Revista O Malho

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ANNO XL — NUMERO

14 — MARÇO DE 1941 — PREÇO 35

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E ÍLBWO ALVES DOS SANTOS

MARCENARIA MECHANICA MELLO,

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A parte de serviço situada na frente está perfeitamente solucionada com a construcção do muro figurado no estudo e formando um pateo interior. A casa é de três quartos e duas salas, cosinha, banheiro. quarto de empregada e abrigo para carro e seu custo é actualmente de, approximadamente. RS: 65:OOO$O00 (Sessenta e cinco contos de réis), empregando-se material de primeira qualidade e com acabamento perfeito. Toda a correspondência para esta secção deve ser endereçada a: Arq. G. Yalença. Escriptorio Technico LUIZ DERENNE & CIA. LTDA. Rua Chile n.° 21 - I.° andar. — RIO.

CARPINTARIA

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T\ EPOIS de um longo período de ausência nas pa"O MALHO", nossos '¦*/ collaboradores do ginas de escriptorio technico LUIZ DERENNE & CIA. LTDA., voltam novamente a collaborar no MALHO, apresentando trabalhos «que por tanto tempo interessaram nossos leitores e que elles haviam deixado por motivos alheios á vontade de todos nós. Reiniciando esta série de collaboraçfies. oa Archítectps de LUIZ DERENNE & CIA. LTDA. apresentam nenta página um estudo para uma casa economica. num terreno, mínimo de 10.00 x 15.00. Sua distribuição foi concebida tendei em conta que se trata de uma Casa typo médio, porém bem econômica. Si bem as dimensões das peças não K aprcsentem excepcionaes, sua distribuição é do typo que podemos chamar "compriraido" isto é. (Jue no menor espaço po» sivel procuramos assegurar o maior confortO. Sua orientação, conforme pode mos verificar pela planta, está na direcção do eixo longitudinal <io terreno, com a melhor vista situada nos fundos, 0 nUe obrigou o architecto collocar toda a parte de serviço voltada para a rua. tendo em rista assegurar o aproveitamento cio lado

paisagístico existente.

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MENSARIO ILLUSTRADO Edição da Soe. A. O MALHO

ANNO XL — NUMERO 14 MARÇO — 1941

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EM TODO O BRASIL Direcção e Escriptorio TRAVESSA DO OUVIDOR, 26 Caixa Postal, 880 — Tel. 23-4422 Redacção e Officinas RUA VISCONDE DE ITAÚNA, 419 Tel. 22-8073 — End. Teleg.: O MALHO

III — 1941

NUMERO

CONTÉM

CAPA

Não ha amador, não ha photographo, não ha pintor que não tenha procurado reproduzil-a, exactamente porque, pelo seu estylo, é uma das notas mais curiosas da cidade serrana. lambem a focalisou Haydéa Santiago, que é hoje considerada, entre as pintoras brasileiras, a mais romantica e a mais sensível. Com uma technica arrojada, que se aperíeiçôa todos os dias, no colorido e no desenho, Haydéa Santiago evolúe sempre, no sentido da perfeição. Seus últimos trabalhos têm demonstrado o que acabamos de affirmar, da fôrma a mais brilhante. No quadro que reproduzimos estão perfeitamente afíirmadas as qualidades de artista, que caracterizam Haydéa Santiago, como uma pintora de inconfundível personalidade no nosso meio.

PREÇO DAS ASSIGNATURAS

ESTE

NOSSA

A igrejiniia de Therezopolis ... Quem não conhece, pelo menos atravez de photographias, a linda igrejinha que reproduzimos, em trichromia, na nossa capa de hoje ?

Directores: ANTONIO A. DE SOUZA E SILVA OSWALDO DE SOUZA E SILVA

U^n anno Seis niezes Numero avulso

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78 PAGINAS

— 3 —

O MALHO


e LENDA TECHNIGA

Os seres, que as fadas faziam derramar riquezas pela bocca, se tornaram reaes com a grande creação da technica — o . . . SPEAKER /

O uso das PASTILHAS MINORATIVAS restituiu-me a alegria e bem estar. Esse producto é um laxativo suave para todas as idades e também um excellente tonico

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Teus retratinhos, pequena, Dizem mais que um malmequer : Só dizem bem, que faz pena fazer penar quem se quer.

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Se, indecisa, a flor dá chance Com o bem qu.2 a sorte insinua, Do retrato o último lance diz tudo : — "sou sempre tua". F. CAMINHA

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a gravata já us romanos conheciam sol) "focalc c nome era, primitivamente. de u usa<la pelos doente- e pessoas débeis; —¦ a ultima batalha naval de importância onde figuraram embarcações foi a de Lepanto em 1571 ; o primeiro tratado de therapeutica foi publicado na China, em 2.700 A. C, pelo imperador Chin-Xong; as proposições sobre as lunulas, devidas a Hipocrates de Chios, são os mais antipos especimens existentes de demonstrações geométricas pelo raciocínio; ¦— Herophilo e Efasistrato, da escola medica de Alexandria, são os verdadeiros fundadores da anatomia descriptiya e tambem os que primeiro praticaram disseci humanas ; foi Galeno o que primeiro estudou as glândulas no ser vivo; - a "nicotina" do fumo deve seu nome a Lineu e que este assim ;i baptizou porque esta planta foi conhecida na Europa, pela primeira vez. graças a João Nicot, ministro francez em Portugal; Harvey foi quem descobriu a circulação do sangue; o envoltório da "arca da alliança" dos judeus, chamava-se "propiciatórío" e formava uma espécie de coroa de ouro; Pinei é o verdadeiro criador da nosologia; foram Bompland e Humboldt os que primeiro descreveram a castanha do Pará e deram o nome de "Bertholetia Excelsa", como hoje é conhecida sei-

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entificamente;

Richat é o verdadeiro criador da histologia; o primeiro jornal que no Brasil se publicou foi a "Gazeta do Ri,, dc Janeiro", fundada a 10 de Setembro de 1808; Pecquet foi quem descobriu a existência do canal thoraxico: o primeiro pé de cacau que se plantou no Brasil foi em 1740, nu município de Cannavieiras, estado da Bahia, numa fazenda chamada "Cubículo"; <> melhor algodão do mundo tem o nome de 'moco" e Floresce no Ceará na Região do Seridó.

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OS LIVROS AMIGOS Ha quem diga que os livros são os nossos melhores amigos. Ha quem chegue ao exaggero de affirmar que eiles são os únicos amigos, leaes e sinceros, com os quaes podemos contar incondicionalmente para nos consolar nos momentos de afflicção e desespero. E' evidente que ha muita dilatacão gasosa nessa maneira de ver. Os livros podem ser bons companheiros. Podem dar-nos pptimos conselhos. Podem ensinar-nos nuitas coisas úteis, trazendo-nos grandes alegrias e abuniantes lucros, o que, naturalmente, ainda mais augmentara a nossa satisfação. Mas nem todos os livros são nosso samigos. Ha livros que nos perturbam o espirito. Ha outros que nos revoltam, pelo cynismo de suas idéas e outros ainda que nos caceteiam e dão tédio. Ha livros que são verdadeiros entorpecentes e seus effeitos nocivos em nada ficam a dever ao ópio, á morfina e a outros alcalóides, perseguidos pela policia. E' certo que os livros, como companheiros, offerecem muito mais vantagens do que os nossos amigos de carne e osso. Estes costumam aDDarecer exactamente á hora do almoço e comem como gente grande. Quando, porém, comparecem depois do jantar, a sua chegada coincide COLLECÇÕES DE LUXO. sempre com a hora em que vamos sahindo para ir ao cinema e, já se sabe, não ha outro remédio senão o de conDE BOM GOSTO, vidal-os a entrar comnosco. Os livros são mais consclenciosos e mais modestos nas suas exigências. As despesas que nos dão são ridículas diante dos prejuízos que nos impoPOR PREÇOS MÓDICOS em os nossos bons amigos da espécie humana. om umas pitadas de naphtalina, de três em três mezes, os livros estão satisfeitos. E, com uma simples encadernação, são, às vezes, capazes de passar toda a vida, ao contrario dos nossos amigos humanos, que, volta e meia, estão precisando de roupa para se apresentarem em sociedade. Os livros — quando são de cheques — até dinheiro CATTETE, 55 59 podem nos dar, o que não se verifica com os nossos amigos, que só nos levam. Ha, pois, um certo fundo de verdade nessa aífirmatíva que clasifica os livros como os melhorea Que menino cheio de vida! amigos do homem. Mas esse conceito não deve ser Nào parece o metmo que, h_ aomente alpinl metei, Verifique citava fraco c doentio' extremamente exaggerado. o nome DURYEA Antei, citava tempre cantado, nio participava doa Amigos por amigos, são a acampamento o jogoi ativo, com eu outroa mcninoa. nao tinha apetite? No entanto, deade que começou a aaborear oa alipreferiveis os livros, poríndio em cada mento» nutntivot. como topai, legume! cercai, e que poderemos nos desfapacote pudim preparadot com MAIZENA DURYEA. aeu zer delles sempre que deapetite aumentou ccmtideravelmente. sejarmos. Com os nossos Retultado: um menino aadio, felii, cheio de enerpa. amigos homens já não poCompre MA IZEN A DURYEA. A venda em toda parte. demos íazer o mesmo, principalmente, quando a cultura physica. praticam IrU-lLHM MAIZENA BRASIL S. 11 e Eu prefiro ter os livros CAIXA POS1 AL. F SÀO PAULO "RactiUs como amigos, mesmo por27 Gratitl Rtm*ta-i-« i«u livro dt Cozinha' que ha homens que não NOME dariam nada no sebo. *UA . _rf»M\

LYTOPHAN Moveis Finos

A RENASCENÇA

2

MAIZENA DURYEA

CIDADE

O MALHO

ESTADO

Barão de Itararé

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IH — 1941


UM MINUTO DE

BOM HUMOR AMIGOS

ENTRE

E' este o retrato de tua noiva? E'. Que tal? Supponho que deve ser muito rica... • NA PRISÃO O guarda — Ahi vem sua sogra para visital-o. O preso — Que caceteação! Diga-lhe que sahi, sim?

SOCCORRO

PROMPTO

O medico — Assim que chegarem ao posto, dêm-lhe dois enfermeiros e um calice de vinho. O ferido — Absolutamente: dém-m. um só enfermeiro e dois cálices de vinho! • NA AULA O mestre — Quem foi Victor Mcirelles? O aluntno — Um grande pintor brasileiro. O mestre — Muito bem... Qual a sua obra prima? O alumno — Momento de silencio. (Um assopra de traz ao arguido, que pensa ter escutado bem) — "Quadro da 1. missa no Brasil"). — "O retrato da 1." Miss Brasil", respondeu todo ufano o alumno interrogado.

US TORTURAS Dl ADIPOSIDADE E' fato, já notório, que o excesso de gordura no organismo é de origem mórbida, e, por isso mesmo, pôde acarretar-lhe sérias e irreparáveis lesões, taes como disturbios cardiacos circulatórios, renaes, digestivos, genitaes e cutaneos. Nem mesmo o sistema nervoso escapa à ação prejudicial da gordura. O peor, porém, é que os gordos teem que suportar, não raro, a critica mordaz e situações ridículas que mortificam ainda mais os seus nervos. A í IjrMw m^ \ *^^iJüJ^\^^f^^ • _L-^^ ___________i__Lt senhora que está se aprontando para sair com urgência é uma das muitas vitimas que provam a asserção aci.ma. E' moça ainda, e, no entanto, já parece velha matrona, pois tem o rosto e, cm geral, o corpo, outrora lindos, detformados pela gordura. E sempre está sujeita à torturante humilhação de ser forçada a recorrer a destresa de sua empregada, esbelta e lépida, para apertar-lhe a ingrata cinta, afim de diminuir o grotesco e o ridículo do seu aspecto funambulesco. No entanto, se esta senhora fizesse uso do generoso preparado — Leanogin — composto de essências de algas marinhas e estratos glandulares, o excesso de gordura seria imediatamente eliminado, sem dietas nem regimens martirisantes. No Departamento de Produtos Científicos, sito à rua Alcindo Guanabara, 17-5.° andar, Rio de Janeiro, são prestados, mediante correspondência ou verbalmente, por pessoas atenciosas e competentes, todos os esclarecimentos necessários. Nas principais drogarias da praça é fácil obter, gratuitamente, interessante e elucidativa literatura sobre o assunto. As drageas Leanogin combatem as mais remotas causas da gordura excessiva e dão elegância, saúde, beleza e bem estar. Leanogin é inteiramente inofensivo porque não contém tiróide.

GALERIA

ENTRE O PRANTO E O RISO Professor — Diga-me duas palavras antonymas. Alumno — Pranto e riso. Professor — E que fica entre elles? Alumno — O nariz.

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III — 1941

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Ribeiro LARGO

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MATRIZ

Em edição Getulio Costa, acaba de app«recer cm novo livro de Ribeiro Couto. O ilustre escriptor, membro da Academia Braa, consagrado como um dos contista; ma>imos do Brasil, através dos seus livros "Baiani."O crime do estudante Baptista", "O "A club èinzento", casa do gato nha", das esposas enganadas", dá-nos nesse novo volume uma das suas nysis interessante cellecções de contos, escriptos naquelle estylo vivo, moderno, cheio de graça, de agilidade, de originalidade, que é a marca carada sua producção. >mda Matriz", o seu novo livro oebe-se naquelle mesmo sentimento de ternuna e de encantamento pelas coisas brpsi ieiias, que caracterisu toda a obra de Ribeiro Coute, impregnada, sempre, de profundo nacionalismo, de um cheiro intenso de brasiiidade. A capa do Volume é de Sotero Cosme. que vinhentou, com felicidade no frontespicio, em miniatura, a miatriz vetusta a que alude o primeiro conto da coílecção, que dá titulo ao volume. cteristica "Largo

PORONGO Poemas leves, de rima solta e saltitante "PoBentes reuniu em os que Paulo Ponlançijdo irmãos volume rorgo", pelos — Editores, cem delicadas illustrações getti de Alves de Menezes. recebeu elogiosa rePau'o Bentes, que ceprío em i939. por pvarte dos nossos cri"O outro Brasil", deticos, quande publicou "Porongo" uma inspimonstra nos versos de nutrida de intenso amor á terra, á nação e paisagens naturaes. gieba, ás coisas Seus poemas, por isso mesmo, agradam e transportam o leitor a um mundo novo e ditferente, de que o poeta se fez excellente seu livro. paisagista em Não se pôde ter duvida, assim, de que "Porongo" será recebido pela critica com o o bom acolhimento dó liyro anterior de seu

autor.

COMO NASCEU A CIDADE MARAVILHOSA Cia. MelhoreEm caprichosa edição da Thales de o Paulo, S. professor de mentos da Civil,Historia de Andrade, cotnedratico de Escola Normal Brasil do Historia e saç.o interessante de fi.acicaba, vem de publicar simples relato histórico em que, com palavras con..creanças escrever para como se deve "Como nasceu a Cidade Maaos pequeninos ravilhosa".

O MALHO

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O professor Thales de Andrade consagrou o seu trabalho é commemoração do 20 óo Janeiro de 1567, date da fundação da cidade de S. Sebastião do Rio de Janeiro, e soube mais uma vez aproveitar a opportunidade que se lhe offereceu pau. ao mesde indiscutivel mo tempo que fazja obra utilidade histórica e didactica. fixando data; e resalfpndo perfis diluídos no 'empo. Faz méis uma amostra, e valiosa, das qualid.v des de escriptor que domina perfeitamento os segredos da arte de rlarrar com beileza o

causas

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EVOLUÇÃO

LINHAS

DE

NOSSA

POLÍTICA"

Está destinado a grande suecesso o novo livro do Capitão S. Sombra, nome conhecido tanto em nossos meios intellectuaes como na vida politica nacional. Trabalho corajoso e realista, na linha sócioloqica que vem caracterizando os estudos his toricos contemporâneos, dissece el'e a nossa historia politica com uma notável agudeza de penetração e focaliza á luz de implacável objectividade os nossos grandes estadistas. A Independência, a abdicação, a regência, a maloridade, a crise de 1868 e o advento da Republica são anelizad_>s com um alto senso critico, baseado nas melhores fontes e num seguro conhecimento de Sociologia politica. Livro dialético, distante dessas narrativas históricas monótonas, composto de quadros fortemente illuminados. npo passará sem polemicas, po'que é um livro vivo, novo, affirmativo. refletindo forte convicção estribaob em brilhantj e culta intelligencia. Editou-o 'Ze!io Valv.,rde Editor".

— 8 —

como

um

combate

despertor

iRAYrn Ira 1 ru f/.Kirr.irsKKKr

ino-

suave sobre

permitindo um tranqüilo reporador, e

E' toda a historia do povo judeu, que se fez neste livro de Hendrick Vpn Loon, autor tão conhecido e admirado pelo publica brasileiro. Colloca-se elle numa posição de nem conabsoluta neutralidade: não é... tra nem a favor dos judeus. E, mesmo, o moderna : seu livro não alcança a épocu relata-nos, apenas, segundo os documentos da historia e as affirmações do Velho Testamento, o que foi a formação do velhisiimo povo judeu, desde ias suas remotas ori-

"AS

terrivel

dessa

insonio que a aflige? Preocupações moreis? Motivos de ordem

insonia,

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MARAVAL III— 10-11


1)6 lli MtÈ Para Deus paraquaiqu»^0*!;-

O sofrimento me tornou piedoso E póz-me um doce luar no coração... Tu o sabes, Deus misericordioso! Para o que bem me fez ao bem me coso, Para o que me fez mal dou meu perdão! Do amor eu fiz a cândida argamassa Com que construi meu torreão, Senhor! Indiferente aos ventos da desgraça, Porque construido com amor e graça, E são tudo no mundo — Graça e Amor! Ah! pudesse eu, por entre verdes palmas, As palmas das festivas estações, E abrira, em hora de venturas calmas, Um caminho de luz dentro das almas, E uma estrada de amor nos corações!... Ampara-me, Senhor! que a caridade Toda me envolva no seu casto véo! Se me concedes a felicidade De ser meu verbo o palio da Verdade, Verme — sem azas! — roçarei o céu! Abençoa, bom Deus, mas não esquece De sempre abençoar a minha cruz; Farei de cada magua uma alta prece E da injustiça e da calúnia — a messe Farei das xosas imortaes da luz! Ah! que ventura imensa não seria Se eu pudesse num deus me transformar! Ao bom, ao máo, á flor, á noite, ao dia, A' pomba, á fera, ao sapo — abençoaria, Presa a imagem do Cristo ao meu olhar! Senhor! eu quero, eu amo, adoro as crianças Como a querê-las ensinou Jesus, Por isso arrulham pombas rolas mansas E ha ninhos luminosos de esperanças E lirios brancos sobre a minha cruz!

É Sempre Agradável Escrever com NO ESCRITÓRIO

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BbHISE ÍbbBV EM VIAGEM

EuTse um manto arrastei de amargas dores, IE mostrei de uma chaga a cicatriz), Mudei-as todas em graciosas flores A' sombra dos meus jardins interiores, E ahi guardando-as morrerei feliz!

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Morrei tendo nos lábios um sorriso E na alma uma oração para os ateus, E. deslumbrado, ver, num áureo friso, A lindeza, sem par do paraizo E, em apoteoses de soes, envolto — Deus!

PARA O ESTUDANTE

E com a alma anciosa colocada diante Do fatal ponto de interrogação, Perceber-me centelha rutilante Do fulgor da matéria irradiante, Do brilho eterno de espiritual clarão!

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Leoncio Coireia

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III - 1941

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O MALHO


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O golfinho, mais conhecido sob a denominação de "boto".

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BOTO

QUE

NASCEU NUM AQU ARIUM

oceanarium de Marineland, Unidos), Florida (Estados NO " annunctou um golfinho "bebe". Para os scientistas, esse aconteaos sete ventos o nascimento de seu primeiro cimento marcará época na historia... natural. Nunca, ao que affirmam. se vira a femea de um porco-marinho dar á luz num aquarium... E começaram a surgir notas interessantes sobre a vida daquelles mamnuferos. Sabe-se agora que os pequenos golfinhos, quando nascem, a primeira parte que deixam ver dc seu corpo é a cauda, e que dia K nutentam com 0 l«fte que. durante anno e meio, sugam nas tetas materna-. As photos que illustrani cta nota foram colhidas no interior de um Aquarium. da Mctcor Publishing Agency, de Nova York. camera-men pelos

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Um golfinho

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JERONIMOS Por OSVALDO ORICO DA ACADEMIA BRASILEIRA

O EMPRE que passo nas vizinhanças da fonte luminosa que demora em frente aos Jeronimos, a minha fantasia me leva a uma interpretação audaciosa daquele jogo da agua e da luz. Para os meus sentidos, aquela fonte não tem apenas intenção decorativa, mas um sentido de reverencia. Ê o mundo nas ooeanicas disciplinam-se em movimentos ritmados, combisuas formas sensíveis que desfila continuamente diante da nam-se em arabescos, repartem-se em nuvens, criando majestade dos Jeronimos. O bailado espetacular não é gestos e policromias. Ora são laminas de punhais furando a noite apenas o efeito da técnica, mas um gesto da vida, pagina ; ora chamas de cristal acesas na agua ; ora espadas universal que se desdobra continuamente em ritmos e cores. sé que chocam em duelos de espumas. As cadências Sei que me excedo, que vou conduzido pela variedade e que se repetem parecem sempre novas. Prendem, fascinam, sugerem alucinação das formas a uma alucinação de idéas. Assim panoramas e distancias. Agora, aqueles jactos flexiveis mesmo admito o engano e julgo ver na coreografia da lembram corpos de bailarinas e ninfas camoneanas, jogando à noite espuma e da luz uma cena imperial, um desfile de corpos véus que se dissolvem. Logo depois, é brancos e elásticos. uma procissão de anjos, como nas estampas dos primitivos, Ravel musicou os jogos da agua, transpondo de um carregando faixas " cruzam- ^ue se emaranham e se leve murmurio a sonata que estava escondida na feerie. fundem no crisol guloso do repuxo. Levando por diante a sua capacidade Palazzeschi escutou na fonte gorgolejante o cristal de uma de sugerir, a fonte luminosa inventa voz em estado de lágrima. Por que não seguir o exemplo ou faz pensar em chuva de estrelas, contos de fadas, botes e não concluir também, diante desta salva rendada, que se de seretas Tão sífaüga não descansa, improvisando maravilhas alteia em jorros de cristal ou desce em pingentes de prata, que se sucedem, que passam e que voltam, rejuvenescidas, frescas, que ha também uma alegoria na sua força plastica, que o irisadas, indecifraveis. universo está ali presente, decomposto na magia dos seus elementos vitais — a agua e a luz. escntos na nolte. ^i™0gllf°S ** encarnaram soluços perdidos na distanNa visão dramatica dessa fonte, que sobe e desce em formas que desafiam a oontinuamente, que se eleva com elegancia e tomba com imaginaçãoqUe alarido, a espuma e a cor sugerem alguma coisa mais 6 tantaS Su®'es^®es em que ° de8*echo de uma combinação electrica. São recordações que é fértil a dansa policroma frvnt ExPosiÇã° de Belem, que é o grande em marcha, reminiscencias aladas, vigilias no Daraue eronimos, °a recordo mar, tormentos a de um cronista português, que se estilizaram, angustifs que se comprimiram, anseios "a cenografia da agua e da luz o "perfil de uma ?/HU Que se contorceram até ganhar formas fluidicas, estilo f CS 'an^° Uma ^s^oria salpicada luminoso e aparência de estrelas". Sim. Ele t em razão. E, realmente, quimerica. Scheherezada que ressuscita 86 transforma e rnaterialisa nos esponsais da agua num repuxo e conta e d TUd° uz. As ondas do mar tenebroso e o ceu das oito séculos de historia "a um círculo tempestades pasmado de creanças". III — 1841 — 13 — O MALHO


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Gravatas celebres: as de Bougainville, La Pérouse, Villaret de Joyeuse e Robespierre.

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de Brummel, rei dos danaffirmativa, dies, esta daquella ouparodia ^aeraaaa» tra de Buffon que todos conhecem. E quem se dér ao trabalho de pesquisar o que se tem escripto sobre essa peça do vestuário masculina, encontrará no diccionario Larousse, austero e sóbrio como nennum outro, a affirmativa de que "a sciencia de bem vestir está resumida no modo de trazer a gravata". entretanto, a Qual será, origem dessa tira de panno colorido, contra a qual se desencadeia nos nossos dias a mais tremenda das offensiGravata tímida, que se vas, que muitos consideram esconde entre as poninstrumento de supplicio mas tas do collarinho. que, apezar disso, hoje como de Brummel, ainnos tempos da continua a ser a pedra de toque da elegância. Até o secuio XVII os homens usavam o pescoço a nú. Mas occorreu que um regimento de Croatas esteve á França, e os soldados desse regimento usavam, no pescoço uma bande de mouselline, enfeitada com rendas. .Assim foi que appareceu, na França, o uso da gravata, e é de notar que a própria palavra íranceza "cravate" tem qualquer consonância com "croate"... Luiz XIV chegou a criar, na sua corte, o cargo de "cravatier". f-

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Dahi para diante a gravata passou por varias phases de vida, mudou de aspecto, de fôrma, de tamanho, chegando mesmo a ter o dom de caracterisar as differentes épocas. A' gravata deveram muitos intellectuaes da época do romantismo a sua popularidade. Alfred de Musset usava a gravata de tres voltas, chamada gravata "dos bellos tenebrosos" que, por ser negra, fazia contrastar maravilhosamente a pallidez dos dandies poéticos do seu tempo. Acompanhando o evoluir da moda masculina, a gravata teve, pois, formas, tamanhos, aspectos vários. Até chegarmos á época demolidora em que vivemos, em que os jovens se estão contra ella rebellando. Essa rebellião. entretanto, é uma de moda. E' chegada a moda de "não usar gravata"questão e a ausência desse ornamento secular é ainda uma homenagem que lhe Prestam os dandies de hoje. Quem nos garantirá que, depois da moda do collaririno aberto, os elegantes não usarão gravatas enormes foinudas e tão incommodas como as de outras épocas que passaram? III — 194J

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O sport e o cinema venceram o tabu ãa gravata.

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Embarque de tropas sul-africanas num transatlantico inglez. Grande multidão, no caes, faz-lhes uma demonstração de agrado

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Chegada de um contingente de tropas sul-africanas d África Oriental. O Governador de Kenya dá-lhe as bôas-vindas

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im ( Photos Presse - Informations especlaes para "O MALHO" )

Um rancho de officiaes do Exerj jf cito Colonial Inglez no deserto, f*®5 Vê-se um delles deliciando-se com uma revista parisiense O MALHO

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O MALHO


MINISTRO RUY CARNEIRO DA CUNHA — Após ter occupado destacadas posições na administração do Districto Federal, inclusive a de Secretario da Educação e Cultura, cargo que exerceu com brilho e competencia, foi nomeado Ministro do Tribunal ie Contas da Prefeitura da Capital, o Dr. Ruy Carnciro da Cunha, uma das mais promissoras figuras do scenario político e administrativo local. Vemol-o no medalhão, e no grupo, que foi feito após a sua investidura no alto cargo, ao lado do Presiiente daquelle Tribunal, Conego Olympio de Mello e cercado de amigos que o homenagearam por motivo da sua nomeação

O NOVO INTERVENTOR FEDERAL EM ALAGOAS — Grupo feito no Ministério da Justiça após ter sido dada a posse ao novo Interventor Federal em Alagôas, Capitão Ismar de Góes Monteiro, brilhante figura do nosso Exercito, pelo Ministro interino daquella pasta. O novo delegado do Governo está ao centro do grupo, ao lado do Dr. Negrão de Lima J

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¦ MISSA EM ACÇÃO DE GRAÇAS — Grupo feito após a missa wtiva, celebrada no Convento de Santo Antonio, por motivo organista daquelle Mosteiro, e no qual se vêm o Prol. Arnaldo de Moraes e o do restabelecimento da Sra. Kitty Terzer, "Maternidade Arnaldo de Moraes", suas Exmas. Esposas, Frei Pedro Binzig e SenhoDr. Nelson Nogueira, médicos da ras componentes do grande cõro do Convento, que tomaram parte na cerimonia religiosa O MALHO

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HORA DE AMOR

Reunimo-nos todos no terraço: 1 fria lua sobre nós pairava; *"*" a baunilha, suspirava ' jÍi yfM $¦§ 1 aragem. quente ainda do mormaço. E ella pousou o alabastrino braço Ni sobre o marmor. Seu olhar brilhava a opala ao luar, - e procurava / f fl I ' ijH Os mudos olhos meus, de espaço a espaço. Uma orchestra, invisível e saudosa, Cuia harmonia os echos repetiam, Lançava á noite os ais de Cimarosa: '¦ E quando os mais a musica applaudiam. / fl Mm: jl;'; Eu, ó madona minha silenciosa, Ouvia o que os teus olhos me diziam r

LUIZ

III — 1941

GUIMARÃES

19

cf^r O MALHO


ft*Rfí Conto de MALBA

O homem dos olhos izues, depois de ouvir, com a maior serenidade, a sentença do Califa, inclinou-se respeitosamente e assim falou: Agradeço o vosso dinar, ó Comendador dos Crentes!, mas nào posso aceitá-lo. Não tenho direito a recompensa alguma. F u i iludido pelas aparências. Quando aqui compareci julguei, realmente, que éramos muito parecidos...

TAHAN

Afirmam os historiadores que o bondoso Al-Motacem Califa de Bagdá, devia ter o nome incluído entre os monarcas mais gloriosos do mundo. E' exagero, direis com certeza — Que ação suhlime teria praticado esse rei para merecer tão alta consagraçào da História? Contrariam-me as discussões, meu amigo. Desejo, apenas, recordar um singular episódio ocorrido cum esse famoso soberano árabe. Conta-se que Al-Motacem chamou um dia o seu Prefeito e disse-lhe: E' verdade, ó Prefeito!, que vivem nesta cidade e já foram vistos pelos meus amigos, homens extrema mente parecidos comigo? Respondeu o Prefeito: ,— E' verdade, sim, ó Emir dos Crentes' Gmheço dois muçulmanos que sào como retratos vivos de \ u> a Majestade. Um deles exerce a profissão de pasteleiro e *c o outro é fabricante de tapetes. E' possível, porém. «* existam outros sósias de Vossa Majestade sob o céu dc Bagdá. Pois faço grande empenho em conhecer os meus — declarou o rei — Convida-os a uma reunião sósias em palácio pois a todos darei, sem exceção, um rico presente. Aquela ordem do monarca foi atendida com a maiur solicitude e presteza. O Prefeito fez anunciar pelos pátios das mesquitas, bazares e pelos recantos longinquos da grande cidade que todos os homens que se iulgassem parecidos com o Califa deveriam comparecer, em dia e hora certos, ao "divan" das audiências. O poderoso Emir prometia generosas recompensas. O caso despertou grande curiosidade. Quantos sósias ;ena, atinai, o rei? No d,a marcado, no suntuoso salão das audiências, o poderoso monarca, rodeado de seus vizires, cadís e altos funcionários da corte, recebeu os pretendentes que eram aliás em número de sete! Havia, entretanto, uma particularidade que fez sorrir o Rei e causou certa impressão de constrangimento aos cortezàos. Dos,sete candidatos aos prêmios seis eram parecidíssimos com o monarca; o sétimo, porém, era inteiramente diferente. Os sósias foram, um a um, recebidos em audiência e chamados para junto do trono. A cada um deles dirigia o rei palavras de estímulo, de bondade e simpatia. E todos vinte dinares de ouro e partiam radiantes de alegria com seda. de turbante um belo Chegou finalmente a vez do último — o tal cuja figura figura em nada se assemelhava à do Rei. O MALHO

Parecidos! — exciamou o Rei — Por Allah! Estavas, então, certo de tua parecença comigo? Sim, ó Emir dos Crentes! — prosseguiu o desçonhecido — Certíssimo! Julgava que havia entre nós grande parecença. Essa parecença não era física — pois a semelhança física que acaso exista entre duas criaturas. o tempo facilmente a destrói e aniquila. Certo estava de que éramos unidos por uma profunda semelhança de sentimento e de espírito. Julguei que as nossas almas tossem como duas almas gêmeas. Sou inteligente e estava certo de que ereis inteligente também. Sou sincero, generoso e simples, e julguei que tosseis, do mesmo modo, simpies, sincero e generoso.. Basta — interrompeu — o Rei Se assim pensavas não houve, asseguro, erro algum de tua parte. Somos, realmente, muito parecidos. Existem entre nós grande afinidade espiritual. E pojso demonstrar-te facilmente. Sou inteligente, pois compreendi muito bem a profunda liçào moral que acabas ae me dar; sou generoso, pois receberás de mim uma recompensa vinte vezes maior do que a que esperavas; sou simples e sincero, pois não hesito em reconhecer o meu erro diante de meus amigos e auxiliares. Era essa a maneira de pensar e de agir do magnânimo Califa Al-Motacem. Nào havia, portanto, meu amigo, exagero algum dos sábios historiadores. Al-Motacem foi glorioso entre os mais gloriosos! Uassalam! III — 1941

fc^^A|H — Meu amigo — disse-lhe bondoso o soberano árabe — sei que há enganos sérios na vida e que nâo raramente o homem é levado a errar involuntariamente nas cousas mais simples e pueris. O teu comparecimento a este concurso só pode ser explicado por um lamentável equivoco de tua parte. Nào quero admitir a hipótese de teres sido inspirado pelo desejo audacioso de zombar de mim. Ora, o meu convite era dirigido exclusivamente àquelesque se julgassem parecidos comigo, e pelo que me é dado observar 20

somos inteiramente dissemelhantes. Sou corpulento, alto e forte; és, ao contrário, franzino, baixo e fraco; tenho os «ilhus negros e a pele morena; os teus olhos sáo azulados e a tua pele é clara; o meu rosto é emoldurado por uma pujante barba preta e tu és inteiramente imberbe! A única semelhança, ó muçulmano!, que se pode observar entre nós é sermos ambos homens, isto é, servos de Allah! E, assim, não terás direito ao mesmo prêmio que foi dado aos outros seis. Receberia um prêmio bem menor. Um dinar '•¦e- prata... e nada mais' 21


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era mais ou menos yy paizagem de cá. O rio cidade desse geito: a no meio. Doutro lado a encosta sem que parecia esbarrar no céo fundo. Na beira do rio tinha uma porção de árvores sempre verdes, mas que se cobriam de rôxo, branco, amarello, conforme a estação do anno. pois eflas floriam. No meio da encosta crescia um capão, por onde passava uma **strada alva, torta que levava para qualquer parte do mundo. O campo era verde demais. Manhã tão clara que havia uma névoa azulada para adoçar mornamente os contornos vertiginosos da paizagem bronca. Manhã de mel. "Seu" vigário, na hora da missa, chegou á porta da igreja e olhou para o outro lado. Como tivesse vistas curtas; perguntou ao sachristão se aquilo que alvejava lá era teia de aranha, coberta de orvalho. "seu" • — Não. padre, é bar raca. Acho que de ciganos. .— Ah ! barraca. Como é bom ter boa vista. Estava certo que fosse teia de aranha. Depois do almoço, no largo quieto. cheio de sol. perfumado do remystico das sombras colhimento — appapesadas das casas velhas. receu o bando de ciganos. Era um velho que vendia cavailos. Um moço que concertava tachos. panellas e caldeirões. Uma mocinha que tirava sorte e tocava olho furado gaita e uma velha de que vigiava a moça. um Que*' ironia, vigiar moça com único olho . A ciganinha tirou sorte de muita em muitos gente. Deitou esperança — era corações. Semeava a íllusão o MALHO

Aeu.

II a -acerdotisa cruel desta suave e deliciosa religião. Em seus olhos boiavam vagas sombras, reflexos de plagas asiaticas, de regiões que a gente tem a impressão de ter visto algum dia. numa saudade nebulosamente avoenga. Ein seu sangue ardiam chammas sagradas de estranhas magias, de tempos remotiss.mos. A cigana lia o futuro. Lia o passado — esse cadaver que se a gente

não enterrar fica fedendo no quarto de pensão que é a vida. Mas para muito» a saudade é o cadaver de uma orchidea barbara, boiando num lago, ao crepusculo. Cadaver que perfuma, apezar de cadaver. E todo mundo pagou para ter entre suas mãos a mão trigueira c fina da diabinha da cigana. Houve, entretanto, um (o vendeiro) que não quiz comprar o prazer de possuir por um momento aquellas mãos. Achou isso um crime sujo. e odiava surdamente o estudante que pagou a cigana para ler-lhe a sorte 10 vezes. 22

Tres dias depois? sumiu a barraquinha do campo. Era bem uma teia de aranha. Os ciganos partiram ignorados, pela estrada sem rumo certo, attendendo ao chamado de seu instineto andejo. No largo, cheio de sombras e de sol. todos comentaram a partida délles. E o pharmaceutico disse: — Toda mulher bonita adivinha a sorte de um homem. A ciganinha desconfiou que a vida fazia com ella o inesmo que ella com os outros — pura tapeação — e, heroicamente, ingeriu uma colhe"Tatú". rada de formicida Aquella boca. que só profeta palavras untadas de illusões. se contrahiu num trismo de feroz realidade. Os olhos de estranhas sombras. que viam o passado, o futuro, perderam o brilho, petrificarapi-se. Cravaram-se indifferentes nç infinito. E turvos, numa ironia parada. pareciam gosar o grande drama da decepção. E seu oorpo luminoso de feminilidades, cheio de desejos irrealizados, dansou em tre-

geitos selvagens, dansa d algum rito mysticamente sensual e de que a raça nômade se esquecera. Então, o vendeiro. que era apaixonado pela cigana, raciocinou taverneiramente;, — Veja só. Ella. que sabia adivinhar o futuro, suicidou-se... E deixou a phrase imprecisa, inconclusa. O sacristão perguntou: — Será que na vida só vale a surpresa ? Mas o olhar esgazeado da defunta interrogava dolorosamente o saber vácuo, talvez, procurando, isso mesmo. B ELIS m — 1941


Kuropa dentro em pouco não formará senão dois parimos ^L ^fl inimigos. A divisão não se ¦^ fará por povos, nem por territbrios, mas, sim, por opiniões e cores. E quem pôde dizer as causas, a duraÇão, os pormenores de tantas tempestades ? Porque o resultado não pôde ser duvidoso, as luzes e o século não retrogradarão.

O velho systema esta uesiruido e o novo não está assente. E não o ficará sem haver ainda novas e furiosas convulsões.

Que desgraça foi a minha queda ! Eu tinha fechado o odre dos ventos, as bayonetas inimigas rasgaram-no.

E assim que se contam, na Europa, ainda que dispersos, mais de trinta mlIhões de francezes, quinze milhões de hespanhoes, quinze milhões de italianos.

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Eu

podia

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caminhar

Um dos meus grandes pensamentos fora a agglomeraçáo dos mesmos povos geographicos, que dissolveram e fragmentaram as revoluções e a politica.

pacificamente

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^òufam

PENSAMENTOS DO "MEMORIAL DE SANTA HELENA" QUE O CONDE DE LAS CASES PUBLICOU. DEPOIS DE HAVER ACOMPANHADO NAPOLEÂO I AO EXILIO.

para a regeneração universal, que daqui por deante não se executará senão atravez das tempestades 1

trinta milhões de allemães. Eu queria fazer desses povos um só corpo de nação.

Eu amalgamava. tirpem.

Com semelhante cortejo, é que seria bello entrar na posteridade, por entre as bênçãos dos séculos.

Talvez outros ex-

Eu queria preparar a fusão dos grandes interesses europeus, da mesma fórma que operava a dos partidos entre nós.

Tinha a ambição de ser arbitro um <ha, da grande causa dos povos e dos reis. Precisava para isso de crear para mim mesmo títulos junto dos reis, de me tornar popular no meio delles.

E verdade que o nào podia fazer, sem er alguma cousa junto dos povos £"r" bem o sentia, mas era omnipotente « Pouco timido. Pouco me importava "1Urmu-ios Passageiros dos povos" 7

^Oo uTvÍ LIT™ de * qUC ° reSUl" novo infallivelmente traze'-os

^Zir';z^vonitia7 Eu

nacionalidade desgraça,

III — 1941

fundar Para evltar

uma nova Brandes

Sentia-me digno dessa gloria ! O Depois dessa simplificação summaria, seria mais possivel entregar-me á chimera do bello ideal.

Ne3se estado de cousas, é que se encontrariam mais probabilidades de produzir por toda parla}, a unidade dos códigos, dos princípios, das opiniões, das vistas e dos interesses !

Talvez a favor das luzes universalmente espalhadas, se tornaria permittido sonhar para a grande familia européa, a applicação do congresso americano, ou dos Amphytriões da Guerra.

E que perspectiva, entào, de força, de grandeza, de gosos, de prosperidade ! Oue grande e magnífico espectaculo !

O 23

Seja como fôr, esta agglomeraçáo virá cedo ou tarde pela força das cousas

O impulso está dado.

E nào creio que depois da minha queda e da desapparição do meu systema, haja na Europa outro equilíbrio possivel, que não seja a agglomeraçáo c a confederação dos grandes povos

O primeiro soberano,, da primeira grande luta fé e a causa dos povos, frente de toda a Europa tar tudo quanto quizer. NAPOI. EAO

que, por meio abraçar a bõa achar-se-ha á e poderá ten-

BONAPARTE O MALHO


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ÃO,

a

mais

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de

dad°

gue

afora

espirito,

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vida,

deseje nâo

sem

duvide,

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pelo

caminho

nhes

A rida

>oO'e

a nese,

haver tocado

sem

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cortou

Eu

esse

mais

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sincero, sele

preie

quasi

cruel

e

tem

com

com«...

de

elne

Magda!

tembem,

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confiar

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méis amiga des amigas; e mais "!rmenzi,ihes" e... (baixou a voz

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pessoas de

mais

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definiu

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mulheres

das

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se-

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Magda

que

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tenho

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tempo

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proseguiu

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Magda,

sei, mas,

de

se Você

faço

se

hoje

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noite

mel, fazel-o;

para e

perdão

de

incrimi-

me

creia

mentiras.

com A

enlevo

e

porque

esta

bondede ...

Na-

Alturas

Paz

E

uma

e

entre

mais

ingênua

o

orgulho

com

trazendo o exemplo frizente de "Eu caso: estimo e sou estimada

próprio

a

sua

Falhe,

por um homem!

deslnteressadamente

A

psychologla!

amiga

pois,

nome

o

citou

do

e ella

o pensamento

plagiara

o excluiu da sua lista de admiredora. o seu

protesto.

podia

inspirar

Na

não

Era sincero

amor

a

bom.

e

Preferiu

Era

joven,

não

Elle

ettlmel-o,

ninguém

elle

porque

ume.

qualquer

mais

a

emel-o,

poderia

ume"...

amava

seus

Ella

intelligente

prosegu'u:

Nes

Deus

era

elle «protestara

E

college

desinteressada

sexos differentes

sympethlco, "qualquer

Suspirou "Gloria

vez,

Uma

amizade

seu

ae

sinceridade

es-

que

tel! ...

pode

a

escriptor de quem

não isto.

na

nade

vehemencia,

e seu

tivesse

um dos dois

a

praia,

houve

nunca

e

que

á

cinemas,

carnavalescos;

desinteressado.

dissera

des

e festas,

juntos

trahisse

que

ser...

et noite

E'...

Cleudio,

possa

ir

e

brinquedos

serei

a

por

colhi

E'

eu

receios;

serem

eu

Eu

que

felicidades.

confi-

insistência:

nari

amigo

um

Você

um

como

quem

us

Você

emades...

mostrar

hoje;

que

deseje

resposta,

'scortet

E

bem

que

vide;

de

em

lhe

Jata.

sue

de

sinceridade

pele

de

Você

que

no die

momento

mais

que

sei e acredito

-ueixar

fazel-c

no

e lhe

conhecemos.

irmão,

procurado

Antes

u, sabe

se

de

blasphemie

é

eu

do que

direito

no delia,

pessimismo:

Magda

sei,

relhor

ninguém quesi ?ude,

de

des

a

m

pare

ternura)

nos

que

caro

maguas,

sempre

novo o cálice de vinha

em

verdadeiro

muito

dente

o

e ... collocou de

todo um

como

tran-

viver

para

vencer

para

tempo

feliz

conhece

Deseje-me

tolerância fé

continuará,

Claudo

e

quem

felicidade!

de

quillidade

não

Cláudio,

Natal

fossem

nio

que

ere

porque

pães. pães! . . .

Seus

UM BRINDE A FELICIDADE seus

E

Mas Você

dlzel-o. com

o destino.

nem

triste

dade

nho

e

sabe

á dos

sobr»

meta

mão

a

Magd\

de

Não!

Abandonou

Conto de

zangado

cal ;e

d* -«o-

fazendo-a

vi-

de

mco

sua

até

a

o vm.o. á minha

bebamos também

Aos hoje,

pela

uma

hora,

quando

Como

a

olhou

sua,

fixavam

eu

1441

que

nic,

levante

Você.

seu sabe

comprei

posso Se

o

Você

hein?...

lhe

ve-

menos

ao

Olhe.

e nio

de

eu

pudesse

lhe

Isto

isto

e

o

também,

céu

significa

ou que...

mesmo!

Mas

choque

errorulho

pequenino

branco

com

cordão

da

. sorriu satisfeito:

Abriu-o *? lindo,

vinhou

por

Dizem não

que

nessas

acredtamos eu

Bordei-o viveremos

mesma,

com

Cleudio. olhar

um

_-

elle

Sernp-e

O MALHO

sem alegre,

diHerente

Viveremos Então

e

e

nãc

coisas, Você

usará

o

nói

saber

L

f-lix

mtefthl-.

sempre?...

terminou amigos

com como

voz

t.rmc:

teme-,

s.do

esse

uma

caso.

um

que

Você me

e

Cleudio

a

que

parece

offereceu,

Em

tomou-lhe

adi-

fosse

e era

amizade.

ala.

apresentado

g^.

s4t

er.

e

a

hcn.ifn

inspirava

temilia. »

bom

conl.ençe.

24

seis

segurança de

amizade

pelo

menos.

Conhecera-o. sua

porque

elS

Estimara o

por-

confiava

nelle

Mais

tarde

outros

E

que

o

morrera.

pee

viuve

e

CUu-

o golpe

tre-

seguira

o

chorou

quando

E Cláudio

caminhe viu

com

para

ser

e a

mels

orphá.

o seu respeito

Naquelle

carinhoso Não

e

respelteve

e elle

ere

Insistira

Natal cesa.

Ella

recusara

allegando

não

ter

gosto

em

sehir

animo

pere

missa.

Cleudio

de

deixara

casa.

e

em

meio

elle

termina-nem

mais,

não a

o me-

que

para

sue

ceier

maii

e

ser

pare

a

ceie

com

os

e

nunca falaram

exAtir;

podeis

fo<«

lhe

este.

Ere e consolidação

que

penCf.i

Nos

emocionada.

os

mese!

saudade...

quando

passou

porque

?emente,

pees

eUívi

Março

em

solicito

que

commovido.

pur*

Janeiro,

do esposo amado.

slmo.

mãos

as

mesma

todos

bordado

caprichosamente

cabeça

offerecida

em

elle

mesmo,

ali

a dôr immensa no coração immenso de Magda!...

ema.

es-

e

por-

passado

dio soffreu com elle e com a viuve

se

per*

Natal

lembrança, e

ne

ser

mais.

fada...

de

a

é

elles

porque

Neste

mulher...

telvez.

assim

odeia

chora.

não

Emtento.

assumpto;

*\--ier*

me

como

anno*. em que sa conheciam,

sua

sei

riu antes de falar.

nesse de

porque.

quasi

mãos

Mjqde

Oeud o? srmpr,

sempre...

Interrompeu-se Mas.

lenço é separação...

Você

Nio

nes*,e

agora,

Natal

naquelle

sala.

elle,

para

viessem os quatro nunc«* mais se reuniriam, a não

mendo;

mulher

essa

lenço

um

S<**i|Ou-as

de

dente

Inclinou mas

Você

mim...

de

homem

momento

este

esses

Ella também sorriu eo vel o alegre

amor.

Depois,

Magda?

é,

de

tremem...

momento pena

de té,

ceia

mesma

naquelle oração

na

aquelles

amava

queridas No

delia.

pães

elle

que

também

parte

meio

Magda...

Mas

mios

eram

tomara

no

via

eu

sabia

berr

creaturas

que

Magda.

produziram

um

menos

perel-o

E' lindo!

Magda!

não

só nós...

chorer...

palavras

Mas

este

no

tem

Quando sob

Igreja,

Cláudio duas

esmo:

e

não é?

encontrou

de

palavras

nos seus nervos e ella

reja*, Cleudio e

essas

suas

que

deveria

Essas

quo

Gloria...

as

que...

eu

aliás,

muito

Elle levantou o preto

prata.

isso

Você

Eu

mais

E r<rzei a minha

de e

na

admirou-se

entoou

palavras

quasi

pilheriou Cláudio.

um

essas

um

daria ... Tudo

empellideceu

depois

repare,

pobre

Jig.o

presenti

condosos

olho*

presentes

nj0

Mas

prato. que

disse

nossos

os

íamos

Era

Ah!...

pouco

ha

estávamos —

coro

o

vei,

primeira

gente!...

quando

segu

que

tristonho:

rosto

Então

os

para

torte

mio

a

pa'a

depois

seu

de tanta

sempre.

Vontade"!

Bõ*

De

nós?

Sim.

Solider;edede7

rave

Homens

Terra rezei

felicidade.

Magda

YARA NATHAN

felicl-

>ua

á

o a

estendeu

e

I pis não

5im.

lagrimas.. .

de

encherem

Vemo

seus! sorriu.

Beba

se

megueda

ando

e não fique

Vamos!

commlgo.

Cleudio

eu

como

Perdóe-me;

olhos

pas-

e

Assistirem te...

emign

dissera pare

t

eo

volte,

olhar

Sento

noite...

olhos

sues

Sacrifico apoiada

rua

a

pere

de

vol-

no seu

bre-

e.

igreja,

de

reior.aa*»

misse.

a

uma

elle

lhe

surprexe

Então...

becos

pousado sobre

buscel-a

quando

hevi*

lhe

rapidamente

curvara

fora

atravessava

que

aqut Í<a Aos

ledo

horas

juntos de

Sim.

ço

11

es

de

todas ne

Magda '-.sas

cebeça

mãos

fries.

tinham

scenes. enérgica ali

se

E

desfiagora que

se'

recordou.

m - i04i


da

perturbada, mettera. muno

de

fitou-a

surpreza

Balbucíou iuj

me

coisa.

voz

rapai

o

E

ergueu

a

lhe

pro-

ao

murc

cabeça

ancioio:

me

deu

dará

olhos

gomas que lencinho

O

pode dar-mc a su»i sentença. forçai

coragem

Os

elle

supportal-a,

para

que

cnfrental-a.

para

delia

estavam

acecitaria

de

cheios

o

Você

que

a

minha

proposta,

corações

ta,

Magda.

Agora ... impotente,

me

seu

o

agora

Ella e

trsmia.

apresentou-lhe Estiveram

jóias.

alliancas nellas

na

uma

caixinha

agora,

me

nao

a despeito

da

olhassem

se

E depois,

emoção,

as

olhando

vida

para

voi

com

posal-a

falou:

elle

dentro da Vida!

para

E Você migo

um Bla

só acceitará

brinde

a

sua

se serviu do

grima

que lhe molhou

Você

sempre

Cláudio,

coragem

me

amou.

uma

direito

sei,

lenço

uma

sempre

de

que se chama

— amor".

repito, bem,

III 1941

fui

sincera...

muito

não

e...

Ella

ficou

cobrir

perdoe

preheh-

tão

offerecer-lhe solidão...

com

enternecida

estimar

a

ensinar-lhe

amar,

mesa

cheia

de

doces,

arvore

de

Natal

ali

toda

depois,

pegando

a

Elle numa

delle.

E a

que a fez

vamos

levantar

quiz

vinho,

brindar

á

sua

felici-

o cálice,

mas

deteve-se

infantil:

alegria

Um

brinde

de

alpanças

mais

Sorriram. E ao tocarem os cálices, no brinde fePcidade, seus

velinhas

os

de

cálice

sorte 1

aos

pretenções

a de

alegre:

quasi

Espere!

da

Magda...

o

olhou cheia

dade ? ...

des-

amargura:

olhos

e

murmurou

cedo,

a minha

Queria

os olhos com as mãos nervosas,

teria

volinhas,

afflicto.

perdôe-me... fitou

a

ensinou

consegui

Cláudio ...

legalmente...

importe,

me

olhos da

as

alliancas baços

arvore

de

e

dos i

luz

Natal...

noivos

brilharam

tremulante

das

I,'

mentir... eu sei que

vei

verdadeira

E

la-

uma

sua

sorrindo

se

generosi-

em

tristeza que viu no seu rosto foi tanta

mim

em

amizade

Pois

aparar

para

Não pueris...

a

dar

para

palavras:

Você

nao

olhou

Ella

mais!

perto,

Você

que

protegel-a

concluiu,

com-

a face:

Magda...

Mas,

trocar

felicidade...

acreditou

nem

Eu

eu

se quiier

Mas,

ma-

garantir-me

para

interessa

mais

Eu queria

diminuir

sua

peço que — disse elle

querer,

em

a

me

lhe

eu

sem

lacuna

a

cher

grande

para

o seu nome

pensei em ficar

Mas eu

Cláudio,

bem,

fitando-o

ás suas

muito ...

indefeia,

estou

falou,

emphase

pequenina

proseguiu,

que

mais

não é vrrdade?

amargura,

com

offereee

magoei

do

caixinha

como

futuro.

nervoso,

fei,

silencio,

em

aberta,

do

o

pequena

ambos

o segredo

firme,

mesmo

Elle

eu

Tomou-lhe

esperança.

uma

mãos:

ella

Então

ainda

estima

o amor ...

que

que

prato. a

sua

as

Magda!...

di-

só na vida...

Querida, se

se

mais

teve

Cláudio novamente

quando quem

Cláudio.

de

dade

levante

Mas

vale

que

grande

um futuro

esta,

com

grandes

agora ...

Mas

Magda.

tinha

mim

não

jamais

que

•-idir a grandeza do seu amor. Eu não sou egois-

gua

surpreza

con-

de

Sim, a

lhe Você

que

certeza

E soluçou

recebendo-o:

natural

estima a

dois

la-

lhe offereceu

da

tinha

Mas

é tão

tão

instintivamente

Cláudio...

Era

além

amei,

bordado.

E ella,

para

a

sagro.

possuia

Magda, Natal

Cláudio

que

qualqt-fr

Você vale

Cláudio. proseguiu

E'

Você

me mais

nunca

disse que

qu»

isso

o

verdade. o moço.

eu sempre

25

O MALHO


-

iP - -ÍV.-V : '

usí/í * - •

*

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a^*4

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J&*

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** .^l-r»*- --••^s* ""¦ *V-.-\-: ''-"?¦*

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33^%-a rlr^

A pesca da< pérola* filha do Oriente, GRACIOSA joia do Oceano, a peroJa creou fama no Egypto, sob Ptolomeu. Na terra das Pyramides e dos Colossos, houve uma linda mulher, celebre na historia e famosa no amor, que deu á pérola, o tributo do carinho c do zelo. proprio á vaidade feminina. A ultima soberana egypcia, cuja belleza seduziu Júlio César e venceu Marco Antonio. cobria-se de peroIas nos dias de gala. Consideraram a collecção de Cleopatra. a rainha dos reis, a mais opulenta e admirave'1 da antigüidade. Por causa de um gesto extravagante, a margarita entrou na historia do Egypto. Num dos sumptuosos banquetes, com Marco que inebriava e enfraquecia deso superar Antonio. querendo romano. Clcoamante do perdiefo o MALHO

patra brindou-o com uma festiva loucura. Narra Plinio, que ella tirou uma das pérolas da orelha e fez dissolver, num copo e tragou a rainha A dissolvida. margarita egypcia pretendia fazer o mesmo com a outra, mas Lucius Plantus salvou a pérola gemea, levando-a para Roma. Mais tarde, passou entre as mãos de Septimo Severo. Na sua historia natural, Plinio descreveu as pérolas históricas de Cleopatra, avaliadas em dez miIhões de sestercios. Leonard Rosenthal calculou a quantia moderna de dois milhões de francos. X. Mercereau orçou o seu valor em três milhões e oitocentos mil francos. A pérola salva de Cleopatra. acabou ornando a Venus de PraXPt«»1í»S. Distendendo

o seu 26

império

sa-

1

li

hindo da Europa para tiiumphar sobre a Asia e sobre a África, os conquistadores romanos trouxeram dos povos vassallos os seus thesouros e com elles, a pérola. Da Svria. yeiu com Pompeu. a joia que ornamentou Júpiter retrato do Falando Capitolino. e triumde Pompeu. glorioso o Plinio informa que phante. Vencida com desenharam pérolas. Carlhago e domado os reis do Oriente. as margaritas se tornaram o odereço preferido dos romanos e d«*ts mulheres romanas. Quando recjrçssou da pilhagem do Egypto. Júlio César presenteou a Servilia. mãe de Brutus, com uma valiosa CaliAlexandre Severo, peioKi. obra a cultivaram Nero, v gula Incrustadas prima dos calcarios. nos anneis, nas estatuas, nos brincos, ora collar e ora pulseira, as pérolas passaram de ornato e constituiram-se bens moveis em Roma. Com eilas, ataviava a imperatriz Lollia Paulina, os dedos, os braços, os cabellos. Avaliavam a sua collecção de jóias em centenas de milhões. Glorificada em Athenas e Roma. adorada como deusa de belleza e do amor, Venus viu as suas estatuas aformoseadas pela graça do adereço branco. Uma das pérolas, que engalanaram a Venus Genitrix trouxe-a César do Oriente. Quando a natalidade começou a decrescer em Roma. Júlio César prohibiu o uso das pérolas ás solteironas e ás virgens. "Ratnapariskatratado hinO dú sobre as pedras preciosas, dá oito origens á pérola, o elephante. a nuvem, o javali, a concha, c peixe, a serpente, a ostra e c bambu. Esse livro mythologico, reconimenda que a pérola deve ser conservada como amuleto, nos ritos das Devas, de Agni e dos Manes, para todos aquelles que Bidesejam a prosperidade. Na blia". Job e Salomão falaram na gemma do pelago marinho, um nos seus lamentos e o outro nos seus "Talmud" O dps Hebreus psalmos. "Alcorão" dos Árabes também e o celebraram-no como symbolo da formosura casta. DE

MATTOS

PINTO III — 1941


..'JpP«S'-"~*'* '

os

.

CRANDES NIÜSKOS

H1''" ' _ . - -1 /Jrt'*

* .. ¦'

-'^ :

"*' £*"/.

(Strauss

os Strauss deu á arte diversos nomes, entre os ligeira, musica na quaes se destacaram, Afainllla Johannes, pae e filho, autores de algumas valsas famosas, e da partitura de varias operetas celebres, e musica fina, Ricardo Strauss, que produziu, entre outras a opera "O Cavalleiro da rosa", que tivemos occasiao a ouvir no Municipal, regida pessoalmente por elle, na cerca de quinze annos atraz. , Ricardo Strauss nasceu em Munich no dia U ae Junho de 1864. Seu pae, musico de camera official. confioulhe a educação musical aos cuidados do mestre da capeila da Côrte, W. Meyer. Tinha apenas dezesete annos, quando, com o Quartetto" op. 2, para instrumentos de arco, chamou, para o seu nome, a attenção da Allemanha. Em 1885, isto é, aos vinte e um annos, foi nomeado director de musica da Côrte. Nessa occasião, o seu enthusiasmo pela "musica do futuro" despertou. Desempenhou, depois, outras funcções officiaes em Munich, em Weimar e em Berlim, onde substituiu Weingartner no cargo de chefe de orchestra da Côrte, passando a director geral da musica, primeiramente de operas e concertos, e por fim unicamente dos concertos symphonicos da Opera. Depois que Wagner — o terceiro grande gênio que surgiu com a eclosão da Arte Moderna — resumiu, em uma poderosa synthese, todo o esforço do Romantismo, dominando todos os que o succederam, diversos compositores procuraram imitai-o, muito fracamente, aliás. EnIII _ i94i

_

tretanto, Strauss, pelo seu grande talento, logrou destacar-se entre elles. Tendo evoluído rapidamente de uma especie de classico-romantismo ao modernismo txaggerado e ávido de sensações novas, Strauss attráe a attenção no duplo dominio da musica symphonica e da de theatro. Não tem concepção nova alguma. De um modo mesmo muito sensível, é um mero continuador de Wagner. Não deixa, porém, de cortejar o espirito da arte italiana, razão pela qual a sua musica é um mixto. geralmente delicioso do romantismo allemão, do melodismo italiano, e das surpresas modernas. Como symphonista, Strauss ultrapassou Wagner, no virtuosismo da orchestra. E' preciso accentuar que, ao passo que, para Wagner o esplendor symphonico era um meio de expressão, para Strauss é exactamente o fim que tem em vista. Elle procura sempre a virtuosidade sob a sua forma a mais elevada, os effeitos sumptuosos, apoiado em uma technica maravilhosamente fina, numa tendencia que se pôde considerar radicalmente contraria ao proprio espirito de escola allemã. Sem modificar o principio do Poema Symphonico elle veste-o com todas as riquezas do contraponto e da instrumentação moderna e utiliza-se do "motivo conductor", de Wagner. Suas obras principaes são: A Symphonia domestica, D. Juan, Morte e Transfiguração, e varias operas, entre as quaes, Elektra, Salomé, O Cavalleiro da rosa. Strauss é uma gloria viva da Allemanha musical. 27 —

O MALHO


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il

*

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I

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i________________________^^^^ MPÍ^ILO

obra produzida, grande pelo espirito e pelo talento e grande, sobretudo, pelo coração.

da

A Sociedade Brasileira de Bellas Artes, sob a orientação sempre dedicada e intelligente de Castro Filho, começou cedo as suas acti/idades deste anno. Antes de terminar o me: de Janeiro, quando o calor é um espantalho que se projectiará por mais dois mezes ainda, reuniu um bom numero de quadros no salão da Associação Christã de Moços, o fez a sua primeira exposição collectiva de 1941. Grande numero de sócios estava alli representado. e entre elles vários nomes de responsabilidade no meio. ao lado de novos que apenas iniciaram a correira.

\ _M_\\_

I, *

*

MmmmÊmmmBMmmawMÊmmmMWMmMmMMMMMMM Recanto do atelier de Antônio

Parreiras, ao tempo em que vivia o grande

7*i*Uuk<i Hodolpho Amoedo foi recentemente homenageado pelos S6us discipulos, admiradores e col'egas de arte, com uma exposição realizada na sede cta Associação dos Artistas Brasileiros. Não foi a collecção de quadros, assignados alguns pelos nomes mais representativos da pintura brasileira, o que mais alto falou nessa homenagem. Foi a homenagem em si mesma, a consagração de um nome que já é um padrão de gloria dia nossa pintura. De facto Rodolpho Amoedo seria glorioso como artista, em qualquer outro meio, e isso baste para justificar o orgulho com que o conside ramos nosso.

A Comeria Santo Antônio, que toda gent» conhece mais como Galeria Couto, iniciou as suas actividades artísticas deste anno, inauguranrio uma pequena mostra de quadros de Garcia Bento. iniciativa merece um registro especial, porque já hoje não é muito fácil reunir grande numero de quadros, ainda disponiveis. do talentoso e malogrado pintor brasileiro. Estão elles, quasi todos, em mãos de colleccionadores, que os conservam como relíquias, coda dia mais valiosas. A

Nada mais explicava'. Garcia Bento foi um grande artista. Se não tivesse desapparecido tão cedo, seria hoje um dos nossos maiores marlnhistas. Porque o seu sonho, o seu ideal a sua vida só tinha um objectivo : a arte. Ninguém era mais sensivel lao bello, do qu» elle. Seus quadros todos são produetos de seu permanente enthusiasmo pela natureza. Sua um sabor inconfundível, dava-lhe technica melhor traduzir os Imporque lhe perrr.ittia "espòtuladas" em petos do temperamento, muitas vezes extremamente audaciosas. Teve amigos e teve discipulos que lhe lhe cultuam hoje a memória, como sempre arcultivaram a amizade. Entre elles. esse tista fino. feifo de emoção e de raro senso

O MALHO

artista

esthetico, que é Heitor de Pinho, o marinhista primoroso, a quem a pintura brasileira deve ja alguns trabalhos magníficos. Garcia Bento é. pois. um nome que se vaos dias vão pas4 medida loriza, que sendo- E, é por isso, que não se podem neqar applausos é iniciativa da Galeria Couto uma colleccionadores aos proporcionando reproduzirá, não se opportuíiidade que facilmente, para conquistar um trabalho do inolvidavel artista, que teve ume vida tão curta, mas. ptor isso mesmo, tão luminosa como a de um meteoro que passou.

O governo do Estado rio Rio acaba de durante a casa onde viveu, desapropriar na^i de niarenta annos, o qnande pintor brasileiro, Antônio Parreiras, bem assim o atelier e a casa que lhe fica contígua, construidos pelo artista no mesmo terreno da rua Tiradentes. em Nictheroy, ficando, dessa fórma, completas as providencias determinadas Anpelo decreto anterior, que creou o Museu tonio Parreiras. Chegou, assim, a bom termo, o acto com Peixoto horrvenaque o ürterventor Amaral maiores pintogeou a memória de um do. res brasileiros de todos os tempos, transformando em Museu, a casa onde elle viveu e trabalhou, produzindo uma o atelier onde atravez da qual o obra vasta e preciosa, Brasil pa'pita em paginas de sua historia o em flagrantes de sua naturezu exhuberante. cheia de sol e transbordante de poesia. Exemplo digno de ser seguido pelos demais LsOados. o Museu Antônio Parreiras é antes de tudo, um acto de indiscutível justlça. Elle acolherá os quadros que o artista possuía, disponiveis, ao morrer. Seu atelier será mantido tal como era em seu tempo, e tudo será conservado pelo carinho inexcedivel e pe o scuaade sincera da própria viuva «*o grande pintor, a quem será dado o encargo de zeladora do Museu. Pouco falta, pois. para que se'ia franqueado á visitação publica o Museu Antônio Parreinas, o artista inconfundível, grande dent«o e fora da Pátria, grande pela solidei

— 28

Com essa exposição, mais uma vez. a S B. B. A. mostrou que não se descuida do seu obioctivo principa'. que é estimular os artistas plásticos brasileiros, mantendo-'hes o fogo sagrado do eithu.iasmo pela arte que abraçaram. A exposição esteve aberta vários dias e foi muito visitada.

Tambem a Associação dos Artistas Brasileiros promoveu uma exposição, denominada "moder"dos quínie". entre os quaes alguns nos extremados", desses que fizeram do torto a bandeira com que combatem por uma pseuda arte sem pé nem cabeça. Essa corrente, aliás, é uma frueta do tempo. Ninguém hoje quor estudar. Chega-se ao fim dos cursos gymnas:aes e superiores, "colas". Assim como a poder de decretos e se conquistam diplomas quasi sem estudar, pintam-se quadros sem desenho e sem technica. E' a moda. A deformidade erigida em principio de belleza, o torto dictando regras de esthetica. Está claro que isso ha de passar. Assim como nos gymnasios e nas academias já se do ensino, assim promoveu a moralização tombem essa moralização virá para os institutes de bellas artes. E então se desenhará para se poder pintar; e quem não souber desenhar não mais conquistará medalhas nos salões de pintura.

Mais uma exposição de telas antigas, organizada pelo director do Muzeu de Bellas Artes, exclusivamente com elementos constantes da nossa pinacotheca. Desta vez, e em sagulir.ento á dos quadros italianos dos séculos XVI e XVII, a eiposição abrange telas da escola flamenga, da mesma época. Ha sempre muito que admirar e qua eprender, quando se apreciam te'as antigas, de mestres consumados, representantes de épocas que passaram, deixando tnoços de luz em sua passagem. Por isso, a serie de exposições promovidas pala directoria do museu de

Bellas

Aries

oarinho e com

deve

ser ucompanhade

com

interesse.

^ytuiúictx Nome varias vezos posto em evidencia nas Edith Budos jornaes. se. ;ões de musica Ihões Marcial acaba de brilhar no concerto

m — 1941


TieaUtx

mwm c í que mbJ

n \(oafr\v pi \L

realisou no Audltorium de Bello Horizonte.

da

Escola

Nor-

amando o seu sempre, Muito estudiosa com enthusiasmo, procurando aperteipiano çóar-se cada vez mais, ninguém se surprehenc'ju quando soube do seu successo em Minas, pois que a joven pianis'a não é dessas que, por displicência ou descuido, sujeitam a um fracasso o bom rtome que contnumquistam a poder de estudos. Dahi,, o pho que rrão -lhe fo; difficil conquistar perante a platéa de Be,'lo Horizonte.

vae aproveitar-se pianista Maryla Jonas' — es*e da opportunidade do verão carioca — para nunca do calamitoso que mais anno fazer uma excursão a algumas capitães do Norte. terá oceasião Quando por lá chegar, ella de verificar que O MALHO já havia tornado conhecido o seu nome, por toda parte, tantas •ezes delle nos temos oecupado. A

grande pianista, precisamente porque é grande, vencerá rapidamente. Estamos certos de que as p'atéas do Norte a acolherão como ella o merece, como o merecem todos E a

grandes artistas. De volta, dará Maryla Jonas três concertos no Munici.lj| em Maio, e três em S. Paulo, Buenos depois seguindo, em Junho, para Ayres.

os realizou um O Centro Artistico Musical concerto, cujo programma esteve a cargo da pianista Orianne Almeida, do violinista Clau dio Santoro, e do violoncelista A'do Pbrizot. Marietta Também tomou parte a senhorita versos de Lopes de Souza, declamou que Olavo

BÜac.

Ce Bello Horizonte, chegaram-nos os ecos do successo obtido, em um recital que alli realisou, pela violinista Althea Alimonda.

Um programma que já se firmou no conceito publico é o que a Liga Brasileira de Electricidade faz irradiar, todas as terças e sextas-feiras, por uma cbdeia de varias emis"Ondas Musisoras, Sob a denominação de cães".

Uma cantora de mérito a senhorita Maria Celeste Vieira, que nos veio do Amazonas sua terra natal. Possue voz bonita e bel'o talento.

Os que estão em casa podem gostosamente fazer a digestão do almoço, ouvindo boa musica, essa musica que é o enlevo dos* que têm "Ondas Musicaes" o bom gosto apurado. As derivativo nessa avaverdadeiro um constituem lanche de musica ligeira, popular e de io'.\alore, que transborda dos rádios, por toda parte, principalmente durante os dois mezes que precedem o Carnaval carioca.

Annuncss-se a vinda ao Brasil, no próximo inverno, de Yehudi Menuhin, cujo nome enche as columnas dos jornaes, quando apparece como menino prodigio e cuja arte ja conhecemos, atravéz dos primorosos discos que tem gravado.

Além dos programmas confiados ao trio Arnaldo Estrella — Oscar Borgerth — Iberè Gomes Grosso, todos sempre admiravelmente preparados e executados, tivemos, ha dias, o recital do pianista Arnaldo Estrela, que consti.tuiu urro hora de arte verdadeiramente encantadora.

Menuhin é hoje um dos maiores violinistas do mundo. E' uma individualic!»de artistica realmente excepcional. Sua sonoridade de ouro tem qualquer coisa de extra-terrestre. Vamos

esperal-o

e vamos

ouvil-o.

Também Magdalena Togliaferro quiz fugir um pouco do ca'or, o calor carioca que ella, oom certeza, não conhecia. E foi ao Rio Grande, onde conquistou ruidosos applausos, porque rapidamente empolgou a platéa com a sua arte perfeita e a sua virtuosidade domiti adora.

Falta de dinheiro ou falta de visão? Talvez as duas coisas juntas. Entretanto, se os nossos theatros possuissem ar condicionado, talvez não tivessem ás moscas. Constituiriam um derKbfivo para a calor e viveriam abarrotados. Dentro delles, ter-se-ia um pouco de alivio para as primeiras horas escaldantes da noite. E ninguém se queixaria. consegue ckar um Felizmente, o Carnaval pouco de animação aos theatros chamados ligeiros, porque é dentro delles que vivem as musicas mais em voga durante o reinado da Folia. Foi o que suecedeu ao Recreio, levando a "A Cuica está roncando", que, por revista signal, não foi das melhores peças do genero. colheram forte Nos papeis principaes, Cortes, Margot messe de applausos Aracy Louro e Záira Cavalcanti. A parte cômica foi com feicidade defendida por Oscarito, tendo sido muito apreciada a menina Alzirinha Carvalho. Espectaculo agradável foffereceu blico a companhia Palmerim Silva, rador.

ao no

puSer-

"reprise" Tratava-se de uma e isso significa que a peça voltou á scena porque possuia elementos para manter-se nella. De facto, "O paraquedista do amor" é uma peça divertida, que se propõe e consegue fazer rir a p'atéa. E' quanto basta, para um que não tem pretenções.

Rodolpho

Mar

trabalho

ligeiro,

Amoedo

^^H

Estrellla é um dos nossos melhores pianistas do momenfo. Espirito profundamente ertistico, verdadeiro apaixonado da musica fina, elle é um estudioso, que se aperfeiçoa todos os dias e que conquista um logar de destaque no meio. Seu piano é sempre um motivo de goso espiritual para os que o ouvem. E foi o que, mais uma vez suecedeu no recital a que vimos de nos referir. Arnaldo

jMw

Foi, depois, a Curitiba. Apresentou-se sob a mais sympathica especíativp e venceu mais uma voz.

Em S. Paulo, prosegue animadora a actividade artistica do Departamento Municipai de Cultura, que fez reaizar, recentemente, um concerto sob a regência do maestro Miouel Arquerone, de cujo programma se encarregaram o Quarteto Haydn e o pianista João de Souza Lima.

Seu recital marcou uma data. Ficará na memona de todos como um encantamento espi^ti-ol inesquecivel.

Foram executadas obras de Beethoven. Ciorinda Rozato, Camargo Guar„ieri, Hekel Tavares, Peres e Maya e Schumonn.

III — 1941

Janeiro e Fevereiro... Calor causticante e impiedoso. De accordo com a praxe, não se pensa a serio em theatro. Pensa-se nos banhos de mar e nos sorvetes e gelados. Se não fosse o Carnaval, os theatros fechariam as portas. Porque ainda não aceudiu aos nossos empresários a idéa de refrigerar as nossas casas de especlaculos, algumas das quaes apresentam ainda o conforto da que se dispunho nos áureos tempos dos vice-reis.

— 29 —

O MALHO


MEZ

DO

Brasileiro

Congresso

I

Urbanismo, correram

de

ao qual conde delegações

alto destaque de todos os Estados. •

Extraordinário

e

Plenipotenciario

Amt

se com êxito as provas do motor sem combustivel de

e

autoria

Peixoto

Ministro

Chefe

de

Barros,

desse

Defesa

que vinha presiCommissão de

da

Economia

Junho

pasás tropas em

automóvel

propulmotor um

sionado

por typo, especialmente

construido

para •

Na-

cional.

tal.

conhecido Ray-

escriptor amazonense Maria

José

Bello

mundo

dos

um suas

directores

das

o

ilius-

publicações, José

tre

jornalista Bello, antigo

e figura

i ^ ^

e

e

em

Paulo,

S.

tiveram

lugar solemnes actos commemorativos

da

passagem

por Revolução

da

tirocinio

Filho

Sjlgado

da

geração, o Dr. Josó Maria Bello é autor do livros

notáveis,

sen-

a por isso preciosa acquisição que a S. A. "O Malho" vem de fazer. •

do

por decrelo Nacional o

creado

Governo da

Ministério e

mesmo

Aeronau-

o

Dr.

de

actuai

projecção scenario brasileiro.

um

aviações,

orientação

a

as

Ministério,

novo

do

Passa-

constituir sob

corpo,

militar,

naval

e

civil.

Inspector

Ensino

do

Pedro general Cavalcanti, que nelle muiMilitar

to

o

se

foi

distinguiu,

quando das forças

lado

fizeram

que

revolucio-

Alliança

da

narias

o

ao

esteve

Liberal re-

actual

gimen.

teve

sessão especial

logar

uma

commemo-

do passagem centenário da fundada

rativa 4.°

Carioca

academia

Letras

ção de Santiago, capital do Chile, tendo falado o acadêmico

Britto.

Lemos

sede do do Brasil

Touring

empossolemnemente, a

no-

com

o

para substituil-o general de brigada Isauro Regueira, outra brilhante meado

figura

do

Com

nosso

Raymundo

da

Mo.-aos

Exercito.

Realisou-se com

O MALHO

a presença da seAlzira Vargas do

nhora Amaral

Peixoto,

lisadora,

e do

sua

Campoi

Sallai

idea-

interventor

Federal,

no Estado, foi inaugurado em Nictheroy "Fundação ', a Anchieta

do

raz de Campos da

Saltes,

instituto nino

gimen

profissional femiobedece que ao; moldes norte-americanos. •

nasci-

do

centenário

mento do Dr. Manoel

presidente e propagandista

pitai,

o cargo

de'xado

Tendo de

para o Salgado Fi-

no

a

e

1923

em

nomeado

lho, ex-titular da pasta do Trabalho e figura de gran-

ram

inem

creada para collaborar os com pupoderes na blicos preservação thesouros nossos dos históricos e architectonicos.

sua

tica,

1930,

armados

Commissão de Sítios o dessa Monumentos instituição, prestigiosa

impreri-

de

inteligências

brilhantes

do

ção movimentos

Club sou-se,

sa, dono de uma das mais

Foi

que teve actuadestacada em vários

Portinho,

Na

com

fecundo,

Escriptor

Felippo

caudilho

cado

desta-

e

velho

o

Sul

de 30.

vários

no Rio Grande

Falleceu do

empossado

motivo

largo

ção na cidade serrana. •

de

Em todo o paiz, e princpalmente nesta Capital

por Pernambuco que, tendo sido eleito governador do seu Estado, foi

Flores e Fructos que já se vae tornando uma tradi-

do

de

Exposição

a

Na

senador

não

norte

do

paiz.

Maria

deputado

das mas notáveis

letras

nas

autor

trabalhos

importantes

de Ingressou na Sociedado "O Malho" como Anonyma

Moraes,

de

Amara!

Interventor

do

clusive

o

Falleceu

Vargas

Getulio

Presidente

Governo

do revista

sara um

a

que em vindouro o

assentado

I I

nosso

Fernandes

patrícios Cortes e Luciano Giudice.

Enviado do

engenheiros

Ednil

paiz no Canadá o Mjnistro João Alberto Lins do dindo

dos

Ficou

nomeado

Foi

PASSOU

QUE

Ferex-

Republica. do

aaa/aS

ra-

um dos que foi exemplos de que grandes se pôde orgulhar o Brasil.

A

Â^Am

O nesta

inteiro

Ca-

êxito,

o

No tro

da

gabinete Guerra

do

Minis-

realisara-n— 30 —

Inaugurou-se polis,

com

a

em

Petro-

presença

do

ra — i94i


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SPECTOS da ornamer^ação da r.Tt^ ERIOA J^SBy*5/t«J Avenida Ri^ Branco, que foi wt* Avemda •foi jfc /^ » a nota de ,'^J, 'sf' isKTCj originalidade dc^^^^BKjflBTr, da maior originalidade nota y PS?^*\^MBl|^i L .•.<' carnaval externo deste anno, vendeste venfl l^CH^Kftr externo do-se os postes .T^^^HB V«i decorados com as * *W^lB os ^T^l ¦EpjCi postes * figuras Jagunço, de Chiquinho, chiquinho, 99g ^^MrTaSS^^H ^e vCvk vVr.W^B 1 Zé Macaco, Jujuba, Lamparina e .w~^yji^BH|MjM^^^B Macaco, .^H XTi »imW outros fif|T^j TICO-TICO .j^Bfl%Mj|^B[^BBBSBn heroes dd'O .¦yX^V/ O TICO-TICO «*" heroes ' '-SIM 101 ^¦^KzaS^B^^BflfiUBk^H PVH"^^B^%4k^ V^ct»0^^^^^MPl5»». ¦¦:T:~~^II!^ ~~ — brasi- «rtradicionaes guras tradicionaes e bem brasiK>y\ " ~^B| leiras, leiras, que deram um cunho alegre alegre e brejeiro a nossa principal via ^ggsssr" principal , BBP^S^Sk*^ ^g ¦jfif iwBBgfSfj^ publica. A

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CARNAVAL

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CLUB

MILITAR

O baile á phantasi<! do Club Militar foi um dos mais elegantes que se

realisaram

naval deste Aqui

no Caranno.

estão dois as-

p e c t o s

interessantis-

simos da linda festa de Momo e um flagrante do baile infantil que esteve animadissimo.

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O MALHO

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— 34 —

III — 1941


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R E P R li Z A DE SANTOS Um AMARO. mar em miniatura. Ne 11c se realizam rc»jatas e corridas d." veleiros, que empol. gam os visitantes. Ninguém vai a São Paulo sem ir vêr Santo Amaro. '

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4

SAO VICENTE. — Monumento commemorativo do centenário da fundação Ha cidade, que era a sede da Capitania que mais floresceu no Brasil daquellcs tempos.

I

zü£?<-s£.*'-nm'

PESCADOR DO NORTE. As margens do oceano, essas ca. sas são moradia de humildes pcs. cadorcs, que quasi sc bastam a si mesmo, vivendo vida invejável. O MALHO

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IMAGENS II

A

m

H

De

foi

com

ctylographa cultura

e.vtranumeraria

na

Agri-

DE CAMARGO

Julieta sahiu atordoada do espectaculo, com as orelhas zumbindo das paimas. nha

disseram

vizinhos

Ella nace nascera paia viver apagada ei a uma moça Instruída, que falava seu bocado de francez e merecia fazer figura Mas a sorte nao a ajudava Sem recursos, a vida era aquillo : tiabalhar como qualquer outra e nunca chegar a ser gente.

que

ella

"ti-

muito geito*'.

Abriram-se-lhe

novos

horizontes,

a

bôa e o mundo cheio Não voltou ao Mide possibilidades nisterio. O compadre extranhou que a sua piotegida tivesse abandonado o emprego c vida

que

era

mente enigmático. O compadre ficou intrigado. Preparando-se ? Mas que vae fazer, não trabalha mais ? Schiu ! Cândida,

vermelha,

Uns

"o

Cândida

então, comadre, a menina deixou mesmo o emprego ? Deixou, sim . . . E por que. póde-se saber ? Está estudando, preparando-se . . . D. Cândida fez um ar prodigiosa-

D. não gostava elo emprego. mamãe FÓra t. compadre da JULJETA amigo do secretario do ministro. que lhe arranjara o lugar de da-

D.

aquillo". Mas.

RELLA

CHRISTOVAM

vêr

Foi

até

toda

levou á

porta,

o

sorridente, dedo

a

vêr

muite

aos se

lábios. •t vinha ai-

guem. Olhe, ao compadre, eu. conto, mas é segredo . . . Julieta vae entrar para o cinema ! - Para o cinema ? !

lhe parecia

não

- Não fale alto, compadre, ella ainda quer que se saiba, mas escreveu

para a America do Norte, mandando o retrato e contando tudo. A resposta deve chegar por estes dias . . .

Lia muito. A leitura fazia-a matar o tempo, mas os romances que preferia torturavam-na com a visão de destinos superiores, que ella nunca attingina Uni bovarysmo exacerbada amargava-lhe os dias. D. Cândida admirava a filha e sen'ia não poder orferecer-lhe um pedes t;,i Era por ella dominada, pensava Pela suas

sua cabeça, compartilhando as angustias e decepções. Ultimamente, fora Julieta convidada

a tomai parte numa em cujo programma sentação de uma peça Coubera-lhe papel de

festa de caridade. figurava

a repre-

de Júlio Dantas. relevo e ella até

Pedira uma licença no Ministério, que "s ensaios lhe tomavam o tempo todo. Estava enthusiasmada, ia finalmente •'Pparecer em sociedade, ser vista, ad'«irada. nceber applausos. quem sabe ! Vivia dias vertiginosos.

*r III

1941

nVc^) /v 37

y^flfl"" O MALHO


STAVAM á mesa — uma larga mesa severa a que as cadeiras d'alto espaldar estofado de couro davam uma solemnidadc abbacial. A criada, apressadamente, retirava os últimos pratos da refeição servida. E Prospero, á cabeceira, recostára-se, com os olhos no tecto, entregue a ura vago sonho, enleio suave que o envolvia na doce calma daquella existencia feliz. Ao lado delle, Melly terminava pachorrentamente a sobremeza, com a despreoccupação dos seus quatro annos. E Clara, perto, passáralhe o braço pelos hombros, por sobre a camisola d'um tenue azul e claras rendas diaphanas. Scintillavam crystaes, á luz do lustre do salão de jantar. Clara curvou-se então, um pouco mais para Melly, attrahiu-a para bem junto do eólio e, a alisar-lhe a cabelleira loura, disfarçando, murmurou-lhe o quer que fosse ao ouvido. Melly pareceu interrogal-a com os olhos: e, a um signal affirmativo de Clara, voltou-sc para Prospero ao lado: — Papae vem cedo? Elle não ouvira. Pairiva-lhe longe o espirito; entrevia, talvez, a deusa amiga que dt S. Paulo o tomára, advogado novo, e, azas btnificas cobrindo-o, fflra leval-o, feliz, ao sólo fértil do torrão mineiro. Sorria-lhe a sorte. Ao saltar do comboio fumegante para a platafórma da estação tranquilla e pobre, grossas camadas de poeira rubra cobriam-lhe o guarda-pó barato. Mas, homem decidido e forte, Prospero tinha o coração repleto de esperanças. Sondou o terreno em que pisára.

OS

MELHORES

PEDRO

Pequeninos serviços gratuitos grangeavaralhe sympathias. Estava satisfeito; ficou. Era então o mais accesso duma campanha eleitoral; e o coronel Chico Bento, d'um lado, e o vigário José Maria do outro, acirradamente se disputavam o governo municipal. Equilibravam-se as duas forças em lueta; e mal se poderia prever o resultado da batalha cruel. Recrudesciam velhos odios, adormecidos rancores despertavam, ferozes. Hypothecas, de que em qualquer prazo o coronel Chico Bento recebia os juros tardios, eram hoje arma contra os amigos da vespera, tornados os adversarios de agora. E eram seculares questões de terras, arrancadas ao pó dos archivos do juizado de direito desabando cruéis sobre o inimigo irreductivel. Penhora ou voto era a senha. Entretanto, ricos ambos, o coronel e o vigário não se dignavam de prestar mio forte ao amigo a quem o adversario impiedoso viera cruelmente ferir. Prospero era hábil; em pouco tempo mandava elle buscar ao Rio um companheiro de S. Paulo, a quem a morte do pae fizera abandonar o curso no 3." anno. Fel-o seu solicitador. Choviam-lhe contos de réis sobre a banca. Era o começo da fortuna. A exploração de uma fazenda abandonada á falta de braços, augmentou-a. Dos ex-escravos. Jorge ia a pouco e pouco fazendo colonos interessados na producçio que houvesse. A sua administração triplicara as colheitas. A sua fortuna augmentava sempre, no município o Dr. Prospero era o que se chamava "um partidio". Em breve tempo, Pros'M pero era convidado para a casa de Clara. Apaixonou-se por ella. Casou Evocando essa data Prospero sentia ainda o alto jubililo daquelle doce dia de amor. — Papae! gritou uma vózinha chorosa. Elle teve um sobresalto; abriu as palpebras ainda envoltas no sonho. Despertou . Olhando - o fixamente, Melly esperava a resposta. '¦RfiSSSivW Clara aconchegára-a ao selo, beijíra-a demoradamente perto do ou/(lli k f fwlli® vido, e Melly repetia:

'—iSll

f »v

MMw,

' CmIMok/ O MALHO

\\\

BRASILEIROS

CONTOS

/ / f,s

RABELLO

J]

//*1 /x U<<uaaíM Me dá o lenço... Tomou-o, enxugou os olho» e, restitulndoo a Prospero, disse, magoada: Vocí fez eu chorar. Assustar a criança por brinquedo... disse Clara, saccudindo desdenhosamente a cabeça. Sim, senhor I Pae amoroso 1 Prospero adoçára a voz; e com o braço levemente passado sobre as costas da filha, começou: Olhe, papae nio pôde vir cedo, nio. Em primeiro logar, a victoria de papae, depois que o Joio Cocheiro a atirou por um barranco abaixo, foi para o Rio, para se concertar, e até agora nada! Em segundo logar, d'aqui i estaçio si<3 quatro horas bem gordas, a cavallo; e eu tenho que fazel-as, aliis com prazer, porque se trata de Ir buscar tua avó. Sio —os teus continuou, voltando-se para Clara; sempre os amaste multo... (Todos os dias o affirmavas!)... Ora, como sabes, eu gózo immenso com a tua felicidade,.. Para encurtar razões: — devo estar aqui lá para as cinco da manhã. E, de súbito, a Clara: Tua mie disse-te quantas pessoas vim? Ella, Nenê, Ritinha... As crianças... Seis ou sete, no máximo. Deve ser isso mesmo... O landau basta. Teve uma pausa. Clara, chega aqui... — pediu. Ella ergueu-se, no esplendor da sua belleza; e logo se lhe desdobrou o talhe esbelto, e ergueu-se-lhe o esculpturado busto nobre. Prospero mirava-a, orgulhoso. Ella chegou-se para elle. que lhe puxára uma cadeira, e sentou-se. Prospero attrahira-a a si, ternamente: Esti contentinha agora? perguntou. Ella teve um muchocho; mas, á insistencia do marido, tornou-lhe: Estou... Mas também você p'ra que me contraria? Antigamente, você nào era assim... Injusta! Entio nao é verdade que sempre e sempre tiveste todas as tuas vontades

E' exacto.. Mas com quem dansava eu? Com o Jorge Lima, teu antigo companheiro de preparatórios, naquelle tempo doutorando de medicina. Porque o nào privas de vir cá, agora que elle se decidiu a clinicar aqui, attrahido pelo bôa sorte que te protegeu? Não sou homem para essas tolices, minha filha... Jorge é um typo honesto, e leal. Se elle tivesse de deixar de vir á minha casa — acrescentou sorrindo — seria só poi causa de Melly... E, voltando-se para a criança. Nio é verdade que gostas muito do Dr. Jorge? p;rguntou. Nio quero gostar! respondeu Melly bruscamente. Mas ainda te nào disse tudo . continuára Prospero, acariciando Clara. Lembraste de quando te davam uns pruridos musicaes, a trinta léguas do Rio? Era abrir-se a estação lyrica e a minha querida Clarinha reclamar logo o seu camarote. Accedl sempre. A fatigante viagem para o Rio parecia-me deliciosa. E tu satisfazias os teus desejos que .ão sempre os meus. E tú, á frente do teu camarote, dominavas a platéa com rigoroso luxo dos teus estidos, e espalhavas pela sala o fulgor das tias jóias de preço... Sou um máo marido< onfessa que és injusta . Apezar de que as mulheres nio gostam de confessar nunca! Terminou, sorrindo. E beijava-a demoradamente na f *ntc, na farta cabelleira negra que ella prenden ao alto da cabeça deixando ver a alvura immácuia do pescoço. Stá bom; nio és um máo mm não. És até muito bomzinho para ¦< tua Clara.. Mas, vae tratar da conducçào para mamãe, anda . E. depois, has de fazer um S. João muito bonito, com muito fona muita 'ousa bõa... Arma-se uma fogueira bem »1ta. Com muitos de abricó!... accrescentou Prospero. galhos Por força... Para estalar bem E depois, eu mando o João Caboclo pulal-a. só para metter susto na Ritinha... Quero ver bem aquelles fingimentos! Agora, o Joio Caboclo até parece um diabo quando pula aquelle fogo! Mas. tú assim judias com tua irmã Uma brincadeira á tõa.. Olha. meu bem! — accrescentou lembrando-se — já *âo horas. Vae depressa!

M .A

PapaeI Vem cedo? Prospero! respondeu á criança I fez Clara, recriminando-o. Vou responder... E, voltando-se para Melly: — Vou responder... Mas a senhora nio acha que i muito... Os olhos de Melly enchlam-se d'agur. ...multo bonita! concllu, rindo. Melly fitou-o dolorosamente, e, n'um soluço, voltada para Prospero continuava a aorrlr: que 38

satisfeitas? Quando casámos, em 1889, fomos logo para o Rio, e tu nio perdeste uma só festa que fosse, d'aquellas feitas aos chilenos. Commodlsta como eu sou, comprehendes que nio Iria ficar noites inteiras a trocar phrases banalissimas com este ou aquelle conhecldo de ultima hora, emquanto tu, enlacada por um desconhecido, desapparecias aos primeiros compassoa de qualquer valsa. Perdias-te no turbilhio diabolico d'aquella massa confusa de fardas de ouro, de reluzen* *s peltilhos, e de plenas negraa casacas fúnebres, junto ao luleidoscopio das tollleUes falscantes de Jóias; e eu, porque tú te divertias, divertia-me a ser roubado pelos parceiros astutos dum animado pocker de alta sociedade.

Prospero levantou-se, e chegou i janella. 'r'4 baixava por sobre o campo em .no'[5 r . 'p "Apontava no céo a lua pallida. e, disuma ejtrella, muito tremula, luzia, Sper° roca ' ' 05 seusK°zava daquella doce calma da na doe con,emP'aÇáu°"los vagavam, jubilosos,dum do campo extenso, ciar' C'ue 0 arvalho man'li humedecia MVer<*C 45 Um estranh° rumor ^ase ouviu de súbito. Pela 0 Pesad° carroçio das'bagagens sahiaP°r,eir>' aos rodando para o povoado lonec • ondeso'av»ncos, a estação da via-ferrea adormecia. __a£f tivera uma lembrança: vae-J^ue nio vaes no landau. desde que ruaoem ^ >°r,u sab« o que é viajar n uma carlama - \ .esses ">11 caldeirões de barro em 3 passo mergulham na vala funda que os k°'s abrem primeiro, e que. ^ePois c3rros a,ar8ar5 o'enas de outros se encarregam de SePultar talvez, que eu vi d aqui me Arranco em que a victoria cshiu? Vatlo. g p° h P°'*'ro 0 8a'°pe regular do meu catem escolhe Otid» pisa "Cavallo velhotino. sabe o ca-

minho costuma dizer o juiz de direito... C Malhado confirma a affirmação do bom do juiz. E dispoz-se a sahir: Vou mandar o landau a toda pressa... disse. E eu vou mais devagar... Já não sou homem para altas cavallarias. Abraçou-a, despedindo-se: Creio que vou a bõa hora... Até a volta! — E, beijando Melly: — Durma bem, e sonhe com papae, ouviu? Traz vovó cedo.. Sim? pediu Melly. Bem cedo! Trago...' Adeusinho! Dirigiu-se para o Interior da casa. Poucos minutos passados, o landau guiado pelo Joio descia para a porteira, e ganhando a estrada, corria para a estação. Prospero appareceu então, a cavallo. Vi nha calçado de fortes botas, o pescoço envolto num amplo chalé, a cabeça coberta por um amplo chapéu de feltro: Até logo! gritou. Clara á Janella do salào de jantar, despedia-se* acenando-lhe com o lenço: Boa viagem! Elle partiu. A noite pesava sobre a terra já coberta de orvalho. Um grillo estridulou perto. Clara entrou. Fazia-lhe mal aquelle irritante animalzinho. Peste de bicho! exclamou. Pela ladeira que levava à estrada mais regupróxima da estaçà\ Prospero falopava iarmente, n'um suave balanço... O Frio humedecia-lhe as rede?., que tinha á mão. O "do Malhado mostrava ;j u esguio pescoço coberto orvalho gélido ^uc cahia. tlle galopava sempre, deixando-se levar pelo fiel amigo que eia aquelle mimai Je preço. Mas. inflammanJo o céu. longe, um.i larga faixa rubra appareceu. Fogo1 exclamou. E apresse: o animal. O .Malhado galopou. rápido, como quem eonhece bem a estrada, e galgou logo o alto da ladeira, a cuja mjniem o perigoso barranco se escondia no escuro. Augmentava agora o esbrazeado do céu. Que horror! exclamou Prospero, t é do Prop'ra aquelle lado que fica a fazenda Mas que horDar-se-ha caso que copio ror1 que desgraça tremenda! Era ao alto d'uma collina que a larga mancha rubra do céu incendiava. A casa ma! jorros se distinguia, ainda envolta nos grossos em chamde fumo que buscavam o horizontedenunciavam mas Mas myriade de fagulhas voraz. Mas, o trabalho destruidor do elemento que era a num momento na massa escura se abriu, casa longínqua, uma larga brechaEstavam ao deixando ver o brazeiro terrível. do as palacete. janellas chammas das eslor E uma formidaOutras janellas rebentavam. seguida do altear vel nuvem de fumo espesso, das labaredas, deixou ver a desgraça enorme do major Procopio. _ Coitado! Mas, que fatalidade! Que r cousa sinistra! ConE esporeou o animal. Fugia áquillo. de toda uma ao/lesabar frangia-se-lhe o coração como a do velho favida de labutar intenso, de chamma e hórndo zendeiro Aquella massarubro e ainda esbrazeafogo de fumo, mixto laboriosa d um das ruinas. era o frueto da vida tudo isso? pergunhomem tenaz. E para que Para que luetar* rava Prospero a si propno. do golpe a hora aguarda fatalidade a vencer se CCrt não mudára a anMeditava. O Malhado branca, estava já á muito estação, A dadura. ^"prospero saltava do animal fatigadissimo. de D Barbara o chamou: voz a HquandoQra gté que afinal, senhor meu genro' _ Já aqui!? _ Foi Ritinha... Não quiz vir no nodescarrilamentos. Tive cturno- tem medo dos viagem. Mas, por amor di a adiantar mos que [^us, vamos embora. E D. Barbara, Nenê O landau e^.va-os. 39

c Ritiuíia acominodaram as cr nncas no carro Subiram. O landau seguiu. Vôa, João! gritou Prospero. E a um camarada que lhe segurára o inimal recommendou: Cuida desse animal que está gelado, '.eva-o devagar. Voava o" landau. Os morros longe desappareciam, rápido, perdendo-se na neblina. D. Barbara abafára-se bem. Nenê cobria de largas mantas as crianças já adormecidas. E ao longe, a fazenda já se deixava ver; approximava-se. . A marcha diminuiu. Era a fazenda. Joào! Pára ahi! E accrescentou, fallando a D. Barbara. Quero fazer uma surpreza á nossa querida Clara. Ella só nos espera d aqui a tres horas... Vamos devagarinho... O Joào á boléa. esperava. E ao fundo do landau, desapparecendo sob um montão de fartos chalés, as crianças tranqüilamente dormiam. Nenê. —fez Prospero — eu achava bom que você fosse com as crianças no I indau e entrasse lá pelos fundos, para o Joào acordar as mucamas... Você conhece bem a casa; encarregue-se disso... Ou tem medo de ir só? Medo, eu?! Pois então. vae. . Nós vamos entrar por aqui... I<itinha á frente, e, atraz, apoiando-se ao braço de Prospero, D. Barbara, subiram E em pouco, francamente aberta para os lados, apparccia-lhcs a larga escadaria da varanda. Agora muito silenciozinho... segredou Prospero. E a chave nào faz barulho? or-guntou D. Barbara. Prospero fez com a cabeça que nãj. E introduziu a chave na fechadura. A porta er.treabriu-se, sem ruido. Hntraram; e, mudos, caminhando com audaciosos ladrões, mergulharam na meiatréva da casa. Mas, D. Barbara não podia mais: cansára-se.. Achava melhor esperar na sala de jantar, sentada... Aquellas borinhas. Assim a surpreza não è feita pela senhora retorquiu Prosper , n' tu voz quasi inintelligivel. E em breve, parando: Agora, esperem aqui... Eu vou ver se ella está dormindo... E seguiu, pé ante pé. A porta do ficava-lhe pouco adiante. Elle tornou quarto ainda mais leves os passos, e, tacteando. fel-a descerrar-se numa reveladora fresta. Olhava, procurando distinguir bem na tréva, mas, a uma inferna! visáo, uma onda de sangue subiu* lhe rapida á cabeça, faltou-lhe o ar, e elle apoiou-se á parede, retorcendo-se n uma ancia de morte Era como se dois fortes braços lhe houvessem, n um criminoso ímpeto, enlaçado o pescoço, esm2sando-o. A.rancou o collannno, n um gesto brusco, e cambaleando, sorvendo a largos hausros o ar que lhe fugia, elle caminhou para D. Barbara. Tremiam-lhe os dentes; envolvia-o uma nuvem de sangue. D. Barbara correra, tocada de um presentimertfo máu. Que é isso, meu filho? Que é isso. Prospero? E tinha na voz caricias de màe assustada. Mas, nervosamente, cravando-lhe as unhas no pulso, Prospero agarrara-a: Cala a bocca! rangeu. E apertava-lhe mais o pulso, por onde um leve fio de sangue corria, arrastando-a para o quarto. Cala a bocca! A porta da alcova mysteriosamente velada, a cabtoa alourada de Jorge surdira, mal illuminada peia pequenina lampada que ardia á cabeceira de Clara. (Continua no fim do numero) III — 1941


wwm "Canário", veies, no dorso do galopava horas a fio, a percorrer os verdes canaviais, ou me punha a cercar, nos pastos, a boiada que, entre nuvens de pó, com estrépito, descia Outras

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para

~Tmw^'

E, em tempos de colheita, ao rechinar monótono dos carros, de pé, num cabeçalho, e de aguilhada à mão, quantas e quantas vezes não galgava os teus montes, por picadas íngremes, i bronzeado de sol, destemeroso e lépido como um pequeno deus pagão!

m. m*¦:¦*¦'

os currais.

7

Foi-me, Assim

afinal, volveram

um

sonho

a

vários anos,

meninice. quando,

já rapaz, transpus um dia os teus portões de ferro, para as lutas tirânicas da vida, sem perceber, na minha ingenuidade, que não caminha para a frente aquele que os olhos tem voltados para trás. Da! esse desejo de retornar aos teus rincões saudosos, de retrilhar caminhos já trilhados, de palmilhá-los, como outróra o fiz, a reviver, paisagem por paisagem, as telas, qie ainda guardas, dessa infância descuidosa e feliz. Daí esse desejo de repousar a fronte encanecida na poeira do teu solo e adormecer chorando, num sonho doce, caridoso e terno, como um filho distante que voltasse um dia a rorejar com o pranto do arrependimento

fl<ôckedô(Do

RESENDE ENRIQUE DE Instituto Brasileiro de Cultura)

o coração

Daí esse desejo de revocar as sombras do Passado (Minha Mãe, cujos olhos se fecharam, mal os meus se entreabriam para o mundo; Monsieur Viot, com as suas longas barbas, meu velho mestre de primeiras letras; e depois a avózinha; e depois outros mu:tos; Joaquim Vinagre, Salomão...) diluidas sombras que não recomponho, mas que retenho, para sempre, na memória

A' medida que envelheço, mais precisas que outróra se me fixam as paisagens da infância. Povôam-me a retina, e fico a vê-las, tanto mais belas quanto mais remotas, a bailar na neblina da distância. E és tu, solar avoengo, velha casa, que primeiro me vens, a enternecer-me nesta ciranda comovida: Teu vulto arquitetônico há de sempre acompanhar-me pela vida em fora, — que és, afinal, a minha própria vida.

do coração. Desejo de rever-te... Mas. ao mesmo tempo, só de pensá-lo, o peito se me aflige, só de dizê-lo, se me enubla a voz: dói-me saber pendente da parede, entre os retratos dos que já se foram, o de meu Pai, o companheiro e amigo de tantos anos, que em porfiadas lutas por tua reconquista se tornara um símbolo das nobres tradições dos meus avós.

Ao longo dos teus claros corredores, dos teus amplos salões, ou sob as árvores que te circundam, e^ a cujas sombras comecei a andar, ainda.oiço o tropel das correrias com que eu e meus irmãos, em bandos álacres. te enchíamos de júbilo a existência, agora tumular.

Pois cuido que ainda vive, que o seu vulto ainda passeia pelas tuas salas . tal como sempre o vi. E fujo à realidade... faço-me arredio... Porque, afinal, buscar a realidade, se me resta a ilusão, longe de ti?

Vivi a minha infância quanto pude. Banhava-me nas águas dos teus córregos, das tuas cachoeiras e dos teus açudes, ou pervagava pelas tuas matai recobertas de fúlgidas ramagens, sem compreender o turbilhão de idéias que me assaltavam, — deslumbrado

Pressinto-lhe a presença e vejo-a a cada instante, na cadeira do alpendre, o olhar esmaecido, a reler os jornais. Por isso é que me assalta este receio, este imenso receio de rever-te: Rochedo ! Hoje és um túmulo e nada mais!

pelo canto dos pássaros selvagens e o estranho colorido das catléias, no mistério aromai da tarde quieta.

(Certo, naqueles tempos, já o teu Poeta ...)

O MALHO

se

materno.

prenunciava Natal

40

de

1940.

"I

1941


Por era o letreiro que se lia, até bem pouco tempo, na íachada de ESTE uma casa commercial, í.tuada na proça da feira de Chorrocho, interior do estado da Bahia. O f?r. Alexandrino dá Veiga, etc. proprietario da ioja, vendia tudo: xarque, sedas, machados, lustres, toucinho, linguiça. perfumes, gravatas, carne do sol, medicamentos, etc., etc. A explicação que elle dava á origem do seu nome era a seguinte: O seu avô paterno era Paes de Andrade e a avó Carvalho. O seu pae chamava-se Bonifacio Carvalho Paes de Andrade e sua progenitora tinha, antes de se casar, o nome de Auta da Veiga Carneiro Monteiro. Veiga do lado materno e Carneiro Monteiro do lado paterno. Respeitador e admirador dos seus antepassadqj adoptara o nome de: Alexandrino da Veiga Carneiro Monteiro Carvalho Paes de Andrade. O mesmo systema seguido na formaÇào do nome, usava o negociante na linguagem em palestras, cartas, publicaÇões e ordens aos subalternos, isto é. era muito prolixo, empregando, além disso, termos pouco usados ou empolados, como se diz na gyria. Certa occasião, chegando de viagem de sua fazenda, que ficava nas proximidades da cidade, ordenou ao arrieiro que segurara as rédeas do animal: Pagem! Extraia os arreios deste bucephalo e ae ingresso ao mesmo na estrebaria. E entrou na loja. O rapai, meio espantado, não sabendo o que fazer, perguntou ao crixeiro: O que é qu'elle tá dizendo? Deixe de ser besta, homem! E' para tirar os arreios do burro e soltaio no pasto. Ou? E é perciso u'a cunversa tão cumprida? De outra vez, chamou o cosinheiro e. entregando'he uma faca de ponta, disse-lhe: Mestre Cook! Vá ás dependências posteriores d(?ste edifício, immobilise 0 suíno e introduza este instrumento perfuranti "a carótida do referido 'nanimifero. Conserve-o 'mmobilisado até que elle e*hale o ultimo suspiro. E afastou-se ° cosinheiro ficou indeciso, olhando interroRativo para o caixeiro Vá matar o porco. **" burro! Ah' Agora sim! J5u ^bia lá que porco tinha l,u>to nome exquesito! E foi cumprir a ordem

Contando uma caçaaa que fizera na zona das mattas do sul do estado, o Alexandrino narrava o seguinte: Quando os meus órgãos visuaes dirigiram os seus raios perscrutadores sobre a alimaria, esta, que já havia paimilhado a selva, zigzagueando em varias dhecções, perseguida pelo elemento canil, estacionara, por um fugaz instante, próximo ao caule de um dos gigantes da flora tropical. Puz-me na attitude regulamentar. O ruido da expiosão retumbou na atmosphera e a força de expansão dos gazes produzidos levou o projectil á região cardíaca do quadrupede silvestre, perfurando-a. O corpo, resentido com a sahida. em jorros, do liquido sangüíneo pelo orificio. privado do seu elemento primordial. não poude conservar-se erecto. Cedeu á acção da gravidade que o attrahiu ao solo. A funcção vital do cervo extinguiu-se por completo. Concluiu-se assim de forma ruidosa e espectacular o meu proveitoso prazer venatorio — terminou o Alexandrino. Um sertanejo que ouvira a narrativa. sem comprehender cousa alguma, perguntou baixinho ao caixeiro: In que lingua elle tá falando? E' ingreis ou allamão? —E' na nossa lingua mesmo, seu besta! Elle contou que apontou a espingarda para um veado, matando-o. Éta home qui gosta de diffircutá

JOSÉ'

ALVES

BAHIA

a linguage, incumprindando! Inté no nome! O insuperável Alexandrino escrevia n'um jornalzinho que se publicava na localidade. Citar aqui suas longas tiradas seria um nunca mais acabar. Vejamos apenas o noticiário social: "Alou-se, "reas do hontem, ás regiões etheincognoscivel a creança "Aidil, tenro rebento do casal... "O Omnipotente, "çoes intangíveis. nas suas resoluchamou á sua "presença "Andrade".o ente terrestre Polycarpo "Uniram-se, hontem, pelos sagra"dos e indissolúveis laços do ma"trimonio, a distincta moçoila "e o impávido Elia "é da linhagem mancebo dos Pereiras e ei"le da estirpe dos Fernandes". Como tudo tem um neste mundo, um dia Alexandrino sentiu-se mal. Três dias depois agonisava. Nos últimos momentos disse: A minha enfermidade, de contaminação anophelica, não encontrou escolhos na sua devastação. De qualquer forma, porém, tinha que ser cumprida a pragmática. Todos tèm que transpor os umbraes da porta da eternidade, ingressando nas regiões ethereas do ignoto. E' a Parca que chama. E expirou. Êta home qui gosta de fala cumInté na hora da morte! — pricado! dissp baixinho, um roceiro.

Üt</o—

III

1941

41

O MALHO


BILAC "BLAGUEUR" ] EPIGRAMA Na Secretaria do Governo do Estado do Rio, Bilac escreveu este officio rimado em setesyllabos :

£ verdade que da Europa Voltaste feito doutor T Parece-te isso impossível ? E verdade, sim, senhor.

"ATicífteroy, dez de Janeiro, Saúde e fraternidade. Demitta-ae o thesoureiro Por falta de assiduidade. K lavre-se a O decreto ou Que entregue Ao Dr. Luix

portaria alvará a thesouraria Murat ..."

E por qual Academia T E qual a sciencia, então ? Isao nâo sei : o diploma í escripto em allemao.

S Sabia-se nas rodas literárias que uma certa senhora que alugava uma casa de poucos commodos, dava hospedagem a um numero sem conta de hospedes que entravam e sahlam. Bilac, bisbilhoteiro, nao se conteve, e quando se commentava, a propósito, sobre o mármore da Confeitaria Colombo escreveu esta quadra :

GONÇALVES DE

"Mulher de recursos fartos, Peccadora im penitente, Como é que tu, com, dota quartos Dás pousada a tanta gente f"

MAGALHÃES

-«tf?!** a»

O Guima, o bom Guimarães Passos, era desses seres alegres e que vieram ao mundo com o destino de serem diplomatas ou cousa parecida. Gostava muito do bello sexo. Gostava tanto que nâo podia passar por elle. sem encostar um dedo . . . por distração, embora houvesse de pedir desculpas Nos theatros. o Guima (tostava immensamente de sentar-se próximo das elegantes mocinhas para poder encostar-lhe a perna. Bilac que tudo observava, certa vez. escreveu-lhe este epttaphio :

T 0. p \ .

ama.-

AGUSTO

UM BLUFF DE FERREIRA DE ARAÚJO

"Quando entrar M rida atenta, Todo vestido de preto, Encostará, logo, a perna, À perna de outro esqueleto HENRIQUE O

R

C

I

U

O

L

I

C.RA no dia 13 de Maio de 1888. A cidade delirava do mais abracadabrante delírio. O Brasil erguia a formosa cabeça perante o mundo civilizado Um decreto acabava de irmanar todos os brasileiros na igualdade perante a lei. O gigante havia encontrado na therapeutica da justiça social a cura de um câncer que lhe affectava a vida. Câncer Os abolicionistas, os apóstolos da quatro vezes secular ledempçào da raça de Cham, mantinham as ruas centraea em grossos fluxos e refluxos de vagas humanas. Os discursos inflammados eram como alleluias aonorosas cortando os ares leves e lavados. O maior dos pregadores do Evangelho da Liberdade, José do Patrocínio, quedara aphonico, após rouquejar, por se exceder, em eloqüência e se exIvaurir de fadiga. Ria e chorava, abraçando e beijando os que os auxiliaram e os que o combateram na ascençlo dolorosa A todos envolvia num mesmo halo de amor e e gloriosa. A compacta massa popular, descendo a rua do de perdão Ouvidor ia parando em frente ás redacçõe» do. Jornae», acclamando-o. retumbantemente. Defrontando a "GtMefa de Noticias" reclamou, exigiu a presença de Ferreira de Araújo. E quando o vulto enorme do magnífico jornalista encheu a estreita janella do prédio em que funecionava, e ainda funcciona, a redacção do apreciado jornal carioca, demandou, insistentemente, a sua palavra. O formidável perlodista,' lábios lividos e trêmulos, parecia tentar o balbuclo de algumas palavras, mas, inc< <:iinente. renunciando á audaz tentativa. esboçou um anatoliano sorriso. E, com esse sorriso a illumlnar-lhe a physlonomía, levou o indicador da mão direita á bocca, numa postura de Harpocrates, dando-lhes. acto continuo, uma osclllaçao de pêndulo. Em seguida, espalmando a mao esquerda, dando a entender A multidão, por um significativo signal de cabeça, que nao sabia falar cm publico, mas sabia escrever para o povo. Esse, que se serviu e se reconheceu em Ul gesto de intelllgente desaperto, entrou a rir com gosto e a applaudir com enthusiaamo o bluff que lhe pregara o lnclyto manejsdor da penna

NA TENDA DO MARCELINO... ( Francisco de Castro > na Facul7T dade *de w\.matrlculou-»« Medicina da Bahia. O recente estudante, preso nar malhas poética, e literárias, afastava-.* um da cultue, das sciencia. medica, e a sua intimidadepouco com o poeta 1rmà0-d0 *"»<> da poesia nacional, r^m17A.v ' Alves,."marcou Castro de certa maneira as inclinações do estudante, que se achava melo divorciado dos amphitheatros de anatomia e das enfermarias cirúrgicas nojo que lhe inspiravam os dramas das enfermidades epelo das decompôs!côes cadavericas. Nesta época primaveril ( tinha ellT n annos ) Francisco de Castro fundou em companhia de alguns rapazes de espirito o CZtib dos Pneumaticos espécie de ar cadia pinturesca em que se discutiam absurdos e thsawa scientlficas, em que havia explosões de talento e manifestaçôes de gracejo, patuscos dos seus membros S >rundo os informes de Dias de Barros, fornecidos pelo formidável e saudoso Maneei Victorlno, os associados congregavam-se diariamente na tenda de um crioulo denominado Marcellno e com este disputavam assumptos de arte e de política afim de apreciar a parlapatice do pernóstico sapateiro. ANTÔNIO

L j£ O N C I O

AUSTREGESILO

C O R K F T A

J O MALHO

V 42

III — 1M1


O AMOR E OS ASTROS O amor 6 um eclypie da Razão. Deante disto, seria loucura indagar a razão dos eclypie»... —:o:— Todo coração humano tem doui movimentoi: um em torno de li metmo (movi"vaidamento de rotação) que le chama de I" outro em torno de outro coração, do qual nem sempre recebe luz e calor (movimento de trantlação) e que é, ou te suppõe "amor". O primeiro movimento é ler, o eterno ! o segundo, o mais precário dos

Por

NEVES

BERILO

O amor é um dia de se prolonga muito, incendeia

sol que, si o seu mun-

00a..

—:o:— A sombra é uma funcção negativa da Luz, mas não deixa de annunciar a existencia delia... O dia e a noite são como a systole e a diastole do coração do Universo...

movimentos... Que é o com cauda...

—:o:— cometa ? Uma

hypothese

*

A saudade é como a luz dos planetas: o reflexo de um astro, que, ás vezes, jã morreu... —:o:— A esperança e o sol nascem e morrem rodos os dias...

te como a Saudade...

-idh*

A imaginação é o telescópio da alma: augmenta a realidade e fareja o irreal... —:©:—

-

• • •

/¦'A

O amor é mais infeliz do que a Lua. Só tem uma cheia: o mais são crescentes e min—:o:— A lua nova é muito bonita, mas tem um defeito: é a mesma lua que jã foi velha... —:o:— As mulheres bonitas nascem com luz Vivem por si mesprópria, como os astros. luz de ninguém. Demas e não precisam da vão idade, a com perdendo o brilho e pois, ã cathegoria de insensivelmente, passando, sombras de são simples ultimo, Por planetas. astro, como a Lua, e só servem para ser vis-

Só ha um eclypse realmente total: a Morte. —:o:— A Esperança é uma couta que não entra no calculo do rythmo das estrellas .. Para o bohemio, a differença entre o dia e a noite é a mesma que ha entre o sol e a lâmpada de Edison... Nada mait... —:o:— treva é uma autencia — exactamenA

—:o:—

guantes...

Quando um astro se desvia da sua rota, ha, no Universo, uma catastrophe. Si acontecesse o mesmo quando as mulheres se desviam, o Mundo jã teria deixado de existir... —:o:— O melhor dos mundos é aquelle em que não se procura averiguar a causa dos phenomenos... Os namorados, como os astrônomos, chegam, muitas vezes, a acreditar que os seus olhos mentem para não comprometer a paixão da mulher ou a fama dos astros...

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\

#

/\- *r. . . ,¦...,v.:

tas á distancia... Os ricos, como os cometas, trazem, sempre, uma grande cauda após si... Cumulo da exigência feminina: pedir, ao namorado, o annel de Saturno... As mulheres e os astros não ligam im"sateili+es" que as acompaportancia aos nham habitualmente: preferem as outras entidades astronômicas que, por estarem mais longe, em regra não lhes dão confiança... "A INFIDEUDADE É UM ECLYPSE DA ALMA. O ECLYPSE É UM DESCANSO DOS OLHOS..." (pensamento de uma dama que leu Anatole France). O amor não tem hora astronômica...

"hora legal": só tem

A Lua é um satellite maluco; tem phases. como os loucos, e preside ao amor, que é o sentimento menos ajuizado que se conhece... Os homens deveriam apprender, com o Sol, a arte de ser bemvindos: hoje, aquecem um hemispherio I amanhã, a outro...

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••¦\j\ intelligencias, Das grandes como dos astros, até a poeira é luminosa... Que é a fantasia ? A nebulosa de que se geram os mundos da Arte... —:o:— Ha pessoas que devem ser apreciada', como se apreciam as estrellas: ã distancia... O telescópio é um binóculo que ficou doudo em contacto com o Infinito... Os grandes abysmos não se medem. Seria temeridade sondar o coração das mulheres...

A

A grande diff«rença entre os astros e as damas é que estas nunca seguem uma trajectoria previamente traçada...

43

O MALHO


Marcella: que vais ficar surpreza SEIcom a noticia: vou ter um bébé. Todo o alvoroço, entretanto, que a novidade te possa causar, será pequeno diante do que me invadiu quando tive disso a confirmação. Tu te recordas de que sempre fui contra os filhos. O meu ponto de vista, que classificava. de egoísta, era firme e era urr. só. E a principal desculpa em que me escudava era o meu secreto pressentimento de que, se algum dia fosse mãe, não sobreviveria a esse doloroso transe. A falar verdade, era falsa essa affirmativa. O que gritava den tro de mim era o egoísmo. Er_ tu quem tinha razão. Esta confissão, sei-o bem. está Mas espantada. te deixando ouve. Marcella. Sabes que Oscar. antes de ser meu marido foi casado com outra, que morreu. Teve desse primeiro mntrimonio um filho, que vive. e está entregue á familia da morta. Casei-me com elle conhecendo a historia do seu passado, o que fora o seu lar. a felicidade que. pelo espaço de annos, elle lográra desfrutar. — Não leremos filhos — ambos havíamos combinado. E eu achava mais que natural e justo esse accordo prévio, pois me comprazia em ver o meu egoismo acceito e vencedor. Os dias correram, Marcella. os dias se escoaram, e.. . eu mudei de opinião. Oscar, devo ser justa, nem uma só vez mostrou desejos de quebrar o nosso pacto. Respeitou-o sempre. Mas tu não imaginas o quanto esse homem que é hoje meu marido é louco por crianças, querida! Comecei a observa-lo. Nos nossos passeios, nas excursões que ás monfazíamos ás praias ou"fugas" de nossas nas tanhas. adologares semana para fim de raveis que só elle sabe onde ficam, Oscar acaba sempre por uma descobrir, por encontrar ri conversa, com quem criança, eu feliz e brinca. E que sorriso traquando lábios, nos lhe vejo va conversas absurdas, pueris, mas ex incoerentes ás vezes, com os garotos pontaneas. vivas, nas praças, nas que encontra ! praias, nos jardins O MALHO

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DE GALVÀO DE QUEIROZ

Sua voz, que é máscula, se enternece e se adóça, quando fala a um pequenino. Ha scentelhas de ternura nos seus olhos bébé. pardos, quando avista um marido meu Foi esse amor de pelos pequeninos, que alterou a minha maneira de pensar. Imaginei. Marcella, o que deve ser o soffrimcnto delle. desse homem' que depois de ter tido um filho, dizer repentinamente póde-se a assim, Amando, o perdeu. que como criança, de uma presença não lhe será torturante, angustiosa e cruel a falta do filho, desse filho que se cria longe delle. sem seu carinho e sem seus beijos ! Pensei muito nisso e me senti criminosa pelo meu egoísmo injustificável. Imaginei o quanto meu marido me quererá mais, agradecido e deslumbrado, se eu lhe dér, se eu lhe restituir a ventura perdida. a ventura para elle inegualavei e suprema, de vêr uma crielle os bracianca agitar para "papai" ! chamal-o e nhos, Pensei também no perigo qu' me ameaça, de que a outra. ; que morreu, embora morta, ausente, possa vir a me supplantar. Ella foi. afinal, a mãe d'esse filho que elle adora, e que o destino d'elle separou. Se eu não lhe dér. por minha vez. a alegria da paternidade. Marcella. bem pôde ser que a melhor parte de seu amor permaneça com ella. em vez de vir oara mim. Esse instineto paternal. transbordante de ternura, que avassaladoramente o domina. valorisará muito mais a mulhes que lhe deu um filho qut aquella que não lhe deu nenhum. Adoro meu marido. Quejo-o. admiro-o tanto, que não hesitei em desposal-o sendo elle viuvo. e tendo um filho da primeira mulher. E é pela mesma razão, minha amiga, minha querida Marcella. que abandonei o meu modo de ver egoísta, e aqui estou, para te dar a auspiciosa noticia. Sei dos trabalhos, dos soffrimentos, das angustias que. como mãe. me esperam. Mas meu marido é tão bom que merec que eu acceite tudo isso, e me sinto ditosa só em pensar no quanto o farei feliz. ua Clara

44

III

1941


Céo Azul.

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Foi uma nota sympathica do come-

'In anno O suecesso inquestionável de 'Céo Azul", pellicula nacional sem pretensões, da Sono-Films. E*, na verdade, mais um film de Carnaval, mas t'orça é reconhecer que se nelle ainda ha cousas más. inexpressivas, por culpa do scenarista. lia multidão de instantes

dignos de applausos em que a naturalidade dos artistas corre eni parelliada com o hom gosto dó enquadramento das scenas e da escolha de ângulos, revelando já certa independência e conhecimento do métier. Se nâo ha outro remédio, insista-se era films dessa

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Iodos elles da ultima moda <• adequados ás mais diffcrentcs oceasiôes. E. o qne i- mais importante. Os modelos trazem „ -toque" incoiijuiidivcl de Miss Colbert, e são desenhados sempre por Irene, uma das mais completas modistas de Hollywood. Em geral uão necessitam de cintos, o que não impede que caiam bem e ponham em relevo a esbcltez do porte, A primeira apparição dc Claudetle Colbert em "Levanta-te, meu amor" e com um "tailleur" de lá cinzenta, com enfeites dê "pique" branco na nos e bolsos. golla ' Outro traje bem elegante é um costume dc lã verde-garrafa. com blusa rosa pallido. Como agasalho, em determinada scena, ella usa um casaco azul marinho com golla typ0 marinheiro, cm seda branca c botões dc phantasia, brancos tambem, e do feitio de uma margarida. Para esse traje, Claudetle escolheu um chape" Itro branco, debruado de marinho, lu-

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vas brancas e bolsa azul marinho.

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SCIENCIA POLÍTICA — Um aspecto da primeira Conferepcia Educacicnal do INSTITUTO NACIONAL DE oceasao foi sessão presidida pelo Dr. M. Paulo Filho, presidenta do Instituto. Nessa cuja nca Politica, Lobo, professor da Escola Militar.

O MALHO

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48 —

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III— 1941


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O conjuncto architectonico' • de um estylo magnífico, ficando a séde do Institulo La-Fayette instalada em condições dignas de uma obra de tanta projecção. No momento histórico contemporâneo, meliior «se vê auanto a demolição é fácil * quanto é difficil *3 construcça >. Em segundos, uma obra architectonica tradicional. conitruidis á custa de muito osforço e durante tempo longo, vóa pelos ares em escombros, apanhada que foi pe'as bombas demolidoras e incendiarias dos «aviões de guerra. Sempre senti a propensão para tudo que é trabalho constructivo. Acompanho, com sympathia. (a feitura duma obra d arte, o traçado dum jardim, a construcção dum edificio. Por onde passo quasi diarimente. annoto os prédios novos quei vão surgindo os edificios que sobem, magestosos, na elegancia das lir.has architectonioas, a ebertunp das ruas novas. o progresso palpitante que se nota em certos pontos da cidade, outuora, és vezes, abandonados e desertos. Na Tijuca. bairro opulento e de vida an:meda, construcções caras vão surgindo cont-nuamente. Parei o carro quando percebi, certa vc:, que os operários a golpes de picareta demoliam o antigo solar dos condes de Mas* quita Quanta tradição se desmoronada e com que rapidez a destruição se fazia ! Destruir o velho cairão, por que? As tradições ass'm se apagam e a cidade, toda enfeitada e rica enga'anava-se de luzes nes>is noites calidas de verão, é margem dess.i Guanabara de agUis murmurantes. Não * a mesma cidade dos nossos avós. está renovada, bella e volúvel. Tempos aepois. passei novamente a olhar pelos vidros do carro, a construcção que se O MALHO

CONSTRUIR

l

DESTRUIR... erguia no logar do antigo casarão solaren go. Dia a dia, progressos novos se notavam nas obrtis. Comprehendi. então, o que alli se fazia. A parto central conjugava-se com as duas alas promptas e o conjuncto era um magnífico estylo architectonico que deixava longe a perder de vistfc. o detapparocido solar dos condes de Mesquita. Uma tardo, ao possar por aquelle trecho da Rua Heddocl Lobo e por dispor ainda do tem-o. resolvi transpor o bello parque ajardrnado com as suos plantas todas classifica das. e pedir licença para ver as obras. Recebeu me o proprio director do Insti ? uto La Fayette. que não como eu suppunha, é moç*> ainda e decidido como ninguém para trabalf^ar e idealizar. Levou-me elte ás obras. Quanta coisa e< traordinaria ! No andar terreo. mo$trou-me a posição das secções administrativas, do refeitorio. do gabinete de biotypologia e outnas dependencias interessantes. No segunòo pavimento, detive-me surpreso. O directo' geral mostrou-me a sala onde será leccionada Historia da Civilização e do Brasil. As paredes, torrpdas de gesso patinado em miarfim, mostravam, em relevo, os mappas e os vultos notáveis das varias phases da His— 50 —

toria numa sequencia lógica, artistica « jmponente. dando mesmo ao ieigo uma idéa de conjuncto. Outra surpresa, o Gabinete de Geogra phia ! Um grande planisphério em relevo ao centro e o anphitheatro em torno. A cathedra. provida de «açua corrente e demais elementos para aulas praticas- Nas paredes mpdeiras para cortes das regiões do Bras.l e do g'obo. em relevo colorido, de um effeito magnífico. Nesse mesmo pavimento, mostrou-me o professor La-Fayette os gabinetes de Physica o de Historia Natural. Tudo com technica perfeita e bem arranjado. Agradou-me mais, porém, o leboratorio de Chimica. cjom as mesas para trabalhos individuaes, em concreto, dispostas em fôrma de amphitheatro Alli tem o estudante tudo á mão : agi» corrente, bico de Bunsen, provetas, tubos de ensaio, correntes electricas, alternada e continua e o mais que lhe seja necessário. A grande mesa do Professor, num plano abaixo, offerece optima visibilidade a todos que estejam no ismphitheatro e de tal modo que a aula pratica, quando feita na mesa dc professor, possa ser acompanhada mesmo poi quem se co'locar no recanto mais a(«Mtado No momento, os operários revestiam de azulejos brancos aquelie agradável recinto. A parte scientifica estava admiravelmente cuidada. Havia além disso, em optimos ter» raços. gabinetes e labonatorios individuais para os professores dessas sciencias eiperimentaes, estimulo fecundo és pesquisas scientificas. As Outras sa as communs. nos demais pavi. mentos. aram também eiplendidas. Nellas o III — 1941


WÊiMMWkmmW^ amphitheatro se dispunha ou em fôrma poliqbnal, como nas salas destinadas ao ensino das linguas, ou em forma circular, como nas magnificos salas de Musica e Desenho. Em todos esses recintos, notavam-se optim» distribuiçSo de luz e ampla área de ventilação tudo orientado com rigor hygienlco e pedaqogico. Apreciei muito o que vi. No intimo, porém percebia a falta de qualquer coisa, um recinto, um auditório Uasto. O professor Lafayette, todavia, quando me despedia cheio de agradecimentos pa'a recepção fidalga, deteve-me : — Não lhe mostrei ainda o recinto do nosso theatro educativo. Penso que o apreciara. E andamos por uma extensa galeria para onde se abriam as portas das salas do aula. No fim, uma larga porto, toda envidraçada. Fiquei admirado. Estava no recinto de um verdadeiro theatro. As poltronas, na pbté_ extensa, pareciam aguardar a assistência, para urra noite de arte e de poes:a. Ao alto. os

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amplo reunem-se tambem, nos dias de gala, as turmas dos que concluem os estua despedida. São as lindas festas de fim de anno, que tanta saudade deixam nos corações das jovens estudantes

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balcões e varandas. O pa'co, deserto, oceulta se nas dobras do rico velario _l_ cpr de ouro velho. Vi, então, que alli nada faltava. Cuidava-se da cultura scientifica, tanto quaMo da cultura esthetica. As vocações, as tendências, a flutuação dc coeficiente mental das crianças eram carinhosamente examinadas no Gabinete de Pesquisas eduoacionaes, salão amplo do terceiro pavimento, com ianellas e sacadas abrindo para o parque fronteiro. Não maldisse mais as picaretas que demoliram o velho solar. Alli se le\_nta agora um monumento bello nas suas linhas architectonlcas, grandioso pe_ altia finali-iade a que se destina. Numa racionalisação superior do ensino, a obra do Instituto La-Fayette dostina-se a maroar época na historia da nossa grande Pátria. Nem sempre a destruição é um mal, principalmente quando se destroe para uma construcçâo tão bella como a da sede do Instituto LaFayette.

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SUPPLEMENTO FEMININO POR

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Iniciativa felz, na verdade, e significativa: todo mundo vira creança ao som da cuica, dos pandeiros e das cantigas carnavalescas. Agora entramos na Quaresma. Que Deus nos absolva das loucuras commettidas em Fe. vereiro. . . O calor ainda se extenderá por Março, até final. Apesar disso, apesar da graciosidade pratica dos ves. tidos esportivos, bem americanos, que vimos vestindo desde o Natal, começamos a cogitar do novo guarda roupa, a fc. lhear attentamente os figurinos, descobrindo um modelo mais 'toilettc" para o chá á tarde, algo de interessante, differente, para de noite. Realmente ha coisas bem bonitas no

Para o listrado,

gênero. Adoçam.se em alguns vestidos, as to. o consor. malidades; noutros encontramos "beije" areia, do cio do roxo purpura e escarlate propriamente dito e azul duro, "marron" e vermelho morango, associa?. do.se em conjunetos seduetores o verde garrafa e o médio, o verde petróleo e o ^ verde mar. í.**"^ , A verdadeira innovação, porém, está ^¦V^ nas estamparias bordadas a contas, obe. .-, i BH decendo o colorido destas ao dos dese. f. £' jf nhos. * ^W Destinam.se taes tecidos — de seda, de algodão (crepon) com especialidade, "shorts", pyjamas, ves. e de linho — a tidos para jantar, e trajes de casa, para recepções intimas.

"cocktait" preto

vestido de crépc ã tarde:"turban alvo. no e branco, gênero indú.

E' um rebuscamento necessário ao surto de simplicidade de hontem, ainda hoje em pratica. E' uma innovação preciosa, graciosa, podendo.se, com habilidade, produzir ma. ravilhas.

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ter. Fevereiro, o mais curto mez do anno, to. minou com o Carnaval, que, para os liôcs de verdade, dura pouco... Bahianas e havaianas, chinezes, russos e marinheiros divertiram-se cantando, numa economia dc confettis e lança perfume que se vem verificando já nas ultimas tempo. radas carnavalescas. Mesmo assim, ha quem se divirta a valer. A maioria do granfinismo deslocou.se para as estâncias dc águas, para Petropohs lhereiopolis, Miguel Pereira, Guarujá, onde nao se puderam esquivar, comtudo. aos festejos de Momo, a festa tradicional brasileira. Com o calor, a vestimenta de suecesso "sarong foi o criticado por um punhado de moralistas que o applaudiram antes nos corpos das moças bonitas que escurecem a pelle nos banhos de sol dc Copacabana. Questão de ambiente... Tudo mais deu certo, desde a ornamenta. çâo da Avenida, colorida com as figuras bu. liçosas do Chiquinho, do Jagunço, da FausTico.Tico . tina e outras personagens do e mais illustraçôes da literatura infantil. UI — 1941

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Apesar da industria de balangandans cada vez mais aprimorar-se, procuram as elegantes da Norte America e de Hollywood guarnecerem.se com parcimônia, em numero, comtanto que o vistoso da jóia possa constitu:r o enfeite de um tra. je de apparencia sóbria. Vestidos á marinheira, quasi em copia exacta ou em felizes estylizações, imperam no guarda roupa de agora, podendo ser usados com sa:a curta durante o dia. e saia comprida á noite.

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— 53 —

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Marinho, azul rey, encarnado e branco prestam-se a esses modelos que se ada. ptam a jovens e gente menos moça. po. rém, de corpo esguio, apparencia de ju. ventude. Os listrados continuam na ordem do rlia. e a elegante ame-'cana completa um "turban" indú, apre. traje assim com um sentando silhueta interessantíssima. Eis a moda em alguns detalhes. Em Abril por certo haverá meio de falar mais amplamente do que seduz, de tra. primeira mão, o- elemento feminino: pos... O MALHO


"r/nV" Outra faceta " do " imprime realiza eseío te vestido da loira e graciosa "player" do Cinema holl\íi'Oodensc.

COMO VESTEM "ESTRELLAS AS a»1»

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í'* Johnson — a Ircllinha da Metro sahe que a bellcrealça na moldiide listras. Eis •nio tem uma bludo panno do vesfo anterior, usani-<i com saia de ihantuntj verde.

OU seda listrada — branco e preto — a pratUi c eleoante >!•• Rita Johnson.

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III — 1941


Estamparia larga na saia c bordando as mangas da blusa de tecido liso — este elegante traje para jantar, em apresentação de Fiorence Rice, da Fox.

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5 VESTIDOS

Shantung verdc compoe este vestido cal(a de if blusa talliada no cstylo " cliamisier". i

Sapatos esportivos, dc Unho ou couro macio.

O MALHO

PRÁTICOS..

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Vestido de Unho e seda c&r de morango, botões de eobre — 56 —

III — 1941


E ELEGANTES

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Costume de "shantung" azul-ver de, botões de metal prateado.

Vestido de "shantung" branco, golla, cinto c mangas esfriadas de branco, azul e vermelho — estylização do "à marinheira".

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O MALHO


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CHAPEOS MODERNOS

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O MALHO

•¦nua de rede grossa.

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de feltro branvermelha bordada de atui.

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TRES TRAJES Depois dos trabalhos caseiros, nada viais agradável e elegante que uma bata comnwda c fresca. Está visto que uma ducha e uma boa fricção "toilette" com que se precedem á pôde receber amigas a qualquer hora do dia, até mesmo para jantar, a exemplo do feitio da que aqui se imprime, e é negra com pastilhas brancas, uma golla de fttstão branco bordada á beira, rcinatando-a bem. Poro as corridas no Jockey ou apreciar partidas outras dc caracter esportivo, é interessante este " ensemble " composto de saia de "shantitng" azul pastel, blusa estampada de cores z'ivas.

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TRABALHO É ALEGRIA Por

MME.

O casaco "redingote" está fora de usof Mas o vestido-" manteau", etmo o da gravura, é necessário a qualquer estação. O feitio em apreço pode ser aproveitado ern seda listrada, lã ou linho, convindo, porém, escolher azul e branco, "beige" e verde, preto e branco, trazendo cinto dc verniz de colorido gritante, tal como a bolsa.

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VIXE

Está você obrigada a trabalhar diariamente? Pois dê graças a Deus. A actividade é uma lei da vida que resulta cm saude mental e physica. Se você pensa i|ue nos equivocamos, olhe. leitora, para as damas que não precisam trabalhar, que encontram tudo feito, que não movem uma palha, e cuja única preoecupação é matar o tempo. Sentom-sc felizes? De maneira aia guina. Vivem enfastiadas de tudo, não podem passar os dias lèr e jogar "bridge''. Quando estiver cansada, desgostosa do trabalho, pense como se sentiria se nada tivesse a fazer. Em que pensa a pessoa que trabalha? No passado? Revolve no âmago das recordações todas as penas? A melhor forma dc distrahir o espirito é mudar-lhe o gênero de actividade. A boa dona de casa sente orgulho nos seus affazcres, os quaes não representam uma carga. Ha encanto especial em organizar ou nreoarar uma goludice para o "lunch". nm jantar de familia. Realiza todos os trabalhos dc casa c ainda tem tempo de tratar-se e apparco r Ix.nita. elegante, bem humorada nas MEts actividades sociacs. Ha mulheres, comtudo, que odeiam a cozinha. a limpeza do pó. qualquer »orte de serviço caseiro. Nem sempre é um goso bater na machina de escrever o dia todo, ou attender o telephone. Mas se somos obrigadas a isso, procuremos fazel-o com alegria. As pessoas de caracter jovial são mais fortes e mais queridas que as de caracter tristonho ou rancoroso. Exercícios ao ar livre, a marcha, o banho de mar. os institutos. dc belleza. a arte da costura, tudo entra no horário da mulher que trabalha, que não passa o tempo a maldizer da vida. No ambiente interior, no espaço, em toda a parte ha sempre belleza quando a queremos encontrar. Aprendamos a dominar as emoções que aos outros molestam °u entristece. Pensar em cousas agradáveis é a melhor cura para o nervosismo e a melhor c mais barata contribuição á arte de ser bomta.

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PAULETTE GODARD — apresenta, "sport", para traje sapatos de couro natural taxeados dc ouro. "I -

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estar: O sofá EÜ i<m <<"'•<> agradável da sala de de coberto de Unho c seda azul-verde c uma peça escura. absoluto conforto. Demais moveis de madeira " abat-jour" nas lâmpadas, duas teia branca em ,,ra:uras de flores emmolduradas em madeira branca " bcicompletam a giiarniçãa. e resaltam da pintura ge" forte da parede.

Decopação tecidos quadriculados lambem se usam agora para estofar moveis. Aqui, o sofá preto e branco tem á frente uma mesinha de madeira branca, c ao lado uma poltrona forrada com linho amarello.

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5-R.daCAR.OCÀ-67-R.7oeSETEMBRO-82 AVENIDA | O MALHO

— 60

III — 1941


SEGREDOS DE BELLEZA DE HOLLYWOOD COMBATENDO

PELLES

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GORDUROSAS

Incontável numero de vezes tenho sido abordado por "O elementos femininos, com a pergunta: Sr. acha a minha fór de secnormal?" inquiridora minha Si a de pelle pelle cura normal, responderei invariavelmente: SIM. Si acontecer porém ao que seja excessivamente secca, ou chegue extremo de ser notavelmente gordurosa, direi: NÂO. BELLEZA

PERFEITA

Não obstante, nenhuma destas respostas é rigorosamente correcta. Baseio esta affirmação na convicção ds "pelle normal", como uma é tão difficil definir-se uma que "mulher "perfeita normal", ou uma belleza". Quem poderá "pelle dizer o que constitue uma normal"? Ha muitos factores que entram na classificação de um todo, para fornecer regras simples e definidas de sua definição. Clima, dieta, exercicio e as características raciaes devem ser considerados. Por exemplo a pelle commum das mulheres latinas é ordinariamente mais oleosa de que a das mulheres nordicas. de abundância em Uma alimentação baseada azeites, sob o clima de certos paizes equatoriaes, pode, occasionalmente, crear uma pelle super-oleosa em uma pessoa Nordica, immigrada.

oleosa, como também ajudará a contracção dos poros que se tornam muito evidentes nas pelles dessa natureza. Pela manhã deve ser feita outra applicaçâo de adstringente. Isto fará que se dissolva toda a gordura da superficie da pelle. Tal applicaçâo prepara a pelle do rosto "make-up". para receber o CREME

DE

MADRESILVA

Agora vae um pouco da mais importante instrucção para aquellas que vivem afflictas pela oleosidade de sua "make-up" empregue como base, um pelle. Ao applicar seu pouco de creme de madresilva, (honeysucle cream). Este creme tem a mesma funcção que o pó básico, com a vantagem addicional de ser um excellente adstringente. "make-up" A principal differença que existe entre o para uma pelle oleosa e o mesmo para as pelles seccas está em que aquella deve substituir os adstringentes pelos "honeysuckle refrescantes e usar o cream" em lugar do "make-up" usual básico. Estas pequenas differenças parecem de nenhuma importancia, á primira vista, mas, em quasi todos os casos resultam na diminuição do brilho oleoso tanto da face, 'deprecia que .-¦ I^^L o glamour e o encanto femininos.

"GLAMOUR" Muito

desrespeitando toda a technica da classificação das pelles, ha um ponto sobre o qual as mulheres de todos os paizes e raças concordam, por unanimidade. Mas,

elegante este de setim pyjama preto, apropriado á gente moça.

Pelles super-oleosas são muito menos attractivas e possuem muito menos encantos de que aquellas que não o são. Esta verdade, todavia, não deve desanimar as "ladies" na sua faina de melhorar a belleza de rosto. rede Ha meios efficazes primir o excesso de gordura na pelle. As primeiras recommendações que faço para tal espécie de se pelle, são as mesmas que"limbaseam nas regras fundamentaes da peza". Antes de deitar-se, 6 noite, cada particula de poeira ou de sujo natural assim como todo o "make-up", devem ser removidos com o "cleansing cream". ADSTRINGENTES Com este conselho fundamental para o beneficio de todas as mulheres, voltamos ao modo por que devem proceder com a pelle oleosa. Nestes casos, o "cleansing cream" usualmente empregado á noite, deve ser augmentado com uma porção de adstringen*e. Este não somente reduzirá a appa-

III -_ 1941

— 61 —

O MALHO


E aqui está íris Meredith, uma galante "star" de Hollywood, em tres poses de um penteado adoravel, guarneeido de alvas margaridas.

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III — 1941


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Raul Torres lançou, pela Victor, uma rmircha bem interessante, com João Pacifico, "Onde vais, Maria?" As ultimas gravações da Columbia, de"Stono Films", são inpois do incêndio da criveis. . . Um "frevo" bonito, de Nelson Ferreira que esti fazendo suecesso legitimo vem "Mão sei dizer adeus". a ser

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Déo em

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gravou varias São Paulo.

musicas

Monteiro parece haver este anno o campeonato das boat ;ões carnavalescas. Cyro

inferes-

ganho gravo-

seu repertório, procurando mais variedade des compositores. . . Àqradou muito aos "fans", a entrada Ide Marilia Baptista nos estúdios da Nacional. Chegou, até que afinal, a sua melhor opportunidade. A Paulo,

Radio Cruzeiro do Sul, de São estúdios. inaugurou os seus novos

Zolachio lançar na Diniz pretende Transmissonj. onde lhe deviam dar a direcção artistica. um programma feminino. O maestro Fon Fon levou a sua orchestra para Buenos Ayres, depois de t.ijoso contracto na Radio Esplendid.

Fracassaram os entendimentos entra Lauro Borges e a Tupy — o que é lamentavel. .. Sylvio Caldas fez ume temporada em Minas, ru Guarany agradando muito acs mineiros-

Xeren

e Bentinho é uma dupla das mais queridas do radio. O publico aprecia bastante a sua actuação. Em verdade pouco ou nada differe das outras. Mas Xeren e Bentinho sabem captivar os teus fans.

Devemos louvar a inte'lignecia de Ivo Peçanha, na theatralização radiophonica da Cruzeiro do Sul.

dlcredüe,

S3 quizer... Acentuam-se, nestes últimos tempos os cuidados de renovação dos estúdios. A Tupy, a Radio Club, a Ipanema, a Transmissora, annunciaram, aos quatro ventos, as reformas acceitaveis segundo o ponto de vista dos ouvintes. E, de certo, havia uma necessidade absoluta de se arejar o meio, modificando-se posições, transferindo-se horários, vencendo-se a modorra natural das estações. Tudo isso quer dizer que venceram certas ponderações nossas, movidas, todas as vezes pela certeza de que alguns estúdios cançavam o publico, perdendo-se ingenuamente em arremates mal feitos, com artistas de primeiro quadro. A verdade é que o radio, hoje em dia, vive mais dos programmas bem feitos, bem apresentados, do que, na realidade, dos elementos artisticos que possuam em suas linhas. A era dos medalhões passou como aquelle cometa que andou se exhibindo por ahi. Embora estejamos oppostos ao sr. Paulo em pontos Roberto, cuja intelligencia radioreconhecemos, relativaphonica mente ao seu modo de ver de que o Brasil anda mais adiantado que a matéria de radio, Argentina em se começar comtudo, que pensamos, mos a modificar alguns hábitos condemnaveis dos estúdios, teremos na cotação sul melhorado muito radiophoavanço no americana . nico . . FRANCISCO GALVÃO O MALHO

van-

Os programmas policiaes do Coso agradam, mas devia haver mais cuidado na escolha dos seus Argumentos. Dircinha, para onde ire? Parece que ha um trabalho das estações maiores no sentido de não acceital-a depois que sahiu da Ipanema . .

iflHHflH ' .Ismenia i'tro da

vação

dos Santos da vida ao radio theaNacional com a tua intelligencia Inconfundível-

Esperamos ainda para 1941, uma g.-avictoriosa feita por Cynara Rios.

Ella promette e escolhe tanto, para defabrica, da ppis gravar o que lhe dita a sorte que Se prejudica com os compositeres e com o publico, tsceei^ndo o qua "Cheiro Cheilhe determinam como esse ro»o".

4 Y fl

Precisamos que ela mantenha o nivel "Jarro do fallado de água", que. mesmo conseguido com tantas complicações, bastou para fezel-a como cantora. Norma

radio pois

Cerdoso vae reapparecer no com o brilho que ella merece, deda gravação de "Não e rvada disso".

2fo(W

Um compotltor de reel valor é Edgar de Freitas, cujas musicas agradam em cheio. Com aquella modéstia de sempre vem vencendo no radio. Antes astim. Aracy de Almeida vae indo multo bem na Tupy.

—Onde é que ando Lola Silva, filha do saudoso Polar, que t>r0 uma perfeita revêlação do radio? — Roberta volveu ao meio atrevez do mi crophone da Tupy.

Almirane continua sendo um dot maio res balalhadores do radio. Tem-se a impros•ão de que elle soube conquistar o publico com os seus admiráveis programmas artisticos.

el°9i4vel " «cqui.iççâo de Nêna D~L~,??m Kobledo para a estação de Teophilo de Barro« e de que ella precisa é de melhorar o

E se a gente conseguisse, do Lemartine, cuidar de outra coisa abandonando e sua oacetissimiB "Canção do Dia"?

— 64 —

III - 1941


Co-UirXr\ati

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No radio ainda existe uma falsa mentalidade que deve desapparecer, quanto antes. O locutor aind>a não se quiz convencer que a direcção artistica é coisa difdessas confiísões ferente. Os resultados são bem lamentáveis. E os exemplos palpitentes como citaremos : Ary Barroso, Frias e Ladeira.

Tikequed, Violeta Cavalcanti foi contractada para inaugurar o Casino de Poços de Caldos.

Acabam

por

fazer

com

que

o

publico

Com a Mayú conhecida sambista Aitty, casou-se Leo Vilar, o querido crooner dos "Anjos do Inferno". Roberto Paiva promette uma temporada em Minas, estando em negociações com a Inconfidência.

1

Uma nova dupla paulista — as irmãs Miranda — vem agradando, de verdade, os bandeirantes. a*aaaam*a»Utlfâa^ammaKaãm »¦

.2!

Causou

extranheza a presença de Podro Vargas na Mayrink — e Ha quem diga que a Tupy não gostou muito desta segunda prestação. .. Os dois pela

"frevtos

deram sorte no Carnaval, delles apresentados cuidadosamente intelligencia de Almirante.

Emilinha

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Borba

passou

a

cantar

cantor de grandes Viotor Bacellar é um recursos. Deve ser melhor incentivado. A medalhões dos entretanto theoria ainda prevalece. Mas ha de vir a hora da justiça ao valor de sua voz.

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do paiz e do estrangeiro, nesses djjs em que o nervosismo da guerra veiu ciar aos ouvintes a possibilidade de ouvir o radio i a esses momentos.

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Mayú Atty canta sambas e marchas como sabe cantar rumbas. Muito nova, mas com o maior talento. Ha de se fazer no radio. Chegará ainda o seu tempo.

Ernani de Barros é um dos valores novos de mérito no radio. Voz bonita. O suecesso que tem tido, todavia ainda não deu para galgar estações mais elevadas. Mas ha de chegar a convencer a teimosia do* nossos dirtetores artisticos.

Ifíanema, que está como o pombal de Raymundo Correia, depois da patética sahioa de Carlos F|ar»js. apresentando em vários cartazes como o "divo" da estação do Xavier . .

sima. .. — O follclore ao momento em que mais cresce o nacionalismo devia ser melhor recebido pelos homens de radio. Não se comprehende que elles o combatam, a titulo de que o publico gosta aper.ws da musica provinda dost.morros. Não é verdade. O publico tanto ouve o samba como a ária vienense que nos offerece b "Jornal do Brasil", que a combate. Apenas o que deseja elle, Rançado de esperar a melhora do nivel radiophonico, é programmação bem feita. E nada méis.

"dial" das esabandone pouco a pouco, o caoa locutores, como tações. Entretanto, um que o seja melhor, mas a vaidadesinha "contrackar" as artistas, termina por ver.de cel-os. . . —

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Outra coisa : nem a paixão exagerada por uma das partes em lucta, nem as noticia» Impensadas, como certa estação poputoris-

ainda que

Cremos que os directores artisticos. não se capacitaram da necessidade temos de escolher noticiário agradável,

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Barbosa Júnior voltou ao radio, e com um repertório mais interessante, além das suas intermirjaveis "beijocas" "cast" - Voltou ao da raaio Tupy o locutor Carlos Frias, que sem duvida a1guma era o mais completo, com que essa estação contava.

III — 1941

) Alves no novo studio da "Bonde cantando o São

— 65 —

Radio Club, alegra Januário", suecesso

milhares de corações no carnaval passado.

femininos,

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TEXTO

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VERTICAES

DÔRE/ *4 CABEÇA

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5; Verruma. in. Encargo.

2) 3)

Circulo. Meio estrondo.

Conjunção.

22) Consentimento. 18) Casa de barbeiro. 241 Numero. .9) Lastimo. 25) Cabo '!<• Marrocos. 21) Bagatela. 27) Casa. 23) Porte do corpo. 29) Quasi ura carão. 26) Solapar. 31) Letra grega invertida. 28) Caminho, 29) Cólera. 33) < rUtrem. 35) [nterjeiçfio. 30) Violeta. 36) ContraçJ 32) ("«una. 38) Arara. 34) Tecido. 39) Filho de Tróio, 35) Mais adiante. 40)| («unida invertida. 37, Ruido. 42) Aro. Rede de índios. 43) Resgatar. 411 Nota. -Ili RegUo. 421 Outra coü >luç£o ii" |»r«i\iiiio numero)

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12) Magistrado de Roma. $\ Artigo. 13) Benefício. ,n tfota< ;, Poesia. 14) Filho de Noé. 16) Ave. g) Come. 9) Olmeiro. 17) Ruy Lima. 18) Compartimentos. n, Ilha do paraná< 20) Rio da Sibéria. 14, t,.,,,,,,...-,,.

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Lu:

I CAIXA ECONÔMICA DO RIO DE JANEIRO EM 1939 O Sr. Carlos Luz, Presidente do Conselho Administrativo da Caixa Econômica, acaba de publicar o relatório de sua gestão, relativo ao anno de 1939. E um trabalho completo no gênero, em cujas paginas se dá a conhecer com a maior clareza a situação daquelle estabelecimento de credit\ popular até o fim daquelle anno. Quem quizer saber qualquer cousa a respeito da Caixa Econômica, sua organização actual, os serviços que presta, as espécies de operações que realiza, a maneira como concorre para p progresso do paiz e para a educação do povo, no que se refere á previdência, nâo tem mais do que passar os olhos pelas paginas desse volume de duas centenas de graphicos e estatísticas, e ficará inteiramente esclarecido. Ahi também se chega á outra evidencia : á evidencia da excellente administração que vem realizando o Dr. Carlos Luz, concorrendo para o progresso da Caixa Econômica e para que esta instituiçào preste aos seus clientes e á população em geral os melhores serviços.

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ARMANDO VIANNA, VENCEDOR DO CONCURSO DO MINISTERIO DA GUERRA. — Flagrante da entrega, pelo Ministro Gaspar Dutra, ao laureado artista Armando Vianna do prêmio que conquistou HO concurso aberto pelo Ministério da Guerra entre pintores patrícios, Armando Vianna, actual Vicepara it <hcoração da sua nova sede. Presidente da Sociedade Brasileira de Bellas Artes, é nome victorioso da rAniura nacional, tendo conquistado vários prêmios officiaes. _____

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, de graçis pelo resta tíeohnento do nosso presado confrade Mario Amaral. Di.Ispceío colhido após a missa redor no Ri" de Janeiro, da Buccvraal da Associai,, prenaa Periódica Patiíi_fa, promovida por >collegas, amigos Officiou o acto eolemm Monsenhor BóUmo Dantas, Vigário da Parochia. c admfradorea Por essa occasião, fizeram-se ouvir o d"" du Igreja, as Sras. Stclla Bormann, Justa Ccvin, e a Sta. Laura de Castro Almeida Neves. Na Sacristia, ' Solano Dantas; 8rs. Salvador Caruso e José de Albuquerque usaram da pala Por fim, o homenageado ''¦ ".'""'' '/lani/esfacdo de apreço c amizade. No saguão da Igreja, tocaram as bandas de muagre — «ica do Corpo de Fuzileiros Navaes e Corpo de Bombeiros O MALHO

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INCORPORADA AO MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA, A AVIAÇÃO DO EXERCITO

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I RAXSMITTINDO o cargo de Director da Aeronáutica Militar ao Coronel Aviador A. Pederneiras o General Isauro Reguera pronunciou o seguinte discurso : "Mercê de Deus, consegui dedicar á Aeronau^ Úca do Exercito todas as minhas energias, quotldiaMuito penhonamente, durante quasi três annos. rado, dou testemunho de meu sincero reconhecimento aos Exmos. Srs. Presidente Getulio Vargas e Ministro da Guerra, Eurico Gaspar Dutra, pelo apoio e pelas attenções que dispensaram á minha E agradeço as directrizes e conselhos direcção. me prodigalizaram os Exmos. Srs. Generaes que Pedro Aurélio de Góes Monteiro, Chefe do Estado Maior do Exercito, e Pedro Cavalcanti de AlbuTraduzindo querque, Inspector Geral do Ensino. essa orientação superior, nortearam esta Directoria alguns princípios básicos, de que me permitto citar alguns : o aperfeiçoamento da instrucçào pela selecta Missão Norte Americana ; o desenvolvimento da technica, sob todas as fôrmas, para conservação do material e preparo da reserva aérea ; a applicação do principio da divisão do trabalho em todos os sectores, notadamente para aligeirar o elemento volante ; a concentração na Directoria das verbas destinadas a material de uso commum e acquisição no exterior ; a compra directa nos centros productores para aproveitar os descontos normaes ; o incentivo da industria brasileira, porque só se defende o povo que é capaz de forjar as próprias armas ; o respeito absoluto á hierarchia, como base fundamental da disciplina. Se durante esse triennlo se produziram utilídades. as obras realizadas se incumbiram de o proclamar. Cumpro, piorem, o dever de. esclarecer ellas, merecem justos louvores os dedicapor que, dos e leaes auxiliares que me serviram directamente e os arrojados executantes que souberam concretizar o que de melhor convinha á Aeronautica no momento. A Missào Norte-Americana apresento meus sinceros agradecimentos porque, em sua actuaç&o, excedeu a minha grande espectaComo preito de justiça, rendo minhas sinUva ceras homenagens aos illustres Ministros e a meus dignos antecessores que, pertinaz e sabiamente, unrani formar este organismo, ora constituído por um patrimônio material e moral aureolado de «splendentes conquistas Consigno a gratidão de nós aos martyres que deram a vida para foi" maçao e crescimento glorioso da Aviação BrasiA V. Excia., Sr Ministro, á frente juventude que tanto enthusiasma quando s. a honra de comn.andal-a, a V. Excia., repito, aimejo todas as alegrias e todas as victorlas ; ao Coronel Pederneira*, a quem, por duas vezes, tentei collocar no alto posto que lhe correspondia, tambem desejo todas as facilidades, todos os bons exiAuguro, finalmente, ao Sr Ministro da Aeronáutica, os dias mais felizes para que a Pátria querida prosiga tranquilla em seu caminho glorioso."

O MALHO

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af\ SPECTOS photçgraphiooa, fixados RO Campo dos Affonsos. n<dia 27 di Jinii in, paaaado, quando da Incorporação ia AAronaution do Exercito ao Ministério da Aeronáutica, de recente creação. A esquerda, a General Gaspar Dutra ao lado do Sr. Salgado Filho. Ministro da nora pasta. A direita, os dois titulares em companhia do Qaneral Isaura Reguera, poetando em revista oa eeqytadrühat militart

w Commandante e os officiaes da Escola das Armas offereceram, no dia 5 de Fevereiro ultimo, no "Joá", um cordial almoço de despedida ao Coronel de Artilharia, Glycerio Fernandes Gerpes, que deixou o Commando daquelle conceituado Estabelecimento de Ensino, por ter sido transferido para a Reserva. Como convidados de honra compareceram os Generaes Pedro Cavalcantí e Heitor Borges. a a a

Í-. STA circulando o numero 57 da "BA vista do Club, .l/i/iter", dirigida pelo Coronel Dr. Alves Cerquelra e secretariada pelo Capitão Augusto Fragoso. Assignam trabalhos nesta edição os Generaes Meiin de Vasconcellos, Klinger e J Ramalho ; os Coronéis Alves Cerqueira, Souza Docca. K.-licio Lima e T. Raposo ; os Capitães Riograndino da Costa e Silva e Theotimo Ribeiro ; a Sra Juracy Silveira e os Srs. Vilhena da Moraes, Robert-i Thut, Francisco Prisco, Álvaro Bomilcar e Pereira Lessa

A ssr.Mir ,, Commando da Escola de Intendencia o Coronel Anapio Gomes

í ARA examinar as obras editadas pela Blbliotheia Mili- 70 -

tar em 194C ó General Gaspar Dutra designou a seguinte commissão : General José Pessoa, Coronéis Ascanio Vianna e Onofre Muniz Gomes de Lima, Tenente-Coronel Mario Travassos, Major Augusto Magessi da Cunha Pereira e Tenente Humberto Peregrino. ? » »

(_) Ministro da Guerra scienlificado da excellente impressão trazida pelo Director da Artilharia de Costa, da sua recente inspecção ás obras do Forte de Munduba, em Santos, a cargo do Tenente-Coronel Monteiro de Barros, assim se externou : "Foram constatados pelo referido Director o acerto e a orientação com que vêm sendo conduzidos tão importantes trabalhos, aos quaes o Tenente-Coronel Monteiro de Barros tem dedicado a sua competência profissional, muito devotamento e enthusuiasmo patriótico Ao tornar publico tão ènaltecedora impressão manifesto ao Tenente-Coronel Monteiro de Barros os meus louvores pela sua autuação tão destacada e que vem confirmar o acerto da sua designação para chefiar tão importantes obras de defesa, das quaes foi o seu iniciador annos passados e agora seu dirigente na phase promissora do prosegulmento dos trabalhos " III — 1941


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G ENERAL de Div. Ped r o Cavaicanti, recentemente promovido e nomeado Commandante da 5." Região Militar. P ASSOU á disposição do Ministerio da Viaçào para fiscalizar as obras da Fabrica de Motores o Major Bernardino Corrêa de Mattos Netto * * * S EGUIU para os Estados Unidos á disposição da Commissão Executiva do Plano Siderúrgico Nacional o Capitão de Engenharia João Santos Saldanha da Gama. ? * ? I NICIARAM - SE na segunda quinzena de Fevereiro ultimo as provas para o preenchimento das vagas de adjuncto das Cadeiras de Balistica, Topographia e Resistencia dos Materiaes da Escola Militar ? » » A SSUMIU o Commando do Batalhão - Escola o TenenteCoronel Nilo Horacio de Oliveira Sucupira, antigo professor da Escola de Estado Maior do Exercito.

í ARA o cargo de Ministro togado do Supremo Tribunal Militar, vago em virtude da aposentadoria do Sr. Salgado Filho, o Presidente da Republica nomeou o Dr. Garcia Dias de Ávila Pires, o mais antigo magistrado da Justiça Militar. • * ? O Capitão Ismar de Góes Monteiro tomou posse no dia 4 de Fevereiro ultimo, no gabinete do Ministro da Justiça, do cargo de Interventor Federal no Estado de Alagôas. III — 194J

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Militar

G ENERAL de Brigada I s a u r o Reg u e r a, exDirector da Aero nautica do Exercito, agora Inspec t o r Geral do Ensino no Exercito.

D E ordem do Ministro Gaspar Dutra, o General Silio Portella autorizou a confecção pelo Arsenal de Guerra desta Capital de dois bustos em bronze do Duque de Caxias ; um, para o Palacio Itamarty e outro, para a cidade de Santo Antonio do Texas, nos Estados Unidos. * * ? N O dia 4 de Fevereiro ultimo teve logar no restaurante do Aeroporto "Santos Dumont" o almoço offerecido pelo Exercito Brasileiro ao Addido Militar da Argentina junto ao nosso governo, Tenente-Coronel Paladino, que regressou ao seu paiz. Ao "champagne" discursou o Coronel Paula Cidade, em nome do Ministro Gaspar DuÉ da eloqüente oração tra. do Secretario - Geral interino da Guerra o expressivo trecho a seguir : "Fostes aqui o incansavel servidor de vossa Pátria e da fraternidade continental, trabalhastes muito, vistes, sentistes, pesastes e medistes o valor da obra commum em fostes que nos empenhamos, em lares, nossos em acolhido nossos quartéis, em nossas fabricas, com o mesmo acolhimento que aqui se dispensa Viram-vos com aos nossos. nossos soldaos olhos amigos dos. Terminada a vossa missão entre nós, regressaes á Pátria com um conhecimento perfeito das cousas do Brasil, que certamente concorrerá, muito mais do que as fórmuIas diplomáticas convencionaes, para a marcha parallela e harmônica dos dois povos atravez da historia. — 71 --

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Aspecto da nova séde do Club Militar, em construcção, na avenida Rio Branco N A presidencia do Club Militar o General Meira de Vasconcellos, com o apoio de toda a Directoria, está realizando uma obra notável, digna sob todos os aspectos dos maiores encomios. Emprehendendo agora a construcção do novo edificio social, um magestoso palacio de 19 andares, orçado em cerca de 10.000 contos, o General Meira assim se dirigiu ao Exercito : "Com o Estado Novo, novo Club, novas concepções em nossa organização Social a que, em principio, devem pertencer todos os officiaes desde o inicio da carreira como aspirante. O Club Militar comporta fundamentalmente uma feição moral. Associação de classe com as responsabilidades apontadas e tendendo cada vez mais para solucionar nossos problemas moraes economicos. Não é associação para festas apenas, mas uma conectividade para onde convergem todos com a contribuição que as situações impuzerem, com esforço e energias imprescindíveis. O novo edificio comporta ambiente para todas as necessidades, é uma construcção estudada, encarando-se exigencias em todos os aspectos da nossa vida actual. Ê o Club do Exercito e nenhum official deverá se excusar de pertencer a essa Sociedade. A Directoria cuida também de sua séde desportiva na Lagôa Rodrigo de Freitas, onde prepara uma area para construcções adequadas. Junto a essa, ficará a sociedade hyppica, que é, píde-se dizer, um compl:mento de actividades destinadas aos mesmos fins. O Club necessita de integral collaboração nesta phase decisiva de sua vida e espera que ella não falhará O MALHO


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DE

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III — 1941


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"ROMANCE

OUE PRÓPRIA VIDA ESCREVEU"...

Nas livrarias da cidade acaba de apparecer mais um livro nacional. O movimento litterario do Brasil tem soffrido, ultimamente, grande incremento. Diariamente apparecem edições de toda a espécie de litteratura, sendo que o gênero que mais tem tido acceitação é o do romance e das biographias romanceadas, no que se refere ao nacional, e quanto ao estrangeiro, os livros vindos da publicidade cinematographica... A Companhia Brasil Editora lança agora mais um volume do Sr. "Romance Alvarus de Oliveira: — que a própria vida escreveu", que constitue um interessante e original trabalho do escriptor brasileiro já firmado no scenario das letras pela sua continua apparição, óra assignando artigos pela imprensa indígena, óra com volumes de suu autoria. Trata-se de um volume de cerca de 200 paginas, com boa feição graphica. e uma capa bem vistosa de autoria de Canabarreiros, este joven e talentoso artista do lápis e do pincel que também se firma dia a dia... A historia é bem urdida, bem escripta, onde se nota a considerável melhoria que vem tendo o Sr. Atvarus de Oliveira, á proporção que vão surgindo as suas obras. Seus personagens são traçados com humanidade, são bonecos vivos que se movimentam como ae olhassem a calçada da Avenida, tomando o seu refresco e faliando philosophicamente da vida, carioca e vida-vida, igual a todas as demais, com apenas differença dos scenarios. firma-se Alvarus de Oliveira mais ainda no mundo das letras nacionaes e certamente o seu novo trabalho, como os demais, aicançará suecesso da livraria. O volume apparece dentro dr collecção da "Bibliotheca de obras e autores fluminenses", que o sr. Alvarus de Oliveira dirige e que não se trata de obra puramente regionalista, como a principio parece, pois "divulga obras nacionaes de autores fluminenses e obras fluminenses de autores nacionaes"... III __ 194!

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73

O MALHO


MODA E BORDADO E O SEU STJCCESSO NO CARNAVAL DE 1941 roda j aspectativa o êxito òs edição de Car"Moda e Bordado", a querida revista feminina que naval de ULTRAPASSOU dirige e a S. A. O Ma'ho vem editando ha 17 Orto Sachs trazendo

annos,

a

completa

mais

cíollecção

e

a

maior

variedade

de

figurinos modelos e suggestões carnavalescas. A edição de Carnaval "Moda e BorcSado" foi fatalmente esgottada em três dias, tal a de grande

que teve por parte da sociedade carioca. «e vem tornando fradcional esse suecesso annL«jl

acceítação

Aliás "Moda e

Eordado"

nos

que

exclusivamente,

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nos

toiles

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cidade.

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a dever,

foram assim,

parte do suecesso da sua tesiHa mais querida

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creações

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revista

de

sua

e mais popular.

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mais se eccertúa porque, tendo o publico "Moda e Bordado", quasi todas creações de

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I — Aspecto do almoço offa recido «o Prof. Arnaldo de Moraes, no Aeroporto PROFESSOR ARNALDO DE MORAES "Maternidade de direcção e auxiliares de gynecologie o obstetrícia da Arnaldo de Moraes", companheiros teus pelos da formatura anniversario daquelle do 25. acatado • illustre scientiste patrício passagem

O MALHO

74

Santos-Dumon», por motivo da


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TODAS AS TERÇAS-FEIRAS, na Radio Nacional, Tupy, Transmissora, Mayrink Veiga, Cruzeiro do Sul e Jornal do Brasil NAS ANTE-PENULT1MAS SEXTAS-FEIRAS, na Radio Nacional, Club, Ipanema e Vera Cruz. NAS ULTIMAS SEXTAS-FEIRAS, na Radio Nacional, Club, Ipanema, Vera Cruz, Educadora e Guanabara DAS 13 00 AS 14.00 H.

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Os melhores contos brasileiros

RUÍNAS (Conclusão) Prospero arremessara o corpo frágil de D. Barbara aos dois braços que Jorge abrira, n'um movimento de horrivel pasmo, pallido de uma pallidez de morte. Toma a outra! bradou Prospero. E como o corpo desfallecido De Barbara rolasse, inerte, para o chão — ao mesmo tempo que no interior do quarto um doloroso grito estridulo se ouvia — Prospero arremessou-lhe o insulto supremo: A outra... Tú! Tú que a formaste assim!... Tu bramiu, n'um derradeiro esforço. E, ás tontas, indo de encontro aos moveis, toinbando para as paredes, sahiu. N'um momento, pareceu ir de roldão pela escada; mas surdiu adiante, na roite escura. Passou-lhe o cambaleante vulto pela porteira, longe; e sumiu-se no pavor do campo lugubre, atirado á estrada negra que é a da Loucura, a da Anciã Extrema, a da Morte.

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A vida vertiginosa dos nossos dias abreviou tudo! A rapidere a conci-

• II11CU . \J vy simo, é o dynamismo. Que Vão arrazando o idioma? importa? O principal é a brevidade o 10a synthese! O romanesco cedeuromanha não Hoje musculo! gar ao ce amoroso sem um directo nos queixos. romance Querem um exemplo do rapiformulas das dentro moderno, vae: Lá dez e concisão? E' noite. O vento sopra Primeiro docemente. Depois fortíssimo! Demedo. pois rugidor! Arminda tem Approxima-se de Gastão. E' o seu flirt. Um turuna corajoso. Mas nao tem vintém. Nem moral, Moral, para que? Arminda pede-lhe proteccüo. Gastão proteje-a. Chaina-a a si. ir. Gastão beija-a. Ardeixa-se Ella minda consente. Elle acaricia. Eldo la abandona-se... Esqueceu-se mundo... Um relampago illumina tudo. Alpae. Griguem entrou na sala. E' odesmaia. O tos. Confusão. Arminda Nao sorri. Gastão ampara-a. pae tem medo. Para salval-a, sae. E "cavalheiresco"... Policia. Casamento. O pae, além de e a Arminda, sustenta Gastão... prole.

FIGADO DO SEU FÍGADO Cama Saltará da C.ima Calomslsnos—E Saitara Sem Ca'.omelsnos—E Cisposto Para Tuda diarinn.Kiita. derramar, diariamente, fígado deve derramur. Seu figado não bijis nao bills. Se a bilis litro de bilis. estomago. um iitro n > estomago, são não sao alimentou nao livremente, os alimentos c.rre corre livremente. o incham Os O* gazes digeridos e apodrecem. prisão de ventre estomago. Sobrevem a • prisao envencnl.atldu como que envenoVoce sente-se abatido Voei amargo e a vida é£ um martyrio. nado. Tudo é6 amargoe rari r t U não evacuação nao cará Uma simples cvacua?ao i'.l.ulo? famosa* Pílula? causa. Nada ha como as famosa.f ac;üc Ficado, para uma actio CARTERS 1'ARTERS para o Figado, o.:te litre certa. Fazem correr livremente CMC tu.lo vooê sente-se disposto para t'J.lo bilis. e voci de bilis, contudo »ào suaves e contudc Nao Não causam damno; sao or cr eor cor bi'is a fnrer f'i'er sao são maravilhosas para CART!'— U Pillu'.as CARIT—t.I'eta as Pil!u'.as livremente. Peça imitações acceite imiUfops Não- aceeite Fígado. Nao para [.ara o Figado. Preco3S000. Preço 3S000

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(PILULAS [PÍLULAS DE PAPAINA E PODOPHYLINA) moléstias Empregadas com succtsso nas molastias Essas ou figado intestinos. fígado do astomago, nas indicadas sao tônicas, são tonicas, da alem além pilulas, pílulas, moléstias do cabeça, molastias disptpsias, dispepsias, doras da cabeqa, São um podofigado fígado a prisao prisão da ventre. S2o funeçõet digestivo a regularizador das func{oet roso digastivo gastro-intestinaes. A VENDA EM TODAS AS P&ARMACIAS Depojitarioi : JOAO JOÃO BAPTISTA ÜAPTISTA DA FONSECA Vidro 2)500, 2$500, pelo Corrtio Correio 3$000 d* Janeiro Rio de Acre, 38 Rua Aero,

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O MALHO

— 7G —

III — 1941


Madame de Pompadour Jeanne Antoinette Poisson nasceu em 1722. Pela sua grande belleza teve um prestigio na corte escandalosa de Luiz XV. Foi amante honorária do rei enfermo. De simples favorita tornou-se a successora da duqueza de Chateauroux. Exerceu sobre o rei uma influencia nefasta, custando á França muitos milhões. Foi nessa oceasião que se disse que a época dos I.uizes na França era a do amor. Emquanto seu marido continuou um homem modesto, cila chegou a ser marqueza. Muito pittoresca é a aneedota: certa vez um camponez querendo reverencial-o, disse: ";i saúde do senhor marquez de Pompadour!"

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E PROPRIETÁRIO de uma fabrica e nâo pode movimental-a...

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Morreu a Pompadour com 42 annos. Sobre o seu túmulo um gaiato escreveu: "Ci-git

d'EHoles — Pompadour Qui charmait Ia vMe et Ia cour, lemme injiilclc et mailresse aceomplie. Vhymen rt 1'amour n'ont pas lort, Le premiei- de pleurer sa vie, Le second de pleurer sa mort. Ci-git cclle qui fui vingt ans pueelle, Quinze ans ealin et 7 nuirelnrelle.

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o caso de um rico-pobre Desapparecido o pae. entrou na posse REALMENTE, de uma grande e prospera empresa industrial. Mas acontece que todos os recursos da firma estão presos, bloqueados, á espera das interminaveis delongas do inventario. Resultado: é dono de uma fabrica e não pôde fazel-a trabalhai por falta do seu próprio dinheiro... "Sul America" o O Seguro Commercial, a como esses, que casos creou justamente para resultam das sahidas forçadas de capital, por fallecimento de um sócio. Sua finalidade é proteger uma firma, em qualquer contingência. Si o Sr. é commerciante ou industrial, certa"Seguro Commente lhe interessa o folheto "Sul America" Peça o mercial" editado pela seu exemplar grátis, com o coupon ao lado Note: Isto não lhe trará qualquei espécie de compromisso ou obrigação.

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