Conheça o novo Corolla Cross Novidade da Toyota, com seu estilo aventureiro, custa a partir de R$ 140 mil 19
tododia.com.br | 3,00 21 Mar | 2021
Domingo
Veículos Divulgação
Infectologista do HM relata problemas com ‘tratamento precoce’ Médico Arnaldo Gouveia, que trabalha na linha de frente contra a Covid-19, fala sobre remédios que agravam a saúde de pacientes P5 Eduardo Knapp/Folhapress
CLUBE GOURMET | As irmãs Kike Porteiro e Suva Albuquerque - que dispensam apresentações quando o assunto são mesas maravilhosas, arranjos e decor de festas - compartilham algumas produções como inspiração para esta Páscoa ficar um pouco mais P2 e 3 colorida e alegre.
O ‘BOOM’ DAS BIKES | Ciclistas durante treino na ciclovia da marginal Pinheiros, em São Paulo
Registros de violência contra Combate aos deficiente têm queda de 24% ‘gatos’: CPFL As ocorrências de violência praticada contra pessoas com deficiência caíram 24,09% nas cinco cidades da região em 2020 em relação ao ano anterior. O número de registros policiais feitos pelas vítimas foi de 166 ocorrências em 2019 para 126 em 2020. Pandemia e subnotificações estão entre os motivos para a queda, segundo especialistas. 06 Cidades
Covid é mais mortífera para negros 09 Brasil
dobra energia recuperada
Bolsonaro agora tem os 4 filhos sob investigação
Olimpíadas: Tóquio veta torcedores estrangeiros
07 Cidades
08 Brasil
20 Esportes
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OPINIÃO
/jor n altododia
Motorista de app é funcionário?
32° 19° GREGÓRIO JOSÉ ACADÊMICO DE DIREITO, JORNALISTA E FILÓSOFO
Sol Fonte: CPTEC | Unicamp
+ 0,43%88
ECONOMIA
Dólar Com. - 1,51% R$ 5,485
Euro
- 1,58% R$ 6,529
Bovespa
+ 1,21% 116.221 pontos
SUA SORTE Mega Sena* Concurso 2.353 | 17/03/2021
03 - 19 - 34 - 41 - 48 - 53
Quina* Concurso 5.519 | 19/03/2021
07 - 08 - 12 - 19 - 59
Uma decisão da Suprema Corte britânica, que decidiu em 19 de fevereiro que os motoristas podem ser considerados “trabalhadores” e, portanto, receber os benefícios sociais correspondentes. Lá, na Inglaterra, a Uber terá que registrar os motoristas, oferecer plano de aposentadoria e conceder férias anuais. Aqui, os operadores do sistema por aplicativo ainda são tidos por autônomos e apenas como parceiros, uma vez que não precisam comprovar trabalho intermitente, horário cumprido, rotas seguidas, número mínimo de clientes atendidos, corridas finalizadas, enfim, a liberdade existente impedira uma possível confirmação e trabalho efetivo. O TST (Tribunal Superior do Trabalho) já negou, por algumas vezes, pretensões de motoristas por aplicativo de reconhecimento
de vínculo empregatício. Antes de chegar ao TST, instâncias ordinárias já haviam descartado subordinação direta ao trabalho efetivo, ritmo e disponibilidade. No entanto, esta vitória dos quase 70 mil motoristas cadastrados pela Uber no Reino Unido poderá fazer com que profissionais que prestam mesmo tipo de serviço em outros
Recente decisão judicial beneficiou trabalhadores no Reino Unido países, como o Brasil, pleiteiem o mesmo benefício britânico e, quando há possibilidade legal,pode se tornar realidade, embora não exista lei determinante. Por lá, a Uber terá que pagar a hora trabalhada, algo em torno de 8,72 libras (US$ 12,12) ou, em reais, algo em torno de R$ 68,70. Mas, na Inglaterra, o trabalhador comum recebe por hora, no Brasil, por mês, e o mínimo aqui hoje está em R$ 1.100,00. Que deveria ser a base para que os inscritos no aplicativo recebessem mensalmente.
Lembrando que aqui são suposições que poderão ocorrer num futuro não tão distante, afinal, enquanto cresce o número de aplicativos oferecendo esta prestação de serviço de transporte de passageiros, aumenta a ilegalidade trabalhista, o número de autônomos no sistema e a falta de regularização. Os taxistas, que recebem as corridas com preços das bandeiras determinadas pelas prefeituras, cumprindo tarifas pré-definidas, pagam para ficar em determinados pontos. Já os operadores por aplicativo andam livremente, quando não, ficam próximos aos pontos existentes para táxis, tornando as conquistas por corridas desleais. Enquanto a lei trabalhista não avança, os advogados trabalhistas devem começar a se mobilizar, pois podem vir enxurradas de processos contra Uber, Cabify, Wappa, inDriver, Alô, Garupa, etc... Até lá, é esperar que os congressistas votem uma lei regulamentando esta profissão, cada vez mais recorrente no Brasil e que tem milhares de trabalhadores entrando no sistema diariamente, esperando uma regulamentação que lhes dê garantias e direitos.
Federal* Concurso 5.547 | 17/03/2021
Número 1º Prêmio 2º Prêmio 3º Prêmio 4º Prêmio 5º Prêmio
Bilhete 83532 40177 59107 35820 61680
IMAGEM DO DIA Roberto Parizotti/FotosPublicas
* Novos sorteios não realizados até o fechamento desta edição
FRASE DO DIA
É temerário usar qualquer corticoide antes do sexto ou sétimo dia de doença
Cláudia Regina Vianna Storck
PANDEMIA | Avenida Paulista, em São Paulo, às 20h30 de quinta-feira.
Esta edição tem 24 páginas
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Nessas aulas que estamos on-line e ao vivo na graduação temos discutido muitos conceitos, exemplos bons e ruins das empresas, notícias da semana e atualidades. Os alunos e alunas estão muito instigados e engajados com as temáticas da sustentabilidade, comprovando as pesquisas de 2020 da Globescan e do Instituto Akatu que mostram que, na geração Z, cerca de 45% dos entrevistados tinham considerado recompensar uma empresa socialmente responsável e 57% mudaram as suas opções de compras no ano passado. Nessa pesquisa, ainda, 81% do total de todos os entrevistados colocam atitudes positivas para a natureza, entendendo que “o que é bom para mim, nem sempre é bom para o meio ambiente”. Em uma das aulas, uma aluna questionou que não entendia como as empresas que estão nascendo, as startups e esses novos empreendedores, já não colocavam os temas da sustentabilidade no negócio e na estratégia do seu nascedouro. Termos que usamos para dizer que pode ser uma ação de sustentabilidade, mas descolada da realidade da empresa ou, simplesmente, uma mentira. Uma “tinta” verde, ou com várias cores do arco-íris no produto, somente para vender mais, sem lastro, sem estratégia ou estofo para as questões do desenvolvimento sustentável. No mundo financeiro,
Santa Bárbara d’Oeste
Médico infectologista do HM de Americana
facebook.com/jornaltododia
MARCUS NAKAGAWA COORDENADOR DO CENTRO ESPM DE DESENV. SOCIOAMBIENTAL
inclusive, agora a moda é o ESG ou ASG, que é o ambiental, social e a governança, que já escrevi em outros artigos. Mas, com todas essas provocações, gostaria de voltar e ressaltar uma palavra do título deste artigo: paradigma. O significado segundo o dicionário Michaelis é algo que serve de exemplo ou modelo; padrão. Alguns sinônimos dessa palavra são: padrão, regra, norma, referência, modelo, exemplo, entre outros. Assim, gostaria de confirmar o que a minha aluna questionou, e que eu e muitos colegas da área estamos debatendo e engajando, há mais de 25 anos no mundo corporativo do país. Esse, inclusive, foi até um dos gatilhos, para a idealização e fundação da Associação Brasileira dos Profissionais pelo Desenvolvimento Sustentável (Abraps), para levar a necessidade desse modelo para todas as empresas, organizações e governo. Esse paradigma da sustentabilidade empresarial tem que ser colocado no nascedouro, no apogeu e no final das empresas, nos seus produtos e serviços, nos seus processos, nos seus indicadores, ou seja, permear toda a empresa. Desde os seus departamentos, times e bonificação. Pois é, o financeiro talvez seja uma das únicas áreas, ou tema, envolvido em todos os processos, contatos e pessoas. Sim, a parte em que transformamos horas de trabalho em dinheiro, aquele que define o quanto vamos contratar, comprar, devolver, emprestar, lucrar, consertar, fundir, demitir... Ufa, tudo está em torno deste tema. Não estou diminuindo a sua importância, mas, precisamos usar o aprendizado desse paradigma para construirmos um novo.
FALECIMENTOS
ARNALDO GOUVEIA
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Mudança para o paradigma empresarial da sustentabilidade
Jornal TODODIA Fundado em 28 de outubro de 1996
Ano XXII - Nº 8.729
Presidente: Roberto Romi Zanaga Editor-chefe: Wagner de Freitas Conselho Editorial: Maria Cristina Luchiari Pisoni Ricardo Alécio Roberto Romi Zanaga Wagner de Freitas
Faleceu ontem, aos 53 anos. Era casada com João Batista Storck, deixando os filhos Priscila e Thiago. Será sepultada hoje, às 10h, no Cemitério da Paz (Funerária Araújo-Orsola)
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TODODIA - O jornal da Região Metropolitana de Campinas
ISSN 1807-9504
CLIMA NA RMC
02
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CIDADES
03
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CHOCOLATE
Uma aposta de uma Páscoa melhor Acia fala em data relevante e otimismo no aumento de vendas em relação a 2020, quando a pandemia começou PEDRO HEIDERICH AMERICANA
Mais preparadas e acostumadas a vender em plena pandemia, e com uma “ajudinha” da alta dos preços nos supermercados, confeitarias e distribuidoras de Americana preveem uma Páscoa melhor do que a passada. Em 2020, a páscoa foi no início da pandemia, quando tudo ainda era novo. De lá para cá, o consumidor também tem cozinhado mais em casa, principalmente para tentar gastar menos. Segundo a Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas), a indústria de chocolates prevê 11.665 contratações temporárias diretas e indiretas de profissionais que atuarão nas linhas de produção ou nos pontos de venda. O número representa um crescimento de 4,8% em relação às contratações do ano passado. Na região, prefeituras
e associações comerciais não têm números a respeito do assunto. Mas os lojistas estão otimistas com as vendas mesmo no auge da pandemia. “É difícil prever em números, porém, o que ouvimos de nossos associados é que as perspectivas são otimistas e de alta movimentação econômica. É uma data bem relevante”, diz Wagner Armbruster, presidente da Acia (Associação Comercial e Industrial de Americana). Valter Ely Marostica, proprietário das Lojas Manduri, em Americana, afirma que a expectativa é sempre vender mais do que no ano anterior. “Ainda mais que no ano passado, início de pandemia, algo novo para todos, a maioria teve de fechar os comércios”, aponta. “Depois que teve o auxílio emergencial, que foi um valor inesperado que entrou, o pessoal precisava gastar e o comércio teve uma sobrevida boa. Esse
ano não teve ainda”, disse. Agora o cenário da pandemia já não é mais novidade. “Apesar das restrições, este ano as vendas já são maiores. O pessoal não deixa de consumir. Muitos acabam fazendo ovo em casa. Acredito que deve superar as vendas do ano passado”, estima Valter. O proprietário da Manduri relata que os gastos com os produtos subiram. “Foi expressivo o aumento dos preços, de matéria-prima que a gente usa. Triplicou o preço das coisas. Caixa de papelão, cobertura de chocolate. Atrapalha bastante, as pessoas têm limite para gastar”. O aumento dos preços foi geral e se de um lado atrapalhou, do outro ajudou .“Muita gente está ficando em casa e fazendo mais bolos, ovos, receitas, para gastar menos. Ajuda bastante na compra dos produtos que vendemos”, comemora Valter.
Segundo funcionária da Ameripan que não quis ser identificada, responsável pelas vendas da Páscoa, este ano será melhor. “No ano passado, a gente não sabia como ia ser, o que ia acontecer. Agora, pela movimentação na loja, dá para ver que será melhor este ano”, explica. Ela também cita os preços altos. “Pelo atual momento, e pela alta dos preços de ovos que são vendidos no supermercado, as pessoas estão deixando de comprar lá e se aventurando a fazer o ovo em casa”, relata a funcionária. Daniel Celis, da Fonte das Delícias, outra distribuidora do setor em Americana, é outro que cita o aumento dos preços. “Aumentou embalagem, chocolate, em relação ao ano passado. Infelizmente, tem que repassar, não tem o que fazer. Essa alta assusta um pouco o pessoal”. Ele comenta as expecta-
Lojas Manduri/Divulgação
OVOS | Valores do chocolate e da embalagem subiram
tivas das vendas. “Seria até melhor, mas como a pandemia voltou a aumentar, acho que vai ser mais ou
menos igual em 2020. O pessoal está retraído. Mas vão acabar comprando”, aposta.
CIDADES
FOGO CRUZADO
fogocruzado@tododia.com.br
APELO 1 O vereador Bachin Júnior (MDB), autor de projeto que transforma as atividades físicas em essenciais em Santa Bárbara d’Oeste, fez moção de apelo ao governo do estado de São Paulo. Mesmo aprovado pela Câmara, o projeto do vereador não possibilita a reabertura de academias na cidade, por conta do decreto estadual do Plano São Paulo.
APELO 2 A região está na fase emergencial, e antes estava na fase vermelha, que também não permite o funcionamento das academias. “Quando protocolei o projeto, a região não estava nesta fase. Peço que o governador tome uma medida e permita que os barbarenses façam atividades físicas para manterem-se saudáveis durante a pandemia”, disse.
ILUMINAÇÃO 1 Diversos vereadores de Santa Bárbara relataram reclamações da iluminação pública de Santa Bárbara durante a sessão de terça-feira (16). Eles pedem a suspensão imediata da cobrança da taxa de iluminação pública enquanto a prefeitura resolve problema licitatório com a empresa responsável pelo serviço. A situação já se arrasta desde o início do ano. Celso Ávila (PV) usou o mundo do futebol para dar exemplo.
ILUMINAÇÃO 2 “É preciso ter plano A e plano B. Se o Palmeiras teve que vender o Dudu, teve que comprar o plano B, Rony, para fazer gol. Se o vereador tem que se ausentar, tem um suplente. A prefeitura tem que ter um plano B. Era melhor assumir o erro do que continuar omisso. Ou troca a empresa imediatamente ou suspende a cobrança, para não prejudicar mais a população. Tem gente há 60 dias, quase 90 dias esperando troca de lâmpada”, cobrou.
PEDIDO DE LIVE Eliel Miranda (PSD), vereador de oposição, cobrou que o prefeito Rafael Piovezan (PV) esteja mais presentes nas redes sociais para a população. Eliel sugeriu. “O prefeito deveria aparecer mais nas redes sociais, fazer uma live uma vez por semana. Pode ser uma live com comentários restritos, para não se expor aos haters. Mas deveria ter mais protagonismo. Vejo os vereadores atuando, preocupados”, cutucou.
SAÚDE JÁ O vereador Léo Alves, o Léo da Padaria (PV), protocolou na secretaria da Câmara de Americana um requerimento questionando o Executivo sobre dificuldades enfrentadas por pacientes no agendamento de consultas no programa “Saúde Já”, implementado pela Secretaria de Saúde. De acordo com o parlamentar, usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) o procuraram para relatar problemas com os encaminhamentos para especialistas, que é feito nas unidades básicas de saúde após consulta com o clínico geral. No documento, o vereador questiona a origem do problema, se isso tem sido frequente e quantos casos já foram registrados.
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PANDEMIA
Médico relata problemas com tratamento precoce Infectologista do HM separa os inócuos dos que agravam estado de saúde LEON BOTÃO AMERICANA
Bastante difundido nas redes sociais e até recomendado pelo presidente Jair Bolsonaro, o tratamento precoce contra a Covid-19 - com cloroquina, ivermectina e, principalmente, medicamentos com corticóides - não tem comprovação científica de eficácia e tem causado complicações em pacientes que dão entrada no Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, em Americana, que viveu na última semana um cenário de lotação total nos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e enfermaria. O relato das complicações é do médico infectologista Arnaldo Gouveia Junior, que atua no hospital municipal e está na linha de frente do atendimento de pacientes com Covid desde o início da pandemia. Ele explicou que existe nesse cenário de tratamento precoce duas esferas: a de tratamentos inócuos e os tratamentos que acabam colaborando para o agravamento do quadro dos pacientes. No caso da Covid, dois medicamentos são considerados inócuos e não interferem em como o paciente reage ao coronavírus: a cloroquina e a ivermectina. O primeiro, segundo Arnaldo, não tem apresentado interferência em relação à Covid, mas o segundo apresenta alguns riscos. “A ivermectina está tendo casos de pessoas tomando direto e está dando hepatite nas pessoas. Não adianta usar ivermectina e ficar andando por aí sem más-
Divulgação/Prefeitura de Americana
cara e indo a festas. O risco nesse caso é a falsa sensação de segurança que o remédio pode gerar”, disse o médico. O problema mais grave, segundo o infectologista, está no uso de medicamentos com corticoides no momento errado de evolução da doença, e isso tem ocorrido com frequência na cidade, de acordo com o profissional. Dr. Arnaldo explicou que a Covid tem duas fases, a da multiplicação do vírus, que é vencida pela maioria das pessoas infectadas, e depois a de inflamação, que geralmente começa a ocorrer após o sétimo dia de sintoma. “É quando ocorre a inflamação dos pulmões, falta de ar. Não é um efeito direto do vírus, é causado por uma resposta
Médico diz que uso de corticoide tem momento certo no quadro do paciente exagerada na qual o organismo, para te liberar do vírus, acaba atacando o tecido do pulmão”, explicou o médico. Para tentar conter essa inflamação dos tecidos do pulmão, segundo o infectologista, a única arma dos médicos são os medicamentos com corticoides. “Alguns médicos, talvez por não pesquisarem sobre o assunto, e algumas pessoas, por automedicação, têm receitado ou tomado esses corticoides no começo da doença. Quando isso ocorre, o remédio baixa a imunidade do paciente, mas
A ivermectina está tendo casos de pessoas tomando direto e está dando hepatite nas pessoas. Não adianta usar ivermectina e ficar andando por aí sem máscara e indo a festas. O risco nesse caso é a falsa sensação de segurança que o remédio pode gerar ARNALDO GOUVEIA JUNIOR
Médico infectologista do HM de Americana
DR. ARNALDO | Única saída é vacina e isolamento social
Alguns médicos, talvez por não pesquisarem sobre o assunto, e algumas pessoas, por automedicação, têm receitado ou tomado esses corticoides no começo da doença. Quando isso ocorre, o remédio baixa a imunidade do paciente, mas na fase inicial a doença a gente quer essa imunidade preservada ARNALDO GOUVEIA JUNIOR
Médico infectologista do HM de Americana
na fase inicial a doença a gente quer essa imunidade preservada. Então se o paciente tomar o corticoide no começo e tenha essa inflamação, vai ser mais perigoso. É temerário usar qualquer corticoide antes do sexto ou sétimo dia de doença”, alertou o médico. Dr. Arnaldo citou que a única saída é a vacinação e o isolamento social para conter o avanço da pandemia e que está faltando cons-
cientização por parte da população. “As pessoas que estão internando não é quem está indo pra chácara e festa clandestina, são os pais e os avós, e depois essas pessoas ficam desesperadas, mas na hora de se aglomerar, não pensaram nisso. É muito triste. Do ponto de vista humano, é trágico, porque a pessoa vai evoluir na doença, não vai poder ser visitada e vai ser enterrada em caixão lacrado”, disse.
CIDADES
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POLUIÇÃO
Retirada de aguapés gera polêmica Números divulgados por prefeitura e CPFL divergem e moradores criticam a falta de monitoramento do serviço PEDRO HEIDERICH AMERICANA
A quantidade de viagens de caminhão para retirada de aguapés na represa do Salto Grande, em Americana, gerou polêmica envolvendo moradores da região, a Prefeitura e a CPFL. A prefeitura divulgou em 4 de março trabalho de retirada das equipes e noticiou que só no dia 3 de março foram feitas 600 viagens de caminhão retirando aguapés da represa. No dia seguinte, a CPFL divulgou nota dizendo que a média diária de viagens é de 200 por dia. O número da prefeitura indignou moradores da região, que procuraram a reportagem. Questionada novamente, a prefeitura manteve o número divulgado naquele dia e citou o mesmo número que a CPFL, de 8.313 viagens nos dois primeiros meses deste ano, quantidade que representa média inferior a 200 viagens por dia. O Executivo frisou que a ação é da CPFL, responsável pela represa e sua limpeza, e que a Secretaria de Meio Ambiente fiscaliza o serviço. “A prefeitura sustenta a informação passada de que naquele dia houve 600 viagens. É bom destacar que a distância percorrida nessas viagens é inferior a 100 metros, o que permite a grande quantidade de viagens por dia”, informou. O release divulgado pela
prefeitura apontava visita do secretário de Meio Ambiente, Fabio Renato de Oliveira, e apontava que segundo o engenheiro de meio ambiente da CPFL, Daniel Daibert, a empresa usava na ação cinco caminhões, dois barcos e cinco escavadeiras hidráulicas e uma equipe de 12 pessoas. “Somente nesta quarta-feira (3), foram feitas aproximadamente 600 viagens de caminhão com os aguapés retirados; em 2021, foram 8.313 viagens, com um aumento significativo no mês de fevereiro”, informou. No dia seguinte, a CPFL divulgou nota. “A empresa ressalta que com esse contingente tem realizado, em média, 201 viagens por dia de remoção das plantas aquáticas do reservatório. Somente em janeiro e fevereiro de 2021 foram 8.313 viagens”. O TODODIA questionou a CPFL sobre o número de 600 viagens em 3 de março, e perguntou qual seria a quantidade de viagens ocorridas naquele dia. “Mantemos a nossa nota de domingo. Pode considerar a média diária para as viagens de quarta (dia 3)”, disse a empresa. O empresário Marcelo Masoca, 38, porta-voz do grupo da região da represa, o G6, que engloba cerca de 70 moradores, conta que todos receberam com indignação a notícia de que foram feitas 600 viagens de caminhão retirando os aguapés apenas em um dia. “Se você fizer um cálculo, são cinco caminhões,
Divulgação/Prefeitura de Americana
CAMINHÕES | CPFL diz que nos últimos 14 meses investiu R$ 2,3 milhões na operação de retirada de aguapés
cada caminhão tinha que fazer tudo em quatro minutos. Como você dá ré, carrega, descarrega, descarta na caçamba e volta? Mesmo sendo perto, a gente acha que não dá, que talvez seja uma média de 200 viagens por dia. A matemática não deixa ninguém mentir”, declara o morador. Masoca ressalta que acompanha há três anos as ações na represa. “Há três anos peço uma solicitação em nome do G6 para que haja um monitoramento on-line da operação. A CPFL fala que descarta ali mesmo onde fica a usina hidrelé-
trica, mas qual a evidência que temos? Não tem romaneio, balança, notas fiscais do descarte. Como sabemos que realmente foram descarregados 600 caminhões?”, questionou. O grupo já fez este pedido aos órgãos responsáveis. “Moro fazendo fundo com a represa e sempre estou navegando. Já fui perto da usina muitas vezes e nunca vi essa retirada. Ela só acontece quando é conveniente, ou quando tem barulho do nosso grupo”, critica. A reportagem questionou a prefeitura sobre como funciona a fiscalização do serviço de retirada
e se cogita acompanhamento on-line, como pedem os moradores, mas o Executivo não se pronunciou sobre o tema. A CPFL alega que solução definitiva da situação só será possível por meio da implementação de políticas públicas que promovam a correção das deficiências do saneamento na bacia do rio Atibaia visando tratamento dos efluentes sanitários (esgoto) lançados nos cursos d’água que abastecem o reservatório, tendo em vista que a ocorrência de macrófitas é apenas uma das consequências do alto índice de poluição das
águas do rio Atibaia. Segundo a CPFL, a destinação final das macrófitas “é na área do próprio terreno da CPFL, uma vez que há uma redução significativa do volume colhido (cerca de 85% a 90%) pois a macrófita é composta basicamente por água e matéria orgânica. A disposição ocorre em dois locais, tendo em vista a proximidade e disponibilidade de área próximo aos locais de remoção”, informou. A empresa diz ainda que nos últimos 14 meses investiu um valor correspondente a R$ 2,3 milhões na operação.
ENSINO INTEGRAL
MP auxilia e mãe consegue transporte para filha Com a intervenão do MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo), o governo do estado passará a dar transporte escolar para aluna de escola estadual de Americana que havia tido pedido negado pela Diretoria Regional de Ensino. A mãe assinou documento aceitando a transferência da filha para escola integral, e tinha entendido que o transporte ficaria por conta da escola. Como a unidade é longe da residência da família e a lei estadual permite um raio de até dois quilômetros, o governo fez com que ela assinasse termo em que
se propõe a arcar com o gasto do transporte. Sem condições de arcar com o transporte, a mãe pediu ajuda da reportagem do TODODIA para resolver a situação da filha. “Pedi a transferência da minha filha para uma escola integral, porque eu e meu marido temos que trabalhar. Eu tinha entendido que ia ter direito ao transporte. Agora não tem mais, ela perdeu várias aulas e o ônibus vai vazio. Não custa nada permitir que ela vá no ônibus também”, conta a mãe, a cabeleireira Elizabete Borborema da Silva, 39. A filha, de 7 anos, estudava na Maria Frizzarin, no Jardim Mirandola,
onde vive a família. Mas precisava de uma escola integral, e, não havendo unidade integral nas proximidades, pediu a transferência da filha para a João de Castro Gonçalves, no Conserva. “Peço ajuda para a escola, para a diretoria de ensino, para o Conselho Tutelar e todos dizem que não posso fazer nada porque eu que pedi a transferência. Eu e meu marido não conseguimos levar ela sempre. Alguém precisa ajudar a gente”, clamou Elizabete à reportagem, ainda em fevereiro. O TODODIA questionou a Secretaria Estadual
de Educação, que enviou termo de responsabilidade assinado pela mãe exigindo a transferência da filha. O Conselho Tutelar de Americana também foi questionado sobre o assunto. Ambos afirmaram que não podiam fazer nada em relação ao caso, pois Elizabete havia assinado, em janeiro, que arcaria com o transporte. A reportagem teve acesso ao termo. Elizabete conta que no dia da matrícula deste ano, em janeiro, foi informada que não havia garantia do transporte. “Eu achei que ia ter ônibus para ela. Eu preciso es-
tar trabalhando, não tem como ela estudar meio período. Não temos com quem deixar ela e nem como pagar transporte”, disse. O marido dela tem 46 anos e é azulejista. No início de março, a reportagem questionou o MP-SP sobre como é o funcionamento nestes casos e se cabia ao órgão não alguma medida para ajudar Elizabete. A promotora de Justiça da Infância e Juventude de Americana, Renata Calazans Nasraui, informou em 9 de março que agendou reunião com a Diretoria Regional de Ensino assim que soube do caso, com o intuito de
resolver o caso administrativamente. A promotora explicou a situação e mencionou à Diretoria a necessidade de a aluna estudar em período integral. “Assim, não se tratou bem de uma escolha dos pais, mas de uma necessidade. Também, foi posto que os pais necessitam trabalhar e por isto precisavam do transporte para a filha. No dia seguinte (dia 10), o sr. dirigente informou o acolhimento do pedido e a aluna será contemplada com o transporte escolar”, revelou a promotora do MP em nota ao TODODIA. | PEDRO HEIDERICH
CIDADES
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OCORRÊNCIAS
Registros de violência contra deficientes têm queda de 24% Pandemia e subnotificação estão entre as causas da redução em 2020, em relação ao ano anterior CLAUDETE CAMPOS REGIÃO
As ocorrências de violência praticada contra pessoas com deficiência caíram 24,09% nas cinco cidades da região em 2020 em relação a 2019. O número de registros policiais feitos pelas vítimas foi de 166 ocor-
rências em 2019 para 126 em 2020. Os dados foram divulgados pela Secretaria estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Instituto Jô Clemente, a partir de dados compilados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado. Americana teve que-
da no registro de casos, de 44, em 2019, para 17, em 2020, bem como Hortolândia (de 62 para 55) e Nova Odessa (de 14 para quatro). Na contramão destas cidades e do estado, Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré tiveram aumento das denúncias. As queixas saltaram de 14
para 15 em Santa Bárbara e de 32 para 35 em Sumaré. Nestas cinco cidades, as pessoas com deficiência foram vítimas de ocorrências como furto, estelionato, injúria, roubo, ameaça, lesão corporal, outros não criminal e violência doméstica. Para a diretora de Desenvolvimento Social da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Americana, Lúcia Helena Maciel César Ferreira, a queda dos registros policiais está associada a dois fatores: a pandemia e porque as pessoas passaram a não frequentar as instituições. Profissionais das entidades também faziam denúncias. “Certamente tem ligação com a pandemia.
Antes, quando estava tudo normalizado, muitas vezes era no ambiente da organização que era evidenciada a violência. Com a pandemia, pode ter ocorrido subnotificação dos casos, porque por mais que a gente oriente para procurar ajuda, ficaram sem ir na escola e na associação”, explicou Lúcia. Além disso, as pessoas têm medo de denunciar e até mesmo passar por constrangimento, explicou a diretora da Apae. Por ficarem mais tempo em casa, podem ter ficado com receio de fazer a denúncia, explicou Lúcia. A assistente social Fernanda Strapasson, da Apae de Santa Bárbara, informou que a entidade não recebeu denúncias desse tipo contra
alunos da instituição. Mas ressalta que a pessoa com deficiência é um público com dificuldade em acessar serviços e obter intervenções adequadas, inclusive de prevenção à violência quando não assistida por alguma instituição, seja governamental ou não. “Por vivenciarmos uma pandemia e preocupados por questões de violência, já que os atendimentos são em maior parte remotos, as famílias precisam bem mais de acompanhamentos e orientações, já que estão mais tempo com uma pessoa com deficiência em casa e a pandemia desestruturou muitas situações por questões e problemas sócio econômicos”, disse a assistente social da Apae barbarense. Marcello Casal /Agência Brasil
Redução também no estado O registro de ocorrências também caiu de 500, em 2019, para 315, em 2020, no estado, segundo o mesmo levantamento. O CAT (Centro de Apoio Técnico) da 1ª Delegacia de Polícia da Pessoa com Deficiência atendeu no ano passado 1.469 pessoas, ante 2.039 em 2019. O Serviço Jurídico Social do Instituto Jô Clemente registrou 78 notificações de violência ou violação de direitos, em 2020, número 43% menor que o apurado em 2019. De acordo com o supervisor do CAT, Cleyton Borges, a queda não representa uma real redução na violência contra as pessoas com deficiência. “O que percebemos é que existe uma subnotificação de casos, principalmente por conta da pandemia provocada pelo novo coronavírus. Com o isolamento social, muitas pessoas com deficiência ficaram em casa e deixaram de nos procurar
para denunciar casos de violência. Além disso, com a suspensão das atividades escolares e profissionais presenciais, ficou mais difícil para amigos, colegas de trabalho e profissionais da educação identificarem eventuais sinais de violência sofrida pelas pessoas com deficiência e auxiliarem nas denúncias”, explicou Borges. Luciana Stocco, supervisora do serviço, afirma que a pandemia teve impacto no número de notificações. “A pandemia impossibilitou os atendimentos presenciais, que são importantes para os nossos profissionais identificarem sinais que podem indicar uma violência ou violação de direitos. No atendimento remoto, é mais difícil, embora seja possível notar alguns sinais também”, diz. A violência pode ser física, sexual, moral, psicológica ou patrimonial e entre os sinais estão marcas no corpo, dores, mudanças de comportamento e quadros depressivos. | CC
COMO DENUNCIAR - WhatsApp para pessoas com deficiência, exceto pessoas surdas: (11) 99918-8167 - WhatsApp exclusivo para pessoas surdas (com intérprete de Libras): (11) 94528-9710 - Telefone fixo: (11) 3311-3380 - E-mail: dppd.decap@policiacivil.sp.gov.br - Boletim de ocorrência pela internet. Delegacia Eletrônica: acessar através do site www.delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br - A cartilha “Violência contra Pessoas com Deficiência: Você sabe como evitar, identificar e denunciar?” está disponível nos sites http://bit.ly/ijc-cartilha-violencia e www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br.
DEFICIENTES | Para especialista, isolamento social devido pandemia fez com que muitas pessoas não denunciassem
Professora elogia a divulgação dos dados A professora Maria Teresa Mantoan, do programa de pós-graduação da Faculdade de Educação da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), classifica as informações divulgadas como de suma importância para os pais, professores, familiares e comunidade.
Até mesmo para as pessoas saberem que existe uma delegacia especializada voltada às pessoas com deficiência e também quais são os telefones pelos quais as pessoas podem fazer denúncia, o que contribui para que tenham uma melhor qualidade de vida. Sem contar que os vi-
zinhos e parentes terão condições de fazer notificação desses casos na polícia. “As informações são muito importantes para as pessoas com deficiência porque precisam saber se defender e saber que existe delegacia e meios para conseguir se defender melhor do que ocorre na comunidade, na vida
e na família dela”, explicou a professora. A professora disse que não teria como avaliar a correlação entre a queda do número de registros de violência com a pandemia porque precisaria de mais dados sobre idade, sexo, escolaridade e tipo de deficiência. | CC
CIDADES
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FRAUDE
CPFL dobra a energia recuperada Combate aos “gatos” teve maior volume dos últimos três anos, suficiente para 774.349 casas por um mês Divulgação
CLAUDETE CAMPOS REGIÃO
A CPFL já recuperou 116,1 GWh de energia na região de Campinas em 2020, alcançando o maior volume registrado pela companhia nos últimos três anos em sua operação contra fraudes. O índice foi 80% e 102% superior aos registrados em 2018 e 2019, respectivamente. Somente no ano passado, a CPFL constatou 2.267 fraudes no sistema de energia em Americana, Hortolândia, Santa Bárbara e Sumaré, segundo balanço passado pela companhia. Foram constatadas 406 fraudes em Americana em 2.972 inspeções, com recuperação de 3.682 MWh (megawatt-hora) de energia. Em Hortolândia, foram recuperados 7.523 MWh, resultado de 868 fraudes e 8.398 fiscalizações. Foram recuperadas, em Santa Bárbara d’Oeste, 2.883 MWh, em 2.853 fiscalizações, que constataram 237 fraudes Em Sumaré, a recuperação de energia foi de 11.684, após constataram de 756 fraudes em 10.713 fiscalizações. A companhia informou que a maior eficiência das ações da empresa contra fraudes e furtos de energia, os famosos “gatos”, nos municípios
Dono de açougue flagrado
FLAGRANTE | Fraude foi encontrada durante a semana em açougue em Santa Bárbara
em que atua, é uma combinação de resultado dos investimentos no uso de inteligência, tecnologia e de informações que chegam ao canal de denúncias. As inspeções realizadas ao longo do ano resultaram em 12.985 fraudes regularizadas na região. Com isso, o volume de energia recupera-
do seria suficiente para abastecer 774.349 residências durante um mês. “É importante esclarecer que furto de energia é crime, pode trazer riscos à segurança das pessoas e prejudica diretamente a população com instabilidade no fornecimento a energia e perda de arrecadação de impostos, importan-
Sebrae tem cursos gratuitos on-line com inscrições abertas O Sebrae de Piracicaba, parceiro da Unidade de Desenvolvimento Econômico de Americana na oferta de cursos, está com inscrições abertas para uma série de cursos gratuitos e on-line, cujo requisito para participar é ser maior de 18 anos. Os treinamentos estão sendo oferecidos em colaboração com o Senai e o Senac. Trata-se de uma oportunidade para desenvolver e iniciar um novo negócio ou aprimorar uma atividade que já vem
Entre os municípios com maior recuperação de energia na região, Campinas registrou 57,5 mil MWh, ficando em primeiro lugar. Piracicaba ocupa a segunda posição com 12,6 mil MWh. Sumaré é o terceiro da lista com 11,6 mil MWh, enquanto Hortolândia, com 7,5 mil MWh, é seguido por Americana,
do sistema trifásico de alimentação. Tal adulteração resultava em uma economia de até 33% na leitura de consumo mensal. Em razão da fraude, os policiais acionaram uma equipe do IC (Instituto de Criminalística) para confirmar a adulteração. Os peritos criminais também comprovaram a fraude, informou a DIG. Por causa disso, o empresário M.C.C., 45, foi conduzido à sede da DIG onde o delegado José Donizeti de Melo autuou o comerciante em flagrante por furto de energia elétrica. Foi arbitrada fiança de R$ 5 mil, que foi paga pelo indiciado para ser liberado. Ele vai responder ao crime em liberdade. | CC
com 3,6 mil MWh. Em 2020, o número de boletins de ocorrência registrados contra fraudadores cresceu quase 14 vezes, somando 1.214 registros em toda a área de atuação da CPFL Paulista. As irregularidades também podem deixar a conta de luz mais cara para todos os consumidores.
AMERICANA
OPORTUNIDADE
DA REDAÇÃO AMERICANA
tes para manter serviços públicos no município. Por isso, a CPFL mantém um canal de denúncia fácil e anônimo para quem quiser informar possíveis casos de fraudes”, ressalta Rafael Lazzaretti, diretor comercial do grupo. As denúncias podem ser feitos pelo www.cpfl. com.br/fraude.
A Delegacia Seccional de Americana, a DIG (Delegacia de investigações Gerais) e a CPFL fizeram uma operação contra o furto de energia na Avenida da Amizade, em Santa Bárbara d’Oeste, durante a semana, na manhã de terça-feira (16). O dono de uma casa de carnes e espetaria foi indiciado. A DIG informou, em nota, que o objetivo da operação era fiscalizar pontos com indícios de furto de energia elétrica. A operação foi realizada em três locais, mas o furto só foi constatado nesta casa de carnes. Neste local, os técnicos da CPFL constataram a adulteração no relógio de medição que impedia a leitura do consumo de energia em uma das fases
sendo exercida. Os cursos terão início em abril. Pelo Senac, estão sendo oferecidos os cursos Aprenda a Vender Melhor no E-Commerce; Organize o Espaço do
Requisito para participar é ser maior de 18 anos seu Salão de Beleza; Seja um Fotógrafo Profissional com seu Celular; Técnica para Desenvolver seu Comércio Eletrônico; Aprenda a Vender Melhor no Va-
rejo; Aprenda os Cuidados com Biossegurança no Segmento de Beleza; Seja um Visagista Profissional; Venda Melhor com Técnicas Consultivas; Entenda Melhor Seu Cliente e Venda Mais; Estratégias de Venda para Produtos de Moda; e Converta Melhor suas Vendas Criando uma Experiência de Compra. Pelo Senai, os cursos são Aprenda a Dimensionar Circuitos Elétricos Residenciais e Aprenda a Desenvolver Circuitos Elétricos. As informações sobre os cursos podem ser obtidas no link https://bit. ly/30SuvxF.
Comid divulga campanha em busca de imposto para idosos O Comid (Conselho Municipal do Idoso) de Americana, vinculado administrativamente à Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos da Prefeitura de Americana, está divulgando a campanha “Seu imposto pode render cidadania” para conscientização dos contribuintes sobre a destinação de parte do Imposto de Renda ao FMI (Fundo Municipal do Idoso). Os recursos destinados serão direcionados à implantação, manutenção e desenvolvimento de ações voltadas às pessoas idosas do município. “Fazendo esta destinação específica, um
percentual fica no município e o contribuinte pode acompanhar de perto onde será aplicado o recurso, beneficiando as pessoas idosas da cidade”, explicou a presidente do Comid, Maria Cristina Louzado Vianna. Pessoas físicas e jurídicas podem fazer esta opção de doação e repasse ao Fundo Municipal do Idoso. Pessoas físicas podem destinar e deduzir do Imposto de Renda, observando-se o limite de dedução global de 6%, quando a destinação for efetivada até 31 de dezembro do próprio ano calendário do imposto, ou 3% sobre o Imposto de Renda devido apu-
rado na Declaração de Ajuste, entregue até o dia 30 de abril. Já as pessoas jurídicas, optantes pelo lucro real, podem destinar e deduzir do Imposto de Renda devido, em cada período de apuração, até 1%. De acordo com a vice-presidente do Comid, Mayne Patrício Malagutti, a destinação pode ser feita em qualquer mês do ano, mas a campanha neste momento da entrega de declarações pode reforçar as ações em prol dos idosos. Como fazer a destinação e outras informações estão disponíveis no https://bit.ly/3saICe1. | DA REDAÇÃO
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BRASIL+MUNDO
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NA MIRA
Bolsonaro tem agora todos filhos investigados Inquérito para apurar conduta de Jair Renan se junta às investigações que envolvem Carlos, Eduardo e Flávio FOLHAPRESS SÃO PAULO
Com o inquérito recém-aberto para apurar a conduta de Jair Renan, órgãos de investigação como a Polícia Federal e o Ministério Público têm agora quatro filhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no foco de apurações. Além de Renan, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) são alvos em diferentes casos. As suspeitas incluem desvio de recursos públicos, contratação de funcionários fantasmas, compra de imóveis com pagamento em dinheiro vivo e envolvimento na organização de manifestações que pediram o fechamento de instituições como Congresso e Supremo Tribunal Federal. Procurados pela Folha, apenas Flávio se manifestou sobre as investigações. O advogado Frederick Wassef negou as irregularidades atribuídas a seu cliente no caso das “rachadinhas” e afirmou que o senador foi alvo de um inquérito repleto de ilegalidades. O filho mais novo do chefe do Executivo é investigado pela PF por suposto tráfico de influência por meio da Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, empresa aberta em novembro. O inquérito foi instaurado na segunda-feira (15), a partir de um pedido feito pela Procuradoria da República no Distrito Federal), no dia 8 de março, segundo revelou o Painel, da Folha. A medida foi tomada pela Procuradoria com base em representações movidas pelo deputado Ivan Valente (PSOL-SP) e pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Humberto Costa (PT-PE), que citaram reportagens da revista Veja e da Folha. A Veja revelou em novembro que Renan visitou as instalações de um grupo empresarial do Espírito Santo que comercializa material de construção. Logo depois, informou a revista, eles doaram um carro elétrico a Renan, avaliado em R$ 80 mil, e conseguiram apresentar um projeto ao ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. Já a Folha revelou em
dezembro que a cobertura com fotos e vídeos da festa de inauguração da empresa de Renan, em outubro, foi realizada gratuitamente por uma produtora de conteúdo digital e comunicação corporativa, a Astronautas Filmes, que presta serviços ao governo federal. Somente no ano passado, a empresa recebeu ao menos R$ 1,4 milhão do governo Bolsonaro. A empresa prestou serviços para os ministérios da Educação, Saúde e Casa Civil. O proprietário da Astronautas admitiu que realizou os serviços para a empresa de Renan. A Procuradoria chegou a pedir, em apuração preliminar, informações sobre a empresa, como sua composição societária, endereços, possíveis procuradores, contratos firmados com a administração pública ou recebimento de recursos públicos. Também solicitou pesquisa sobre as pessoas jurídicas nas quais Renan consta como sócio, bem como sobre a existência de eventuais contratos firmados com a administração pública ou recebimento de recursos públicos por parte das mesmas. Carlos, por sua vez, é investigado pelo Ministério Público do Rio sob a suspeita de ter empregado funcionários fantasmas em seu gabinete em seu primeiro mandato (iniciado em 2001) na Câmara Municipal da capital fluminense. Também foi interrogado pela PF, no ano passado, no inquérito dos atos antidemocráticos, do STF, investigação que busca identificar os responsáveis por ataques e ofensas à corte. Um dos alvos, segundo as apurações, é o chamado “gabinete do ódio”, que atua no Palácio do Planalto sob a tutela de Carlos. A existência do gabinete foi revelada pela Folha em 2019. Eduardo é foco de uma apuração preliminar da PGR (Procuradoria-Geral da República) sobre pagamentos em dinheiro vivo na aquisição de dois imóveis na zona sul do Rio entre 2011 e 2016. Assim como o irmão Carlos, foi também citado e interrogado no inquérito dos atos antidemocráticos. Em depoimento prestado à polícia em setembro, o deputado Alexandre Frota
Reprodução
EM FAMÍLIA | Preisdente Jair Bolsonaro com os filhos Flávio, Carlos, Eduardo e Renan
O QUE HÁ CONTRA CADA FILHO DE BOLSONARO Jair Renan, 23, empresário A Polícia Federal investiga suposto tráfico de influência de Renan por meio de sua empresa Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, aberta em novembro. A medida foi tomada depois de a revista Veja revelar que um grupo de empresários capixabas, que propôs parcerias com Renan, conseguiu apresentar um projeto ao ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. O grupo doou um carro elétrico para a empresa do filho do presidente. O inquérito também apura revelação da Folha de que a cobertura da inauguração da empresa de Renan foi feita gratuitamente por uma produtora que presta serviços ao governo. Eduardo Bolsonaro, 36, deputado federal (PSL-SP) É alvo de uma apuração prelimi-
(PSDB-SP) levou diversos números de IPs de computadores de Brasília e do Rio de Janeiro que teriam sido identificados como participantes de ações de disseminação de fake news na internet. Segundo o parlamentar, os IPs estão ligados a um e-mail oficial do filho do presidente. A delegada Denisse Dias Ribeiro, encarregada do inquérito, enviou a Moraes um relatório inconclusivo sobre as investigações. Moraes pediu à PGR um parecer sobre o caso. Filho mais velho do presidente, Flávio é acusado de liderar um esquema de “rachadinha” em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, levado a cabo por meio de 12 funcionários fantasmas entre 2007 e 2018. No período, ele exerceu consecutivos mandatos de
nar da PGR (Procuradoria-Geral da República) sobre pagamentos em dinheiro vivo na aquisição de dois imóveis na zona sul do Rio de Janeiro entre 2011 e 2016. O caso foi revelado em setembro pelo jornal O Globo e envolve duas transações imobiliárias que custaram R$ 150 mil em espécie (R$ 196,5 mil em valores corrigidos pela inflação). Assim como o irmão Carlos, é citado no inquérito dos atos antidemocráticos, do STF e foi interrogado pela Polícia Federal. Carlos Bolsonaro, 38, vereador (Republicanos-RJ) É investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro sob a suspeita de ter empregado funcionários fantasmas em seu gabinete durante seu primeiro mandato (iniciado em 2001) na Câmara Municipal da capital fluminense. Também foi interrogado
deputado estadual. Um de seus principais assessores, o ex-PM Fabrício Queiroz foi apontado por investigadores como o operador do esquema. O esquema consistia na apropriação de parte dos salários pagos aos assessores lotados em seu antigo gabinete da Assembleia Legislativa do Rio Flávio foi denunciado pelo Ministério Público do Rio em novembro de 2020 sob a acusação dos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Uma das ex-mulheres de Bolsonaro, Ana Cristina Valle, também foi citada no inquérito das “rachadinhas”. Ela teve oito parentes empregados no gabinete de Carlos na Câmara do Rio. Os dados financeiros mostraram que eles sacaram, em média, 84% dos
pela Polícia Federal no inquérito dos atos antidemocráticos, do STF (Supremo Tribunal Federal), do qual são alvos assessores do Palácio do Planalto ligados ao vereador Flávio Bolsonaro, 39, senador (Republicanos-RJ) Foi denunciado, em novembro de 2020, pelo Ministério Público do Rio sob a acusação de ter praticado os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa no caso das “rachadinhas”. O esquema consistia na apropriação de parte dos salários pagos aos assessores lotados em seu antigo gabinete da Assembleia Legislativa do Rio. Dias depois de a denúncia ser apresentada pela Promotoria, Flávio iniciou as tratativas da compra de uma mansão por R$ 6 milhões em Brasília, negócio escriturado em janeiro
salários. A suspeita é de que devolviam parte do valor. O nome da atual mulher do presidente, Michelle Bolsonaro, também apareceu na quebra de sigilo bancário de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, no mesmo inquérito. O documento do Coaf mostrou que ele depositou R$ 72 mil na conta da primeira-dama entre 2011 e 2018. A esposa de Queiroz, Márcia de Aguiar, colocou mais R$ 17 mil, somando-se R$ 89 mil. Dias depois de apresentada a denúncia contra ele no caso das rachadinhas, Flávio iniciou as tratativas da compra de uma mansão por R$ 6 milhões em Brasília. Partidos de oposição no Congresso protocolaram ofício no último dia 3 solicitando abertura de
processo contra o senador no Conselho de Ética do Senado para investigar a transação. Eles questionam a origem do dinheiro da transação e as taxas praticadas no financiamento. A Folha obteve no cartório de Brazlândia (DF) a íntegra da escritura registrada de compra e venda o imóvel. Segundo o documento, o parlamentar financiou R$ 3,1 milhões, liberados pelo BRB (Banco de Brasília), comandado por Ibaneis Rocha (MDB), um aliado de Jair Bolsonaro. Já a parcela inicial do financiamento equivale a mais da metade da renda declarada do casal. A prestação inicial assumida pelo parlamentar e por sua mulher é de R$ 18.744,16. Juntos, segundo o documento, eles comprovaram renda de R$ 36.957,68. Ele declarou ganhar R$ 28.307,68 e ela, R$ 8.650. Flávio nega irregularidades na transação. No mês passado, Flávio conseguiu uma vitória no STJ (Superior Tribunal de Justiça), que anulou a quebra do sigilos bancário e fiscal do parlamentar no caso das “rachadinhas”, comprometendo parte das provas reunidas pelos investigadores no Rio. Na última terça-feira (16), porém, o senador foi duplamente derrotado. A mesma corte julgou outros dois recursos de Flávio e manteve o compartilhamento de dados do Coaf (Conselho de Controle das Atividades Financeiras) com a Promotoria, um importante conjunto probatório, e decisões do juiz da primeira instância da Justiça fluminense, questionadas após o Tribunal de Justiça entender que a investigação deveria ter tramitado desde seu início na segunda instância. Frederick Wassef afirmou que Flávio é inocente. “Meu cliente foi vítima de uma campanha midiática. Poucas vezes tivemos voz para explicar detalhes de tudo o que está acontecendo”, afirmou o advogado. “Jamais entrou um real [ilícito] em sua conta. Até hoje, dois anos e meio depois, nada ocorreu. Levaram mais de dois anos para apresentar uma denúncia, tamanha a dificuldade por falta de elementos. Agora, com o que decidiu o STJ, essa denúncia não existe. Tem que começar tudo do zero.”
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ANÁLISE
Covid-19 é mais mortífera para negros em SP Estudo inédito coloca o estado, onde 40% da população é negra, na liderança da desigualdade racial no país FOLHAPRESS SÃO PAULO
A Covid-19 foi muito mais mortífera entre pessoas negras do que entre as brancas no estado de São Paulo ao longo de 2020, quando 46,7 mil pessoas morreram em decorrência da doença no território paulista, mostra um estudo inédito da Vital Strategies com apoio do Afro-Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento). Os dados colocam São Paulo, onde 40% da população é negra (preta ou parda), na liderança da desigualdade racial no país durante a pandemia de Covid-19 e extrapolam disparidades já existentes. A análise foi feita a partir de dados do SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde) e do sistema de informação da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais e indica que o excesso de mortes registrado no estado entre os negros (pretos e pardos) foi mais do que o dobro daquele registrado entre brancos. O excesso de mortes é o número de óbitos superior ao que era esperado para o período levando em conta uma série histórica. A estratégia é recomendada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) para avaliar os efeitos diretos e indiretos da pandemia. A expectativa de número de mortes entre negros e entre brancos em um ano comum difere, resultado da desigualdade social no país. Por isso, para chegar
à conclusão sobre o efeito da doença, é importante observar o salto desse excesso de mortes em cada grupo. Foi o que a equipe coordenada pela médica Fátima Marinho, pesquisadora sênior da Vital Strategies e coordenadora do estudo, fez: para os brancos, esse excesso foi de 11,5%; para os negros, o salto chegou a 25,1%. A discrepância é ainda mais drástica quando observado o excesso de mortes nas faixas mais jovens, de até 29 anos. Neste caso, o excesso de mortes entre os negros chega ao quádruplo da dos brancos. O método considera todos os óbitos por causas não externas (acidentes, mortes violentas), independentemente da causa básica de morte. Assim, o resultado não sofre interferência da conhecida subnotificação da Covid e contempla as mortes indiretas pela pandemia, causadas, por exemplo, pela sobrecarga nos hospitais públicos e interrupção de tratamento de doenças crônicas. A desigualdade ocorre também no nível nacional. No Brasil todo, houve um excesso de mortes de 27,8% para pretos e pardos enquanto para os brancos foi de 17,6%. Apesar de todas as regiões terem apresentado excesso de mortes, é no Sudeste, em especial em São Paulo, e no Sul, onde aparecem as maiores taxas de desigualdades raciais. O impacto das disparidades sociais na perda de saúde da população negra pobre é muito conhe-
cido. Elas determinam, por exemplo, uma menor expectativa de vida comparado com a população branca, maior mortalidade infantil e mais mortes por causas evitáveis e por violência. Várias pesquisas nacionais mostram que os negros têm mais doenças crônicas, por exemplo. Entre outros fatores, estão as condições precárias de vida e menos acesso aos serviços de saúde. Com a pandemia, a perda de saúde dos negros foi somada à dificuldade de se fazer isolamento social, afirma Fátima . As grandes diferenças estão nos extremos etários, nos jovens e nos idosos. “Um porque sai de casa para trabalhar, pega transporte público lotado, e outro porque não consegue ter distanciamento dentro de casa, das comunidades, e porque já perdeu muita saúde”, diz a médica. Para a socióloga Márcia Lima, professora da USP e pesquisadora do Afro-Cebrap, núcleo de pesquisa e formação sobre a questão racial, a pandemia revela de forma mais contundente a histórica desigualdade racial. “O caminho para enfrentá-la passa pelo fortalecimento do SUS e de seus programas e o investimento nos equipamentos públicos de saúde das periferias”, diz. Márcia lembra que em 2009 houve avanço com a aprovação da política nacional da saúde população negra, fruto de uma longa batalha das ativistas negras dentro do Ministério
Divulgação
FÁTIMA MARINHO | Dificuldade maior entre negros em conseguir fazer o isolamento
da Saúde. “Infelizmente, no momento de avançar na implantação dessa política coincide com um governo que não toma esse debate como agenda. Pelo contrário, o desqualifica.” O advogado Pedro de
Paula, diretor da Vital Strategies no Brasil, diz que em outros países, como os Estados Unidos, também ocorreram disparidades raciais na pandemia, mas há políticas públicas em curso para tentar atenuá-
-las - por exemplo, priorizar a vacinação dos mais vulneráveis. “Nos EUA, há uma busca ativa e comunicada desses grupos, com esquemas diferentes de vacinação, locais e horários”, afirma.
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EFEITO DA PANDEMIA
Bicicleta vive ‘boom’, e setor eleva o faturamento em 54% Enquanto vários setores perdem, produção e venda de bikes sobem Eduardo Knapp/Folhapress
FOLHAPRESS SÃO PAULO
Seja para apenas passear, como alternativa de transporte ou complementação de exercício físico, o uso da bicicleta no Brasil vive um “boom” na pandemia. A procura começou a subir durante os primeiros meses de distanciamento social e não arrefece, fazendo com que o setor esteja entre os beneficiados por mudanças de comportamento em tempos ainda anormais. Enquanto vários setores amargaram perdas, a cadeia de produção e venda das bikes terminou o ano passado com uma alta de 54,4% no faturamento, em comparação com o resultado do ano anterior, aponta estudo feito pelo Itaú Unibanco. O comércio desse tipo de equipamento sentiu o aumento da procura pouco depois de o distanciamento ser implementado para conter a pandemia, em 2020. “Percebemos que houve uma migração do esporte e do transporte coletivos para o individual, e também um aumento da preocupação com a saúde”, diz Jean Graminho, diretor de marketing da Pedal Power, localizada em Moema, na capital paulista. Entre maio do ano passado e fevereiro deste ano, a procura por bikes na loja aumentou 50%, e a busca por serviços de oficina, 45%, afirma Graminho.
PEDAL | Ciclismo vive expansão no país na pandemia
“A demanda veio principalmente dos clientes que queriam praticar esporte, pois, por um tempo, não tinha academia aberta, as piscinas de clubes estavam fechadas e quem jogava futebol também ficou sem a sua atividade”, diz. Os fabricantes registraram uma alta equivalente. O Polo Industrial de Manaus produziu em janeiro deste ano quase 57 mil unidades – alta de praticamente 45% em relação ao mês de dezembro de 2020 e de 1% em sobre janeiro do ano passado. Os dados são da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares).
Os fabricantes instalados em Manaus estimam que serão produzidas 750 mil unidades neste ano, alta de 13% em relação ao ano passado. O modelo mais procurado durante a pandemia foi a mountain bike aro 29 – alta de 50%, segundo Cyro Gazola, presidente da marca Caloi e vice-presidente da Abraciclo. “Antes, essa bicicleta era mais usada em trilhas e terrenos acidentados. Na pandemia, passou a ser usada também na cidade”, afirma. Os modelos mais fabricados, de acordo com a associação, são mountain bikes aro 29 (64%), bicicletas urbanas e de lazer (31,9%) e modelos infanto-juvenis (2,5%).
Embora as regiões Sul e Sudeste continuem sendo os principais polos consumidores, houve um aumento na demanda no Norte, no Nordeste e no Centro-Oeste, de acordo com Gazola. A produção de bicicletas, no entanto, não ficou imune à disrupção na cadeia de fornecimento de insumos, um efeito colateral da pandemia que restringe a produção em vários segmentos em escala global. “Estamos com um ‘gap’ de 50% na oferta de insumos das bicicletas fabricadas no Brasil, e faltam, principalmente, transmissões, freios, suspensões e selim”, diz. “De cada 10 unidades que normalmente poderíamos entregar, finalizamos 7 ou 8”. O Brasil é o quarto maior produtor mundial de bicicletas, mas, com o aumento da demanda, o governo ampliou as facilidades para importadores. Em fevereiro, a Câmara de Comércio Exterior do Ministério da Economia publicou uma resolução que determina a redução da tarifa de importação para bicicletas. Foi estabelecida uma redução progressiva da tarifa, que estava em 35%. Desde 1º de março, caiu para 30%. A taxa sofrerá nova redução, para 25%, a partir de 1º de julho e cairá para 20% a partir de 31 de dezembro. No ano passado, o Brasil exportou bicicletas, principalmente, para o Paraguai, o Uruguai e a Bolívia.
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GIRO
Fisioterapeuta com síndrome de Down assume cadeira em Câmara municipal A suplente de vereadora Luana Rolim de Moura (PP), 26, com síndrome de Down, fez história no início desta semana na Câmara de Santo Ângelo, na região das missões, no Rio Grande do Sul. Ele tomou posse como vereadora - virtualmente, em razão da pandemia. Hoje, comemora-se o Dia Internacional da Síndrome de Down. A gaúcha Luana Rolim, que é fisioterapeuta, concorreu ao cargo de vereadora pela primeira vez em 2020 e conquistou 633 votos, ficando como a primeira suplente do seu partido. Devido a um problema de saúde, o titular da bancada, Nivaldo Langer de Moura, saiu de licença e abriu espaço para a jovem. “Este era meu sonho. Sempre fui muito estimulada pelos meus pais a estudar e trabalhar, e agora quero me dedicar dentro da política com projetos ligados aos direitos dos cadeirantes, LGBTs e pessoas portadoras de síndrome de Down, entre outros’’, disse. Reprodução/Facebook
VEREADORA LUANA | Fisioterapeuta tem 26 anos
Anvisa flexibiliza regras de uso de cilindros de oxigênio para Covid-19 A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou na noite de sexta-feira (19) medidas excepcionais para aumentar o acesso a oxigênio no sistema de saúde, incluindo a permissão para uso de cilindros não medicinais no tratamento de pacientes de Covid-19. A agência também flexibilizou a importação de medicamentos. A medida publicada em edição extra do Diário Oficial da União prevê que cilindros industriais sejam usados para o enchimento de gás medicinal para abastecer o sistema de saúde. A publicação impõe apenas alguns critérios, como que as válvulas tenham sido testadas e aprovadas e que os cilindros industriais estejam limpos. A agência ressalta que os cilindros industriais poderão ser utilizados, mas o gás aplicado aos pacientes continuará sendo obrigatoriamente medicinal.
Liminar autoriza retirada de produtos por clientes em bares e restaurantes O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) autorizou sexta-feira (19) que bares e restaurantes funcionem no sistema “take away”, no qual os clientes vão até os estabelecimentos para retirar os produtos. À liminar cabe recurso. Essa decisão derruba de forma provisória o decreto do governo do estado, gestão João Doria (PSDB), e atende ao mandado de segurança coletivo impetrado pela Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes). Antes, na fase emergencial do Plano São Paulo, que vai até 30 de março, esses estabelecimentos comerciais só podiam trabalhar por delivery (entrega em casa por motoboy) e drive-thru (retirada em que o cliente fica no carro).
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EMPREGOS
VAGAS DE EMPREGO
A PENSECOM é uma empresa de soluções inteligentes de RH a qualquer tipo de negócio. Sua divisão de Recursos Humanos confere inteligência e metodologia ágil aos processos de identificação, formação e retenção de talentos.
Ensino Superior/Técnico em Química. Ter atuado anteriormente na área, em SBO. Cód 183
Novas vagas
Auxiliar Administrativo
At. e Análise de Crédito
Experiência com atendimento ao cliente presencial e online; Diferecial: Superior em Administração ou Contabilidade, em Americana. Cód.194
Auxiliar de Confeitaria
Conhecimento em confeitaria e rotina de padaria, em Americana. Cód.195
Operador de Extrusora III
Sales Devel. Representative
Cursando Administração, Marketing; Pacote Office, em Campinas. Cód 179 Superior em Administração de Empresas; Conhecimento em Emissão de Notas fiscais; Excel intermediário; Saber ERP ou Bling. Cód 178
Designer
Pacote Adobe (Photoshop, Illustrator e Indesign); Pacote Office básico, em Americana. Cód 177
Revisor de Tecidos Tintos
Classificar bobinas de fios têxteis, tecidos planos e de malhas e prepara lotes de produção conforme programação pré-estabelecida, em SBO. Cód 176
Conhecimento em operação de máquinas, em Americana. Cód 197
Auxiliar de Salas de Panos
Calheiro
Auxiliar de Compras
Ter experiência com instalação e dobra de calhas, em Americana Cód.198
Representante Comercial
Experiência com atendimento ao cliente, em SBO. Cód 199
Consultor de Vendas
Conhecimento em arquitetura ou designer, em Americana. Cód 200
Representante Comercial
Experiência anterior na função, em Sumaré. Cód 201
Mecânico
Experiência com alinhamento, balanceamento, suspensão e freios de veículos. Cód 202
Estágio Adm Atendimento
Ensino Superior em andamento em Administração, em SBO. Cód 203
Vagas abertas
Para participar do processo seletivo é necessário candidatar-se em nosso site!
Auxiliar de Logística
Ter experiência referente ao setor financeiro, em Americana. Cód.191
Coordenador Financeiro
Ter experiência referente ao setor financeiro, em Americana. Cód.190
Captador de Áreas e Terrenos
Já ter atuado na função, em Americana. Cód.189
Auxiliar de Pcp
Tecnólogo. Já ter atuado na área, em Americana. Cód.188
Coordenador Comercial
Ter noção em Logística, Contabilidade e Finanças, em Americana. Cód 187
Auxiliar de Recursos Humanos
Montagem e colagem de cartelas, etiquetas, faz conferências de materiais, em SBO. Cód 175 Experiência em compras; Emissão e recebimento de NF; Realizar cotação, em SBO. Cód 174
Aux. Adm. de E-Commerce
Conhecimento em E-commerce, atendimento ao cliente presencial e online, em SBO. Cód 173
Representante Comercial
Vendas externas; CNH; Carro próprio e celular próprio. Cód 171
Auxiliar Elétrico Conhecimento em elétrica será um diferencial, em SBO. Cód 170
Analista de DP
Ensino Superior completo em Psicologia, Contábeis. Ter experiência anterior na função, em Caruaru - PE. Cód 169
Ajudante Geral
Ter experiência na função, em Nova Odessa. Cód 168
Atendente de Loja
/jor n altododia
Atendimento ao cliente, manuseio e postagem de objetos, em SBO. Cód 156
Serralheiro
Ter atuado como serralheiro, em Americana. Cód. 155
Líder de Montagem
Experiência com montagem de estruturas metalicas, em Americana. Cód 154
Soldador
Experiência como chapeiro, em Campinas. Cód. 161
Vendedor(a)
Possuir experiência com vendas, em Americana. Cód. 160
Op. de Prensa Excêntrica
Saber manusear serra, guilhotina, furação, prensa, em Americana Cód. 159
Ensino Superior completo em Psicologia/ Gestão de Recursos Humanos. Ter atuado anteriormente na área, em Nova Odessa. Cód 186
Aux. de Sistemas Solares
Encarregado de Produção
Assistente de Locação
Experiência com montagem, instalação e manutenção, em Americana. Cód. 158
Conhecimento em máquina de Dobradeiras, Guilhotinas, em Americana. Cód 184
Experiência com departamento comercial, em Americana. Cód. 157
Auxiliar de Qualidade
Assistente Operacional
Ter experiência na função, em Nova Odessa. Cód 168
Auxiliar de Pcp
Tecnólogo. Já ter atuado na área, em Americana. Cód.188
Estágio Recursos Humanos
Conhecimento em gerenciamento e disponibilidade de horário, em Americana. Cód. 152
Vagas Urgentes Coordenador Comercial
Auxiliar na gestão da equipe. Prospecção de novos clientes, em Americana. Cód 3
Jornalista Digital/ Editor
Cursando Psicologia, em Campinas. Cód 17
Estágio em Secretária
Cursando Administração. Atendimento, função secretária, em Campinas. Cód. 20
Estágio Administrativo
Cursando Administração. Excel intermediário, em Americana. Cód 28
Superior completo em Jornalismo. Reportagens externas e midias, em Americana. Cód 4
Estágio TI
Auxiliar de Estoque
Trainee Financeiro
Ter atuado anteriormente na função, em Americana, Cód. 10
Programador Delphi
Ensino Superior/Técnico em TI; linguagem Delphi (SQL, FIREBIRD, POSTGRES); relatórios, em Americana. Cód. 18
Vendedor Interno
Ensino Médio; Pacote Office; Conhecer sistemas de ERP; Experiência em Vendas, em Americana. Cód 26
Trainee Comercial
Cursando Superior Administração. Excel intermediário; Ferramentas da área comercial em Americana. Cód 49
Consultor Comercial
Superior em Administração. Estruturação do Departamento Comercial, em Americana. Cód 50
Consultor de Processos
Coordenador de RH
Líder de Loja
Ajudante Geral
Gerente Operacional
Auxiliar de Cozinha
Experiência como chapeiro, em Campinas. Cód. 162
Ser especialista de programação C#, em Hortolândia. Cód 182
Estágio e Trainee
Superior em Engenharia de Produção. Kanban; 5S; Conhecimento de qualidade, eficiência, produtividade e perda; Pacote Office, em Americana. Cód 51
Chapeiro
Programador C#
Ter atuado como soldador; Disponibilidade para viagens, em Americana. Cód. 153
Experiência com atendimento. Ter disponibilidade de horário, em Americana. Cód 164 Experiência como chapeiro, em Campinas. Cód. 163
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Cursando TI, em Americana. Cód 43 Cursando Administração, Ciências Contábeis ou áreas semelhantes. Excel Intermediário/Avançado; Conhecimento de ferramentas na área financeira, em Americana. Cód 45
Trainee Recursos Humanos
Cursando Psicologia. Excel intermediário; Formação em Coaching será um diferencial, em Americana. Cód 47
Trainee Comercial
Cursando Superior Administração. Excel intermediário; Ferramentas da área comercial em Americana. Cód 49
Estágio Adm. Atendimento
Cursando Administração. Excel intermediário Atendimento, rotina administrativa, em SBO. Cód 84
Estágio Social Mídia
Estar cursado Marketing, PP ou Jornalismo, em Americana. Cód 101
Estágio Contábil/Fiscal
Conhecimento da Região Metropolitana de Campinas; CNH B, em Americana. Cód. 151
Superior em Psicologia/Recursos Humanos. Experiência na função de coordenação, em Caruaru. Cód. 63
Estágio Administrativo
Vendedor Técnico Pleno
Estágio Comercial
Ensino Superior em Administração em andamento, em Americana. Cód 165
Ensino Técnico. Conhecimento Pacote Office; Experiência venda técnica; CNH B, em Americana. Cód. 117
Cursando Administração. Excel intermediário, em Campinas. Cód 172
Assistente Financeiro Jr
Ensino Superior em Administração em andamento, em Sumaré. Cód 192
Superior Administração. Experiência na área financeira, em SBO. Cód. 120
Operador e Programador
Ter experiência com programacão e operar Torno CNC, em Nova Odessa. Cód. 121
Coordenador Imobiliário
Conhecimento em vendas; CNH A/B, em Americana Cód. 138
Administrativo/ Cobrança
Ensino Superior/ Médio. Ter atuado com cobranças. em Americana Cód. 139
Op. de Prensa Excêntrica
Saber manusear serra, guilhotina, furação, prensa, em Americana Cód. 159
Estágio Administrativo Estágio Logística
Ensino Superior em andamento em Logística, em SBO. Cód 193
Domingo, 21 de Março de 2021
CULTURA
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/jor n altododia
NARRATIVAS
No dia da poesia, se você gosta conecte-se, se não, desafie-se...
Fotos: João Régis Novaes / Divulgação
‘Tantas que aqui passaram’, da baiana Maria Luiza Machado, tem como tema a solidão de mulheres plurais DA REDAÇÃO CAMPINAS
Para comemorar o Dia Mundial da Poesia, lembrado neste 21 de março, a dica é o terceiro livro da escritora, poeta e editora baiana Maria Luiza Machado. A partir de um olhar pungente e detalhista, “Tantas que aqui passaram” conta, em forma de poemas narrativos, fragmentos e cenas que fazem parte da história de diferentes mulheres em algum momento presentes na vida da autora. Publicada pela sua editora, a Mormaço Editorial, a obra conta com parcerias de renome: a edição é da escritora, cordelista e poeta Jarid Arraes e o projeto gráfico é assinado pela poeta e ilustradora Isabela Sancho. “Toda mulher tem uma história que merece ser contada, nem que seja uma cena, um pequeno fragmento”, frisa a poeta, evidenciando a pluralida-
de e singularidade de cada cena versada. “Ao mesmo tempo que revela a história de uma única mulher, muitas outras podem se identificar com o mesmo poema. Alguns temas podem parecer, em um primeiro olhar, banais, mas se houver um bom disparo para a escrita, são capazes de se transformar em poesia.” Influenciada por poesia contemporânea feita por mulheres, Maria Luiza dá continuidade, em sua nova obra, à escrita da poesia com personagens, aspecto já evidenciado em seu livro anterior, “Todos os nós” (Editora Penalux, 2019). O intuito é se desprender do “eu”, de suas próprias sensações, e embarcar em experiências de outras pessoas — em como elas são ou como poderiam ser. “Ler Maria Luiza Machado me fez perceber que a solidão é construída e também coletiva, que
estamos — e ao mesmo tempo não somos — sozinhas. [...] Quando lemos os poemas com nomes tantos, de mulheres que em algum momento conhecemos ou vamos conhecer, também assistimos episódios e sentimentos de nossa própria vida”, escreve Monique Malcher, escritora e antropóloga paraense, que assina o posfácio do livro. Nascida em Feira de Santana, no interior da Bahia, em 1995, Maria Luiza Machado mudou-se para Salvador, em 2014, onde vive há seis anos. Precoce, começou a escrever por volta dos nove anos, ainda na escola, e logo já foi vitoriosa em seu primeiro concurso de poemas. Voltou a escrever com afinco anos depois, já no final da adolescência. Publicou seu primeiro livro em 2018, intitulado “Algumas histórias sobre a falta”, de forma independente. Seu segundo livro,
TALENTO | Autora começou a escrever aos 9 anos e logo ganhou concurso de poemas
CAPA | Maria Luiza conseguiu viabilizar a sua obra por meio de financiamento coletivo
“Todos os Nós”, foi publicado pela Editora Penalux, no final do mesmo ano. Em 2020, Maria Luiza lançou a Editora Morma-
ço, por onde publica seu terceiro livro, o “Tantas que aqui passaram”, viabilizado via financiamento coletivo. A editora tem
como proposta valorizar a pluralidade e dar visibilidade a autores independentes e estreantes no cenário editorial.
INFLUÊNCIAS
O ABC de palavras africanas faladas no Brasil Reprodução / Por Dentro da África
ABECEDÁRIO AFRO
DA REDAÇÃO SÃO PAULO
Não é incomum ouvir um português dizendo que no Brasil se fala “brasileiro” e não português. Por mais estranha que pareça essa afirmação – afinal, sabemos que o idioma oficial do Brasil é o português – há um fundo de verdade em reconhecer que há uma diferença entre a língua falada no Brasil e a falada em Portugal. O “português brasileiro” é bem diferente da língua mãe europeia e um dos motivos é a rica herança cultural dos povos africanos e indígenas no continente americano. “Isso deve ser motivo de orgulho e não de discriminação das etnias que tornaram a língua brasileira distinta da sua origem europeia”, comenta Adriana Dantas, Doutora em Educação e
A – Angu. Os africanos ensinaram os brasileiros a cozinhar o angu, que é uma mistura de farinha de milho ou de mandioca com água para fazer pirão. O termo vem do quimbundo hungu. B - Bazuca. O nome dado a essa arma de guerra também teve origem no banto. Essa palavra vem do termo basuka, que indica explodir ou ser incendiado em quicongo.
IDIOMA | Palavras incluídas na lista fazem homenagem à herança linguística brasileira
colaborada do aplicativo de idiomas Babbel. Primeiro, a língua portuguesa foi marcada pelas centenas de línguas faladas pelos povos nativos que moravam no Brasil. Até o século XVIII, havia uma língua geral baseada no tupi, o nheengatu, que hoje ainda é falada por algumas pessoas. Depois, o modo de fa-
lar no Brasil recebeu novas influências culturais com a chegada das diferentes línguas das etnias africanas. Dentre elas, a família linguística banto, proveniente de uma vasta região que hoje cobre três países: Angola, Congo e Moçambique. São cerca de 300 línguas entre quicongo, iorubá, umbundo e quimbundo. Diversas palavras vin-
das da família linguística banto são usadas no cotidiano do brasileiro. Isso mostra como os africanos enriqueceram a cultura brasileira com seus conhecimentos. Essa sabedoria foi incorporada em vários termos falados no Brasil. Assim, no Dia Internacional da Eliminação da Discriminação Racial, lembrado neste domingo,
F - Fungar. Quem nunca passou pela experiência de fungar o nariz, especialmente quando chora? Essa palavra vem do quicongo kufuna que também virou cafungar e indica fazer barulho com o nariz. N – Neném. A palavra é tão fofa
Adriana Dantas, Doutora em Educação pela USP, e lingüistas da equipe didática da Babbel trazem um abecedário africano em
quanto o bebê que ela designa. Em bundo nene indica pequenino, pedacinho. Q – Quitanda. É uma vendinha de pequeno porte onde se encontra produtos frescos como frutas, verduras, etc. A palavra vem do quimbundo kitanda que significa mercado, feira. R – Ranzinza. Quem nunca se deparou com alguém ranzinza? Esse termo é usado para uma pessoa rabugenta, birrenta. A palavra vem do quicongo nzinzi e indica mosca caseira. X – Xingar. Esse termo tão usado para indicar o ato de proferir insultos a alguém veio do quimbundo xinga, que significa ofender, blasfemar.
homenagem às heranças linguísticas brasileiras, com palavras consultadas no Novo Dicionário Banto de Nei Lopes.
CULTURA
Domingo, 21 de Março de 2021
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Como lidar com a morte de uma pessoa querida POR IVAN MAIA @ivanmaiaoficial
Se deparar com a morte de alguém que você ama faz parte da vida. Mas como você lida com a morte de uma pessoa querida? A morte faz parte da vida, porque viver é se preparar para morrer. Pode parecer banal, mas desde que nascemos a cada dia nós caminhamos rumo à morte. A única certeza que temos é a morte e isso é uma questão de discernimento e sabedoria.
A DOR DA PERDA
É muito comum ouvir dizer que fulano perdeu o pai, tio, avô, filho, enfim. Eu não gosto de pronunciar o verbo perder, porque só posso perder algo que eu tenha posse. Nós chegamos ao mundo nus e sairemos dele sem levar nada, logo, eu não posso perder nada. Lembre-se que palavras criam pensamentos, sentimentos, comportamentos e geram resultados. Portanto, ninguém pode perder nada, porque ninguém é dono de ninguém, a não ser de si próprio.
COMO LIDAR COM O LUTO
Existem duas palavras que as pessoas confun-
TV Tudo Túnel do tempo
Em várias oportunidades na nossa televisão aconteceram casos de novelas ou séries que nunca saíram papel e renderam um tremendo prejuízo para as emissoras. O mais folclórico ou conhecido deles talvez seja o de “A Pantera”, escrita por Vicente Sesso para o SBT. A fé é importantíssima nesses momentos
dem: dor e sofrimento, sendo que o sofrimento está relacionado à amargura, e a dor pode ser classificada como dor física (presente no corpo) ou psicológica (emocional). No momento do luto a dor faz parte porque a pessoa vive o processo de separação, uma ruptura do abraço, de estar perto, da convivência. Há um tempo que a dor acontece, e é escolha de cada um permanecer nela e prolongar o que chamamos de “sofrimento”. Se a pessoa estivesse viva você acha que ela gostaria de vê-lo sofrer? Guarde os momentos bons que viveram juntos, pense no melhor que ela tinha, pois, é o que realmente fica. Escrevo este
texto não para menosprezar a dor de ninguém, mas para consolar e trazer palavras de esperança para quem vive ou está neste processo. A fé é importantíssima nesses momentos para colocar em Deus a nossa confiança. Não pode haver perda sem haver posse é nesse sentido que alcançamos a verdadeira posse, a liberdade emocional porque nada nos pertence. Sofrimento não precisa ser algo definitivo, mas pode ser um caminho a ser atravessado para que chegue do outro lado mais forte e amadurecido. Não perca o encanto de saborear a vida, saiba que temos a cada dia a oportunidade de administrá-la e vivê-la melhor.
Ivan Maia é conferencista e palestrante internacional . Escreve aos domingos no TODODIA
Está pronto
Depois de alguns meses trabalhando no projeto, finalmente a TV Cultura finalizou a edição de um documentário sobre a vida de Nicette Bruno. Chamado de “Nicette em 3 Atos”, o programa vai ao ar na próxima quarta-feira, às 23h, logo após o “Manhattan Connection”.
Vida da atriz
Este especial da Nicette terá as participações dos filhos dela, Beth Goulart, Bárbara Bruno e Paulo Goulart Filho, e contará também com muitas imagens de arquivo. “3 Atos” relembra os três meses de falecimento da atriz. João Miguel Júnior
Novela em Rondônia
Marília Pêra (19432015) foi contratada a peso de ouro, em 1996, para viver a grande vilã de “A Pantera”. Recebeu corretamente o seu salário até o fim do contrato, direito dela, mas a novela não saiu. Virou motivo de piada. A ideia era gravar em Rondônia uma trama ambientada na década de 1950, com direito a cassinos, drinks e shows mirabolantes da época. Ficou no papel.
Eles também
Por diferentes razões, os autores Walcyr Carrasco, Carlos Lombardi, Flávio de Souza, Tiago Santiago e Marcilio Moraes também passaram pela mesma situação. De escrever trabalhos que nunca entraram em produção.
Dias de hoje
Atualmente, há vários autores contratados pela Globo que não conseguiram ainda colocar seus projetos e seguem na fila de espera – Gustavo Reiz entre eles. Estão lá há um bom tempo, simplesmente aguardando uma resposta do novo diretor, José Luiz Villamarim. Já em se tratando de atores, chama atenção o caso de Larissa Manoela. Foi contratada em fevereiro de 2020 e, até o momento, não gravou uma cena sequer. Não por culpa dela, claro.
Grade
As reprises do “Esquadrão da Moda”, apresentado por Isabella Fiorentino e Arlindo Grund nos sábados do SBT, devem seguir até começo de maio. Logo depois o horário será ocupado pelo novo pro-
Nicette Bruno
grama de Dony De Nuccio, em parceria com o Discovery.
Bate – Rebate • Bastidores do “TV Fama”, na Rede TV!, voltaram à normalidade... • ... Aquele estresse envolvendo os apresentadores virou coisa do passado. Aliás, quem nunca?! • A recente paralisação foi mais um duro golpe na saúde das produtoras independentes... • Abandonadas pela Ancine, essas empresas encontraram no streaming (Netflix, Amazon...) uma luz no fim do túnel... • ... Mas, para tanto, precisa existir ambiente de trabalho. E é tudo que falta nesse momento e não se sabe quando será normalizado. • Renata Vasconcellos, âncora do “Jornal da Nacional”, vai completar sete anos de bancada no dia 3 de novembro... • ... Agarrou a oportunidade, após a saída de Patrícia Poeta, e não largou mais... • ... Renata que acumula também a função de edi-
tora-executiva do jornal. • Voltando ao ar dia 22, em “Salve-se Quem Puder”, Daniel Satti, que faz o vilão Donato, também poderá ser visto nos cinemas... • ... Ele integra o elenco do filme Faixa Preta, que será lançado no segundo semestre... • ... Viverá Alexandre Paiva, o Gigi, mestre e figura fundamental na história do pentacampeão mundial de jiu-jitsu Fernando Tererê, papel de Raphael Logam.
C´est fini A direção-geral do “Sabor & Arte”, novo canal pago do Grupo Bandeirantes voltado para gastronomia, já disparou todos os convites para os chefs que deverão participar da sua programação. O passo agora é aguardar os “Ok”, fechar a grade nesses próximos dias e trabalhar a data de lançamento. A pandemia, admite-se, atrapalhou um pouco o planejamento. Então é isso. Mas amanhã tem mais. Tchau!
CULTURA
Horóscopo
Domingo, 21 de Março de 2021
oscar@quiroga.net
ÁRIES | 21/3 a 20/4 A qualidade dos relacionamentos qualificará também seu caminho. E assim mesmo acontecerá com relacionamentos desqualificados, com pessoas que, não apenas nada agregam, mas que também produzem desarranjos.
LEÃO | 22/7 a 22/8 Agora que há um acordo que parece contemplar as partes envolvidas, chegou a hora de executar todos os planos e, se necessário, os retificar sobre a marcha dos acontecimentos. A celebração dos acordos há de ser prática.
SAGITÁRIO | 22/11 a 21/12 Aproveite esta onda de entendimento mútuo que circula através dos relacionamentos que mais importam a você, faça uso dessa condição para abrir seu coração e conversar sobre os assuntos mais difíceis. Dará certo.
TOURO | 21/4 a 20/5 Sua alma e seu corpo se encontram seguros, mas o temor sempre dirá o contrário. Você terá de escolher com bom senso e sabedoria a que voz ouvir com mais atenção, se a da segurança evidente, ou a do medo inquietante.
VIRGEM | 23/8 a 22/9 Alguma dor sempre haverá envolvida no caminho, é impossível imaginar a vida humana desprovida de dor. Porém, isso não significa que seja legítimo sair por aí se queixando de tudo. Isso só agregaria mais dor.
CAPRICÓRNIO | 22/12 a 20/1 Faça tudo que precisar ser feito, gostando disso você ou não, porque isso abrirá caminho para que, depois, você tenha tempo livre para fazer o que quiser. Tarefas em primeiro lugar, o resto depois. É assim.
GÊMEOS | 21/5 a 20/6 Todas as situações que constrangem você são também as chances de você as utilizar como fundamento para o eterno processo de libertação a que toda alma humana está dedicada. A atitude diante do que constrange muda tudo.
LIBRA | 23/9 a 22/10 Fundamental é que tudo seja preservado em funcionamento e, diante disso, todas as pessoas terão de abaixar a crista e se adequar à necessidade, fazendo concessões que, de outra maneira, nem lhes passaria pela cabeça.
AQUÁRIO | 21/1 a 19/2 Fazer acontecer será mais sábio do que esperar que aconteça. Engula todos seus temores, não espere ter coragem suficiente, apenas faça o necessário para que seus desejos prevaleçam. Observe os resultados.
CÂNCER | 21/6 a 21/7 Você sabe tudo que precisa ser feito e reconhece ser você quem deve executar as ações. Porém, isso não livra sua alma de ser tomada pelo temor de não ter acertado bem as decisões, e que tudo possa dar errado.
ESCORPIÃO | 23/10 a 21/11 De tempos em tempos, a alma se sente inferiorizada e isso lhe dá raiva, porque é injusto. Mas, o sentimento permanece. O que fazer? Procure se concentrar nas tarefas que precisam ser resolvidas, o resto passa.
PEIXES | 20/2 a 20/3 Está tudo em andamento, há uma continuidade inquebrantável que garante que tudo, absolutamente tudo, encontre solução e se acerte. Procure não se esquecer desta vivência na próxima vez, em que tudo parecer perdido.
Sudoku Para jogar, preencha os quadradinhos com números de 1 a 9, sem repetir algarismo em cada uma das linhas verticais e horizontais.
Palavras cruzadas
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Domingo, 21 de Março de 2021
/jornaltododi a
social@tododia.com.br
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@ m augo doy
Fotos: Divulgação
Elisangela Nádia e o fonoaudiólogo Flávio Fasanelli
Anabela Martins Ferreira da Silva
Roni Emerson Francisco, incluído no programa Mercado de Trabalho da Apae
Heitor Del Rio Almiche Garcia
Dentro da Verdadeira
Normalidade
Adriana Cristina Zarpelon
Profissional Luciana Rossi com Carolina Silva
Vitor Borraschi Bosso
Talvez o racismo tenha surgido de alguém que tenha identificado que uma determinada raça supostamente fosse superior à outra. Ou pior, talvez da visão de que determinada raça fosse inferior. Mas qual raça é superior mesmo? E qual é inferior? Não faz sentido algum. Então surgiram rótulos como: os japoneses são todos inteligentes, os chineses são perigosos e os italianos são mafiosos. Tão pouco compreendo o porquê desses rótulos que generalizam sem justificativa alguma. A homoafetividade surgiu apenas porque duas pessoas resolveram se amar, antes de pensar se era possível, permitido ou liberado amar uma pessoa do mesmo gênero. As pessoas deveriam julgar quais relacionamentos conjugais têm respeito e quais não têm. Lembrando que, na verdade, relacionamentos nem deveriam ser julgados. E como classificar que algo é normal e determinar que outro elemento seja anormal? Normalidade é a grande maioria? O que define uma minoria como anormal? Comemoramos hoje o “Dia Internacional da Síndrome de Down”, reconhecido oficialmente pela Organização das Nações Unidas e aceito no calendário brasileiro. O Universo Down é exatamente como o nosso. Existem diferentes habilidades, formatos e gêneros. Olhos puxados não os definem. Caso contrário, classificaríamos eles automaticamente como japoneses e chineses. Eles todos têm um olhar espetacular acerca das pessoas e das relações. Eles todos têm uma facilidade enorme para amar sem julgar. E tantas pessoas fora dessa síndrome, sem a capacidade de amar e tolerar as diferenças dos outros. A síndrome de Down só veio para demonstrar o amor, assim como vieram no Mundo as diferentes raças, os diferentes povos e as diferentes tribos. As diferenças que os “down” carregam não causam dor. Pelo contrário, a fraqueza deles é a nossa fortaleza e as limitações deles nos motivam a transcender limites por eles e para eles. Na página de hoje não há nada de diferente. Pra mim, que sou colunista social há quase 15 anos já, essa página está completamente normal. Vamos apenas celebrar o dia deles, que são uma classe da sociedade como qualquer outra, como uma página de Dia dos Professores, ou Dia dos Arquitetos ou dos Médicos. Somos gratos por eles. E eles são gratos por nós. Passou da hora de amarmos todas as tribos, povos e raças da Terra. Está na hora de amar de verdade as nossas diferenças porque amar é normal. E melhor amar de um jeito “Down” sem preconceitos e com ternura.
Riquelmi Oliveira Diniz, professora Maria Alcântara Costa e Samuel Alves
Lucas Rodrigues Della Gracia
Rai Marcos Moreira com a terapeuta ocupacional Helouise de Mello Batista
José Carlos de Souza e a professora Helen Taine
Michelle da Silva Pereira
Maria Eduarda Amado Bertini
Priscila Silva Ladeia
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IMÓVEIS
/jor n altododia
SAÚDE COLETIVA
Saiba evitar a dengue no condomínio Moradores e funcionários podem contribuir ficando atentos para eliminar focos do mosquito Aedes aegypti FÁBIO MUNHOZ FOLHAPRESS
Estação mais chuvosa do ano, o verão é a época mais propícia para propagação do mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue e outras doenças como chikungunya e zika. Nos condomínios, os moradores e administradores também devem adotar medidas para evitar a presença do inseto, que se reproduz em água parada e limpa. Responsável por cinco prédios na região central da capital paulista, a síndica profissional Betine Glina, 58 anos, explica que, dentro dos apartamentos, os moradores devem ter cuidado com qualquer tipo de recipiente que acumule água, em especial vasos de plantas e garrafas. “Quem tem bebedouro para passarinho tam-
bém deve sempre trocar a água”, aconselha. Betine diz que, durante períodos chuvosos, costuma alertar os moradores em grupos de aplicativos de mensagem para que eliminem possíveis focos do mosquito. “Eu não posso expor ninguém. Mas eu sem-
Arquivo | TodoDia Imagem
Sobretudo nas áreas comuns, é preciso verificar telhas, calhas e plantas pre coloco: ‘que tal dar uma verificada nos pratinhos das plantas?’”, acrescenta. Nas áreas comuns, ela orienta aos funcionários para que observem se há acúmulo de água em telhas, calhas e plantas, além de verificar se as caixas d’água estão veda-
AEDES | Mosquito transmissor de doenças como dengue
das. “Também temos que ficar de olho em piscinas infantis. Aqui no meu prédio eu uso uma bomba filtrante”, diz. RESPONSABILIDADE O advogado Sidney Spano, que também atua como síndico profissional, explica que é responsabilidade legal da administração zelar pelo cumprimento das normas de prevenção nas áreas comuns do condomínio. “Dentro das unidades, o condomínio não pode obrigar os moradores [a providenciar a limpeza adequada], apenas pode orientar. A responsabilidade dentro das unidades é de cada morador”, diz Spano. O advogado Rodrigo Karpat acrescenta que o condomínio pode notificar e multar os proprietários que, após serem comunicados, mantiverem
os focos do mosquito. Porém, a possibilidade de multa tem que estar prevista na convenção. Por outro lado, ele afirma que, mesmo nas situações em que o morador insistir em não solucionar o problema, o síndico não pode entrar no apartamento para fazer a limpeza sem sua autorização. Nesse caso, a administração deve acionar as autoridades de saúde ou a polícia ou mesmo entrar com ação judicial. Se a pessoa tiver contraído a dengue no prédio, os especialistas consideram que seria difícil o paciente obter sucesso processando o condomínio, já que a pessoa teria dificuldade de provar que a picada do inseto realmente ocorreu no prédio e que houve negligência por parte da administração ou de outro morador. Arte: Folhapress
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VEÍCULOS
/jor n altododia
LANÇAMENTO
Corolla com estilo aventureiro
Fotos: Folhapress
Novidade da Toyota tem vocação urbana e preço a partir de R$ 140 mil EDUARDO SODRÉ FOLHAPRESS
A Toyota lançou na última semana o Corolla Cross, seu segundo utilitário produzido no Brasil. O primeiro foi o jipe Bandeirante, que pertence a outros tempos. O modelo de agora tem vocação urbana e versões híbridas, assim como o sedã de mesmo nome. O preço começa em R$ 140 mil. É o valor cobrado pela versão XR 2.0 Flex (177 cv), equipada com sete airbags, câmbio automático do tipo CVT, ar-condicionado com regulagem digital, retrovisores com rebatimento elétrico, rodas de 17 polegadas e sistema multimídia que espelha a tela de smartphones, entre outros itens. A versão 1.8 Hybrid (122 cv) mais em conta parte de R$ 173 mil e vem com rodas maiores (aro 18), controle de cruzeiro que freia e acelera sozinho para acompanhar o trânsito, forração de couro e faróis com LEDs nos fachos alto e baixo. Essa opção foi avaliada na pista de testes da Toyota, que fica na fábrica
INDÚSTRIA
de Sorocaba. Além de rodar com gasolina ou etanol, um motor elétrico permite circular em trechos curtos urbanos sem queimar combustível. Um mostrador colorido instalado no quadro de instrumentos exibe o fluxo de energia entre os eixos e a bateria. É o mesmo sistema do Corolla sedã, e as semelhanças não param aí. A cabine do Cross é bem semelhante à do irmão de plataforma. A diferença está na posição mais elevada ao volante. No banco traseiro, o utilitário esportivo oferece menos espaço para as pernas dos ocupantes. As três voltas pela pista de testes revelaram outros pontos em comum entre os Corollas. A versão híbrida não tem qualquer vocação esportiva – o foco está na eficiência energética. Mesmo assim, a suspensão firme permite contornar curvas sem sustos. Mas basta desembarcar para ver o quanto o Cross é diferentão. A grade frontal torna o SUV um ponto fora da curva na linha nacional da Toyota, algo raro nos dias de hoje.
COROLLA CROSS | Segundo utilitário da Toyota fabricado no Brasil, modelo chega com preço a partir de R$ 140 mil
VISUAL | Modelo de vocação urbana e versões híbridas
Divulgação
FÁBRICA DA STELLANTIS | Unidade em Betim já produz motores para Fiat e Jeep
SEGURANÇA | Versão XR é equipada com sete air bags
Grupo Stellantis já produz novos motores no Brasil A Stellantis iniciou a produção nacional de seus novos motores turbo, que equiparão modelos das marcas Fiat, Jeep, Citroën e Peugeot. O anúncio foi feito durante visita do presidente da empresa, Carlos Tavares, à fábrica de Betim (MG), no último dia 10. A planta faz parte do complexo industrial que monta modelos da marca Fiat desde a década de 1970. Foram investidos R$ 400 milhões na nova linha de montagem, e mais R$ 100 milhões serão aplicados
até o fim deste ano. Em um comunicado divulgado pela montadora, Tavares diz que “esta é uma grande notícia para a economia brasileira”. O primeiro motor produzido será o 1.3 turbo (180 cv), que vai equipar as versões 2022 da picape Fiat Toro e dos utilitários esportivos da Jeep Compass e Renegade, além do futuro modelo de sete lugares da marca americana. O 1.0 turbo começará a ser feito no segundo semestre e terá três cilindros. A potência deverá
ficar entre 100 cv e 120 cv. Essa opção vai equipar carros compactos da Fiat, da Citroën e da Peugeot. Será o primeiro grande movimento industrial a envolver as francesas dentro do grupo Stellantis na América do Sul. A sinergia tende a aumentar nos próximos anos, com o compartilhamento de plataformas. Isso possibilitará a produção de novos modelos no Brasil e na Argentina, independentemente da marca e da fábrica utilizada. | FOLHAPRESS
Domingo, 21 de Março de 2021
ESPORTES
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EM JULHO
Olimpíada veta torcida estrangeira Torcedores de outros países não poderão assistir aos Jogos Olímpicos em Tóquio devido à pandemia de Covid-19 FOLHAPRESS SÃO PAULO
Torcedores de outros países não poderão assistir às Olimpíadas de Tóquio, que acontecerão entre 23 de julho e 8 de agosto deste ano, devido aos riscos sanitários ligados à Covid-19, anunciaram os organizadores ontem. “A fim de esclarecer a situação para aqueles que compraram ingressos e que moram no exterior e permitir que possam ajustar seus planos de viagem neste momento, as partes do lado japonês concluíram que essas pessoas não poderão entrar no Japão durante os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos”, afirmaram os organizadores em um comunicado. O COI (Comitê Olímpico Internacional) e o CCI (Comitê Paraolímpico Internacional) “respeitam e aceitam plenamente essa conclusão”,
acrescenta o texto. Cerca de 600 mil ingressos das Olimpíadas comprados por residentes do exterior serão reembolsados, assim como outros 300 mil ingressos das Paraolimpíadas, disse Toshiro Muto, presidente-executivo do Comitê Organizador de Tóquio-2020, em entrevista coletiva. O dirigente afirmou que os custos de cancelamento de hotéis não serão ressarcidos. Muto se recusou a declarar quanto o reembolso custará. Os detalhes da devolução do valor dos ingressos deverão ser divulgados em breve. O veto de estrangeiros nas Olimpíadas de Tóquio é um fato histórico. “Nunca aconteceu de espectadores estrangeiros serem proibidos de entrar no país-sede dos Jogos, nem mesmo durante a gripe espanhola em Antuérpia em 1920”, afirma Jean-Loup Chappe-
let, professor emérito da Universidade de Lausanne (Suíça) e especialista em Jogos Olímpicos. A Folha mostrou em janeiro que entre brasileiros que compraram ingresso para Tóquio o receio de não conseguir assistir aos Jogos era grande, e havia inclusive quem entendesse que, excepcionalmente, a Olimpíada deveria ser apenas para os atletas. Na segunda-feira (8), uma pesquisa do jornal japonês Yomiori Shimbune apontou que apenas 18% dos entrevistados eram favoráveis ao país receber estrangeiros no evento, enquanto 77% eram contrários. Sobre haver público ou não, seja de onde for, 48% defenderam que as arquibancadas devem ficar totalmente vazias, enquanto 45% afirmou ser possível haver plateia. A Olimpíada de Tóquio foi adiada de 2020 em ra-
EL SALVADOR
Surfista de 22 anos morre após ser atingida por raio A surfista Katherine Diaz, de 22 anos, morreu sexta-feira (19) após ser atingida por um raio durante um treinamento que fazia na praia de El Tunco, no Oceano Pacífico, sudoeste de El Salvador. Segundo informações da imprensa local, Diaz
foi atingida pelo raio ao emergir na água, por conta da tempestade que se formava no momento. Katherine era uma das promessas do esporte no país da América Central. Mesmo aos 22 anos, ela já fazia parte da seleção salvadorenha da modalidade
e estava em preparação para o Campeonato Mundial de Surfe. Nas redes sociais, o presidente do Instituto Nacional de Esportes de El Salvador, Yamil Bukele, lamentou o ocorrido: “Estamos muito tristes com esta morte”.
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Shugo Takemi/Tokyo 2020
TÓQUIO | Comitê Organizador vai devolver dinheiro de ingresso para estrangeiros
zão da pandemia do coronavírus. Como a situação mundial ainda não parece próxima de estar controlada, uma série de medidas foram divulgadas com relação aos atletas pelos organizadores.
Eles serão testados frequentemente, ficarão em uma “bolha” e não poderão viajar a turismo durante o evento. Recentemente, houve uma troca de comando no comitê organizador.
Após fazer comentários machistas, Yoshiro Mori renunciou ao cargo de presidente. Seiko Hashimoto, 56, ex-atleta que competiu em sete Olimpíadas, assumiu em seu lugar.
NA ARGENTINA
Ferroviária busca o bi hoje da Libertadores feminina Campeã da Libertadores feminina em 2015 e vice em 2019, a Ferroviária está de volta à final. Hoje, o time de Araraquara terá a chance de buscar o bicampeonato diante do América de Cali (COL), a partir das 19h45 (de Brasília), em Buenos Aires, no estádio
José Amalfitani. A equipe do interior paulista chegou à decisão após eliminar a Universidad de Chile na semifinal, com vitória nos pênaltis por 7 a 6, quando a goleira Luciana fez três defesas. Nas quartas, o clube havia batido um dos anfitriões, o River
Plate (ARG), com vitória por 1 a 0. “Vamos trabalhar para buscar esse título que estou esperando faz tempo, quero realizar esse sonho e, se Deus quiser, vai vir com a camisa da Ferroviária”, disse Luciana após a semi. | FOLHAPRESS