Revista O Malho

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NUMERO S JUNHO, 1840 PREÇO 3»QOO

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vida

cada

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inten-

grandes

cida-

rica.

mais

accelerado

de

carbono

dos

micro-organis-

pelas

uma

mais

necessidade

im-

aos

dedica-se

domingo

Petropolis, pela tigo

a pouco, o carioca adquiriu o na"semana ingleia". E á tarde de sab-

r

das

praias,

esquecida,

quasi retorna

ao seu

de

fim

de

clássicos

de do

sitio

como

Mas

veraneio.

repouso tivos

so.

an-

Jardim

quanto

semana. clima,

da

ideal

para o pelos mo-

Ideal belleza

pela facilidade rodovia Rio-Petropolis,

Graças

resca

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cidade

serrana

tornou-se

da

payde accesa

tão

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do

<c_c_,

A

too

autorW Al-

Dr.

varo Mesquita offerece magnifico exemplar week - end : confortável de vivenda para exc_pittoresca e econômica. Seu custo não Tem 3 reis. de de de 70 contos quartos, barecanto pacom copa hall, despensa, nheiro, almoço,

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amplo

jantar e varanda. A lareira collocada rante r.o mais ximo

o aquecimento

serrano.

nos

no

recantos

pittorescos ao Petropolis

com

de

sala

Living-Room, dias frios

ccnstruida.

Serí

de

breve,

gado inverdos

num

Petropolis,

pro-

Country-Club.

pittoKAULINO

próxima

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^ conV*

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ou

Gávea

projecto que publicamos, da architecto F. F. Saldanha para o

ra

elegane'*

de

cidade

simples

como

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/ ~ __.

ar

esplendor. Não

e

esteve

que

attracção

sagem e, sobretudo,

saude.

ao

sports

mana.

aglomera-

pela combustão dos gazes tornaram o repouso afastaurbanos

centros

Pouco

de

oxido

para

vei

impregnado

automóveis, dos

para de

gente moderna das

humanas

mediata

bifo

luxo

o ar

de

e

campo,

um

rithmo

o

negócios, mos

de

casa de

dei-

urbano

Grajahú.

ás praias e ao campo. Com isso renda o trabalho durante cs seis dias da se-

livre, "Weelc-end"

centro O

bado

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do

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SEU

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...de que de

repouso

refrigerio

e

proporcionam colonia

as

aguas

de CZ^

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Si a Sra. não a conhece ainda, ex-

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perimente usal-a sempre e generosamente em seu banho matinal ou A Sra. notará que, sendo mais concentrada, a Agua de em massagens. ^

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Colonia de Coty não apenas sua-

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visa os dias mornos e cansativos,

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mas também perfuma a epiderme, dando-lhe um toque perenne de perfume que os homens adoram. A Agua de

Colonia, de

Coty, é

apresentada, agora, em 4 tentadores perfumes.

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1940

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MALHO


Immortoes que não tiveram a ''immortalidade'' acadêmica Damos, a seguir, o motivo porque alguns grandes nomes da literatura franceza não entraram na Academia, conquistando, apesar disso, a immortalidade. MaUbranchc. Pertenceu á Academia das Sciencias. Era considerado homem de sciencias e nâo de letras. Suint - Stmon - Só se tornou conhecido como escriptor, depois de morto. Diderot.-- Por caUsa do seu reconhecido atheismo, que sempre o privou de votos, apesar da campanha favorável de Voltaire. - Os quarenta não o Mirabeau. vista da ímmoralidade de sua vida. quizeram em Benjamin Constant Exilado, desprestigiado chefe da opposição, foi sempre o avesso de um candidato á Academia. . Nunca se apresentou Stcndh.il como candidato. ~ APresentára sua candidatura, em .o.o5"^?' 1SJ9 ; desistiu, porém, em favor de Victor - Hugo Em 1841, candidatou-se novamente, obtendo apenas dois votos ; repetiu a candidatura mais duas vezes sem êxito. Em Agosto de 1850, fallecia. - Recusou, peremptoriamente, Beranger. as mais honrosas propostas. Michelet. Nunca se apresentou. Lamennais. Razões políticas e religiosas lhe vedaram a entrada. Barbey d'Auriríll„. - Encarniçado inimigo da Academia, da qual disse horrores, não poderia pensar em candidatar-se. Flaubert. — Não foi acadêmico por causa do escândalo de Mme Rnv.™ _. ,. d° Pr°CeSS° que ° * romance lhe acarretou

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O uso das PASTILHAS MINORATIVAS restituiu-me a alegria e bem estar. Esse produeto é um laxativo suave para todas as idades e também um excellente tônico e estimulante do appetite. Siga o meu conselho e tome

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SC apresent0» e si se apresentasse^fcer...'' nàoseria _*° ^eito. A Academia não SmtttEE „„

SfZSST se,°semelhante bohemi-ú" **

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Baudclairc. Aspirou muito uma cadeira, mas hostilizado por Merimée o VlUemaln,

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1940


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ANTONIO A. DE SOUZA E SILVA ANNO XXXIX — NUMERO 4 Junho — 19 4 0

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Diíecção e Escriptorio TRAVESSA DO OUVIDOR, 34 Caixa Postal, 880 — Tel. 23-4422

Redacção e Officinas RUA VISCONDE DE ITACNA, 419 Tel. 22-8073 — End. Teleg.: O MALHO ESTE NUMERO CONTEM 78 PAGINAS

VI _ 1940

CAPA

Oscar Pereira da Silva é um dos grandes nomes da pintura brasileira. Formado pela antiga Academia de Be!Ias Artes, conquistou, em 1887, o prêmio de viagem á Europa, onde permaneceu durante vários annos, aperfeiçoando a sua arte e a sua cultura. Regressando ao Brasil cm 1896, aqui fez uma exposição de trinta e tres quadros, sendo recebido com geral entlilisiasmo. E' que desde cedo revelou qualidades artisticas que só se encontram nos verdadeiros mestres. EUe era, antes de tudo, um desenhista seguro. Com essa base, e dentro dos ensinamentos da escola classica, não lhe foi difíicil collocar-se entre os nossos pintores mais respeitaveis. Oscar Pereira da Silva nasceu em Campos, no Estado do Rio. a 27 de Agosto de 1867, mas viveu a mai r parte da vida em S. Paulo, onde se fixou desde 1896. bandeirante que produziu a melhor Foi na capital "A fundação de S. Paulo", "Infancia obra: parte de sua de Gioto ", " Escrava Romana ", " Descoberta do Brasil " e outros trabalhos. Fallecido ha pouco mais de um anno, póde-se dizer que a sua morte abriu na nossa pintura, principalmente em S. Paulo, um vácuo. l>e facto, Oscar Pereira da Silva ura um mestre completo, e os mestres completos não são muitos. Oscar Pereira da Silva especializou-se na pintura historica. Foi um figurista notável c deixou uma bella e volumosa bagagem artistica. " Ciganaa t ela que reproduzimos na capa deste numero, é uma das mais expressivas composições do grande pintor fluminense.

Edição da Soe. A. O MALHO Director :

NOSSA

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HUMORISMO

ILLUSTRADO ILLUSTRADO

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(pílulas de papaina e PODOPHYLINA) PODOPHYUNA) Empregadas com successo nas molestias n Empregadas d° •,,oml9«>. figado ou intestinos. Essai | **">Wfc *** mi |

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si ele após o trabalho do^ dia quer ficar sosinho, re-^-^ ¦— ¦• tirando-se do convívio fa-/J '/ -^p^T^St^ ^T\S0 miliar. O motivo não é o' mau gênio ou uma disposição anti-social... ele sofre. sem saber, do figado ou dos intestinos;

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INDISPENSÁVEL AHIGIENE INTIMA DAS SENHORAS

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crônica, causando dores de cabeça, cansaço e mal estar em geral, tira-lhe todo o prazer, alegria e bom humor'

E a senhora mesma, ás vezes, não se sente irritada, nervosa e implicante? Não serão também os "arrufos" familiares, uma conseqüência da má função dos

seus intestinos? Regularizar essas funções vitaes no organismo do seu marido, como também no seu, será fazer voltar a paz e alegria ao seu lar.

Não ha melhor tratamento do que tomar as pequenas drageas de

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o remédio

aconselhado

pelas autoridades médicas.

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ALLIVIO E FRESCOR Para descongestionar olho» sanguinoos • conforlal-o» quando cansados» nada melhor do qu» alguma» gotta» de Larolho. Lavolho não arda a dá allivio immedlato.

LAVOLHO BENEFICIA OS OLHOS

Os cabriolés estiveram em grande voga A durante o reinado de Luiz XV e era de bom tom que as próprias damas conduzissem suas carruagens. Porém, verificou-se que as mãos mais formosas nem sempre eram as mais hábeis e os accidentes se repetiam com freqüência. Alarmado, o rei ordenou a D'Argenson, que naquella época zelava pela segurança dos mortaes. tomar providencias.

ELEGÂNCIA

E A IDADE

MAGNESIA

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Deseja V. Majestade que se acabe com os accidentes, perguntou-lhe o subdito. Eu o ordeno, foi a resposta. Vossa vontade será satisfeita, Majestade. E foi assim que, no dia seguinte, baixava uma portaria exigindo que as senhoras conductoras cie coches deviam, além de dar provas de prudência e sangue frio, ter pelo menos trinta annos de edade. Foi o sufficiente para que dois dias depois não se visse pelas ruas de Paris nenhum cabriolé dirigido por mãos femininas.

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HUMORISMO

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O ladrão, surprehendido pelo medico : — Oh ! doutor ! Primeiro me dê um anesthesico. . . O

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CINEARTE

(PÍLULAS DE PAPAINA E PODOPHYLINA) Empregadas com succasso nas moléstias do estomago, figado ou intestinos. Essas pílulas, alfm de tônicas, são indicadas nas dispepsias, dores de cabeça, moléstias do figado • prisão de ventre. São um poderoso digestivo e regulariiador das funeçõet gastro-intestinaes. A VENDA EM TODAS AS PRARMACIAS Depositários: JOÃO BAPTISTA DA FONSECA Vidro 2$500, pelo Correio 3$000 Rua Acre, 38 ————— Rio de Janeiro VI -

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uma prisão de ventre crônica, causando dores de cabeça, cansaço e mal estar em geral, tira-lhe todo o prazer, alegria e bom humor,

E a senhora mesma, ás vezes, não se sente irritada, nervosa e implicante? Não "arrufos" familiares, serão também os uma conseqüência da má função dos

seus intestinos? Regularizar essas funções vitaes no organismo do seu marido, como também no seu, será lazer voltar a paz e alegria ao seu lar.

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BENEFICIA OS OLHOS

Os cabriolés estiveram em grande voga durante o reinado de Luiz XV e era de bom tom que as próprias daPorém, vemas conduzissem suas carruagens. nem formosas mais mãos as rificou-se que accidentes sempre eram as mais hábeis e os se repetiam com freqüência. Alarmado, o rei ordenou a D'Argenson, segurança dos que naquella época zelava pela tomar providencias. mortaes,

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Deseja V. Majestade que se acabe com os accidentes, perguntou-lhe o subdito. Eu o ordeno, foi a resposta. Vossa vontade será satisfeita, Majestade. E foi assim que, no dia seguinte, baixava unia portaria exigindo que as senhoras conduetoras de coches deviam, além de dar provas de prudência e sangue frio, ter pelo menos trinta annos dc edade. Foi o sufficiente para que dois dias depois não se visse pelas ruas de Paris nenhum cabtiolé dirigido por mãos femininas.

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MALHO

QUE

habitantes de Corban. no districto de Moutiers (Suissa) em 1818 que Jean Bart não era francez mas proclamavam OS jurassiano de Bernc. Baseavam-se numa carta que o sa bio monge cistercense, D. Mareei Moreau. endereçara, em Junho de 1789, ao bispo de Basiléa. Archivista apaixonado, D Marco; "...Lembrei-me exprimia-se assim: de havia na parochia de Moutiers-Grandval quê familias descendentes dos Barth, e eu tratei d informar-me si ellas não tinham sciencia do chefe dEsquadra. Dirigi-me a seguir ao maire de Corban, nas visinhanças de Correudelin, e elle me disse ter ouvido a seu fal lecido pae que um tal Jean Barth se expatriara desde a adolescência, atravessara os mares e se tornara uni grande chir (um grão senhor) em França. Escrevi, então, ao cura dessa parochia, solicitando-lhe para ave«M seus registros. ... a genr'Suar tilcza de enviar-me uma certidão de baptismo da Elle teve consta que qual Jean Barth nascera em Corban. em 1655, sendo filho de Pierre Barth e de Marguente Barth, e tivera por padrinhos Hantzo Barth e Cathenne Barth. Em vista de semelhante sou de parecer que o intrépido Jean Barth nasceu documentação, em Corban e é por conseguinte, de origem suissa",

AE ser ms aliado nos Rochedos de Naye to de aerologia. que sera controlado não (Suissa) um posestudantes de engenharia, mas. também, só por technicos e escoteiros pinados a physica O observatório alpino terá aporseu serviço apuma de aviões, 1>ara explorações bi-quof) flotilha "" céO de Naye, a alturas superio=J"'llaMas res a 6.(XX) metros, afóra um grande numero de radio-sondas, verdadeiros vres em miniatura, em cujo bordo balões liserão installados pequenos postos emissores de T. S. !• • Uma das estações meteorologicas dos Rochedos de Naye recebeu o nome de Piccard, o pioneiro das explorações estra tosphericas. \/ V

rx OIS architectos argentinos, os Srs. Martin e Juan Carlos ,a K'stra' construíram um novo typo de motor U a expio . sao a quatro tempos. Caracteriza-se valvulas rotativas, consistentes em capacetes por um systema de gyratorios affectando variai formas: cylindricas, conicas, discoides, etc. São em

loterico íTcentro distribue verdadeiras 'fortunas em bilhetes e apólices vendidos " em aeu balcão, naTRAVCSSA DO OUVIDOR, (p

F i I i a e s SAO PAULO — KÜA BOA VISTA, 57-61 PORTO ALEGRE — AVENIDA II I IO DE CASTII.HOS, 133 O

SUM

cdade-media, as ridades republicanas da Italia possuíam " N.> uma arca santa, o Caroccioinvenção de um bispo de Milão, Eriberto. Era uni grande carro de quatro rodas, pintado de vermelho, que puxavam oito bois cobertos de tapetes também vermelhos. Ao meio do carro erguia-se uma antenna cor de fogo em cuja ponta estava fixado uni jílolx» dourado. Km baixo, entre dois véos brancos fluetuava o estandarte da conimuna. Mais abaixo, um Chrísto, progado numa cruz, parecia abençoar os soldados que o levavam. Nos cani pos de batalha, o "Caroccio" servia de altar, sendo as missas celebradas pelo capeilão do regimento. O desapparecimento da arca era considerado um crime imperdoável.

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-8-

VI -

1940


numero de seis as vantagem apresentadas pelo novo motor a ex plosão: A) as válvulas rotativas, gyrando sempre no mesmo sentido, requerem um mínimo de (orça para -.ii iniiiinaiidii; H) a forma hemispherica ^T _. a mais completa transda câmara permittc /'/Á/j///-., re a.' Formação das calorias em torça ettectiva; a augmentar comde C) a possibilidade pressão além da lograda com os motores communs; D) os tubos de escapamento são excepcionalmente curtos e amplos; E) o augmento da emulsão de óleo e do ar; F) a posição da vela no centro da câmara de combustão.

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X -,*V,a.

__»»rV^"_»l_», appareceu sob forma epidêmica na Europa em fins do XV século. A primeira descripção do terrível mal Asyphilis foi feita pelo Dr. Diaz de Islã, medico hespanbol, que cita em seus escriptos ter tido como cliente o capitão da náu "Pinta", Martin Alonso Pinzón. O mal. denominado " Eníer "de Hispaniola". midade de Haiti" ou propagou-se a toda Hespanha. dahi disseminando-se pela França "mal e pela Itália. Em França chamaram-lhe "chaga itálica". O comgallico" e na Itália bate á syphilis por meio de bismutho foi iniciado sob os melhores auspicios pelos profeasores Uhlenhut. em 1908. Ehrlich. em 1913, e Sazerac e Levaditi, em 1921. A estes dois, poiMii. segundo i. Dr. Júlio Bejarano, cathedratico da Universidade de Madrid. cabe o tituIo de "verdadeiros iniciadores da therapeutica bismuthica da syphilis", por haverem descoberto o effeito benéfico do tartro-bismuthato de sódio e potássio sobre as lesões espirilares em coelhos. Fournier c Guenot foram os primeiros clínicos a utilizar em grande escaIa os compostos de bismutho na syphilis humana. Metchnikoff c Emile Roux inauguraram a éra da syphilis experimental, em 1903, revelando a acçãn preponderante da .minada de calomelano-lia therapeutica syphilitica.

ROGERsGÀLLEl

Destaca lido entre os seus insuperáveis JE a AGIA DE COLÔNIA, marca i •\ produto» que I c m u m a fama .secular: Am

IXDA se nâo sabe com segurança de que arvore se extrahiu a madeira para a cnnstrucção da Cruz de Xosso Senhor. Ao que nrfs diz Jean Tournay. que andou em averiguações pela Palestina, o. Hebreus se teriam servido do tronco de Supuma palmeira ou de uma oliveira... põem outros vulgarizai!.ne-. que 0 lenho tagrado fui extraindo de um cedro. Para os poetas, teria sido .. sandalo o fornecedor do material para o instrumento de suppücio. ik botânicos são de opinião que a Cruz era de pinho. Entretant... a arvore mais vulgar na Terra Santa, nos tempos de Jesus. era o syeonii.ro. . .

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clarim que, em Novembro de 191fi, anrrunciou as tropas allemãs a celebração do Arinisticio. pertence, d míc Abril de 1939, ao Sr. Adolf Hitler. Deulh'o de presente um soldado. Arthur Zcdrowski, que, em recompensa de seu gesto patriótico, recebeu as divisas de sargento. Arthur. segundo declarações dos jornaes berlinenses. recusara vender o clarim a um ricaço americano, que oiícreccu pelo instru mento a somma de 10.000 dollars. O ciarim do Armistício acha-se actualmente depositado na sede da Chancellaria do III Reich.

EXIJAM SEMPRE THER/VVOAVETROS PARA FEBRE

"CASELLA LONDOIM"

PARA FERIDAS, INFLAMAÇÕES, I I ESPINHAS, CRAVOS, SARDAS, ETC. I I MELHOR QUE QUHLQUER CRÊMEoeTOUCHDÔR I

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Convença-se que não é vantagem, nem os homens apreciam — mostrar um rosto bello á custa de artificios... Não perca tempo, portanto, em esconder e retocar todos os dias os defeitos de sua pelle. Para ganhar e vencer o Tempo, procure corrigil-os usando diariamente Leite de Colônia. Faça de Leite de Colonia o seu alliado, na conquista de seus admiradores... Leite de Colônia é um tônico que limpa, alveja e amacia a pelle, corrigindo todos os seus defeitos e imperfeições. Use Leite de Colônia todos os dias — de manhã e á noite— e em pouco tempo seu rosto mostrará a differença.

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STAFIX conserva o penteado das Senhoras e dos Cavalheiros, dando-lhe mais brilho e distin<cáo.

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muitos só theoricamente dcver-se-á distindesenho, da pintura. São, na evidencia, o guir PARA entidades bem diversas. E a rememoria de Daumier é bastante para testemunhar aquella diversidade Quem examinar a arte do século XIX trancez. iogo verá que além de Ingres e Dégas, será difficil encontrar outro artista que se possa emparelhar a Daumier. A obra deste mestre francez, no emtanto, viveu longamente como de natureza secundaria: era apenas caricatura. E sua nomeada se alevantara mais como satyrico, terriíico causticador dos governos de Thiers, Luis-Philippe e Napoleão III. O cyclo de sua arte se reduzia assim a tres phases bem claras: primeira — mascaras, na revista Caricature; segunda ¦— bustos, no jornal Charii>ari, e, finalmente, as séries em pé, onde os grupos da vida social se assemelham pela profissão. Nas primeiras as legendas de Carlos Philipon, humorista diabolico e fundador d'aquelles periodicos, como que exaltavam a vivacidade, o corrosivo linear do desenhista. Mas a arte de Daumier não se limitou a essa caricatura de sabor popular, de indice trivial, que logo a todos satisfaz, como succedia com a de Henri Monnier, o creador de Joseph Proudhommc, de tão largo êxito no século passado. Daumier era um insigne psychologo: sua arte penetra fundo num sentido vertical; e. como Balzac. a quem é comparado, retrata os refolhos obscuros dos seres. A série de advogados constitue o álbum mais emocionante sobre a profissão. A ironia flue e vae <i satyra; d onde se transporta á tragédia social. E, como uma silhueta diabólica, de sarcasta apaixonado, uma

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linha cruel marca, com evidencia eterna e humana, as fraquezas, as pequeninas humilhações da consciencia. Mas, fora d'essas paginas de fogo, o mestre se comprazia em retratar as mínimas covardias convencionaes da vida social, como nessa pagina magistral que se reproduz: a attitude, de attenção, dos .espectadores, no theatro. Quem examina a coliecção de caricaturas de Daumier — adquire uma somma preciosa de informes sobre a sociedade da época do sesengundo império. E ma:s: dos homens os dominavam timentos que da metade do século XIX. Mas em que consistiria a superioridade de Daumier sobre Cavarni e outros seus contemporaneos? Naturalmente que não será o thema que nol-o dirá. Iremos encontral-a na linguagem graphica. O desenho de Daumier é de umn extrema veracidade; uma linha sensivel, e ao mesmo tempo enerqica, carregada de intenções, arrebanha os" estigmas moraes do personagem. E temol-o alli despido moralmente: o traço do mestre o desvestiu BO moral, e fel-o viver, com naturali-

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como verdadade, instantâneo d e i r o A\s psychographico. vezes é apenas um prelúdio. d e desenho O fóra Daumier serra ma, modela-a, dá-lhe atmosphera epidermica, fal-a activa, dálhe uma espécie de densidade mollecular. De tal sorte, a fórma não' vale somente mas volume, como como principalmente movimento e expressão. Para o insignc ha não desenhista pormenor i n s i g n i ficante, ou melhor — o conjuncto é uma Os emigrantes (segundo um Daumier resultante dos pordesenho original). menores. Assim, leveser o traço vemente indicado, um ponto dominante. Marpoderá assignála num sentido imagem se a do desenho, technicas cadas as ler com se inconfundível presteza e acompapoderá claro, que nhal-a nos seus mais occultos vicios. Cada caricatura de Daumier é uma devassa completa no patrimônio moral e mental da victima. Com esses elementos de ordem technica, Daumier subia mais, e envolvia as scenas e os actores nesse subtil inter-humano, nessa mobilidade elástica da vida que resulta da reunião polylogal de varias social, e que, para a natureza ressoas numa sala, num conjuncto "ambiente". Penso que ahi reside o gráo physica, se costuma chamar Não nos dava os personagens estheticas. máximo de suas virtudes respiravel. vivendo em ar seccos. isolados: sempre foi Quanto á significação physionomica, penso que ninguém inolficava mais inullidive'1 do que elle: alguns traços — e o typo vidavel, ohiigando-nos a reconhecer que Daumier faz!a concorrência se paao registro civil, como Balzac, e que alguns homens é que rociam com a caricatura do mestre. -15-

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SAUER CASOU-SE COM ANGÉLICA MORALES AOS DESFECHO INESPERADO FUSA ESTRÉPITOSA UM JURADO

situada em Budapest, offereceu grandes prêmios e o titulo do "Melhor Interprete de Liszt no Mundo" aa vencedor dc concurso realisado para a interpretação das obras daque'le mestre, por oceasião do centenario do seu nascimento. Do mundo;

jury faziam parte os melhores pianistas do mas Emile Sauer era indiscutivelmente o mais

destacado.

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pupilo do grande Franz Liszt, Sauer tinha começado a sua carreira, sob os auspícios daquelle famoso mestre 55 annos antes, realisando um concerto na mesma cidade de Budapest onde

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jovens pianistas de varias partes para escolher o melhor interprete do grande mu:.'cista. Fora el'e considerado o maior discipulo de Liszt entre os seus contemporâneos e ninguém parecia estar por conseguinte melhor indicado para julgar os predicados dos jovens pianistas. Em Emilc

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Costuma-se dizer que a juventude perenne é um presente dos Deuses aos verdadeiros artistas. Emiie Sauer, de 76 annos de idade, um dos mais famosos pianistas do mundo inteiro, está neste caso. Mantendo galhardamente a posição conquistada atravez de 55 annos de actividade, em permanente luta com como tidores mais jovens, elle vem de surprehender os seus innumeros admiradores com a noticia do seu casamento. Effecfivãmente, Emile Sauer acaba de desposar Angélica Morales, uma dama cincoenra annos mais jovem que elle. Mexicana

de nascimento, a nova esde Sauer foi uma das discípulas mais posa dilectas do grande mestre — a mais applicada que elle jamais teve, segundo seu próprio e insuspeito testemunho.

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Apesar dos 26 annos da sta. Morales, o romance que acaba de terminar com o casamento daquelles dois artistas, data já de vários annos. De facto, ha cerca do seis annos que se commentava nos bastidores da musica a amisade que ligava Emile Sauer a Angélica Morales. Em 1933, a Escola Superior de Musica Húngaro,

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jovens pupillos, uma mocinha mexi cana, cujo nome elle próprio inscreveu no concurso, dizen todos

os collegas do a sua execução consjury que titu:ria uma revelação. Ali, affirmava com absoluta convicção,

estava encarnado o verdadeiro espirito de Liszt. As rnepsodias do grande compositor ganhavam assim vida nova nas mãos de uma interprete tão perfeita. E Sauer

l=Eugcnc dAlbccL e compositor moso ca-,

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antigas Us. todas com ultima mA a.umnas. contava JQ elle. Znos menos que

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de oi MRAi PIANISTA e sita LINDA PUPILA "CONCURSO 76 ANNOS DE IDADE. O LISZT" "INSULTO". A PARA REPELLIR O HISTORIA DE AMOROSO que a sua |Ovem puarrebataria o primeiro prêmio. pilla No concurso tomaram parle cer

assegurava

O famoso pia. acompa. nista, nhado de Angc. lica Morales, da cidade do Mexico, sua alumna favorita e a quem acaba de Elle desposar. conta 76 annos de idade c ella 26

ca de oitenta jovens pianistas. Emiie Sauer, porém, ficou bastante desapontado ao constatar que a maioria dos membros do jury não encontrou tão excepcionaes qualidades Angélica Morales. De facto,

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Annie Fischer, joven pianista, que conquistou o primeiro prêmio no Concurso Liszt. contrariando assim as pretensões de Sauer. Quando este verificou que Angélica não estava entre os principaes concurrentes, abandonou ruidosamente o jurg.

tou-a assim para fó.a do edificio, rumando directamente Casamentos dessa natureza para a estação ferroparecem estar em moda viária; ali tomou um trem que o levesse longe da eientre os grandes musicistas. Ha alguns annos Fe'ix Weinpara dade onde tinnam sido ambos tão "insultados". "Favorigartner, famoso maestro, contando então 63 annos, uniu-se tismo, simples favoritismo", exclamou colérico o velho a Carmen Studer, uma moça suissa de 23 annos, virtuose, quando leu a noticia de que fora que Annie Fischer, uma sua alumna, por signal. Eugene d'Albert, jovem pianista, vencera o concurso; conquistando assim o grande pianista e cobiçado titulo. compositor, repetiu varias vezes a experiência. Casou-se v_>s Os demais membros do iury riram complacen complacen <¦=+- vezes, .,„,,_,. _.c™IU_„-^,- sempre .escolhendo .'jury' .. . _ . .. a espose entre as suas _ , j. seTe temente diante da indignação de Emile Sauer reconhe i r»Da ult,ma __• ve2> desposou Virginia Sanetti, de 20 cendo que havia nos seus desvelos pela jovem de cabellos alumnasnegros mais que uma simples dedicação de mestre... annos, quando elle contava quasi setenta. Pouco depois, Agora, seis annos mais tarde, vem a confirmação do entretanto, fallecia . . romance, apenas adivinhado pelos que assistiram ao ei- ____ -, r . e cbauer' com 76 annos' mantem ° record- Entre' "Concurso candalo do Liszt". m Emile Sauer desposou afinal Angélica Morales, a de.- tanfo' com° tóca PIano com a mesma perfeição e segupeito da differença de 50 annos existente entre a idad. rança dos seus primeiros annos de vida artistica, é de de ambos. suppor que seja tão jovem como esposo. VI

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DA l E A H EVA Surge Mâo: [va após; Deus os extiorta. Tinham no paraíso eterno encanto; Roubam o imcto, que é vedado, e emtanto Delles toda a ventura é logo morta. I vista delles Deus já não supporta, E envolve a face irada em rubro manto; Cae-lhes dos ollios o primeiro pranto: Ranges, o Éden fechando, a bronzea porta. Tinham lá dentro sapdalos e 0 anjo de Deus em fogo a 0 sol golpeia-os com seus

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Urram leões em torno, ao pé, na treva. Eriça-llies a terra urzes e cardos... Mas ao seu tem Eva. VI -

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culminante da terra ! De onde se diLUGAR visa o mundo. Poucos o tem attingido. Raros os que podem permanecer na altura. Rolar é humano e quasi fatal. Entretanto, quando não se esphacelam na queda, mentem que a descida foi espontanea. Estou no pico dc Monte Branco. Devo aos philosophos a segurança que desfructo em plataforma tão estreita. Vejo vultos que tombam sem querer, cheios de vozes altissonantes que não impressionam por serem insinceras. Vislumbro o corpo de minha amiga Clemencia, inwme, li em baixo. Não pude impedir. Advinhei seu sagrado e quiz que se expandisse commigo. Só assim me seria dado o direito de orientaJ-a. Fomos companheiras de infancia e nossa amizade caminhou comnosco porque sabiamos ser discretas. Escreveu-me um bilhete de adeus "Minha vida complicou-se como um novelIo que um gato perverso embaraçasse; nada de util produzirá mais. Devo desapparecer. Os inválidos physicos merecem respeito, porque geralmente não têm culpa de suas falhas organicas, porém a invalidei moral é asquerosa; attesta fraqueza, incompetencia, confusão cerebral. Ninguém perdoa, embora alguns comprehendam. Os scientistas por •xemplo. . . Mas não sabem remediar". Sim. Por mais exquisito que pareça, foi a propria Clemencia quem criou a situação desesperador*. Vivia, relativamente bem com o marido, entregue ao mister dignificante de educar duas crianças sadias e inteHigentes. Tinha o respeito dos homens • • inveja das amigas. Vestia-se com elegancia, estava sempre ao par do movimento social, enfim, julgava-se feliz. Ismael Leopoldo era um ependice da família. O casal devia-lhe innumeros favores e tornouse obrigado a uma gratidão imperecivel: na guerra paulista elle se expoz á morte para salvar o amigo. Veio dahi a infelicidade de Clemencia. Quando o marido lhe contou, com riqueza de detalhes, a façanha heróica do companheiro, ferveu, borbulhou, transbordando um sentimento que se mantinha morto no fundo de seu subconsciente. E-a imprensionavel esposa do Dr. Luiz Madureira, o advogado, poz-se a amar, desvairadamente, outro a dvogado. Entretinha-se muitas horas recordando a di»creta dedicação com que ha longos annos Ismael cercava sua casa. Tudo por amor. E como fora delicado no disfarçar seu affecto! Lembrava-se, com O

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deleite, de uma noite em que entromft biblotheca do marido, onde os dois collegas discutiam leis, da vivaddade de Ismael Leopoldo retirando a mão que se encontrava apoiada na moldura do retrato delia, sobre a secretaria. Em outra occasião, no anniversario de Dora, abraçara a menina dizendo: Oue você seja linda e boa como sua mãezinhal Mas a lembrança mais querida e persuasiva era a de uma manhã em que, convalescente de molestia insidiosa, descia pela primeira vez á sala de jantar, amparada por Luiz, para um almoço de regosijo em que Ismael, como intimo, figurava. Este, acercou-se, pallido, commovido e tão confuso por não poder dominar seus sentimentos de ternura

lentes, opiniões iguais, os dois homens se entendiam ás maravilhas. Nunca passara pela idéa de Ismael seduzir a mulher do amigo. Ella era a esposa e a mãe, nada além em seu foro interno. Achava-a até sisuda demais para a idade; meio enfadonha. Mas Clemencia sorriu-lhe um dia de maneira inesperada: por tras de um jarrão de fiores como cartão postal de 1910. Depois, abraçando o Nestor, numa attitude estilizada de mãe cinematographica, olhou-o com uns olhos de martyrio. Ismael Leopoldo impressionou-se. Observando-a, notou que era esbelta e movia-se com a leveza de uma flor que a briza balança no hastil. To-

que, até o marido fez sátira: — Está pensando que Clemencia resuscrtou 7 Não foi tão grave assim. Agora, trazia-lhe Luiz incólume á custa de desprendimento sublime, emquanto ia continuar a existencia triste de um homem s6. Ismael Leopoldo tomou as proporções de um Deus no espirito de Clemencia. Era, verdadeiramente, homem quase perfeito. Educado por mãe

mou o habito de descansar em silencio os seus olhos nos delia.

intelligentissima que lhe soubera dar conhecimentos profundos de sociologia, tinha a faculdade de se conduzir a contento dos demais, sem se descontentar. Achava o mundo bem organisado, não desejava impossíveis e economizava soffrimento, reflectindo que pagaria seu tributo de dôr em tem-

Balhar hoje aqui, como pretendíamos. Telephone logo; assim elle apanhará a "première" da Rainha Ckristina. Não obedeceu. Ismael veio. E beijaram-se os pequenos defeitos do marido resattaram, tornando-o detestável. As crienças viraram ty-

po opportuno e não convínha esperdiçar energias por contrariedades de pouca monta. Rico e sem famitia, aos trinta annos, apegarase ao amigo e tomava-lhe de emprestimo a próle;

rannos odiosos, e Clemencia só pensava em livrar-

Comtudo, nesse ponto as coisas ficaram e permaneceriam, se ella não fizesse o primeiro gesto: demorou a mão tremula sobre a destra gelada do companheiro do marido.

se de tudo para viver uma vida nova com o seu novo amor. Emquanto isso o celibatario estudava-se. Achava aquillo um absurdo. Estimava muito o amigo; foram sempre camaradas sinceros. Uma paixão sem motivo não valle uma amizade provada. Resolveu ficar apenas no ensaio que já durava ha vários mezes. Foi franco com Clemencia. Não tinha cora% gem de trahir Luiz. Essa disposição de animo humilhou-a. Levou em conta de pouco amor. E continuou a querer, com mais loucura ainda que de inicio, o homem que a desprezava. Então elle aborreceu-se delia e feriu-a em sua dignidade feminina. Não lhe retribuía as amabilidades. Quando a encontrava na rua fingia não a reconhecer. Continuou, entretanto, a frequentar-lhe a casa e a beijar-lhe os filhos com toda a naturaKcfade. Minha infeliz amiga, ultrajada em seus brios de mulher, via-se coagida a sorrir para homena-

Mesmo ' com sua presença asphixiante, en tretanto, talvez fosse possivel libertar aquella alma que se debatia num lobrego subterrâneo, sem ar, sem luz, e sem altura sufficiente para as dimensões humanas. Quanta vez esperei que solicitasse meu auxilio, ouvindo sua voz abafada, vendo suas pupillas brilharem sem razão e sem norte. Mas ella nunca disse as palavras que me autorizariam a intervir. E prefiro vêl-a inerme, lá em baixo, do que lhe ter feito passar a vergonha de saber que alguem devassára o segredo pungente de seu coração. Pobre Clemencia I Por que não confiou em mim, querida? Eu lhe teria dito, abrindo livros a seus olhos: Você está no pico do Monte Branco. A escalada foi penosa, mas veja: daqui se domina o mundo que é vasto e parece mesquinho diante da am-

plidão dos céus. Para se firmar neste ponto é preciso estar acima do Bem e do Mal. Não ter a vaidade de querer ser perfeita no alheio conceito. Analysar o egoismo dos homens, os nervos das mulheres, a inconsequencia das creanças e o rigor dos velhos á luz da sciancia. Receber a chuva e o sol oom o mesmo espirito. Plantar. Para que outros colham, embora. Temos poucos companheiros. Sim. São raros os que sabem manter-se tranquillos no ápice do soffrimento. Mas é selecta a assembléa. Aqui está Platão ao lado de Spinoza. Vem, Clemencia I Acceitemos o convite gentil do americano Will Durant. Sentemo-nos. Este é a mesa de Deus. CONSUELO PIMENTEL MARQUES

gear o homem, cujo cvacter podia ser limpido e aprimorado por uma cultura varia, porém, falho de um sentimento despretencioso que lhe teria ditado proceder mais nobre. Si fosse bom, teria partido. E o tempo curaria Clemencia. m^m

Uma norte a sogra adoeceu. Luiz apromptando-se és pressas para sahir pediu-lhe: — Telephone ao Ismael que não posso tra-

pois fazia dos pequenos de Luiz seus proprios filhos. Levava-os a passeiar, tomava-lhes as lições, reprehendia-os quando as notas declinavam... Tudo isso com displicência e bonhomía encantadoras. A única mulher a quem elle mandava flores era a Clemencia. Mas, discretamente, em datas ceiebres apenas. Socios de escriptorio, caracteres equiva-

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VI - 1940


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— Esta noite, ás onze horas, irás te deitar e pensarás em mim. Tentarás concentrar fortemente o pensamento sobre a minha pessoa. Durante esse tempo, eu me diffundirei, quero dizer o meu corpo astral se espalhará no apartamento e se os teus pensamentos me chamam com bastante constância, tu me verás apparecer sob o aspecto de uma fórma vaporosa, li^^^ÍH- HlB y^^^^^^^-^-^^^^^^^t^-^-^-^-^^^t.tM B»»»»a___ja**a^__lBBBBB.»»«»í»aBBB»l»____| geiramente luminosa, um pouco maior do que a •— Tu comprehendes... — explicavaminha pessoa physica, mas respeitando me com gravidade o meu amigo, o pintor fielmente os contornos. De accordo ? Chabichou, que se qualificava a si proDecidido a convencer o meu amigo da "super-independente" inépcia dos seus raciocínios, tanto ma'e cujos prio de quadros mesmo com o auxilio do texto que se entregando ás suas allucinações espiritas, elle pintava telas cada vez mais explicativo, continuavam perfeitamente incoherentes e impossíveis de vender, incomprehensiveis ao profano — o teu de sorte que toda as despezas do nosso corpo astral se diffunde quando tu dorapartamento em commum pesava sobre mes, em todo o teu apartamento, ou no os meus hombros, — approvej o seu proquarto se occupas apenas um aposento. Admitíamos por exemplo que toquem á jecto e fui me deitar, alegrando-me antecipadamente de o confundir pela maporta: não é como acreditam commumnhã. mente, o ruido que acorda o dormente, mas o seu corpo astral que communica o Estendi-me todo vestido sobre o meu facto, por meio do sub-consciente e tira-o leito e esforcei-me afim de bem repredo somno. O corpo astral se encontra sentar o meu papel, de evocar o meu em toda parte e por conseguinte, tamamigo, mas devia ter bem pouco de prabem na campainha. Pode-se fazer a extica de me concentrar, quando adormeci ligeiramente. Tinha perdido durante aiperiencia no estado de vigília, mas é preciso uma concentração do pensamento e guns instantes a consciência da realidade. uma vontade de que poucos são capazes. quando um sentimento de incommodo Ensaiei, uma vez, eu próprio, mas quanaquelle que causa a presença invisível do a campainha retiniu, pareceu-me que de um terceiro — tirou-me do. torpor. um sino pesado vibrava repentinamente O quadrante luminoso do meu relógio no ouvido. Tive o tympano quasi dimarcava onze horas e trinta minutos. lacerado e uma vibração nervosa, que Escutei, mas não ouvi nenhum ruido. me tirou o desejo de recomeçar. . . Esforcei-me de perscrutar a obscuridade Eu escutava as elocubrações do meu para perceber a fôrma vaporosa e ligeiamigo, com as quaes estava habituado — ramente luminosa do corpo astral do meu amigo, mas náo vi nada. Pareceuquando não era o corpo astral, era o me somente, que a cortina que mascaplexo solar, o yoga, ou alguma outra rava a janella do terraço agitava-se fraexperiência espirita — com um ar distrahido. folheando uma revista. camente — era um pouco de vento ? — Tu és sceptico — dizia-me elle. — e pouco a pouco, eu suppuz distinguir uma fôrma humana, que se destacava Façamos juntos uma experiência. Esta contra a clareza de uma noite sem nunoite eu vou me esforçar para materialivem. Uma leve emoção apoderou-se de zar deante de ti, o meu corpo asjral. "Não mim. mas é preciso que me ajudes. Ouvesnos deixemos suggestionar... — disse a mim próprio. — E, me? — accrescentava elle, agitando furiosamente a sua barbicha e passando portanto, se com o meu scepticismo, era eu o ignaro e o tolo. e se o meu amigo a mão nos seus cabellos sempre desgretivesse razão ? Em que regiões sobrenhados. Sim — fiz eu vagamente interesnaturaes seu espirito, aguçado pelo estudo e a pratica das sciencias occultas, sado.

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nâo devia planar ? Quem sabe de que alegrias refinadas, eu não me privava assim !". Estava ahi nas minhas reflexões, quando a cortina abriu-se -ligeiramente, ao que me pareceu e a fôrma humana deslisou sem ruido no meu quarto. Fiquei am pouco surprehendido, que não tivesse passado através da cortina, mas tive tempo, á luz das estrellas. de notar uma pequena barbicha e cabellos desgrenhados. Sem duvida, era bem Chabichou. Mareaa-me maior e mais do que ao natural e a apparição grosso não era nem vaporosa. nem luminosa, mas antes nitida ainda que sombria. Era que eu possuia. sem suppor. dons de médium e por isso conseguira do primeiro golpe materiahzar. sob a fôrma physica o corpo astral do meu amigo ? Como a appariçao sempre sem ruido. approximava-se do meu leito, não pude duvidar mais tempo e não soube reprimir uma exclamação de alegria, a idéa de tal suecesso. Logo senti uma corrente de ar frio sobre o meu rosto, a cortina da porta agitou-se violentamente e nada mais se moveu no quarto. Esperei um bom quarto de hora amaldiçoando a minha exclamação intempestiva, que tinha sem duvida produzido em Chabichou um despertar em fanfaxra, muito desagradável e depois como nada se manifestasse mais, accendi a lâmpada. O quarto estava vasio e apresentava o seu aspecto habitual. Indaguei de mim próprio, se não havia simplesmente sonhado. Comtudo. a impressão de uma presença subsistia e dirigi-me para o quarto do meu amigo. Um roncar "0ani?10 mC aí.oIheu desde ° corredor. Jl' kem • • •" pensei enbaraçado. Chabichou dormia sobre o dorso com a bocca aberta. Sacudi-o e só com de custo tirei-o das profundezas granonde se abysmara, exgottado sem duvida pelo esforço. Realizou-se... _ gritei eu. — Vi tu apparecer. mas falej e tu desappareceste. Entendes ? Oh!... minha paz — resmungou. I— Tenho somno. . . Mas se te digo que a experiência surtiu effeito. E sacudi-o vigorosamente: Vás me aborrecer muito tempo ? — fez elle sentando-se. com o olho furioso e a cabelleira em batalha Meu velho... — retorqui alegre. sem me deter com a sua attitude. — A experiência realizou-se. Teu corpo astral me appareeeu ! Ao termo "astral", Chabichou acordou de facto. Seu olho pacificou-se, illuminado por um pouco de intelligencia e.sua bocca distendeu-se num sorriso suave. Conta-me — disse e era elle que agora tomava um tom sceptico. Narrei-lhe a historia, do começo ao fim. Tinha o ar tão surprehendido como eu e interrompia-me a cada instante com VI -

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"Não ! Não é possível!" admirativos. Então, estás convencido agora — concluiu. — E' por isso que estou morto de fadiga. A sua attitude parecia escarnecer de mim. Não liguei grande importância no momento, pensando que depois de um exercício tão extenuante, seu espirito não recuperara ainda toda a sua lucidez habitual, reservando-me de o espantar pela manhã com os meus dons de médium. Voltei a me deitar, com a cabeça repleta de idéas delirantes, mas acabei assim mesmo por adormecer, porque tinha vnite annos e nessa Hade as experiências mais captivantes não conseguem roubar o somno. E 'levantei-me parcialmente esquecido dos acontecimentos da noite, quando avistei perto da janella um pebranco, que não notara na queno cartão véspera: "Pierre Bélecris, agente literario", li eu. Eis bem mais um desleixo dessa estúpida criada... — exclamei considerando na joven que vinha todos os dias arrumar o quarto. Não lhe tenho eu dito, cem vezes, que deve me advertir, quando alguem vier visitar-me e deixar os cartões á vista e não em qualquer logar. Esse Belécris... — onde li esse nome recentemente ? — vinha sem duvida se offerecer como intermediário na publicação dos meus últimos poemas. Eis bem a minha veia ! Quem sabe desde quando esse cartão rola por ahi. . . E maldizendo a sorte, continuei vestindo-me e fui .er com o meu amigo no studjo. que servia ás vezes de gabinete, salão e de sala de refeições. Elle estava absorvido na leitura dos factos diversos, no jornal da manhã. Escuta isto... — gritou ao me ver. — Nós falámos ante-hontem do domínio tão pouco conhecido das alienações menfaes. Eis o que te vae interessar: "Um perigoso monomano escapou-se hontem pela manhã, do Asylo de X Trata-se de Claude C.. . . que tinha sido internado recentemente depois de haver estrangulado, num accesso de loucura furiosa, um dos seus vizinhos de pensão e depois de tentar assassinar desta maneira diversas pessoas. Claude C. assignou a sua passagem na nossa cidade, por um novo crime commettido hontem á noite, á rua dos Postes (perto d'aqui, Chabichou). Os signaes deste perigoso indivíduo são os seguintes: corpulencia média, talhe de lm.78 quasi. cabellos á escova, olhos cinzentos, bigode e pequena barbicha em ponta. Estava vestido quando fugiu do asylo de roupa cinzento claro, sapatos marrons, sem chapéo. Pode ser que se apresente sob o nome de Pierre Belécris, agente literario. uma das suas victimas, á qual foubou certos papeis..." Que tens tu ? Estás doente ? Tinha cahido no sofá e devia estar livido. quando Chabichou soltando o jornal com um grito de espanto, precipitou-se para mim e estendeu-me um copo com agua, que traguei de um gole. um

B. MEDIC1 VI -

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fl ULTIMA VONTAGE QE FREÜQ Freud foi o homem mais combatido do século. Nenhum outro soffreu tantas injustiças. Sua doutrina, mal comprehendida ainda, pelas maiorias, tem sido violentamente atacada. E, fica-se verdadeiramente pasmo deante das affirmações incomprehendidas dos seus inimigos. "Nada custa maisi na vida — disse o creador da psychanalyse — que a doença e. . . a tolice." E é uma verdade. (Não fosse de Freud !)

Nos primeiros tempos, quando começou a escrever e a communicar o resultado de suas pesquizas, foi tido e havido como maluco. Nas ruas de Vienna era apontado com risos e ditos de

^M galhofa. As sociedades scientificas fecharam-lhe as portas. A Igreja excommungou-o ! Tudo isso porque elle trazia " uma idéa nova. E quanta abnegação e quanto sacrificio ! Viveu mais de meio século espiando para dentro da alma dos homens e por isso nunca se revoltou contra ella, nem contra elles. . .

No fim de toda uma vida, gloriosa, mas amarga, elle talvez se arrependesse de tanto devotamento, de tanto altruismo. porque passou a vida ouvindo os outros, conquistando a felicidade para elles. consolando-os nas suas afflicções, libertando-os das suas extranhas nevroses.. . No fim de uma vida longa e preciosa, mas prejudicada em si mesma, viu que virar as paginas de milhares de livros, de andar dissecando nervos e medullas; em busca da verdade, vale menos que a mentira que se prega para um bem, embora apparente, ou a illusão instantânea, passageira e vã, que um tuberculoso pode ter, por exemplo, ao ver um raio de sol, como uma promessa de vida, nos últimos estertores de uma hemoptise!

Todos os sábios que, na antigüidade, procuravam a verdade, foram impiedosamente punidos. Muitos, como Sócrates, morreram en-

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venenados pela cicuta do arrependimento, outros, no século das fogueiras foram quemados vivos...

Freud, num instante supremo de su vida, pensou, talvez, na inutilidade d' tudo que até então construirá... Viu que uma longa existência havia perdido : — mocidade, riqueza, amor; tudo, emfim, que a vida pode dar de bom, porque havia corrido atraz da verdade... Para que ? Epicuro tem razão... Dar a humanidade alguma cousa ? Para que ? Bem melhor são premiados aquelles que delia tiram "alguma cousa". Narciso é um symbolo eterno...

Bem mereceram aquelles que toram queimados vivos, — pensou com certeza o creador do Inconsciente. E, então, deixou escripto que desejaria ser queimado morto, E foi cremado ! GASTÃO

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DA SILVA MALHO


O MYSTERIO DA OBRAS PRIMA flflk

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BlaLe Pascal, espirito complexo e possante, notável como gcometra e physico, famoso como artista da palavra.

A S tentativas para fixar as leis que regem a creação das obras primas, falham em virtude da diversidade do sentimento, da maneira de pensar e de exprimir as sensações. Como guiar-se atravez das doutrinas, venham ellas dos Clássicos, dos Românticos, dos Symbolistas ou dos Parnasianos, quando a arte se manifesta como uma surpresa da actividade mental ? Ha muitas centúrias, nenhum poeta dramático e nenhum poeta cômico sabe dar ao drama e á comedia essa perfeição dos caracteres que encontramos em Shakespeare e em Molière. A arte supera a theoria, facto esse bem evidente e que se conclue sem .nenhuma dialectica. Para Bain, a p"hysica e a biologia, a chimica e a mathematica, cada uma com os seus symbolos especiaes e as suas próprias abstrações, exigem intelligencias adequadas, predispostas ás suas acquisiçôes. Ninguém ousará insinuar que as regras da sciencia fazem o scientista, que as leis da moral preparam o moralista. Promulgou Henri Bergson que ha differença em ser professor de philosophia e em ser philosopho. A philosophia manifestou-se poética e pantheistica com Lucrecio, subtil e sophistica com Sócrates, negativista e capciosa com Zenão. de Eléa, idealista e sonhadora com Platão, lógica e racional com Aristóteles, maviosa e eloqüente com Plotino, aprioristica e methodica com Descartes, algebrica e theoremica com D

MALHO

Spinoza, acompanhando o mundo interior dos philosophos. Contra a especulação dos dogmáticos e dos sophistas, falha e nociva para Hume, escreveu Kant a sua memoravel critica da razão pura. Os systemas philosophicos, como as escolas literárias, negam a vida livre da philosophia e da literatura, na qual o gênio do indivíduo mantém a renovação creadora. Admiramos, na sabedoria de Kant e na imaginação de Hugo, a grandeza mental que ultrapassa os seus methodos e que reside na própria individualidade. O pensador não pensa o elle que quer, só idealiza e pensa as percepções do seu mundo interior, que desconhece as exigencias dos códigos estheticos. Se examinarmos La Bruère, veremos que esse moralista interpretava melhor as attitudes humanas, do que o movimento das paixões e a unidade psychologica do homem, preferindo desenhar caracteres a explicar a diversidade das creaturas. Prevost e Beaumarchais só conseguiram triumphar num certo genero, justamente o mais conforme com a sua indole secreta, em que recorreram mais á intuição, do que á habilidade das palavras, ao jogo das metaphoras. Mais excepcional, Blaise Pascal maravilhou os seus contemporâneos na geometria e na physica, alliando ás suas qualidades scientificas, uma linguagem incisiva e original de artista literário. O immortal Honoré de Balzac, cuja força inventiva fez mover dois mil personagens, apresenta lacunas de psychologia e de vitalidade, para não falar do seu estylo sincero e tortuoso. Gustave Flaubert vale como outro mysterio do espirito, que se recusa a trabalhar fora do seu mundo. Após a concepção de Madame Bovary. cuja fama surprehendeu a todos e ao próprio autor, Flaubert permaneceu sempre inferior á sua obra prima, não obstante a sua paciencia, as suas corrigendas de estylo. Nem a Educação Sentimental, nem Salambõ, nem a Tentação de Santo Antônio, conseguiram offuscar o 24

renome de Madame Bovary, que .continua acima da theoria naturalista, como um attestado de que a inspiração não obedece á vontade. Murmuram que Flaubert ficara desgostoso de se iniciar com aquelle romance, sobre cuja origem se discute sempre, na obsessão de se desvendar a sua realidade. Com Victor Hugo verificamos mais fortemente o mysterio da actividade mental, as oscillações da força inventora, porque na sua immensa obra ha todas as perspectivas, o lindo, o horrível, o imaginário, o gracioso, o pavor e a ternura, o homem e a mulher, transformados e deformados, em uma desharmonia que acompanha as violências do seu estylo. Em Victor Hugo, o poeta e o romancista sobem e descem de nivel, sem nunca se equilibrarem. Emile Zola, outro construetor de escreveu romances personagens, impressionantes, cujas tiragens duplicaram e triplicaram, ao lado dc romances secundários. Os crepusculos e as luzes da inspiração desnorteiam a critica, que não sabe julgar os saltos do cérebro, na sua invisível mudança. Alphonse Daudet e os Goncourts viveram sob a mesma campanha literária, andavam juntos, viram o mesmo sol, mas analysavam as cousas á sua maneira, sob a lei da individualidade, que exige uma consciência para cada pessoa. Guy de Maupassant, contemporâneo de Zola, os Goncourts, Anatole France. Daudet, alliou a sobriedade do Ciassicismo á expressão real do Naturalismo, dando-nos uma série de typos que nos convencem da sua sinceridade, porque tremem com elle em face da vida. Tipano, Rembrandt e Velasquez, transfiguraram a realidade na pintura, como Shakespeare, Mollière e Stendhal transfiguraram a realidade na literatura. Insinuava Anatole France que não se escrevem obras primas por simples prazer, mas sob o golpe de inexorável fatalidade. A arte supera sobre a vida e as theorias da vida. De

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PINTO VI - 1940


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casa de Romanescu resplendia, como uma estrella em meio da A velha rivalidade entre oi Amici • os Romanescu era já lendária no Na povoado. As casas de ambas as familias eram viiinhas uma da outra, mas noite, sue unioa filha, Thora, branca, loura, um mimo de bondade e de cannunca os muros separaram dois ódios mais tenazes. O cura do logar tratara dura. E Amici, a seu turno, envaidecia-se de ter por filho um rapaz forte e desde reconciliar os dois inimigos; os seus esforços, porém, foram vãos. — empenado tal Miguel. Os moços se olhavam á sorrelfa ao passar um ao "Oue Sol deiiará de brilhar — dissera o velho Amici —. no dia em que eu lado do outro. — pena ! Lastimava-se Thora. Como me faria feliz um "Que «braçar o Romanescu. — E este declarara solemnemente : — Prefiro per- marido assim I — pena ! reflectia Miguel. Essa mulher é a que eu der a vida a supportar essa vergonha. desejaria para esposa".

Uma tarde, Thora fora colher flores ás margens do Arlctz : rosas sylvestres. Ella) lhes queria muito em vista de suas ¦folhas « de seu per.um» 5i*ave. Ao inclinar-se para apanhal-as, perdeu • escorregou... Miguel, que andava pelos arredores, ouviu uns oinantes e viu, de uma elevação próxima, o corpo de Thora vestido num espinhelro e suspenso sobre a torrente.

Eram umas ave udadas o equilibrio gritos lanpreso

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Miguel tomou-a nos braços e levou-a desmaiada para a caia dos Ro"'enescu. — Thora estava a salval-e — disse prestes a cahir no rio e eu corri Miguel simplesmente. — Náo têm nada a agradecer-me. Qualquer teria feito o mesmo. — E efastou-se sem esperar o reconhecimento do velho, • quem a surpresa impediu de articular uma palavra no primeiro momento.

VI -

1940

Sem vacillar um segundo, o mancebo precipitou-se para o local, sa!tendo, desvairado, sobre es pedras. — Thora 1... Thora ! ... Corro a salver-te... — griteve. A' borde do rio, laçou com uma corda o corpo da moça e, puxando-o com vigor, conseguiu arrastal-o para logar seguro. Na quáda, Thora feriu-se o rosto e as máos, que sangravam.

No dia seguinte, Amici ouviu bafar á sua poria. Abriu e defrontou-se com Romanescu — Seu filho, hontem, arrebatou á morte a minha filha. Náo venho dar-lhe os agradecimentos, porém dizer-lhe... — A emoção embargou-lhe a voz. Um século de rancores aplacado num instante ! ... Amici comprehendeu o que se passava na alma do vizinho, e apertando-o nos braçoi disse : — Náo fale... Thora e Miguel falarão por nós dois.

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MALHO


razao razão teem pintores almofadas e leio noite e faz frio; ageito-me nas ct em rtpP . um livro arcaico que me faz antlar cm l i. Palesti da Enoite E estradas poeirentas Christo pelas Jesus da e faço atravez do tempo na. E' uma outra viagem que faSo de .rens d historia sem enjoos de barcas nem incommodos ¦ vemos °vemo,repr^ o como ferro Nella, nunca Jesus me apparevcom a cabelleira espar» esparsa telas, mármores e nas telas. sentado nos marmores c a cabeqa cabeça com mas hombro,. hombros, o, os sobre em ondas sedosas os todos usada por entao então berta com a rodilha de panno,

intransigente no reino ve existe que é o ty~po da belleza escreveram 1os que mesm" os poeta», «£™°s sagrados, mesARVORE yros. que foram depois considerados m° * parte; bella Arvore W

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cabeça Christo de cabega um grande erro quando representani O do Christo de Todo o mundo usava turbante. roherta coberta To.lo que.xo por outros, prew preso em baixo do que.xopor sêrc^ooo dos outros. veda vería ser lado sobre um de cahida faixa da a cordão e com ponta um cordao 1 "A^dTi'acho "7&ZZÜ'«d» «- razSo. que os pintores teem ™i0

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homens Precatem-se os de hojel o o homem no amor. Que vale sem ? Seria para provérbio : dize-me como coração CONHECE-SE que po ama< dir-te-hei quem és. Quem inventou verdade, quando é tudo amor No amor tudo é mentira? a vida do amor. O temamor Nem com a morte se perde Mas se evocarmos com a rji fugiu, não ha nem cinzas. se tielle^ ardeu, ardeu, em amor que o homem memória do da existencia. luz na encorporado logo o vemos de novo . Sim. o amor rejuseita os mortos. a curiosidade huPor isso nenhuma cousa tanto exata nos nao contentamos mana como historias amorosas. doJa sabemos por ver com que bisbilhotice com os vivos, com a defuntos para mdaga os os nossos olhos, desenterramos deixar a postenáo vulto pode Um grande amaram. como o coraçao. Eis por ridade na ignorancia de como emnregou verdadeiras amorosas, Vidas de está cheia aue a literatura Quer-se tudo esoaou inventadas. Nada escapa á devassa. não foi. Carta., recido. em publico e razo, como foi ,ee como esmiuça com a ma„ tudo diários, reiiauias. bilhetinhos. PW* * Gw «W>.

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mamoeiro e vae o Sr. Raul Uno percorrendo o Recife, característicos aspectos V\Eannotando osa attenção a grande quantKlade de Chama-lhe co'sas. no. frutos, verde, que encontra nas arvore», do, soldado, ^é verde . •"No Brasil, diz elle, até o kak. encantam. DeslumOs mvsterio, da flora brasileiraos o mamoeiros, e, sobr mangueiras, as Recife, no bram-no arvore dafrueta-pa^ IT aquella que elle chama a linda um iymboloPara quas. lhe parece O nosso mamoeiro maiss ep mim o mamoeiro fica sendo das planta, na parte vas do Brasil: simples caule guarneodo ,ltr mamões pendentes, coroado de umas o pouca, folh?5parec ^ formam como que umbela protectora. ^rrK^ro « *' hom«. aos nascer apenas para offerecer deusa Arthemisa£» de K.pne fruetos. I.cmbra-me sempre a - e é assim um symbolo so - toda ella ,eio, pendente, da fertilidade brasileira". ° De*a forma louva o escriptor portuguez «n. janeira encontrado ante, tendo pouco E, entretanto, _ uma daquella, grande, jaque.ra, fecundas do Rwfe.to que se lhe agarram ao trone da cheia de enorme, fruetos só teve para a anrow pn*bseiva de . como sendentos - admiravel. Não. O br. vulgar eiosa. um qualificativo a arrore symbolica mamoeiro o é Raul Lino viu mal. Náo Nao crwo a ,im. é. jaqueira. brasileira; fertilidade da (le n^'s arvore q«e mundial, flora a toda em que exista carr a do jaqueira, mães que das a idéia da fecundidade lhe pendu se fruetos, de que 1., ,je dezenas "oncos. e dezenas agarrando-a por todos os Ralho^umacomo dos m em creanças que estivessem a mammar se fossem finidade de seios. M

cr„sra i . a tal respeito, o Dr. fageim pr ,ho de j^m da to entrado em annos. no ambiente mulher Varrava com crado recapituloit toda a hijto ro"f^' na minúcia, deleitando-,e fi11 a„istia á con.f;hfroedo quc e „ão. náo fôra Mas em dado passo, o st, ís:¦firrtóX £rr,:, s tivesse amado uma mul^pAr;e oT^íe os¦ ^ t ^ se. lher celebre. T«so nao parade ho,e ®e q homens os Precatem-se ^ __ ^ ^ se „pir;to _ *rfdo posthumo. e nao poi^ cedo a mais bella e mais diffic c(7m anotações es-

U Selecçáo de FRAGUSTO

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-—vice-versa. e car-se no vulgar o sublime E C A Ç T R A U O Y S I O D VI - 1940


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praças de Paris, levantam-se agora estranhas NASconstrucçôes de aspectos desconcertantcs. Sacos e Sa» COl de areia se empilham de diferentes modos rodeando . cobrindo os grandes e famosos monumentos da luminosa metrópole, protegendo-os assim — eficazmente, acreditase — contra os eventuais e sempre temíveis ataques aereos. Estão aqui dois as]- ctos dessas extravagantes e desçomunais |»'!has de areia.

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.Va Praça do Obscr^vtorio c monte de areia cohfe a estatua do Marechal Ney, obra notável de Rude. Quando tomara o "Bravo dos Bravos" ('<« dizei de Napoleão), a brandir a espadn gloriosa em pleno ar?

Vi

V. ________N^V-

***#

*

_*,

-_

__________

prasamonão

EM PARIS, AGORA...

* -.

0 Obelisco de Louksor, na ça da Concórdia. A pilha dc cos subirá até o apice c a mimai lal balisa, tão cedo, verá a luz meridiano.

t-si

A-,

____

%àmiÍi\ VI -

19.0

lüJÍMiiimüi_-_$ -27-

O

MALHO


-r'-zzy.

O desembarque dos inglezes na Noruega, sob uma tempestade de neve e fogo Visto por Oswaldo Storni

o

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VI

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L

VI _ 1Q40

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mj-TjtcztmBaívmmaii

•^.

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instituído o salário mínimo nA brasil uma vez a poMAIS pulação proletária desta Capital se congregou, com o pretexto de comniemorar

n

Maio,

Trabalho,

festa

do

Io

• AA-

smm*—

A

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JÊ ÊLy

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1—W

W

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de

para prestar ao chefe do Governo, Presidente Getulio Vargas, a quem o trabalhador nacional tanto deve,

uma

homenagem

col-

lectiva. A

concentração

traba

Ihista se realizou no estadio da

desportivo Gama,

tendo

Getulio

dente

Vasco

do o

presiVargas

aproveitado o ensejo para pôr em vigor o DecretoLei que institue o Salário Minimo para os operários em lodo o território nacional.

"$&&. >Kb^2DSI33.í/383T J3 fcl-w3ttPw»l -<* w ^fe-afir-**-**-^ áA sf*Jf ~f*VT *^Q Wm—

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w-

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Estes o

aspectos mostram presidente Vargas e o

Ministro do Trabalho disnessa solemnida

cursando

de e uma parte da multi dão presente no estádio do Vasco.

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MALHO

JO-

VI

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1940

VI

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1940

- 31 -

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exemplo

Um

de esforço Reis

e

esse

Silva

commando trar

a

de

:bbbbbbbW SJ) EVjJflB

mantém

que e

Carmen

das

nossa

tenacidade,

o enthusiasmo

Gomes,

tentativas

milag;;-

um

sempre

visem

que

de no

demons-

tempo

necessário

gavam.

Ficou

mesmo,

que

de

musica

theatro

o

para

A

Companhia

Lyrica

momento,

radores scena

das

ao

operas

velhos

Municipal

velhas

e

publico

os

admi-

voltam

E

partituras,

consagrou

ji

ha

a

glorioso totus

a

et

opera

unos".

brasileiros o

seu

brasileira,

muitos

operas

Mas

dia

Os

sobre

Mais

o

uma

velhos

tempos

Par» os

Monte

mulher seu

de

ser

de

tortas :

e

lo-

uma seu

que

de

espectaculos

casa

publico,

verdadeiro

verifica

se

arrabalde.

evolue.

que

possuímos

cidade

clame

e

nosso

seu

da

Pavlowa.

nomes

Cario

Danilova.

pois,

um

Iclin,

Yowkevitch

é

Mia

e

de

Krassowska,

tos,

passam Guiomar Feiticeira

vê.

Todo

applaude.

O

Rio,

ella

pera

que

Mas

Maria

continuará

o

A

tem

imprensa

boato

Toscanini ao

Rio

recebel-o

com

oomplet".

As

tos o

Os

no

conse-

annos os

passam

sempre

agora

se

enthu-

onde

sempre

feiticeira

Araújo

de

a

sua

Villa-Lobos

creveram-na

de

das

o

canção,

ts-

musico

o

e

poeta.

applausos

imaginando

no

Rio,

e

sempre

teremos

Norte

um

esse

as

a

fi-

elogios

se

o

Nfll

apresen-

prazer

ouvil-a.

de

novo ?

praier,

na

pouco

e

não

se

Allemanha,

em

embarcou

Reappareceu

de as

esgotaram-se

O

Janeiro. glorias

assignaturas em

MALHO

Nova

de

para

poucas

mais

um*

Ycrlt,

corr

Municipal duas

casas os

horas.

um

entrando. na

pouco

U"n

America

do

Norte.

Os

programmas

iuceedem-se, nomes tros

despertando

brasileiros

interesse.

começam e

programmas

ns

nosso-,

puramente E

fic-ar

a

alguns em

ou-

memória

de

outros

Oswald,

J.

Octaviano,

pu-

Nepomuceno.

blicos : Barrozo

Netto,

Villa-Lobos,

nieri.

Octavio

renzo

Fernandes.

Pinto,

Mignone,

Fructuoso

Guar-

Vianna,

Lo-

Fran

outros.

intrometteu,

está

brasileira

Sul,

nós

E

Mariaiinha

Quando

es-

para

esses

a

ouvil-a.

de

elogios.

justos :

ser

era

De

e

annos

chega

todos

que

temperamento.

Quando

ha

musica

fora,

de

conhece

preier

fora.

talento tava

a

A

que

prefe'-

Gente

não

devem

Nini

pianista

jornalistas,

Brasil

applausos e

uma

entretanto,

lhe

conquiste

camos

o

Guilhermina

ella

o

é

federaes...

se

vez

uma

destino

que

atrai,

platéas !

Alexandrina

vez,

logar.

teclado,

do

si em

Ninguém

modas, está

sue mes-

m^mUmlmWmmWÊmÊmamf*^**]

crificos,

interventores

umi

rapazes

Frederick

Guilhermlna

apreciam :

encommendas.. .

privile-

Slavenska,

todos

Esta.

para

grupo

attrshentes

Natallt

o

as

passam,

Murillo

Ar*

como

apresentam

razões,

Markova,

dos

gloriosos,

formidvel,

lado,

Teilhade,

Se

desse

se

a

logar

annos

cinco

publico.

tiral-a

ainda

mesmo

e

são

Cons

melhores

dois

bailarina

pequenas

Igor

suecede

vinte

siasmos.

o

contrario,

fira.

de

revejam

se

ha

do

esteve.

se

no

collocou,

ecraçáo

cariai sempre

continua

sensibíli-

ceu.

comporte

que

Do

entende,

que

publico

sempre

A

de

Guiomar

Porque

os

a

liquidaram

e

de

re-

Cario

os

Alexandra

Duas

A

Alicia

e

Monte

formosa.

giado

esses

uma

suecesso.

como

Nijinski

de

Massini de

não,

ou

nomes

nossa

para do

musioa !

appareçam.

que

conjuncto

Bailados

antes

eonie-

novidade novidade

Os

que

nossa

a

de

quer

substituir

Leonidi

ma. se

entendidos

frente

vez

theatrinho

Maria

um

e,

tação.

um

Um I j

/

S~m.^mmm^^^~^~mmmmaM*am\\

perderam

brasileiros

para

russos

onde

tituem

as

caras;

pouquinho

assígnavam

á

passaram

ficando

obra !

se

Os

YbbB\

Tbbbbbbbbb. bbbbb! I

Uma

cedem.

I

aliás.

bailados

victoriosos

Porque

'

ligam.

virá

vindo,

está

e

"solu;,

o

operas

os

não

surrado

toda

para

porque

o

sendo

escreveram

que

tempo,

um

continua

Pio

presentam

outros

por

"Guarany"

que 7

verdadeiros

os

Parece,

dade.

§

V

_>aBBBS»Kn

uma

sempre

entendi

que

***^"

'

, "

'~

guiu

que

annos. Quanto

Por

um

pa-

Metropolitana,

populares.

autores

applauso

o

atráe

eram

que

fora.

gente

de

cturavam neste

a

aos

de

gente

ficou valer.. .

a

emquanto Opera.

muita

bbbbbB.

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attender

para

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Guiomar

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ra. que

cinco

Aqui

Contanto a

sua

mais

E

York,

i

annos

geral

querem

único

o

todas

que

ella

o

**u -

as

exhibiu-se

Philadelphia,

Chicago

em

Nova

e Washin-

novídad <s

novidades

piano,

que

náu

da

ter-

também. a

sua

Foi

applaudida

e

vollou

satisfeita.

quinteto

vocal

c

Norte.

do

numero

venha

32 -

repete

se

que

America

vir

arte.

Boston,

Ramalho

gloriosamente !

na

e

em

Novaes

Podem

Novaes.

gton. e

públicos,

cansa.

concerSó

phenomeno ! Os

"au

reappareceu

vinte

Ha

Guiomar

Interessantíssimo compõe

Por

musica

*

Vozes são

os

o

"Cantores

excellentes,

da

disciplina

Rússia

que

Imperial".

absoluta,

coh;-

completa. VI

-

19+,l


OS GRANDES MÚSICOS

' •

/

¦ yM'W

ao intenso trabalho de Wagner, na sua faina de renovador da musica dramatica, alguns outros autores ailoPARALLELAMENTE mães produziam incessantemente, augmentando a bagagem artistica da Allemanha, dentro do genero symphonico e da musica pura. Citemos entre elles, em primeiro logar, Johannes BraHms, o grande musico que, pelo seu profundo sentimento artistico, pela grandeza de forma, pela variedade da instrumentação, pela novidade das harmonias e dos rythmos e pelo estylo proprio, conquistou, dentro do seu tempo, o titulo de verdadeiro e único continuador da obra de Beethoven. Quem conhece a musica de Brahms sabe perfeitamente que não ha nessas palavras exagero algum. Sua musica apresenta expressões ricas e novas, capazes de pintar qualquer estado d alma, desde o mais jovial, até ac mais sombrio. Não se cuide, porém, que esse musico extraordinário se houvesse por si mesmo impotto á admiração publica. Foi Schumann, seu grande e dilecto amigo, quem, num artigo publtcado na revista "Neue Zeitschrift fur Musik, chamou a attenção pari o seu nome, abrindo-lhe o caminho do applauso e da consagração. Mas apesar disso, só depois do Requiem Allemão foi Brahms acatado como dos mais notáveis mestres da Allemanha musical de então e de todos os tempos. Cerebro privilegiado, alma profundamente sensível, taciturno, sceptico, meditativo, Brarims gosou de uma reputação invejável. Foi chefe de orchestra em Detmold; percorreu a Europa fazendo ouvir e dirigirdo as suas. composições; foi condecorado e nomeado doutor em philoiophia honoris causa, das universidade» de Cambridge e Breslau. SoVI -

1940

cio correspondente da Academia de Bellas Artes de Paris, passou a vida em Hamburgo e em Vienna, principalmente. Teve per Schumann uma amizade e uma gratidão sem limites. Hans de Bulow,, director de orchestra muito acatado na época, tinha por elle tão grande admiração, que, em um de seus notabilissimos concertos symphoniccs, organisou assim o respectivo programma : "I. "Terceira parte : Primeira execução da "terceira Symphonia", de Brahms; Symphonia", de Brahms". parte : Segunda execução da Foi Clara, esposa de Schumann, quem lhe inspirou a primeira grande paixão na vida. Paixão platônica, el!e respeitou-a até mesmo depois da morte de Schuman. Depois, Agatha Sebold enfeitiçou-o com a sua belleza e a sua graça. Mas esse amor também não teve conseqüências. Por fim, uma terceira affeição — Julia Schumann, filha de Clara — fei-o novamente sonhar com o casamento. De novo, porém, resistiu. Preferiu gosar até á morte as delicias e a liberdade do celibato. Nunca conseguiu desempenhar em sua terra funeção official alguma, e isso desgostou-o. Incomprehendido, infeliz no amor, soffreu muito, e seu temperamento reflectiu esse estado d alma. Taciturno, falava pouco. Democrático, tinha aversão pelas cortes e pela aristocracia. E a uma grande sciencia musical, alliava uma oxtraordinaria cultura literaria. Brahms nasceu em Hamburgo, em 7 de Maio de 1833. Era filho de um contrabandista de orchestra e morreu a 3 de Abril de 1897. Além de Symphonias, sextetos, concertos e outros, Brahms é conhecido, sobretudo, pelo "Requiem Allemão" e pelas "Dansas Hungarai", celebres no mundo inteiro.

- 33 -

O

MALHO

¦


DO MEZ

QUE

PASSOU

~*"^">_____.

'

Foi lançada no trafego entre Rio e Niclheroy a nova barca adquirida pela Cia. Cantareira nos Estados Unidos, para transporte de passageiros, tendo recebido "Cubango". o nome do

Tendo - se demiHido das funcções de Secretario de Assistência o Saúde do Districto Federal o Prof. Clementlno Fraga, foi nomeado para substituil-o interinanente o Dr. Edmundo Vaccani, que era o Director do Serviço Hospitalar da Prefeitura.

VÊM

• Pediu garantias á Policia, a qual declarou querer entregar-se, o antigo com"Coriscc", que actualmente panheiro de Lampeão, Ângelo Roque, conhecido por c-tá invalido.

A Associação Brasileira de Imprensa realisou a eleição para os cargos de sua Directoria, tendo sdo mais uma vez suffragado para a presidência o Dr. Herbert Moses, assim como foram reeleitos vários outros membros da anterior. A posse teve lugar em "Audíiorlum" da "Casa do sessão solemne, no novo

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mmmm^^m^m _¦________________¦ "ALMIRANTE

DESEMBARGADOR ADELMAR TAVARES

Inaugurou-se solemnemente em S. Paulo o novo e grande estádio desportivo de Paeaembú, o maior do paiz, com a presença do presidentp Getulio Vargas que ali se encontrava em visita ao Estado bandeirante.

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-**_____________T__>

SALDANHA"

• O governo de Portugal condecorou varias alias personalidades brasileiras, destacindo-se ent-e estas o Ministro da Marinha, Almirante Anstides Guilhem, que recebeu a condecoração das mãos do Embaixador Ncbre de Mello.

ilS_____> ____¦

Para a vaga aberta no Tribuna! de Appellação com a morte do desembargador Gomes de Paiva, foi escolhido pelo chefe do Governo o Prof. Adelmar Tavares, um dos mais brilhantes magíst-ados da sua geração e membro da Academia Brasi eira de Letras.

Em avião especial da L. A. T. I. regressou ao Brasil, de sua viagem de estudos ã Europa, o Dr. Luthero Vargas, filho do presidente Gotulio Vargas, que teve concorrida recepção.

'¦

r *fti tri n

Jornalista".

Por motivo da viagem para Portugal do general Francisco José Pinto, chefe do Gabinete Militar do Presidente da Republica, assunvu esse destacado posto, interinamente, o Cte. Octavio Fiqutiredo de Medeiros, brilhante official da nossa Marinha de Guerra.

J

Foi incorporado i nossa frota naval novo montor "Paraguassú", constr-ido nacional. O novo vaso de guerra, oue drinha a senhora Alzira Vargas Amaral destacado para a base naval de Malto

de guerra o em estaleiro teve por maPeixoto, foi Grosso.

• Na competição automobilística "Balizada em São Paulo, na pista de "Interlagos", conquistou a victoria o volante Nascimento Junio**", que competiu com uma valiosa equipe de "azes" desse sport.

. DE CORVECAPITÃO TA OCTAVIO FIGUEIREDO DE MEDEIROS

O governo nacional abriu o credito especial de I00:000$000 para oceorrer ãs despezas de installação "Museu do Imperial", recentemente criado em Petropolis.

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lS I I mWJM^Wmjm^M m

Sob a presidência do Sr. Valentim Bouças realizou-se, nesta Capital a II Conferência dos Technicos em Contabilidade Publica e AssumDtos Fazendarlos tendo comparecido ao acto inaugural os ministros Arthur Costa, da Fazenda, e Francisco Campos, da Justiça. O Partiu para um cruxeíro de instrucção. devendo ir "Almirante 4 Portugal, o navio-escola Saldanha", qu» acaba de passar por grande reforma exigida pelas avarias oceorridas no desastre naval de Porto Rico.

• Teve conclusão, rom um despacho do Ministro Waldemar Falcão, da pasta do Trabalho, a rumorosa "A Nota", tendo ganho questão em torno do jornal de causa o Sr. Geraldo Rocha, que foi reconhecido como seu proprietário.

FLAGRANTE

DA

INAUGURAÇÃO

DO

ESTÁDIO

OMALHO

MUNICIPAL

DO

PACAEMBÚ

-W-

O ministro da BoÜva nesta capital, ?.", David Alvestegui, fez entrega ao ministro da Educação, Dr. Gustavo Capanema, das insignias de "Gran Cruz da Ordem dei Ccndor de los Andes", rom aue foi recentemente agraciado pelo governo daquella Republica amiga.

VI

1940


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^E\^^v~~"'3flH^lfl O GENERAL I)A FE' — O general George l.. Carpenter (aj centro) é o novo chefe do Exercito de Salvaçã «. A sua nome ação causou júbilo cm todos os paizes onde se faz sentir a influencia benefica do general Booth. »- ¦».»«» m »»» .1 p *,>**<*MBKlAC*T *<**^WHB" I Mf.r "~ ,;

D

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REVISTA EI EM if ir», i.ii ¦ (Pilotos

*

da

Agencia

BH

,*^^i

I IRIBHHHHIHIni

BOXS PARA MARINHEIROS Na Secção de Recrutamento Naval, em New York, foram passados cm inspecçãy de saúde os novos conscriptos, que foram julgados em excellentes condições para o serviço militar.

NOVOS CANHÕES CONTRA AVIÕES — N"o forte TiMcn (X. York) foram realisadas exportoucia- com . os novos canhões an;i • aéreos. de.J {lolltgãda». - S5o armas Itodcrosissifuâs. '28 i|uc arremessam ^r;'libras á razão de 31 nadas dt]K>r minuto. MALHO

*

,/V, ""^c

^

News)

in\

f ¦t^

- O*

Internacional

^

I'M CRUZADOR PARA OS MARES GLACIAES — O Di. Thamas Poulter, do Instituto Armour, de Chicago, apresentou um projecto de cruzador para explorações polares. O navio, de 27 polegadas, poderá correr á razão de 10 milhas horarias c fazer a travessia X. York — San Francisco, (ida e volta) sem escalas, levando uni acroplano á retaguarda.

11

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— 36 —

VI -

I940


A naurasthenia

é uma

a uma litteratura

I

enfer-

midade ou uma superstição 7 O medico disse-me que é uma enfermidade

moderna,

minha

9, com ef-

feito, parece que os sábios inventaram ultimamente.

disse o doutor. A

JmmmmWr*\.

litteratura 7

___F^>

dades

__

nervosas

com uma vaga

rápida

cipulo do Sr. Perez Zuniga. Não

tanto quanto de minhas meias. Entre minha dor do

differença

me,

não

é

que

differença

das

cabeças

era

do selvagem

_^^-^___________fl

exercício

dor

dor

civilizada,

base

(cientifica

tem

c

nada

ha

cos, caro doutor 7 neurasthenia

A muito

bem

impoi

em

tão

Meu

doutor

bem

com

dedica

tem-se que

outra

no

posso

permittir-me

tão

não

se

Por isso

cousa.

no

—¦

~^J

._

^_k

o

até

que

mar

e

bem

immodesintclli-

a

minha

despeito

bárbaro,

que

a

e

reconhecer - me

de

me

tempo.

dado

coisa

estou

segundo

enfermidade.

w

pois

pouco

ella,

a

eitir

inventada,

Eu

estão

gente, deve

o

idiota

philosophi-,

intelligente.

tia

neurasthen'-

muitos

um

a

primeiro caso — digo-o aos que

diphtongos : neurasthenia ! — Muitíssimos. E

da

ro não é menos difficil que fazerse

dois

que

se

lho de ninguém. Fazer-se barba-

uma

se

menos

que

do alguns idiotas sem o conse-

pronuncia com um nome no qual Pxistem

um

que, por outro lado, têm exerci-

nyma, emquanto que - minha é uma

aconselhar

que

a

dor ano-

uma

a

abstenha de pensar é o mesmo

pri-

A

pensar 1 Dizer intelligente

homem

enor-

unicamente

de iro-

contestou :

e completa, faça-se dis-

achaques

uma

um

Si quer que sua cura seja

Louvemos a p.chorra da sei•ncia ! Graças a ella, eu posso desvanecer-me de meus

mifrivo ha

sempra

inflexão

nia nas palavras,

dou muito em descobril-a.

cabeça e a de um

é

homem de sociedade, e o meu,

sciencia ter-

honerr.

superfi-'

Um especialista em especial!-

a

Fai apenas um século que conhece a neurasthenia —

se

fácil,

ciai e pinturesca. Posso continuar a cultivar

Procurarei

fazer-

e ninguém

melhor

leitor

observar

poderá o

ponto ao

de

Ao

consigo.

campo,

que

sempre

fui vel-o.

serviram para inspirar os ertistas, confia-se agora a tarefa de

Não se preoecupe — disse-me — O Senhor é um neu-

embrutecel-os. —

rastheníco. Neurasthenico, o

valha,

o

que é qu»

estou

ou

certo,

E

diga-me,

doutor,

acha que eu poderia

coisa

brutecendo

doutor, ¦•*"".

enfermo.

não

ir-me em-

pouco a pouco

em

1

r

A NEURASTHENIA E A ^ú^à^a^ãJtcc Receitou-me dou-me puro.

para Uma

uns glycerophosphatos e man-

o campo. alimentação

Campo. sã.

Uma

Mar. vida

Um

ar

fran-

do

(urprehenderam-me

pacialista

Durma —

oentou

pouco, aceresassim, arriscara sua

multo e trabalhe Não

sendo

elles não

seguiam descobrir. Comtudo, neurasthenia

tem

uma

Ah ! doutor 1 — exclamei — Então,

que estou doente. De que 7 De

não

ter

dinheiro.

Seguramente — contestou, com um sorriso pérfido de um credor. Eu não podia ter suspeitado que é falta d» dinheiro se chamasse neurasthenia, e as pa-

VI -

1940

con-

é de crer que a

personalidade

ra como qualquer enfermidade

saúde.

um

pouco. Anteriormente, a neurasthenia pareciame exploração dos médicos para designar todas aquelles enfermidades que

quilla.

sei

lavras

antigo

tão

cia-

con-

sagrada pelo uso. Sua origem consiste em uma debilidade dos centros nervosos, para cuja cura é

indispensável

um

perfeito

repouso

Não se deve pensar em nada,

mental.

nem sequer no

dinheiro. Em apuros estaria meu illjstre amigo, o jovem e distineto pensador sr. Zancada, com uma enfermidade semelhante ! Por felicidade, •u

sou

um

escriptor

37

decorativo

e me

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Madrld 7

Muitos

têm

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feito

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e

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campo ! Eu

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Queiroz: "Deixem-me perfeita tempos cracia

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innocencia D.

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espirito, V,

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Demo-

Critica".

JÚLIO CAMBA O' M A L H O


OS

MELHORES

CONTOS

BRASILEIROS JOÃO

RIBEIRO

f re r merecer. Mas porque nem até a virtude escapa á abominação do peccado e nem ha vaso sagrado que no fundo não se lhe apeguem aigumas fézes, estava reservado a Bohemundo o deixarse vencer pela cilada demoníaca do orgulho. Foi o caso que passãndo uma vez pela estrada alguns mercantes, homens de duro trato, que corriam varias feiras do mundo, o eremita de longe apercebendo-os esguierouse para dentro de uma moita cerrada e occultou-se o mais que poude; mas não tanto o fez que não podesse ouvir as falas dos viandantes. — Certo — dizia um delles espertando a mula com o chicote — Bohemundo é talvez um santo, mas não vale o nosso santo Preboste de Aquiléa... o maior santo da christandade... E as vozes e os viandantes perderam-se ao longe. Aquellas palavras cahiram como dardos sobre as carnes do eremita. Orgulho humanal e triste! O que valia a sua penitencia inutil diante daquelle novo espelho 1 não passava de um peccador sem freio na obstinação de todos os horrores e já se julgava glorificado! E acabrunhado e abatido pelo peso de suas dedicações inefficazes, quasi indecoro-

No fundo de um triste valle dos Abruzzos, terra angustiada e sáfara, um pobre eremita vivia que deixara as abominaçôes do século pela soledade do deserto. Não passava toda a sua fortuna de uma caverna aberta na rocha, abrigo commum com outras bestas, e de uma escudella onde aparava a agua do céo. De todas as partes onde chegava a fama da sua piedade (e ia muitas léguas em redor o fulgor da sua corôa) acorriam homens e mulheres a vêr o pobre frade, o santo, exhausto, de pelle rugosa marulhando sobre aquella alma agitada de exta'si. Posto não fosse feio nem repugnante, era certo que não se lhe viam os olhos nem os ouvidos de tão encobertos pela grenha devota e suja, despennada pelos hombros abaixo. De compleição era magro e comprido; as mãos, tinha-as elle bem feitas mas torsas como as unhas. E fugia dos homens menos para forrar-se i admiração delles do que para evitar damnosos contactos dos que soiam trazer nas vestes a poeira das cousas descompostas e mun. danas. O

MALHO

Dias inteiros passava-os Bohemundo (era esse o nome do eremita) todo absorto e alheiado, fóra de si e podéra dizer-se, fóra de todas as cousas, tamanho lhe era o desprendimento dos sentidos: e só se interrompia para mascar hervas apanhadas a esmo por desalterar a fome e a sêde. Uma noite, voltando *da floresta, rasgado dos tojos, sangrento e humilde, encontrou a caverna occupada de um lobo, e pois que era bom hospede, deixando a besta em paz, logo sahiu; e foi ao pé de um arbusto, despiuse, dependurou o habito a um ramo e estendeu-se nú sobre a relva fria e congelada. E adormeceu. E no espaço, o habito dependurado, irregular e confuso, suspenso sobre o corpo cadaverico do eremita, parecia um abutre prestes a abater-se sobre a carniça. E assim, vegeta va esse Vaso Insigne, pleno de todas as virtudes; torturas e fadigas, tudo tramava e entrtftecia nelle a grinalda do martyrio. A sua gloria mesma de perfeição mais lhe aggrava a delicia de sof38

sas, diante da incomparavel corôa desse santo Preboste, poz-se o velho eremita e uivar lugubremente as suas culpas á face do céo, e, cheio de cólera porque ha coleras santas e divinas, galgou uma ladeira próxima e deixou-se rolar abaixo pelo pedregulho gritando pela morte, desdenhando todas as misericordias, pedindo lepra e piolhos... lepra e piolhos... No outro dia, levou a considerar quanto lhe faltava ainda para chegar áquelle esplendor perfeitíssimo do santo Preboste de Aquiléa; pois era de razão que posto Deus se achasse de conselho prompto em toda a parte, todavia mais elle fulgurava nos exempios que escolhia neste mundo. E agora mais benigno e humilhado, pensou que devia ir ter ao Preboste e pedir-lhe o caminho da verdade e da beatitude. — Aqui, dizia comsigo, aqui não é o aprisco das ovelhas sagradas, porque o que valem ocelhas perfeitíssimas onde não ha lobos que as devorem?


E tomou resoluto um pouco de hervas, fez de uma vara bastão, e partiu.

A caminho de Aquiléa foi S. Bohemundo pensando em como havia de fazer ao avistar o Preboste; estender mãos supplices, pedirlhe para matar a fome e cascão terroso dos sapatos; e se o Preboste nâo houvesse sapatos? lamber-lhe as solas dos pés. Repartiria com elle a sua pouca herva dos Abruzzos Não. Não repartiria cousa alguma. E atirou as hervas fora, pensando com gula na doçura deliciosa da poeira dos sapatos desejados. Pelo caminho viu Bohemundo tristemente a sua fama a diminuir, diminuir, atéque se extinguiu diante da do Preboste que brilhava violenta como um incêndio. N'um certo albergue tomaram-n'o por um mercador de Ravenna; isso accordou o orgulho do pobre frade e poz-lhe a maldição dentro d'alma. N'essa noite, rejeitou a dormida sobre feno espalhagado na terra onde o luar lento e tremulo parecia-lhe um abano luminoso a enxotar-lhe as moscas de porcos e deitou-se na sujidade e adormeceu. E para dar maiores provações ao seu corpo aguilhoado de fome velha e atrazada, revolveu-se na immundice, clamando e m prantina desenvolta: Senhor! eu nào sou digno! E comeu excremento de porco. Dias e noites tristíssimas escoaram-se para o santo peregrino. Valles ásperos, caminhos difficeis, torrentes rugidoras, elle as atravessou resolutq ainda que se mais perigcs havia mais o exaltava correl-os a risco de tudo. Em toda a jornada sentia-se já o esplendor do Preboste invadindo como um cheiro celeste; as aves parece que cantavam os seus louvores; e o clarão inexorável de sua vida lançava atravez da nutereza uma faixa luminosa, branca, longuissima como o rastro da ladainha mystica... N'um momento, á beira da estrada (encanto indizivel!) viu o pobre eremita alguns aldeoes que se atiravam de ventre á terra, murmurando: — o Santo Preboste! o Santo Preboste! — e uma cavalgata, levantando poeira, rápida e troante passou como tempestade A Bohemundo então quasi lhe veio a colera aos lábios. Pois era este o Preboste piedoso? era esse que ia com um séquito luxuoso, em cavallos ajaezados de prata e de testeiras de ouro e as capas rubras adejantes?! Santo!? esse peccador abominável de apregoada santidade!? mas logo Bohemundo aplacou a colera e emendou-se, contricto, porque ás ve"as ovelhas só zes as apparencias illudem e labos sâo perfeitas onde ha que as devorem". Entretando em Aquiléa procurou o eremita a casa do Preboste — que era um palacio maravilhoso a projectar-se no ar sereno da noite com as janellas amplas, abertas, incendiadas de luz. Entrou; e foi logo empurrado para uma grande sala que a vastidão de uma mesa opipara enchia com exquisitos manjares, faisões, cristaes cantantes na joalheria dos reflexos, amphoras esgalgadas e a gorgolejar capitosos odores. Atordoado e varado de fome de dezoito dias de abstinência desde a macea dos porcos, Bohemundo sentiu-se desfallecer entre a algazarra dos convivas vorazes, e quando deu fé de si comia (horror e tristeza!) comia uma perna de porco assado e já havia esvasiado um copo da boa uva abominável e immuda. O santo Preboste chegou então, indiffe rente, abstracto, e tomou o logar vago de um

lacaio. E Bohemundo notou naquelle homem a piedade santa e infinita dos seus olhos sem vista, encovados, e viu-lhe a face encaveirada e pallida, a bocea immovel quasi de pedra, serena e incomparavel. Viu-o com espanto (e era de costume), reprimir a gula, regeitar os pratos, nem síquer aspirar o vinho, e apenas apanhar da toalha uns restos de pão já mordido e escuro. E o eremita lembrou-se instinetivamente de que não ha perfeição de ovelha longe da voracidade dos lobos; e o Preboste avultou aos seus olhos, por sabel-o rico e a sua riqueza era dos pobres, por sabel-o esposo da mais bella mulher d'Àquiléa e guardar a castidade, por vel-o num banquete perenne do qual era elle o cão sem fome, sob a mesa, esperando a migalha desprezada. Mas, em breve, soou o estrupido da cavalgata em aprestos á porta, e o Preboste tomando o capacete sahiu pela noite afora com o seu séquito.

escapulario, e dobrando o joelho travejarlhe o corpo magro com a perna forte e macissa_-^*aquelle contacto tenebroso e terrivel sentia o mísero frade a profusão inenarravel das serpentes curvas, de peçonhas invenciveis. E ao attricto dos seios que respiravam, o pobre eremita começou a perceber, longínqua, a harmonia das espheras, indo e vindo em rythmo divino, lentas, redondas, formidáveis, e todavia mansas como ladainhas. E poz-se a louvar e a cantar a Virgem Castíssima, a -Virgem Amantissima, o Refugio, a Consolação dos Afflictos, e de novo, Arca da Alliança, amantissima, tres vezes (Termina no fim do numero)

#

• *

Pouco depois, ao penetrar no aposento que lhe fora designado, e era o quarto do Santo Preboste, sentiu Bohemundo subir-lhe ao pescoço a cólera quasi a despejar-se em náusea. Na remissão de precoces enthusiasmos, via bem claro agora que não podia ser certamente santo o homem que mantinha mulher e leito hranco, fofo e largo como aquelle, ninho abominável de fêmea a julgar pelas minúcias imponderáveis do cheiro e da volúpia que andava no ambiente. Jazia para traz do leito uma cuba dágua tranquilla para os effeitos sacrilegos do aceio. — Volúpia! Volúpia! Aquietou-se emfim; despiu o habito e deitou-se. A lamparina eternamente moribunda vacillava compondo sombras que iam e e vinha pelas paredes, subiam ao tecto, desciam e desappareciam. Lá dentro na sala, vozes tambem compunham-se, e logo se desfaziam; parecia que aquella parte se desarticulara da casa e ia fugindo porque as vozes e os rumores foram pouco a pouco morrendo, morrendo e extinguiram-se. Atinai, cahira tudo em silencio absoluto. E foi-se-lhe estreitando então o circuito das idéas confusas, e Bohemundo poz-se a catalogar os seus peccados nitidos, a perna de porco assado, o copo de vinho que lhe assolava os humores, os juizos temerarios e criminosos... e ia já a cerrar os olhos quando de súbito uma porta se abre e entra pelo quarto um grande rumor branco. Era a mulher do Preboste. O santo eremita encolheu-se todo na cama e estirou as mãos pelo corpo a ver se estava composto. Mas a mulher nem sequer o olhou — encaminhou-se a um canto do aposento enfrente á lâmpada sempre moribunda, e foi desatando os vestidos: como de uma rosa em violência de vento foramlhe os trapos voando em sussurro, e afinal a camisa contra a luz, gonfiada sob os braços, luminosa e quente como de um balão, voou pek alto, invertida e difficil, deixando -a trepidar os seios rijos e nús. E o eremita viu-a, ave pernalta e branca bambolear-se em em vôo, ir chegando, passar-se para cima do leito, aconchegarse ao pobre homem, metterlhe ao pescoço os braços em 39

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VI -

1940


k:

Para os teus olhos Eu tenho eu tenho em tudo avisto os

I

Folha de outomno Não sei levar a vida. A incerteza do vento, No outomno ... Assim Segue... sem ânsias

. . . E' a vida que me leva solta arvore a a folha, treva minha alma: uma luz. uma vãs, sem inútil.revolta.

ora abaixa, ora eleva ... Vento é o destino ... e a tolha, mais v.ravolU . . . Mais uma viravolta e outra se neva, E ella dourando ao sol, descorando volta, nao volta,... não Vae... E o que sabe? 1 oh! só que ... E mesmo, em tal vertigem passa, Que apenas passa um pouco da paisagem, Que lhe custa reter encheu todo o olhar. Um recanto qualquer que lhe

a nostalgia dos teus olhos, saudades do teu olhar, saúsfeita, que contemplo a cismar. amigos olhos teus

acabrunhada, No teu olhar ha uma doçura a pensar: me traz preocupada que assim tristonho porque tens o olhar teu olhar ? do saudades si tenho Nada mais belo para mim existe como o mar, que teus olhos claros e traiçoeiras alvas que em suas ondas a soluçar . . . aflita minh'alma levam olhos, Eu tenho a nostalgia dos teus olhar, teu morro de amores por sonho ? sabes-tu por ventura o que é ? é amar o ingrato, que Mbes-tu

J"

ELISABETH

BASTOS

riso e a desgraça, E que passando assim pelo é uma miragem vida a afinal que Acredita delia a espre.tar ... No deserto da morte, alem ELÔRA

POSSOLO

CHAOÚL

Silenciando

(

Inutilmente Eu gostaria de sair, á noite, Pela praia deserta e enluarada, Sentir, do vento, no cruel açoite, Uma caricia louca e prolongada...

teus olhos fito Quando os meus olhos nos E ouço-te a voz ... e á tua mão repouso Meu coração por ver-te vive aflito E o que sinto ao te ver, dizer não ouso. Temo suponhas que te minta, o grito Soltando de ventura e deste goso infinito. Que liga a terra ao páramo Mundos e soes,'num beijo luminoso.

açoite Se exige o mundo que o meu peito apaixonada, Os impulsos de uma alma E que, embora franzina, a vida afoite Vesta renhida luta inconfessada, Eu gostaria de contar í lua Lentamente, em surdina, pela areia, Esta tristeza ivassalante e crua.

_ Quedo-me, pois, silente, entre o» felizes, Isis Como no Egypto, em pleno templo de — Mudo. O pétreo Deus — Deu» do silencio Immota, muda, a contemplar-te altivo. Ao lábio um dedo em gesto imperativo tudoOuvindo, vendo, e em mim calando

4sr wm ODETTE

Porérr a l-ii é muda e indiferente. — Passa por nós como a piedade alheia da gente ! Que nâo compreende P coração CARMEN

O

LÚCIA

BARCELLOS

MALHO VI -

1940


BUCÓLICA BICARBONATADA Por JÚLIO Acabava de fundar-se "El Mundo", quando o Centro Gallego de Madrid organizou um banquete em homenagem a D. Casimiro Gómez. Meu Illustre director de então, Júlio Burell, chamoume e disse-me : Quer ir ao banquete do Centro Gallego ? Como você é gallego . . . Um escrúpulo de minha honrada consciencia levou-me a interromper as palavras do mestre. Irei ao banquete com gosto ; não por essa razão de regionalismo que V. insinua, mas por outra, de caracter gasEstou á disposição do jortronomico. nal para represental-o em todos os banquetes, quaesquer que sejam os pratos regionaes que nelles se sirvam. Tenho um estômago unitário e um appetite federal . . . Já no Centro Gallego, fizeiam-me sentar ante uma larga mesa, na qual occupava D. Casimiro Gómez um lugar de honra. Eu não sabia, com segurança, quem era D. Casimiro Gómez, que alguns periódicos, naquelles dias, denominaram o "illustre philanthropo". Afim de inteirar-me, comecei a subornar com azeitonas um commensa! contíguo, e, de chofre, perguntei-lhe a meia voz : Este banquete, quem nol-o dá é D. Casimiro ou somos nós que lh'o damos ? Meu vizinho fisgou com o garfo uma azeitona e m'a offereceu, dando-me tambem o "hors d'ceuvres" e a resposta. Este banquete é offerecido ao illustre philanthropo por todos nós. Veja Você — repliquei. Precisamente porque D. Casimiro é um philanthropo, eu pensara que elle ia pagar o banquete . . . A mesa fora installada em uma sala muito alegre, com vistas para a rua da Bolsa. A parede fronteira a mim achava-se decorada com um friso d» gallegos illustres. Ali se via o retrato de Concepclón Arenal junto ao de Matías López. Esses retratos — disse-me o novo amigo — valem muito dinheiro. O de Matias López — contestei — pagará bastante. Como pagará bastante ? Por certo.. Náo é um annuncio ? Náo, senhor : é um retrato como os demais. Todos sáo homens notáveis. Ah ! E como náo figura ahi a imaDeviam tel-a gem de D. Casimiro ? posto ao lado da de Rosalla de Castro. A essa altura, já havíamos começado a comer. Os servidores lani de um a outro lado, fazendo todo o possivel para náo deixar cahir umas imrnensas travessas com "bceuf à Ia flnance", prato lndicadissimo para obsequiar um personagem da estofa de D. Casimiro Gómez. O vinho náo prestava; em compensaçào, porém, viam-se na mesa innumeraveis garrafas de Lerez. Beba destas águas — pedlu-me o amigo — sáo as águas de D. Casimiro. Águas bicarbonatado - sodlco - chloruradas, fluorado - lithlcas, cuja historia se VI -

CAMBA

assemelha á historia de um milagre biblico ! D. Casimiro chegou da America com uma fortuna typicamente indiana : uma fortuna feita na industria dos couros. Aqui, em Puentevedra, comprou por 100.000 pesetas uma herdade onde havia arvores que valiam mais de "Bom negocio" — 150.000. pensou D. Casimiro. Um dia,, percorrendo os campos que acabava de adquirir, viu uni fresco manancial que brotava docemente entre umas penhas. Um poeta teria feito com as mãos uma taça para sorver o liquido crystallino, e depois se quedaria a ouvir o timido murmúrio das águas. Mas D. Casimiro se enriquecera com os couros. Um manancial ? Eis uma industria ! Immediatamente a herdade de Monte Porreiro se transformou. D Casimiro fez obras, trouxe machinas, empregou gente, e aquellas águas bucólicas, nas quaes Garcilaso nunca descobriria nem o sabor do bicarbonato, nem do chloruro, grangearam rapidamente uma personalidade scientifica e um gosto desagrada vel. Por tudo isso deram a D. Casimiro Gómez o cognome de philanthropo. Re-

cordo, com certa indignação, aquelle banquete do Centro Gallego, em que D. Casimiro bebeu "champagne" para produzir um discurso, emquanto nós bebiamos cidra. E o Sr. diz — exclamei, tristemente, dirigindo-me ao conviva, que tinha a meu lado — 0 Sr. diz que D. Casimiro é um philanthropo ? Mas já D. Casimiro começara a falar com uma doçura tão americana como phi"Eu não lanthropica. pouparei gastos nem sacrifício algum — dizia — para que a Galliza possua um manancial bicarbonatado como os melhores da Europa. Um espirito zombeteiro murmurou ao pé de mim : Vae deixar-lhe todo o bicarbonato que faça falta. Emquanto isso, D. Casimiro proseguia ; "As águas do Lérez — clamava — sâo as melhores águas digestivas que se conhecem, e é um dever de todos os gallegos proclamal-o assim. Por minha parte, estou disposto a tudo para que essas águas se bebam nas melhores mesas. Pensava bem, porque as águas eram suas, e quanto mais se bebessem mais ganharia elle.. Viva D. Casimiro ! — gritou uma

voz

Viva !_,«.•., Viva o illustre philanthropo! Viva!Ml. .. E vive., Aqui, ás margens do Lérez, mantém o seu estabelecimento, ao qual espero fazer uma grata visita.;

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1940 41


DESENHO DE dr. Mendes Barbosa FRAGUSTO leu e releu, com longo vagar, aquella ligelra noticia, laconica e iria, perdida a um canto do Jornal. A manhã ia radiante e linda, e como corresse o suave Setembro, de. mdio pois de um inverno luminoso e amavel, desabrocha a alma annual dos pecegueiros em flor. Sentado a um canto da nella, sobre a qual cahlra Ja-a LEONCIO CORREIA 6 discreta sombra de um pomar bem cuidado, o jovem bacharei via, através a fumaça do cigarro lentamente chupado, invadia-o a timidez de uma contemplando - a no esplendor ir se desenrolando os mais in- criança, tomava-o a hesitação da belleza magnífica, sentindoteressantes eplsodios de sua da pratica de um lhe o hálito ardente, a exprescriprimeiro vida acadêmica. E com o Jor- me. Como o receberiam ? Por são estranha do olhar, o perfunal pousado sobre os Joelhos, algum tempo, ã porta da casa me deliciosamente esquisito do na gloria tranquilla daquella de Nogueira, pallido e embaracorpo admiravel, perturbou - se. manhã de primavera, recordaçado, supplicou uma inspiraE a si mesmo se censurou dessa va e sonhava... Ção. Por fim, como se a chamfraqueza — que a sua alma que "Acha-se tão pura ali penetrara, de um gravemente enfer- ma viva do olhar lhe illuminasse mo o dr. Carlos Nogueira, illus- o passado, subiu cautelosamenfeio pensamento se maculava. tre advogado do nosso fôro". te, como pisando o soalho de E, de novo, humildemente rogou E só! Essas duas ligeiras li- uma camara mortuaria, a mela que se retirasse. Obedecido, cennhas punham o peso formidável dúzia de degraus da escadaria surou-se com amargura dos seus de um mundo no angustiado de mármore. E varou a sala de insólitos desígnios. coração de Barbosa. Esse peso, viáftas e o corredor. Com manNogueira, deprimido pelo abaque o torturava, abria-lhe n'al- sa e tremula mão entre-abre lo daquella imprevista visita, lentamente ma uma larga claridade. Como a porta do quarto dormia placidamente. A' entrase esbatia na sua Imaginação Junto ao leito do enfermo, esda do medico, foi Barbosa que esse trecho da existencia, en- taca, ansioso e commovido. despertou de um doce e luminovolvido na bruma dourada da Uma meia sombra, cheia de so sonho, que lhe seria grato melancólica suggestáo, derrapoesia! não tivesse fim... E como se tivesse diante, sen- ma-se por tudo. E sob essa Melhor, muito melhor, aftado em outra cadeira, alguém atmosphera morna, quieta, fusfirmou, radiante, o dr. Amaral, ca, entre-olham-se a ouvil-o, falava : por instandepois de haver auscultado de— "Excellente Nogueira ! Em tes. Estendem, ao mesmo temmoradamente o cliente, com soos braços desassocegados, toda a minha geração academi- po, licito interesse. e, assim, unidos e confundidos, ca de outro collega não soube beijam-se E como, a esse tempo, surgisna testa, e esses nem melhor nem menos egois- osculos se, com a physionomia machuahi ficam como os raios ta. Tão bom, tão justo, tão no- de cada e dolorida, a formosa D. uma estrella palpitante babre! Éramos como Castor e Leonor: Pollux... Ah! com que lníinl- nhando uma ruina solitaria. Melhor— muito melhor... Barbosa, vergado sobre o ta saudade o recordo ! Sempre Ha esperanças... Confio em juntos... na "republica" nas au- combalido amigo, bebia - lhe, Deus e na sciencia. Ias, nos passeios, nos bailes... syliaba a syllaba, a palavra Formados, chegamos aqui, á tartamuda e fatigada, e só erA melancólica esposa sorriu nossa terra, com os mesmos en- gueu, com lento esforço, a cadocemente. beça, ao mais presentir thusíasmos e os mesmos soalguém AqueUe alvoroço ao medico, nhos. Veiu a política, e nos col- no quarto.. De pé, multo bella, aquelle sorriso da mulher prolocou, a cada um de nós, numa e ainda mais branca do que vocaram uma surda hostilidade margem opposta a do outro. E, uma estatua de mármore, nuno animo do improvisado enferentre nós, rolando, profundo e ma dolorosa immobilldade, quemeiro. E teve um oblíquo olhar dava D. Leonor, a esposa do mysterioso, o rio da Vida. de inveja e de odio para o doE um dia nos perdemos de doente. ente inerme e desolado. — Que lhe désse permissão, vista... Como ? Por que ? AlnA' noite, a elle, o ingrato, mas só a elle,' no negro circumdada de panda hoje indago desse "porque", e tulipa de luz electrivelar pelo enfermo. Como que nos separou. Pois, então, a de ca, para tamisar-lhe a crueza, seria consolador o resgatar, i apenas a arrancada política Barbosa recolhia ao quarto, enW uma dedicação sem pausa! tenebrosa das paixões lnferio- por volto em sombra tudo silencio, e foi o e que perdido por um res ? Pois, então, para ser po- tão «cismava, fitando o rosto cadali tico é mister fazer seccar to- fosse longo afastamento l Que verico de Nogueira : repousar. Para mal-são 29 das as divinas fontes do cora- bastava — Certo, a Morte ahi estava o Nogueira. E de agomatando a serena belleza ra em diante ção, a fazer a sua amavel pescaacompanharia a da nossa augusta finalidade ?" marcha da enfermidade como ria... Mas, com que desesperaE pendeu a cabeça com des- o astronomo dora lentidão ia colhendo a lialento de vencido. Mas, para sante de um o curso interesnha ! Se pudesse dar um emastro. fosse Que logo, com decidida resolução, se repousar — suppllcava. puxão ao braço libertador... ergueu. Iria ver, iria abraçar, Mas aquella estatua, na qual E como que envergonhado e iria beijar, ou vivo ou morto, apenas o fulgor do olhar traia arrependido desse pensamento, aquelle que lhe fôra na vida o a essência com nervoso gesto parecia ensymbolo harmonioso e raro do se conservava.hfumana, immovel xotar uma ldéa criminosa. Barbosa não proaffecto humano. longou de constranDias depois, tuna madruNa rua respirava com volu- glmento a esituação embaraço. Collocou gada — que se por coava luminosa, ptuosa soffreguidáo. Reconcilia- uma cadeira Junto a cama, con- num largo Jorro de ouro fluido, va-se comsigo mesmo. A' pro- vi dando docemente a através as venezianas — a resdivina teiporção, porém, que se ia appro- mosa pira ção do enfermo foi se torximando da casa do enfermo, t&o. dequeD. delia se servisse, jsnLeonor muito perto, nando estertorosa, e o nariz, O

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que ia afilando, era como uma flôr estranha dos vlolaceos canteiros que se alargavam em torte, e a de partir antes dos funo. Com uma véla na mão, ã altura do rosto, toda irradiante de brancura e de belleza, assomou, como de costume, á porta, D. Leonor, num longo e claro roupão, como tecido de nevoas e de espumas — e era um fantasma divino, anjo de occultas azas, baixado á terra num lindo raio do sol glorioso que, fóra, começava a brilhar e a cantar um hymno immenso de pacificação e de amor. Subito, um grito lancinante como a explosão de um doloroso desespero, quebrou aquella quletude solemne e religiosa. E a elle um silencio, mnis silencioso que o da própria morte, suecedeu então por dilatado tempo. Nogueira, depois de haver encarado a esposa, olhando-a com angustioso e inquieto olhar, numa Inútil tentativa de dizer qualquèr coisa, estrebuchára com violência para, em seguida, inteiriçar em completa immobilidade. E a seu lado, estendida na mesma cama, como dormindo o mesmo somno, estava D. Leonor. Junto ao leito, de pé, num mixiu de alegria feroz e de expectativa anciosa, Barbosa contemplava aquella scena empolgante e desoladora. Quando na manhã seguinte — que maravilhosa manhã de encantador outomno I — Barbosa regressava do cemiterio, recalcou, no intimo, todo o seu pérfido júbilo, e pôde, com a bocca muito longe do coração, murmurar, á guisa de consolo, ao ouvido da viuva, toda em pranto debulhada : — Duas, as venturas do que morre cedo : a de morrer sem nunca haver pensado na morte e a de partir antes dos funeraes das esperanças e das lllusões, que são a graça e a poesia da vida... Um anno mais tarde D. Leonor cambiava de sobrenome. Mme. Mendes Barbosa tinha a belleza melancólica do luar. Lumlnosamente bella na sua tristeza, com o seu sorriso de crepusculo ennevoado, os olhos sempre com o pranto em repreza, obedecia automaticamente ao novo companheiro, sem a mais leve mostra de contrariedade, sem o rnn\$ vago gesto de carinho. A voz do esposo chegava-lhe aos ouvidos confundida com a voz de todos os outros homens. Por isso, nas suas horas de solldáo e de extase, cravava o

olhar indagador num ponto distante do horisonte como á espera de uma sombra que surgisse, e espertava o ouvido para ouvir alguma coisa de mysterioso e de consolador... E, por isso, também, ha mais de um anno, nada alterára em sua casa : moveis, quadros, tapetes, tudo mantinha a mesma ordem que suas mãos deliciosas haviam dado em outros tempos. A' singular cegueira de Mendes Barbosa aquillo não passava de caprichos infantis, de adoravel teimosia... De uma feita, chegou á casa no correr do dia, imprevistamente. Um sombrio silencio forrava tudo. E como participando delle, o advogado, pé ante pé, correua toda. Vasio o quarto. Vasio do corpo e do perfume delia. E assim as demais dependencias. Trancada a sala de visitas... Com a respiração offegante, o coração em marteladas violentas e desordenadas, as pernas bambas, todo a tremer, curvou-se angustiado, e procurou, pelo buraco da chave da fechadura, surprehender a causa do estranho facto. Um feixe palpitante e doulado de raios de sol nimbava de um resplendor de santo a fronte marmórea da esposa que, ajoelhada, em beatlfica postura, mãos em rogativa, orava, olhos docemente postos no retrato de Nogueira que, artisticamente emmoldurado, pendia da parede, tão perfeito e animado, que D. Leonor tinha a illusão de vel-o e de ouvil-o ainda... Barbosa chumbou furiosamente o ouvido á fechadura, e escutou: — Tu és minha luz constante, e a sombra é a saudade da luz... D. Leonor, pela manhã seguinte, como lhe era de habito, foi á sala. Ao dar com o vasio do espaço que na parede occupava o retrato do bemamado, foi presa de espanto e de terror. Fechou, sem ruido, a porta, e, entre preces, entre soluços, entre lagrimas beijou carinhosamente e longamente aquella porta vulgar, que era a porta sublime da sua consolação... E foi nessa hora dolorosa e acerba que ella o sentiu para sempre ausente... Nem ella, nem elle, os dois esposos, alludiram jamais, nem mesmo vagamente, ao exquisito caso; mas, dia a dia, elle se sentia mais triste naquella casa triste, e D. Leonor cada vez mais fria, cada vez mais silenciosa, cada vez mais indlfferente... VI - 1940


^UÍijiycyta-

se trata — caro leitor, ou lei— de conhecido jogo, innotora NAO cente passa-tempo nas longas noites de Inverno, quando se exgotta o assumpto da carestia da vida, difficuldades em conseguir boas empregadas, e o do "milagre" da vida do próximo que, sem emprego rendoso, nem fortuna herdada, passa como um nababo... O vispora a que me refiro foi um "aparte" que fez um fluente orador embatucar. Todo brasileiro — talvez pela sua percentagem de sangue latino — tem a mania de fazer versos e fazer discursos,

embora muitos desses versos nada tenham de poesia, nem na mór parte dos discursos haja a verdadeira eloqüência e rhetóríca... O José Mlnelo, como brasileiro, era um desses que descambara para a oratoria, com a mania de fazer discursos a propósito de tudo e até sem propósito algum. Não havia festa familiar (inclusive enterros) nem festa publica (revoluções inclusive) a que o José não comparecesse com o seu discurso engatilhado. Discurso que passava á categoria de brinde, quando se tratava de banquetes, ou simples jantares Íntimos, e que se convertia em necrológio quando era o "caso mais serio" de um enterro. E não se tenha escandalísado o leitor ou a leitora quando eu inclui os enterros no rói das festas familiares... Fiz isso porque muitos genros assim consideram o enterro das respectivas sogras, da mesma sorte que sobrinhos e afilhados pobres consideram uma sorte o enterro de tios e padrinhos ricos que os contemplaram bem nos f-iü5-5^fl l/zflfli seus testamentos... As revoluções também entre nós são festivas, com cânticos de canções como a Vassourinha, e lenços vermelhos ao pescoço, dando uma nota de vivo colorido... á festa. Voltando, porém, ao Zé Mine- *"* 'Xaw^&MmV- -\ m ¦ * * * " ^mOm^^^^^Êc^^Si Io, elle bem poderia se chamar " AF ^^^sa**aL-***"J*^T-aaa-i-i_._ ^F*^****gQ S Demósthenes ou Cícero, tão amigo era do "peço a palavra", embora não conhesse, muita ¦áM Mmw*^^mAMmW' «T^^^JjaW - *»^^*BMfl^B^^^^flja^J^V. vez, o significado das mesmas, e as empregasse quando exprimiam, exactamente, o contrario do que elle pretendia dizer. Sirva de exemplo um brinde que elle "ergueu" aos noivos em-um jantar de casamento, desejando que "aquella data se reproduzisse ainda muitas vezes, e que a nubente ¦fl Wi\ fl H l\nà Má.lilwwiJili í ri afl lmpubere seguisse o ma--

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chlavellco exemplo daquella deusa do lar que foi Messallna, na sua Idade média, a qual não media sacrifícios para conspurcar, brilhantemente, o thálamo conjugai, emquanto o esposo dormia, confiante, nos braços do Hymeneu I..." Certa vez, em uma festa civlca, com sessão magna, realisada no velho e tradiclonal theatro Santa Izabel, na capital pernambucana, o nosso orador estava em um dos camarotes da "bocea de scena", ansioso para pedir a palavra, afim de deitar gosmado, como ele próprio chamava os seus Incríveis discursos. Mal o orador official da solemnldade patriótica terminou sua oração, sob a inevitável salva de palmas, gritou o Minelo : Peço a palavra I... E, mesmo sem que ninguém lh'a desse, começou a falar, emphatlcamente, lembrando o heroísmo do povo pernambucano, o "Leão do Norte" de tuba arrepiada quando se tratava de defender com armas nas garras os seus direitos assegurados e as suas liberdades proprias...". Recordando datas históricas, eontinuou, berrando a plenos pulmões : "Nâo pode ser nunca jamais, em tempo algum vencido um povo que tem no seu peZotirtnrio datas como 1710! 817 ! ... 24 I ... 48 I ... Vispora !... gritou um gaiato de lá de cima das "torrinhas" do theatro. Estourou uma gargalhada geral. O orador ainda qulz proseguir repetindo : 48 I... 1848 !... Não poude, porém, mais falar porque outro gaiato gritou: Conferir cartões 1 Toda gente não parava de rir. O Minelo, abafadissimo, confessou sua entaladéla, terminando a parolagem com o celebre : Tenho dito I E sentou-se. A sessão que começou magna, torminou cômica. Antes assim.

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Este rouxinol que, já aos 15 mezes de idaclo, deu provas que nasceu para alegrar cs corações de velhos e moços, pois foi com esta idade que, deitada em seu bercinho, cantou uma canção do começo ao fim, nasceu no dia 14 de Abril de 1928, na cidade de Buffalo, nos Estados Unidos, descen"cock-taü" de dente de um nacionalidades. Tem olhinhos azues e cabellos castanhos. Sua personalidade captivan-

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te seu c»*iar»! e sua simplicidade na maneira de expressão lhe valeram a chance tao cobiçada, hoje em dia, por milhares de crianças nos Estados Unidos, isto é, ingressar no cinema. Joe Pasternak, o descobridor de esVI -

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trellas e quem nos proporcionou a Deanna Durbin de todos os tempos, estava em Nova York, quando lhe apreA impressão sentaram Gloria Jean. desta eile teve garotinha querida que foi tão forte, que eile não perdeu tem-45-

po e se communicou com os studios em Hollywood, para que elles proporcionassem a esta menina-estrella um íest. Chegado em Hollywood, entretanto, não a submetteram logo a um test severo, mas deixaram-n'a se familiarisando com o pessoal dos studios, levando ella a vida mais na brincadeira. Gloria Jean ficou observando o que os outros faziam, ao mesmo tempo que recebia lições preparatórias para sua estréa deante da camera. Logo depois do primeiro test, Joe Pasternak viu, com grande satisfação, Gloria que tinha acertado a escolha. Jean nasceu para o cinema, pois logo da primeira vez ella representou com tanta naturalidade e com tanta firmeza, apesar de nunca antes ter pisado o palco ; portanto, não veiu para HollyTalvez seja isto uma wood ensaiada. das razões de seu successo, porque quem já teve a opportunidade de vér seu primeiro film "Traquina querida", jamais a esquecerá. O

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cançada de ser chamada " boasinha ", disse Olivia de Havilland, ao mera tempo que fechava o rosto meigo com uma carranca que queria severa. "boa P°rque a sua °£erisa co"tra essa qualificação de moça" que lhe adao: ..1ieíplÍCOU Todo o mundo é boa moça; principalmente as estúpidas. E é meJhor parar com isso desde já". A Iin. a actriz ail,da nâ0 sabe ° tvP° ^ Pessoa que vae adoptar para deixar de ser ... boa moça , mas está estudando vários delles. "Eu A propósito, disse: queria adoptar certa maneira de ser que logo me faria sahir da classe das boazimias, mas minha consciência me impede. Podia por exemplo começar a franzir a testa para os electricistas, não responder aos cabelle.reiros, ou mesmo atirar com uma cadeira num director. Talvez isso fizesscom que toda a gente passas_se a me considerar como tendo sensibilidade artística. Em lodo o caso, e um verdadeiro problema para mim, e ainda não sei que partido tomar" E' provável que o sr. Goldwyn tenha concorrido para alimentar em Olivia essas Idéas extravagantes, pois em " Raffles" elle lhe confiou cousa muito differente do que lançar olhos languidoi e compridos para David Niven. Com effeito, na pellicula, ella dá um trabalhâo insano aos detectives de Scotlatui Yard c o director Sam Wood fez delia, em algumas scenas. um desses typos de mulher diabólica <¦ implacável.

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SULIMAN, com a sua graça morena e liem brasileira, é um dos elementos que justificam a inriedl de com que é aguardada a estrea. no " Direito de Pcccar ". próximo mez, de o

primeiro film brasileiro produzido 1'anamerica e sob a direcção de Mart.n. cujo cast i completado por César Ladeira, Sarab Nobre, Nilza Magrassi, Zilka Sallaberry e Nela le Oliveira. A famosa parceria NássaraErazão collalx>ra em "Direito dl Po car" com k-llissimas composições iné'litas, cantadas por Nilton Paz com acompanhamento ila Orchestra N'apopela l.eo

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DENIS-ROOSEVELT

Armand Denis e sua mulher Leila Roosevelt, prima do Presidente Roosevelt, chefes da expedição asiática Üenis-Roosevelt. acabam de voltar a Xova York, a bordo do cargueiro " Robin Hood", após uma lon ga viagem de aventuras e de magníficas filmagens. Chegaram dc volta da expedição trazendo os dois carros e um caminhão com os quaes veranearam pela Ásia e Africa, além de um variado carregamento de animaes, inclusive dois leopardos de estimação, quatro macacos, um delles um raro Colshus, dois gatos chinezes c dezCsete tartarugas das ilhas Seychelles. O casal Denis deixou Nova York em Abril de 1939 com destino a Londres, de onde voou para Rangoon, em Burma. Era Rangoon entraram nos seus carros e subiram á China pela celebre estrada interior construída para o transporte de munições liara o governo chinez cm luta com o Japão. De volta da China para Burma o casal atravessou a índia trazendo consigo o primeiro film documentário da região, o que constitue um verdadeiro record de exl*dição, que conseguiu entrar na região prohibida de Xepal. Ao estalar a guerra, tiveram dc deixar a índia e vieram para a África, cortando territórios de paizes neutros mas pouco conhecidos. A United Artists adquiriu os direitos de distribuição 5ara todo o mundo dos novos documentarios da expedição, com excepção dos Estados Unidos c Canadá. Esses documentários constituem nova série de aventuras sensacionaes. PARA FAZER RIR Charles Judels, actor cômico, figura com Greta Garbo e Melwyn Douglas em " \"i notchka", pellicula Metro-, ii.ldyn-Mayer. Representa o papel dc Pcrc Malliicu, dono dc um pequeno restaurante em Paris, no qual Douglas tem os seus encontros amorosos com a dama de Moscou. Apparece, entretanto, somente em uma scena, quan do cabe e derruba oomaigo uma das mesas. "NinotSChka" l o primeiro film d. Garbo no genero comedia, e é a primeira vez que é dirigida por Ernsl Lubhacfa .1 WK

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Ja é tempo do Cinema homenagear iiemoria de uma grande mulherI"

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Charles Com este lemma. R. Ro gers. o conhecido prodoctor, actualmente trabalhando na Coiurabia, gastou mais dc um ano em praqniras no- arquivos doa I UU., analysando as grandes figuras femininas universais. Desse árduo mister, um nome saltou, luminosamente, ao primeira plano: o de Jane Adams. pioneira das obras de assistência social. Km conseqüência disso. Rogers emprega no in. .mento todo o seu enthusiasmo nas VI

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ANNOS...

.. .casavam-se em Los Angeles, a 28 de Março, Mary Pickford e Douglas Fairbanks... ...lançava a Fox uma nova estrella, Vivian Rich... Gloria Swanson casara-se com Herbert Sonhorn, presidente da Equity Pictures Company... .. .Louise Huff divorciava-se de Edgard Jone"s e logo após casava-se com Edwin A. Stillmann, extranho á cinematographia... "dentro ...annunciava sua partida, em breve" para os Estados Unidos a nobrasileiro Carmen vel estrella do cinema "O film Urutáo Santos, que produzira que só fôra visto pela imprensa... Os melhores films exhibidos nos ememas de então," em Maio de", 1920, foram: film allemão Odeon — Crucificae-a com Pola Negri, a proposito do qual se tedesca sudizia que a cinematographia"Amor verdaamericana...; a /rplantaria Carmen Santos da Goldwyn com a grande Mae Marsh; "O Intrujão". da World, com a aristocratica Ketty da Union, com Pola Negri. Gordon; "Vendetta" *4 Coração de gaúchofilm nacional da Guana— Central " " ; Hamlet da Rodolfi-Film com Kugbara, muito máozinho... "Espigas da Universal, com Mary ouro", de gero Ruggeri; . Mae Laren. — " A Torrentefilm francez com o grande SignoPathé para a ref "A força da ambição", ultimo film de Theda Bara " A mão do " Deslys ; Gaby • com Pathé. Infatuaçãoda Fox "Romance do sertão , da Hyland; Peggy com Fox da destino", Fox, com Tom Mix. "Amor ás pressas , da World com Carlyle Plienix — Blackwell. . • "Israel", adaptação da celebre peça de Bernstein, Falais — "Paixão por aposta", da United Pictures, com Dustin Farnum. "O Parisiense —"LadrãoAbysmo", com Emilio Ghione. — por amor", da Paramount, com Wal* Avenida "Parodiando Salomé", da Paramount, successo de lace Reid" Boia; "Minha adoração", da Artcraft, com gargalhada de Chico " de almas", da Paramount, com Domercado O William Hart; ,, rothy Dalton. " Centenário — A ultima testemunha , da Union-Film, com Alberto Basserman; "Vida Nova", film portuguez com o artista comico Nascimento Fernandes films íris _ Fazia o lançamento dos de aventuras da Universal, com grande successo popular.

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"Melodias de TONY MARTIN que filmou para a Columbia tor-, um coração", musical onde Rita Hayivorth dansava e que se suspiros... muitos de causa nou. desde então, a

de Jaactividades da próxima filmagem ", de que Harry House Hull and ne Adams " e^ Segai 1 já está fazendo o scenario , paesuma febrilmente, ra o qual procura-se, toda em viver trella" de valor, capaz de a sua plenitude o papel — titulo da producção. A MAIOR PRODUCÇAÒ DE 1940 a Xuma entrevista collectiva concedida cincoenta redactores cinematographicos de r^or • jornaes e revistas de Nova da Mevice-presidente Mayer, B. I.ouis e garantu tro-Goldwyn-Mayer, declarou o titulo com annunciado o celluloide que •' Boom Town" seria a maior producçao de 1940 nos seus studios. Como inicio de preparativos, revelou aos representantes da imprensa reunidos no seu gabinete que já tinham sido escolhidos os protagonistas, em numero de quatro: Clark Gable, Spencer Tracy, Claudette Colbert e Hedy Lamarr. "Simplesmente..." — disse elle. VI -

1940

ser collocado Este é o maior canhão jamais feito para um studio de cinema, que se vê ao Será ztsto cm Chaplin. Charles companhia contractados trabalhadores pela lugar em pelos como refere se Chaplin o a da na ultima próprio que produc(ão parte scenas de ftuerra sendo a "Producção ». 6". O projecti! do canhão mede seis pés de comprimento. - 47.

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THfATROS ^DIVERSÕES <%£.' Palhaço,, Mme. Butterflv **?«¦ ^alleria JJf c"nt, £5 Germana de Lucena. Rei, , SilvJ &£? Si^^síErV*" P^-^l-. Tal esforço, embora repetido • u" r>eriodican, Yia™ e «w». "' " •— ** —£ S^mtilnmtmZSmmm:

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«orno de Beatriz Costa gruP°" ° emprezario José Loureiro atam, artuta, portugueze, e girlt de cá para apnsníuir a ,,,,,,,,;, de COítume, lusos J:"id:'1 * S«o Bento" do, escri,° Arnaldo Leite e Campos Ptore, Montaro com musica, alia, muito bonita de Vaaoo Macedo. O trabalho da applaudida actnz no protagonuta è admi¦ '¦ outro, mérito, não tiveMe o taculo, esse justificaria de sobra Com Beatriz trabalham satisfatoriamente Nawimento FernanMaria Brazâo, Armando \ascimento, Vina de Souza, Cario, BaptUta e outro,. A montagem . bonita, havendo doi, ou tre, telões notáveis.

O Theatro Serrador enscenou "A vida começa ao, 40", de Ladislau ToBeatriz Costa no garoto de "O Pardal '' r " Rival "Querida", de Paulo Madc São Bento". Ihãe, e " O Tropheu", dc Armando o Carlos Gome, "O filhinho ri* „,w,- ' Gonzaga; antor: " "«dite se quizer", de Pau f' ,ric?iT „,mT Casa d., Cabodo "Tre, caipira, do barulho», de Maia e Álvaro lunior'. uwluas oomedm de Irmando Gonzaga "O .1. Thopheu» é a mdfam™ o amentre nos. Ha. meano, mai, graça não ., ,„, dialogo, como nas ritua. de «• , om,,,- tirou Modesto de Souza o melhor proveito. 0 que foi á\a-,u « Cuta Gome, pam-* em uma ctacâo dc aguai e embora dL\\W SS elenco o .• de .ua companhia, nem elle, nem Palmeirim nem I ufca w ... que encarnaram pereonagen, cômica, Seguiram divcr, a Xtéa aue mjsmmmmmmm em apreciar „s progr^c, de Lúcia .„,, e â S^de^

«^Porque an vez de peça, de vida ephemera se enriquS ccZ 2£j£ no t,m<:::"Vr ? ¦ ,,r" e o «touvSo _ hora aXT Acredite s>- quaer f»*. a-..,,,,,,, ma, „.-1(!a bwovou, m £ que • dom *••'""• t. „-,' ' possível mnovar, seja o que for ,' l , \ Rirnirt--. i ,.

:z:r.;:T:;,,:;.-< -fe^.ttfivt; (Ba, de Machado de mo uma revelação: caminho da porta ". «__- amadons.

''"'" Assis. qu^TaSS^ fEEÍ f"" conrtihKm novidade -QiiriímÍS5o-,2£ ", r <U' Snurimo laboi '7, 1"'1".'t;l. meUcndo ,1 ,,' Í3oÍ, Í£l_VdT2Tde<Z^<? "^ *" a

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Foi uma das melhores promessas do nosso theatro mais do que isso, um princiPo de realização: Gui Martinelli. Porque abandonou a scena onde a esperavam tantos tnumphos? Mysterio... Occupa, por

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ANNOS

...'. Prefeito resolvia commetter a dua.s empresas a temporada lyrica official A Walter Mocchi que tinha bandeiia. alem de outros, os maestros por Felix Wtía— ner e Edoardo Vitale, os sopranos (k'HMcve V,x e G.lda Dalla Rizza, os meio-.pranos Gabriela Besanzoni e Elvira Ca^ ««,. M •««¦ GigB, De Mun, e La^j \ olpi, os barytono, Armand Crabbé e Se«ura Tallien, o baixo Giulio Orino i Pnmeiros bailarinos Richard Xemanoff e Elena Kronmer. ¦ •e a Empreza .Vacional de Opera Ca""1" Bonett. que apresentaria ei.:re outros ••.">aes,ro Túlio Serafim, os sopranos Juamta Caracoolo, Rosa Legat e Clau^n MUZW, os tenores Ferdinando Cincs-M,' Ferrara Fontana e Gigli, os harvto„os' Iran.eseo Cigada e Cario Galeffi. o baixo \irK.ho Lazzaro e como corpo de baile a Companhia de Bailado, Alejandro Jakov.e f. co„, Maria ChalHska como primeira tojmna e .. Vronriais ,,„„„ J^™ ...dava seu primeiro concerto no Rio a I ' de Maio o pianista Arthur Kubinstein ...falecia o maestro Luiz Moreira ao acabar de reger no São Pedro a ma do Gmrmy, deixando viuva protophoa actriz \"iKai! Maia... S,,l,;an, á seena em Maio. m n,„v„ '»'a «¦«¦>: -\<> - "Terra Natal", dc Odn-ailo \ (rmnon ,;,„„.-,. com A,M,ilo„ia __» I.uciha Peres. Iracema ,le Alencar. Alexan.lre Azevedo. Ferreira de Sou/a W gtWtO Annibal. nos papeis principaes tio Recreio — "Entre dois amores", de Alfredo de Miranda, pela Companhia Rua, Filho, com Pliilomena l.ima, Xézé Cabral Eugênio de Xoronha e Alfredo Abrancbe, "O em riest.-mue; Solar dos Barrigaa", de Gervasio Lobato e I). João <la Câmara. No São Ptére - " \ menina <las Kosas , de (.astao Tojeiro, pela Companhia \ac,o„a de Opereta, e Melodramas, com rmeliiKla Coita, Hrazilia Lazzaro, Wand.i Kooms, Arthur de Oliveira. Faziam paprij suundanos Vicente Celertü», Manoel DuJayme Costa. Xo Carlos Gomes — "A Renuncia".

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(Juando estiver circulando este numero de O MAI.HO já terá inciado sua temporada no Municipal a Grande Companhia de Bailados Russos de Monte Cario que I.eonide Massine organizou e dirige com o enthusiasmo que lhe legou seu grande mestre o inesquecivel Diagbilefí. Ha muitos annos não nos visita um conjuncto coreographico de tamanha importância e magnificência, rivalisando em valor o elenco e o repertório.

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modernas, Ctre de Ia Rose, UAprès-midi iVun Faune, e creaçôes PariGaite Danitbc, Bcan Le como o Rio, inteira novidade para sierne. Bogatyri, São Francisco. Rouge el Noir, llacchanal. Cae Sétima Symphonia. priecio espanhol, Gost-Toun. Les Rifes Musica, coreographia e scenarios, são de mestres consagrados. Tudo faz crer no esplendor dos espectaculos, encantamento para inebriada pelas os olhos e para os ouvidos, enlevo para a alma mais altas sensações estheticas.

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Um instante de "Giselle"

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Mia Slavenska São iiguras de primeira grandeza Lcoiüde Massine; Alexandra Danilova. Alicia Markova. Mia Slavenska, Nim TheUade, Natalie Krassowska. Igor Youskevitch, Frederick Franklin, André Eglevsky, Roland Gnerard, Marc Platoii e .r Zoritch, havendo mais dez solistas de no me feito, além de cerca de quarenta bailarinos c bailarinas mais. O repertoriu comprehende vinte e tres baila dos entre os quaes figuram creaçôes clássicas como

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Carnaval, Principe Ig&r, La 1'Oittiquc Fantasque. <l Tricornio. Scheheresadt, 1'ctronshka, Lc Spc-

de Marques Pinheiro, pela Companhia Dl»-. "A mascara", de Danmaiica Nacional e ton Vampré e Josrao Araújo, com ItaDavina Adelaide Coutinho, lia Fausto, Fraga, Cora Costa, Jorge Diniz, João Barbosa e outros. -

1940

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IIT T Excia. teve a amabilidade de se referir V * á declaração do preclaro Presidente Getulio Vargas, de que o Brasil deseja a paz, porém, necessita, para sua defesa, de um Exercito forte. E, justamente, podemos afiançar a V. Excia. que, ante o drama sangrento que envolve a patria de V. Excia. e outras nações belligerarites, nós, da America, que não temos pendencias irremediáveis e apesar de nos acharmos tão afastados dos problemas geradores das guerras actuaes, desejamos nosso Exercito poderoso, como uma necessidade para garantir nossa segurança e preservar o Brasil dos horrores que trazem os conflictos armados dos povos, em face do evidente e único argumento convincente dos factos dessa natureza que a civilização, infelizmente, ainda não poude ou não soube eliminar em suas causas intrínsecas. E é com esse pensamento que o Exmo. Sr. Ministro Gaspar Dutra, tem empregado o melhor de seus esforços, no sentido de elevar o Exercito á altura de sua missão para com a Patria Brasileira ; e é esse, também, o sentir unanime dos nossos officiaes, soldados e concidadãos em geral.

salão nobre do Ministério da Guerra, a 26 de Abril ultimo, Sr. Kurt Pruefer, fez entrega NO o Embaixador da Allemanha, das condecorações da "Ordem da Águia Allemã", conferidas pelo Governo do Reich ao Ministro Eurico Gaspar Dutra, General Goes Monteiro e Coronéis Fiúza de Castro, Canrobert e Ricardo Hall. A gravura fixa a entrega ao General Dutra, pelo Ministro allemão, da "Grã - Cruz" daquella Ordem.

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General Goes Monteiro i Falando ao Embaixador Allemão, em nome dos officiaes brasileiros recentemente condecorados pelo Governo do Reich ) 0

EXERCITO

DENTRO

DAS

NOSSAS

FRONTEIRAS EXERCITO é, sem duvida, dentro das fronteiras, pela sua natureza e pela nossas O finalidade que é a sua, um elemento orientador e coordenador da instrucçào e da educação da mocidade. Não só aquella que se fôrma ou aperfeiçoa nos seus estabelecimentos de ensino, como a que, nas fileiras, também serve á Patria nos labores diuturnos da caserna. Instruindo a mocidade nas escolas dá-lhes o Exercito os conhecimentos essenciaes, bem assim, o saber proE integra-os na comprehensão da fissional. tarefa que cabe a cada um dentro da collectividade. Nas fileiras, recebe os homens que vêm dos mais remotos rincões, homens rudes na sua maioria e que pensam que a Patria é a villa Desperdida nos sertões em que nasceram. envolve-lhes as faculdades physicas e intellectuaes e cria-lhes um novo estado de consciência de que jámais se desapegam nos seus actos. General Pedro Cavalcanti ( "Discursos, Orações e Conferências" — Rio, 1939 — Pag. 93 ) O

MALHO

numero 53 da "Revista O do Club Militar", correspondente ao segundo bimestre do corrente anno, reune em suas 84 paginas, luxuosamente impressas, excellente matéria. Assignam trabalhos nesta edição o General Meira de Vasconcellos, Odette Barcellos, David Carneiro, Coronéis Alves Cerqueira, Castro Guimarães Júnior, Damasceno Vieira e Trajano Raposo, e o Tenente Majella Bijos. Em annexo, o retrato a côres de Andrade Neves, Barão de Triumpho, aquarella de Miranda Junior, acompanhado de uma breve biographia do lendário Brigadeiro, devida ao Capitão Salm de Miranda. 50-

Militar do Ministério da ABibliotheca Guerra está distribuindo agora aos seus assignantes um magnifico volume : "Discursos, Orações e Conferências", do General Pedro Cavalcanti, Inspector Geral do Ensino do Exercito. O livro, sem duvida, uma das mais úteis edições da Bibliotheca, que é dirigida desde a sua creação, pelo General Valentim Benicio da Silva, está dividido em 5 partes : I — Vinculação espiritual dos Exércitos. II — Vultos Militares. — III — Ensino Militar e Ensino Civil. IV — Educação Cívica e V — No Comutando, no Estado • Maior e na Inspectoria Geral do Ensino do Exercito. VI -

1940


MILITAR a 23 de Abril o 129." anniversario da fundação da nossa Escola MiTRANSCORREU litar. A data foi commemorada com muito brilho. Centro de Estudos do Hospital Central do Exercito vem cumprindo, de ha muito, com O admirável pertinácia o seu programma de cultura. Ainda a 2 de Maio ultimo, realizou-se a segunda sessão deste anno, tendo apresentado valiosissimos trabalhos os Drs. Ernestino de Oliveira, Paiva Gonçalves, Francisco Corrêa Leitão e Oswaldo Monteiro. creado na Escola Technica do Exercito, no intuito de facilitar a preparação dos FOIcandidatos á matricula, um curso por correspondencia das matérias do concurso de admissão. A inscripção será feita por carta registrada, dirigida ao Director do Ensino da E.T.E., até o dia 30 de Junho. condecorados pelo Governo da Bolivia, com a Ordem "Condor de los Andes", FORAM os Generaes Gaspar Dutra, Góes Monteiro e Francisco José Pinto.

N

O "Diário Official" do dia 2 de Maio, foi "Republicada a primeira parte do novo gulamento da Escola Militar".

General Gaspar Dutra, Ministro da Guerra, ás Directorias de Armas, que determinou O mantenham nos Corpos em que estão classificados os alumnos que actualmente cursam a Escola das Armas, salvo os promovidos no decorrer do anno lectivo. que devem ter nova classificação. decreto de 3 de Maio, foi nomeado commandante da VII Região Militar, sediada POR em Pernambuco, o General João" Baptista Mascarenhas de Moraes, que vinha exercendo com grande proficiência o commando da Artilharia da I Região Militar. Neste posto, o General Mascarenhas "deu sobejas provas de seu justo e acertado critério, quer impulsionando com o seu saber e a sua pratica de artilheiro, a instrucção, quer por seus exemplos, mantendo bem alto o nivel moral, intellectual e disciplinar dos corpos de Artilharia Divisionaria" — declarou, ao desligal-o. o General Silva Júnior l.Tfl.TAÇAO ARMADA", no seu numero de Maio, |^ insere collaboração inédita do General Francisco José Pinto, Fernando Magalhães, General José Pessoa, Tenente - Coronel Araripe, Pereira Lessa, Tenente - Coronel Ignacio Verissimo, Escragnolle Doria e Adalberto de Mattos. Os desenhos são da lavra de Alberto Lima. "Dragões da Independência", ora sob o commando do Coronel Sylvestre REGIMENTO de Mello, commemorou a 13 de Maio, o 132." anniversario de sua fundação Coronel Deniz Desiderato Horta Barbosa, do 1. ¦ Batalhão Ferroviário, AO commandante foi concedida pelo Supremo Tribunal Militar a passadcira rf< platina, em attenção ao seus serviços militares. a direcção do Tenente - Coronel Mario Travassos, foram iniciados os trabalhos do SOB Curso de Preparação da Escola de EstadoMaior, recentemente creado VI

-

1940

O

1EITAMENTO

DE

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23 de Abril, no salão de honra do Ministerio ,da Guerra, realizou-se a entrega ao A Exercito do testamento e do inventario do Duque de Caxias, até então no archivo do 1." Officio da 3." Vara de Orphãos e Successores. Os documentos foram entregues pelo escrivão O daquelle Officio, Sr. José Pereira de Faria. testamento do immortal patrono do Exercito Brasileiro está assim redigido, do punho próprio :

H~r~•*( M nome de Deus, Arien. H Eu, Luiz Alves de Lima —'Duque de Caxias, achantlo-me com saúde, e em meu perfeito juizo, ordeno o meu testamento, da maneira se^uinte : sou catholico romano, tenho nesta fé vivido, s pretendo morrer. Sou natural do Rio de Janeiro, e baptisado n..i Freguezia de Inhamirim ; filho legitimo do fallecido Mare-jhal Francisco de Lima e Silva, e dc sua legitima mulher, D. Marianna Cândida Bello do Lima, já também fallecida. Fui casado á face da Igreja, com a virtuosa D. Anna Luiza Carneiro Vianna de Lima, Duqueza de Caxias, já fallecida, de cujo matrimônio, restam-me duas filhas, que sào Luiza e Anna, as quaes se acham casadas ; a primeira, com Francisco Nicoláo Carneiro Nogueira da Gama ; e a segunda, com Manoel Carneiro da Silva, as quaes sào as minhas legitimas herDeclaro que nomeio deiras. meus testamenteiros, em primeiro logar, a meu genro, Francisco Nicoláo ; em segundo, a meu genro, Manoel Carneiro ; e, em terceiro, a meu irmão e amigo, o Visconde de Tocantins, e lhes rogo que acceitem esta testamentaria, da qual só darão contas, no fim Recommendo de dois annos. a estes, que quero que o meu enterro seja feito sem pompa alguma, e só como Irmão da Cruz dos Militares, no gráo que ali tenho, dispensando o estado da Casa Imperial, que se costuma a mandar aos que exercem o cargo que tenho Não desejo, mesmo, que se façam convites para o meu enterro, porque os meus amigos, que me quizeram fazer esse favor, não precisam dessa formalidade e muito menos consintam, os meus filhos, que eu seja embalsamado. Logo que eu fallecer deve, o meu testamenteiro, fazer saber ao Quartel General, e ao Ministro da Guerra, que dispenso as honras fúnebres que me pertencem como Marechal do Exercito, e que só desejo que me mandem seis soldados, escolhidos dos mais antigos, e de melhor conducta, dos corpos da guarnição. para pegar nas - 51

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CAXIAS

argollas do meu caixão, a cada um dos quaes o meu testamenteiro, no fim do enterro, dará 30Ç000 de gratificação. Declaro que deixo ao meu criado Luiz Alves, quatrocentos mil réis e toda a roupa do meu uso. Deixo ao meu amigo e companheiro de trabalho, João de Souza da Fonseca Costa, como signal de lembrança, todas as minhas armas, inclusive a espada com que commandei, seis vezes, em campanha, e o cavallo de minha montaria, arreado com os arreios melhores que tiver na occasião da minha morte. Deixo á minha irmã, a Baroneza de Suruhy, as minhas condecorações de brilhantes da Ordem de Pedro I, como signal de lembranca, e a meu irmão, o Visconde de Tocantins, um candieiro de prata, que herdei de meu pae. Deixo o meu relogio de ouro, com a competente corrente, ao Capitão Salustiano de Barros Albuquerque, também como lembrança, pela lealdade com que tem me servido como amanuense. Deixo & minha afilhada, Anna Eulalia de Noronha, casada com o Capitão Noronha, dois contos de réis. Cumpridas estas disposições, que deverão sahir de minha terça, tudo o mais que possuo, será repartido com as minhas duas filhas, Anna e E Luiza, acima declaradas. mais nada tendo a dispor, dou por findo o meu testamento, rogando ás justiças do paiz, que o façam cumprir por ser esta a minha ultima vontade escripta por mim e assignado. Rio de Janeiro, 23 de Abril de 1874. — Duque de Caxias." O

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damos

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em plena "official season . tao certo Abril havia desanimado um pouco a carioca de estrear serestaçao, meia de caracter o com os vestidos que preparara (> vindo francamente á doçura do nosso inverno. Aos vestidos de rua associaram-se os modelos toilette , pois ESTAMOS attratheatros. recepções á noite têm sido e serão, as melhores festas, as ções da temporada. a par. moda Naturalmente não será. em rigor. pela bitola davestidoss que de granel, siense adopta agora, que " a carioca talhará seus^ muito elegantet, p , de guerre o garde-robe gala. pois ha por lá certo ma= adstricto á maior sobriedade. e. da linha geral d , Paris empenhou-se em attender á parisiense, destinados ao modelos os calcou creou. vestidos e chapéos que para ella "tailleurs", ^Smo genero para no estrangeiro. com excepção dos -mbos: de corte clássico ou fantasia, a jaqueta cinza, banane , azul,sempre escura e exemen escarlate ou verde, contrastando ccm a sa'a godeada. ~~ f~ Os vestidos de noite, F rança, da fóra para ainda se aprumam pelo que a fantasia pode proporcionar de mais bonios rigido< to, embora 44 moires **, setins e " taffetas" sirvam a feitios de caracter severo, porém elegantíssimos. A serie de tecidos leves para vestidos de festa é interminável, e as mulheres surgem leves, lindas no envoltorio gracioso das musselinas organzas. gazes bordadas. estampadas de cores ou "brochéos" com vclludo. filós de seda e a escala dos romanos, apreciando-se bellos modelos ¦de romano de lã. Os "tailleurs" para usados pela panoite, de risiense, servirão á carioca, augmentando-se a saia até os pés. emquanto aquella a mantém como usou durante o dia. Na jaqueta reside a fascinação desse traje que só pode encontrar cada de yez maior numero adeptas: de ¦seda, borde dada com motivos " paillctes crvstal, ou nos bolsos, na gola. nos de Sobre Htn vestido de punhos, ou arabescos o crcpc de seda preto metal, de preferencia PE'17 E ouro velho aqui e ali en- e branco reste uma DAVIS vergastada uma pedra de seda de, vermelha, ou azul, jaqueta encorpada. branca, vez muita pérolas, chapéo todas em mistura artisti- 0 pequeninade leva palha fundo comrealizada, comente branca e torcido de tudo sóbria. azul mg!ei. Ha ainda o effeito velludo de saias das encantador " taf fetas" ou crèpe <le seda para blusa de tecipastel ou «Usa de or do brilhante e tonalidade "chifton" branco, trabalhagandi, organza ou saia tem onga, A rendas. e refêgos com da soire , para indumentária de pois se trata armure , sendo larga quando de tecido drape , meio termo, até mesmo um movimento a rese ultuno Este flexível. quando de tecido um traje intei servem para ainda saia pectiva esportivo e e ro onde o corpete toma caracter "pique . enfeitado com uma gola de de luxuosa detalhes, de luxuosa é moda \ cxmais da também dentro fantasia, e luxuosa pressiva simplicidade. ^_ —

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Este "tailleur" fantasia, de MARLENE DIETRICH, expressa unia das modalidades da veste que impõe para quolqut r liora do dia ou da noite. 0 chapéo alto, de velludo, de seda, completa o elegante " ensetnble'. «---.«— !B^-'

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gante destina-se este modelo de vestido de serim branco

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que

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doira-

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L • As guarnições brancas, de fustão

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de

organdi,

usam-se nos vestidos da "saison". Bette Davis, a "star" da Warner grande Bros,

apresenta

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de

aqui,

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lindo

e

a!naa

gracioso mochapéo de copa

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altíssima.

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e uma

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Um curto casaco branco, mangas

compridas,

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branco |^^l

justo

serve

agasalho. E toda esta brancura

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por uma capa curta de a artisargentés" que"manchor"' "renards 'V/Í_r^^/ ta carrega como um quebrada

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... . . Penteie-se de accordo com coiii a sua physionomia, com a linlia linha geral da silhueta, attendendo a que o penteado é uma aureola á sua belleza. Embora habilidosa, não se prive de freqüentar um bom cabelleireiro, único capaz de dar fór"permanente" ma á obrigatoria aos modernos penteados. Se você é ioven òu de apparencia tal, repare nos penteados destas paginas, e adopte-os sem hesitar.

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jjhi\ i, HmK\\ <£^||ff^ i | • I jVlvn iMttti Vl^^H ^ •' ^jjKtkjj vj^ffmjSMU\ Jfrn. "paia Miss Hodnctt está muito atrahcnte no penteado cima", mas Hollywood acliou que cllc não c pratico, e muito diffici! para a maioria das mulheres.

un v^ \j(||^^.

A M A N HA — O novo " VI-low", ireado nos estúdios de Max Faclor por Fred J rcdcrtcks. Xotem a Unha cm " l'", mi parte posterior da cabeça e o cffeito do penteado á "pagem", atra;. O cabcllo i alto na frente c arrumado em atineis " infor• tnaes". Um estudante dos cyclos Miss Hodnctt, dos d.<s cabellos cabellos wLj^Bj nas mulheres, Max M do '4 ,!!,"'num perfil p^tdo f l actor. o conhecido estylista, deioso </rar io seu grac clarou ctarou que ". este esiyfo^ou'i estylo, ou uma ^J^Vs^C*$-€ „•„ " quJ°ert7 pagem approximação approximacao delle, seria .*jn* J jgK i| scria o mais ma is ^F »j i' actulidade. • popular na Jpr %k -^- " # ky -»•'- • • *"* *"

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"drap" ou veiEste fichú-colete de ludo renova o aspecto oe um vesinverno no ultimo usado tido

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da Warner Bros. Tres qualidades de estofo vêm-se nos moveis: sofá "marron" "bergères" "reps" estampado dc amarele, azul e vermelho; com "beige". "be;ge-gris", verde garrafa, e uma poltrona com linho Tapete cortinas da "reps" liso, do mesmo tom, madeira escura em todo o mobiliário.

com linho

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MOVEIS-TAPETES-CORTINAS / LA/ ^^/ Sortimentos e preços incomparaveis ^

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lunto á Praça Tiradentes

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SEGREDOS DE BELLEZA DE HOLLYWOOD Por MAX FACTOR, Jr. ¦ ¦ "Se um commerciante tem duas empregadas, e ambas são iguaes em capacidade e no cumprimento dos seus deveres — a mais attrahente será, possivelmente, a conservada, na eventualidade de um corte". PREFERENCIAS O todas cousas girem

assumpto é simples. Os empregadores são como as outras pessoas e naturalmente preferem vêr e creaturas attrahentes. Se as economias exicortes de toda natureza, é lógico que os objectos

e as pessoas menos attractivas partirão em primeiro logar. Esta lógica elementar eu .Ilustrarei com o que nos offerece a carreira de cada grande estrella de cinema. As mocas cujos nomes brilham nas marquises dos theatros de todo o mundo — estrellas como Margaret Sullavan, Bette Davis, Jean Arthur, Caroie Lombard, Irene Dunne ou Greta Garbo — não se baseiam exclusivamente nos seus talentos; procuram accentuar os encantos a belleza da apparencia pessoai para a segurança do suecesso profissional. DRAMA Crêpe de amarello, justo ' em de

seda branco estampado de azul, vermelho, verde o. saia de crépe branco, o franzido preso a um panno "corselet", cinto dourado — compõem este modelo traje apresentado pela graciosa Priscilla Lane PROFISSÕES,

EMPREGOS

E BELLEZA

"Não é a minha APPARENCIA, mas o que POSSO FAZER, o que se conta até onde meu emprego pode interessar !" Em um sem numero de oceasiões tenho sido brindado com argumentos assim, por mulheres que trabalham, ás quaes tenho .aliado sobre a importância que a apparencia tem no desenvolvimento de uma profissão ou de um emprego. ASSEIO A maioria das mulheres a que tenho me dirigido o geralmente apreciadora da importância do asseio, da limpeza nas suas apparencias no trabalho. Existem algumas pessoas em quem estas duas admiraveis qualidades são bastantes, e outros detalhes de bei"maquillage" e ouleza e encanto pessoaes, por meio de tros recursos, são inteiramente desnecessários. A simples linha do raciocinio que segui respondendo ás que argumentavam que a apparencia nada adeantava e sim a capacidade de trabalho foi a seguinte : VI -

1940

_ 61

Ellas combinam a apparencia com o talento, e consequentemente, suas grandes capacidades dramaticas conseguem novas alturas de efficiencia, porque sabem apresentar-se ao publico pela maneira mais attrahente. As mulheres empregadas podem, com vantagem, applicar este mesmo processo de combinar a capacidade profissional com o cuidadoso accentuar de attractivos na apparencia pessoal. Mesmo que não possua qualquer grau da sadia e construetora vaidade feminina, que inspira a maioria das mulheres no constante desejo de se apresentar em o máximo de belleza, a mulher que trabalha nunca deve abandonar tal detalhe. Não de accentuar a belleza pessoal como uma deve deixar"seguro forma de profissional". Serei o primeiro a admittir, entretanto, que ha animosidade para esta apreciação da arte da accentuação da belleza entre as empregadas de quasi todo o mundo. E que ha nisso um lado prejudicial. B O U D O I R Algumas mulheres, sobretudo as mais moças, tornam-se enthusiastas em demasia de tal processo. As carteiras parecem mais uma penteadeira, tal a immensidade de cosméticos espalhados aqui e acolá, promptos a ser mesmo no mais impróprio. usados a qualquer momento,"maquillage" a tal extremo è Levar a pratica da arte do requintada loucura. Em primeiro logar constitue um gasto de tempo pago para fim profissional — e isso não encontra aprovação dos chefes. de pobre enEm segundo lugar é uma demonstração "Ma"glamour". tendimento do verdadeiro processo de quillage" destina-se a crear ou augmentar o encanto feminino. e permittir que as suas applicaçóes se processem em publico, eliminará o principal objectivo da arte. OMALHO


ELEGÂNCIA E SIMPLICIDADE ^m

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Dois vestidos elegantes: talham-se em crépe de seda e lã preta, guarnecendo-se com um peitilho"jabot" de organza branca o que tem saia em viez pannejado, com três machos á frente. No outro, o cinto e o peitilho são de seda branca pastilhada de azul-rey.

d9 <E_i mmijlmt Mmm^T

Pratico "manteau" de velludo inglez, servindo para qualquer hora do dia. ' ^_E

Ifl-tflfln

Drapêa-se á frente e prende-se com uma laçada a blusa do vestido de setim preto á esquerda. O outro, para de noite, é de musselina e leva um largo cinto de velludo negro também. VI -

1940

-62-

O

MALHO


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JOGO

PARA

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ALMOÇO

Material necessário: 3 meadas de linha Mouliné (Stfanded Cotton) "ANCORA" F 774 (meio verde glacier). marca 1 meada de cada de linha Mouliné (Stranded "ANCORA" 784 (verde russet ciaCotton) marca ro), F 532 (azul pervinca escuro). Talagarça verde, própria para bordar, de 92 cms

Material necessário em linha Brilhante Pérola "ANCORA": - 1 novello F 784 (verde rusmarca 774 set claro). F 532 (azul pervinca escuro), F (meio verde glacier). Material necessário em linha Brilhante de J. C P. COATS: — 1 novello F 463 (meio verde glacier), F 426 ou F 606 (azul pervinca escuro), F 496 (verde

de largura. (9 fios =- 1 centímetro). Agulha de bordar tapeçaria marca n. 21.

russet claro). revista (Vide o risco e a indicação do ponto na ARTE DE BORDAR de 15 de Junho de 1940.)

"Milward"

Dimensões depois de terminadas as toalhas: Toalha do centro — 40 cms. x 25 cms. Toalha do prato — 35 cms. x 35 cms. O bordado é trabalhado com três fios de linha. Cortar as toalhas nas dimensões dadas, deixando 1,5 cnt. extra para as dobras. Distante 2 cms. da beirada de todas as toalhas trabalhar uma carreira de ponto cheio ao longo dos quatro lados sobre dois fios e um fio entre cada ponto Riscar dois motivos nos cantos oppostos no sentido diagonal das toalhas para prato e da mesma maneira na toalha do centro com uni motivo no meio. Dobrar as bainhas para o lado do avesso e ponteal-a* -.traz, no ponto cheio VI

-

1940

-63-

O

MALHO


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GIROS f^MtJÊmW '

' *JÇu

V

Bi->

Zezé Fonseca de'xou o radio. Pela segunda vez. A primeira, quande se casou, para voltar depois. Agora reingressou no theatro.

Podemos

garantir quo Sylvinha verá ao radio. A noticia é das que ao, seus fans. Onde

é

que

anda

Gesy

E

um

m.nutp

de

repouso,

em

que

se

pode

ACREDITE SE QUIZER... Ha muitos artistas parados, cedendo logar medalhões, que fazem falta ao radio A mental preguiça dos directores artisticos deve ser profunda. De outra maneira não se' pode conceber que tenhamos casos desta natureu Judith de Almeida é um destes exemplos t, dos mais interessantes. Poucas artistas com o seu talento, com a sua personalidade no samba ou na valsa, na musica de sentimento eu na popular, vinda do morro, ou nascida do coração. Estrellou varias emissoras, notadamente a Nacional e a Tupy. Possue incontável numero de "fans". Tem valor, e sabe se manter no meio, com elevação, com linha, agradando aos seus mimares de ouvintes. Entretanto, aguarda um contracto. Por que?

verificar

a

sua

belleza

simples',

publico bem que desejava que a de Dalila de Almeida estivesse cantando a sua emoção.

^~r*~~.

' \ ¦ SE» / á\-\

V j?

Damos, hoje, as ultimas novidades e as próximas gravações, começando per Moreira da Silva, que acabou de gravar para a Odeon, "Acertei no milhar".

-^

BaT^»

• _______¦

ÍaMÊ ^ÉBW.

1 __!__¦ Im^m _________¦

A Radio com um

Guarany, de Bello Horizonte, bom naipe de locutores

valsa

cuvida.

de

Laureano viola de sua

con-

Morri, Von Aunslell francez que encanta em breve, estará no suecesso nita»

apresena direc-

Sylvic

sendo

"Náo",

Caldas,

uma

das

sua,

mais

3a-

merecrecente»

Galhardo gravou a valta. "Lago Azul" de autoria de Roberto Martins e Mario Rossi. disco poz em uma autoria chamada de

moda de "Marvada

pinga". é uma figura do radio os teus ouvintes e que, melo carioca fazenda o

de Jean Sablon, com a, canções bode Pari,, que a terra de Verlaine sabe cantar com toda a guerra.. .

Pedro Vargas gravou "Fidelidad". Curiel, Muraro to",

________________________________¦_____»

"Tupan

A

Tor-

gravações.

irmi

A Radio Mineira, aos domingos, ta admirável prcgramma infantil sob ça0 de Laerte Vai de Mello.

Marilia Baptista gravou, "Amendoim redinho", de Geraldo Pereira e Wilson ptlsta

»er

F.G.

ta

GRAVAÇÕES

parj

ANTENNAS

contractada Ayres

Algumas estações esquecem lamentávelmente d- oue o que se passa no» studios é ouvido pelo publico. Ainda outro dia, uma dellas, festejando o terceiro anniversario de um de seus progra.nmas, fez isso. Piadas desagradáveis e hias, que o ouvinte teve de desligar cautelosamente o seu aoparelho...

da agua. ha rmoniosa

aos

O

volinteressam

Barbosa 7

Sabemos que Cynara Rios foi uma temporada em Buenos

para

Mello

r~—-•

Quartteto" é um do» numero. sersaconaes da Tupy, muito devendo ao talento pouco comprehendido de Carolina Cardoso do Menezes.

.VT^SaBl^I

de

o

bolero

gravou em tempo Augustin Lara.

de

de

fox

Gonzab

"Faro!:,

~———^——— " ~^*^PIfr

7

^^mlÊm^m^^^flmmummmmmmut. *____» ^^mn*******^*mm^m^mm^Ê*mim^m^m^*^^*^*^£L^ítS^*^M*a9

• Luiz Jatobá indiscutivelmente é um bo,n locutor. Sem gracinhas. Sem pernosticismos ba-

• Os calouro, continuam sem saber o de-i-0 que devem ter. Entretanto seria tão fac'1 aproveital-o». Simples questão de boa vontade. E por que não fazem isso 7

• A

cantora Maria Amado vem offerecendo aos ouvinte, pela Vera Cruz, um programma interessante de musica» portugueza».

• Uma Cordeiro o» |ogos

boa

noticia

para o publico ; Antônio continuará irradiando na Radio Club desportivo».

Custodio Mesquita não volveu como fez annuncier : centinuou no teguiu para o Pará. O

MALHO

ao radio theatro e

da

Nacional,

num

-64 ~

programe

1,

tftt.

C^"^!.^'^.^"

VI _

1940


Fala-se, com muita Netto deixará a onda

^c%^^^

insistência, que da Nacional.

Silvino

Manuel Barcellos, ao contrario disse, permaneceu na Tupy.

do

que

se

Manuelzinho Araújo está cantando em São Paulo, devendo dar um pulo em Minas, onde conta com muitos fans.

BOLAS radio progrediu. Se progrediu. Oufro dia, em Minas, um locutor contractou casamento pelo ar. Agora, .arribem, dois nomes de maior e/ídencia no radio e no theatro, participaram o seu noivado através do microphone. O

Marilia

Continua a lamentável ommlssão dos nodos autores, pelos locutores, com sérios prejuízes aos direitos autoraes dos mesmos, e evidente desrespeito ao que diz a lei. Até

quando ?

discos

são

sa

centracto

na

Heber

de

Boscoli

cem o do Sul.

e

os

Mayrinlc

seu

continua a "Muleu

Guimarães, da Ipanema, é um dos merecimento, que se revelia capaz grandes performances. Tem valor e vae

suecesso Cera", na

tat^MmV T-éi iTfpr

da

audição

Sociedade parque

A

^^

AmmLmMTM

da do

PR A-4 XEREM

E

*¦?>>_:

(Si* offerecida Bahia, Passeio

ás

pela PRA 4, creanças, no

Publico

APRESENTOU BENTINHO

Cozzl volverá ao Rio. Para que estação ? Ha quem diga que para a Naconal, vendo sahir o Celso Guimarães.

3

não Cynara do

Rios

radio.

é uma

Estrellando

das mais

originaes

a

Mayrinlt,

assevera

Fernandes

Jorge rioca. A

nova

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é

das

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Alves

vae

mais

volver

ao

radio

ca-

agradáveis.

^^ »tI--_,

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MamvktmÈ',*. Ijw m*r*M —P*_____k*_____!«_______._ mWm ~L.__ ^^I^_i _0*9* _B E«> m\ à\ v" MI<_B-G_9y_MI^ ____•_¦ ^__;

¦k.Tvi ¦'«e

Consta que o contracto de Francisco será reformado na Radio Club.

de-

art;stas

o valer que tem. Valor que vem se affirmando cada vez mais no conceito dos seus milhares de fans

*-_tfffi1*__tt-i

Radio

radiophonico

-___L

LWIlBPW_Br _JP^ •¦» .V-» •« k**-T. ¦ 2.__< ¦fc.f* rVn_-r_-f *__i__u-Bi.-ilEi ? _B____k 9 l_Lr*,THmV__P w-*X_w«

Aspecto

meio

Ha quem diga que a Radio Club vae experimentar completa reforma de seu cast. E também que a Cruzeiro vae voltar a ter programmas de studio.

^mWRLj' r_B MMm^ylazWwm

no

galhardamente

PALPITES

fazer de

J

Henrique novos de

de faier victorio-

Moacyr Bueno Rocha não deixa de ser uma bca acqu ;s!ção da Ipanema, nesta phase, e— que muito e muito se esperou da intelligencia de Car'os Frias, sem muito resultado na direcção artistica da Ipanema...

\^à*rm

07

Veig.»,

"cast" Aracy de Almeida ingressou no da Tupy. Causou espécie, porque todos esperavam que ella continuasse na sua PRA 9.

33

ft

seus

^__^^*"** WB

c

__S_P

de vencendo

Xerem e Bentinho ac-bam excursão ao Norte.

legitimo, Cruzeiro

_fr.

m

gravando, procuradissimos.

Acabou o seu Dorival Caimmy.

é mmmm\m\\\W^M

f[

ao que se sabe, deve Vem matar as saudades

vem

Baptista

JM

mes

Albemio Perrone, esta a estas horas, deliciando os seus ouvintes do Norte, onde tem feito considerável suecesso radiophonico.

Miranda, Carmen estar aqui em Junho. dos cariocas.

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asPecro da audii;50 no Par<iue iíílllf °utroPasseio Publico dada pela PRA 4

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Publico, Xerem

de

cinco

mil

e

para ouvir Bentinho.

creanças

a

encheram toPasseio

parque do dupla famoso

do

dependências

as

caipira

JÉÍ Xerem e Bentinho no micro da PRA 4

VI -

1940

-65-

O

MALHO


CRUCIGRAMMA

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HORIZONTAES: 1 - Cascalho; 5 i idade da antiga Grécia; 7 — Xota ; 8 — Repeti....i; 9 __ Prefíxo; 11 — 3. Utra do alphabeto turco; 12 — Templo gentilico; 14 — Interjeição; 16 — Cabel-

— Io raro; 18 Rei da Assyria; 20 — Pedi; 21 — Soar fortemente; 22 — Arvore da Africa; 23 — Serra de Portugal; 26 — ContraccjSo; 27 — Pronome; 29 — Metropolc; 30 — Xariz arrebitado; 31 — Cidade dn-, Estados Unidos ; 34 — Corrente de água.

O

VERTICAES : 1 — Prefixo; 2 — Povo da Guiné; 3 — Philosophr. inglez; 4 — Suffixo; 5 — Canhamo da índia ; 6 — Bradypodo; 7 — Rei de Ithaca; 10 — BagateIa; 11 — Orgulho; 12 — Entrellinha; 13 — Numeru; 15 — Tempo íi.v; — Yinhaço; 19 — Filha de Inacho; 24 — Habitação de pinho; 25 — Romancista inglez; 28 — Simples; 30 — Rio da l-'rani.i : .2 —- Suífixo; 33 — Xota. Diccionarios de Jayme dc Scguicr e Sií.uies ilii Fonseca e o Brcl'iario do Chara-

B^

dista.

(.1 solução nu próximo numero)

UM PASSATEMPO CURIOSO

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Sr - tf***- "~ f

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CIÜKA

_____________________

--K-1 0 I

I f. \i ^.-^

HAItKll.

Um casal de velhinhos ricos tinha como principal occupação — segundo os vizinhos — embriagar-se duas ou tres vezes por dia. Os cônjuges tinham sempre a seu dispor um bom barril de cidra, que iam esvaziando á sua vontade, mas não desordenadamente, pois eram muito methodicos. O barril durava-lh? doze dias justos, ao cabo dos quaes o marido c a mulher tornavam a enchei-o. Quando a mulher ia passar uma temporada no campo. deixando o marido sozinho, o barril durava trinta dias. Succedeu, porém, que, certa vez. o velho teve que emprehender uma viagem, ficando em casa a mulher com o barril completamente cheio. Por esquecimento, o homem levou a chave da adega, o que significava que. se se demorasse fora mais aur. o necessário, a esnosa sc veria obrigada a beber agna. KUa começou, então, a procurar um meio de s .lucionar o caso... Sabendo-so nue o barril durava 12 dias quando os dois velhinhos b ..'am. ,- VI (lias quando um só se s-rvia delle. pergunta-sc: — Quantos dias devia durar para a mulher, bebendo na mesma proporcSo que quando 0 marido estava cm casa ? (Solução no próximo numero)

¦-.

BB

CHAVES

..1$»%^

\ ocê será capaz de passar por um buraco feito em um papel commum de enrolar cigarre»? (Solução uo próximo numero) EXÍGUA

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I»IT IO lt KStü

(Solução

ffi^B

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. 3112»

no próximo

numero)

-

yCCÍfC -

Ms

OS EFEITOS SÃO V SURPREENDENTES.) O

MALHO

-66

VI

-

1940


DOS

SOLUÇÕES

PASSA-

PUBLICADOS

TEMPOS

I

NO

l

l.l

era

PASSADO

NUMERO

o

dos

PITTORESCO :

ENIGMA Amor

melhor

com

se

amor

maridos... paga

RECTANGULO ENIGMATICO DE EULER

L/ Única

X_ solução

certa evitar es- diante pequenas parcellas ta situação PROCURE dolorosa, de seus ganhos ? Procure, si o Sr. tem esposa e fi- pois, conversar com um "Sul America". lhos. Já que o Sr. não é Agente da rico, não lhe interessaria Pense que um seguro de conhecer — sem com- liH:H vida não é privilecvnu o fao d» gio de rico e que exispromisso — o meio tem planos adaptados o futuro de proteger de sua familia, me- ^^jj| a todas as bolsas

CRUCIGRAMMA ^4 __J± SL 7aYM 8 £ R "F a U r \oTo o R lZ55teZ "c

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Sul

America

Companhia Nacional (le Seguros de Vida Caixa Postal, 971 — Rio de Janeiro

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u N /i><C/yC7£ D 1JUA U r y/'t % ha ÊB Z | A TEXTO

ENIGMÁTICO

NA POLICIA O delegado — O Sr. é casado ? A victima do desastre — Não, Sr. delegado; esta é a primeira desgraça

Á esta criança lhe

que me acontece.

agrada

UM ENLACE Só SERA FELIZ quando a noiva se sentir inteiramente satisfeita, inclusive com todos os detalhes do seu enxoval. O GUIA DAS NOIVAS" com seus conselhos, suggestões, modelos e ensinamentos, realila esse vonho das que se vão casar. VI -

1940

comer! Procure o X // _ / Oi^,^/nome DURYEA e» ecampemenfol / j|° Os nenês desenvolVndio em cad of vem-se notavelmente com Maizena Duryea. Na verdade, gostam de cereais saudaveis e pratos especiais preparados com este alimento 9 supremo. Maizena Duryea é, realmente, MAIZENA BRASIL S. A. CAIXA POSTAI. F — SÂO PAUIO um produto de alto valor nutritivo e "Receitas de Cozinha apropriado para a digestão delicada do Grátis! Remeía-me seu livro bebê. Peça, hoje, Maizena Duryea ao seu fornecedor. ESTADO

IN CIDADEf<7 -

O

MALHO


*& LENDA £ TECHNIC?A FERRO

Os seres, que as fadas faziam derramar riquezas pela bocea, se tornaram reaes com a grande creaçáo da lechnica _ o . . .

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^ mmz-mtmwr^, *>„<P„oa» mmskmm\\r m mr^ \r\aAm

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Tenho grande estima ás pes¦OU que não conheço, e trato, por isso mesmo, de nâo conhecer ninguém. •b

CABOS MAÇAMES EXTINTORES DE INCÊNDIO, ETC.

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DE

por cento dot meui «mellrai -

tes.

it Sou vegetariano; mas, quan• !<> tenho convidados, como carne, afim de que não creiam que

Quando estou em Paris, faIo francez. Devo ter uma excellente prormncia, pois ninguém percebe que sou italiano. Creio que me tomam por moldovolaco. ir NÍO IkIki álcool. Suponho que muito poucas pessoas belx-m álcool. Vinho branco e licana, Uwo iim. •ü Não invejo a ninguém. A única coisa que invejo é ;i for

le. VittO, porém, que nio I -tou acostumai!,, a comer carne, como-a também quando oSi tenho i-onviiladr», afim «le me ir acostumando. <r Não entendi nada de politica. Leio ás vezes, os artigos do jornal em que cmTcvo. para <.ber como pensa o meu director, e quaes devem ser. por COose. guinte, minhas sinceras e espon «anca» convfccCej políticas.

quem ungir-me de tntereuan-

TEM CALLOS? /

ESCRIPTORIO

^\

u\ O

MALHO

polih.i já li rino íl >'»»a ilôr eom

GETS-IT o remédio InfalUVel

m

paru os rallo».

RUA PRIMEIRO DE MARCO Dep. • RUA SANTO CHRISTO, 54/56 RIO DE JANEIRO

PITIGRILI

C> physica. Quizera ser forçado. para quebrar o nariz a 7S

v E

6170

Tenho escrito versos. Os verKo uma coisa que ninguém le, mas que todos escrevem.

Etcriptono : Telephone — Rede particular 3-1760 — Caixa do Correio 422 — End Telegraphico 'CALDERON"

ARMAZÉM

TEL.

A

M.lhor porque é lir/ui,!,,.

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mUaiWtfíÈÈ BlÚTlfV i i i ili i i gi^KL^yir

fy sua espectativa será superada pelos novos Rádios

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ESPECIAL 276

í ONDAS LUHTASELONGAS ^^^f^aBa^^aBBBB/^^

artística

em

de

vos Rádios

e

elegantes

moveis,

fina

concepção, os noMESBLA são apparelhos

ultra-modernos,

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Hi,-.:.,

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1940

L^^^gr^^

MATRIZ: 48 56 - RIO Passeio. do •

SÃO PAULO - RUA 24 DE MAIO, 141 PORTO ALEGRE ¦ R. SETE DE SETEMBRO, 856 PELOTAS - RUA FEUX DA CUNHA, 6281632 BELLO HORIZONTE - RUA CURITYBA, 4541464 NICTHEROY - RUA V/SC. RIO BRANCO, 521

VI -

fcÈãBãi

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..'lii,, lli'lii! •

rWrffk'' >W.M'Uk

-69-

—Jicidoàè\

O

MALHO


ESPELHO Quando moço, Narciso orgulhoso e contente, mlrava-se a sorrir nas águas do Pireu ; porém, desilludido um dia, incontinente, ao rio se atirou e nelle pereceu. Bem antes de morrer, chorou amargamente ; e, commovido, Pan, seu pranto converteu num unlco crystal polido e reluzente . Eis que o espelho fiel na terra appareeeu ! E da vaidade humana, arduamente o futuro é elle quem prevê num vaticinio rude e na senilidade afflige os corações .

ue6pte^<xclUiJii MPS NRO DESPREZE R SAÚDE... Ha quem deiprete a dinheiro e o perca a rodo... Perde-o porque poderá ganhar depoil... Mai a »aud. perdida pode nào voltar iamau. Não perca a laúde que vale uma lorluna. Conservei auiin como a daquellei que lhe aàt> caro*. Muilai lamiliai ha quaii 70 annoi lomam a Emuleáo de Scoll com pleno exilo. Rica em vitamina» e cálcio. Piwtira o vidro grancU qu* é mai» econômico. «

Oráculo fatal,

execrando, perjuro ! Austero julgador no fim da juventude, — a verdade reflecte e mata as illusões . . .

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O

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70-

55

a

59

VI -

1940


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S.

A.",

AOS

SEUS

COLLABORADORES

Constitue já uma tra¦

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commercio, o jantar que, annualmente a Uirectoria da Mesbla S.A. offerece aos seus collaboradores, para commemorar o encerramonto do exercido commercial anterior. Os dois aspectos que aqui reproduzimos localisam precisamente o

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1 agape deste anno, que se realisou 110 Automovel Club, num ambiente de saudavel alegria, camaradagem e liarmonia. Uma das photographias mostra um grupo de directores c collaboradores daquella grande empreza e o outro é um flagrante obtido durante o jantar.

CONVÉM

SABER... S toucadores com superfície de O crvstal são de grande effeilo nos ambientes modernos.

REUMATISMO

M AO convém ter muita farinha ' * ¦em casa, nem pôl-a perto de substancias cujo cheiro seja penetrante como café, canella, etc. Primeiro, porque, não estando em logar secco e arejado, pode a farinha alterar-se ou acidificar-se; segundo, !>orque tem a particularidade de absorver todos os olõres.

E lhe doem as costas, ombros, extremidades músculos e juntas é que seu sangue anda carregado de venenos perigosos ! A causa disso ? São os rins que não estão «liminando bem as impurezas do sangue. Seus rins estão fracos e doentes Estão precisando de um auxilio urgente e eficaz para poderem desempenhar q trabalho de filtrar o sangue Para isso recomendamos as Pilufa« de FOSTER, verdadeiro especifico para os males dos rins e da bexiga. Ha muitos decenios que as Pilulas de FOSTER vêm sendo usadas mundialmente pelos que sofrem de conseqüências do mau funcionamento dos rins. Experimenteas. porque experimentar Pilulas de FOSTER eqüivale a experimentar melhoras.

J

DESPERTE A BILIS DO SEU FÍGADO Sem Calomelanos—E Saltará da Cama Disposto Para Tudo Seu fígado deve derramar, diariamente, nu eatomago, um litro de bilis. Se a bilis não corre livremente, oa alimentos não são digerido# e apodrecem. O* gazes incham o estômago. Sobre vem a prisão de ventre. Você sente-«e abatido e como que envenenado. Tudo é amargo e a vida é um martyrio. Uma simples evacuação não tocará a causa. Nada ha como as famosas Pillulas CARTKRS para o Kigado, para uma seção certa. Fazem correr livremente esse litro de bilis. e você sente-se disposto para tudo. Não causam damno; tão suaves e contudo são maravilhosas para fazer a bilis correr livremente. Peça as Pillulas CARTERS v>rt • Vivada N4o Imit»ç4w. f »W í • 000, VI - 1940

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desinfecção

no e

fim

da

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des-

preventiva

daí

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fossas nasaes, da bocca e o afastamento das de focos contagiantes é a provi-

ereança*

Uencia que se impõe. A paralysia infantil. ;, meningite cérebroespinhal epidêmica <¦ a enccphalite letkar* gica são contagiosas e a penetração doi agentes mórbidos dá-se pela bocca c pelo naso-farynge. dahi a conclusão lógica: desinfectar essas cavidades, isolar o doente. Na febre typhoide. deve-se desinfectar sobretudo as fezes e a roupa dos doentes. As pessoas sãs devem systematicamente la\nr

as mãos

antes

de

comer,

bre

typhoide ainda

é contagiosa.

Austregesilo filho.

Dr. Pires Gavoso

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Dr.

Existem

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pessoas que nunca tendo adoecido ou já se tendo curado, continuam a transmittir a febre typhoide. E' necessário desçobrir esses portadores de germes e curai-os.

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quando tiveram contacto com um enfermo de febre typhoide. Xa convalescença, a fe-

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A seiatica c uma enfermidade relativamente freqüente, mas, muitas vezes o medico pôde não chegar ao diagnostico exacto do proceMO mórbido que a condiciona. Xcurilc, funiculite ou radiculite? Frequenleniente a seiatica ê produzida pela radii ulite. I)es<!<- que Nageotte mostro,, t|„e a zona mais vulnerável era a ,|t,e estava localizada no que elle denominou de nervo-radi«tilar, isto é, a zona radicular <|t,e fica entre o fundo do sacco durai e o gânglio rachidiano, ficou demonstrado qye sc loealizava preferentemente ,, processo morbido das radiculitc-. ErtUdando vario, casos dessa symlromc. 0 Dr. I). Gusmão. (|Ue vem cuidando da questão com particular interesse, não só tem confirmado o ponto de vista geral con» tambem tem verificado que a causa IMU eommum é a syphilis. Dos casos por elle estudados a localização era no nervo radicular de Xageottc. obtendo cxccll., Us resultados therapeuticos com o tratamento pelo bysmutho solúvel (I)esbi), asiodado á physiotberapia e á poljrvitaminp. tnerapia. Em muito- casos é indispensável a puneÇiO lombar para estabelecer-.... com segurança, não só o diagnostico da lede da «sio com., o da sua causa.

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_

_

1943


A FE- sagrado dentro do Brasil e 110 estrangeiro, reassumiu a sua caHEPATICAS ÇOES deira na Faculdade Nacional de As perturbações digestivas li- Medicina. O prof. Clementino geiras, sobretudo os distúrbios Fraga tem-se especializado partiintestinaes, acompanhados de in- cularmeute no estudo da tubrrdisposição ou de estado sub-fe- culosc. bril, são freqüentemente relaci.iOs alumnos da Faculdade de nados de maneira diversa da que Medicina estão de parabéns pela deveriam ser. A insufficiencia he- volta do ittsigne mestre. patica de origem inflammatoria ou tóxica está freqüentemente em O NOSSO SECREcausa. Prova-o. sem c!u.ida, a DA SAÚDE TARIO therapeutica. O uso de um medicainento que seja chloretico, co- E ASSISTÊNCIA DA mo o livreno, tem demonstrado a PREFEITURA razão da origem de taes syniptoVem de empossar-se no elevado mas. cargo de Secretario de Saúde 1 Positivamente o brasileiro preAssistência da Municipalidade o cisa prestar mais attenção ao seu Dr. Jesuino de Albuquerque. A figado. escolha recahiu num nome de reconhecida competencia, evidenciO PROF. CLEMEN- ando pelo numero elevado de perTINO FRAGA VOL- sonagens de destaque qje na ciasse militar, medico e socai quo TA A CATEDRA compareceu ao acto da posse, o acerto 11a nomeação de tão pres O sábio brasileiro, prof. Cie- tigioso nome para dirigir um dos mentino Fraga, tantas vezes con- sectores da municipalidade. DAS

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NOS ÚLTIMOS CINCOENTA ANNOS 0 porto de Santos é um dos principaes factores da grandeza econômica de São Paulo e do Brasil. Essa convicção se generalizou entre todos os que observam os factos da nossa historia contemporânea. A sua construcção marcou o inicio de uma m.va éra para a economia pau lista e v«iu influenciar toda a vida nacional. Poucos acontecimentos políticos terão tino uma repercussão de tal modo profunda em nossa historia como esse notável emprehendimento. Orgulha-nos que elle tenha sido planejado e executado, exclusivamente |x>r brasilei ro». Constructores, technicos, capitães — tudo foi brasileiro nas Docas de Santas. I-.sse orgulho se caracteriza ainda mais s* levarmos em conta a cooperação material e mo rai da Companhia Docas de Santos no engranflreamento do Brasil no periodo coinprehcndidci pelos cincoenta annos da Republica. E assim, commemorando-se o meio centenano do Brasil Republica, não poderíamos deixar de assignalar a circunstancia dc ter sido U D.xras de Santos um dos melhores factores do nosso crescimento nesse tempo, prova singuiar da orientação segura que lhe imprimiram os seus fundadores e rmitimiadnrcs.

NTeste imenso Brasil, em cada Estado, Onde tanta mulher de gosto existe, Não se tem mais direito de ser triste Por ter o rosto feio e maltratado "Leite O de Colônia" é com certeza, O mais completo agente da Beleza. Manchas, esp:nhas, cravos e tumores, Qualquer moléstia que na pele aflora, Tudo isso, depressa vae s'embora... Sem precisar remédio de doutores, "Leite O de Colônia" em si resume O valor do remédio e do perfume: Chame-se Ode+te, Margarida ou Sônia Chame-se Helena, Antoniette ou Cléa Seja somente o "Loite de Colônia", Que tudo mais é droga, é panacéa, "O Leite de Colônia" é milagroso, Faz de um rosto mais feio o mais formoso. E.

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Xão houve desfallecimentos nem indecisoes. Houve mão lirine no> rumos da possante machina econômica do Brasil, o que nos orgulha immenso e no- rejubila ainda mais.

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^=M'' '¦ '>,fc*rí»aíííiSÍ^'*Kí "-> '" '^^tlmammal^asm!! «taja^^B, «i "M^/saiF^PflfenaA^JH^WaÍK_SB^Ba|_a^ ' '^'

^^àaafcajjj?]

Confrontando-se as cifras dc seus relatorios, verifica-se que o movim nto de anno para anno é sempre crescente. Mas. ,, amputo daquellas duas épocas 1889-1939 é o bastante para exemplificar a sequencia de uma orientação previa c propositada. Tanto assim que, considerando-se a grande importância da- Docas, attendendo-se a cir iiinistaiitias e razões de ser um excellente auxiliar na navegação internacional, dando apor tagem aos maiores navio- do intuído, foi. Segundo a- regras do registro marítimo interna"'"»••'!¦ u porto de Santos elevado á cathegoria de "/'rimar,, CltUse". em virtude ainda de ter o seu movimento durante o anno de 1938 ul-' trapassado f respeitável cifra de quatro milhões de toneladas.

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A|H--ar iIÍsm, OU por i-M> mesmo, teve de sustentar tremendas lutas, grandes campanhas, de caracter político, jornalístico e judiciário. Vencendo a todos, demonstrou a solidez de sua esplendida estruetura. Hoje, ninguém mais ousa contestar a grandeza do Porto dc Santos. rodos sabem que a sua organização representa uni trabalho perfeito de intelligencia, de ordem e de methodo. O seu nun intento dobrou varias

Um aspecto do porto de Santos O

MALHO

-74-

VI _

1940


BOM todos para

Que côr de olhos preferem as mulheres? Uma revisamericana t a teve a pachorra de fazer uma " etiquete " para saber qual a côr de olhos masculinos que as mulheres E preferem. houve também quem tivesse a d e pachorra à r e s ponder curiosa pergunta. A conclusão foi a seguinte: sessenta por cento das mulheres p r e f ehomens r e m com olhos verdes. O diabo é encontrai - os ! O imaginador r^2#/£r/l> do concurso affirma que ísso é devido à leitura de romances, porqu-j e m romances geralmente os t ê m homens verdes. olhos olhos Os azues não obtiveram sinão quinta parte dos votos. E dizer-se que os olhos azues já estiveram em voga ! Os outros olhos mais communs — os pardos, os pretos, os marrons e os

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crcar volupias damnosas mas de aplacar furores sacri.legos, tudo subiu-lhe á cabeça confusa. Sentiu o pobre eremita as veias cursarem-lhe o corpo e accender-lhe dentro uma fogueira. A febr-, declarou-se intensa e indomável, e nem mais ouvia nem via coi.ía alguma certa. Parecia-lhe entretanto ver melhor que ouvir. \'ia o leito estirar-se uma légua e depois encolher-se, c elle ia tamb.ni se encolhendo e diminuindo ao ponto de ter os pés coilados no queim), juntos á bocca: via depois o leito afundar-se, descendo, descendo... e o seu habito solto nos ares tomava o feitio estranho <le calças de alçapão cavalgando uma ovelha, toda ovelha, mas com unia perna de porco. De repente o leito ia subindo, subindo, subin<lo e cas ! emborcava para baixo, e lá ia elle tombando a cahir com os lençóes, com a mulher do Preboste, ora ]>or baixo, ora por cima, cahindo mas sem nunca cahir porque não topavam em nada. Depois mudava-se o theatro, e via-se a si mesmo nos Abmzzos numa montanha de pedra coni um joelho em tem, e as niaos • iiianto [Kxlia estendidas, estiradas em imprecações ao céo; e logo as mãos se colhiam para baixo correndo o ventre a afundar-se na ignomia; c todo o ambiente cheirava a excremento suino. Afinal as idéas c as emoções confusas, aereas, altas, cahiram, de chofre, como pancada de chuva, jorraram grossas e foram-se. E aplacou-e tudo e veio a tranqüilidade absoluta. S. Bohemundo expira\a.

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