio rio, que exerce função significativa na área.
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_quadra san cristóbal e fonte dos amantes luís barragán
obra: quadra san cristóbal e fonte dos amantes arquiteto: Luís Barragán local: Cidade do México, México ano do projeto: 1969 Trata-se em um espaço equestre, criado por Barragán para uma comunidade de cavaleiros. O projeto consiste em uma casa principal com piscina, casa de hóspedes, área de estábulos, a Cuadra Sán Cristóbal, e a fonte dos amantes, a 80m da quadra, mas integrada à anterior por meio de planos que direcionam o percurso. Nesse projeto, Barragán explorou o uso da água, por ser agradável aos cavalos e como elemento atrativo visual e espacial. Com o uso deste elemento, ele marca os espaços e cria paisagens. Além disso, em cada um dos espelhos d’água, o arquiteto cria fontes de
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caráter escultórico e monolítico, compostas por grandes planos fechados. Ainda, uma característica marcante do projeto é o jogo compositivo entre muros cegos e perfurados por pórticos, que direcionam os percursos e delimitam os espaços. Esses pórticos são estratégicamente posicionados, de modo a não só permitir a passagem, mas também criar molduras para determinadas visuais valorizadas no projeto.
área de intervenção
23
_localização O projeto será implantado em um terreno localizado em São Lourenço de Fátima, distrito do município de Juscimeira, situado na zona rural. Além de São Lourenço, integram também o município os distritos de Irenópolis, Santa Elvira e Placa de Santo Antônio. Localizada a 160 km da capital, Cuiabá, de acordo com o censo 2010 do IBGE, a cidade conta com uma população de 11430 habitantes em uma área de 2720,481 km², com densidade populacional de 5,18 hab. /km². Apesar da grande área territorial, somente uma pequena parte do município apresenta ocupação urbana, como mostra a figura abaixo, apresentando enorme potencial de crescimento.
áreas de ocupação urbana
Ainda em relação às potencialidades de Juscimeira, a cidade possui diversos atrativos turisticos, naturais e voltados para o turismo rural, como thermas, cachoeiras, grutas, trilhas, etc. Uma das cachoeiras mais conhecidas da cidade, Cachoeira do Bispo, localiza-se a aproximadamente 2km do terreno em estudo, podendo, assim, ser explorada como ponto de interesse no projeto. Já no que se refere à legislação do município, existe uma lei vigente que determina que os distritos de Juscimeira devem seguir as mesmas leis e normas determinadas para a cidade. No entanto, de acordo com o Perfil dos Municipios Brasileiros (MUNIC), do IBGE, o munícipio não possui nenhuma legislação ou instrumento de planejamento, incluindo Plano Diretor, legislação sobre parcelamento do solo, zoneamento ou uso e ocupação do solo, solo criado ou outorga onerosa do direito de construir e código de obras. 24
Brasil
Mato Grosso
Juscimeira
Área de Estudo
_terreno e topografia O terreno localiza-se na área rural de Juscimeira, no distrito de São Lourenço de Fátima. Com uma área de 77.756m², ele apresenta um caimento, no sentido transversal, de 21m. É delimitado por duas vias ao norte e ao sul e a leste e oeste, faz fronteira com lotes de pequenos sítios, Além disso, se encontra a uma distância de aproximadamente 250m do Rio São Lourenço, de grande importância para a região. Como citado anteriormente, o lote não possui nenhuma legislação condutora ou instrumento de planejamento.
Situação
Corte
25
_sistema viário e transporte Aeroporto de Cuiabá
364 BR-
Localizada em uma zona rural, as vias da região em estudo não são asfaltadas, e, exceto por determinados pontos, não apresentam clara hierarquia entre si. O início da vila de São Lourenço de Fátima está delimitado pela rodovia MT-270, localizada a 380m do terreno escolhido, que liga a cidade de Rondonópolis (MT) a Guiratinga (MT), e a São José do Povo (MT). Essa mesma rodovia estadual chega, a 28km de distância, a uma das principais vias do Brasil, a BR-364. De abrangência nacional, ela passa por diversos estados, dados: São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre. É também a responsável por interligar a capital do estado, Cuiabá, à area de implantação do projeto. Ainda, por se tratar de um projeto de caráter turístico, é importante considerar a chegada ao local por meio de outros modais, como avião e ônibus, por exemplo. Os aeroportos mais próximos estão localizados em Rondonópolis, a 60,4km, e em Cuiabá, a 214km, sendo este último o Aeroporto Internacional Marechal Rondon. Para a viagem de ônibus, é possível recorrer a qualquer transportadora que passe por este trecho da rodovia BR-364, já que o ponto de entrada para a MT-270 é uma possível parada destes modais. Os 28km entre o encontro da BR-364 e MT-270 e o terreno do projeto não são cobertos por nenhuma empresa atualmente, portanto, para a implementação deste, seria necessário a previsão de transportes particulares que fizessem esse translado.
GSEducationalVersion
26
Aeroporto de Rondonópolis
Cuiabá Rondonópolis Guiratinga
270 MT-
_condicionantes climáticas ventos secundários
Uma vez que não foi possível ter acesso a dados de Juscimeira, foram selecionadas informações de temperatura de Rondonópolis, cidade mais vgundo a NBR 15220. Além das informações apresentadas graficamente, é importante ressaltar também que segundo estudos realizados pela Universidade Federal de Santa Catarina no projeto intitulado Projeteee (Projetando Edificações Energeticamente Eficientes), em 60% do ano acontece na cidade o desconforto causado pelo calor. Portanto, torna-se necessário dispensar especial atenção sobre mecanismos bioclimáticos para proteção do calor no projeto.
norte
ventos predominantes
oeste
leste
sul
GSEducationalVersion
Análise de Condicionantes Climáticas
27
projeto
28
_diretrizes projetuais _diretrizes projetuais
_conceitos _conceitos
estéticas Estética integrada com a paisagem Estética integrada com a paisagem Integração interior-exterior Integração interior-exterior Leveza Mínimo de alteração no relevo local
leveza natureza interiorizar
Leveza funcionais
Boa articulação entre os espaços Boa articulação entre os espaços Circulações bem definidas Circulação bem definida Integração entre áreas internas e área externa Integração entre áreas internas e área externa Visuais de qualidade Visuais de qualidade construtivas Método construtivo de baixo impacto Técnicas bioclimáticas adequadas ao local Não-impermeabilização do solo Método construtivo de baixo impacto
refúgio
aglomerado casa na árvore
resgate
acolhimento
vernacular natureza
conexão
vistas
sombra conforto
Não-impermeabilização do solo
29
_programa de necessidades
acessos
áreas sociais e recreativas
estacionamento
lobby
acesso funcionários
estar
docas de carga e descarga
banheiros sociais
recepção
restaurante principal
administrativo
banheiro restaurante
administração
restaurante piscina
gerência
piscina
sala de reuniões
vestiário
salas
redário
governança
área de pesca
banheiros
banheiros
serviço
copa de apoio
cozinha
estábulo
almoxarifado bebidas e alimentos
funcionários
almoxarifado geral
vestiários feminino e masculino
central de lixo
sala de descanso
engenharia e manutenção
refeitório
lavanderia
copa
rouparia UH’s apartamentos banheiros apartamentos apoios de serviço
30
_matriz de interações
31
_fluxograma átrio central
estábulo hall social
piscina externa
engenharia/ equipamentos
apoio pesca lavanderia apoio serviço
governança
rouparia
quartos
restaurante
administração
cozinha
refeitório funcionários
docas de recebimento
despensa
acesso fornecimento
depósito geral
recepção
acesso hóspedes
descanso funcionários
central lixo
vestiário funcionários fluxo hóspedes fluxo funcionários fluxo day-use
acesso funcionários 32
fluxo suprimentos
_fluxos
12
12
12
12
13
13
13
13
14
14
14
14
15
15
15
15
16
16 0% 20,5
17
17
0% 20,5
17
18
17
0% 20,5
16
16
0% 20,5
18
Uma questão de suma importância em projetos de hotelaria é o seu zoneamento e divisão de fluxos. É primordial que os fluxos de hóspedes e funcionários sejam bem marcados e que, preferencialmente, não haja cruzamento dos percursos relacionados aos serviços do hotel com os dos usuários. Tal clareza é amparada por um zoneamento adequado. Dessa forma, buscou-se no projeto a criação de zonas de um modo que possibilitassem a clara separação dos fluxos. Os caminhos tomados pelos hóspedes se dão principalmente no pavimento térreo e pavimento -1, zona dos quartos, além de áreas comuns e de lazer. Já os percursos de serviço, acontecem principalmente no pavimento -2 e se conectam aos quartos através de uma interligação exclusiva aos funcionários. Ainda, com a criação de uma área íntima reservada aos hóspedes, tornou-se possível definir os caminhos para usuários em modalidade day-use de tal maneira que o acesso a essas fiquem limitados. Além disso, concentrou-se o percurso do recebimento de suprimentos principalmente no pavimento -2, de onde são distribuídos para demais áreas.
18
18
19
19
19
19
20
20
20
20
21
21
21
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22
22
22
23
23
23
23
24
24
24
24
25
25
25
25
térreo - pav. -1
térreo - pav. -1
fluxo hóspedes
fluxo day-use
0% 15,0
GSEducationalVersion GSEducationalVersion
12 13 14 15 16 17
0% 20,5
10,00 %
10,00 %
18 19 20 21 22 23 24 25
pav. -1 - pav. -2
fluxo funcionários
pavimento -2
fluxo suprimentos
33
_zoneamento
12 13 14 15 16 17
0% 20,5
10,00 %
18
11
19
10
20
9
21
8
22
7
23
6
24
5
25
4 3 2 1
térreo
34
pavimento -2
restaurante
restaurante
áreas comuns
lobby
quartos
serviço
administrativo
áreas comuns
elemento água
estacionamento
serviço
jardins
elemento água
elemento água
ationalVersion
pavimento -1
_projeto
Com aproximadamente 15.000m² de área construída, o programa é constituído por 48 quartos , 2 restaurantes, áreas de lazer e recreativas, que incluem piscina, lago com apoio para pesca, redário e estábulo, além de áreas administrativas e de serviço. Assim, com um programa extenso e diverso, utilizou-se como principais conceitos na concepção de projeto o aglomerado e conexão. Para tanto, foram criados dois blocos, de recepção e de hospedaria, que abrigam grande parte das áreas do programa, se conectando através de circulações assinaladas por rampas e escadas. A partir do segundo, se desenvolve uma trama de deques que marcam possíveis fluxos de interligação às áreas de lazer, implantadas nas extremidades da área edificada do projeto. A área construída se concentra principamente na porção noroeste do terreno, mantendo uma parcela do terreno livre para a composição da paisagem, desenvolvimento das atividades rurais e de lazer e possibilitando a exploração dessas visuais abertas. Além disso, buscouse criar um partido com característica horizontalidade, para que a edificação estabelecesse uma relação harmoniosa com o contexto em que se insere. O terreno do projeto, com caimento de aproximadamente 27m, permite a criação de áreas em diferentes níveis. Assim, o bloco de entrada, que abriga recepção, área administrativa e estacionamento é implantado na parte de maior altitude do terreno, configurando a primeira vista do visitante. Já o bloco de hospedaria é implantado 2m abaixo, pousando no terreno a oeste, enquanto a leste fica suspenso. Dessa forma, o partido tira proveito dessa inclinação, gerando uma volumetria que se esconde ao transeunte da via de acesso e se expõe ao usuário à medida que ele vai conhecendo as áreas, gerando uma experiência de descoberta do espaço. perspectiva aérea do projeto
35
_estrutura
10,50
Para a concepção estrutural do bloco de quartos, buscou-se uma solução estrutural que admitisse maiores vãos com menores seções, e assim, permitisse a criação de módulos com áreas adequadas às necessárias 10,50 10,50 10,50 modo, optou10,50 para os quartos do hotel. Desse se pela construção em aço com o uso de pórticos espaciais. Com isso, foi possível criar uma malha estrutural de 10,50x10,50m, a qual direcionou a distribuição dos espaços. Durante o processo, foi feito um cálculo de pré-dimensionamento das estruturas, determinando-se as seções mínimas necessárias para que atendam à demanda e suportem os esforços.
10,50
10,50
10,50
10,50
10,50
10,50
10,50
10,50
10,50
10,50
10,50
pórtico
10,50
pórticos espaciais
36
GSEducationalVersion
_isométricas
implantação
térreo
pav. -1
pav. -2
37
_situação
GSEducationalVersion
GSEducationalVersion
8,00 %
8,00 %
_implantação
8,00 % 5,84 %
8,33 %
8,00 %
8,00 %
6,20 %
8,33 %
5,84 %
5,00 %
4,50 %
GSEducationalVersion
GSEducationalVersion
39
8,00 %
8,00 %
_térreo
8,00 %
1 2
5,84 % 5,84 %
2 8,33 % %
8,00 %
8,06
6,20 %
3
4
2 5
8,00 %
2 2
5
8
5 6
8,33 %
7 12 13 14 16 17
% ,50 20
18 19
9
10
20
9
21
8
22
7
24
5
25
4 3 2 1
40 GSEducationalVersion
4,50 %
23
6
restaurante banheiros cozinha lobby e recepção salas administração governança gerência sala de reuniões estacionamento
11
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.
15
GSEducationalVersion
_pavimento -1
6
6
5
8,00 %
8,00 %
4
8,00 %
2
% ,00 15
2 5,84 % 5,84 %
2
2
%
2 8,00 %
2
2
2
2
2
2 2
2
2
2
2
2
2 8,00 %
2 2
2
2
2
2 2
2 12
3
2
2
2
2
13 14
3 15
2
2
2
2
2
2
2
2
2 2
2
2
3 2
2 2
8,33 %
2
GSEducationalVersion
8,33 %
%
6,20 %
8,06
8,06
2
2
2
2
10,00 %
1. 2. 3. 4. 5. 6.
área social quartos apoio de serviço restaurante cozinha vestiários
4,50 %
41 GSEducationalVersion
8,00 %
8,00 %
_pavimento -2
10
8,00 %
1 1 % ,00 15
5,84 %
2
3
5,84 %
8,33 % %
8,00 %
8,06
6,20 %
4 5
6
8,00 %
7
8,33 %
8
12 13
vestiários funcionários sala de descanso funcionários refeitório funcionários recebimento almoxarifado bebidas e alimentos almoxarifado geral central de lixo engenharia e equipamentos lavanderia e rouparia central mezanino área de pesca
15
42
GSEducationalVersion
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.
14
GSEducationalVersion
9 10,00 %
4,50 %
8,00 %
8,00 %
_área de pesca
1
2 8,00 %
3 3 3
6,20 %
5,84 %
8,33 %
5,84 %
%
8,00 %
8,00 %
8,06
13
8,33 %
12 14 15
GSEducationalVersion
1. 2. 3.
redário copa banheiro
4,50 %
43 GSEducationalVersion
8,00 %
8,00 %
_estábulo
8,00 % 5,84 %
%
8,00 %
8,00 %
8,06
6,20 %
8,33 %
5,84 %
12 13 14
8,33 %
15
GSEducationalVersion
1. 2. 3. 4. 5.
44 GSEducationalVersion
baia sala veterinária selaria depósito banheiro
1
1
4,50 %
2
1
1 3
1
1 4
1
1 4
1
1 4
5
_quartos
10,50
3,55
1,55
suíte 58,53m²
4,13
1,18
quarto-tipo 28,60m²
2,95
4,13
4,13
10,50 2,95
10,50
4,13
1,18
10,50
10,50 3,55
10,50
1,55
0,15 1,55
1,93
2,18
1,70
2,60 1,38
1,00
10,50
1,18
0,87
0,15
1,38
2,95
4,13
0,87
3,55
10,50 0,15
1,55
1,93
2,18
1,70
2,60
27,25m²
0,15
quartos conjugados
1,38
1,38
2,95
0,87 1,00
apoio de serviço
1,18
variação da suíte
4,13
0,87
3,55
quartos acessíveis 34,38m²
GSEducationalVersion
45
_quartos
46 GSEducationalVersion
3,20
0,80
painel camarão muxarabi
4,05
veneziana
grandes varandas pé-direito elevado dispositivos de proteção solar lanternim venezianas aberturas zenitais
4,05
0,25
0,30
3,20
Considerando-se a localização do projeto e os aspectos bioclimáticos do local, como analisados anteriormente neste caderno, é necessário dispensar especial atenção sobre mecanismos para proteção do calor no projeto. Para tanto, o projeto busca melhorar a sensação de desconforto por calor nos ambientes com o uso de diversas técnicas. Com o objetivo de aumentar o sombreamento, foram criados em todos os quartos grandes varandas, de 1,8m, configurando espaços de estar utilizáveis pelos hóspedes, mas que ajudam também na melhoria do conforto climatico. Além disso, foram pensados para a fachada, dispositivos de proteção solar, com paineis camarão muxarabis, que evitam a incidência solar direta nos interiores, impedindo a manifestação de calor excessivo. Esses paineis atuam também aumentando a privacidade dos hóspedes quando necessário e, pela facilidade de ajuste de sua posição, é de fácil utilização pelo usuário. Outra estratégia utilizada foi o pé-direito elevado, com 3,20m de altura. Este contribui para uma boa ventilação do ambiente, além de fazer com que a massa de calor se concentre a uma distância maior do usuário. Nos corredores, lanternins trazem iluminação e ventilação natural. Ainda, foram utilizadas também venezianas nas paredes dos quartos voltadas para o corredor interno, possibilitando a manutenção de uma ventilação cruzada constante. Para a ventilação dos banheiros, emprega-se a solução de abertura zenital, a qual é coberta pelos lanternins, recuados sobre essas áreas para protegê-las da chuva e incidência solar direta.
2,40
mecanismos bioclimáticos
2,53
_cortes
+7,65 3 Cobertura
+4,85 2 Cobertura Hospedagens +3,45 1 Lobby/Restaurante
+1,45 0 Hospedagens +0,55 -1 Docas/Almoxarifado
-1,60 -2 Pesca Mezanino
-5,86 -6 Apoio Pesca -7,19 -7 Estábulo
+7,65 3 Cobertura
+4,85 2 Cobertura Hospedagens +3,45 1 Lobby/Restaurante
+1,45 0 Hospedagens +0,55 -1 Docas/Almoxarifado
-1,60 -2 Pesca Mezanino
-5,86 -6 Apoio Pesca -7,19 -7 Estábulo
GSEducationalVersion
47
_cortes
+7,65 3 Cobertura
+4,85 2 Cobertura Hospedagens +3,45 1 Lobby/Restaurante
+1,45 0 Hospedagens +0,55 -1 Docas/Almoxarifado
-1,60 -2 Pesca Mezanino
-5,86 -6 Apoio Pesca -7,19 -7 Estábulo
GSEducationalVersion
48
_cortes
+7,65 3 Cobertura
+4,85 2 Cobertura Hospedagens +3,45 1 Lobby/Restaurante
+1,45 0 Hospedagens +0,55 -1 Docas/Almoxarifado
-1,60 -2 Pesca Mezanino
-5,86 -6 Apoio Pesca -7,19 -7 Estábulo
+7,65 3 Cobertura
+4,85 2 Cobertura Hospedagens +3,45 1 Lobby/Restaurante
+1,45 0 Hospedagens +0,55 -1 Docas/Almoxarifado
-1,60 -2 Pesca Mezanino
-5,86 -6 Apoio Pesca -7,19 -7 Estábulo
GSEducationalVersion
49
_elevações
+7,65 3 Cobertura
+4,85 2 Cobertura Hospedagens +3,45 1 Lobby/Restaurante
+1,45 0 Hospedagens +0,55 -1 Docas/Almoxarifado
-1,60 -2 Pesca Mezanino
-5,86 -6 Apoio Pesca -7,19 -7 Estábulo
+7,65 3 Cobertura
+4,85 2 Cobertura Hospedagens +3,45 1 Lobby/Restaurante
+1,45 0 Hospedagens +0,55 -1 Docas/Almoxarifado
-1,60 -2 Pesca Mezanino
-5,86 -6 Apoio Pesca -7,19 -7 Estábulo
GSEducationalVersion
50
_elevações
+7,65 3 Cobertura
+4,85 2 Cobertura Hospedagens +3,45 1 Lobby/Restaurante
+1,45 0 Hospedagens +0,55 -1 Docas/Almoxarifado
-1,60 -2 Pesca Mezanino
-5,86 -6 Apoio Pesca -7,19 -7 Estábulo
+7,65 3 Cobertura
+4,85 2 Cobertura Hospedagens +3,45 1 Lobby/Restaurante
+1,45 0 Hospedagens +0,55 -1 Docas/Almoxarifado
-1,60 -2 Pesca Mezanino
-5,86 -6 Apoio Pesca -7,19 -7 Estábulo
GSEducationalVersion
51
GSEducationalVersion
GSEducationalVersion
GSEducationalVersion
GSEducationalVersion
referências bibliográficas
62
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63
64