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MALUO
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o pretinho Jóca, não sossobrou. Pedro, e soube honrar ainda o
Silva, E'
grande padroeiro do seu nome, salvando também e — com que denodo •— a sua barca ! Já certa vez, dirigi-me* a Anisio Tei,xeira, então director do Departamento de
Uma //ora aV Gravações e Execuções de Musicas Finas!
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nossos pessoalmente, que os cantores lyricos de maior projecção, na opinião delle, nada estavam fa-
fkfcB ^id'i"
\.»nleto»
Brasil !
zendo pelo
da
tempo
que, pelo Superintendente de mas, não se animou
director
outro
um
Tempos depois,
minha
idéa,
era
imitou-a, "in realizal-a
Ensino a
porque, para tanto, faltava-lhe — o enthusiaso factor imprescindivel mo ! As vocações devem-se captar no nascedouro: não se aprende a ser ar-
totum"
13 AS 14 HORAS, DASa Liga Brasileira de Electricidade oferece aos rádio-ouvintes do Bra sil o seu grandioso pro"Ondas Musicais." grama o tradicional repositório da música de classe Bce thoven... Chopin... Mozart... Carlos Gomes... Wagner... um programa dedicado à cultura, ao re
para o
dizer-me,
finamento da sociedade brasileira... Ouça todas as 3as. feiras, nas ante penúltimas e últimas 6as. feiras de cada mês o nosso programa Ondas Musicais.
Xpetie0* Vf\íi Ver» Ct»1
entre
próprio magisao vez, sua Anisio, por pedia felizes. terio iniciativas opportunas e Mas Anisio Teixeira não quiz formar o theatro em miniatura, de onde sahiriam, mais tarde, os adores de vocação e talento. Chegou mesmo a
LIGA BRASILEIRA DE ELECTRICIDADE
IM
bene-
o
placito no sentido de os nossos escolares vocações Theatro Brasileiro, quando o
apresentado pela
V^ ___£»* ***
seu
recrutar,
solicitando
Educação
tista, como não se aprende a ser professor, como não se aprende a ser mau ou bom. O que nasce artista precisa ser descoberto, encaminhado e aproveitado; o que nasce professor cultura; o que nasce precisa adquirir mau ou bom, isto é um problema de
tíH • Veja oo lado, o grupo estações •"» que o de programa Ondo» Mu»icai» ê irradiado da» 13 o» 14 hora». • os '•*!»*• ilivos dia» de irrodiação.
psychologia, cuja solução, perfeitamente possivel. nãc cabe aqui discutil-a.
LIGR BRH51LE1RR DE flfCTRICIOHOf SIRVA-SE
é o ostro
de
"Pureza"
DA
o ul-
timo e tão discutido film nacional. IÕCA Eu sempre acreditei na creança brasileira. Convivi com ella quasi vinte annos a fio; conheço-lhe todos os see coração: perseruteiqredos de alma lhe a fundo a intelligencia, a argúcia, a visão rápida e vivaz das coisas e das creaturas; ceitos; em
a
a
opinião
capacidade
qualquer
sector
núa de de
de
precon-
realização actividade
saibamos ineli-
desde que, para tanto, nal-a com doçura, despertando-lhe o nada enthusiasmo, factor sem o qual em se consegue da natureza humana, nenhuma
hypothese.
tante
e
—
Pureza
na falta
cre—
se estão desperQuantos Jócas não sabe-se lá Mas, ! diçando por ahi e doida por se quanta moça dengosa ha de ainda escandanão na tela, vêr lizar-nos com scenas do jaez daquella em
desconcer-
confusão
aquella
meio
—
crer não
brasileira. o que é preciso é saber descobril-o e apresental-o.
.1 0 C A senhores:
a
Material
continuo
anca
ElECTRICIDADI"
Sim,
eu
Emfim,
tíS
do
automóvel
do
degradante
]ogo mum. . .
coronel, do
naquella
cigarro
com-
conseguiu salvar — Jóca. único astro
desconnexa,
do turbilhão Acontece,
um
porém,
que
para
cumulo
todo tios paradoxos, no desenrolar de o argumento, é elle justamente, e só elle, que naufraga nas ondas revoltas do rio, na voragem das águas enca-
pedra podia ser o Cinema Nacional. Quem
Pedro, sobre construido
esta
sabe? Rio,
Novembro,
I94C.
choeiradas. . . Mas, na realidade, Jayme
Pedro da
ZULMIRA AMADOR COLPAERT
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MALHO
O
NOSSA
MENSARIO ILLUSTRADÒ Edição da Soe. A. O MALHO
SCOLHEMOS de propósito para a nossa capa de hoje um quadro de Rodolpho Amoedo, justamente "Festas'' aos para. com elle, fazer um valioso presente de 'O Malho". Trata.se de um estudo de figura feitores do de mulher, soberbo trabalho sahido das mãos do mestre gloriosc, deante do qual os nossos olhos se deliciam, na contemplação do primor de expressão e da naturalidade da attitude do modelo, por elle transplantado nara o quadro, corn essa belleza de rolorido, que sempre foi um dos encantos de todas as telas do artista.
ANNO XL -
NUMERO 12 — 19*11 Janeiro
PREÇO DAS ASSIGNATURAS
EM
TODO
35ÇO0O IgçOOO 3S000 O
BRASIL
Direcção e Escriptorio TRAVESSA DO OUVJJDOR, 26 Caixa Postal, «3.30 — Tel. 23-4422 Redacção e Officinas RUA VISCONDE DE ITAÚNA, 419 Tel. 22-8073 - End. Teleg.: O MALHO ESTE NUMERO CONTÉM
I -
1941
78 PAGINAS
CAPA
CZ"
Direetorei: ANTÔNIO A. DE SOUZA E SILVA OSWALDO DE SOUZA E SILVA
Um anno Seis mezes Numero avulso
Pd
.
Rodolpho Amoedo nasceu. . . íamos começJr um resumo biographico. Mas o momento não comporta. Bastar.os dizer que seu nome e sua obra constituem um dos maiores motivos que temos, para nos orgulhar da nossa pintura. Se sempre foi dos grandes, elle é. presentemente. o maior dentre os vivos. E isso mesmo o reconheceram todas as gerações que constituem a pleiade dos nossos pin. tores contemporâneos, quando promoveram a coliocação do busto do mestre, naquelle recanto do Russell. E' que Ro. dolpho Amoedo se adiantou de muito ao julg imeuto da posteridade. E cquellt busto de bronze, como um pequeno nionu. mento que i, apenas lembrará aos vindouros, o mestre que produziu uma porção de quadros, que são outros tantos primorosos monumentos de Arte e de Belleza.
O
MALHO
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LIVROS "EPOPÉIA
AUTORES
E
AMERICANA"
James Truslow Adams não realizou um compêndio de historia. James Truslow Adams realizou um vivo panorama de interpretação da historia dos Estados Unidos, dando-nos em detalhe, todo o laborioso esforço do povo "yankee" para construir, nas antigas planícies habitadas pelos Sioux o grande paiz de hoje, depositário da mais aperfeiçoada civilização material que o mundo conhece. E' uma edição da Companhia Editora \acional na sua magnífica " Bibliotheca do Espiritu Moderno".
"MINHAS MEMÓRIAS DE MEDICO '
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As memorial constituem um gênero muito attrahente e, muitas vezes, como no caso presente, attingem a uma nitida belleza literária. E' o caso do livro que o prof. Octavio de Freitas, illustre medico pernambucano, acaba de publicar: " Minhas Memorias de Medico". Gilberto Freyre prefacia e diz que "o leitor vae ganhar um novo interessante livro de memórias, de paginas por vezes animadas de pittoresco e de graça aneedotica e cheias de informações valiosas para a historia social de Pernambuco, em particular, e do Brasil, cm geral, nos fins do século passado e nestes trinta e tantos annos do actual". Como se vê, as palavras de Gilberto Freyre bem situam este livro, onde um agudo poder de observação transparece revelando-iios a experiência de uma vida bem vivida e sempre activa. "Minhas Memórias de Medico" é uma edição da Companhia Editora Nacional.
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A estrela que guiou os pastores, os reis magos e os crenles alé o berço rio Menino Jesus, oje indica ás pessoas de bom gosto o presente que mais agrada.
chiinnèn a CARINHOSO
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"NO SILENCIO DA NOITE"
Para este Natal, lançou a " Nova Colecdas Moças" um novo romance de Delly ção " No silencio da noite", romance de ternura e de exaltação espiritual, guardando aquelIas características a que M. Delly já habituou o seu numeroso publico. Curioso é que este romance, lançado no Natal de 1940, no Brasil, tem a sua acção iniciada tambem num Natal, um frio Natal europeu, cheio de neve, cheio de ventos gelados, mas onde havia, sempre vivo, o calor dos sentimentos femininos e a doçura do amor e da renuncia.
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Narciso Verde e l de Chimène
"FRAGMENTOS
S/A LES PABFUMS DE PHIMÈVE
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UM
ENLACE
SÓ
SERÁ'
DA
VIDA"
Acaba de ser lançado pelo editor Getulio Costa, mais um interessante livro dc contos. Trata-se de "Fragmentos da vida", de Marúcia dc Oliveira, onde ha, de facto, trabalhos de grande valor. É uma coleeção maunifica de instantâneos da vida em câmara lenta. E esses instantâneos não fixam, apenas, exteriormente personagens e scenarios, mas revelam os dramas Íntimos com expressâo e vigor. A autora com muita habilidade e intelligencia, conseguiu imprimir aos seus contos belleza de fôrma, delicadeza de i sví-ncia e nobreza de objectivos. A parte material da obra foi magniíicamenje reali/.id.i peto editor, com uma explendida capa
da
FELIZ
quando a noiva se sentir inteiramente satisfeita, inclusive com todos os detalhes do seu enxoval. O GUIA DAS NOIVAS, com seus conselhos, suggestões, roodeloi <¦ rrniinrfnrtuim, realiza esse sonho das que se vão casar.
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O
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I -
194!
O
presidente
e
a
sua
Getulio
doutrina
Vargas cliristã
O sentimento christão é indiscutívelmente o melhor remedio d'onde resultam o verdadeiro altruísmo e a abnegação humana. Fóra disto, inúteis têm sido os projectos no sentido de reformar ou melhorar o mundo, este eterno incorregivel e maior inimigo das perfeições espirituaes. E' na falta de observancia a estes preceitos, que se vão desenvolvendo o egoismo e as cruel-
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[1
a
dades... Nesta época em que os homens se esquecem dos deveres dalma, para só pensar nos interesses e pontos de vista, devido a lucta pelos quaes se empenham, não ha espectadores calmos, ante as scenas horrendas de desavenças irreparáveis !!! Rarissimas são as creaturas sensíveis, que trazem dentro de si, corações indifferentes á sorte das multidões soffredoras. Quem, qual o christão, praticante sincero, pode assistir impassível ao desmoronamento de tantos lares, sacrifícios de tantas vidas e, consequentemente, desorganisação de todo adeantamento dos povos?!... Profundamente penalisados, verificamos tantos estragos materiaes, quantas são as ruinas de ordem espiritual. E dizer-se que vivemos num século onde os recursos abundam!... A imprensa, o radio, o telegrapho e tantos outros elementos optimos, que deveriam funccionar sempre a serviço do bem, pela verdade e para verdade, registram febrilmente, tristíssimos acontecimentos. Todavia, nesta época em que se divulgam tantas calamidades, eis que o radio e a imprensa de nossa terra noticiam um acto edificante, praticado por mais um presidente sul-americano. Trata-se do presidente Getulio Vargas. Elle deu ao mundo um grande exempio de religiosidade, ensinando o segredo de ser forte e invencível, sendo justo ao mesmo tempo. Visitando Apparecida, dobrou os joelhos ante a imagem da Padroeira do Brasil, numa attitude que significa a mesma supplica por nós tantas vezes repetida em commum — "Nossa Senhora Apparecida, padroeira do Brasil, rogae por nós". Este gesto reverente, foi sem duvida, um dos mais captivantes, áquella que tem á sua guarda os destinos do nosso paiz. Reli ha dias uma bella pagina de Olavo Bilac, uma de suas maravilhosas dissertações, não menos brilhante que o rythmo de seus versos; e, posso affirmar com emphase, melhor do que aquella ultima phrase "Similia de Similibus", que estou contente com o meu Brasil, porque tenho muitos motivos de grata satisfação: — Patria, fica sabendo que eu me orgulho de ti ! São comtigo os meus melhores votos, pela tua consolidação absoluta !
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Leiam
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1 — 1941
Guedes
de
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FERIDAS, INFLAMAQOES, FERIDA^FLAMAQOES
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ESPINHAS, CRAVOS, SARGAS, I SARCAS, ETC. IESPINHAS,
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MELHDR QUE QUHLQUER CREMEoeTOUCRDOR CREMEoETOUCflDOR
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MALHO
de Menezes TeIIes SENHORAS CLINICA DE Diathermia, Ultra-Violeta, Infra - Vermelho, etc* Dr.
Rua Das
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Dias, 84,
Gonçalves
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18 lioras.
leis:
ST
I
5o s.
504-5 P.es.
Consultorio 23-3147.
42-1948
NAÇÃO
MARIA STELLA RODRIGUES LOBO ( Flôr-do-Cardo ) Na folha de hera ressequida, Eu escrevi uma historia antigaPara que, ao pó tornada, ella fizesse Que a historia que eu escrevi também morresse. Mas passado algum tempo pude vêr Que a folha começava a reviver. Os caracteres surgiam com pujança ; E' que a hera tomava a côr da esperança. Num canto do jardim a sepultei. E em terreno agreste lá a deixei ; Onde ninguém lá vae, nem mesmo a dôr. Onde o sol não penetra ou dá calor. So assim retirei-me convencida Do fim da hera e da historia antiga. E cultivei depois, com amizade, Uma flôr roxa, á qual chamei saudade. FORMIDÁVEL! "Almanaque d'0 TICO-TIC O" A VENDA
Mas, irrisão da vida . . . qual chimera ! . . . No canto do jardim brotou a hera . . . A saudade abre os braços, e com ella, Subindo, agora, envolve-me a janella.
V Quando era
eu
DESPERTE A BIUS
Mocinha...
DO SEU FÍGADO Sem Calomelanos—E Saltará da Cama Disposto Para Tudo Seu fígado deve derramar, diariamente, no estomago. um litro de bilis. Se a bills não corre livremente, os alimentos não são digeridos e apodrecem. O* gaze* incham o estomago. Sohrevem a prisão de ventre. Você sente-*e abatido • como que envenenado. Tudo é amargo e a vida é um martyrlo. Uma simples evacuação não tocarã a causa. Nada ha como a* famosas Pü.ulas CAKTERS para o Pisado, para uma acção certa. Fazem correr livremente es*e litro de bilis, e você sente-se di»posto para tudo. Não causam damno ; são suaves e contudo »ão maravilhosas para fazer a bilis correr livremente. Peça a* Pillula* CAKTERS para o Figado. Não acceite imitações. Preço3$000.
A vóvó rccorda quando saboreava oi apeti tosos pratos que sua mãe lhe preparava com Maizena Duryea—o alimento supremo Por variai as mães t6m contado com Maizena uryea para aumentar o valor nutritivo dos aligerações, especialmente apetitosos para as fazê-los mentos e crianças. Siga o exemplo de muitas mães cuidadosas, adquirindo-a hoje mesmo e deliciando sua íamilia com um prato preparado com Maizena Duryeao scampemenfo J
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ENCANTOS# DE
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MALHO
I -
1941
Pensamentos de
do
Barão
Feuchterleben
O amor, é uma alegria viva, unida á idéa da causa que a produziu. • Um affecto só pode ser vencido por um affecto mais forte. • A felicidade é a recompensa do amor, é o proprio amor; não o alcançamos senão por havermos triumphado das nos sas paixões. • Quanto maior é a violência de um desejo, maior é a rapidez com que esfria. • O soffrimento forma o caracter, e o prazer somente apura o espirito. São, pois ¦ambos elles necessários ao desenvolvimento do homem e da humanidade. A natureza criou a dôr, pondo ao lado delia a alegria que consola, e é precisamente a luta .desses dois sentimentos que a grandeza dos nossos destinos. Digo ao homem: Não ha força sem verdade. Digo á mulher: Não ha verdade sem prestigio e sem encanto. • A cólera está tanto mais perto de cessar, quanto mais exaltada se manifesta.
I -
1941
AC AO F ACI LIMA: Pe?o ao nosso servigo tecnico todas as informa<;des e 1 \1 APIIC solicite o interessante folheto A ARTE DE PIN TAR CABELOS, que distribuimos gratis. I \ CONSULTAS APLICACOES VENDASX \\ V(Rua Sete de Setembro, 40, sobr. Rio de Janeiro 0 ^ RUA . , NOM5 .' . \\ • . \ »91dAdJJ ... 1 -----1 -1i.
O
MALHO
A RADIO SOCIEDADE RECORD uma documentação possúe exhuberante do alcance de sua onda que cobre todo o territorio nacional. Annunciar na RADIO SOCIEDADE é expandir industria e RECORD commercio. Ouvir a RADIO SOCIEDADE RECORD é conhecer os melhores programmas do broadcasting brasileiro. "A Voz de São PauSyntonise lo", nos 1.000 kilociclos de seu receptor.
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Na sua Estação Transntissora, cm Villa Helena, a RADIO SOCIEDADE RECORD l>ossue as mais bellas e completas installações. O clichê mostra um aspecto da piscina, onde se realisarão as provas infan• tis de natação, promovidas pela querida emissora paulista.
Auditório da RADIO SOCIEDADE RECORD (Capacidade para 800 pessoas) O
MALHO
8
I — 1941
Após a missa solemne dos bacharéis fluminenses. Vê-se o bispo Dom José Alves, entre os professores Adelmar Tavares, paranimpho, e Paulino Neto homenageado da turma.
OS NOVOS BACHARÉIS FLUMINENSES O professor Adelmar Tavares proferindo sua oração de paranimPho dos bacharéis fluminenses de 1940.
B fl ___V
Dr. Marllia Macieira -Bflllizzi, nossa distincta leitora, que acaba de concluir brilhantemente o curso gyrnna-sial no Externato D. Pedro II.
Luii Altapin que colou gréo dicina, este anr>o.
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encerramento das aulas do Collegio Casiro de Copacabana.
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QUANDO FOR A
mr^ÉÉÊproteja sua pelle contra as injurias
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Sol
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a Sra. gosta de passar SI horas ao Sol das praias, não precisa ter receio das sardas que o excesso do Sol provoca. Proteja seu rosto com Leite de Colônia! Todas as manhãs e todas as noites, applique um pouco de Leite de Colônia no rosto, colo e braços. Leite de Colônia é um verdadeiro tônico, que limpa, alveja e amacia a pelle, corrigindo todos os seus defeitos e imperfeições. 7
mofa* STAFIX assenta o cabello e realça a elegância das Senhoras e Cavalheiros I O
MALHO
10
I -
1941
^erspecfivas do «flimo Jiovo anno abre para todo o mundo uma perspectiva ainda ma's conturbada ESTEdo que a de 1940. No anno passado, nesta época, já se desencadeara a Guerra,
mas
ainda não se haviam
verificado
ensangüentaram os campos da Europa e existia,
as
pavorosas batalhas que
pelo menos,
mais meia dúzia
de nações livres do que existem hoje. Além do mais, a guerra aérea não se estendera ainda ao Mediterrâneo e á África, nem assumira as proporções brutaes que hoje apresenta nos bombardeios diários das grandes metrópoles. Em summa, no começo de 1940, a Guerra não attingira ainda o climax de horror e destruição, nem eram tão negras as perspectivas no que se refere ás populações civis, nem havia tantos perigos e ameaças de propagação do conflicto.
1941
pois, num ambiente ainda
entrou,
mais carregado. Do deante
outro de
lado
do
si a ameaça
há
um
mundo que se esborôa e que tem
anna
de
fome
Atlântico, de
um
e
peste
para
completar
a
obra da Guerra. No Brasil, entretanto, não são tão negros os horizontes. Embora soffrendo, como todos os povos
da
terra,
as
conseqüências
da
paralysação parcial do
commercio marítimo e participando tambem das angustias de toda a humanidade pelo futuro do Velho Mundo, o Brasil vê deante de si, neste primeiro mez do anno, um novq cyclo de trabalho fecundo e de grandes realizações. O plano qüinqüenal da administração publica entra num periodo de construcções mais vastas. Vamos cavar os alicerces da grande siderurgia. Grandes obras iniciadas no anno passado, ou antes, estarão concluídas dentro em pouco. Os frutos da politica equilibrada do actual governo apparecem-nos em todo o esplendor. Neste momento, ao pôr os pés nos humbraes do Anno Novo, o povo brasileiro, amante da paz e da alegria simples, formula o vehemente desejo no sentido de que o Estado Nacional possa reaPzar o que está planejado ou em vias de execução e que nada venha distrahir o nosso Governo do fecundo labor a que se entrega, com todas as energias e com o apoio de todas as* forças sadias da nacionalidade.
MALHO
texto de S. Matheus, cremos que ê o único dos evangelistas que se refere esplicitamente ao caso, verifica-se que os Reis Magos não foram fixados em numero nem PELO ' tiveram nomes. Diz S. Matheus: Tendo pois nascido Jesus em Belém de Judá, em tempo do rei Herodes, eis que vieram do Oriente uns magos a Jerusalem". E não mais se refere aos magos para dizer quantos eram. Somente no versículo onze, do mesmo capitulo 2.°, enumera as offerendas: ouro, incenso e myrrha. Naturalmente que foi a tradição, e por toda a Edade Media, que constituiu a trilogia dos Reis Magos, e lhes deu nomes: Melchior, Gaspar e Balthazar. As primeiras representações figurativas dos Reis Magos datam do século IV. Sendo que antes da Paz da Igreja, no século III, e nos proprios séculos IV e V mais de dez pinturas, nas Catacumbas representam a scena da Adoração dos Magos. A mais antiga, pelo que a archeologia conhecesse até hoje, se encontra no cemiterio de Priscilla. Occupa, na capella grega, o arco da abobada que faz face á entrada principal. Mas está tão deteriorada que mal se poderá divisar a scena tão coberta está pela espessa incrustação calcarea. Por essas representações plasticas, logo se vê que os artistas dos primeiros séculos se fixaram, de accordo com a tradição, em tres Reis Magos. E' verdade que a necessidade da composição varias vezes os obrigou, pelo desejo de symetria, a representação do grupo da adoração ora em quatro ora com dois. No cemiterio de Domitillia, ha um a-fresco excellente, e que data do século III, onde os Reis Magos apparecem em numero de quatro. Mas já no cemiterio de SS. Pedro e Marcellino, no arcosolium. os Maqos são apenas dois. A pintura é o século III, e os figurantes estão em traje oriental: túnica curta, bonet, botinas, bragas e manto solto.
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Pelas primeiras composições das catacumbas, já podemos verificar que foi simples e puramente a tradição que deu nomes e numero aos Reis Magos. O que parece incontestável é que os magos pertenciam a uma seita sacerdotal do Iram. Eram medopersas. Na antigüidade, segundo a comprehensão que veiu dos gregos e dos romanos, os magos eram astrologos, sábios em sciencias occultas. Eram mágicos: e pela magia elles faziam que se produzissem phenomenos que contrariavam as leis naturaes, d'ahi o alargamento do sentido: e os mágicos são também feiticeiros.
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Na Pérsia, os Magos eram cercados de grande respeito: suas decisões eram infalliveis. Na época persa-sassanida formavam uma casta, com força semelhante á dos reis. E' nessa época que elles poderiam realmente ser chamados de Reis Magos ! Acabaram verdadeiros adeptos de outros credos.
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MALHO
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fanaticos:
expulsavam
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Mas para a imaginação popular, os Reis Magos, no acto da Adoração, ficaram realmente constituidos e vivos pela força poderosa e fecunda da imaginação, depois da primeira renascença italiana. E foi o gênio figurativo da Renascença, com Botticelli, com Andréa dei Sarto, com Fra Angélico e especialmente
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1941
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Os Reis Magos — Tela de E. Azmbre.
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com Domenico Ghirlandajo, Philippo Lippi, Mantegna e Perugino que creou em suas admiráveis composições o eonjuneto vivo, animado, com fiagrante de acção e ambiente emotivo, o pathetico
A adoração dos Reis Magos
e enlevante da scena sacra. Pelas obras que outros povos imitaram, como os hespanhoes com Velasques, a Allemãnha com Durer, os flamengos com Memling, os francezes com Philippe de Champaigne, maior Contagio teve a Adoração. Mas de todos estes mestres, afora os italianos do século XV, deveremos rememorar as o genio. paginas magníficas e inolvidaveis que ao melhor, de Rubens concebeu com dádiva Natal do Menino Jesus. I -
1941
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PIAUHY
DE
HOJE
jV jj^ Avenida Gelulio Vargas — Campo Maior
Piauhy é, hoje, uma das unidades federativas que apresentam 0 mais brilhante ind.ee de progresso. Th-rrezina, Parnahyba, Floriano e outras são cidades modernas, confortaveis, dignas de emparelhar com as melhores de outros Estados do paiz. A capital piauhyense — Therezina — vae ser dotada, pelo governo Leonidas Mello, de um Hospital mod"lo, talvez o mais completo de todo o Norte. Parnahyba (onde Humberto de Campos passou parte de sua infancia) é o grande centro
commercial do Estado, ficando, apenas, a 18 kilometros do mar. Seu prefeito actual, Dr. Mirocles Campos Veras, é primo do saudoso estylista de "Memórias". Damos, nesta pagina, alguns aspectos do progresso actual do Piauhy.
Carnaubeira, no interior do Piauhy Cine-theatro Municipal ^
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Nunca ponha chapéu de aba larga, ou foi-gado, na cabeça quando for viajar em carro aberto, sobretudo na direcção. Durante a viagem, ao fazer uma curva, o chapéu pode voar, deixando-a em difficudades na direcção, com probabilidade de perder o controle.
da
recurso conflictos
conhece a
psycologia feminina (e quantos poderão affirmal-o ?) sabe que a mulher, via de regra, não gosta de ser contrariada, ainda quando se trate das cousas mb's insignificantes. Entretanto,
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Mas não são acenas estas as razões de ormuito mais dem profissional. Existe outra, forte, evidentemente. O objectivo desta nota, caras leitoras, é orientar a mulher automobilista, a mulher que pratxa o adorável e perigoso sport de dirigir automóvel. O leitor jé sabe, por observação própria, ccmo se conduzem «o volante muitas das nossas chauffeuses. Vão rodando por determinada rua e de repente levam o pé ao freio. O carro estanca com violenca. Curiósidade, J~s circunstanapprehensão quas,
com-
innocentes
tal-
justificar protestos até dos mais indifferentes. Não dis-
cutamos,
porém, os erros da mulher no lar. O thema é quasi exhaustivo e o espaço de que era dispomos não nos permitfe maiores divageções.
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CONSELHOS Á MULHER AUTOMOBILISTA
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que não recommendaríam uma automobilista remediar esses inconvenientes, que podem trazer cousas
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Felizmente, porém, não foi nada. A dama elegante tivera a sua subitamente attenção voltada para urva vitrine e parou para examinal-a... O carro que vinha immediatamente atraz foi forçado a fazer o mesmo. O outro,
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E assim, tpda a fila. Do contrario, teria "engavetamento", havido o inevitável com paralamas e pára-choques amassados, lanternas partidas e outros accidentes próprios da occaslão.
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EM sempre os penteados femininos ostentaram a simplicidade da época actual. Complicados, incriveis mesmo, chegaram a ser os do fim do século XVIII : a oabelleira se alteava e se avolumava exhuberantemente, provocando, d© certo, violentas cefalalgias. De resto, basta olhar as quatro gravuras desta pagina, focalizando as modas do cabello feminino por vo'ta de 1780, para se ter ídéa do supHcio a que espontaneamente s« votavam as damas do tempo. Torturadas com as cabelleiras eram ainda as coitadas victimas do mptejo e da irreverencia dos contemporâneos. A; antologias satyricas guardam, entre out-as, uma poesia dedicada aos toucados altos" da lavra d o poeta portuguez Nicolau Tolentino de Almeida, sem duvida, um dos vultos illustres do Periodo Arcadio. E' um 5^n«to em que a satyra do bardo lusitano se expande á larqa, glosando os taes exdruxu'os penteados. j
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(-alam assim os quatorze versos Tolentino : Aos toucados altos Chaves na mão, melena desgrenhada, Batendo o pé na casa, a mãe ordena, Que o furtado colchão, fofo e de penna, A filha o ponha ali, ou a criada : A filha moça esbelta e aperaltada, Lhe diz co'a doce voz, que o ar serena : "Sumiu-se-lhe um colchão, é forte penna Olhe não fique a casa arruinada". — Tu respondes-me assim ? Tu zombas disto 1 Tu cuidas que por ter pae embarcado, Já a mãe não tem mãos ?" E dizendo isto Arremette-lhe i cara e ao penteado: Eis senão quando (caso nunca visto !) Sae-lhe o colchão de dentro do toucado ! FRAGUSTO
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1 -
1941
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Uma velha fieção: 0 tempo... fim de anno, que se vai arrastando por entre os calores do Tempo e os fragores da ESTE guerra na Europa, parece-se, extraordinariamenre, com todos os fins de anno que tem havido no mundo — desde aquelle vago principio em que os homens, ignorantes ainda da subtil sciencia de contar, só sabiam que havia noite, porque ora havia luz e era claro, ora não havia luz, e era escuro... Toda
vez que se approxima o fim do Anno, os homens, como se foram herdeiros diligentes de uma grande fortuna, preparam-se para ceiebrar-lhe, com esplendor, os funeraet magníficos e as festas transformam, humano,
em
nasce...
fúnebres do Anno que morre se por estranhas artes do engenho festas alviçareiras pelo Anno que
Como na passagem de um Poder, ou na transição de um Reinado, ainda não se enxugaram as lagrimas pela morte de um e já se illuminam os sorrisos pelo nascimento do outro — de tal maneira que, com um só gemer e um só suspirar, se reverencia o Passado e se o (saúda Futuro... Contar o Tempo, medil-o com zelo e segurança, marcar as estações para o plantio e para a colheita, fixar as festas civicas e religiosas — eis ahi a primeira preoccupação do Homem desde que, abandonando as grutas escuras ou as rudes habitações lacustres do seu primitivo viver, deixou os campos tristes e as águas quietas para edrficar Cidades, construir Civilisações, plasmar e enfeitar Systemas Philosophicos e Tratados Scientificos. Antes, mesmo, de »xistir a Historia, o Direito, a Moral organizada e estável, já existia o Almanach-summule e principios de todas as cousas sabias e bellas que o Homem teria que realizar, depois, atravez das idades e ao longo dos tempos.. Roma só começou a ser Roma depois que Romulo, com diligencia e esforço, organizou o seu Almanach, valendo-se das tradições chaldaicas, que pairavam no espirito dos homens, como uma leve poeira de oiro esparsa no ar... O calendário romano guiou, durante seculos, a familia humana ensinando-a a colher ot cereais, a sacrificar aos deuses, a zelar pela sua força e pela sua belleza — tal como urn bom mestre dos nossos dias ensina os seus alumnos a evitar o Micróbio e a combater, tenazmente, a Poeira... Com o advento do Christianismo e a conquista espiritual de Roma, o calendario tinha que soffrer, fatalmente, at influencias da nova ordem de cousas inaugurada no mundo com a apparição, na Galliléa, de um Homem que tudo sabia e que resuscitava os mortos. O calendário gregoriano supremacia
marca, civil
verdadeiramente,
e religiosa
da
Igreja
a no
mundo.
E de então, para cá, o Tempo, banhado nas águas claras do Jordão não mais celebrou os deuses frágeis do paganismo. mas votou-se, todo, á veneraqào dos Martyres e ao culto dos Santos da Christandade. E' pelo Almanacj. que sabemos o dia de pagar o imposto ao Estado, de podar a vinha, o de fermentar a uva e colher o trigo. Elle recordanos os dias mais propícios á Oração e ao Jejum a fi«a, de maneira indelével, a data em que os nossos amigos nasceram, ou em que se casaram, ou em que partiram, cheios de silencio e de mysterio, para outra Vida, de que mal lobrigamos, atrayez do espesso muro da Matéria, as qualidades divinas e eternas... Assim, toda a nossa existência está
Tempo. Não podemos dar um passo sem consultar o Almanach ou a Folhinha — quer se trate de um negocio a realisar ou de um sentimento a satisfazer... Si alguém nos convida para um passeio ou para uma festa, logo indagamos o dia ou o mez em que se devem realizar — e não respondemos emquanto não fazemos, mentalmente, os nossos cálculos sobre o Tempo de que dispomos ou o Tempo que já empenhamos e que não é mais nosso... Tão fundamente se arraigaram no nosso espirito essas noções de medida do que é immensuravel, que chegamos a attribuir aos mezes, aos annos ou aos simples dias da semana, virtudes especificas para certas empresas, qualidades inherentes a determinados actos da nossa vida. Ha quem seja incapaz de viajar em Agosto ou de começar um negocio numa segunda-feira... Muitos acreditam que, casando-se num sabbado, serão muito mais felizes do que si o fizerem numa terça-feira — e attribuem ao Tempo, que e uma ficção, responsabilidades que só devem caber á Mulher, que é uma realidade... Da mesma maneira, um Anno Novo é recesempre, com grandes e festivas esperanças pela maior parte do gênero humano — sempre á espera de uma melhoria de sorte que nunca vem ou que só vem tarde de mais... Todos nós acreditamos que, com o Anno Velho, tambido,
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bem se vão, e morrem, as nossas dores, as nossas maguas, as nossas desillusões — e todos fiamos do Novo Anno a satisfação dos nossos requerimentos, a consecução dos nossos direi, tos... Um anno vivido é uma sensação gasta e, muitissimas vezes, mais uma grande illusão morta... Não vale, aqui, o raciocínio de que os annos se parecem, extraordinariamente, uns aos outros como os chinezes da immensa China... Afinal, viriam, apenas, as datas dos furacões, das enchentes, das barreiras que se rompem e das casas que desmoronam... A Vida é, essencialmente, a mesma apesar dos annos e dos nomes com que os baptisamos — para os distinguir uns dos outros... Nós é que mudamos — porque envelhecemos mais e esperamos menos... Enfim, para que tirar á Humanidade uma ficção a que se habitou, como o viciado á sua morphina ou á sua cocaína ?-•Esperamos, com fé viva e forte, que o Novo seja o mais feliz de quantos já raiaram no mundo desde o nascimento da Chronologia Christã. E, especialmente, pecamos, todos, aos
Anno
Poderes Superiores, uma vida nobre é farta para esta formosa terra do Brasil, que é, pela argúcia dos seus dirigentes e pela Índole do seu povo, um parênthese de paz na immensa orchestraçáo btllicosa
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presa, desde o orimeiro ao ultimo dia, a essa Ficção inalienável a que se chama
I — 1941
19
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historia de uma dôr
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¦ ONHECI o Torres, ha muitos annos, estudante de preparaV^ torios. Não era grande estudante. Faltava-lhe tempo para os livros, porque precisava trabalhar. Sua mãe, que também conheci, era uma viuva, extremamente meiga, extremamente caridosa, que só tinha aquelle filho e fazia sacrifícios inauditos para mandal-o ao collegio. Quando completou 18 annos, o Torres por necessidade, pediu e alcançou um emprego de escrevente na; policia. Era bom. Seus collegas estimavam-no. Sorria para todos e sorria sempre. Ha homens em quem o sorriso, na mocidade, parece uma operação de desconto, a juro de usurario ... Depois, perdi-o de vista. Soube que havia abandonado o estudo, renunciara á esperança de ser medico, como seu pae, e occupava-se unicamente do emprego. Durante vinte annos foi escrevente de policia e escrevente de uma delegacia. Constituirá familia, e esta crescia dentro de uma casinha de dimensões fixas. Comtudo, o Torres vivia. Era conceituado, assiduo, nunca dera pretextos para censuras ... Quando se crearam as pretorias, foi nomeado escrivão de uma dellas, no subúrbio. Ficou contcntissimo. Levou a mulher e os filhos e mais a velha mãe, que contava 61 annos, para fora da cidade, e arranjouse numa habitação modesta, com quintal, separado da rua por uma cerca baixinha de arame, não longe da preteria. Esteve alli 16 annos, que, com os vinte anteriores, integravam 36 annos de serviço em 54 de idade. Dois filhos ajudavamno: um como escrevente juramentado, outro como encarregado do registro civil. Todos o queriam, porque sua compassividade. não fraqueava nunca. Tinha o costume de cortar o cabello á «ascovinha; mas conservava um topete, que alisava dos lados, em anguio diedro, com uma aresta viva. , apoquentava-se. S« alguém soffria perto delle, Mordia a caneta, esquecia a familia, c, agitando a cabeca para diante e para traz, rasgava no céo, com a aresta do topete, uma frincha por onde a Inspiração descia. Em seguida beijava os filhos, agradecia à misericordia divina o allivio da magua alheia, e voltava
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ao cartório pára escrever sem descanço aquellas pa ginas compridas, que lhe davam um pouco de a mento. isto é, um pouco de existência ... Não cogitava de política, nem de partidos, nen. de eleições. Fazia mal; se fosse capanga, teria protector, mas não era. Dizia que não precisava desagradar. Entretanto rs<|iiecia que só prospera quem adula. Estou certo qttc se tivesse de recomeçar a vida, o Torres lhe daria uma orientação mais moderna. As noticias de uma projectada reforma judiciaria começaram a esvoaçar. O Torres, a principio, fiem paz: — 36 annos de serviços, sem pecha, sem çou inimigos ... Mais tarde, assustado pelos boatos de pretendentes em cardume, de afilhados do Olympo. de protegidos dos ministros, procurou informar-se da sua sorte. Garantiram-lhe a serventia do car"Como ? 36 annos de serviço ? Seria um atgo. tentado !" Regressou á ca» tranquillo, e perseverou no trabalho sem temores. Um dia, abriu o jornal: estava demittido, e os seus dois filhos pensados !
igualmente dis-
* • # O
MALHO
20
I -
1941
O jornal não declarava a demissão delle: annunciava sómenje a nomeação de outrem para o cargo de escrivão da pretoria, daquella mesma effi que servira 16 annos seguidos ... Julgou sonhar. Chamou a mulher e pediu que lesse. Era verdade ? Sem pensamento, com o craneo ôco, sentindo em todo o corpo uns friosinhos dolorosos, firmando bem o pé no chão para saber, ao certo, se andava, tomou o trem da Central, veio á cidade, como um somnambulo, comprou na estação de chegada os jornaes que ainda não tinha lido, verificou que todos confirmavam a nomeação do — outro ... Então, deteve-se. Pregou os olhos numa talx>leta que dizia — SUBÚRBIOS, e fixo, sem mover-se, levou meia hora a lêr as nove letras ... Alguém que passava, sacudiu-o: — Que fazes ? Nada, respondeu elle. E desatou a chorar. Arrastaram-no ao trem, e três quartos de hora depois entrava em casa, exclamando: — É verdade ! A família rodeou-o. Eram 22 pessoas, as que compunham a família ... E agora ? perguntou-lhe a esposa. Não sei, não sei ... E sentou-se numa cadeira, o cotovello apoiado no joelho, o queixo A comprimir a palma da mão, fitando o espaço, diante da janella. A velhinha, de 77 annos, enxugou as lagrimas, e pousando a mão no hombro do filho, com o coração ralado de tormentos, animou-o assim: Escuta, ainda posso lavar a roupa dos netinhos ... E cahiu com uma vertigem. De dentro, corre uma criancinha de quatro annos, cantarolando. Estaca, espantada, em face daquelle espectaculo de desolação, e inquire: Que foi ? Sciu ! papae "perdeu" o emprego... Não comprehendera, o anjo, como o "perder" o emprego ! papae pudesse
• « • Passaram os dias, longos e tristes, naquella casinha humilde, em que o desespero elegera domicilio. O ex-escrivão tinha as palpebras arroxeadas, e como que se dcslembrára da própria voz. Ora, isolava-se num quarto do fundo do quintal e lá permanecia immovel, enxotando a esposa e os filhos, desvairado, immerso profundamente na sua dôr; ora, partia de madrugada para o morro, e regressava á noite, sem comer. A velhinha, no tanque, lavava a roupa das creanças; a esposa, no fogão, cozinhava a hortaliça que o quintal ainda lhe offerecia ... Em todos os olhos uma vermelhidão duradoura ... Lma vez, notaram que a menina de quatro annos estava agitadissima ... Percorria a casa anciosa, espiava, ia e vinha torcendo as mãos, os olhos arregalados; • examinava tudo, mcttia-se por debaixo dos moveis, abria os armários e os revolvia nervosamente, puxava as gavetas, fechava-as, a soluçar, e tornava a puxal-as. sacudia a roupa pendurada, introduzia as mãos dentro dos sapatos velhos, sahia ao
I -
1941
quintal, apalpava as plantas, sondava, com os pés nús, os regos d'agua ... Tomaram-na. Não queria falar; mas movia a cabeça, continuando na sua pesquiza atroz. Pensaram que houvesse enlouquecido ... Por fim a creancinha disse: — Estou procurando o empre"perdeu". go quê papae
• • • A quem conseguiu arrancar ao pobre Torres o seu ganhapão dorido, e lançar uma. familia inteira na tristeza em que afundou, — dedico estas linhas • sobre a — historia de uma dôr; possam minhas palavras, sahidas do coração, resoar-lhe
»^i_tü_______i #m _>0* MS Bi'. *__*__ \
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ainda aos ouvidos no instante temeroso em que a imagem de Deus se des- *" ifr cobre, e a consciência, desprendida f dos interesses do mundo, recapitula, como juiz implacável, o mal que se faz na vida aos fracos e aos desprotegidos ! Não levo o meu voto ao ponto de desejar-lhe que tenha a suprema angustia de vér, entre lagrimas de reg mordimento, a figura parlida da cr% ancinha a procurar nos armários d_ casa infeliz ... "o emprego de seu pae" ... Mas, nâo posso abster-me de dizer-lhe que seu acto foi muito feio. Do "bom" para o "bello" ha differenças de gradação, apenas. Um fala ao sentimento hupiano, outro fala ao esplendor celeste. No .fim da existência, a fusão é completa, e as almas alforridas do cárcere terrestre, são todas iguaes, como essência, diversas, como merecimento. Depois, enche-se o grande cenaculo e o espirito de Deus apparece, em línguas de fogo, para aquecer umas almas e para queimar outras. Não ha, então, grandezas, nem ha inferioridades. O cenaculo, num plano só, nivela todos os filhos do Creador, feitos, como a fé ensina; "á sua imagem e semelhança". Creio que a Republica não andou bem expellindo a religião das escolas! Quererá ella que os homens olvidem a communidade do destino ?
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MALHq
LA VIA LEONARDI nâo acreditava em Deus. Durante o tempo de collegio o que mais lhe custava eram os longos officios religiosos ao alvorecer e á tardinha. Ficar de joelhos e respirar incenso obrigatoriamente, em lugar de despertar-lhe pensamentos mystiaos, accendia-lhe idéias profanas. "Quando sahir daqui nunca mais ouvirei mfcttft. Todas as igrejas sio abafadas, n-as esta cape! ia' Ufff Nio entendo por que o padre soletra Lm evangelho sabido As irmis nâo tomam banho geral. Alicita (az beiço de velha para rezar Eu nâo commetto peccados mortaes Nào mereço esta tortura de todos os dias. Papae Mamát sio egoístas. Em que ponto da Itália estarão neste momento? O ultimo postal veio de Montecatini, mas agora devem estar seguindo para a França. E' isso. A esta hora certamente estio num trem. Viajando ninguém vae 4 missa". Tinha quinze annos nessa época e tres mezes depois ficou noiva O novo advogado do pae era um rapaz vistoso, filho de italianos tambem e gostou delia desde o primeiro instante. Pelo menos assim lhe pareceu ao vel-o sorrir comprehensivelmente á explosão de choro èom que saudou os pães recem-vindos da Europa. "Quero ir embora com voeis. E' injustiça. Posso ficar externa Esiou farta disto". Sentiu a mâe repellil-a de leve; julgou que estivesse resguardando o vestido das lagrimas enxovalhantes, ma» erguendo a cabeça percebeu a verdadeira causa da muda reprovação aos seus arroubos. Conteve o pranto. Junto da janella estava sorrindo um estranho a quem o pae d.iva explicações desenxabidas. Commoçâo. Estivemos longo tempo ausentes — qui-ria dizer que ella nem sempre fazia scenas daquella ordem. Natural, sincera, respondeu o desconhecido como se a analysasse e Flavia achou que as duas palavras eram claras como os dentes que lhes auxiliaram a ressonancia. Fale com Dr. Leonardi, Flavinha. "Flavinha" nio era tecla habitual. Flavia notou na mâe exaggero de enfeites e vontado de fazel-a, aos olhos do advogado, mais creança do que realmente era. A secreta intuição de que aquelle homem poderia «alval-a formou no rosto alterado da educanda o sorriso gracioso que foi a isca primeira. Perd&c o triste espectaculo, disse cumprimentando. Tive saudade delles, é certo — com o lábio inferior estendido indicava o casal maduro — mas chorei de inveja. Vinham de fora Da liberdade que adoro e que me prohibem. Sahirí brava visto ser uma senhorita, respondeu o idvograo com ini lio lisongeira. F
0 DIVINO INDIGENTE Atrasei-me Faltam-me dois annos para terminar o curso. Será indispensável? Fazemos questão, obtemperou a mie, por si e pelo marido. E na despedida, consolando: Tenha juizo. filhinha, as ferias estio próximas. Dentro de uma semana vocí estará em casa por tres mezes. "Trezentos mil mezes" pensava Flavia delirante quando Clovis Leonardi fez o pedido de casamento. Mamãe quiz impedir mas eu me impuz. Ella teve medo que eu fugisse do collegio como ameacei". Nupcias, viagens, maternidade, todas as alegrias se suecediam naturaes na vida da moça rica e sadia. Agora Flavia está mulher em plena gloria da palavra. Resplandece em seus 28 annos vividos sem sentir. Sorri em gradaçôes deliberadas Seu olhar se quebra. ae alonga ou se aviva conforme as circumstancias. Cada gesto í feito para immortalisar a fidalguia das mios. Pisa firme no palco luminoso da sociedade, onde seu papel tem sido o da mulher feliz, sem complexos, sem super*, lições, sem historia cm summa. Eis que surge intempestiva sombra. Flavia sente ciúmes do marido. Nunca ligara grande importância ao companheiro. Cuidava que elle devia sentir-se desvanecido a vida toda por ter encontrado a herdeira Joven e bella que lhe facilitara a ascensão is cumiadas da política que era a sua meta. Doze annos mais velho, com certeza recebia os carinhos da esposa como concessões de deusa benevola. Comtudo estava apaixonado por outra creatura. Flavia soube antes de ser attingida pelas insidias das amigas. O enthusiasmo delle pela pianista florentina que acompanhava solicito por toda parte, era chocante porem inatacável, porque secundado nio so pela Colônia Italiana como por elementos do mundo official. Primeiro soffreu no seu orgulho de proprietária mas .depois sentiu profunda magua de amor. E entio ficou surpreza ao reconhecer que amava tanto o homem que tomara exclusivamente para livrar-»e do intemato Nio pensou em divorcio. Teve a coragem de tilenciar. E lutou. Fez-ae mais appetecivel que nunca, ainda assim, no Inst *u"i de Beileza que freqüentava seu emmagreclmento ixcet ,^o causou espécie. Madame, deve repousar depois do almoço. Etti um pouco abatida. Flavia comprehendeu que perdia em brilho e vlveza. f ratou de obedecer ao conselho. Almoçava sempre com o marido e o filho de onze annos na sala azul de portas para o terraço. Por alli os via partir. Um para o gymnasio e outro... sabe Deus para onde. Antes que elles tlvestem tomado o auto ella jl estava na saleta contígua estendida num divan vermelho. de olhos fechados. lentando descansar o corpo, emquanto o espirito debatia-se opprimido.
ír/
i
Nesse dia nâo pôde permanecer deitada. Foi andar pcio jardim opulento, quase um parque. Inconscientemente encaminhou-se para a rua. Viu-se no largo portJo da avenida rumorosa, expondo sua silhueta rara de or chidea de salào i curiosidade plebéa dos pedestres. Dispunha-se a retroceder quando avistou uma figura esquisila. Vinha pelo passeio um menino loiro, de dez annos presumíveis, mettido num impermeável de adulto, cuja barra rasgada lhe chegava aos pes nus. A mio direita prendia a capa na cintura mas o movimento dos passos mostrava os joelhos alvos e como o peito tambem esd vesse visível deduzia-se que etle estava sem outra roupa qualquer alem do impermeável roto. Tinha typo de estrangeiro e ia passando de cabeça erguida, olhar fixo para a deanteira como um principe sereníssimo. Flavia teve um generoso impulso: Quer ganhar umas roupinhas, menino? Quero, sim. senhora. Pronunciou esses vocábulos em "staccato" como se ponderasse para nio errar. Flavia conduziu-o e ella mesma veio á porta do vrstibulo entregar-lhe um grande pacote, dizendo com meiguice: Espero que vocí goste. Ha um costume de catemira, roupas de baixo, meias e sapatos. Elle pegou com uma das mios somente A outra continuava garantindo a capa. Deus paga bem, disse no tom interrompido que Flavia já conhecia, e seguiu pela alameda bordada de hortencias, com o sol tirando de seus cabellos biros centelhas de luz. A's cinco horas da tarde desse mesmo dia Flavia entrou na casa de chi onde duas amigas a esperavam. Perspicaz, adivinhou logo que ellas tinham novidade importante para transmittir-lhe. Seu coraçio tremeu. Finalmente ouviu da mais ansiosa: A Romilda Vecchl foi contractada para tocar no Metropolitan dos Estados Unidos. Está imponente como te carregasse invisível coroa de louros. Recusa-se a re cber oa próprios compatriotas. Acho que a Colônia Italiana merece esse "tibleau", ajuntou a segunda amiga, sorvlndo-se de torta de abricots. Tanta adulaçlo me revolta. Sei que a "virtoose" esquiva-se atí dos amigos íntimos — sublinhou o adjetivo, trincando o doce e pondo os olhos mal intencinados dentro doa de Flavia. Mas sem demora veio a noticia melhor. Deixará o Brasil esta semana — Informava, fe;.'hando o assumpto, a primeira Interlocutora. Flavia exultava. Longe, a rival seria facilmente venclda. Clovis deixara-se levar apenas pela sensaçio ímprevista de ter interessado a uma artista famosa que toda gente cortejava. Elle nio poderia amar de verdade aquelIa dama soberba de olhos pisados e bocca fugidia. Confortada pelo chi, tagarelando sobre figurinos com u amigas que lhe Inspeccionavam o semblante, Flavia rralmente só tinha ouvidos para uma voz doce e destacada que lhe cantava no pello no lugar do coraçio: Deut paga bem. A' noite, ao jantar, a mulher que tinha vivido tanro tempo tem Deus. contou emocionada ao marido e ao filho: Hoje, a uma hora da tarde mais ou menot, eu vi 9 menino Jetus. E ao dizer Itto aeu rotto resplandecia tanto que Intiniivelmente o homem e o rapazinho inclinaram-»» beljal-a. pari CONSUELO
O
MALHO
22
PIMENTEL
MARQUES.
I -
1941
^S DA
J01A.S POESIA
Na confusão
do
Paine! djfi|P^e> Do fogo e |í|S£ Da terra e ar o
tr6fT16cid
y^|
ncav
Relampagos,\ tro
CfltjriOH
^ O
I -
1941
MALHO
i.\|ão
raro
historiadores
menos
"0nça" do temP° do
Rio de Janeiro
escrupulosos,
têm procurado pintar Luiz Monteiro Vahia, o "Onça", governador que foi desta heróica e valerosa cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, pela entrada do século XVIII, como uma figura grotesca e intolerante. Mas quem era afinal o "Onça"? Simplesmente isto: descendia de gente fidalga de Adães. era filho de FrancisRei. Não resistimos to Teixeira Vahia homem de porém transcrever outras "Toda prol e de solar copenalidades: i pessoa de nhecido e de uma dama nobre qualquer qualiD. Jeronyma dade, estado, e condição, Ferraz, filha de um certo Dr. que for achada com João Rodrigues de algumas das armas Moura, natural de Chaves. prohibidas — diz o bando Não se diga porém da Outubro de 1721 — será Com as punid« que a prosapia de Luiz Monteiro Vahia estivesse armas declaradas na dita lei". apenas em descender de ': gente com carta a assim que se fossem brazão darmas no armorial pessoas fidalgas ou noNão. portuguez. bres incidiriam em Muito mais lhe valia, o ter seguido a carreira pena de degradação para q reino de Angola, das armas, e se distingu-do nas por dez annos, além da multa guerras da Cade 200$000; os mechanicos e talunha, de onde afinal voltara com os galões de plebeus, esses seriam publicamente açoutados, Coronel dos exércitos d'EI-Rei! condemnados a Data desta época 10 annos de prisão e multa « sua apparição na corte lusitana. de I00$000. Crimes Em 1725 é menores, eram os que elle passa ao Rio de Janeiro, onde chega que fossem achados de "espada nua": teriam 20 dias de para substituir Ayres de Saldanha. Infelizmente prisão a pagariam a multa d. I2$000. Náo se «o primeiro contacto com cingia Ayres de a terra carioca, sente Saldanha táo somente aos amantes Vahia do jogo, da que se não puzer cobro e vigência emfim bebida, das armas. «os costumes, o seu governo irá como se resentir das mesmas falhas, Tambem lí estava a persistira nos mesmos despunição para os prosecalabros lytos de S. João e Santo Antônio. Todo que atormentaram o seu antecessor. aquelle Pode-se dizer que soltasse rojões, amantes do foguetorio —, que a gente trabalhadora, a burtinham que se haver com a. lei, guezia laboriosa, vivia então em constante soposto que a ninbresalto: a cidade estava guem dentro da cidade era consentido "lançar como entregue a uma "lançal-os malta de escelerados e fogos", nem ao alto nem de buscamalfeitores. Raro era o dia em que se não desenrolavam pé". Para o transgressor cominava-se a tremendos conpena de flictos. Quando não são os 30 d>as de prisão e multa de 20$000. Pagava-se escravos, a gente de cór que se empunha com os tambem a delação. soldados dos terços Quem denunciasse o visínho, em verdadeira lucta, sobretudo por tel-o visto atirar fogos recebia os 20$000 por causa da em pagamento de seu serviço. Se jogatina que campeia desenfreada o foguete pelos quatro cantos da cidade, üo os distúrbios fosse porém atirado oriundos das por escravo, o pobre diabo bebedeiras, dos roubos, dos ia entretanto assaltos... Para isto para o pelourinho, e náo era solto diga-se muito sem que o dono parecia favorecer o uso das arpagasse a multa que no caso, mas. Qualquer escravo "bandos" era de I2$000. Assim tinham soldo podia trazer escondida os n« cintura uma faca ou uma de Ayres de Saldanha, aquelles espada debaixo do elle fazia quo «pote, e muitos eram ainda correr pelas ruas da cidade, os que tinham em pelas praças pucasa, clavnas, bl-cas: eram feitos atravez de tambores, pistolas, adagas e bacamartes... e proEssas anomalias tinham nascido clamados por um sargento de talvez em consem-licias. cercado de algumas quencia das duas invasões francezes de Duclerc praças, assignalados aliás com certa e Dugay-Troin em espectaculosidade, o estava que desarmado, paiz para que ninguem delle se chamasse á ignorância... porém jé agora culm;nava em exaggeros. Em vão Ayres de Saldanha como procurara reprimil-as, dahi o serem famosos os seu- "bandos" de 29 de Outubro de 1721 e 27 de Junho de 1724. Nelles em vão se tinham «.minado penas as mais "banInfructiferos, tinham sido entretanto severas aos transgressores das os ordens do snr. D. dos" de Ayres de Saldanha, João V. Nem as ameaças de logo pois que Luiz prisão, nem as peMonteiro Vahia, o "Onça" assumiu sadas multas o governo que variavam de 200$000, I00$000, do Rio de Janeiro tratou de fazer e desciam até ao limite minimo, uma limpeza de 20$000 e radical em tudo: metteu os criminosos na cadeia: I2$000 (conforme a natureza do delicto) parepuniu os que se excediam no cumprimento das ciam todavia constranger aquella gente! Tamleis do Reino; e tratou emfim de acommodar pouco mostravam-se receiosos das os penas de demoradores da cidade, attendendo sobretudo Angola o gredo para ou para a Colônia de Nova apello que esses lhe fariam. A cidade Sacramento, onde seriam empregados era que como arcomo dissemos theatro trfices na construcção das obras quasi d:ario de conflictos das novas for«witre soldados e escravos turburlentos tificações; queriam era a vida malfeitoque levavam res, ladrões — entrou a melhorar: Ainda assim Ayres de Saldanha extinguie-se insistira veheaté a jogatina... Foi nesse lapso de mente. Chegara mesmo a fazer tempo que a sentir, que espolitica vesga e maldosa daquelles a tava disposto a reprimir os abusos com medidas quem náo convinham as medidas salutares até mesmo violentas, dahi de Vahia, do porque recommendava "Onça", começou a se agitar. Como Vahia era ser o porte de armas, co-sa tão semente depenamigo dos dente de sua exclusiva autorisação, padres do Carmo, logo os de S. Bende sua. li?o, despiceram-se de "pois cença, e assignalava ciúmes e começaram a falhavendo pardo ou Ur mal do negro forro que tenha razões Ass:m é que cada dia governador. para que sa he que passa Vahia como arranja novos desaffectos! deva permittir o uso de espada só com • tua Innumeras são então as denuncias annuencia poderia fazel-o. isto mesmo mediante que contra elle se enviam a Portugal! Luiz Monteiro Vahia petição que ficaria a seu critério dar ou não n«o recua entretanto, antes como redobra, attenprovmento! Contra a jogatina não eram menos to e vigente. Um "todo dos que mais o aceusa é o Juii severas as ordens: o negro ou mulato qua de Fora, Manoel dos Passos se achasse jogando Soutinho, que chega qualquer jogo" e até mesmo "qu. « d.zer Vahia o tem ultrajado public*.as pessoas que lhe permittissem fazel-o, seriam mente, em varia, oceasiões, como aconteceu em igualmente punidas. Assim exigia a justiça do uma junta qu. faz „, p.Ucio, «tando presente
Ror
Q(v*iiVH
O MALHO
24
que tinham sido lobrigados em outros pontos da cidade. A verdade é que as razões adduzidas todo
o corpo
da Câmara • toda a nobreza da a onde entrou a dizer impropérios, in"que cubive a Câmara era uma trampa e I outros insuhSSs". isto aecrasewte ainda Soutinho, por náo ter elle votado como queria o governador. Esse Passos Soutinho é quem aceus* ai„d. d. "Onça" querer o proteger a sua perentela etc etc O principal protegido do governador, consoant, a inf^mação do Juiz de Fora, .r. Um certo D. Antônio Teixeira Chaves, prior do Carmo, . um outro Duarte Chaves d. quem «Ré, Passos Soutinho di, cobras e lagartos™ Outro inimigo d. Vahia, é o Ouvidor Dr. Antônio d. Souza Abreu Grade. Esse ar. tambem um. bo. Disca.
parece,
?erra",
Quando a situação sa torna tensa é que o Onça" rompe com frei Paschoal de Santo Esteváo, abbade d. S. Bento. . logo ..„ ,^.v. . a João V. Nafta cart. dix-se victima da Vai,!.. O R.o de Janeiro, geme com o penoso jugo do governador _ TO.V. 0 frade Umuri.nt.ment. porque sáo insoffriv.i, „ imprudências com que governa espancando • descompondo por si mesmo, varia, pessoa, . não h.v.ndo hor. qu. nao tenha uma variadade". Náo se sabá ao certo a razão do teiró entre Vahia a o Abbade. Tem"Onça" se vulgarmente que o suspeitando qu. o abbade agasalhava espiõas, fe, cercar o Convento d. S. fcmto. sob o pretexto de se terem ali occultado holiandeze, desembarcados da uma ná0 arribada no porto, e companheiros de outro,
eram muito
Não
Rio, e que está hom;siado numa chácara junto a 5. Bento, logo o intima sob força armada que se retire. Não resiste mesmo em communicar a D. João V, as razões de sua medida; é enérgico seu
prof ligar o procedimento descontamento ao verse
frei
Matheus,
o desprezo
do
frade:
friza
o
desobedecido por "tinha vindo i ci-
que elle sabe quantas vezes quiz. o que
I
prova"
marvifes-
Reverendissima
que S. S. M.
com
olhou p«ra as ordens
de
a recolher-se
Obrigado
giosas! E tanto isto é. que frei Paschoal acabava "nestas confessando que Vahia favorecia parcia"como lidadas os padres capuchos elle diz... Em meio porém da lucta que se agiganta, o certo é que Luiz Monteiro Vahia acabaria por desterrar frei Paschoal de Santo Estevão para Campos de Goytacázes, da mesma maneira que mais tarde desterraria o seu substituto frei Matheus da Encarneção Pinna. A tal ponto vae essa perseguição dizem, que sabendo o "Onça" certa vez. que frei Matheus, regressara secretamente ao
dade
tamente
outras.
eram
por conta de nenhum hollandez, mas sim por causa de ter Vahia recusado pedra da ilha das Cobras és obras de S. Bento que tinha sido damnificedo pelo, canhões das frotas da Dugay-Trouin, e entretanto consentido que delia fizesse uso Domingos Francisco, para a construcção da um dormitório, no» padres do Carmo. No fundo a cousa não passava afinal da uma questão da interesse entre duas ordens reli-
em
GARC/A JUNIOR as
e
minhas".
igualmente a
Cam-
pos de Goytacázes, frei Matheus escreve a D. João e é nessa oceasião que o rei resolve advertir Luiz Monteiro Vahia. Faz-lhe ver o monar"a cha perturbação que causava aos seus va"que sallos" pelo que mais adiante aconselhava se emendasse nos Ímpetos e fúrias"
afim de não
serviço,
licenciosa
por ter encontrado a terra em "ímpetos Pberdade". Com seus
e fúrias" — revida Vahia altivamente — estabelecera
a
afora
numa
Conta
disciplina
na
catilinaria
tropa", terrível
o
que era a ondfe elle ao dar
dados, reparou ouvir
e
a
vae
seus
indisciplina
estar
o
cercado
de
por ahi inimigos... os
entre
ordem
aos
sol-
officiaes,
soldados
que vinham dizia... Confessa
elle
governador que que diante disto não trepidou descarregar sobre os indisciplinados, o seu pesado bastão, unico correctivo aliás indicado para o momento... Que "Onça" o era valente e destemeroso não ha duvida. em
Conta-se
sabendo
que determinado batalhão
davam
armados,
;
_fi
Y
o
de
resolveu
governador que milicias todos an-
apparecer
de
surpreza
o
mal
convido
a
aos meus
todos
pés,
que
para
eu
as não
atirem saber
fizeram
os
manhã".
da
Só
depois
de
tocar
a ai-
vorada
é que poderiam sahir á rua com aquellas indumentárias. Quanto ao uso das armas, essas continuavam dia
nem
nem
disse,
assim
tinha
ser
permittidas "páo ou
noite, nem "outra ou
espada
fensiva"
náo
a
de
qualquer especificava. Quem
se
nem
de
porrete", arma oftransgre-
a
prisão em Santa Cruz ou açoutes no pelourinho. Tambem o jogo merecia do "Onça" cuidadosa attenção, e como era commum encontrarem-se indivíduos jogando a "cha"dados" "cartas" e as não só nas ruas pa" os
ros
que atraz do jogo valiam-se dade para vender álcool...
da
opportuni-
era
estivessem
assistindo teriam tambem a sua quo5 dias de prisão, igual dose de açoutes, isto quando se tratasse de escravo. Se um dos parcel-
ta:
ros, no jogo, fosse branco e pegado a jogar entre escravos, além da prisão, por 30 dias, multa "peru" multa de .... de 50 cruzados; se fosse I0$000.
Neste
Monteiro Vahia
ponto diga-se de passagem Luiz soube muito melhor moralisar os
costumes do
Rio de Janeiro,
be
Metrópole
fazer
na
sob
cujo
bal, rou
do que não o souMarquez de Pom-
o sr.
governo sabe-se e escandalosa...
infrene
a
impe-
jogatina
em que Luiz Monteiro Vahia entrou a corrigir os máos costumes, os desregramentos, a licenciosi"Onça" dade que ia por tudo. Por elles: foi que o vedou aos cariocas usar embuços ou disfarces. Lançou para isto um bando em 25 de Novembro 1729, em que as penas sáo severíssimas, isto porque não poucos eram os que se valendo até de um pedaço de baeta cobrirem os para hombros serviam-se daquiHo oceultareir. para de
com
assassinh» ou tirar que praticar desforras . . . Praticado delicto, se eram o perseguidos, largavam o panno na mão dos soldados e fugiam... Afora isto, como tinha-se de habito andar embuçado, noite,
não
hav-a
esse
Vahia
gu:ntes
lançou
penas:
se
aquelle o
não
andasse
bando
contraventor
de
ca-
e nelle fosse
as
se-
nobre
quatro dias de cadeia, e se fosse peão ou me"oito ehanico d;as de trabalhos forçados na fortaleza d. Santa Cru,". O negro ou mulato
25
seu
Onça"
foi
estudada
tempo
e
na
tem
Luiz
porém
sido
nossa
uma
h-storia.
Monteiro
malsinada Dentro
Vahia
não
de tem
ninguem
que se lhe compare, excepção de GoFreire de Andrade, a quem devem os cariocas indubitavelmente uma estatua numa praça publica. Possivelmente taes foram os encargos, taes foram as contrariedades advindas do espi"Onça" nhoso cargo que exercia, não que o raro se excedeu, chegou por vezes a ser arbitrario, v;olento! Acabou enlouquecendo. Já antes disto
dizem
os seus actos só poderiam ser de porque Vahia no exercicio das suas funeções, mostrava por ellas tal zelo, que chegava até a ser tomado por intolerante. Injusum louco,
tiças.
Inverdades.
abrir
caminho
O
aos
tempo
o
solvido
depol-o,
Fre;tas
Fonseca,
Outubro de
Quando rido. uns,
foi
sanear,
entrou
Ao
a dar mos-
já tinha repor Manoel de mezes de Agosto a
a Câmara
substituindo-o entre
os
que
é que chegava o Conde de assumiu a direcção - da terra.
já Vahia Monteiro tinha mor2 para 3 de Outubro, segundo outros em 19 do mesmo mez, isso é
chegou
Morreu
de
para nas vésperas de Sabugosa Eiti
fez
suecederam...
1733.
Entrementes Sabugosa,
elle
que
que lhe "Onça"
porém que trás de alienação mental,
não só de dia como de
«que
pote ou mantas, tal como em Portugal, traje qui de certo ponto servia para oceultar intuitos cri minosos. Attendendo a isto foi que Luiz Monteir0
O figura,
mes
soldados.
Aos poucos, os pés de Vahia cobriam-se de uma montanha hete rogenea de facas, pistolas, navalhas, espeques, chjsos, um verdadeiro arsenal!... Famosos ficaram desde então os "bandos"
ermas
fl
o clarear
no seu quartel, na hora de exercicio matinal, e mettendo-se entre a soldadesca, foi lhe dizendo: "Consta-me que vocês trazem facas, e como estou resolvido a proceder rigorosa busca e ap-
Assim
'4'y7 JZ
go-
vernador: ficavam para isto prohibido de usal-os "as desde ave-maria, ao decurso da noite e até
As penas nesses casos eram variáveis: uma de nove dias de prisão, 50 açoutes e perca do dinheiro que estivesse sobre o jogo, para "perus" os que quem effectuasse a prisão. Os
real
uma
quaes os seus donos".
/WlTiíl
tinha do
ao
confusamente,
p««j«i. ^0yM
baeta terços
como nas tavernas e casas particulares, Vahia náo só entrou a punir os infractores como aquelles que os consentissem, sobretudo os tavernei-
remediar
am:- m> Zmt
ou os
cahir em seu real desagrado! Bocca para que tal disseste! — Vahia logo pulou de raiva e não des"rescança emquanto não manda ao rei uma — tanto é a expressão altiva" posta que para elle usa 0 brilhante Alberto Lamegó! Diz ao rei "seus Ímpetos e fúrias" eram indispensáveis que
plicar a lei a aquelles que forem encontrados com ellas, embora se extinguam os terços: para
^*
andasse de capote que igualmente que haver-se com
enterrado
no
aportar á Guanabara.
Convento
de
Santo
Antônio
e delle se conhece apenas um magnífico retrato que a Igreja de Nossa Senhora do Parto guarda religiosamente entre as suas relíquias.
I -
1941
'
—
Um... nada; o outro... nem nada! duat almas verdes e rlsonhas. Duas almas ERAM que tinham esperança e alegria. E que de queriam, cada vez mais, viver na alegria, esperar que, sem esforço, sem diligencia, sen
,J_*__\%__».
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^_^T
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a angustia da devoção ao trabalho, que é a maioi devoção de amor que ha na vida, se lhes abris sem todas as facilidades. Duas figuras tão differentes no físico, que A moparecia só supostamente, serem irmans. ral de ambos tambem se parecia de um para o como um óvo com um espeto. O mais velho era, como o pae, um "bicho" na coragem, na audácia e em todas as demais vantajosas circunstanoutro
cias que determinam a vitoria. O mais "bicho". Mas não moço era tambem um inconsciencia nessa que a tudo enfrenta e a todos os obstáculos mete ombros, e os vae empurrando, dé por onde dér. Se o ontem fosse hoje, eu ja terla dito que eles eram dois camaradas. Os egoismosque se entrechocam rem,
dias que corvertiapostando
nos
gem, têm este paradoxo sarcástico: universalisam o tratamento na mesma taboa rasa da câmaraNaquele tempo, os dois camaradas eram apenas colegas. Liam ocasionalmente pela dagem.
mesma cartilha. E foi por prescrição dessa cartilha que, ao entra/em ambos em exame de português, o pnmeiro d'eles que se sentou na banca, o mais vefranca e desassombradamente entregou lho, ali mesmo, nas barbas
da assistência
uma
car-
tinha ao examinedor. "Não tinha tido tempo de l'ha entregar antes".
"noblesse O professor nem pegou na carta, oblige..." Passou apenas a faser o que devia. Perguntou: O examinando prefere expor ou ser ar-
guido ? Esta
simples pergunta fez uma confusão, .ão se sabe como, no espirito do portador da
missiva. Não entendo... gemeu, primeiro córanlo e depois empalidecendo. O examinador não se deu por adiado. Per-
nas grandes ocasiões, começou a falar, olhando tão tica como para a areia da ampulhéta, areia a areia do deserto e tão demorada como a travessia do deserto. Eu... ja lhe disse que sei nadar. Nadei, uma vez li nc P.io, — o Sr. creia I — até a Ilha Rasa, em Copacabana... Ganhei at( uma medalha por isso... E olhe que nem por i fiquei cansado... Esta bem. Estou satisfeito. Quando veio o segundo, a cena se repetiu. O senhor nada... como o seu irmão 7 Não senhor. Eu não sei nadar. E sabe conjugar o verbo 7 Sei lã ! Estou satisfeito. Póde levantar-se.
guntou: O sr. sabe nadar 7 Oh ! como não 7 Então enuncie o verbo no infinitivo... "Silencio sepulcral. Mudes que não se exprime". O examinando ficou calado durante um minuto.
Depois, criando a alma que sabia criar
O MALHO
Este ultimo ato fora sumarissimo. E o examinador enviado ao grande colégio — calmo, como era a ainda é. — endireitou a lente na altura do Alho direito, deu em Lorena,
— Sem prejuizo de tempo, — porque teiho o que economisei nas duas provas que aca— vou lêr agora a cartinha. bam de verificar se, Abriu-a, rompendo com o bico da unha do da sobrecarta. Leu-a, e polegar a extremidade murmurou: E' do pae. E' um amigo. Foi mais meu smigo quando não estava na eminência politica t financeira em que hoje esta. Agora, se é digno da minha amisade é que vae ficar sendo meu verdadeiro amigo... Separou a meia-fôlha em branco e nela sim•jlesmente escreveu: "Meu caro amigo — seus filhos... o mais velho... nada. E o outro... nem nada ! — FULANO" Esses dois
rapazes
de então
ainda vivem.
: graças a essa reprovação justa e Inevitável, tratando-se daquele examinador que nunca teve de se arrepender de ser quem i, — eles trataram de ser gente. Como o são...
uma olh&déla aos balões do reloqio de areia e AGENOR
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-8is§t á Hungria a honra de ter dado ao mundo, no dia COUBE 22 de Outubro de 1811, um dos grandes vultos da musica : Franz Liszt. Alumno do próprio pae, aos nove annos realizou o seu primeiro concerto. Tentou, em 1823, entrar para o Conservatório de Paris, não o conseguindo, porém, por ser estrangeiro. Completou, entào, os estudos com Paer e Reicha. Em Paris, apresentou-se numerosas vezes em publico, maravilhando sempre pela sua personalidade e pela sua formidavel technica pianistica. Houve época em que a sua rivalidade com o celebre pianista Thalberg dividiu o publico em dois partidos : o dos que consideravam Thalberg o primeiro e o dos que consideravam Liszt o único ! Com a morte do pae em 1827, precisou leccionar para manter-se, citando-se entre seus alumnos, Hans de Bulow, Cornelius, D'Albert, Raff, Tausig e Sgambatti. Viveu Em varias excursões percorreu toda a Europa. em Roma, em Vienna, em Paris, em Weimar. Foi o verdadeiro sol em torno do qual gyravam vários astros de primeira grandeza, nas letras e na musica : Victor Hugo, Lamartini, Chopin, Berlioz, Wagner. Ao mesmo tempo aprofundara-se no piano, na composição e em cultura universal. E tudo isso influindo nas suas varias obras. Teve diversas uniões amorosas livres. De sua ligação com a Condessa de Agoult ( 1835-1844 ), nasceram-lhe seus tres filhos : Daniel, Blandine e Cosima, que se casou, primeiro, com Hans de Bulow, e depois com Wagner.
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Em 1847, uniu-se á Princeza de Wittgeitstei1% que o fez Pensou profundamente feliz durante quasi vinte annos. mesmo em casar-se com ella, mas a grande difficuldade em conseguir o divorcio e a sua franca inclinação para a vida religiosa não lh'o permlttiram. Em 1868, residindo em Roma, tomou habito, fazendo-se abbade. Afinal, depois de uma vida aeritadissima, falleceu em Beyreuth, no dia 31 de Julho de 1868. Sua bagagem é um monumento de mais de mil obras : poemas symphonicos, missas, peças para piano e para piano e orchestra, rhapsodias, phantasias, estudos, transcripções, etc. Glorificado, amigo dos amigos, produzindo incessantemente, amando intensamente, viajando quasi sem descanso, foi um revolucionário, um creador, um innovador até hoje respeitado. Figura representativa do romantismo allemão, antes de Wagner, imaginou e pôz em pratica o methodo de transformação dos themas. Foi, portanto, o precursor de Wagner, seu amigo e seu protector incondicional. Suas composições resentem-se de desigualdade de estylo e de mediocridade, algumas vezes, de themas escolhidos. Em todas, porém, ha espontaneidade, movimento extraordinario, brilho e calor. Foi orgulhoso e extremamente bom. Viveu intensa Tinha fascinação pela gloria e foi glorioso. e brilhantemente, "como se já fosse immortal". De 1847 em deante, abandonou a carreira pianistica, dedicando-se. exclusivamente, á composição. Teve todas as honras que um artista pôde desejar e que a posteridade jamais perderá de memória.
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colheram farte mésse de applausos no concerto, de cujo pWgramma destacamos uma Suite de Ole Oisen, para piano, com acompanhamento de orchestra, sob a regência da professora Alice Gérin Tavora.
para se manter na situação a que chegou, como violinista, situação de brilhante destaque, conquistou, merecidamente, que através de muitos annos de estudos. Seu concerto foi uma noite de arte fina, que lhe proporcionou fortes applausos da
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talla.
nota sensacional do mez musical foi o reapparecimento da Sociedade de Concertos Symphonicos, a velha e gloriosa "menina dos olhos" do inolvldavel Francisco Nunes, que a fundou e e dirigiu durante muitos annos. Constavam do programmia, reqido pelo professor Carlos de Almeida. Beethowen, Mozart, F. Braga, Max Bruck e Wagner, tendo executado o Concerto de Max Bruck o violinista Edgardo Guerra- O •arande triumpho dja tarde, porém, foi registrado com o reapparecimento do posso glorioso Francisco Braga, regendo, em pessoa, a sua ultima composição, "Prelúdio", pagina symohonica de belleza extremamente commonicative. Bem temos poucas vezes, presenciado consagração publica tão delirante ! Francisco Uraga foi verdadeiramente esmagado pelas acclamações, que só socegaram quan
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Cultura Artística confiou a Alexandre Borovsky o seu 106." sarau. Grande interpreto, que tem a seu dispor uma technica formidável, o concerto foi excellente. A
jovens de talento. Marilia, piaDUAS nista, e Marina, violinista. A primeira, guiada pela competência e pelo bom gosto Mignone, e artistico de Liddy Chiaffarel; a segunda, orientada pelo tirocinio artistico e pela dedicação de Yolanda Peixoto Neves,
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kA AIS um sensacional êxito colheu' Maryla Jonas, a pianista excelsa, no seu concerto realizado sob o patrocinio do Centro Artistico Musical. Grande pianista, grande por tudo, pe'a technica, pela interpretação, pelo enlevo e pela bravura, pe'a limpldez e pela vertigem dos dedos, pelo colorido, pelo encanto das phrases. por tudo omfim ! I UCINA Amora, cantora muito conhecida L reuniu os seus admiradores no Salão Guanabarino e offereceu-lhes um programma de musica variada. I MA promessa sensaconal do Maestro Sylvio Piergile ao publico da boa musica: para a próxima temporada, Yehudi Menuhlm, o maior violinista norte americano e um dos maiores do mundo. Prometteu-nos tambem, o conhecido empresario, o grande pianista Cortot.,
/lfuiúica coberta de applausos e VICTORIOSA, cheia de glorias, regressou Maria Guilhermina de sua visita aos Estados do Sui e ao Prata. Todos os elementos que concorrem para uma cdnsagração publica, a joven artista teve a seu lado. desde que daqui partiu. Poderíamos falar da suo tournée pelos Estados: mas preferirmos acompanhal-a em Montevidéu e Buenos Ayres, onde ella era ump estrangeira e cujas platéas conquistou pela decisiva magia de sua musica, através da qual se expande e vibra, cantando, a sua alma de artista, supremamente emotiva e extraordinariamente dominadora. Maria Guilhermina, viva, enérgica, com municativa, sonhadora, apaixonada, estúdiosa, profundamente artista, arranca, para a sua arte, phrazes e referencias que valem "Interconsagração definitiva : por uma prcte muito expressiva, de pulso vigoroso e amola e bella sonoridade (escreveu La Prersa), que soube traduzir a vida interior de cada movimento com emoção communicativa e com justeza." Suas Interpretações (disse La Naci<Jn), foram claras, coloridas e finalmente detalhadas" tendo mos"um trado mechanismo technico solido, a serviço de uma interessante personalidade musical." Não nos deteremos. porém, em transcrever as elogiosas apreciações dos jornaes do Prata. Seria um nunco acabar. Queremos apenas registrar o regresso da já hoie • gloriosa pianista brasileira, que deveré apresontar-se logo no começo da estação do anno que começ"ou.
cantora patricia Liberata Navarro realizou um interessante recital, sob os "Musica auspícios da Viva" e da A. A. Brasileiros. Bom programma. Voz quente. bem conduzida, interpretação intelligente e collaboraçâo preciosa do pianista Waldemar Navarro.
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Centro Musical Roxy King realizou um concerto interesante; uma excellente palestra de Octavio Bevilacqua sobre Wagner, com interpretação de diversos trechos cantados pelo soprano Herminia Fernandes Lima.
Salão nobre do Palace Hotel abrigou uma exposição de aguarella de Abilio Guimarães, que trazia como recommendação o facto de ter sido alumno de Raphael Bor do'lo Pinheiro e Roque Gameiro. e de ter conquistado uma medalha de ouro na Exposíção de S. Luiz, de 1904. Exposição muito interessante, sob todos os pontos de vista.
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"Prelúdio" foi bisado. do o Uma tarde inesquecível para o querido "rentrée" sensacional para Artista e uma õ Symphonica. Juventude, Mutical Pró Associação de que obedece 4 direcção de Suzana Figueiredo, repetiu o programma do seu concerto inaugural. Foi mais uma opportunidade que tivemos para apreciar o famoso talento da menina Laís Prado Vasconcel "Concerto" em ré maior los , que tocou o de Mozart. Os demais numei*os do programma, esplendidamente.
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promessa, o concerto de Sylvinha BELLA Lemounier, em homenagem á Associação Musical Pró Juventude. A joven cantora foi acompanhada pela pianista Aracy Lima Coutinho e evidenciou boa voz e boa escala.
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Ribeiro é desses Lamber! professor artistas apaixonados, em quem as attribulações da vida de professor não conseguem apagar o amor ao »eu instrumento, e, portanto, o enthusiasmo pela carreira de virtuose. Por isso, antes dos interesses das lições, elle colloca os da sua virtuosidade
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^_1 _fl 3P$? 1 7>irttuka intenso e brilhante o moCONTINUOU vimento da Bellas Artes, mercê do qual cresce todos os dias o interesse do nosso Dublico por questões de pintura e escultura. Por iniciativa de Oswaldo Teixeira, director do Museu Nacional de Bellas Artes, tivemos uma exposição dos trabalhos da famosa Missão Artística franceza, que veio ao Brasil por deliberação de D. João VI, chefiada por Lebreton. Como se sabe, a Missão trouxe alqumas obras notáveis, assignadas Salvator por Ros* Canale+o. SnvHprç Rn-Kne.. Charles Le Brun e outros mestres celebres. Além desses trabalhos, viam-se telas de Nicolas Ahtoine Taunav. de Grandjean de Montigny, dos outros Taunay (Felix Emi'e, Thomas Marie Hippolyte e Adrien Aimé), trabalhos de Zeferino e Mac Ferrez e deCharles Simon Pradier, afora a preciosa collecção de aguarellas de Jean Baptiste Debret, que é bem uma synthese colorida 'dos costumes brasileiros da época. Essa exposição, só por si, bastava para attestar o sentido intelligentemente artistico. educacional e útil que vem tendo a qestão de Oswaldo Teixeira na direcção do Museu de Bellas Artes. ^NUEL e Haydéa Santiago não quizeram fechar o anno sem mostrar o resultado de suas actividades destes últimos tempos. E compareceram ao Sialão da Associação dos Artistas Brasileiros, com uma numerosa co'lecção de telas, deante das quaes se verificou que ambos continuam a trabalhar apaixonadamente, cumprindo a mesma finalidade, que, no caso, é a arte que os approximou e uniu hontem, que ê hoje o seu doce pão de cada dia, e que será amanhã o melhor e o mais ojarinhoso motivo de suas recordações do passado. Não sabemos que maior felicidade poderiam ambicionar na vida Haydéa e Santiago, do que a de mostrar que, de tal fôrma estão identificados um com o outro. de tal maneira se comprehendem e se completam. que chegam, ás vezes, a parecer um só pintor, um só artista, uma só personalidade. Era essa, polo menos, a primeira impressão que se recebia ao chegar 4 exposição, onde todos os gêneros de pintura estavam representados. Santiago, muito feliz em alguns trabamos, apresentou varias paisagens encantadoras, nas quaes transparecem a poesia e o suqqestivo encanto ambiente. E Haydéa, fortemente evoluída, expoz. entre outros auadros, uma figura de mulher (Bm viaiém, cremosl. e um pequeno nú feminino' realmente feliz. A exposição proporcionou ao casal uma boa opportunidade para sentir o apreço em que são tidos os dbis artistas, no meio a que pertencem.
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Salão de Bellas Artes Commemorativo f~\ V"' do Bi-centenario de Porto Alegre contemplou diversos artistas cariocas com varios prêmios, sendo principaes os seguir-
dos espectaculos de opera, dos quâes se encarregaram, além de Reis e Silva, Carmen Gomes, Julita Fonseca, Adjaldina FonPaulo Ansaldo, Colombo, tenefle, Gilda Bruno Magnavita e outros, todos sob a regencia de Santiago Guerra. elementos que compunham a ComOS panhia Jayme Costa, com Darcy Cazarré á frente, aproveitando-se da esplendida cordialidade que os unia, resolveram ' continuar juntos e apresentar-se num conE juneto de comedia, no Theatro Recreio. lá estão ítala Ferreira, Nelma Costa, Modesto de Souza, Cora Costa e Paulo Bruno, rrn\'^rando gargalhadas na platéa, com a engraçadissima peça de Humberto Cunha, "A vida tem três Andares".
tes : Prêmio Cidade de Porto Alegre, dividido entre : Oswja!do Teixeira, Margarida Constantino, Manoel Lopes de Almeida, Paulo Sagarin, Henrique Cavaleino, Haydéa Santiago, Helios SeeÜnger, Theodoro de Bona, Pedro !Vuno e Manoel Madruga: prêmio Instituto de Bellas Artes : D. IsWeingartner; Pedro mailovitch; prêmio Ângelo Suido; prêmio Barão de Santo : Luiz Maristany; Medalhas de ouro : Pedro Pastana: Bruno, Joãp Fahrion e Manoel Medalhas de prata : Guiomar Fagu'ndes., Gastão Formenti, José dos Santos, Regina Veiga e Sarah Villela de Figueiredo; Medalhas de bronze: José Maria de Almeida, Joaquim Tenreiro, Moacyr Alves, Daniel Fonseca, PauÜna Kaz C. Lewandowski. Reqina Liberal!, Porciuncula Moraes, José Menezes. e Eugênio Siqaud: Menções honrosas: David Gotbib, Maria Luiza Staff, Yára F. Leite, Anne Caillaux, Oldaclc A. Freitas, Francisco Cucolilo; Sinhé d'Amora Maciel, João Escobar Filho, Sarah Formenti, Cymbelino de Freitas, Thea Haberfeld, Antônio Lopes de
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destino de uma peça de theatro, O como o de uma creatura, é sempre um mysterio. Por que vencem umas? Por que fracassam outras ? Quem sabe lá ? Pois não é exactamente nisso que consiste o mysterio do nosso destino — nosso e das pe ças de Theatro ? A reflexão vem a propósito do triumpho sem egual da comedia de Ernany Fornari "Sinhé Moça cliorou", que levou em scena três mezes. Se não nos enganamos, foi a primeira vez que, no Brasil, uma comedia con seguiu registrar esse record. Temos tido aigumas revistas que realizam façanha semelhante, mas em se tratando de comedia, foi a primeira vez. Mas esse suecesso cresce de expressão quando se pensa que, também pela primeira vez. uma companhia de cpmedia realizou uma temporada inteira com uma única peça. De facto, assim foi. Dulcina e Odilon, Conchita e Atila Moraes e seus demais companheiros realizaram esse milagre. Assinr, o registro do facto é desvanecedor, e nós fazemol-o oom prazerque findou proporcionou a PaiOmez merim Silva e Cecy Medina, opporCompafunidada organizar uma para iihia para uma temporada de caracter popular, que extreou com a peça de Matheus "Vou da Fontoura : entrar na familia. confiados divertidos, Três actos muito a Palmerim Silva, Cecy Medina, Rodolpho Mayer, Grijó Sobrinho, Belmira de Almeida e
Brandão
Filho.
Reis e Silva
Matheus da Fontoura Azevedo, Vicente Mecozzi, Camillo Michaika Franlc Schaeffer, Francisco Vicente Soares. Yolanda Torres, Manoel Vidal Couce e Elza Arede.
IvUaUolado dessas velhas figuras victoriosas theatro ligeiro, duas estréas proSamaritana Abrantes e Julia missoras : faltam Santos, ás quaes não predicados pessoaes ppra vencer na carreira : mocidade, belleza e talento.
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/"*\ tenor Reis e Silva, que já era um te^—' nor ha longo tempo consagrado por platéas brasileiras e estrangeiras, acaba da acreditar-se como director da Companhia Lyrica Metropolitana, organizada sob cs auspícios do Serviço Nacional de Theatro. A temporada, que foi levada a effeito no Municipal, deu vários e muito equilibra-
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Tomou posse do cargo de Ministro do Supremo Tribunal Militar o General Almerio de Moura, que foi saudado pelo Presidente daquella Côrte, General Andrade Neves, que se congratulou pela brilhante acquisição que o S. T. M. vem de fazer. Foi dado a conhecer o veredictum do jury do II Salão de Bellas - Artes de Porto Alegre, tendo o prêmio de honra. Instituto de Bellas - Artes, cabido ao pintor D. Ismailovitch, com o trabalho "Religia - ara - scientia". Outros prêmios couberam a Ângelo Guido, com "A tarde, nas docas de Porto Alegre" ; Luiz Maristany de Frias, com o trabalho "Vendedores de laranjas" e medalhas de ouro a Antonio Caringi, em esculptura ; Pedro Bruno, em pintura ; João Fahrion, em desenho e Manoel Pestana, em arte decorativa.
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Foi eleito unanimemente pela Academia Nacional de Medicina para seu membro titular na Secção de Cirurgia Geral, o Dr. Jorge Doria, autor de vários trabalhos de sua especialidade e cujo meri to tem sido por varias vezes comprovado na direcção de vários estabelecimentos desta Capital. O Exercito Nacional resolveu homenagear a magistratura civil, fazendo editar as biographias de todos os Ministros que passaram pela nossa Alta Côrte de Justiça, desde a Independencia até 31 de Dezembro de 1939. Desse trabalho foi incumbido pelo Ministro da Guerra o conhecido historiador e membro do Instituto Historioco e Geographico, Coronel Laurenio Lago, que escreveu 201 biographias. Teve caracter de alta solemnidade civica a cerimonia da inauguração, no Cemiterio de São João Baptista, do mausoléo - monumento erigido á memória dos mortos na intentona communista da Praia Vermelha, de 27 de Novembro de 1935, em defesa da Ordem e do Regimen, tendo discursado, em nome do Governo, o Ministro Francisco Campos.
Aspecto da investidura do Ministro Castro Nunes, no Supremo Tribunal Federal Flagrante da visita do Presidente Getulio Vargas ao Palacio da Justiça
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O Governo do Chile agraciou com a Ordem honorífica "Al Mérito", creada por 0'Higgins, em 1817, vários brasileiros illustres, entre os quaes os Ministros Arthur de Souza Costa, João Alberto e Camillo de Oliveira, tendo Q Embaixador Fontecilla realizado a entrega das respectivas condecorações. O acadêmico Levy Carneiro, no dia da sua posse na Academia Brasileira de Letras
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O applaudldo escriptor Christovam de Camargo realizou no auditorium da Associação Brasileira de Imprensa, por iniciativa e sob os auspícios do Instituto Nacional de Sciencia Politica, uma conferência sob o thema : "Olavo Bilac, semeador de Belleza e Constructor de Pátria".
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Realizaram-se, na Escola Militar de Realengo e na sede do C. P. O. R., as cerimonias da declaração dos aspirantes a officiaes do Exercito e da Reserva, tendo a ambas as festividades comparecido o Presidente Getulio Vargas. Na Escola Militar a turma de novos officiaes é composta de 200 jovens, que concluíram brilhantemente os cursos. O Embaixador da Hespanha, Sr. Fernandez Cuesta, que é intellectual de projecção internacional, realizou na A. B. I. uma applaudlda conferência sobre o Cid, grande heroe hespanhol, tendo sido apresentado á assistência pelo Dr. Lourival Fontes, Director do D. I. P.
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Homenageando o Ministro Ataulpho de Paiva, a Associação Brasileira de Imprensa, com o apoio das autoridades municipaes e com o applauso da população da cidade e notadamente do nosso mundo intellectual e artistico, a collocação das placas em bronze da avenida que tem o nome daquelle integro jurista e destacado membro da Academia de Letras, no bairro do Leblon. Por motivo do seu regresso dos Estados Unidos, aonde fora tomar parte na reunião dos Chefes de Estados Maiores dos Exércitos, dos paizes americanos, foi alvo de expressivas homenagens o General Góes Monteiro. O Presidente Getulio Vargas esteve em visita ao Palácio da Justiça, tendo sido recebido por todas as nossas altas autoridades judiciarias. Após ter percorrido todas as dependências da sede do Poder Judiciário, o Chefe do Governo Nacional manteve demorada palestra com o Desembargador Vicente Piragibe, Presidente do Tribunal de Appellação. O Imperador do Japão, S. M. Hiroito, condecorou com a Gran -. Cruz da Ordem do Crysanthemo o Presidente Getulio Vargas, devendo ser feita a entrega das insígnias opportunaménte, por intermédio da Embaixada Japoneza nesta Capital. Pela primeira vez foi commemorado, e com brilho e enthusiasmo, o "Dia do Reservista", recentemente instituido pelo Governo Nacional. Realizaram-se, na Academia Brasileira de Letras, as eleições para os cargos de sua Directoria, tendo sido eleito Presidente o acadêmico Levy Carneiro, que é um dos expoentes da cultura jurídica brasileira e gosa, quer entre os intellectuaes patrícios como nos nossos meios sociaes, de grande prestigio, pelas qualidades que ornam a sua personalidade.
Duas meninas da sociedade carioca descobrindo a nova placa da avenida Ataulpho de Paiva
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assistenNo Club Militar, perante selecta e numerosa Filho, Marcondes Dr. cia, o antigo parlamentar paulista, do Marérealizou uma conferência sobre a personalidade merecidos apchal Floriano Peixoto, recebendo fartos e oração. sua de brilho plausos pela eloqüência e pelo
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A Ut.al li» g»KO |'Iíi;i:ão AOS fUBCOS \0 BRASIL, \A ¦PBIKA O» üittOSTItAS das maiores attracções da Xl" FeIra '"¦ernacional de AmosUMA Iras. sem favor, é o conjuneto de demonstrações que a Liga de Protecção aos Cegos no Brasil apresenta. Ali naquelle pequeno pavilhão, erígido pela notável Instituição de assistencia aos cSgos, tudo maravilha pela simplicidade e clareza, sobremodo
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quanto á capacidade dos cegos educados profissionalmente contribuir para economicamente com a communidade brasileira.
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Sob o aspecto social, a Liga se revela como um instituto-padrão, porque tem conseguido, graças ao trabalho dos seus directores, a elevação moral
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e material do cego. A Liga, educando-lhes os seus sentidos tácteis, para uma profissão condizente com as suas condições ind.Viduaes, — quasi opera o milagre de proporcionar uma nova visão — tal a alegria e a satisfação com que trabalham e a perfeide suas manução facturas.
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que houvesse encerrado sua carreira politica ao fim do MESMO primeiro quatriennio de governo, Franklin Delano Roosevelt teria que ser um grande cidadão dos Estados Unidos pela bravura e a galhardia com que enfrentou a maior crise financeira de todos os tempos. Mas o senhor rural de Hyde Park foi eleito pela segunda vez e a sua politica de bôa vizinhança o consagrou como um grande cidadão das duas Américas. Agora, quebrando uma tradição centenária, Roosevelt acaba de ser escolhido para um terceiro periodo presidencial, e pelo ardor com que tem defendido as grandes causas da paz, da liberdade e da dignidade humana, há em todos os espiritos uma esperança que se faz certeza de que sua acção nesse novo quatriennio lhe dará o direito de ser considerado como um dos grandes cidadãos do mundo.
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O novo Código de Processo Civil é um dos mais bellos trabalhos de moderno d.re.to ad,êctivo brasileiro. O autor do ante-projecto dessa lei qce tanto simplificou a marcha dos processo, forenses, concorrendo tambem para a moralização da Ju.tiça, é o advogado Pedro Baptista Martins, brilhante lunsconsulto. cu,o nome se cerca actualmente de um grande prestigio. Como autor do ante-Projecto. ninguém mai, credenciado para commen-
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O primeiro volume, que acaba de sahir. numa attrahente edição da Rev.sta Forense , honra a erudição . o talento do illustre jurisconsulto.
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Um dos grandes nomes da moderna poesia de S. Paulo — Judas Isgorogota, pseudonymo de Rodrigues de Mello — esti no ca"Fascinação" beçalho dum novo livro de versos. Chama-se este livro "Edições e Publicações Brasil" e um pree é um volume luxuoso das "Fascinação" tente maravilhoso deste atormentado f'm de anno. ostenta todas as qualidades que fizeram desse poeta um dos mais queridos da actualldade, com uma emoção nova e uma virtuosidade que cada dia se torna mais admirável.
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Martins Capislrano é o autor d. "Vertigem" e "Mara", um livro de contos e um romance que conquistaram, respectivamente, os premios de 1930 e 1937 da Academia Brasileira d. Letras. Bastaria dizer isso para qu. todos comprehendessem o que é "Ciranda", o novo volume de Contos qu. o brilh.nt» escriptor cearense acaba de publicar. Mas nem precisaria .ss. allusão ás laur.es conquistadas por Martins Capistrano. S.u nome é um dos mais conhecidos entr. os dos "Cinossos contistas mais afamados, o qu. basta para ass.gurar a randa" um exito invulgar.
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Camargo .cab^ <^^—t festeiado escriptor Chrlstov.m G.ographico O "plaquett." a conferência qu. pronunciou, a B d" PFacquldad. ' "^ d. Direito d. S. Paulo, • -'• ^° i^ilo Lançou "P"jr° " e * CampaRhS da.^ d'— Ei,ad°< •-"'" de repeti;., r«le.e i|e al;|,;ro "cont.ur" . romancista Ibrasil. ndo essa Palestra qu. o illustr. ..J d. Pau is ta. a 7 ^ no Rio d. Janeiro, n. séd. do C.ntro ^ .^ .ss. .dit.ndo ^ J# o mesmo «Ho. Christovam d. Cam.rgo. doj d. um abr. d,^ serviço ãs nossas l.ttr.s. poi, ,. trata ^ d.
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GATO E RATO — Esta patinha, pertencente ao proprietario dum armazém em Poughkeepsie, nos Estados Unidos, verificou eme os seus tres filhinhos estavam precisando de diversões. Occorreu-lhe então uma cousa verdadeiramente absurda: adoptar dois camondongos. A tarefa não foi lá muito simples. Teve de enfrentar primeiro a ira dos outros gatos, que também queriam os camondongos. mas para outro fim... Afinal, cor.seguiu inspirar-lhes sufficiente confiança e elles vieram unir-se aos gatinhos. Vivem todos em perfeita commu-
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nhão, ha quasi um anno, conforme nos mostra a photographia. Scena tomada por oceasião do almoço, em qu? se vê quão absoluta é a confraternisação de gatos e ratos. A gatinha, indifferente á cobiça que poderia despertar a presença de tacs petiscos, come displicentemente um bom pedaço de carne.
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O ZOOLÓGICO DO M<. RE1D — Estamos no jardim zoológico do sr. Rcid. um cavalheiro qne vive nos confins da Austrália. Já sabemos que a originalidade desse parque está precisamente em funeção do numero reduzido dos seus animaes: um cfo policial, um kangurú, um urso nativo c uma cobra, muito grande e muito negra. Na photo anterior, quando apenas estavam o cão e o urso. a cobra não oppoz <!iiiuuUiadcs á acção do photographo. Veiu, porém, o kangurú e a coisa mudou de figura. Ella desappareceu furtivamente. Será que cobra tem medo <le kangurú? Talvez seja para evitar essas tfissençSet dl família zoológica, que o W, Reid resolveu não augmentar o numero de ipedronit do seu original paique recreativo. (.1'botos PANAMERICA).
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— Lá nos confins da AusJARDIM ZOOLÓGICO ORIGINAL tralia, o sr. C. Reid dirige um jardim zoológico original. E' com po to de um cão policia), uma cobra, um kangurú e um ItoaJa, ou ur... nativo. Poucoi animaes, como se vê, mas muito betn ¦mestrado», que >l<luiam os irequentadores do parque. Na plvotograpfaia vemos o cão em attitude de vigilância, tendo ao pesC0O0 a cobra e ao hoinhro o haafõ, O kangurú possivelmente não cabe no gru_>o. Ou se cabe, chegou tarde. 36
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FIM DE ANNO um deante do outro, numa ponta de nuvem que se fixara no espaço, trabalhavam, na sua actividade infatiSENTADOS, gavel e eterna, o Tempo e o Destino. Urdiam, os dois, a teia infindável di ., séculos. Com os braços estendidos, o Tempo sustentava a meada do fio de que são formados todos os acontecimentos da Historia. E' um filamento uniforme, igual, que tem, em toda a sua extensão, duas faces distinetas: uma, dourada, que dá, na teia, a claridade dos dias, e outra, negra que imprime á obra do Destino a tonalidade soturna das noites, Com a sua agulha vagarosa, o Destino trabalha. O desenho da teia, cujo principio ninguém vê, é perpetuamente renovado pelo espirito inventivo do tecelão. Cada palmo de tecido contêm um episódio novo, um quadro imprevisto, uma illustração variada. Como nas tapeçarias orientaes, cruzam-se as batalhas, passam as mulheres, ou levantam-se, dominando um conjuneto de acontecirnentos, os retratos dos príncipes, dos poetas, dos heroes. De vez em quando, as figuras começam a apparecer mais espaçadas, mais confusas, menos originaes. De repente, porém, tudo se transforma e os desenhos se precipitam, as gravuras se agglomeram, os episodios se sueceuem, se comprimem, se misturam. São os periodos gloriosos ou imprecisos da eterna actividade dos homens... Com os hraços erguidos, o Tempo olhava, indifferente, a linha da meada, desapparecer, volta a volta, devorada pelo trabalho do Destino, quando por uma súbita curiosidade da intelligencia, lhe perguntou, num gemido: — Quando consentirás tu, ó tecelão, que eu descance por um momento os braços? As tuas mãos, porventura, não se fatigam? Pousa por um instante a tua agulha de ferro ou de ouro, para que eu possa olhar sem pressa o trabalho maravilhoso que tens feito. A minha memória não abrange mais, pela consciência do numero, as voltas desta meada que tenho visto desenrolar-se, monotona, para as necessidades do teu desejo. Cada volta que desfazes é um anno que devoras, uma suecessão de noites e dias que se fundem anonyinos, na tela do teu bordado. Pousemos, por um minu'o, os braços e as mãos, rejuvenescendo pelo descanso os músculos fatigados e a tua imaginação delirante, que se vae tornando uniforme pela intensidade da creação!... Despertado pelo Tempo, o Destin >, sem se deter, começou a meditar. A sua teia estava, na verdade, monótona e igual. Xo pnncipio, o desenho representava, apenas, uni globo triste, abandonado no vácuo. Após um trecho de bordado confuso, apparecia um homem nú, habitante dps rochedos e companheiro soturno das feras. Outras figuras, quasi idênticas, se suecediam, sublimes na sua bravura, magníficas nas suas brutalidades. Mais tarde, esses homens, agrupados em torno de um chefe, combatem outros chefes, destróem outras raças, escravisam outros homens. Levantam-se, então, as primeiras cidades, rodeadas de muralhas. Cavai'eiros de catadura selvagem, empunhando adagas, manejando 'ancas, erguendo nas mãos brutaes pesados instrumentos de ferro, Partrm uivando, gritando, cantando para a destruição de outros cavalleiro». Figuras enormes, severas, monstruosas, enchem, de *** cm quando, um pedaço dc teia. Espantados com a fera à>:'"ihecui^ os leões, os tigres, os lobos, as panthera» sanguinárias <is coleante», vêm. todo», á orla do areai ou da selva, para eapectaculo de barnaria que lhes dá na fúria dos combates, a
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coragem do monstro novo... Aqui e ali, com os olhos na altura, levanta-se uma sombra fugitiva. E' um propheta, um santo, um apóstolo, um sonhador que convoca homens itinerantes, pedindo-lhes um pouco de trégua e offerecendo-lhes um pouco de sonho. A multidão estaca, rodeia o apóstolo, ouve-lhe o verbo, respira a flor ignota que a sua mão lhe offerece. De súbito, sopram os ventos, uiva o mar, turvam-se os céos, estalla a tempestade. O agrupamento dissolve-se, e o temporal arrebata, uivando, o pequeno rebanho de sombras... O Destino olhava sem pousar a agulha, os antigos palmos da teia, quando o Tempo o intimou novamente: Pousa a tua agulha, tecelão. Descancemos um pouco. A meada é interminável e meus braços tremem, cansados. Que seria, da tua obra, se eu me rebelasse? O fio, revolto, confuso, não permittiria a continuação do teu trabalho. E' com o fio do Tempo que o Destino tece a teia da Historia... E que seria, tombem, o fio do Tempo sem a intelligencia do Destino? Levantando os olhos vigilantes, o Tempo deteve, por un instante, o fio miraculoso. Foi nesse momento que José, paralysando o curso do Sol, entrou em Gabaon...
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a volta por traz da mesa, o advogado disse: FAZENDO — Nós temos, minha esposa e eu, assistido aos seus interessantes espectaculos de prestidigitaçáo. Temos gostado do seu repertório variado e da segurança com que executa os seus excellentes números. Penso, mesmo, que poucos artistas da* sua especialidade poderão trabalhar assim. Não; não quero lisongeal-o. E* apenas a expressão da verdade... Ora, acontece que no próximo dia 20 faz annos o nosso filhinho, e occorreu a minha mulher a idéa de organisar em nossa casa uma festa infantil, na qual seriam a principal attracção aiguns números de mágicas executadas pelo senhor. Que diz a isso? Fez uma pausa e olhou-o por cima dos óculos. Convidei-o a vir aqui justamente para combinarmos isso. Se acceita, dar-lhe-ei nosso endereço, para que se vá entender com minha mulher, afinj de organisarem, juntos, o programma... Desde já advirto-o de que nào fazemos questão de preço. Tudo depende do senhor concordar, ou nào. Todos os artistas teem suas exquisitices, suas originalidades... Quem é que os comprehende? Nova pausa, maior que a anterior. Sem se fixar nellas, examinou algumas folhas de papel que estavam sob um peso. Da sala contígua vinham ruídos de teclados de varias machinas de escrever. Tudo, no escriptorio, indicava a solida situação financeira do seu interlocutor. Até mesmo a arrogancia com que falava, mesclada de ironia e de futilidade. Então? — perguntou. Acceito. Porque não? — elle respondeu. Precisamente o dia 20 é segunda-feira, e nesses dias da semana não trabalho no theatro... Optimo! Nesse caso... sim, minha Secretária lhe dará o nosso endereço. Aviste-se com a minha esposa e combinem como lhes parecer melhor. A partir deste ponto, só interferirei, agora, no pagamento... F até á vista, cavalheiro... Um signa! de campainha fez com que apparecesse a Secretária. Uma ordem breve, um ligeiro cumprimentar de cabeça, e foi tudo.
Deitado de costas sobre a cama, elle tentava comprehender. Teria sido tudo simples obra do acaso, ou seria ainda um requinte de perversidade daquella mulher? Quando, ao chegar á casa do rico advogado, vira appaO
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A ESÇAMOTEAÇÃO Conto do G ALVA O DE QUEIROZ recer, para falar-lhe, a esposa deste, e nella reconhecera Maria de Lourdes, ficara interdicto! E ainda agora, decorrido já tantas horas, tornava a estremecer, recordando-o. Ella entrara, indifferente, senhora de si, cumprimentando-o como se nunca se houvessem visto. E seria possível — perguntava-se — que não o tivesse mesmo reconhecido? Maria de Lourdes... Como se recordava bem! Em que soberba mulher se transformara a sua paixão de outróra! Notára-lhe mudanças. Não tinha podido precisar quaes eram, no enleio e na surpreza daquelle encon tro inesperado. Mas sentia que mudára para melhor. Como se estivesse diante de um "écran" cinematographico, elle via passarem, ante seus olhos, imagens de outros tempos. Revia-se, jovem, pobre, apaixonado pela filha do patrão de seu pae. Recordava as torturas e as humilhações daquelle amor impetuoso e impossível — pelo menos para o meio preconceituoso da socicdade onde Maria de Lourdes florescia, em belleza, em donaire, em graça e em fortuna. As scenas mais cruéis e mais violentas desse passado, elle as recordava todas. O dia em que, audacioso, falara a Maria de Lourdes sobre seu amor. Como o tinha achado immensamente divertido! E com que frieza cruel lhe perguntara, zombeteira, se elle achava que de um tal amor poderia resultar qualquer coisa acertada! Doido de despeito, ferido no mais profundo de seu sentimento, falara i mâe. E delia ouvira palavras nào de censura, mas de desillusâo e de desengano. O pae, sabedor, chamara-o á ordem brutalmente, teroendo que "aquillo", aqueila idiotice chegasse aos ouvidos do patrão, e as conséJquencias, para elle, fossem funestas. Rcvoltára-se diante desse egoismo. Escudado em autoridade, o pae vioIentára seus sentimentos, disséra-lhe coisas duras, reduzira-o com impiedade e com rudeza á insignificancia de que pretendera, sonhando, libertar-se. — Lutarei, vencerei, sem elle! — dissera, abraçando a mãe, ambos em pranto, referindo-se ao velho. 38
E nesse dia, cego, louco de amor e de desespero, abandonara a família. Ha quanto tempo, isso? Ha vinte annos! Atravez delles, tinha soffrido o que ninguém imaginara. Seu sonho era vencer, era fazer-se, conquistar uma posição, um nome, um titulo qualquer e fortuna, para ter direito a amar Maria de Lourdes. E em vinte annos de trabalhos árduos, de lutas incríveis, não pudera realisal-o. Ao contrario do que pensara, a vida é que o havia dominado. Forçado pelas circumstancias, fora obrigado a escolher um meio de viver. E como tinha certa habilidade, que lhe granjeára, desde a escola, popularidade entre os collegas, fizera-se prestidigitador. A principio escolhera aquillo como um meio provisório para vencer difficuldades econômicas. E o tempo correra e se prendera ao palco, ás tournées, aos contractos, e ali estava, agora, nome celebre nos meios artisticos, festejado, applaudido, mas sempre insatisfeito por não ter visto concretisado o seu sonho, por não ser nada mais do que um habilidoso malabarista, cujo nome encobria outro, o do sonhador apaixonado que fracassara inteiramente... Tinha um publico, sim. Um publico que ovacionava os effeitos de seus espectaculos, mas que delle nada sabia e nem queria saber além dos espectaculos emocionantes que lhe offerecia. Nos programmas, que eram applaudidos por platéas cultas e pela melhor sociedade, nem seu nome apparecia. O festejado era aquelle "Prince Stadley" cujo nome varava fronteiras, e cujas malas ostentavam rótulos de hotéis de varias partes do mundo onde "elle" era tão conhecido como na cidade onde estava agora. A' tarde do dia 20 tudo estava preparado. O palco tinha sido armado a capricho, amplo, imponente, dotado de todas as exigências, imitando em tudo uma bocea de scena verdadeira. Depois de tudo arrumado elle sahiu e, ao regressar logo depois, trouxe todo o material de que se serviria, à noite, para executar os números do programma. Além de sua maleta, trouxe uma gaiola azul. caixas de I -
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madeiras, duas cartolas, tres pequenas mesas desmontaveis, bandeiras, lenços um casal de coelhos, toda uma collecção de coisas variadas que teriam,, cada uma, um "papel" especial, no espectaculo. Eram oito horas quando, a sala cheia de creanças, foi annunciada aos pequenos a presença do famoso ma"Prince Stadley". A noticia se gico espalhou entre acclamações de verdadeiro defcrio! Todos tomaram lugares na sala armada em platéa, e um zumzum de curiosidade e alegria enchia o ambiente. Dezenas de olhos infantis se fixavam, ansiosos, no panno de bocea, de velludo escarlate, que os separava do palco. E, depois das tres clássicas pançadas no assoalho, o panno correu e appareceu, impeccavel no seu smocking, o prestidigitador. Ouviram-se palmas. Ao fundo da sala, pães e mães dos espectadores assistiam, complacentes e-também curiosos, ao começo dos trabalhos. O mágico pronunciou algumas Dalavras, saudando o pequenino anliversariante. E deu inicio ao programma, com Inúmeros de effeitos, em que o imprevisto arrancava sempre applausos delirantes. Tirou das caixas e das cartolas coisas incríveis) Transformou ovos em bandeiras, quebrando-os no fundo de um chapéu Transmudou flores em coelhos, água pura em água colorida, e fez esta mudar, suecessivamente, de côr. A assistência fremia. Começaram, então, os números de escamoteação. Uma das mesas, coberta com um panno negro, sumiu do palco. Igual destino teve uma enorme caixa verde na qual collocára, á vista de todos, um coelho, balões de borracha e um vaso com flores. Os próprios adultos, conhecendo embora alguns dos trues, não se pod'am furtar a applaudir. • E foi então que elle, com um gespediu silencio, e quando este |°. fez. começou a falar: — Respeitável publico! (A exPressão lhe viera á bocea pela força 0 habito, unicamente). Reservei paa o fim deste um numero e sensação! programma Trata-se de um numero Mue nunca, até aqui, executei em paral8uma. Já fiz desapparecer um ro numero de objectos, e agora, vou er o que chamarei de "grande Os senhores vão ^camoteação"... ° numero roais extraordinário que um Prestidigitador já realisou. Em
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vez de tazer sumTr alguma càderra, ou mesa, alguma caixa ou coelhinho, vou escamotear a mim mesmo... A platéa recebeu entre risos e entre palmas suas palavras, e houveum instinetivo movimento de atten-
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ção. Então elle estendeu nas pontas dos dedos o velludo negro, fez uma grande curvatura cheia de elegância e cobriu-se a si próprio, sempre a sorrir. A cabeça coberta, braços cahidos ao longo do corpo, gritou, então, com a voz abafada pelo peso da fazenda: Adeus! Bôa noite! Umi Dois!... Não chegou a dizer tres. As pernas se lhe arquearam, o corpo oscillou, amollecido, e cahiu, enrolado, no chão. Decorreram segundos. Minuto A assistência, suspensa, mostrou aiguns signaes de impaciência. Um dos garotos, mais afoito, habituado a ajssistir números de circo, não se conteve e gritou: Basta! Basta! E logo a platéa toda, como se tivesse sido ensaiada, acompanhou-o: Basta! Basta! Basta! Immovel, no chão, o mágico não attendia aos seus appellos. Que idéa desagradável! — aicommentou. guem Ha algo de tétrico nessa infeliz brincadeira — disse uma senhora. Basta! — Basta! continuavam a gritar as creanças. Na sala, entre os adultos, comecava a medrar a inquietação. E' exquisito, isso, segredou Maria de Lourdes ao marido. Estou nervosa... Queres que vá ver? Faz correr o panno... Sim. E* preciso ver... E' extranho... extranho! A essa altura, a não-ser as creanças, ninguém duvidava mais. Comtudo, houve um arrepio collectivo, quando o advogado, repondo sobre o corpo o velludo negro, ergueu-se e disse, lacônico: Está morto... 39
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trinta e dois metros de extensão, coberta em grande parte pelas areias. ~ A Grande Pyramide de ¦ £\ ¦^E^-w'-^:y " *"¦* •¦* •-» -. i> i Gizeh compõe uma massa Z-' ' \ ' de pedras, que os calcu'adores orçam em vinte e cinco milhões de metros A Esphynge e a Grande Pyramide do Egypto. N a campanha cúbicos. do Egypto, Napoleàvj e o exercito margem esquerda do Nilo, francez acamparam nas cercanias das cujas aguas lindas fecundam ? os Pyramides, e distribuem as dunas n gerpara admirar o maior emmens aa vida, á sombra das prehendimento dos filhos de Ammonmontanhas da Lybia, descansam soka e de Osiris. Emquanto os genebre o luminoso areai, os monumentos raes galgavam as pedras da architemais symbolicos das gerações mortas, ctura pharaónica, Bonaparte apreque falarr ao presente a linguagem ciava, comparava e calculava a granJa temcriHude e da grandeza. A luz deza da obra e com ella o estado banha todo o horizonte e uma clarida arte, ha quatro mil annos. Nadüde feita de mil reflexos, anima as poleão desistiu de subir ao ápice pedras da arte pharaónica. Da architectura tumular de Gizeh, cujo mysterio impressiona no seu abandono, divisam-se as torres e os minaretes do Cairo, respiram-se as quentes ventanias do Sahara e como uma visão de suavidade, contempla-se a alegria do Nilo, que cinge o valle no seu abraço dç fertilidade e de verdura. E nessa paysagem solitaria e ardente, morta e viva, a mudez de Memphis fala com uma eloquencia que parece mais expressiva e energica. Nada mais expressivo do que esses blocos que emergem do seio das dunas e ferem o azul radiante do dia, com a sua figura triangular. Com as suas quatro faces voltadas para òs quatro cantos cardeaes, as Pyramides de Gizeh fazem o assombro do transeunte, que vem despreoccupado do Delta e que invade o Deserto Lybico. Construídas para servirem de tumulo aos reis da IV Dynastia, a sua architectura e a sua esculptura perpetuam ha millenios, os factos da Pharaó e m roupagem de vida, os segredos da sciencia e os arsacerdote. (De um baixo rojos da arte, pelos quaes subsistem relevo do Egypto). os Egypcios, depois de desapparecidos para sempre. triangular da maior Pyramide ae A Grande Pyramide de Cheops, Gizeh, porque soffria da vertigen a maior de todas, mede cento e sedas alturas. Ao descerem, os seus ge tenta e três metros de altura. Ultraneraes commentavam que só do cum passa a torre de Strasburgo e a cupose avaliava a impressão do labor egy ia da igreja de Sào Pedro em Roma, pcio e do prodígio da sua archite sendo duas vezes mais alta do que a ctura. O guerreiro da Corsega repli igreja Notre-Dame de Paris, consicou que de terra se avaliava bem a derados como monumentos clássicos. A sua base vae além de duzentos e grandeza e fez interessante calculo. «:•*. §£W£í;& *6HS~^^iSS: i*£v<5- • >V:--gC^-re - ià ~te^-j£
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demonstrando que com as pedras das tres pyramides poder-se-ia construir uma muralha de oito mil metros de altura, com dois metros de largura, na extensão de quinhentos e sessenta e tres léguas. O geometra Monge, que servia no~exercito francez, retomou o calculo de Napoleão e o fez verificando a exactidào do mesmo. obra impressiona realmente, com os seus milhares de blocos superpostos, talhados com regularidade e encaixados com mathematica segurança. Por elles vemos como antes do estylo equilibrado e harmonico da Grécia, os Egypcios conheciam a linha geometrica e sabiam empregal-a na architectura. O engenheiro Mac Ceneal, que viajou pelo Egypto na metade do século XIX, computou em vinte e cinco milhões de francos o custo do monumento, construído pelos processos de 1855, com a sua mechanica avançada. Podem subsistir monumentos mais sumptuosos na índia e mais decorativos em Roma, mas nenhum consegue impress.onar a sensibilidade como as pyramides, a arte solitaria do Dezerto. A
DE MATTOS PINTO Magnífico Pylone dos monumentos de Karnak.
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As delicias do Radio <£ Qüfc HOJE VAE OFFERECERTr? AOS SEUS AMÁVEIS OUVINTES AS MAIS BELLAS COMPOSIÇÕES ' DO CEI E8r?£ VIOLINISTA PJIKON1VIN3KY,,
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Só dando com um gato morto, na cabeça Será possivel que nem aqui, na rua, a dessa gente! Isto é um apparelho de supplicioü! gente póde viver socegado? Papagaio!!! I _ 194,
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'X Mos o ciumo cresceu. A arvoro oro tombam nomorodoiro, Como as mocinhos quo estão ia pondo moço E não escolhem com quem namorar, Poit, carta vai, alia dascau a ladaira Quando o outro pintor subiu. Tambam p'ra pintar, Dentro tentas. A arvora faitíca!ra« Por iito á qua ta dix Que outra não existe perecida, Porqua é o symbolo da arvoro faliz Sa ha tanta arvora, como tanta ganta. Na Vida, Pelo quel o gente passo indiffarente E qua, depois da passar, E' qua te tanta Tar passado Por quam 4 infeliz 1.. •
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^la^aca^el^t Ao Ylrenta Leite (Ha muito d* vard.d. n.st. poasia. O pintor Vicanta Laita i o ap.iion.do da arvore fro»dose. é lombra de qu«t, onde o onde, voa, pelhete em punho, pintel-e. como centro do um quedro, no eltitud* qua damora na redondezo dai "Agues-Farrees". do Coari deseje tor sepulture nas tuaa raixat o, diz, vi na sepuceieire do "Morro O dopayiegiste Chico" a maior amiga. Até os qerotos do morro" reipeitem o arvora faliz. Mê» a tricô do tostão do pintor. Sim, tambom ha arvora» felizes...) Lá no "mirro do Chico", Bom o caminho da» "Peineires", Morava o bom Tião. A sue caia are 16, como • arvoro frondosa, A qua punhom guarda duas velheiv manguoirot, Sentinelles do tua tolidóo. Qua arvoro lindo aro esse. Vestida da cSr da rou £ vivando tem outra iqual, Como a caia do Tiío Sempre da bronco, Como quam vaa feter a communhão 7 fra o orgulho dos malandros do mirro. Netcere a crascara té, Mas não sabia qua tinha formosura. Porqua, sa vivia em solidão, Era tal a qual a criatura, Cago do noscor. porém tão lindo, Qua o tol i o tau próprio coração... E' quo sempre ho um milagre no Vida, Pois o coração do Homam bate dentro delia, Mas o da «rvor*, não I Por isso é qua no mi'ro te dizie Não kavar outra arvora tio quarida. Porque possuio um coreção. O
MALHO
Era • "minha upucaiaira", Como chomovo o pintor opoiionodo, Quando subia, Cheio do soffreguidão, A íngreme lodalra, Pois, tendo dumas do Tião, Oa sua casa"pãs da mangueira" E atã do« Ia pir guarda, tombem, ã solidão Jámois ornara a ninguém, Fisse quol f&ssa o Mulher. Dossos quo vivem p'ro inspiror poiião. Sa nunca déro um baijo noutra bica, Um si, saquar, E quo foi tonto bom Ao coração I Mos, com quo ordor, Abreçeve boijondo E boijondo abraçava O tronco a as flires do sopucoioiro Qua ollo nomo/ovo I Porque não kevie outro moneiro Da ditar do tau amir A' soivo prisioneiro. Sa a arvora não podia beijar E não tinho ume bico p'ra se dar I 42
E o pintor, Qua dava toitão a mais tostão Ao garoto do morro, P'ra não fazer "judiação" Com o seu Amir, Atirendo-lhe padres, E nas mangueires cerregedes, Nesse dio se despediu do m6rro, Levondo no coreção A ferida aberta palat padradat Do Destino, Que. como o geroto do morro, E' o eterno manino, Sempre com seizos no mão, E o correr sempre, P're espelher mois depresso O desatino. Mos o pintor fezie como o repozole Que orno polo primeiro vaz |E se fica, hores o hores, o em vão, A padir o olhar de esmile % A um coração. Passou muito tempo sem Ir oo morro, Mas, da quando am quando, tubia aos "errenhe-cão," Poro fezer como o mocinho Quo, não podendo ver o seu amor Dentro do ninho. Que é o coso onde alia mire, Sa alegre vendo do longo o proprie cosa, Ou seja quem fôr, Qua taia ã porta ou a pattaar por fira. E' qua o pintor, ossim, Io ver de longo o "morro do Chico", Porque o mirro oro o morode do sopucoioiro Que nunco mois quizére ver do parto, Subindo a ladaira... Mas a arvore, com o eusencie do pintor Dafinheve da verdade. Tehraz o méo-olhedo de eiguem Fizéssa cair ftír.s paio chão. E' que a arvoro ckoravo do seudede : As flires orem os lagrimes de ervore Enquanto o sol oro einde o coração. Mat o pintor, caçador da paytegent, Não atquacia a tua arvora altanaira, Fítte aonde f&tte o Pincel Nas continuadas viaçans. E. jã valho, carto dia, Atrãi da teguir novas parag.ni. Subiu do novo a ladaira E (oi feter ai patat Com o sapucaieira. Olhou-o em silando, Como quem sente a sua apartoção, E fez, dionto de Deus o dos Homens, At jurai do tau grende coração I "Espera, arvore amiga, Um dia estarei sempre a teu lado. Acolhe-me, então, Pois quero p're jazigo as tuas re»zas E por som br o o tue floração". E • tapucaiaira ta carragou da fl&res, Novamente. E' que voHove o estação I RIO, dezembro de 19)9. A
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batiam cinco horas na torre ae São Francisco Xavier, já Zé Bento MALia sahindo do seu barracão, com a sua pisada macia de pés descalços. Dava uma espiadéla para Emilia, sua filhinha de nove annos, que dormia candidamente com *'Farrapo" a seus pés. Emilia era-lhe tudo na vida. A mulher, mulata desenvolta e bella, morrera de parto e na solidão em que desde então vivia, Emilia era para sua alma alegria tão pura que só ella lhe dava esperança de recomeçar diariamente uma vida que nem bem começara. Atirava o sacco remendado e enorme ás costas, fechava cuidadosamente a porta e começava a dçscer o morro, para buscar o "pão". Ia mesmo buscar o pão, pois o que ganhava não bastava senão para comer. Zé Bento era o que chamamos muito apropriadamente um "apanhador de papel". Lavrador do Nordeste, cedo se desiludiu da terra ingrata e no Rio vivia desde os vinte. Sua modéstia, seu temperamento demasiadamente quieto, se conformara com a dramática pobreza do morro. Ademais sentia por aquella casinha, onde fora momentaneamente feliz, um apego estranho e profundo. Bastava-lhe aquelle barracão de zinco, cheio de frinchas por onde o vento modulava assobios e onde o sol derramava pingos de luz, com algumas fatias de pão, Emilia e "Farrapo". Aquelle era seu mundo. A cidade que via a seus pés nas auroras e nos poentes parecia-lhe pertencer todinha quando já tinha alguns nickeis na mão que representassem seu "jantar em família". .A
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O dia amanhecera feio. Céo nublado, duvidoso. Emilia levantou-se, varreu, recompoz os catres, accendeu o pequenino fogão de barro e nem se preparou para sahir como sempre dava de costume, para a voltinha "ver que "Farrapo", o que havia de com para novo". Era sabbado. Sabbado é dia de reboliço no Morro de São Carlos: as lavadeiras aproma entrega ptam a roupa e se despacham para estudante, de que aquellas todas pensões por ha ali pela Avenida Mem de Sá e redondezas. Emilia gostava de vel-as passar çonyersando uma com as outras, sobre as mil ditiildo culdades de viver no morro, sobre o preço sabão e sobre outras cousas que não entendia bem. O dia, porém, humido, tornava pelama só. rigosa a descida do morro, que era Passaram mais caladas, olhando com prudencia para o chào enlameado e escorregadio. que O dia passara monótono e Emilia, esmerou tinha umas fumaças de dona de casa, entretanto na limpeza e na ordem. Zé Bento demorava. A cidade )á P^P^» T-^ Emiha dos os seus mil olhinhos dourados cãoabraçando, da porta, sentada no degrau quase do que pae zinho, sentia uma saudade ' '"Offetn" firmar Zé Bento procurava dágua cb<to> as pernaTevitando os buracos « ossos. Doiam-lhe terrivelmente todos ruim ComJExa fora dia plicou á filhmha: o era d....« chuva o papel pesava dema, um ca fazer tivera que encontral-o secco; de^afogo fim o até minhada exhaustiva Horrível. E ainda assim J^» ^ de re«am pos.to de papeis só faz.i
mmm^tmmZÇ^-ffSas.
«har no Dom°ingo era «JPO^SSo a« vem. pois, temia que lhe voltasse a o inutilizava. ... a,„ _.„ dor uma Emitia soffria com tudo aquillo subindo vinha que lhe dominava o peito e
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FARRAPO
NAPOLEAO LOPES FILHO
A noite veiu com ecos de pandeiros, cuipela garganta até os olhos onde as lagrimas brilhavam, fulgurarido, antes de rolarem pelo cas e violões. No céu as estrellas tremeluziam vestidinho pobre e fino. como se estivessem marcando o rythmo tamZé Bento, que sempre falava com a fi- bem. Emilia e "Farrabo" zelavam sempre. lha sobre mil assumptos, limitou-se a dizer Mas a febre também era bôa vigilante e "Estou me sentindo doente, Emilia, tome es- de vez em quando, como para se mostrar, totes nickeis e vá até lá embaixo. Compre o cava em Zé Bento que tinha tremores horrique puder". Disse, largando algumas moe- veis de frio. das que apertara todo o tempo na mão, para Por fim, Emilia cahiu ao peso do somno. não perder. Estavam quentes, bem quentes, O cruzeiro foi-se inclinando e com elle Emilia notou. todo o mundo das estrellas. As poucas nu? "Farrapo" A' noite montou guarda aos vens que restavam, o vento alto levou das némilia se esforçou por não montanhas para o mar largo, onde ellas se Jormir até que cahiu sobre o pae e adormè- perdem. Então, o sol foi atirando luz para o ceu exhausta. altçt e as tintas começaram a brilhar e a viver. O domingo promettia sol. O campanário de S. Francisco repicou por diversas vezes (Termina no fim do numero) e o povo ia á missa. "Farrapo" não arredava. A vizinhança tinha seus afazeres e cantarolava trabalhando pelos quintaes, isto é, pela pouca terra dos fundos e ao lado de cada barracão. A cabeça de Zé Bento parecia um fogareiro: ardia em febre. Seus ossos pareciam moidos. Falava baixinho e desconexamente, como se se dirigisse á distancia.' Emilia não sabia o que fazer. Con- '¦ tudo deu com os olhos num cofrezinho de barro que ha muito, muito tempo, rolava por ali. Ella tinha seus tostóezinhos e queria comprar o seu ideal — "coisas para'a casa". Mas' a hora era amarga. Seu pae'talvez não pudesse sahir pela manhã. Era preciso alimental-o. Levantou - se, pegou um toco de lenha, ergue-o com as duas mãozinhas, fechou os olhos e pá! quebrou o cofre em dois. Aquelle cofre era um sonho Mas tratava-se ou não de seu pae? Desceu. Comprou coisas fora do commum. O vendeiro estranhou mas'serviu sem indagar. Emilia tornou a subir a ladeira com os braços cheios como se estivesse levando a salvação. Seu coração batia de alegria. Batia com toda a força. Fez fogo. Cozinhou. Fez café bem quente com leite condensado. Deu-o ao pae. Que é isso, menina? Coma, pae. Faz bem. Ama- ' IMma ssssV ^H H^i «Iam tLwW u nhà o sr. vae trabalhar. Coma. Viu? sua Emilia sabe cozinhar como gente grande. Zé Bento viu os cacos amarellando o jsf, \ --—1^^aa__T| chão. Comprehendeu mAS _^^AW Ç^—T tudo e afogou sua dôr com um soluço nos trapos que serviam de travesseiro. "Farrabo" era filho da fome. Olhava para tudo depois abaixava o focinho entre as patas e continuava deitado ao pé da cama. Magrissimo, com as costellas á mostra, parecia mais uma sanfona aberta. O dia levantara mas em redor havia uma tristeza adocicada que ha sempre nos domingos dos bairros pobres. Toda a gente com uma roupa mais assim. Mas toda a gente triste, com uma penna damnada de amanhã ser de novo segunda-feira
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MALHO
1 QUELLES que acompanham d. perto . Kri.hnamurti, na sua peregrinação pelo mundo, ouvem, constantemente, de seus amigo», a pronuncii do seu nome, abreviado: "Kriahnaji". Talvez íst< encerre um sentido de profunda significação Krishnaji disse ... Krishnaji íallou ... Certa vez, em 1938. Krtahnaji teve um» conversa com um artista universalmente conhecido; isto passou-se no castello de Eerde, em Ommen, Hollanda. Nio vou repetir a conversa mas. .pena» salientar os seu» ponto, de maior interesse par. os que estudam os sentimentos de Kríshnamurti. O artista, que chamaremos aqui, pelo nome dt Salus, queria saber qual . differença entre int.1 ligenci. e inspiração. Krishnaji respondeu que in.piração é intelligenci. enthusi.stic.mente desperta. Salus que e artista de musica, dii que, para elle, . inspiração é quase semelhante . um. melodia ou a um rythmo que estivesse profundamente dentro de si próprio. Krishnaji responde: porque sou musico ouvirei, esse intelligencia par. a qual estaes desperto. Um esculptor, expressaria essa intelligencia na pedra, um pintor n.» tintas. O que importa é a inspiração (intelligenci.). Salus diz que tem o «entimento de que a inspiraçio vem de um nivel m.i. alto que a intelligencia. Krishnaji affirma que a intelligrncia é o mais alto nivel, é o .ccumulo, é o reaiduc das eaperienciai. "intelSalus quer saber qual a "relação" entre ligencia" e "intuição" no sentido que Krishnaji di . e.ta palavra. Krishnaji dis que, no sentido mais elevado, não pode haver separação entre intuição . intelligenci.. Diz que o homem esperto não é um homem intelligente; um homem esperto não pre cisa "necessariamente" de ser um homem intelligente. Saiu. acha que, muitas veze», há um» grande distancia entre um homem intelligente e um homem intuitivo. Krishnaji reponde dizendo que intuição é o ponto mais elevado da intelligen cia. Diz que, conservar viva esta intelligencia é in»piraçio. Intuição e » apotheoee, a culminaçio, a ac i.umulação da intelligenci— Salus faz outra pergunta. Quer saber como. sendo a liberdade e a felicidade o. objectivos da. nossas vidas, individualmente, qual é a meta final de toda a vida collec ti vãmente ? Ou, então, porque estamos na terra c qual a meu par. . qual evo luimos ? Krishnaji resume . pergunte dizendo: querei» saber se, sendo a meta do indivíduo libertação e felicidade, qual i * meta final de toda a collectividade ? Digo, e exactamente a mesma. Que sepai os indivíduo. ? A forma. Vossa forma é differento da minha, mas . vida oceulta em vó» e em mim t a mesma. Assim, » vida e unidade; portanto » vossa vida e a minha devem igualmente culminar no que é eterno, que é libertação e felicidade. Saiu. pergunta se Krishnaji não acha que o desígnio total d» vida encerra um objectivo mais longínquo do que a liberdade e a felicidade. Krish"Or» senhor, não é isto semelhanten»ji responde: j uma creanç» que dissesse — ensin.-me m»t,heresposta seria. Sena itit. -_perior ? À minha inútil ensinar-vos mathematica superior, se não aprendestes primeiro álgebra". Se não comprehen"desta "esta cousa" dermos particular, a divindade, vida" que se estende ante nó», não e importante
Zé Bento entreabriu as palpebras que ardiam. Moveu os braços e teve a impressão aue lhes arrancava a própria pelle. Mas era prt r! Moveu a cabeça que pesava toneladas. Sentou-se. Continuava com febre Olhou para Emilia. Tio linda! Um raio fino <Je sol cahia sobre uma garrafa esverdeada e dava a todo o interior um colorido que nunca vira. Tudo era estranhamente bello. Emilia, madrinha, levíssima, parecia-lhe um daquelles anjinhos que os padres davam nos cartões das n do seu Nordeste longiquo. Pé ante pe, macio do que de habito, Zé Bento atirou o sacco ás costas e sahiu. Mas o que seria aquillo?! Todo o morro dourava-se como se Deus estivesse fazendo mágicas. As casas, a ladeira, os varaes com os arames brilhando, tudo, tudo, dourado e brilhando! A cidade lá embaixo, infinita, parecia-lhe de novo toda sua. Todos ,> telhados, vermelhos, novinhos, o asphalto ilat avenidas brilhando como se fossem de todos os lados prata Olhou tudo. olhou para c começou a descer. Olho» lixos e bem abertos, pareciam já II.I.I querer feehal-os mais O sol esplendido
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ui.bi.i.iti está dizendo... BELARMINO VIANNA discutir o que está para além, porque estamos euscutindo uma cousa incondiecionada com mente condiecionada. Salus considerou, perfeita, ciar» e brevementi respondida . sua pergunta. Formulou outra: Como pode provir a ordem d* voss» doutrin. de liberdade ? "com Krishnaji respondeu: se cada homem "objectivo" comprehende" que . liberd.de é um mum . todo., cada um então, em se adaptando a
erguia-se como um rei dos espaços e inundava tudo de luz. Ze Bento caminhava para o sol. Elle que conhecia seu lar no alto do morro e a sua luta por todas as ruas da eidade, elle, o sol que illuminava os pobres, reconheceria a sua tragédia e o receberia com os seus braços de gigante desmesuradamente abertos. Passos incertos, Com a alma inteiramente illuminada, livre, Zí Bento descia o morro de Sio Carlos. Paupérrimo, sacco ás costas, levava naquelle dia. toda a belleza da aurora nos seus olhos febris. Chegou ao asphalto. Havia já um movimento considerável na rua do Estacio. A feira era perto. Caminhou algumas centenas de metros, e, de ityente, abriu os braços: o 65 estava de mucança! o 65! moveis na rua. Cacarecos. Mas elle viu logo: no jardim havia montes de papel velho, jornaes, revistas, montes montes! todo um mez de trabalho! Emilia! toda uma vida! Seriam papeis? E atravessou a rua. Nâo. já nio eram papeis! Eram notas! notas novmhas. de todas as cores, de todo" ns tamanhos' Notas, dinheiro, papel!
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"elle", somente pode criar a oraem. Salus pergun ta: quereis dizer que vivendo para o ideal da liberdade, o ideal da belleza. devemos todos finalmente chegar ao mesmo objectivo? Krishnaji responde: Naturalmente. Salus, assim virá a ordem ? Krishnaji: "Se nos detivermos e perguntarmos: Qual e o objectivo ultimo para cada um de nós ? Responduremos: liberdade e felicidade para um e para todos. Então, mesmo que trabalheis de um modo e eu de outro, trabalharemos sempre ao longo de "nossas próprias" linhas para o mesmo objectivo Então há de haver ordem". Salus: como poderia a sociedade organizada em liberdade, tratar o homem que tira » vida de outro ? Krishnaji responde: "sem" objeprecisamente a sociedade trabalhando ctivo. colloca-o na prisão ou o mata; é uma vingança justa, mas se vós e eu fossemos as autoridades estabelecem leis para a sociedade, teríamos em que "Mente" todo o tempo que para o assassino como para nós, o objectivo é o mesmo: liberdade. Não é um bem matai o porque elle matou alguém, Diriamos antes: "Atentai", fizestes mau uso de vossa experiência, porque mataste uma vida que estava tentando alcançar, por meio da experiência, a liberdade. Vós também quereis experimentar, mas a experiência que prejudica a outrem, nào vos pode conduzir a felicidade e a liberdade uhimas. Criariamos leis fundadas na sabedoria, que è a culminação da experiência Salus pergunta: que farieis com uma creança antes que ella pudesse comprehender o que dissesseis ? Krishnaji responde: "protegel-a-ia das cousas prejudiciaes aos outros ou a ella própria. Finalmente, um assassino é apenas uma creança ... Salus diz então: tomarieis o assassino e impedil-o eis de prejudicar os outros e a elle mesmo e o educarieis ... Krishnaji responde: Sim. educai o-ia. Salus pergunta: qual é o mais alto ideal da educação ? Krishnaji responde: ensinar a creança desde principio, que o objectivo é a felicidade e a liberdade, e que a maneira de attingil-a é pela harmonía de todos os corpos — "Mente — emoção e corpo physico". Para mim, a conversação entre o sr. Kri-hnamurti e o illustre artista Salus é um thema para a educação da humanidade da Nova Era. Basta de sangue, inutilmente derramado por motivos que não conduzirão jamais á liberdade e á felicidade. O homem precisa "salvar-se", vivendo com a intelligencia (bondade e entendimento). Kríshnamurti é o Ego que transcende com o seu pensamento e discernimento toda a confusão -etnante na mentalidade do homem contemporâneo Os seus ensinamentos sobre as causas essenciaes do ¦ffrimento humano, tocam justamente os ponto* mais sensíveis dessa mentalidade: revelam que a maior sensibilidade está no egoísmo oriundo das memórias velhas. Kríshnamurti c oi loca na palma de sua mão o pensamento, a memória, o habito mau, archaico e acquisitivo do homem da actualidade, e mostra a este a inconsistência e vulnerabilidade do que pa reciam sólidas bases de educação e moralidade. Os tempo, estão chegados, é necessário que o homem desperte para o novo mundo espiritual que o defronta. E* necessário que uma nova e intelhgente educação seja condiecionada na mentalidade do século vinte
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Que foi? Um pobre homem, coitado. Pegou em cheio. Um omnibus da Light. Deixa eu ver. Ah! coitado! que horror! Zé Bento estirado. Morto. O sacco preso por uma das mios, embebido em sangue ainda quente de febre. Zé Bento! reconheceu alguém. Mora ali em cima no Morro. Tem uma filhinha, Emilia. Uma roda de curiosos no meio da rua. Commentarios. Depois silencio. A vida se normalisa. XXX
"Farrapo" ficou durante muito tempo á porta do barrado. Depois morreu por ahi, á fome. o cio que todo o morro conhecia. Passaram-se os tempos. Emilia hoje já com 15 annos, num orphanato, fica seismarenta e isolada no recreio. Seu único movimento de vida é apanhar os papeis do patéo que. ás vezes, esvoaçam com o vento como se fossem borboletas.
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incidente curioso e inesperado concorreu emprestar á exhibição privada UM de "para Moon over Burma", — dedicada aos jornalistas estrangeiros, acreditados junto aos studios de Hollywood — um accentuado toque de humorjsmo. E' que numa determinada scena dessa producção interpretada por Dorothy Lamour, ha um forte tremor de terra, e é apresentado na tela com tanto realismo, que alguns dos espectadores levantaram-se e dirigiram-se para as portas de sabida, sob a impressão de que a terra estava tremendo mesmo... Uma vez verificado que o maior tremor era o dos proprios espectadores menos avisados, o film continuou ao som de gostosas gargalhadas... studios da Paramount receberam a visita do famoso musicista Igor StraOS vinsky, actualmente nos Estados Unidos em "tournée" artística. O visitante declarou estar deveras surprehendido com tudo quanto vira, e que de agora em diante, todas as vezes que comprar ingressos na bilheteria de um cinema, achará bem commoda a quantia dispendida... K2£
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Nesta photographia tres cousas podem ser admiradas: Judy, um dos mais felizes cãesinhos de luxo — quantos homens invejam-lhe a sina! —; o bello retrato a oleo de Frederick Taubes, pintor de nomeada universal; e finalmente a retratada, Patrícia Mortsson, acaba de formosa estrella da Paramount, que concluir um film teclmicolor, " Untamed", drama passado nas florestas do norte, em que appareccm, também, Ray Millatid e Akim Tamiroff.
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sport predilecto de muitos artistas de cinema é o golf, talvez para desenferrujar as pernas após longas permanências nos studios. São tidos como respeitáveis os tres que aqui se vêem em repouso, Robert Daylor, Barbara Staiizvick e Clark Gable, todos tres "boas bolas"
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inauguMaternidade Arnaldo de Moraes foi festivamente NA rado o mais possante Serviço de Radiotherapia profunda msDrs. João Bruno tallado até hoje nesta Capital, sob a direcção dos . Lobo c Napoleão de Brito. modernas A organização deste Serviço é moldada nas mais representa c européas e installações congêneres norte-americanas se resentia um grande progresso para nosso meio medico, pois elle forma a de localizada installação uma de possante, da necessidade necessária. permittir a hospitalização, quando No acto inaugural falou o Professor Arnaldo de Moraes para Ot a numerosa assistência que enchia o recinto, notando-sc entre do Conselho do Presidente Alberto, Ministro o João presentes Commercio Exterior, o representante do Ministro do Trabalho, o Professor Fróes da Fonseca, Director da Faculdade Nacional de dc Medicina, o Dr. Ferreira Filho, Presidente do Instituto
NA ESCOLA NACIONAL DE BELLAS ARTES
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Aposentadorias e Pensoes da Estiva, e de elevado numero de professores, médicos e acadêmicos. Não se faz necessario encarecer a utilidade da installação deste moderno e possante apparelho de radiotherapia profunda, sabendo-se que o tratamento do câncer e dos tumores malignos dc um modo geral, a hipertensão arterial, as infecções focaes, as perturbações do sympathico, e as das glândulas dc secreção interna são tratadas com optimos resultados mediante a radiotherapia profunda. São dessa inauguração os aspectos que aqui aprocntamos.
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Aula jinal de Historia da Arte. no curso de Architectura. O Prof. Fléxa Ribeiro dirige os trabalhos dos alumnos do 4." anno de architectura da Escola Xacional de Bellas Artes, que assim terminam o aprendizado daquella disciplina.
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Grupo feito quando do casamento do jockey Pedro Simões, ao qual o Ministro Salgado Filho deu o seu estimulo comparecendo pessoalmente na qualidade de padrinho.
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sidente Getulio \ argas que durante 10 annos de governo jamais se afastou dessa norma de conducta serena mas grave e efficiente em todos os instantes, em todos os sectores da actividade humana. A recente inauguração do laboratorio destinado á repressão ao doping é mais um grande passo em pról do prestigio e moralidade do turf nacional, em boa hora entregue á sabia orientação do laborioso e integro ex-Chefe de Policia e ex-Ministro do Trabalho que a alta visão do Chefe do governo revelou ao Brasil.
augmentado vertiginosamente o movimento do Hipodromo da Gávea nos últimos mezes, registrando-se no dia 15 TEM ie Novembro do anno findo, um total de mais de mil contos de apostas, cifra que cada dia mais ascende. L m aspecto do laboratorio de exames para repressão ao "doping" A preoccupação do Ministro Salgado Filho e seus collegas de Directoria em manter uma severa repressão á fraude, reaffirmando o seu tradicional conceito de seriedade e energia, principalmente no sector da moralidade administrativa, tem produzido os seus magníficos frutos. Por sua vez, exercendo sobre os jockeys uma hábil e intelligente actuação psychologica, prestigiando os bons, castigando os máos e, ainda, dando a estes o estimulo e ensejo de que muitas vezes carecem para figurar iio rói dos primeiros, o Ministro Salgado Filho já sente os beneficos resultados dessa política de saneamento, applicada com aquelle espirito de tolerancia e discreta energia, tão do seu que c o segredo miraculoso do prestigio e força grandes administradores, de exemplo o Preé um que I - 1941 O MALHO
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C OMPARECENDO dá cerimonia da declaraq&o ração de aspirantes dos alumnos que conPreparação cluiram o curso do Centro de Prcparacdo Regiao Milida. 1." 1.' Região de Officiaes da Reserva da tar o Presidente da Republica como paranympho da turma, pronunciou vibrante e oração que calou fundo na alma patriotica patriótica orafdo Qetulio Sao do discurso do Dr. Oetulio brasileira. São Vargas os periodos períodos abaixo :
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E m tempo de guerra todas as energias civis têm de ser postas á& disposig&o Nação t€m da Nagao disposição das dê com a forgas forças militares. Para que isso se de necessário efficiencia requeridas, 6é necessario presteza e efficiencla transformação e adaptagfto adaptação que os problemas de transformag&o dos transportes e da da producgS.o, propria própria producção, vida das populagSes, populações, estejam previamente estudados e cuidadosamente pre-estabelecidos. As instituig6es armadas, que organizam; enquadram, instituições disciplinam e dirigem os nossos esforgos esforços em funcg&o funcção da defesa do paiz, cumpre a grande responsabilidade de tudo prevSr disp6r, afim prevêr e dispôr, de que nada falte na hora do perigo. O amor proprio &á paz, que 6é uma tradig&o tradição historica, histórica, formag&o exige formação nossa de n6s nós essa em conducta defensiva e vigilante. Ser amante da não significa cultivar um paz, desejar a paz, n&o e suicida, que impede encaapathico pacifismo trágicos da rar com animo heroico os aspectos tragicos vida. Serviremos melhor &á paz, preparando-nos violência, armando-nos contra para resistir á& violencla, destino, mostrando que n&o do os lances não todos tememos enfrental-os decidida e corajosamente."
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Entre as significativas homenagens tributadas ao General Gaspar Dutra pelo 4." anniversario de sua fecunda administração na pasta da Guerra, transcorrido a 9 de Dezembro ultimo, destacam-se o almoço que, no Yatch Club, lhe offereceram os antigos e actuaes officiaes de gabinete e a cerimonia de cumprimentos que lhe foram levados á tarde no Salão Nobre no novo palacio do Ministério da Guerra, pela officialidade da capital e por altas figuras do nosso mundo civil. Interpretando os sentimentos unanimes do Exercito, o General Góes Monteiro, por occaslão da cerimonia dos cumprimentos, saudando o General Dutra, assim se externou : "Não vem a ponto fazer aqui, entre os cumprimentos congratulatorios, nascidos do espirito de camaradagem e da confiança que V. Excia. nos Inspira, um exame laudatorio de sua acção, Sr. Ministro, á frente desta pasta. Mas não me furto ao dever de relembrar alguns dos seus serviços mais notáveis, e o maior de todos — causa e effelto de todas as benemerencias militares — a campanha de restauração da disciplina, do estudo e da hierarchia, tão abalados por acontecimentos e factos da historia antiga e recente do Exercito. Graças á sinceridade, intrepldez e pertinacia de seu labor, que conquistou o mais completo apoio do Presidente Getulio Vargas, pudemos iniciar a preparação militar do Paiz, em material e pessoal, e em condições de programmação systematica, que lhe garantem probabilidades de um êxito seguro e necessário." São do almoço no Yatch Club e da cerimonia de cumprimentos no Quartel General os flagrantes acima estampados. 50
I — 1941
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DO
EXERCITO
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ANNOS
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VARGAS
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as maiores vibrações civicas foi commemorado no dia 16 de Dezembro, data do natalicio de Bilac, pela primeira vez no Brasil, o "Dia do Reservista". Em todos os quartéis das nossas Forças Armadas foi intenso o movimento de apresentação dos jovens reservistas. Lograram, assim, confortador êxito os esforços patrióticos envidados pelas autoridades militares e pelas mais influentes personalidades civis para o brilhantismo do Dia.
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O "Club
"Dia Militar", no ao offereceu do Reservista" official da Reserva em homenagem a Bilac uma fulguFoi cumprido rante sessão. seguinte programma : 1.* "Hymno Nacional". parte — Abertura da Sessão pelo General Meira de Vasconcellos, SaúdaPresidente do Club. ção ao official da Reserva pelo Primeiro - Tenente, Dr. Olyntho Pillar. Discurso do Doutor Arnaldo Damasceno Vieira, Presidente da Sociedade dos Homens de Letras do Agradecimento pelo Brasil. General João Marcellino FerDiscurso do reira e Silva. Dr. Fernando Magalhães, Presidente da Liga de Defesa Nacional. 2.* parte — Declamação : Margarida Lopes de Sabina. Almeida e Maria Geny e Piano : Georgette Flauta: Loa«yr Liicerra. VioCanto : Celeste Costa. lino : Isaac Feldman. ir ASSOU á disposição do Governo da Parahyba, para exercer as funcções de Commandante da Força Publica, o Capitào de Infantaria Anacleto Tavares da Silva.
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Ordem do Dia allusiva á data, o General Heitor Borges, commandante da Guarnição da"O Villa Militar, affirmomento internaciomou : nal, prenhe de perigos e desem tormentoso dobrando-se perspectivas ameaçadoras — realça, de fôrma particular, o O Brasil mérito deste dia. assiste a profundas transformações na estructura economica, social e política do mundo e deverá estar em condições de não permittir que as mesmas se processem contra os seus interesses, ou contra os imperativos do seu patrimonio histórico", •ir
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occasião da cerimonia de declaração de aspirante á official dos aluirmos que concluiram o curso do Centro de Preparação de Officiaes da Reserva da 1.* R. M., o commandante do referido Centro, Major João Baptista Rangel, saudando os Aspirantes, a certa altura, declarou : "As' contingencias da época actual obriga-nos a descrer das virtudes preservadoras da paz sem o escudo da força. A norma dominante é a paz apoiada nas armas, e, por isso, os povos previdentes não perdem de vista a necessidade de seu apparelhamento militar preventivo, o que leva os governos a aprestar. os seus concidadãos nas fileiras, nas escolas e estabelecimentos de preparação militar, no sentido de acudir a uma eventual aggressão externa. Não ha muito, falso humanitarismo encarniçava-se em destruir os melhores dons de varonilidade e affirmação de nossa raça, encaminhando o povo para um sentimentalismo político inadequado ás realidades da vida objectiva para uma rhetorica pacifista, quasi ridícula, num mundo que vem gastando sommas astronomicas na sua febre armamentista". A nossa gravura fixa o Major Rangel lendo a sua vibrante saudação. L—M missão especial do governo brasileiro, chegaram aos Estados Unidos, onde permanecerão por algum tempo, o General Amaro Soares Bittencourt, Sub-Chefe do Estado Maior do Exercito e o Coronel Stenio Caio de Albuquerque Lima.
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I N A serie de conferências promovidas pelo Departamento de Imprensa e Propaganda e realizadas pelos Ministros de Estados sobre as actividades e iniciativas de siias pastas no decennxo do Governo Getulio Vargas, occupou a tribuna do Palácio Tiradentes, no dia 10 de Dezembro, o General Gaspar Dutra, titular da Guerra, que discorreu, com, elegância e precisão, sobre "O Exercito nos des annos de governo do Presidente Getulio Vargas". Na impossibilidade de publicar na integra o valioso depoimento do General Dutra, todo elle merecedor de attenta meditação, abrimos espaço a seguir para dois dos mais expressivos trechos :
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mais podemos nos illudir, caros patricios. Na hora da Pátria em perigo, nos Exercitos, como fora delles, nas linhas de frente, como nos fundos dos abrigos, civis e militares correm os mesmos riscos e affrontam os mesmos E, correndo-os, é mais nobre e mais perigos. digno que o façamos de arma na mão, em condições efficientes de saber defender o solo da Pátria." '— STAMOS convencidos de que, hoje, nesta hora de provação que atravessamos, ninguém no Brasil tem mais duvidas sobre a necessidade de possuirmos um grande Exercito — disciplinado e poderoso — capaz, nâo de atacar ou aggredir os povos livres, porque, mesmo imbuído de espirito offensivo, não alimentamos velleidades de guerras de conquistas : mas, dum Exercito superiormente aguerrido, consectario da nossa grandeza e da nossa soberania, defensor deste Brasil eterno, vindo dum passado de glorias, cujo destino luminoso será um futuro de paz honrosa e varonil, mantida pela força f*a nossas armas e pela inteireza moral dos nossoj compatriotas." "O que já se fez nestes três annos é garantia desvanecedora do que poderemos fazer nos annos seguintes."
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O MAIS ALEGRE "REVEILLON" DA
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Janeiro de 1941. Principia o Anno. E em qualquer de nós ha sempre a esperança de melhorar quando chega Anno Bom. 1.° de Janeiro é o dia do optimismo. Passa-se o mez. Se não nos trouxe maior ventura, mas afastou-noos de contrariedades, está certo. Se, por ventura, andou ruim... Ora, aí vem o Carnaval, o deus da alegria, a anesthesiar as dores d'alma. POR SORCIERE Depois... Pensemos no instante que palpita. Vivamol-o bem. A moda continua a jogar com os tons. Ha tanta cousa Ou é toda suavidade. aproveitável por es. Um traje branco, e um preto, guarnete mundo de Deus... cendo-se este com bordados de missanE o verão já se inaugurou. gas de tons pastel, e o outro com lanteE' o turno das joulas de prata, expressam aquella quaroupas frescas. E' a lidade. vez dos gelados que Mas o calor... ajudam a esquecer O calor dá-nos mais vontade de vesa canicula. tir branco que outros tons. O guarda roupa Eis quando nos esquecemos de que das mulheres foros trajes claros engrossam a silhueta. "bouquet" ma um Mas não se pode contentar "tout le ¦Jff^k mmr MutASÊu^^J ¦ - ."T^S.^^ de graça, de juvenmonde et son pêre". tude. — Mesmo?... Tons suaves de azul, de rosa, de verde, o vermelho — que é a côr mais na moda — o azul dos marinheiros, o amav ~mfM^ * '^*Mt% mM Lla_________________________^ mmw 'Á*ãtMk HÉaàaw relo âmbar, o dourado sol, e o branKsSãPw *Y.j£êw V 1 BfeSaSlS' V ., co, ibranco alvissi— tudo figura mo áBbCaKt-N .s^T sBbbbbbbbBbbbbb__. ^aSÊ. ^ÍU| ^*~u0*&Lj' \.:' no meu, no seu, no nosso guarda roupa estivai, na maior parte compondo trajes de corte esportivo, desde o que se destina á praia, e o de trabalho de linho ou de jersey de seda ao "granfino", para de tarde ou á noite. f mUU* 'aBaSBBaaaaa. Na verdade o nosso estio é longo, por isso não . ,. semP^ sempre Is fl mm serão em pequeno numero O os vestidos para a lumiuma ~ .¦tmi _j n. v BB) nosa estação. «ensemble nitnfl ^^tei^ * fl Mas são tão encantadores feitos nfistc „ com duas em tecidos baratos, e, assim a verba praW*°:p coloridoss°rieSJe «Sl- bolas a elles destinadas nunca estoura. ^anC°scarlate. fl r fl No que, porém, não podemos economizar muito é no que diz respeito aos accessorios: bolsa, luvas, sapatos, cinto, etc. Aliás, hoje em dia, está a elegansif fl cia mais significada por elles, accessorios. Resta, emtanto, na escolha de taes objectos, a arte de harmonizal-os a vários trajes, o que não offerece difficuldades a quem sabe vestir, tanto mais agora, quando é de bom tom 'quebrar" o colorido uniforme de um "ensemble" com alguma coisa bem viva e diffe^^^^ In \____. rente, como, por exemplo, uma bolsa amarélo ouro para uma "toilette" preta e branca>_ UI*ia bolsa escarlate para uma composição rosa, azul fraco marinho ou branco, ou luvas, sapatos e bolsa "grenat" com um cinto "*t^m \ vestido "beige", grande "paillasson" negro enfeitado de "grenat".
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Penteados bonitos...
...para você, que é intelligente, e sabe que a cabcça é o cartão de visitas da sua apparcncia. Penteie-sc, pois, com capricho. Se tem cabellos escuros não hesite cm adoptar, pa-' ra de noite, esta " coifjttse á grega.
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It Comecemos pela serie " chemisier", lioje seduzindo toda a gente. Aqui temos, assim. Ires modelos, aconselhando os pregueados em tecido fino, de seda, de algodão, ou cambraia de Unho. Uma blusa de seda branca, também "chemisier", completa a saia-corpete de sarja de seda marinho, talhada á princeza. If "5r
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A escada projectada ao fundo do "hall" dá magestade e belleza inconfundíveis ao aposento. Branco e rosa velho conjugamse nu.; paredes, moveis e tepeçarias do que. *igura aqui, avivados mais por um pequeno tapete u vermelho vinho e uma mesa rectang ular de mogno.
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Vasos cerâmica de azul e motivos brancos para adorno de no velho prateleiras "style" colonial
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SEGREDOS DE BELLEZA HOLLYWOOD Por
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MÃES BONITAS. As mães são as mais lindas de todas as mulheres ! E é A maternidade lhes deu qualidades que só lógico que assim seja. podem ser obtidas pela sua experiência. Ellas aprenderam tolerância, comprehensão, falta de egoismo e o senso do valor, cousas que u'a mulher só consegue através o conAs mais bellas artistas de Hollywood, entre vivio com seus filhos. 30 e 40 annos são mães. Suas valiosissimas qualidades resaltam de sua personalidade e de suas faces. "Isto "estrelpóde ser illustrado por uma lista das principaes Ias" que são mães : Marlene Dietrich, Norma Shearer, Billie Burke, Ellas Evelin Vinable, Virginia Bruce e grande numero de outras. não sómente emocionam seus auditórios, como representam um symbolo bello de maternidade e uma inspiração para seus filhos.
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PRIMEIRAS IMPRESSÕES DE BELLEZA. As creanças recebem a primeira impressão ae belleza de suas mães. A moça cuidadosa da apparencia individual, geralmente se inspira no bom exemplo estabelecido por sua mãe. O joven que cultiva bellos ideaes acerca das mulheres, com certeza os traça sobre as mais recentes lembranças de sua própria mãe. Nunca seja negligente com a sua personalidade, lembrando-se Ê mais que seus filhos, mais que ninguém, a vêem constantemente. importante ser-lhe agradável do que a qualquer outra pessoa.* As horas do jantar, quando, muitas vezes, apenas os filhos estão em casa, é sua grande opportunidade para lhes transmittir impressoes indeléveis, impressões que muito significarão para elles no futuro.
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II I
CUIDE DE SUAS MÃOS. Deve admittir-se que a maioria das mães está sempre occupada. Muitas, dentre ellas, aluam aos affazeres domésticos os cuidados dos filhos e as occupações culinárias. Todavia, si tiverem a precaução de collocar tudo nos devidos lugares, podem subdividir perfeitamente o dia, apresetando-se tão bem vestidas como u'a mulher de menores responsabilidades. A mulher que executa todos os trabalhos de casa, deve exercer particular attenção com as mãos, pois está arriscada a vel-as perder Sua primeira providencia será conservar, bem perto toda a belleza. da pia, na cozinha, um vidro de loção. Ê conveniente usal-a todas as vezes que tiver de mergulhar as mãos n'agua. A lavandaria, por sua vez, deve possuir um lugar onde se guarde, para ter á mão, um vidro semelhante, do qual se deve utilizar sempre que lavar e esfregar a roupa. O banheiro, é excusado accrescentar, será o "quartel general" desses utensilios. PRESERVE SUA PELLE JOVIAL. Ainda a mais occupada mulher póde conservar a belleza da pelle, com um cuidado apenas rotineiro, maa tão benéfico como qualquer outro que imaginar se possa. A limpeza é o primeiro passo. O rosto que se lava religiosamente, todas as noites, recebendo, em seguida, uma applicaçao de creme próprio para a pelle e os tecidos tem assegurado o melhor de sua belleza. Quando as mãos estão ásperas, apresentando um aspecto de vermelhidão, conseqüente dos trabalhos domesücos, o mesmo creme, seguido do uso de luvas de algodão, todas as noites, restituir-lhes-ha a bôa condição primiUva. O usa persistente de loções evitará alteraÇões damninhas. Poros largos e pelle oleosa devem receber applicações de adstringentes após cada vez que se lavarem, pois isso trará effecUvas melhoreis, suaves e não drásticas.
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Helen Gilbert numa linda toilette de chiffon branco, cinto bordado a missangas de cores vivas e douradas
MAKE-UP PARA AS MÃES. Poucos minutos serão tomados do seu precioso tempo para embellezar-se, si forem observados rigorosamente os principios fundamentaes da belleza. Retoque as faces com pó básico, rouge, baton e Po de arroz e você parecerá sempre elegante e graciosa aos seus filhos. Tenha, entretanto, cuidado para que seus artefactos de belleza façam par com seus aspecto, á medida que os annos se passarem. O colorido e a textura da soffrem mutações constantes a partir dos pelle 5 annos, e, si seu cabello esUver começando a embranquecer, dê atten5 ° particular á côr do pó, rouge e baton a usar. As cores que usou mocidade darão á sua pelle actual um aspecto máo.
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Sapatos para "soirée": de antilope e setim.
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TOALHA PARA CHÁ Material necessário: — 8 meadas de cada de linha Mouliné (Stran"ANCORA" ded Cotton) marca F 407 (verde gobelin), F 590 (beije escuro). 92 cms. x 92 cms. de linho crême fino. "MilAgulha de bordar marca ward" n.# 6. O ponto rumeno é trabalhado com tres fios d« linha, o ponto corrente com dois fios e o ponto de bainha com um fio. Riscar o desenho do canto sobre a fazenda, approximadamente 5 cms. distante da beirada e continuar a barra ao longo dos lados. Os contornos são em ponto de corrente com a cor F 407 (verde gobelin) e as partes cheias são feitas em ponto rumeno com a cor F 590 (beije escuro). O diagramma I mostra o ponto rumeno, o qual consiste de (1) um ponto longo (2) preso por um ponto mais curto passado atravez delle. Os pontos devem ser feitos bem rente um do ou-
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da beirada; deixar quatro fios e desfiar mais um. Dobrar a bainha no primeiro desfiado e trabalhar uma carreira de ponto de bainha com a cor F
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J MWBKSW Caía*.id> Mastrangelo foi para a Transmissora onde se encontra cbnto supervisionador. O "Trio Calaveras" estreou com êxito na Cosmos e na Cruzeiro do Sul de • São Paulo. actividasuas Deve voltar, em breve, as des radiophonicas depois de justas ferias, em Campinas, Ely, a cantora differente que actua em São Paulo. , — Armando Bertoni vae dirigir a Tupy-
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-^Mnf [ I* jy|^ r^ Selange França é a mais votada actualmente no concurso feito pela Ipanema, para saber quem será a Sereia de Copacabana. Bem bonita. Bem digna da votação extraor"fans dinaria que tem tido de parte de seus da ouvintes os são maioria em grande que, estação de Xavier Filho. Jleredite,
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Os que conhecem, na intimidade, a politica radiophonica sabem muito bem o que ella tem de lastimavel. Hp um mundo de perfidias, um mundo de attitudes condemnaveis em certos estúdios, como nas fabricas de gravação, onde as cantoras gravam em troco de humilhações das mais serias. Basta apenas que não sejam estrellas de primeira grandeza, e não se curvem aos desejos dos responsáveis. Ainda, agora, na época das gravações carnavalescas, uma cantora das de maior mérito da Mayrink Veiga deixou de gravar na Victor onde estava contratada, por imposição de outra cantora. Por isso teve de ficar sem gravação para a temporada carnavalesca ti bem que nos aròios posteriores seus discos foram escoIhidos dentre os peores afim de que deixassem de fazer o successo de sempre. Até os artistas que venha uma lei garantindo contra a incidia de certos elementos radiophonicos, teremos de assistir coisas como a que nos referimos acima. FRANCISCO GALVÂO O
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de São Paulo, substituindo alli o pianista Sousa Lima. Raul Torres ancfa cantando emboladas nos Estados Unidos. Não sabemos ainda se agradou, ou não, os filhos de Oncle San. Chegou de Minas Geraes o cantor romântico Albenzio Perrone, que reiniciou na Educadora, as suas valsas cheias de lagrimas e de luar. Janir Martins, parece que no estrelato da Nacional não tem tido a publicidade merecida. Por que ? Raul de Barros depois de uma temporada agradavel na Bandeirantes de São Paulo, deu um pulo ao Rio Grande do Sul. Fala-se muito que Judith de Almeida voltará em breve ao radio. A noticia é das mais auspiciosas. Pedro Vargas levou no seu reportorio muitas musicas brasileiras. Edmundo Silva continua agradando com a duqla que fez com Marilia Baptista.
Nely Bijou é uma cantora cubana d* radio, das mais interessante. Presentemente encontra-se numa temporada na terra paulista, onde tem alcançado o maior êxito.
Joel e Gaúcho, que tanto successo fazem presentemente na Nacional gravaram o samba "Não vou para casa", de Antonio de Almeida e Roberto Roberti. Déo annuncia muitas novidades nas suas gravações para a Columbia, sendo possivel que se apresente com musicas de • ' Oavid Nasser. "Onde Bem bonito o samba o téo AlBarro, azul é mais azul", de João de berto Ribeiro e Alcir Pires Vermelho que Francisco Alves acaba de gravar. Orlando Silva poz na cerca a valsa de Benedicto Ifccerda "Meu coração a teus pés". ! "Aurora" e "Helena" iniciaram brilhantemente a temporada carnavalesca. Esperemos os concursos officiaes para o lançamento das musicas carnavalescas. 64
O programma "Samba e Outras Coisas", é um cartaz seguro na Cruzeiro do Sul, aos domingos.
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Christina Maristany depois de admirável suecesso no radio platino, vae fazer uma temporada nos Estados Unidos. Damos aqui um aspecto de sua chegada a Buenos Ayres. 1
1941
"Irmãs Pagãs" com o casamento de Elvira Cozzolino. — Geraldo José de Andrade é um locutor dos melhores da São Paulo trabalhando na PRB9.
"ZUdd Edgard Cardoso teve uma musica gravada por Pedro Vargas e acceitou contracto com a Radio Guarany. "Os Anjos do Inferno" continuam marcando o maior êxito na temporada carnavalesca, atravez do microphone da Tupy. Alziro Zarur tem feito grandes innovações na Educadora, sendo das melhores o programma "Tests B. 7".
7>a£fiUe<t Ha quem ainda fale na ida de Aracy de Almeida até Buenos Ayres. Não tem sido rodefeda de tanta publicidade, como a que sitiou Carmen Miranda, a actuação de Alzirinha Camargo em Nova York. F,ala-se que Francisco Alves, assim que terminar o seu contracto com a Radio Club, pretende se afastar do radio, sem deixar, entretanto, de gravar. —Ha quem assevere que a Tuqy, no anno proximo, terá nova direcção artistica.
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j Cynara Rios é uma artista de méritos Inconfundiveis. Estrella o eleco da Mayrink. Tem talento. Agrada. De vez em quanto ergue-se uma onda para escondel-a O coro dos invejosos trabalha — fai força. Mas ella resiste, e as suas actuações mostram, aos directores artísticos, o seu valor definitivo na musica popular. É que o talento é bem difficel de ser esmagado quando elle é verdadeiro.
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"Trio de Ouro", Um dos melhores números musicaes em todo o radio é, sem duvida, o de que fazem parte Dalva de Oliveira, uma vosinha muito bonita, e a Dupla Preto e Branco. São grandes elementos c°m que conta o Radio Club do Brasil. Cyro Monteiro e Odette Amaral reformaram o seu contracto na PRA9. Barbosa Júnior tem feito programmas caipiras na Nacional com muito interesse do publico. Zé Fidelis assignou contracto na Record, de São Paulo. Augusto Annibal, depois da sua "ressurreição" teve mais sorte, tendo sido contractado para fazer programmas humoristicos na Cruzei» do Sul, falando-se que irí superintender o programma dos Calouros. Herminio Machado commanda, na Radio Guarany, o programma "Aperitivo Sonoro". "Os Pingüins" estão presentes no Rio Grande do Sul, actuando na Diffusora. —Afastou-se do microphone, em Minas, a cantora Emilia Pinto, de certo um dos elementos de va'or do radio mineiro. Dyla Cruz ingressou com muita publicidade no "cast" da Educadora de São Paulo. ¦— Leo Villar é o "crooner" applaudido d°s "Anjos do Inferno", onde tem feito o »•« cartaz. ' —¦ Deixou de haver mais a dupla das 1 -
1941
Christina Maristany, actualmente fazendo o maior successo na Radio El Mundo, de Buenos Ayres vai realisar uma temporada nos Estados Unidos. A orchestra de gaitas, feita pelo esforço de Almirante, foi uma das mais interessantes realisações do radio em 1940. Como sempre acontece, os directores artísticos a quem procuramos para saber as novidades em 1941 mostraram-se reservados, e, pela apparencia, em nada pensaram como modificações para a temporada.
"Os Anjos do Inferno", depois de uma temporada das mais brilhantes na radio Atlanfica volveram ao Rio, onde se encontram na Tupy. Mas para que o leitor tenha uma ligeira idéia do que foi a sua actuação em Santos, damos aqui um aspecto da noite de sua despedida. 65
O
MALHO
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(O btilhante intellectual pernambucano c critico musucal Dr. Waldemar de Oliveira, publicou reccntemente em sua apreciada secção "Notas de "Jornal Arte" — A propósito..." no do Commetcio" de Recife, a seguinte chronica sobre o concerto realisado pelo Conservatório Pernambucano de Musica em commemoração ao 10." anniversario de sua fundação, a qual. com a devida venia. passamos para as nossas paginas):
prazer:
QUANDO OS RINS FUNCIONAM BEM-
"A
festa do Conservatório Pernambucano de Musica esteve bonita. Movimentada. Distincta. Um grande publico applaudiu o bello programma organizado. E applaudiu com calor, vibrantemente. Pareceua todos nós, que essa festa constituiu um marco de partida para uma realisação absolutamente necessária no ambiente artístico de Recife: a organisação estável de uma orchestra symphonica. Não entremos em minucias. Todos os números agradaram de modo geral, destacadas a actuação do maestro Fittipaldi — minha opinião é sempre a mesma sobre esse regente — e do maestro Caparrós, empolgante na direcção da Proto"O Guarany". O que convém accentuar phonia do c o trabalho de compor o conjuneto musical, ensaial-o r. trazel-o, finalmente, ao palco do Santa Isabel para uma demonstração evidente das nossas possibilidades artísticas, nesse terreno. O officio que o professor Manoel Augusto dos Santos enviou ao Radio Club de Pernambuco e cuja iranscripção já os jornaes fizeram, é um documento que honra o espirito de cooperação que existe entre as duas instituições: o Conservatório e a PRA-8. Nesse officio, o director desse educandario frisa o que por mais de uma vez tenho affirmado aqui: sem a collaboração do Radio Club nada de definitivo e efficiente se pode fazer, em matéria de musica no Recife. De facto, o núcleo daquella orchestra symphonica era a orchestra do Radio Club. As primeiras figuras eram do Radio Club. E o Radio Club que tem mantido accesa, aqui, a chamma da musica instrumental, mantendo, com sacrifício, o seu conjuneto estável, sob a batuta do maestro Caparrós. O que agora se tem de fazer é tão só ajuntar a essa orchestra — que já existe — outros elementos dos nossos círculos musicaes e compor a Orchestra Symphonica de Pernambuco. A cooperação terá de ser feita numa base de igualdade perfeita, revezando-se solistas e regentes para a organisação dos programmas. Nenhuma situação de inferioridade: collaboração mutua, defendidos interesses moraes recíprocos e assegurada, no final de contas, a realisação desse velho sonho dos que amam a boa musica, em nossa terra." — W.
DORES LOMBARES. REUMATISMO, ou ÁCIDO URICO. geralmente provêm do mau funcionamento dos RINS. Estes órgãos, para EXPULSAR as impurezas do sangue precisam, ás vezes, de um auxiliar de pronta eficácia, tal como as PÍLULAS de FOSTER. Seus RINS. nào luncionam bem? .. USE AS
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66
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1941
da
índice
energia
brasileira
**"**) Porto de Santos é ura dos soes. Houve mão firme nos ^-^ rumos da possante machina eco. primeiros factores da grandeza econômica de São Paulo e do Bra. nomica do Brasil, o que nos or. 'sil. Essa convicção se generalizou gulha immenso e nos rejublla ain. entre todos os que observam os da mais. factos da nossa histoiia contcmpo. Apesar disso ou por isso mes. vanea. A sua construcçâo marcou o mo, teve de sustentar tremendas •*•-**«••*. ' ^B-l^Z»ÍI**S^^2fl^"C^( flflh»jj*B-ll: ^^^^rttKaSraSf-fl***9 ^ inicio de uma nova éra para a eco. lutas, grandes campanhas, de ca. ,nomia paulista e veiu influenciar racter político, jornalístico e ju. toda a vida nacional. .^*a^PBs»B5 ^SVflfljiflir' ' diciario. f Poucos acontecimentos políticos Vencendo a todos, demonstrou terão tido uma repercussão de tal a solidez de sua explendlda es. modo profunda em nossa historia «^ truetura. Hoje. ninguém mais como esse notável cmprehendi. ousa contestar a grandeza do de do Um Santos. aspecto porto toento. Orgulha-nos que elle tenha Porto de Santos. Todos sabem sido planejado e executado, exclusivamente que a sua organização representa um tra. durante o anno de 1938 ultrapassado á res. por brasileiros. Constructores, technicos, balho perfeito de intelligencia, de ordem cifra dc tone. milhões dc peitavel quatro capitães — tudo foi brasileiro nas Docas e dc methodo. O seu movimento dobrou ladas. de Santos. Não houve desfallecimentos nem indeci. varias vezes. Esse orgulho se caracteriza ainda mais se levarmos em conta a cooperação mate. rial e moral da Companhia Docas de San. tos no engrandecimento do Brasil no pe. íriodo comprehendido pelos cincocnta an. issro^v nos da Republica. ¦ E assim commerando.se o meio cen. tenario do Brasil Republica, não poderia, mos deixar de assignalar a circumstancia de ter sido as Docas de Santos ura des melhores factores do nosso crescimento nesse tempo, prova singular da orientação segura que lhe imprimiram os seus fun. dadores e continuadores. Confrontando.se as cifras de seus rela. torios, verifica.se que o movimento de anno para anno é sempre crescente. Mas, o computo daquellas duas épocas 1889-1939 é o bastante para exemplificar a seqüência de uma orientação previa e propositada. I Tanto assim que, considcrando.se a gran. de importância das Docas, attendendo.se a circumstancias e razoes de ser um excel. lente auxiliar na navegação internacional, dando aportagem aos maiores navios do mundo, foi, segundo as regras do registro maritimo internacional, o porto de Santos elevado á categoria de "Primeira Classe", era virtude ainda de ter o seu movimento
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1941
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HORIZONTAES 1) Cavalio de Napoleão. 4) Gcnero dc plantas. 6) Cidade de França. 7) Tecido de lã. 9) Ignorante sem a ultima. 10) Cidade do Ceará. 11) Entrada. 12) Embarcação. 14) Protoxido de cálcio invertido. 15) Trans. 17) Avante invertido. 18) Pedra. 19) Freguezia portugueza. 21) Bom.
W / A2.000METROS A 2.000 METROS Pom\m um Poftsuo urn duplo tubo lubo de codo ceJ luigld*. qu« limita m «Maa<io oídio» da l/CAI DEALTUKA w«u»qu<nmiia»• DE ALTURA almotl*ric& Po» prcMÓo aimoftWrlca. /I Pot Hu Hw P>cm4o cum avi»«. «vila o Tajoromio da 'aa&ouÈ, MI ftnta. Garantida mcrhaacuE Zzfzzrzi pot 10 ano*. Co do PILOT ê acompanhodo ~ ftí&rk pcj wm tkuouo ccnurun. UST""** C4irur£M\. •«poda! gTaÜfc FIRME TERRA FIRME
VERTICAES
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nas Catai Enconlra-te raj Encontra-te Caia» Crdi, Crut, ^Br/w Mattos. Caneta Carioca. Cím Maftot, Cata Carioca, Marzulte, Cata Bruno • Cata Marzulto, mfjr Cata * if XJr Marítima. Cata Maritima. W ————I O
MALHO
68
1) Classe de plantas. 2) Vi escripto. 3) Incitante. 4) Habitação. 5) Inferno. 6) Instrumento. 8) Sufixo. 12) Nome proprio. 13) Medico portuguez. 14) Nota. 16) Rio da França. 20) Caminhava, (Solução no proximo numero) I — 1941
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SOLUÇÕES DOS PASSATEMPOS DO NUMERO PASSADO:
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Proverbio indú: Se não quer mentiras ouvir não faça perguntas. * Nossa personalidade pessoai é creação da opinião dos outros. — Marcel Prevost.
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ENIGMÁTICOS
BRASILEIRA
PROBLEMA COM PHOSPHOROS
Li ^^fl-ÉrÍ (Solução no próximo numero) I -
1941
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Tire os phosphoros que quizer, da figura conseguida com os 24 acima, deixando apenas 2 quadrados que oecupem o mesmo espaço que oecupavam os 9 quadrados. (Solução no próximo numero) O
MALHO
Associação dos Antigos Alumnos A dos Padres Jesuitas promoveram no dia 22 de Dezembro de 1940, nesta Capital, uma sessão solemne, commemorativa do centenário do Pe. Raphael Maria'Galanti, S. J., nome justamente conhecido e apreciado em nossos meios culturaes pelos seus estudos e por sua obra sobre a Historia do Brasil. O Pe. Galanti nasceu em Ascoli, Itália, no dia 15 de Novembro de 1840. Concluidos seus primeiros estudos, ingressou na Companhia de Jesus em 1860', fazendo seu noviciado, parte, em Avignone ; parte, em Roma. Vindo para o Brasil, ainda muito joven, mas já tendo concluído todos os difficeis cursos e provas impostas aos jesuitas, esteve três annos em Florianopolis, e após, em Itú, no Estado de São Paulo ; em Belém do Pará e em Nova Friburgo, no Estado do Rio de Janeiro, leccionando nos celebres Collegios S. Luiz de Anchieta, e no Seminario de Belém. Foi notável professor de Inglez, de Historia Universal e de Historia do Brasil, podendo orgulhar-se de haver instruído magnificamente nessas disciplinas, muitas e muitas gerações dos mais notáveis homens de nossa Pátria. Na sessão solemne commemorativa de seu centenário natalicio, realizada no salão nobre do Externato Santo Ignacio, á rua São Clemente, sob a presidencia do eminente Professor Haroldo Valladão, Cathedratico de Direito Internacional Privado da Universidade do Brasil, perante numerosa e selecta assistencia, usou da palavra, especialmente convidado, o Dr. Mozart Lago, antigo deputado Federal e jornalista, que foi um dos seus discentes, no Collegio Anchieta. Fazendo o elogio do Mestre, o Sr. Mozart Lago sustentou que a data do centenário natalicio do Pe. Galanti, era uma data genuína e verdadeiramente nacional. Sem duvida, demonstrou, muitos estrangeiros illustrês haviam estudado e escripto sobre
mann, que mais alongaram e generalizaram seus estudos, pois escreveram sobre a Historia do Brasil até seu tempo, nenhum, como o Pe. Galanti, que escreveu até á Republica, teve, como elle, o zelo de aprender a nossa língua e de escrever nella os respectivos trabalhos. O Pe. Galanti, nesse particular, é Identificou-se, E nào só. modelo. apaixonou-se de tal modo pelo Brasil, que, em seis alentados volumes sobre nossa Historia, elle só se refere aos homens e ás oousas do Brasil, chamando-os, como na narração da guerra do Paraguay, "nossos valentes soldados", "o nosso heróico Andrade Neves", "o nosso eminente Generalissimo depois Duque de Caxias", e assim sempre. No segundo volume de sua Historia, citou o Sr. Mozart Lago, o Pe. Galanti diz que os brasileiros não devem mendigar da historia grega ou romana, o thema de suas conversações sobre he-
RAPHAEL
MARIA
o Brasil, systematizando seus trabalhos históricos sobre a ethnographia brasilica, o descobrimento, usos e costumes dos selvagens, catechese, condições dos primitivos núcleos de colonização, expansào territorial, entradas e bandeiras, invasões dos francezes e dos hollandezes. Citou, a propósito, sem nomear os portuguezes, Hans Staden, Claude d'Abbeville, Condamine, Marcgraff, Barloeus, Nienhoff, Gandavo, Schmidel e J. de Levy ; sobre a historia politica, o Brasil - Reino, o Brasil - Império : — Armitage, Charlevoix, Milliet, e Toilenare, além de outros ; sobre a Historia Geral, R. Southey e Hendelmann. Mas nenhum desses eminentes autores, inclusive os últimos, Southey e Hendel-
PRESENTE E' O
GALANTI
róes e pessoas que se distinguiram em sciencias, letras e artes, pois que os possuimos, em quantidade, em nossa historia, para a gloria de Deus e ri» Humanidade. O Pe. Galanti, além de sua Historia do Brasil, em seis alentados volumes, deixou ainda, também escriptas Tia lin"Gramgua nacional brasileira, uma matica Ingleza", muito procurada, e uma "Historia Universal", divulgada em numerosas edições. Foi muito amigo e estimadissimo pelo historiador brasileiro Capistrano de Abreu. Victima de uma congestão cerebral, falleceu em Friburgo, nc Collegio Anchieta, no dia 2 de Agosto de 1917.
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Ha uns vinte annos, o poeta russo Remisof, para distrair sua sobrinha enferma, contou-lhe as fábulas que, mais tarde, publicou sob o titulo "Da vida do rei dos macacos". O rei dos macacos distribuía condecorações e nomeações. O poeta tornou reaes estas phantasias, estabelecendo elle mesmo essas condecorações, que repartia entre os escriptores. Deste modo, formou-se a "Academia de Macacos", á qual pertenciam todos os escriptores celebres da Rússia. Rosanov era o rei dos macacos ; seguia - se - lhe, em hierarchia o escritor Gorki, que possuía o burlesco titulo de "PrinciRtew-v£.- ¦» *zz-- ---my._'t ra M!|lll pe dos macacos e Cavalheiro de 1. • Gráo com o Globo". Por causa de fl^M^Éflfl^Lj fiaflflf*sJflBa| * **(H uma cauda de macaco, os artistas e escriptores de PetrograHOTEL AVENIDA do chegaram Capacidade para 500 hospedes em certa oceasiâo a dividir-se em O MAIS CENTRAL dois bandos, um O MAIS COMMODO dos quaes se chaO MAIS ECONÔMICO mava Prd - cauda, Água corrente e telephone em emquanto o outro todos os quartos se chamava conDiária por pessoa 30$000 a -10$ tra-cauda. O incidente foi origiCasa] 50$000 a 60$000 nado pelo mesmo Quarto com banho para casal Remisof, o qual 70$000. 80$000 cortou a cauda de AVENIDA RIO um macaco que Sologub, empresBRANCO, 152 a 162 tara a Al e xa j GALERIA CRUZEIRO ) ( Tolstoi, para com"AVENIDA" Ende. Telegr. pletar a phantaTELEPH. 22.9800 sia com que este RIO DE JANEIRO devia ir a um baile.
Quanto dinheiro ganha um homem durante sua vida de trabalho ? Quanto terá elle economizado durante esse tempo ! — Talvez nada. ' Eis porque o seguro de vida se recommenda desde a mocidade, afim de que, na velhice, exista um pecúlio disponível creado sem esforço. Si o homem vive, a apólice é pecúlio ¦ si morre, é seguro. Um contracto de seguro de vida é uma operação a prazo longo e não para futuro immediato. Assim, antes de instina solidez seguro um da Companhia que vae tuir ; pense emíttir a apólice. AMERICA SUL COMPANHIA NACIONAL DE SEGUROS DE VIDA R I O
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JANEIRO 72
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59 I -
1941
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QUE OS
REVELAM LÁBIOS
Ha um velho adagio que diz: "si quizer conhecer as aspirações que um ser traz ao vir a este mundo, exami. na os seus olhos, porém, si quizer saber o que a vida fez delle, olha os seus lábios". Assim é que os lábios finos e cerrados trazem a marca de nossa inibições, de nosso egoísmo e, ás vezes, de nossa crueldade. Os lábios .finos e sinuosos indicam não só espi. ritualidade, mas também indecisão, que pôde ir até á intriga e á falsidade. A bocca arqueada traduz nosso des. prezo pela humanidade, nossas desillu. sões, nossa indifferença e uma tenden. cia á criica. O lábio superior mais fino do que o inferior revela força de caracter, coquetteria, curiosidade de espirito e sensibilidade elevada. Si o lábio superior é mais grosso do que o inferior; denota timidez, candura, es. pirito crédulo e suggestionavel, que tem necessidade de admirar para po_ der amar. A pessoa de lábios grossos e de contornos nítidos é generosa, in. dulgente, corajosa, e de sentimentos filiaes muito desenvolvidos. Uma boc. ca com as extremidades elevadas riespontaneamente das surpresas que lhe reserva o destino que cm recompensa a esse optimismo, lhe concede o amor e a amizade. 2.a edição
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ABUSOU
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1941
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igarapé no matagal serpeia. O igarapd braço pequenino. Sào Francisco 6é brago Do S&o então beijandcf beijandcf' a areia, Se a brisa o encrespa, ent&o j& já se julga um oceano peregrino.
Gaa^ftes Canções
nko receia, violências dos ventos nào As violencias terreno campezino. em occulta se pois nào anseia Ccmo o lago tranquillo, n3.o por conter os rigores do destino. Quando algum dia afortunado goza, já se julga inaudito mar ..... . de rosa o amor da gloria, "passer" fugidio ;
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MALHO
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RIO
AVENIDA
nâo receia os desenganos occulto, n&o que a vida encerra no correr dos annos, — tal cómo igarapd do grande rio. como o igarapé HORMINO
RUA
LYRA
74
DE
MARQO, MARÇO.
BRANCO, PASSOS,
RUA
SIQUEIRA
RIO
DE
CAMPOS,
4 7 47 137 40 23
JANEIRO
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encu'[a fotografia Duarte, Maria Sra. "Leite de dedicada feita esta pelo t^O^h " pagina Rosas" ás mulheres bonitas que o usam e preçoíbeife __ <ra^ nizam, é uma doce poetisa do Norte, desse ardente Ceará de jangadas e vaqueiros intemeraou no J-os, que escrevem, sobre o dorso do mar >_ seio da floresta impenetrável, os mais belos poemas de coragem e de destreza do caboclo nordestino. Tem, por isso mesmo, o sangue e a inteligencia daquela gente vigorosa e heróica. Seu "POEMAS" revela um talento original e a fascinante sensilivro bilidade de mulher que cultiva as belas-letras com a força de uma vocação irresistível. A Sra. Maria Duarte é, além do mais, uma dama elegante e de bom gosto, que escolhe, para seu uso pessoal, os produtos dotes naturais que realçam a beleza feminina sem sacrificar os e da beleda sentido um aprimorado Com perfeição mulher. da "Leite cie za, só usa o "o Rosas" que considera A PEQUENA CANÇÃO DO beleza da amigo maior LUAR feminina". Maravilhoso paradiA lua muito vermelha de pudor gma de mulher moderchorai'a lagrimas de estrelas na, ela desvenda ás suas no grande lenço concavo do céu. lindas conterrâneas o see gredo da fascinação Mãe d'agua inteiramente nua, do dominio feminino — beijava doidamente o jangadeiro •terno sonho de todas que se perdeu nas agitas do mar alto. at mulheres. Mas, prestemos uma Seu corpo muito branco e muito liso homenagem á formosa parecia um espelho a refletir as estrelas de lagrimas da lua poetisa, nesta pagina "Leite de Rosas", do que pingavam gota a gota transcrevendo estes Undo grande lenço concavo do céu. dos versos de seu harmonioso livro : • »
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I— OS TERMÔMETROS
LITERATURA INFANTIL BRASILEIRA NOS ESTADOS UNIDOS
AL como tem acontecid o com a masica brasileira, que está agora começando a encontrar repercussão em concertos, irradiações, films, gravações, "night - clubs" e nos theatros, tambem, a literatura sobre o Brasil está cada vez tomando maior vulto nos Estados Unidos, ao mesmo tempo que se diversif ica. Ainda agora, pelo motivo da approximação do Natal, varias sâo as obras para crianças que estão sendo editadas, inspiradas em themas brasileiros.
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çado ainda este mez no mercado norteamericano pelos editores Grosset & Dunlap. Esta obra foi impressa no Brasil e mereceu a cooperação do Ministerio da Educação e Saúde. Ê illustrada por Paulo Werneck.
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Mas agora venho a crer que pra tudo Deus dá geito: cavallo se barganha, "retêia", a casa a gente do gury se tira a manha, na muie se mette a peia
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OS MODOS DE DIZER. Viajava, em Matto Grosso o notave. ministro da Fazenda, do governo Campos quando, em Salles: Joaquim Murtinho, certa cidade, alguém da comitiva o aprecoronel, homem da mais um sentou a c alta importância local, que, sorridente "O coro. lisongeado, lhe estendeu a mão: não conhecia ainda o nosso nel Fragoso " — a pessoa que apre. indagou "Muito, chefe ? de tradição; sentará. E o coronel: verbalmente, só agora tenho essa honra'. O Dr. Murtinho sorriu, agradecido, pela intenção do correligionário. Também Coe. lho Netto. quando andou pelo Maranhão, em propaganda politica, foi saudado, num discurso, pelo juiz"o municipal de Codó, maior escripturario que lhe chamou: do Brasil.
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eom mccejio nas moléstia» figado ou intestinos. Essas nas pílulas, além da tônicas, são indicadas dispepsias, dores de cabeça, moléstias do Empregadas
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figado e prisão de ventre. São um podoroso digestivo e regulariiador das funeções gastro-inteitínaes. A VENDA EM TODAS AS PfHARWACIAS Depositários :
Sr., que já se acostumou a dar todos os Nataes um presente á sua esposa, não teria prazer em dar-lhe, agora, um presente dillerente, um presente ca— a paz de garantir — em sua ausência manutenção da familia ? Pense nas difficuldades com que luetará sua esposa, para custear os gastos da casa, si o Sr. desapparecer, de repente A casa, a alimenta_6o, as roupas, os estudos de seu filho -quem custeará essas despesas? O Sr., preoecupado com o bem estar da familia, deve ava liar que, no momento, nenhum presente poderá agradar mais a sua esposa do que um seguro de vida, trazendo lhe a certeza de uma protecção no futuro Aproveite, portanto, este Natal! Não creia que só os abastados podem fazer um seguro
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Sua esposa e seus filhos também merecem essa protecção, e o Sr. pode dal-a, sem comprometter o seu orçamento de cada mez. Para certificar se disto e, ao mesmo tempo estudar um plano de seguro que »e adapte bem — tanto ás suas exigências de familia como ás suas possibilidades financeiras, procure trocar idéias com um Agente da Sul America.
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de Emilio de Menezes, commentavam-se os artigos de certo jornalista carioca. Alguém se referia á vasta cultura do jornalista: — Escreve PERTO sobre todos os assumptos ! é admirável ! nunca vi uma tão larga erudição. Conhece tudo, escreve sobre tudo ... espantoso ! não achas, Emilio ? Incontestavelmente. .. tornou o poeta, mas é predio da Avenida ... Como assim ? — Muita frente e pouco fundo ...
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