Resgate Cultural, Revista Senhor

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UM RESGATE CULT

SENH


TURAL DA REVISTA

HOR




SUMÁRIO

04. 06. 08. 12. 16. 34. 44. 45. 74.

BRIEFING REVISTA SENHOR PÚBLICO-ALVO EDITORA LIVROS CONCORRENTES DIRETRIZ VISUAL PROPORÇÕES CONTEÚDO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


BRIEFING

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Este projeto tem como objetivo principal, realizar um resgate cultural da Revista Senhor, focando em sua plasticidade e os responsáveis desta. Carlos Scliar, Glauco Rodrigues, Bea Feitler e Jaguar. Utilizando o livro, como suporte ao projeto.

A revista Senhor foi um ponto crucial na história gráfica brasileira. Entre a escolha da revista Senhor entre outros exemplos de importância gráfica no Brasil, se justifica o fato da presença projetual desta, a responsabilidade editorial e gráfica. Tudo significa, um mero anúncio seria adaptado para o flow gráfico e visual.

“Os grandes momentos de Senhor ocorrem quando imagem, texto e diagrama combinamse de tal modo que cada um desses aspectos está inapelavelmente relacionado aos outros dois. (...) O design alimenta e é alimentado por outras linguagens.” (MELO, 2006). A última edição da revista foi publicada em 1964, o que torna seu acesso complexo e


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difícil, não estando disponível ao público. E quando abordada, encontra-se somente em meio acadêmico. É abordada primordialmente, com enfoque à sua linguagem escrita, ao jornalismo cultural. Visa-se assim, o resgate cultural de sua plasticidade, apresentando também os responsáveis pela revista, suas referências e

caminhos como metodologia de compreensão do todo. Utilizando para isto, o livro como suporte, para assim preencher uma lacuna na estante da trajetória do design brasileiro.


REVISTA SENHOR

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A revista Senhor foi lançada em março de 1959 e perdurou até 1964. Projeto Gráfico financiado por Simão Weissmann, com o intuito de publicar o crème de la crème da Editora Delta, ligado ao contexto de 50 anos em 5 de JK, deveria representar o que havia de mais moderno em termos editoriais no Brasil. Seu público formado por homens, representavam a intelectualidade brasileira. Dirigida por Nahum Sirotzky como editor chefe e Carlos Scliar como diretor de arte, posteriormente também por Glauco Rodrigues, a Revista Senhor se tornou um espaço experimental no sentido gráfico. Seu projeto editorial inovador, rompia colunas, sangrava páginas sem temor, e testava o limite técnico da época.

A revista tratava o jornalismo cultural, abordava pautas como política, cultura, literatura e artes plásticas; contribuintes para a revista foram Clarice Lispector, Millôr Fernandes, Jorge Amado, e muitos outros grandes nomes.



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PÚBLICO-ALVO

Elaborando uma defininição mais detalhada do público alvo consumidor deste projeto, este é, brasileiro, portador de alto interesse cultural, ávido leitor de livros, como também assinante da Bravo, Serrote e Piauí, onde vez ou outra o próprio se faz presente na seção de “carta do leitor”. Se vê contente pelo fato da Bienal de São Paulo e a Bienal do Mercosul não coincidirem no mesmo ano. Pois este, necessita de tempo para bem analisar seus conteúdos. Frequenta museus, e possui carteirinha no Instituto Moreira Salles, como também possui a do cinema, da biblioteca e do café, onde o chamam pelo primeiro nome.

De personalidade única, sociável, preza suas amizades através de longas conversas. Viajar com alguma delas, rumo à um bom concerto ou a Flip, é de seu agrado. Por fim, considera um bom vinho e Chico Buarque a combinação perfeita para ir dormir.

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PÚBLICO ALVO

/ PAINEL DE MARCAS



EDITORA


A editora escolhida para a publicação do projeto editorial proposto é a Cosac Naify. Brasileira, fundada em 1996 pelo dândi milionário Charles Cosac e seu cunhado, possui mais de 800 títulos públicados, com uma tiragem de em média 5 mil exemplares por título. A editora possui seu foco em publicações de cunho artístico e cultural, onde uma de suas categorias, “Design”, se subdivide em “Design Brasileiro”, onde o projeto proposto se define. Possui várias premiações editoriais e literárias, uma das causas devido a sua alta qualidade técnica e cuidado editorial, fato crucial

também para o projeto aqui elaborado.

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EDITORA

/ INTERESSES E PÚBLICO

+ Antropologia + Arquitetura + Arte + Bibliotecas e livros online + Blogs e sites de literatura e artes + Cinema + Fotografia e artes visuais + Design + Designers e tipógrafos + Ensaio de crítica cultural e literária + Escritores brasileiros + Ilustradores e quadrinistas + Jornalismo cultural e literário + Museus, fundações e galerias nacionais + Museus, fundações e galerias internacionais + Revistas e jornais antigos + Revistas de ficção + Autores da Cosac Naify


Na página ao lado, a figura da esquerda, mostra uma listagem de palavras chave, retiradas do blog da editora Cosac Naify. http://editora.cosacnaify.com.br/blog/ As palavras referem-se aos assuntos abordados no site, e quanto maior a sua aparência, maior é o número de postagens do mesmo. Constata-se assim, uma clara sintonia deste público com o público definido ao projeto abordado.

Já a lista de palavras à direita, também encontrada no blog da editora, representa uma série de links, de assuntos que a própria Cosac Naify não aborda, mas recomenda.

Tópicos como “Blogs e sites de literatura e artes”, “Ensaio de crítica cultural e literária”, “Escritores brasileiros”, “Ilustradores e quadrinistas”, “Jornalismo cultural e literário” e “Revistas e jornais antigos”, são também temas abordados na Revista Senhor, e que constarão no projeto do livro. Um interesse da editora Cosac Naify ao projeto deste trabalho, pode assim, ser interpretado como verdadeiro, como também um grande interesse de seu público.

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LIVROS CONCORRENTES

/ O DESIGN GRÁFICO BRASILEIRO: ANOS 60

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TÍTULO: O design gráfico brasileiro: anos 60 EDITORA: Cosac Naify ORGANIZADOR: Chico Homem de Melo ANO: 1a. edição, 2006 PREÇO: R$ 82,00 ESPECIFICAÇÕES: Brochura, Cartaz que envolve a capa DIMENSÕES: 226 x 172 x 21 mm NÚMERO DE PÁGINAS: 304 NÚMERO DE ILUSTRAÇÕES: 514 PESO: 900g ISBN: 9788575037270 PRÊMIOS: Suzano Papel e Celulose EM: 2008 PRÊMIO: 7º Prêmio Max Feffer de Design Gráfico CATEGORIA: Editorial [3º lugar] PREMIADOS: Projeto gráfico de Elaine Ramos


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Câmara Brasileira do Livro [CBL] EM: 2007 PRÊMIO: 49º Prêmio Jabuti CATEGORIA: Arquitetura e Urbanismo, Fotografia, Comunicação e Artes PREMIADOS: Chico Homem de Mello


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SINOPSE: Segundo volume da coleção iniciada por O design brasileiro antes do design, este livro dá continuidade ao projeto editorial pioneiro de traçar uma história do design gráfico nacional. Partindo de um rico panorama da cena mundial dos anos 1960, a obra retrata e discute o que pode ser considerado como o período de consolidação do design gráfico brasileiro. Nos capítulos “Design de livros:muitas capas, muitas caras” e “Design de revistas: Senhor está para a ilustração assim como a Realidade está para a fotografia”, Chico Homem de Melo mostra a relação entre o desenvolvimento da indústria editorial brasileira e do design gráfico a partir da década de 1960, impulsionados pelo aumento

e sofisticação do público. O design do baiano Rogério Duarte é abordado no texto de Jorge Caê Rodrigues. O capítulo “A identidade visual toma corpo”, de autoria de André Stolarski, trata da consolidação da identidade visual no Brasil, tanto pela qualidade dos trabalhos como pela atitude profissional. No capítulo “De costas para o Brasil: o ensino de um design internacionalista”, João de Souza Leite discute o ensino de design no país a partir de uma análise aprofundada do exemplo emblemático da Esdi (Escola Superior de Desenho Industrial). Além de importante compilação iconográfica, com 514 imagens reunidas – entre elas, numerosas peças gráficas raras –, esta é uma


obra de referência não só para designers, mas também para todos os interessados pela cultura do país.

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LIVROS CONCORRENTES

/ O DESIGN BRASILEIRO ANTES DO DESIGN: ASPECTOS DA HISTÓRIA GRÁFICA, 1870-1960

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TÍTULO: O Design Brasileiro Antes do Design: Aspectos da História Gráfica, 1870-1960 EDITORA: Cosac Naify ORGANIZADOR: Rafael Cardoso ANO: 1a. edição, 2005 PREÇO: R$ 72,00 ESPECIFICAÇÕES: Brochura, Cartaz que envolve a capa DIMENSÕES: 226 x 172 x 26 mm NÚMERO DE PÁGINAS: 360 NÚMERO DE ILUSTRAÇÕES: 225 PESO: 860g ISBN: 9788575034280t PRÊMIOS: Câmara Brasileira do Livro [CBL] EM: 2006 PRÊMIO: 48º Prêmio Jabuti CATEGORIA: Capa PREMIADOS: Projeto gráfico de Elaine Ramos


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Museu da Casa Brasileira [MCB] EM: 2005 PRÊMIO: 19º Prêmio Design CATEGORIA: Melhor publicação em design PREMIADOS: Rafael Cardoso


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SINOPSE: O Design Brasileiro Antes do Design, reúne projetos de livros, ilustrações, revistas, rótulos de embalagens, capas de jornais, baralhos e a trajetória profissional de personagens fundamentais da indústria gráfica e editorial provam que a atividade projetual relacionada à produção e ao consumo no país é anterior à institucionalização da profissão de designer ou de desenhista industrial --e à inauguração do Instituto de Arte Contemporânea do Museu de Arte de São Paulo (1951) e da Escola Superior de Desenho Industrial (Esdi), no Rio (1963), esta última fortemente influenciada pelo ideário da escola alemã de Ulm, a herdeira direta da Bauhaus. Segundo o autor, os anos 1950 e 1960

marcam uma mudança de paradigma, com a consciência do design como conceito, profissão e ideologia. Mas a cultura projetual começara bem antes.


LIVROS CONCORRENTES / DESIGN VISUAL - 50 ANOS

TÍTULO: Design Visual - 50 Anos EDITORA: Cosac Naify AUTOR: Alexandre Wollner ANO: PREÇO: R$ 159,00 ESPECIFICAÇÕES: Impresso em papel especial, Brochura DIMENSÕES: 303 x 215 x 35 mm NÚMERO DE PÁGINAS: 336 NÚMERO DE ILUSTRAÇÕES: 336 PESO: 1800g ISBN: 8575031430 PRÊMIOS: -

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SINOPSE: Toda a trajetória do designer gráfico e artista plástico Alexandre Wollner (1928) está contemplada neste volume autobiográfico. Desde os primeiros trabalhos nos anos 1950, com criações especialmente feitas para o professor Pietro Maria Bardi e para as comemorações do IV Centenário de São Paulo, sob inspiração concretista, até programas de identidade visual recentes. Textos e imagens analisam minuciosamente o processo de elaboração de marcas extremamente duradouras para empresas como Ultragaz, Itaú e Klabin. Impresso em papel especial e com projeto do próprio Wollner, o livro constitui referência obrigatória para pesquisadores e alunos de design e outros cursos na área da

comunicação. Inclui bibliografias, glossário e um making of da própria edição.


LIVROS CONCORRENTES

/ COLEÇÃO MODA BRASILEIRA I - ALEXANDRE HERCHCOVITCH, GLORIA COELHO, LINO VILLAVENTURA, RONALDO FRAGA E WALTER RODRIGUES

TÍTULO: Coleção Moda Brasileira I - Alexandre Herchcovitch, Gloria Coelho, Lino Villaventura, Ronaldo Fraga e Walter Rodrigues. EDITORA: Cosac Naify ORGANIZAÇÃO: João Rodolfo Queiroz , Reinaldo Botelho ANO: PREÇO: R$ 210,00 ESPECIFICAÇÕES: DIMENSÕES: 205 x 144 x 76 mm NÚMERO DE PÁGINAS: NÚMERO DE ILUSTRAÇÕES: PESO: 2.210 KG ISBN: 9788575036693 PRÊMIOS: Bienal Ibero-americana de Design Em: 2010 Obra selecionada para exposição na segunda edição do eventos Contemplados: Cosac Naify / Elaine Ramos

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Suzano Papel e Celulose Em: 2008 Prêmio: 7º Prêmio Max Feffer de Design Gráfico Categoria: Editorial [1º lugar] Premiados: Projeto gráfico de Elaine Ramos

AIGA Em: 2008 Prêmio: 50 Books/50 Covers Categoria: Projeto gráfico Premiados: Elaine Ramos

COLATINGRAF - Conf. Latino-Americana da Indústria Gráfica Em: 2008 Prêmio: XVII Concurso Latino-Americano de Produtos Gráficos Theobaldo De Nigris Categoria: Impressos a 4 ou mais cores com capa artesanal Premiados: Letícia Mendes; Gráfica Geográfica


SINOPSE: A coleção, iniciativa inédita no mercado editorial brasileiro, traça um panorama da moda contemporânea através da trajetória de cinco dos mais importantes estilistas do país: Alexandre Herchcovitch, Gloria Coelho, Lino Villaventura, Ronaldo Fraga e Walter Rodrigues. Os livros vêm acondicionados numa caixa de cartão e contam com sobrecapas especialmente desenhadas, além de outros detalhes exclusivos. Cada um dos volumes procura traduzir graficamente a personalidade e as linhas gerais de cada criador. Assim, Alexandre Herchcovitch, com texto de Charles Cosac, traz uma cronologia em ordem inversa, das raízes underground do estilista, nos anos 1990, até as requintadas

campanhas publicitárias que ele passou a dirigir em meados dos anos 2000. Já o volume dedicado a Gloria Coelho, com prefácio de Regina Guerreiro, aproxima seu projeto visual do forte sentido autoral dessa estilista; enquanto o livro Ronaldo Fraga promove uma assemblage entre fotos de desfiles históricos e exemplos de seu requintado desenho ou de seu barroco acervo de antiguidades gráficas. Walter Rodrigues, com texto principal de Eva Joory, publica esclarecedoras imagens de sua privilegiada biblioteca de pesquisa; enquanto Lino Villaventura destaca o forte sentido dramático desse “cozinheiro de panos” (conforme o texto de quarta capa da colunista Nina Horta), apresentando também seu trabalho em teatro e cinema. Todos os volumes incluem cronologia

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detalhada, constituindo n達o apenas material de pesquisa fundamental para estudantes e profissionais da moda, mas motivo de deleite para qualquer amante da arte.


CADERNO ALEXANDRE HERCHCOVITCH NÚMERO DE PÁGINAS: 160 NÚMERO DE ILUSTRAÇÕES: 179 DIMENSÕES: 199 x 142 x 15 mm PESO: 430g

RONALDO FRAGA NÚMERO DE PÁGINAS: 160 NÚMERO DE ILUSTRAÇÕES: 190 DIMENSÕES: 200 x 140 x 15 mm PESO: 430g

CADERNO GLORIA COELHO NÚMERO DE PÁGINAS: 160 NÚMERO DE ILUSTRAÇÕES: 79 DIMENSÕES: 200 x 142 x 15 mm PESO: 420g

WALTER RODRIGUES NÚMERO DE PÁGINAS: 160 NÚMERO DE ILUSTRAÇÕES:114 DIMENSÕES: 200 x 140 x 14 mm PESO: 430g

LINO VILLAVENTURA NÚMERO DE PÁGINAS: 160 NÚMERO DE ILUSTRAÇÕES: 120 DIMENSÕES: 200 x 140 x 15 mm PESO: 430g

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LIVROS CONCORRENTES

/ HISTÓRIA DO DESIGN GRÁFICO

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TÍTULO: História do Design Gráfico EDITORA: Cosac Naify AUTOR: Philip B. Meggs ANO: 1ª Edição - 2009 PREÇO: R$ 198,00 ESPECIFICAÇÕES: Encadernado, capa dura revestida por tecido. DIMENSÕES: 262 x 220 x 53 mm NÚMERO DE PÁGINAS: 720 NÚMERO DE ILUSTRAÇÕES: 1300 PESO: 2240g ISBN: 9788575037751 PRÊMIOS: -


SINOPSE: Fundamental na formação de várias gerações de designers em todo o mundo, História do design gráfico, de Philip B. Meggs (1942-2002), chega agora ao Brasil em sua mais recente edição, revista e atualizada pelo historiador e designer Alston W. Purvis, ilustrada com 1.300 imagens coloridas. Considerado a mais completa história do design gráfico até hoje, o livro toma como marco zero as pinturas rupestres de Lascaux, realizadas há mais de 10 mil anos, passando pela invenção da escrita, as origens da imprensa no oriente e no ocidente, a Revolução Industrial, as vanguardas do início do século XX, chegando ao design pósmoderno e a era digital nos séculos XX e XXI. Embora o espectro coberto por História do design gráfico seja verdadeiramente

monumental, seu discurso é construído com relatos e exemplos sucintos e cuidadosamente selecionados, prestando-se tanto à pesquisa conceitual como à investigação factual e de repertório. Uma extensa bibliografia dividida por capítulos facilita o aprofundamento dos temas abordados. A edição brasileira foi inteiramente rediagramada e incluiu uma abrangente revisão qualitativa das imagens reproduzidas, resultando numa publicação que, além de indispensável, chega ao mercado nacional amadurecida e aperfeiçoada.

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LIVROS CONCORRENTES / ANÁLISE

R$ 159,00 R$ 198,00 R$ 72,00 R$ 82,00 R$ 210,00 336 PÁG. 720 PÁG. 360 PÁG. 304 PÁG. 5x 160 PÁG. QUALIDADE / MUITAS IMAGENS / ACABAMENTOS ESPECIAIS


Os livros aqui analisados, podem fomentar um interesse em potencial do possível comprador do livro do projeto, abordam em suma o tema design brasileiro. São coincidentemente todos editados pela Cosac Naify, de alto custo, apresentam uma alta qualidade de produção e impressão. Possuem ainda acabamentos especiais como sobrecapas e revestimento em tecido. Elegendo-se estes livros como concorrentes, o projeto abordado deverá trabalhar com a materialidade e a alta qualidade de seu objeto.

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DIRETRIZ VISUAL

DESCONS INFOGRテ:ICOS CONTRASTE


TRUÇÃO

MATERIALIDADE


DIRETRIZ VISUAL / DESCONSTRUÇÃO

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Tratar a revista senhor como um jogo quebracabeça, onde cada página é uma peça, e após a compreensão de cada uma, poder se montar o jogo, e ter a visualização do todo. Como plasticidade aqui, apresentar as capas e páginas da revista como fác-símile. O livro Bibliográfico da Cosac Naify e Type. A Visual History of Typefaces & Graphic Styles da Taschen, usam tal estética fác-símile como modo de apresentação do tema abordado.


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DIRETRIZ VISUAL / INFOGRÁFICOS

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Utilizar a técnica de infográficos como metodologia de apresentação, demonstrando o domínio do conteúdo. Modo gráfico e construtivista de significado. Como por exemplo o infográfico da página ao lado, onde as marcações em vermelho representam noticias relacionadas à violência.


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DIRETRIZ VISUAL / MATERIALIDADE

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Visto os livros concorrentes, que possuem alta qualidade e acabamentos especiais. E também como releitura semântica da Revista Senhor, que possui várias encadernações diferenciadas em suas edições. O projeto editorial aqui proposto não deve temer em utilizar tais processos, buscando significar também a sua materialidade.


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DIRETRIZ VISUAL / CONTRASTE

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Como a Revista Senhor possui um alto nível de qualidade editorial, o cuidado com o contraste do que é a revista, e do que é o livro em si, deve ser claro. Livro e revista não devem ser confundidos. Como exemplo, trago imagens do livro, PENGUIN 75 - Designers, Authors, Commentary (the Good, the Bad...), tratase de uma compilação das melhores capas dos últimos 75 anos da editoria Penguin, anexando à imagem da capa, comentários e especificações de quem foram os responsáveis desta.


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PROPORÇÕES

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O livro, terá as proporções 32 x 23,5cm, exatamente o mesmo tamanho da Revista Senhor. Em comparação, o tamanho dos livros citados como concorrrentes.

32 x 23,5 cm


CONTEÚDO

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1

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CONTEXTO HISTÓRICO

CARLOS SCLIAR GLAUCO RODRIGUES BEA FEITLER

REVISTA SENHOR


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O conteúdo do projeto de livro, se forma por 3 motes principais. Primeiramente, pelo contexto histório, situando o leitor no período da publicação da Revista Senhor. Seguindo pela apresentação dos responsáveis da plasticidade da Senhor. Estes, Carlos Scliar, Glauco Rodrigues e Bea Feitler. Contendo sua biografia e referências. E por último então, após todo um embasamento fornecido ao leitor, a análise e apresentação gráfica da espetacular Revista Senhor.


1958

1956

EXPOSIÇÃO NACIONAL DE ARTE CONCRETA

BOSSA NOVA

1956 - 1961 JUSCELINO

KUBISCHEK


1961

YURI GAGARIN A TERRA É AZUL!

1961 - 1964 PRIMEIRO FUSCA BRASILEIRO

JOÃO GOULART

GOLPE DE 64 INÍCIO DA DITADURA

1959

1964


CARL SCLIA


LOS AR




CARLOS SCLIAR

“Para Scliar a vida conta em seus mínimos detalhes. Pode ele não ser talvez - por se tratar de artista notavelmente equilibrado - um participante desabrido, no sentido picasseano, pois em Scliar a coragem de viver é sempre amenizada por uma grande ternura por tudo o que existe. É difícil encontrar criatura menos egoísta. Mas ele é também o contrário de um alienado. Sua arte traduz um refinamento orgânico, fruto de sua evolução como homem; constitui uma síntese sem perda de substância. Sente-se que o artista domou os elementos mais dramáticos de sua experiência vital no sentido de uma comunicação talvez menos pungente, mas certamente mais pura na acepção platônica do termo. E nisso ele

se aparenta - guardadas as proporções históricas - a um Mallarmé no campo da poesia. Buscando extrair dos objetos (que são, ademais de criação do homem, seus melhores amigos) o máximo de sua essencialidade, Scliar revela de saída, para quem souber ver, toda a pureza de seu humanismo dialético, do seu intenso mas disciplinado amor pelo homem através do que o homem cria com suas próprias mãos. E embora as coisas e objetos - ou seja, as formas - não prevaleçam na sua atual pintura como os valores mais intencionais, são eles os instrumentos de sua constante pesquisa do mistério desse choque sem ruído da luz sobre as coisas e objetos, do qual nasce a cor. Num artista humanamente menos consciente, isso poderia parecer um exercício estéril, como o que,

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mutatis mutandis, compromete a meu ver a arte poética de Valéry. Mas em Scliar o prazer quase infantil que o artista tem em jogar com esse trinômio luz-objeto-cor, resulta positivo porque na contextura de seus quadros, no seu discreto figurativismo, existe latente o sentimento de dádiva, de comunicação. Como se o pintor oferecesse ao homem, seu semelhante, certos segredos e nuançcas de sua própria obra que este, sempre voltado para o prosaismo do seu cotidiano, não pudesse ou não soubesse mais ver.” Vinícius de Morais Roma, 1963


GLAU

RODRI


UCO

IGUES




GLAUCO RODRIGUES

Pedra. Madeira. Linóleo. Metal. Nada disto é tela, mas tudo vira tela nas mãos do artista gráfico.

de todas as evocações e paradoxos.

Se a pintura é um mergulho, a arte gráfica é a arte das superfícies. A arte do que estiver à mão.

E acima de tudo a técnica do Glauco. O seu admirável saber fazer, em qualquer superfície. Ninguém como ele combinou sensualidade e rigor artesanal e fez um retrato tão preciso deste carnaval.

A arte gráfica não discrimina o que a contem. Folheto. Pôster. Programa. Capa. Ilustração. Seja para o que for que se destina, é arte.

Na sua obra gráfica, como na sua pintura, o Glauco nunca deixou de dizer: que país curioso este nosso, e que país bonito.

Pampa. Brasil colonial. Brasil um minuto antes da descoberta misturado com o Brasil de agora. Nossas cores e nossas sombras. São Sebastião e a moça de biquíni, nosso martírio e nossa redenção embaixo do mesmo sol. Num flagrante ou numa composição, o Brasil

Luís Fernando Veríssimo O Universo Gráfico de Glauco Rodrigues, 2011

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BEA FEITL


LER




BEA FEITLER

Amiga de Andy Warhol, Cecil Beaton, Truman Capote, Annie Leibovitz e Helmut Newton, Bea foi a carioca menos deslumbrada que já habitou Manhattan. Alta, atlética e elegante, fez parte da revolucionária turma do Arpoador nos anos 50, com seus amigos Arduíno e Marina Colasanti, Ira Etz, Jomico Azulay, Roberto Menescal, Jorge Paulo Lemann e Caio Mourão, entre outros. Uma turma que vivia anos à frente de seu tempo. Aos 23 anos, Bea Feitler, depois de uma passagem pela editoria de arte da revista Senhor, ao lado de Jaguar e Caio Mourão, chefiada por Carlos Scliar e Glauco Rodrigues, mudou-se para Nova Iorque e, com a indicação de Marvin Israel, seu professor na Parsons The New School for Design, foi

trabalhar na revista Harper’s Bazaar. Lá, com Ruth Ansel, desenhou a antológica capa de Abril de 65, que transformou a foto de Jean Shrimpton, feita pelo fotógrafo Richard Avedon, em um dos ícones dos anos 60. Bea continuou seu vôo desenhando posters para os Beatles, campanhas para Calvin Klein e livros como Cole [71], The Gershwings [73] e The Beatles [80]. Voltou à editoria de arte nas revistas Ms [a revista do movimento de liberação da mulher]; e à cultuada Rolling Stone. Ipanemense da gema, Bea Feitler teve uma das mais bem sucedidas carreiras como artista gráfica, na efervescente Nova Iorque dos anos 60, 70 e 80. Por tudo isso, ninguém se surpreendeu quando, nos anos 70, a revista National Observer a elegeu a melhor diretora

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de arte do mundo. Cosmopolita, culta, apaixonada por música, ballet, cinema, família, amigos e liberdade, Bea espalhou admiradores pelo mundo, até 1980, quando um câncer interrompeu sua trajetória precocemente e a fez voltar ao Rio, onde morreu, aos 44 anos. Ruy Castro Ela é Carioca. Uma enciclopédia de Ipanema, 1999


REVI SENH


ISTA HOR







REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BASSO, Eliane Fátima Corti. Revista Senhor: modernidade e cultura na imprensa brasileira. Universidade Metodista de São Paulo (tese de doutorado em comunicação social), 2005. CASTRO, Ruy. Ela é Carioca - Uma enciclopédia de Ipanema. Companhia das Letras,1999. CAVA, Antonio. O Universo Gráfico de Glauco Rodrigues. Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba: Caixa Cultural, 2011. CORREA, Thomas Souto (ed.). A Revista no Brasil. São Paulo: Abril, 2000. MELO, Chico Homem de. O Design Gráfico Brasileiro: Anos 60. Cosac & Naify, 2006. NIEMAYER, Lucy Carlinda da Rocha. O design gráfico da revista Senhor: uma utopia em circulação. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. (Tese de doutorado em comunicação e semiótica), 2002. SARMENTO, Fernanda. Design editorial no Brasil: revista Senhor. São Paulo: Universidade de São Paulo (dissertação de mestrado em artes), 2000.


SARMENTO, F.; SÁ, T. . Revista Senhor, talento e tom. Revista ARC Design, São Paulo, p. 20, Junho/julho. 2001. SCLIAR, Carlos. Carlos Scliar: pinturas recentes. São Paulo: André Galeria de Arte, 1985. TREFAUT, Maria da Paz. Uma carioca nas altas rodas. Revista Vogue, São Paulo, p.71, Abril. 2011. VOGEL, Daisi Irmgard. Senhor e as Mulheres, 1959. Caligrama (ECA/USP. Online), v.3, p.10, 2007. http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI4889056-EI6581,00-Apos+recriar+Imprensa+Oficial +de+SP+Alqueres+deixa+editora.html

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Edições de Senhor consultadas (coleção de Cleber Teixeira) Senhor. Rio de Janeiro, ano 1, n. 01, mar. 1959. Senhor. Rio de Janeiro, ano 1, n. 03, mai. 1959. Senhor. Rio de Janeiro, ano 1, n. 05, jul. 1959. Senhor. Rio de Janeiro, ano 1, n. 06, ago. 1959. Senhor. Rio de Janeiro, ano 1, n. 07, set. 1959. Senhor. Rio de Janeiro, ano 1, n. 08, out. 1959. Senhor. Rio de Janeiro, ano 2, n. 11, jan. 1960. Senhor. Rio de Janeiro, ano 2, n. 12, fev. 1960. Senhor. Rio de Janeiro, ano 2, n. 13, mar. 1960. Senhor. Rio de Janeiro, ano 2, n. 16, jun. 1960. Senhor. Rio de Janeiro, ano 2, n. 17, jul. 1960. Senhor. Rio de Janeiro, ano 2, n. 18, ago. 1960. Senhor. Rio de Janeiro, ano 2, n. 19, set. 1960. Senhor. Rio de Janeiro, ano 2, n. 21, nov. 1960. Senhor. Rio de Janeiro, ano 2, n. 22, dez. 1960. Senhor. Rio de Janeiro, ano 3, n. 24, fev. 1961.


Senhor. Rio de Janeiro, ano 3, n. 26, abr. 1961. Senhor. Rio de Janeiro, ano 3, n. 30, ago. 1961. Senhor. Rio de Janeiro, ano 3, n. 32, out. 1961. Senhor. Rio de Janeiro, ano 3, n. 33, nov. 1961. Senhor. Rio de Janeiro, ano 3, n. 34, dez. 1961. Senhor. Rio de Janeiro, ano 4, n. 35, jan. 1962. Senhor. Rio de Janeiro, ano 4, n. 36, fev. 1962. Senhor. Rio de Janeiro, ano 4, n. 37, mar. 1962. Senhor. Rio de Janeiro, ano 4, n. 39, mai. 1962. Senhor. Rio de Janeiro, ano 4, n. 40, jun. 1962. Senhor. Rio de Janeiro, ano 4, n. 45, nov. 1962. Senhor. Rio de Janeiro, ano 5, n. 47, jan. 1963. Senhor. Rio de Janeiro, ano 5, n. 49, abr. 1963. Senhor. Rio de Janeiro, ano 5, n. 51, mai. 1963. Senhor. Rio de Janeiro, ano 5, n. 53, jul. 1963. Senhor. Rio de Janeiro, ano 5, n. 57, nov. 1963. Senhor. Rio de Janeiro, ano 5, n. 58, dez. 1963.

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PROJETO DE GRADUAÇÃO 1 PROFESSORAS ANELISE ZIMMERMANN GABRIELA MAGER

CLAUDIA CHRISTINA MERZ



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