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cuja
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MENSARIO illustrado Edição da Soe. A. O MALHO Directorti: ANTONIO A. DE SOUZA E SILVA JOSÉ MARIA BELLO OSWALDO DE SOUZA E SILVA
CAPA
ao pintor Marques Júnior o interessante estudo de cabeça que constitue a trichromia da nossa DEVEMOS capa de hoje. Vê-se que o pintor empregou nella uma technica especial, muito diversa da que adoptara em periodo anterior e da que adoptou posteriormente, até nossos dias. Marques Júnior pertence á velha guarda da nossa pintura. E' um dos nossos artistas de escol, pelo talento, pela orientação artística, pela comprehensão do seu papel de interprete das coisas bellas. Surgiu Quando foi do movimento que culminou com a fundação da " Juventas", transformada, mais tarde, na actual Sociedade Brasileira de Bellas Artes. E desde então, a sua opinião vale ouro no circulo dos nossos artistas. Capaz de produzir obra vasta e notável, Marques entretanto nunca conseguiu vencer o temperamento Júnior incomprehens.ve mente retrahido, muito amigo da penumbra, mercê do qual elle, ao envez de nos dar grandes quadros, preferiu passar o tempo preparando alumnos, no seu curso da Escola de Bellas Artes. Póde-se dizer que toda a arte jovem, que por ah. sonha, passou pelas mãds de Marques Júnior, mestre do desenho como os que mais o sejam. Marques Júnior possue todas maiores premiações do - alao e foi prêmio de viagem daas Escola de Bellas Artes. \ íveu em Paris seis annos — nos bons tempos de Paris artistico. — e foi Presidente da Sociedade Brasileira • r es, que lhe deve uma das suas administrações de Bellas mais brilhantes e fecundas.
ANNO XI. — NUMERO 15 ABRIL — 1941 PREÇO DAS ASSIGNATURAS Um anno 35ÇOOO sÇ's mezes 18Ç000 Numero avulso 3 $000 Numero atrazado 4$000 EM TODO O BRASIL Direcção e Escriptorio Travessa do ouvidor, 26 Caixa Postal, 880 — Tel. 23-4422 Redacção e Ofíicinas RUA VISCONDE DE ITAÚNA, 419 Tel. 22-8073 — End. Teleg.: O MALHO ESTE NUMERO CONTÊM 74 PAGINAS
° malho
NOSSA
— 3 —
IV — 1941
LIVROS E AUTORES Um livro de discursos e de conferencias muitas vezes aterroriza: só Conferências palavras, dirão as pessoas apres sadas. Que venham ler o livro que o Dr. Daniel de Carvalho acaba de publicar, justamente "DISCURSOS E CONFERENcom aquelle titulo S/A.) e verão que a CIAS" (Civilização Brasileira "Equipe" de estu"Republica Velha" possuia a sua diosos e tinha, no illustre ex-deputado por Minas, um dos seus mais lídimos representantes. •DISCURSOS E CONFERÊNCIAS" compõem um livro de 186 paginas. Nelle muitas idéas políticas e administrativas, programmas de administração, estudos acerca de problemas industriaes, agricolas, educacionaes, políticos, jurídicos, etc, tudo que aquella disciplina do estudioso tenaz, que gosta de dominar os assumptos com seriedade e vigor. O ESPIRITO MILITAR NA QUESTÃO ACREANA A questão do Acre, (pie resultou na incorporação ao Brasil de um dos mais ricos pedaços do nosso territorio, ainda hoje apaixona o espirito publico, pelos seus tons de heroísmo. "Bibliotheca Militar" acaba de Agora mesmo a editar um bello ensaio sobre o assumpto. Trata-se de "O Espirito Militar na Questão Acreana", escriptp Goycochêa. sr. Castilhos pelo O autor já se revelara um excellente escriptor e um fiel investigador da nossa Historia. Este volume apresenta as mesmas qualidades de honestidade na investigação e brilho na exposição, os quaes distinguem os trabalhos desse escriptor. VIDAS EM TUMULTO A Editora Pongetti lançou mais um dos seus üvros de êxito. Desta vez, trata-se de um romance brasileiro, de autoria dc Braulio Xavier, pintando figuras c costumes da sociedade bahiana. "Vidas em tumulto-, sr. Prado O prefaciador de entre o estylo de semelhanças Ribeiro, encontrou Braulio Xavier e o de Paul Bourget. De facto, ambos cultivam o mesmo gênero dc romance, e em ambos se encontra a mesma vivacidade e movimentação. "Vidas em tumulto" é um livro que todos lerâo com prazer íeja na Bahia, seja no Brasil inteiro, pornossa vida social. que é uma photographia animada de iscursos e
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A GLORIA
LYTOPHAN O
MALHO
DE EUCLYDES
DA CUNHA
A personalidade singular de Kuclvdes da Cunha tem attrahido, nos últimos tempos, a attençâo dos criticos e ensaístas brasileiros. Comprehende-se: Kuclyda Cunha teve unia vida rápida e fulgurante, illuminada pelo clarão vermelho de uma trágica morte, e e deixou uma bella obra literária, solida, profunda rica. \ Bibliotheca Pedagógica Brasileira, que está Ul"Brasileira" obras que fazem Cluindo na sua Collecção mais um editar de acaba nacional, honra á cultura "A Gloria de Eu— -obre Sertões autor dos o volume clvdes da Cunha", de autoria de Francisco Venancio Filho. E' um dos trabalhos mais bem documentados q"e têm apparecido sobre o fulgurante escriptor brasileiro, trazendo innumeras coisas inéditas que hão de inter profundamente os que seguem com attençâo os grande- assumptOS da nOSSa literatura. — 4 —
IV —
1941
CURIOSIDADES DE TODO O MUNDO Por
YANTOK
Divergem as opiniões sobre se os macacos sabem nadar ou não — Elles nadam mas são desageitados porque os seus braços são mais compridos do que as pernas, que tambem são consideradas braços, por ser o animal quadrumano. Mas elles de que não gostam é da água, porque o liquido elemento produz nelles effeitos desagradáveis. E' sufíiciente para as abelhas virem uma pessoa chegar-se a sua colmeia sem prejuízo das mesmas, para que ellas não a ataquem. Mas o ruido exaggerado as enfurece e só ellas têm pouso quando o ruido cessar. <r
No Chile ha uma montanha, em cujas vertentes, norte e sul, ha duas pequenas povoacões. Numa dellas chove, quando muito, uma vez por anno, ao passo que, na outra, as chuvas são frequentes. Acontece que, quando nesta vertente está chovendo, a povoação da outra, não beneficiada pela chuva, afflue ao cimo da montanha attrahida pela curiosidade do que ella considera um phenomeno. ¦ir
Leiam
Ha indios tão pouco acostumados a comidas doces que, quando algum explorador lhes dá guloseimas, elles, ao comel-as fazem caretas, de quem não gostou. Ha, outros, selvagens da África, na maioria de raça pigmea, que gostam extraordinariamente do sal, cuja ausência talvez seja a causa do seu deficiente desenvolvimento physico. it Na visinhança de Batavia, no Pacifico do Sul, um a_rric.iitor nue vivia solitário no limiar da jungla, certa occasião não encontrou mais seu único casaco que deixara para enxugar ao sol, depois de lavado. Após muita pro'"ura. foi encontral-o, afinal, pendurado a um galho da floresta. Mas a arvore estava infestada de macacos, Que o impossibilitavam de rehaver seu casaco. O agricul-or juntou gravetos e folhas seccas e accendeu fogo ao pé da arvore, para que os macacos fugissem. Mas os simios, atirando-se da arvore, saltaram sobre o homem, que teve de defender-se com um cacete. Um dos macacos trazia o casaco, em cujas mangas havia enfiado os braços, mas, ao correr, ficou embaraçado, sendo afinal dominado, pelo agricultor, o qual teve a surpresa de encontrar nos boisos do casaco todos os objectos que os simios haviam-lhe roubado.
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O MALHO
Franco
LEIAM "ILLUSTRAÇÃO
Voz
Eu nasci para acordar Nos dias sombrios E vibrar debaixo do silencio Das noites nuas e vasias... O meu corpo com vida E' um lastro de amor... E gosto de buscar contacto Com todas as formas que me cercam. Cerro os olhos em meio a escuridão E sinto-me feliz A alizar o meu sonho macio, Assim, dentro da íantazia... E' tão triste a insipidez da realidaide!...
— 6 —
Rio de Janeiro
BRASILEIRA"
VOLÚVEL RECEBE,
com suecesso nas moléstias fígado ou intestinos. Essas
pilulas, além de tônicas, tão indicadas nas dispepsias, dores de cabeça, moléstias do fígado e prisão de ventre. São um podo-
'
Hormo-Vivos 1 e 2
Cidade
estômago,
E
DESPERTE A BILIS DO SEU FÍGADO Sem Calomelanos-E Saltará da Cama Disposto Para Tudo Seu fígado deve derramar, diariamente, no estômago, um litro de bilis. Se a bilis nio corre livremente, os alimentos nio são digeridos e apodrecem. Os gazes incham o estômago. Sobrevem a prisão de ventre. Você sente-se abatido « como que envenenado. Tudo é amargo e a vida é um martyrio. Uma simples evacuação não tocará a rausa. Nada ha como as famosas Pil.ulas CARTKRS para o Ficado, para uma aceno certa. Fazem correr livremente esse litro de bilis, e você sente-te disposto para tudo. Não causam damno; são suaves e contudo nâo maravilhosas para fazer a bilis correr livremente. Peca as Pululas CARTERS para o Fígado. Não acceite imitações. Preço 3$000.
IV — 1941
"P
M Outubro de 1904, occorreu
um
inci-
pequeno
dente entre o joven rei
Hespanha.
da
Affonso
XIII,
e o
do
Con-
presidente selho
de
Ministros,
Í1M
Sr. Maura. O
soberano
tendia
visitar
pre-
40 ANOS
todos
os logares da Peninsula sar
...Al COMEÇA A VIDA
reali-
e queria a excursão
em
Maura
automóvel.
S.
objectou a
Ma-
gestade que a Constituição prohibia aos ibéricos
monarchas
o uso do veloz vehiculo, por achar que um landau era mais sumptuoso e a única carruagem adequada aos passeios dos soberanos nha.
Hespa-
da
lÊÊÊmmwÈÈÊm i'* ;Íüfl I
Üü íɧ»»»»»»»sl§íl lü
ÍÊÊMmmW^ ^^ÊÊÊÊm s/ys^m\aamryyy/s rV^A^
Affonso
W wm ^fáSs^ma
XIII
não desejava que o contrariassem.
IODALB— Vida do coração
fectuou em \ ista de Maria Christina, mãe rei,
ter
CORAÇÃO — Vida do corpo
Ma-
a viagem não se ef-
do
Sim, contanto que você assegure a plena vitalidade do seu coração e das suas artérias com o uso de um produto IODALB. como
aconse
lhado ao
filho
respeitasse
os
/
que
preceitos da Constitui-
LABORATO
RIOS
RAUL
LEITE
S.A
Çáo.
O REGISTRO MENTAL DA XOSSA PÁTRIA
ESTA EM
ILLUSTRAÇÃO BRASILEIRA A revista que espelha o nosso movimento cultural. A revista da arte e cultura nacionaes. Collaboração dos maiores vultos das nossas letras. Paginas de incomparavel belleza. Um orgulho das nossas artes graphicas. — Custa em toda parte
IV — 1941
7 —
5S000
O MALHO
ií nion num w e vjuizes Tratamento sem Operação Após longos estudos foi descoberto um remédio de componentes vegetais, que permite fazer um tratamento, absolutamente seguro, das hemorroidos e varizes. HEMO-VIRTUS é o nome desse remédio, que para hemorroidas internas e VARIZES Para as hemorroidas exdeve ser tomado na dose de 3 colheres de chá por dia. ternas, usa-se o HEMO-VIRTUS, pomada. Comece hoje mesmo e teia com atenção o tratamento na bula. Não o encontrando em sua farmácia, peca-o ao depositário. CAIXA POSTAI 1.874 (UM-OITO-SETE-QUATRO) — SÃO PAULO
TIROS A ESMO
O perfume elegantes.
é a crcolina
para os
witL^jl 4?
Aí grandes tragédias não são Ha mulheres que são como os \ i dos joraquellas que o noticiário naes dá relevo: são os enormes, re- dros que se têm de lacrar: carecem conditos, combates travados dentro de vácuo na cabeça ... de nós mesmos. vida, por si só, já é uma grande A .,.„. miséria. Para que nella pensar, se • -. • * bo ha uma miséria maior que a tua: contemplamos ao espelho a , , .„ ao nos ,. te ? a dos teus amigos '. poderosos que vemos!?... , , morrer a mingua. deixam
ATAQUES NERVOSOS OU EPILÉPTICOS NOVO TRATAMENTO O trotomento raols eficaz e seguro que a medicina tem ho|e em dia para os ataques nervosa* eu epilépticos * o que se foi com MARAVAL - ioIuçSo. Êite poderoso medicamento, graça» à felli comblnocoo de elementos opoterápicos e vegetais de suo formula, restituo em pouco tempo o soOde, o alegria e o sossego aos doentes. MARAVAL - toluçfio - 4 ver d odelr amante a trotomento raciono! o cie/itiFico da* etaques narvosos e epilépticos. NSo encontrando MARAVAL - soluçoe - nos formadas e Drogaria», escrevo ao Depositário, Cofsô Peitai 1674, Soo Paulo.
MARAVAL LEIAM ILLUSTRAÇÃO BRASILEIRA
ÕXWtlStCL
índio
em
c*d*
I f^a, omeote.
sismo uma de
o
artista de
o
um certo nervo-
que tem
sempre
esteia
que
publico,
estrear
de
peça ou apresentar-se diante uma platéio desconhecida. O
remédio é simplesi um ou dois comprimidos de ADALINA, tomodos oi cjuns minutos antes de entrar em
A Saudade é o arrependimento de termos deixado escapar a Felicidade ...
cena, vos
bastam excitados,
para ocolmar o» net"trac", evitando o o medo do «ftis-
como denominam
são mulheres intelligentes As como as pérolas: é preciso ser bom mergulhador para encontral-a*.
oferece
o
perigo
não
ADALINA
ta diante do publico.
algum.
órgão
<SAYte)
De todas as realidades a mai> dolorosa é a que sahe pela mão da injustiça.
"005 NERVOS CALMAnTE SUAVE E IM0FEI15IV0
Miséria, não é aquella que vemos
nus morros <¦ vielias; é a que sabe-
mos passada nos palácios e que, de longe em longe, vem ao commentari,, ria rua . . . H.-i muita liara thica
UM ENLACE Sõ SERÁ FELIZ quando a noiva se sentir inteiramente satisfeita, inclusive com todos os detalhes do seu enxoval. O GUIA DAS NOIVAS, com seus conselhos, suggestôes, modelos e ensinamentos, realiza esse sonho das que se vao casar.
— prejuízo até na sympathia gente tem extirpado um olho ev'tar uma ophtalmia wiupa.. .
ADONAI
O» convalesctntet neeessi tem dc bastante alimento aadio para ganhar energia e reatabelccer a saúde. MAIZENA DURYEA é o alimento ideal para esse fim, porque aa sopas, cereais, rmngsus e pudins preparadoacom MAIZENA DURYEA deliciam o paladar mais apurado e, alem disso, sào de digestão muito fácil. Peça MAIZENA DURYEA. Avenda em toda parte.
MAIZENA DURYEA
DE
MEDEIROS
ROSSINI E MEYERBEER Tendo um
UÍlí Ta
w»
CAI*»-*7* i lUm«U-',,,
,lyt0 J,
longínquo
do
grande maestro desaparecido, compor fúnebre uma marcha da
qual Rossíni.
o
o
Ouça
mais
joven
sobrinho
qua pensava fúnebre. —
esemplar
semanas
o
com
um
enviou
Algumas tor,
Cotir.»»
Meyerbeer.
morrido
sobrinho
encontrando
de
tarda,
composi-
perguntou-ihe sus marcha
respondeu
franqueza,
a
Rossini.
teria
preferido qua o desapraarecido fosse o senhor a o compositor da mar-
n^i O MALHO
em
teatro experimento
MAIZENA DURYEA Excita o Apetite
Verifique 'o nome DURYEA e o acampamento
habituado
mais
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exibir-se
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fúnebre
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IV — 1941
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de Crnesto Souza 00
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'iT:iiiiiiiiiii)iiiiiilii)i.'..iiim..iui.iumiiin.ii»ii.uirnnrnimiiiiiili.iimiii''iiiii.m.
¦rmimiiuii. ..~-tt.. t
O NOVO SECRETARIO GERAL DA UNIVERSIDADE PROLETÁRIA DO BRASIL Foi nomeado Secretario Geral da Universidade Proletária do Brasil, o Dr. Cezar d*Azevedo, advogado e nosso collega de Imprensa. O Dr. Cezar dAzevedo íoi no Rio, redactor "Diade "A Pátria" e do Rio no rio Carioca" e _________________________ Grande do Sul, lente do Gymnasio Municipal, director da Secretaria do Municipal e Conselho Presidente do Conselho Escolar. Foi tambem redactor de "O Tempo" e do órgão official do Partido Republicano do Rio Grande do Sul. O Dr. Cezar d'Azevedo pertence á distineta familia gaúcha a famlliia do conde de Porto. Alegre. Muito relacionado aqui e no Rio Grande do Sul, melhor nao poderia ter sido a escolha para a Universidade Proletaria do Brasil, presidida pelo Dr. Aurélio de Moraes.
'¦âd'.mm ' i
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MATERNIDADE ARNALDO DE MORAES
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TRAN5PIRDL
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IV — 1941
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LEITE
DE
COLONIA
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neutralisar as inclemencias do Sol! O sol é um agente de saúde e também factor de belleza! Saiba gozar os seus beneíicios!... Defenda, porém, sua cutis de manchas, sardas e queimaduras. Quando lôr ao banho de mar ou sahir para a pratica do seu sport predilecto, laça uma applicaçâo de Leite de Colonia sobre o
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fixa
de
o penteado
rosto, coilo e braços, repetindo-a ainda quando deixar a praia. Leite de Colonia neutralisa a acção dos raios solares sobre a sua epiderme alva e delicada Leite de Colonia protege a cutis e corrige manchas, e cravos. sardas, espinhas Leite de Colonia limpa, alveja e amacia a pelle. Use-o sempre!
fòlonia.
e dá brilho
ao
— 10 —
cabello
de
senhoras e cavalheiros.
IV — 1941
DOIS DESTINOS QUE SE ENTRELAÇAM de abril approxima, numa data feliz, a Juventude Brasileira do nome do Presidente Getulio Omez Vargas. Uma festeja o seu dia, o outro o seu natalicio. E de ambas as commemorações, participa a Nação Brasileira com o mesmo orgulho, alegria e carinho. Nenhum nome mereceria mais ser confundido na mesma festa do coração, no mesmo alvoroço de alegria, com a lembrança da Juventude Brasileira, do que o do Presidente Vargas, porque ninguém tem olhado com tão vivo carinho pela nossa mocidade. Nenhum Chefe de Estado a comprehendeu tão bem. Nenhum lhe falou jamais com esses puros accentos em que se mistura a autoridade paternal, a confiança e a cordialidade de um verdadeiro amigo. Por isso mesmo, para todos os jovens brasileiros, o nome do Presidente Getulio Vargas cerca-se de um prestigio extraordinário. Elles o admiram sinceramente pela obra que emprehendeu e está realizando, pelo seu sadio patriotismo e, acima de tudo, pela sua natural simplicidade. O disciplinador da nossa juventude tem sido tambem uma fonte perenne de nobres estímulos, construindo uma ordem social, dentro da qual todos, pobres e ricos, vindos de qualquer ponto do paiz, possam encontrar as mesmas opportunidades para avançar e progredir. Nada mais justo, portanto, do que confundir na alegria commemorativa da mesma data a Juventude Brasileira e o Presidente Getulio Vargas: este representa uma garantia de ordem e paz nos dias presentes; aquella é a nossa esperança, a promessa radiosa dos nossos dias futuros.
O MALHO
__. J^;A^! A pequena aldeia de Kilehu já possuc seus photographos ambulantes, e elles não são nada differentes dos que enxameiam os logradouros públicos das grandes cidades. Só na indumentária se distinguem dos seus collegis occidcntacs.
Cm í/oj deuses da prcdilecção dos Hindús é "Sadus", cujo templo se acha erguido numa das elevações de Kashmir
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O guarda do palácio de Indore. E' um ancião que conta 86 annos de edade. Participou da guerra de 1914 e está ao serviço do Maharajah de Indore ha cerca de 70 annos.
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_______¦ Em sua maioria, os compatriotas de Gandhi são calmos e serenos, mesmo ante a desgraça. Estes dois fumam tranquillamente o seu narghileh, desprcoecupados com a guerra.
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14 —
PORTO DE JOAZEIRO (Bahia) — "qaiolas" Dois da navegação fluvial no São Francisco, recebendo carga e passaneros na maroerr. bahiana do grande rio.
MARUHY. (Estado do Rio) — V,sta fornada de Moruhy. em Nicfherov, ab*annendo um piHcreseo trecho da Guarabare
IV — 1941
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scientistas norte-americanos, arOS cheologos, paleonthologos e anthropologos, têm agora uma" preoccupação muito séria: descobrir o primeiro Americano". Não se satisfazem elles com a aliegação, aliás já comprovada scientificamente, de que os índios foram os primeiros habitantes do continente americano, em face das ultimas e surprehendentes descobertas feitas. Os homens da Sciencia vão assim levantando lentamente a cortina do Tempo, num esforço para encontrar vestígios dos primeiros membros da família humana que habitou o nosso continente. Vagarosa mas seguramente, o orifício de espreita do sombrio e mysterioso Passado está sendo ampliado. Talvez mesmo que, num futuro comparativamente proximo, essas persistentes pesquizas tragam aos nossos olhos maravilhados as provas de que houve actividades de seres humanos nas terras que hoje formam os Estados Unidos muito antes da
Typo de homem da Ê r a Pleistocena, cuja edade é calculada de 10 a 15 mil annos.
Natureza nos dar os índios modernos ou seus antepassados. Lenta mas seguramente, a Historia do hemispherio occidental está sendo feita atravez de rochas e fosseis; de ossos, cabellos e outros restos dos mastodontes extinctos e mammiferos menores. Durante os últimos dez annos varias e importantes descobertas auxiliaram os seientistas nessa peregrinação pelo Passado. Em recantos dispersos da America, das Montanhas Rochosas, (Rocky Mountains) para o leste até a Virgínia e para o sul até a Florida central, têm sido encontradas provas da existencia do Homem Primitivo. A parte sudoccidental dos Estados Unidos tem offerecido, neste particular, material abundantissimo nesse período de tempo, recolhido, graças á investida das picaretas, pás e outros instrumentos de pesquiza dos homens da Sciencia. As mais importantes descobertas desta ultima década foram talvez as seguintes: I) Descoberta de ferramentas e armas perto de Folsom, Novo México, em 1925, pelos Srs. Frej J. Howarth e Carl Schwacheim. 2) Descoberta, em 1933, dos restos de cinco animaes na Caverna Gysum, a 25 milhas ao norte de Boulder Dam, pelo Sr. Mark Raymond Harrington, pesquizador :—do Museu Sudoeste e membro da Associação Anthropologica Americana. 3) Descoberta duma "officina Folsom", proximo de Fort Collins, no Colorado, em 1934 pelo Dr. Frank H. H. Roberts, onde foram achadas ferramentas varias, facas, laminas, buris, instrumentos cortantes, cutelos, cinzeis e outros objectos. Descobertis 4 ) proximo a Clovis, no Novo México, no mesmo anno, pelo Dr. E. D. fi
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— Outro typo do homem primitivo, chamado pelos americanos Pilldoxin Man, ou o homem de Piltdoun.
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O MALHO
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í íward, onde foram encontradas ferramentas Folsom juntamente com restos de animaes em grande numero. 5) Descoberta de um grupo .de oSsos pelos exeavadores da Administração de Publicas (Public Obras Works Administration) cm Los Angeles, cm 1936. O dr. Ivan Lopatin, reputado archeologo, calculou a cdade desses ossos entre 16 e 35 mil annos. Embora seja attribuida grande importancia a estas cinco descobertas, os scientistas consideram, entretanto, as ferramentas Folsom como sendo a mais relevante sob — 16 —
muitos aspectos, principalmente porque constituem uma pista definitiva para a descoberta duma raça humana bastante desenvolvida na arte de cantaria. Mas quem era, afinal, o homem Folsom? Um contemporâneo, no Velho Mundo, do homem Neandcrthal, que viveu de 50 a 100 mil annos atraz? Ou dos primeiros iinigrantes que entraram na America do Norte pelo istlimo de Rchring durante o declinio da quarta e ultima Edade do Gelo? Ou ainda dos possíveis imigrantes que vieram depois pela Groenlandia, de 10 a 15 mil annos passados? São estas as perguntas que os archeologos do momento se esforçam para responder com segurança. Todos concordam, entretanto, que um typo baixo de homem jamais chegou á America c que o chamado homem Folsom deve ser necessariamente classificado como um "homo sapiens" ou verdadeiro homem. IV — 1941
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Quaesquer que tivessem sido as caracteristicas do Homem Folsom, não resta duvida que elle era, por natureza, um caçador. Isto parece estar sufficientemente comprovado pelos seguintes factos: a) Armas Foisom foram encontradas cmbebidas nos esqueletos dos animaes descobertos próximo dos seus acampamentos; b) as ferramentas Folsom foram achadas em diversas partes ao leste da região rochosa, demonstrando conclusivamente que os seus fabricantes eram caçadores. Outra opinião geralmente acceita pelos scientistas é que o homem Folsom viveu na America do Norte antes das primitivas raças conhecidas que habitaram o México meridional e a America do Sul septentrional.
E' curioso notar que as ferramentas dos Folsom nunca foram encontradas a oeste de Rocky Mountains. Igualmente, não se acharam vestigios dellas nos famosos poços de La Brea, Los Angeles, donde foram retirados os restos de muitos animaes prehistóricos. Mas os scientistas, empenhados em penerar os mysterios insondaveis que envolvem as actividades das raças millenarias, continuam seu labor incessante. Tudo é objecto de pesquizas acuradas; um simpies fragmento de pedra, um fio de cabello, ossos humanos, apetrechos de trabalho. A Sciencia não encontra barreiras na sua faina de tudo devassar para chegar a uma conclusão satisfactoria, ou pelo menos a uma conclusão que lhe permitta responder as indagações de quantos se interessam pelas questões archeologicas.
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PRIMEIRO, OS ÍNDIOS: DEPOIS OS PEREGRINOS. MAS QUEM VEIL ANTES DELLES ! AS ACTIVIDADES EXTRAORDINÁRIAS DOS SCIENTISTAS NORTE-AMERICANOS PARA DESCOBRIR O GRANDE SEGREDO.
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1941
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O MALHO
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1 — Outro submarino lupinar".
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Este é
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— O "Kocatepe", um dos mais eííicientes destroyers da marinha ottomana em írente a Constantinopla. — O submarino "Sakaraza", que actualmente patrulha as aguas do littoral byzantino.
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— 1941
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RECORDAÇÕES
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Oh ! se re amei ! Toda a manhã da vida Gastei-a em sonhos que de ti falavam ! Nas estrellas do céo via o teu rosto, Ouvia-te nas brisas que passavam. Oh I se te amei ! Do fundo de minh'alma Immenso, eterno amor te consagrei... Era um viver em scisma. de futuro ! Mulher ! oh ! se te amei ! Quando um sorriso os lábios te roçava, Meu Deus ! que enthusiasmo que sentia ! L&urea coroa de virente rama, Inglório bardo, a fronte me cingia ; A' estrella d'alva, ás nuvens do Occidente, Em meiga voz teu nome confiei. Estrella e nuvens bem nc seio o guardam ; Mulher ! oh ! se te amei ! Oh ! se te amei I As lagrimas vertidas Alta noite por ti ; a. atroz tortura Do desespero d'alma, e além, no tempo, Uma vida a sumir-se na loucura... Nem aragem, nem sol, nem céo, nem flores, Nem a sombra das glorias que sonhei... Tudo desfez-se em sonhos e chiméras... Mulher I oh I se te amei! FRANCISCO
OCTAVIANO
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10
O MALHO
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o esophago estreitíssimo. com seis metros de diâmetro, possue ÍmPeUma0baa.et em material ttUrSd?cS^Sento fornece nua e e, da p da camada de gordura que tem ^aixo co_ . ande TalTtmmmmTm ,_pí _X\P/°Es,M,
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jntestinos seus '*'.»' ** <»™» cai, tm sua 3£28ót»:f t»VST. do peso total, fornece o esPe™a"*e\e pa com ^ uma aâc uummeespada_te ^ Mais de uma vez ass.st, á,\u ««'l-™"*-/rCodeava.a baleia. Parecia um estrondo de escorando banadas da baleia enfurecida E \^d«^^^dQ des a ponta da cauda «¦»"*• _avalha J^^^ o baixo de para o seu e certeiros golpes verdadeira navamaqque é enorme cetáceo com a espada, depo „ fez o órgão de defesa e de ataque. E sabesfoi que nova üe atraz c Enguliu-lhe calmamente a língua
padarte,
Bem sei que estás ansiosa para que eu te conte como o conheci. Satisfarei promptamente a tua curiosidade. Conheci o meu Junka no Maranhão (eu estava lá a serviço), onde se dedica á pesca do tubarão, que já lhe rendeu uma fortuna bem razoável. Todos me falavam a respeito da sua coragem c da sua vida solitária e pacata, de maneira que só isso me bastou para envidar todos os esforços afim de conhecêl-o. Aliás, quem nunca sentiu na vida extravagância de idéas e de desejos, que atire a primeira pedra!... Junka é um encanto nas suas explicações! Como é dezoito annos mais velho do que eu, trata-me como a uma creança, explicando-me tudo minuciosamente. Se o escutasses descrevendo as suas aventuras atravez de quasi todo o mundo! E a sua admiração pelo Brasil! E a sinceridade com que elogia as nossas cousas! Elle diz que desde pequeno a sua paixão foi o mar e que preferiu fugir a estudar Medicina, como os pães desejavam, até que estes, vencidos pela saudade e talvez pelo remorso, fizeram — no voltar para casa e seguir a carreira que quizesse.
., por levantal-os ou abaixal-os ájontade «b cadaveres sucção. dentes. têm todos, porém, Nem ™te os '* ellea cinco vem Seu olfacto é tào subt.l, qge pre * sussurro o milhas de distancia e sua aff° ouve logo q JfJ^e das profundidades oceânicas á superfície oellica de vozes humanas! - > Do b«jo Tudo se aproveita desse monstro,! ££ tabru*çam_ a marfim para para as luvas; da espinha, o imperm optima de de bengalas e bijouterias; da pelle, aliás
que dade,.couro para sapatos e até manteaux; das barbatanas, colla attineem ás vezes a um metro de comprimento, excellente oleo é Mas do que faço absoluta questão é do figado cujo Cada e B. A vitaminas em muito mais rico do que o do bacalhau oleo. de litros 20 extrahir a dá quasi ficado de tubarão espécies, sendo Só nas costas deste adorável Maranhão ha 12 de dois appadono bellissima, de pelle nrincipaes: o ururnarú, outros, guardois tambem relhos genitaes, cuja fêmea possue fêmeas, num as esquerdo no e machos filhos os dando no direito sao lardesova da época na tota! de 48 tubarõesinhos, os quaes .«ntacomo tinturetra a que espadarte, o gados junto das praias; com o couro de um tigre, o rodella, gallo e tem o ventre parecido etc. o corre-costa ou cação, 300 k.los de peso Tenho pescado aqui mesmo tubarões com redes bem forcom Pesco-os comprimento. e mais de 5 metros de bem grosso rodeado de tes ou mesmo com um anzol especial, alias compndiscorda, a corte não correi para que o gigante SÍma'lá E eu, que tanto perdi quatro homens que elles devoraram. esses monstros, que vivo ma.s perigo corro na minha busca a com uma t.ntureira onde? lutar a vim So mar do que em terra, mas a malvada me carregou Rente a uma praia! Consegui fugir, Um PDedaía°cto° é seduetoramente Um meu amor, cujo corpo e fo. por ante-braco o até nerfeito tem um hombro deformado não lhe arrancou o braço tintuiwa a íSdadelro milagre que !nteMas'de se eu o amo tanto? que me importa isso, .predo- Eli
alma, que era só feito de musque p^re8cia não ter
^hT^s^ir^:-^
de tudo... me adora! amiga, Porém nào me quero tornar mais extensa, minha doce me meu hora meia a Junka daqui e fazer muito que porque tenho solteiros de compras virá buscar afim de irmos fazer as ultimas Nao Como sou e quanto irei ser feliz, minha boa Lisette! calculas como admiro meu noivo! E de amanhã em diante iremos viver numa indestructivel tudo o que communhão physico-espiritual, saboreando da vida a que nos voluntário isolamento do ella nos possa dar! Cansados a coragem alegria, a calor, o outro um ao daremos entregamos, o amor, essa da comprehensão mutua, o carinho e sobretudo e convulsiona os domina me creadora força que maravilhosa me torna a mais apainervos que atordoa o meu coração e que mulheres! as todas de amante xonada e mais época, Lisette, Perdoa a minha expansão um tanto fora da e apertasaudoso um aqui, vir não poderás e recebe, já que amiga NENê tua de abraço dissimo Sáo Luiz do Maranhão, Novembro de 1940. NENÊ
MACAGGI
i»^ querida! Pedindo-te perdão por não te haver escripto ha mais tempo, tenho a dar-te a mais sensacional de todas as LISETTE noticias, aquella que te vae deixar pasmada: caso-me amanhã, mas nào com o Paulo, como julgavas... Eu, que sempre tive horror aos extrangeiros, que na minha, "collecção" só tive namorados brasileiros, caso-me, cuidada por amor, com um extrangeiro, um russo que adoro apaixonada, loucamente! Se visses o meu pescador como é bonito! Forte, alto, moreno e de olhos azues, uns olhos maravilhosos, ternos, cheios de sentimentalismo e sinceridade, guardando dentro de si qualquer cousa de infantil que attrahe irresistivelmente! Junlca é uma creatura que o Destino favoreceu e ao mesmo tempo martyrizou com toda a espécie de aventuras. Foi na sua mocidade muito infeliz, nào te direi porque, pois que isso não te interessaria. E devo tambem prevenir-te de que já nào é creança: tem quarenta e quatro annos, idade que acho linda para os homens! Estou noiva ha apenas dois mezes, mas comprehendo tão bem o meu russo como se conhecesse ha muitos annos, Lisette!
Foi em seguida para a Marinha. ___a____m_t porém certas revoluções políticas estragaram-lhe a carreira e então, com alguns companheiros proscriptos, deu-se no Norte á industria da pesca da baleia e no Brasil á do tubarão. Se o visses me/ aescrevendo a "baleia, acharias graça dos seus pormenores! — "Olha, Polaca (é assim que elle me chama, como a minha velhinha!) eu pesquei a baleia e o baleote a arpáo, nos mares do Norte. Attinge a noventa pés de comprimento, com uma cauda de vinte pés de largura, tào forte que atira pelos ares uma chalupa. Respira por meio das narinas, abertas sobre a cabeça, pelas quaes esguicha um jacto de água que sobe a quatro e cinco m formando um repuxo. Náo possue dentes, mas tem na maxilla superior filamentos corneos e cerrados, que retêm os peixinhos 21
O MALHO
20
IV — 1941
Prece
O bllliete íe loteria Ette dia não compareceu em audierv cia
teguro
Hilário,
abando-
Dettino,
teu
do
Dom
3003; porém
publica o numero
tregarei integralmente o meu toldo. Farát
Podia ter tido já, ti houvette catado a tua
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___?
v
fi,
tanto
noivado.
typho
e
depoit.
annot nãó
retolvia :
te
acerca
tequer
retolvia mesmo,
tão
jovem
r i d i c u I o já tão "Dom" impertinente...
E
um
Não
toa-
va bem um Dom Hilário num rapaz. Certo que era um rapaz carregado de hombrot e com importantet rugat na face.
Porém era
precitamente, o que lhe maltrata-
nenhum
Hilário
morria
resquício
de
duvida:
progressivamente...
olhar nada
como fez
quando te abandona um numero,
entra a
Ot
periodicot costumam colleccionar
a noticia do jogador viciado, que te aborrec»
e
desiste
na
véspera
de
sei
rico... Dom Hilário não se aborrecia por fra-
to, o destino lhe deu um numero. No Natal
Foi no dia seguinte ao sorteio, quando
da sau-
not para a notta boda e sabes que esperei
loteria: Gostou do numero que a mão indif-
pela emfermidade... Foram-se vinte e qua-
do loterista tirou entre as resmas
tro mezes sem premio, nem approximação...
posse
a náo ter um dos grandes prêmios, não re-
que Dom Hilário e a sua mulher não se fa-
mero completo, como si fosse legado pelo
laram no que restava do anno.
ceu o typho 7 Poit confiar e etperar com
cuperarei o perdido, que oxalá tivesse junto e nos sobraria para pôr nossa casa... Casemo-nos. Casemo-nos... Alugaremos
alegria o dia da sorte.
um apartamento com direito a cozinha... En22
Que tédio deixa em nós esta visão doentia da chuva, louca, a dansar! Em nossas almas, que melancholíik! E que desejo, em nossos olhos, de chorar!
dinario que me impuz, para conseguir cin(
no 3.003. Verá que Bóa-Noite. Porém cincoenta
se ouviu "— Uma " terrivel, pesos ! —
lastima por
a hunvda queixa solidão! como que deixa coração.
Baila ... E not traz á mente triste a triste, vaga memória de alguma lyrica historia de um bem que já não existe ...)
uma officina particular, um trabalho extraor-
ciam da evidencia do 3.003, verdadeiro nu-
porque
r*
meus costumes. Olha a minha demora. Era
coenta pesos que aqui estão... Aqui ettlo,
,
(E a chuva baila nos telhados ... desce até ao chão ... Corre na rua, com os seus cabellos desgrenhadot, e toda núa !
— Mulhesita ! Olha porque variavam
acaso e de um acaso respeitável,
não chores... Não me grites assim... Já sei
Ah! como punge ouvir desta tarde de cinza e Cada gotta que cahe uma lagrima em cada
^
nem o 30, nem o 300, podiam sahir. Care-
Não,
Em vez do sol aurifulgente, que anima os seres e a alegria espalha, — desce agora do céu, qual liquida mortalha uma chuva monótona a insistente.
casa e com elle excjamou alto:
que tens razão, que te fazia depender do
ainda.
(Desce. E fica a bailar, pela Cidade, ao som soturno do vento, o bailado, longo e lento, da Saudade ...)
CAVALCANTI
bonito numero, quando apalpou e acariciou
que resumem o futuro. Porque nem o 31
prometto
PLINIO
do
Uma
O MALHO
E te
de
de papel: Tratava-se nada menos do que o 3.003... Numero firme, ensinuante, desde
destino. Não havia tido o destino que ven-
ruina...
lhete da loteria do destino. Porém quando se viu
o vigésimo, como um trophéo o brandiu em
res fossem pura brisa 7
AO
çou a ter desgosto. Não podia justificar a
para não perder nem o salário, nem o bi-
(Desce. E o seu nevoente véu, de frias, frágeis filigranas, se estende por sob o céu, e sobre as almas humanas ...
O BAILADO DA CHUVA
queza de animo. Quando o deram por mor-
de trabalho, ás escondidas da sua mulher,
noivado de quatro annot, como ti os amo-
OSÓRIO DUTRA
torte.
tem
de... A primeira cousa que fez, foi jogar na
ferente
joga, não te ganha: Também tuccede que
serões. Supportou as horas extraordinárias
e
Senhor! Confiamos tudo á vossa gloria! Escrevemos com sangue a nossa historia! Baixai os olhos sobre as nossas terras!
quando não te
aquelle
Dom Hilário declarou a sua promettida 7 Sabes que estive esperando doit an-
Celebrou o restabelecimento
que
baixar
Porem
bem equivoco.
occorre
sua demora ante a sua mulher. Supportou os
não é um moço terio 7 Poit a que vem ette
dico e Dom Hilário restabeleceu-se. Tam-
Sempre
hein 7
Dom
se equivocou o typho, equivocou-te o me-
aquelle tempo não havia tahido o 3.003...
D. Hilário começou a cear tarde e come-
E tinha que
Senhor! Sois a nossa única esperança! Pelo vosso poder tudo se alcança! Nio podemos viver com tantas guerras!
todo
em
porque
do vinha a propósito: — Ettarát catado,
o ar de havel-o feito. E sobretudo... — dizia a noiva —
nÃO o typho. Um typho total, que não dei-
principalmente
retivesse um vigésimo. Obtida a promessa,
que teve sorte até então. E então teve
pirou
do lhe perguntava, quan-
o
«ou
suas economias, Dom Hilário respirou. Res-
seria a sorte. Prevenir o loterista para que
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Senhor! Qual foi o mal que nós fixemos7 E', por acaso, um crime, a liberdade? Não somos nós os symbolos supremos Da formosa virtude da humanidade?
o
va ot ouvidot, porque todo mun-
^5^^_^v^^_3vO___/'^^^^ _Br
'Vlt
virá
pouco
Quando a mulher o fez com todas at
e
com
a
lar...
do
annot
Doit
doit
Hilário
Nem de ti
vergonha
que era uma
noiva dizia
Dom
C5Unoh
pouco
ter feliz.
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E
economia.
nou-te immediatamente ao numero, com a confiança de quem te acredita dettinado a
Senhor, misericórdia! O que soffremos Merece bem a vossa Luz! Piedade! Já nio tornos mais donos do que temos ! O roubo vale mais do que a verdade!
de
(E a chuva baila, pela Cidade, ao som soturno do vento, o bailado, longo e lento, da Saudade ...)
certo,
São Paulo. 1941.
Victor
CORREIA JUNIOR
Gabirondo IV - 1M1
IV — l»4i
23
O MALHO
OS FUTURISTAS DO PASSADO E OS PASSADISTAS DO PRESENTE ^r eriam sido os indios brasileiros os nossos pri¦ meiros poetas futuristas? Aqui está uma pergunta innocente, interessantíssima, porém um tanto impertinente, com vistas aos eminentes e não menos irriquietos "leaders" do chamado movimento renovador ou innovador das nossas letras e dos nossos costumes. Existe uma poesia indígena, da autoria de uma descendente da tribu dos tupys, digna de louvor e especial attenção.
Numa invocação saudosa de ingenita belleza primitivista, rescendendo o aroma agreste das fiorestas luxuriantes, languidamente, quasi em surdina, a sua lyra poética tange: Rudáa, Ruda, Iuáka, pinaié, Amãna recaiçu... Iuáka pinquaié Ainté Cunha Puscenera oikó Neum manuára ce-rece Guahá caarúaca pupé Os autores e defensores do hypothetico idioma brasileira, deveriam, que appellidaram de lingua nacionalisticamente, se é que pretendem ser sinceros, adoptar, não o idioma que falíamos, o portuguez, mas o escripto nessas estrophes, o tupy... Como isto parece impossível, pois, tupy não é lintelepathia, postar-se-ão. gua que se aprenda por certamente, de braços erguidos para o firmamentc (pois* vão fallar aos deuses) e fazendo da tradução dos versos indígenas, versos seus, delles aliás, declamarão, em brados eloqüentes: O' Rudá, tu que estás nos céos, e que amas as chuvas... Tu que estás nos céos... faze com que elle (o seu amo) por mais mulheres que tenha, as ache todas feias; faze com que elle se lembre de mim esta tarde, quando o sói se ausentar no occidente. Nestes versos sem métrica, que os especialistas contemporâneos presenteariam com um qualificativo terminado em "ista", não se sabe o que mais destacar, st o encantamento ingênuo das imagens, revelador de alto sentimento poético, se a suave sonoridade do rythmo ou a fôrma, livre como os ventos e corno os mares. Nelles se espelham o ridiculo dos que pretendem se elevar aos cumes da gloria e da celebridade recusando justiça aos vates espontâneos, futuristas innatos das selvas pátrias, que. distantes da nossa ser plagiarios e a quem, civilização, não podem aliás, cabe o direito de reclamar dos seus innumeros imitadores os títulos que se attribuem de mestres das escolas futuristas, modernistas, nacionalistas, e muitas outras agarradas ao sufixo "ista"... Eis porque deve-se, de vez em quando, avivar a memória desses coripheus commercialistas "camouflados", ora em sizudos patriotas, ora estylistas typo "pátria amada", para dizer-lhes que talento e inspiração não são mercadorias fabricadas em serie como suas intragáveis "camelottes"... E' por issc que o belletrista de compilação (esse passadista do presente) quando chega o car naval dissimula seu despeito sob o disfarce de uma phantasia de indio, enfeitada de pennas de peru, penduricalhos e balangandans...
^ 1 i^ **O MALHO
VICTOR DE SA 24
IV — 1941
MORRERIAM
OU
NÂO? FALANDO
PEIXOTO — o mestre demoníaco e amavel — adduziu uma hypothese: — No dia em que a política, de um alarmado nativismo, AFRANIO instituísse uma língua brasileira, os traduetores públicos dessa lingua, em portuguez, morreriam de fome... Hoje, porém, alguns livros brasileiros, como tanto queria Euclydes da Cunha, já precisam ser traduzidos p'ro portuguez. A observação é de Alcantara Machado, referindo-se ao * Macunaima" de Mario de Andrade. Os exemplos, porém, datam de longe e não apenas do " Macunaima". Lembre-se o caso de Alencar com os seus romances, que Castilho xingou tanto por náo estarem traduzidos p'ra sua lingua. Rcleia-se aquella paGustavo Barroso descreve uma reunião de cabras marroeiras, na gina "Terraem deque Sol". Só, mesmo traduzida p'ro portuguez é'que o portuguez poderá entendei-a. Abra-se um livro de Monteiro Lobato (Urupés), ou de Vaidomiro Silveira (Mixuangos), ou de Alcides Maya (Ruínas Vivas), ou dc Antonio dc Alcantara Machado (Braz, Bexiga e Barafunda), ou de Hugo de Carvalho Ramos (Tropas e Boiadas), ou de Jorge de Lima (Calunga), ou de Manoel Mendes (Sorumba), ou de José Américo de Almeida (A Bagaceira) e a situação será idêntica. Recorra-se a qualquer"Himeneu pagina sobre costumes e das aguas") seja coisas amazônicas, seja de Alfredo Ladislau (no " de Raymundo "O Moraes (na sua "Inferno Geographía Botanica") seja de Alberto RanVerde") e o portuguez não entendeIapará" do gel (naquelle rá" mais que cincoenta por cento desses livros. Saboreie-se um capitulo de Salomé", o mais novo romance de Menotti dei Picchia, e ahi encontraremos escriptor portuguez Agostinho de Campos, em aquelles trechos gostdsos que o "Commercio do Porto", declara não ter entenno recente chronica, publicada "numa lingua que"3 só é portuguez de vez em quanos esc ri estarem dido por pt do". "Muitas vezes, até (diz o autor das prosas") temos que tirar significados e nem sempre, ou quasi nunca, os diccionarios respondem ás duvidas que a leitura do contexto "Casa não desfaz". O mesmo, acredito, acontecerá com nuGrande & Senzala" dc Gilberto Freyre. E, neste merosas passagens da ultimo caso, ha uma circumstancia digna dc especial referencia: trata-se de um livro de sociologia em que a linguagem poderia estar inçada de termos techmcos. Comquanto «n sentido contrario, não é hoje uma realidade aquella tentativa de Paranhos da Silva traduzindo uma poesia de Garrct p'ro brasileiro? Não tem duvida que sim. Aliás a ex—riencia poderá ser feita não só com Garret como também com Mcriplort» brasileiros quo tscrcvtm em portugwi. CiUrti um caso typico, que nossa i o de Coelho "rito. Uma pagina sua " que precisaria ser traduzida p'ra lingua é — diga-se de passagem — a Suggestão carnavalesca" do " Bazar . latada (Ahi elle descreve o despertar do Momo no seu leito de parras, sob a lonas) todo o cortejo das mami lonas (ou mima pampinosa dos cachc., e com"bichos nós de nenhum ferozes" e ornamentaes que menades, clodonas e outros conhecerá, assim, sem diccionario e logo de primeira vista). Logo um traduetor intelligente não morreria de fome... CASSIANO
SÉRIO
, EVEMOS dizer as cousas mais profundas como se esD tivessemos a brincar. Só assim seremos tomados a serio. Quem sabe se nãç> foi por brincadeira que Homero escereveu a Odysséa 1 Todas as obras primas foram escriptas inconscientemente. Não basta querer para escrevel-as; mas basta nãc pensar em fezel-as. * * * Os livros que escrevi foram feitos por acaso; os livros não escrevi foram planejados a fundo. que
Traduzi certa vez tres sonetos de Baudelaire. Reconheço andei mal. A poesia traduzida não passa de uma sombra. que OSORIO
DUTRA
. 0\ofc^ ^ -„r,USt° t
RICARDO
áP
1941
SOLUÇÃO
FELIZ
notável servidor do Estado (Duarte da Ponte Ribeidas ESSEro) havia, cinco annos antes, publicado a relação Memórias, relatorios, projectos de instrucção. exposições históricas, plantas, mappas e esboços, mais de duzentos trabalhos, com que vinha, desde 1826. contribuindo, e muito valiosamente, para o estudo de todas as questões territoriaes do paiz e boa orientação de sua politica continental. E' possível que nessa obra. de mais de meio século, nem tudo fosse um primor de dialcctica. precisão ou clarividencia. mas. indubitavel í. que quasi toda foi muitíssimo aproveitada pelo Governo, que ainda hoje tem. nella, muito valioso cascalho diamantifero para o garimpo de seus estudiosos de historia politica do paiz. 'que era de seu natuContava Rio Branco, com o chiste ral. o caso de ura mappa que Ponte Ribeiro, já bem velho, estava a construir com elementos geodesicos colhidos em uma porção de outros. Capricha ia, seu dedicado auxiliar, o Major Isaltino. no traçar esse docuir ato cartographico. quando do nariz de Ponte Ribeiro, que tomava rapé, pingou bem pardacenta gotta, a borrar o alvo papel do mappa. Isaltino mal poude sopitar um gesto brusco de contrariemas Ponte Ribeiro, para o consolar, foi logo dizendo: dade. "Ora! Que mal faz?... Desenhe pYahi assim um morrote em cima e prompto! Ninguém dará por isto!" .
UM
IV — 1941
DE
DISCRETO
não acreditasse na gloria literaria, a que fugiu sempre, EMBORA parece que Constando (Constando Alves), de antemão, quiz defender-se do século. Temia as aneedotas que viessem a correr sobre o feiticeiro do Cosme Velho. Defendia o seu pudor. O pudor desse homem discreto é o clima habitual da sua fechada existencia. De raro em raro. uma phrase entreabre-nos um escaninho: "Contam maravilhas dos beijos furtados; se forem como as leituras furtadas. hão de ser deliciosos". A revelação vem no estudo sobre Júlio Verne. professor extranumerario de imaginações adolescentes, cujos romances fantasticos enxertam muito compêndio de aula. Então — perguntamos — não sabia de beijos furtados a não ser por informação? Estamos longe das delicadas confidencias do Petit Pierre sobre La Dame en Blanc e La Dame en Noir. . . Entretanto, nós bem sabemos — e nem todos por informação — que o ar morno da Bahia segreda aos adolescentes uns mansos convites". Como se teria passado essa juventude, na terra natal? Na sua memória. Constancio rasgou a pagina. 1934 RIBEIRO COUTO
Conftrcncia no Itamaraty — 1938 MARIO
HOMEM
VASCONCELLOS
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O MALHO
triste, par. mim, es», ultimo c.rn.v.l. Nem mesmo com . «legri. dos que o FOI os gozaram pude delici.r-me durante tres dias da folia. Enfurnado no meu quarto, prisioneiro da minha tristeza inconsolavel, solitáriamente os passei debruçado a velha mesa de trabalho, como nos' dias normaes. Este anno, apenas relembrei. Relembrei car-
REMINISCENCIAS DE UM
C^H'
navaes passados... E, entre elles, um, inexqueeivei, em que como esta gente toda que se diverte e sabe ser feliz, ao menos nesse periodo de loucura, alegria e confusão, sem pensar nas "depois" — esse "depois' conseqüências, no implacável senpresagioso que até parece uma — dansei... cantei, pulei, tença, perdi a cabeca, resuscitei da obseção de um anno fati-
carnavaes das grandes metrópoles que me farão esquecer um carnaval humilde que li pastei — aquelle Carnaval que não passou, não morreu,
da gan.e de trabalho, de luta, de sacrifício, erucificação da vida sem sorriso, sem gargalhadas, sem ironia, sem belleza, sem musica, sem
nem morreri, e ha de sempre merecer a minha
este colorido phantastico de cores e de rythmos, • fui feliz, Bem-aventurados aquelles que ao menos esta vez por anno, libertam o espirito da
Recordar é viver — disse um po.ta — por isso, para que nunca pereçam aquelles dias felizes, terei que relembral-os sempre que houver opportunidade. Tudo por causa de alguém. Se não fosse esse alguém, certo, tambem, como os
realidade da vida; bem-aventurados os que com o livre direito d. sorrir enganam a si mesmos nesses momentos deliciosos. "Cidade Maravilhosa" Nio foi, porém, na não foi no exilio, onde só e cheio d. mil r.cordações,
nostálgico,
rememoro
uma
felicidade
longe perdida, que os assisti. Foi longe, bem a natue romantismo terra onde o d'aqui, numa ralidade das cousas, têm ainda os mesmos .<pontaneos retoques da natureza, n'uma terra onde a vida é menos artificiosa e onde os hom.ns sâo menos afflictos, e as cousas todas tém
lisonja e a minha
homenagem
neste preito tin-
cero de taudade.
outros
seriam
eternizou-os
na
mortees minha
aquelles mente
dias. como
mente na minha retina gravou a sua imagem. Foi num desses dias de orgia popular, em que Momo decretou que todos fossem alegres e felizes, que tive a felicidade de encontral-a. O talão era de uma poesia inexpressiva, exotica, confusa. Mascaras, confettis... terpentinas ... phantasias diversas — dominós... colomblnas,
arlequlns,
os
carnavaes d.qui, d. Veneza, ou de outra parte qualquer ... não terão os tumultuosos e brutaes
Tirei-a para dansar. Ella me olhou com detdem e sorriu. A meia-mascara nio deixou que
supplantarão
as suas
bellezas...
não
serão
nezes...
e
vez
nio de
escondia; "baton"
todo o seu rosto. Vi,
na
bocca
bem
rubro
que a
mascara
pequenina contornada entreabrindo-se na lua
maneira de falar, que era bella. Deu-me a mão macia e delicada, deixou que o teu corpo languido, singelo se ajustasse ao meu corpo... "Sensuaes
• tentadores,
Sonho azul dos namorados Que vivem de amores..." Uma, duas, tres, quatro ... muitas vezes, bisaram esta canção. Quantos como eu, ao rel.mbr.r aquella noite, a terão resutertada no coração 7
Quantos como eu não a repetem es vezes baixinho... baixinho na nota de um assobio, vivendo na imaginação aquelles momentos
deliciosos...
a musica, o perfume, o chocalhar as guisos, gargalhadas — o delírio emfim dos que esqueceram um pouco a vida, deixando-
dos
se levar a um mundo de illusões, de farça, mentira,
no
mágico
e
sublime
embalo
de
de um
sonho passageiro 7 E ella continua a ser meu eterno sonho ... Ouço ainda a sua voz nessa canção que fina minha alma e não envelheceu no meu
coração;
flfl
bem
do semblante
parte
expontânea
cou
/'' ^fl
visse
eu
na
porém,
Alguém deliciosa-
pierrots, tirolezas, campooutros disfarces dlfferentes. E ella, como estava 7 — meu Deus, tio graciosa — era uma Colombina.
em si um sorriso seduetor, santrficado e ameno. Não serio as bellezas de outras terras que
dessa
respiro
ainda
o
doce
«romã do seu
corpo perfumado e sinto nos meus braços o peso «io teu corpo sensível aos meus movimentos e ao rythmo d. mesma canção que repetíamos: "Se
dar beijos • peccado,
Perdão Senhor... Poit ja beijei o meu amor Em uma noite de luar Enquanto a lua Enchia a terra de explendor I..."
/MIM O MALHO
Mat eomo foi passageira esta felicidade. Um • pouco, depois, um navio enorme, carregou-me no teu bojo para longo... E o mar immenturavel, e a distancia incalculável tapemei
rou-not... Talvez para nunca mais.
ROMAO DA SILVA
IV — 1941
OS
GRANDES MÚSICOS
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cD'arrezo ctfettc NETTO é um exemplo vivo do quanto pôde a força de vontade, quando é impulsionada peto BARROZO Intuição inteligente, que nos leva à realização dos nossos ideais artísticos ou não. Nele o gosto pela musica era um sentimento inato. Sentia Irresistível interesse pela música fina, que o s°nsibilisava, desde criança, que o o traía, que lhe proporcionava sempre à alma uma inexplicável sensação de encantamento. A familia, entretanto, não acreditava. A vontade da criança, de estudar para se fazer músico, apunham sempre a mais enérgica negativa. Mas Barrozo Netto insistia! Queria estudar música, fazer-se pianista. Negavam-se a atende-lo. O menino, porém, teimava: queria ser músico! Deram-lhe, então um professor... de violino. Mas como êle não tinha nascido para violinista, as lições o professor nada conseguiu. Suspendeiam-se sendo Barrozo Netto considerado "negação musical". Mas náo é facü contrariar a nature_a. O menino teimou, até que lhe deram o professor de piano de que necessitava. Foi o bastante. Barrozo Netto tinha-se encontrado a si mesmo. O piano era o seu destino. O piano era a sua própria vida! Estudava-o com um entusiasmo sem limites, a principio, particularmente, e depois no antigo Instituto Nacional dc Música. O piano foi seu amigo; e desde então, seu companheiro. Deu-lhe sempre horas d. triunfo inesquecível, desde a medalha de ouro, com grande distinção, conquistada no concurso final, até ás aclamações das platéas, quando, durante longo periodo IV — 1941
se exhibiu como virtuose do teclado. O piano fe-lo, pois, o pianista brilhante que foi, no seu tempo, considerado um dos maiores entre os brasileiros. O piano fe-lo o compositor que se revelou com uma "Gavota", aos nove anos de idade. Fe-lo, emfim, o professor emérito, catedratico da Escola Nacional de Música, por cujas mãos passaram numerosos talentos que constituem elementos preciosos do nosso meio musical. Barrozo Netto possue hoje uma explendida obra musical. Algumas de suas composições são frequentemente ouvidas nossos concertos, e entre elas a celebre "Canção da nos Felicidade". Escreveu já varias partituras para o Cinema, a mais notável das quais, as "Vozes da Floresta". Dirigiu a antiga sociedade de Cultura Musical e manteve, durante alguns anos, o Trio- Barrozo — Milano — Gomes. Na Escola Nacional de Música, criou o corpo Coral, que tem realizado numerosas e primorosas audições. Barroso Netto fez varias viagens à Europa, comissionado pelo Governo, e realisou concertos não só em Paris, como em vários Estados do Brasil. De colaboração com o professor, Philipp, do Consei vatorio dc Paris, escreveu uma preciosa serie de "Exercidos Técnicos diários", adotados na Escola Nacional de Musica. Como se vè, Barrozo Netto é uma das nossas mais destacadas personalidades musicais. Pianista, compositor e professor, sua vida tem sido brilhante, sua influência decisiva na nossa evolução musical, que muito lhe deve.
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O MALHO
Jiintuia No Museu de Bellas Artes está em organização dois prêmios de viagem, do Salão de Bellas Artes, desde João Baptista da Costa, o grande paisagista brasileiro, que foi o primeiro laureado, até Vicente Leite, prêmio do anno passado: e que, apesar de ser o ultimo cia lista, nem por isso deixa de ser dos mais notáveis d'entre os primeiros paisagistas patrícios A ídéa é digna de apptausos. Os trabalhos pemíados. que. como te' ficam pertencendo é Piracotheca Nacional, não se acham expostos, porque não ha uma galeria , no edifício do Museu, aue permitta a sua exhibição permanente. Elles permanecem ouardados nos porões, fazendo companhia a dezenas de outr*os quadros de valor, que não têm onde possam ser pendurados para a «apreciação do publico. E isso continuará assim, emquanto permenecerem no mesmo prédio o Museu e a Esco'a de FMIas Artes, oue ali se concorrenciam nfa disputa de espaço. Seja como fôr, aguardemos a nova exposição, dos prêmios de viagem, tanto mais interessante quanto abrange pintores, esculptores e gravadores premiados. O Núcleo Bernardelli teve um inicio de vida artística realmente promissor. Fundado ha vários annos para estimu^r os que. então, principiavam, a elle filiaramn* mais bellos talentos jovens da época. Verdadeiro centro de sonhadores, verdadeira escola de artistas, dentro del'e confundiam-se pintores e esculptores, mestres e discipulos, consagrados e principiantes. Deram-lhe uma séde no porão da Escola de Bellas Artes, ao lado da Sociedade Brasileira de Be'ias Artes. Depois, uma e ou. tro foram despejados; e do Núcleo quasi não mais se fellou. Sem séde, os seus fi-
0 wm
liados não mais se reuniram, a não ser bohemiamente, rias mesas dos cafés. Sua existencia passou "3 ser difficil, mas nem por isso os do Núcleo desanimaram. Para todos os effeitos, o Núcleo Bernardelli continuou a existir. Onde quer que se encontrem, reunidos, quatro ou cinco filiados, é conlo se estivesse reunido o próprio Nuc'eo. Essa especie de vida de bohemios, não lhe affectou a existencia. Ao contrario : essa bohemia da intelligencia moça deu-lhe e dá-lhe mais interesse e mais poosia. O Núcleo Bernardelli não chegou a ter passado. Não tem presente e não tem futuro. Entretanto, vive e palpita, vibra u trea, trabalha e reoliza. O Núcleo Berrordelli é uma especie de sonho que se sonha de pé. E' uma arvore que não tem raizes. E uma arma sem corpo. Elle, de facto. não existe, mas todos sabem que existe ! t' uma especie de entorpecente, que não se vê, mas. cujos effentos todos sentem. E' como o perfume : vive no ar. A uniõo entre os que formam o Núcleo Bernardelli é a mois absoluta possivel. Por isso, reunem-se sempre .que lhes é possível, quando mais não seja, para manter o fogo sagrado. Des<fa vez, a "assembléa" no Núcleo Ber. r>ardelli foi internamente. A exposição que realizou foi um lindo pretexto para exhibição de bellas télas. Brilhante demonstração de enthusiasmo e de intelligencia artística.
João Baptista da Costa Ao nome de Arnaldo Estrella, succedeu o de Oscar Borgerth, nos programmas "Ondas Musicaes". Um violinista á altura do pianista que o «antecedeu. De facto, Oscar Borgerth é um dos maiores violinistas brasi'niros do momanto. Se tivesse o espirito mais aventureiro e mais audacioso, poderia ter proseguido na carreira de concertista, que iniciou com tanto brilho, logo que terminou o seu curso, no antigo Instituto de Musica. E seria, fatalmente, hoje, um dos grandes violinistas do mundo. Seu feitio, porém, o afastou do convivio com platéas extranhas. Preferiu deixar-se ficar na terra onde rrasceu e viver, aqui mesmo, do seu instrumento. Seu ultimo recital do programma "Ondas Musicaes", provou que o artista continúa em plena fôrma. O MALHO
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Um dos gnandes successos do movimento musical de S. Paulo, nestes últimos tempos, foi, sem duvida, a execução da série com"Sonatas" de Beethoven, pe'o pia. pleta das nista Fritz Janlc, promovida pela Cultura Artistica da Capitei paulista. A interpretação do pianista parece ter obedecido, principalmente, oos imperativos do seu temperamento. Isso, naturalmente, causou extranheza não porque a platéa ná" queira dar ao interprete o direito de ter um "temperamento e, portanto, uma personalidade, mas porque, ao que parece, el'e abusou desse direito. E' preciso não esquecer "o estylo é o homem", e que que. portanto, falseado esse estylo, está falseado o homem. Assim, um autor como Beethoven tem que ser respeitado no seu estylo, para não perder a sua personalidade. Oeante desse principio, cabe ao interprete exteriorizal-o como o sente e comprehende dentro, porém, do seu estylo — isto é, exhibindo uma interpretação em que a indi. vidualidade do interprete não faça desap< parecer a do autor, relegando-o para um segundo plano. Desde que isso aconteça, por maior que seja, o interprete não interessa. O autor, perdida a sua personalidade, é outra pessoa e deixo de interessar também. Em musica também se applicam os tres princípios fu/idamentees do Direito : "Viver honestamente, não lesar a ninguém e dar a cada um o que é seu". Os interpretes deviam. todos, conhecer essos principios. Só «assim comprehenderiam que não tinham o direito de usar da sua personalidade artistica, até éo extremo de fezer desapparecer a personalidade do autor que interpretam. Guiomar Novaes continup d ser recebida com grande enthusiasmo, pelas platéas norte-ameriçanos. Ultimamente, apresentou-se elle em um recital realizado no Auditório Municipal da cidade de New Yort, e, como de costumo succederam-se as acclarrwções e os numeros executados extre programma. Vamos, aos poucos, comprehendendo e necessidade de chamar a «attenção para o% nomes que o passado nos legou, pela sue obra e pela sua gloria. Ainda ha muita gente que não sabe o nome do «autor do Hymno Nacional, e muito mais gente, ainde. que nunca lhe viu o retrato. Muito juste, pois. sob todos os pontos de viste, foi e solemnidede da inauguração de um busto do maestro Francisco Manuel de Silva, no selio do Museu de Cidade, offerta do sr. Agostinho Nunes. IV — 1941
mm\\\'--' .«fll Manoel da Silva já devia estar num grande monumento na .praça pub'ica. Mas esse monumento ha de vir. E' questão de tempo. E a Nomenagem é canto mágico juslu : elle é o autor do Francisco
em bronze,
levantar
de
capaz
for necessário
é
Alimonda
Althea
Traia-se
nhecido.
nosso
nome
um
coS.
de
violinista
uma
de
quando voler.
Se faça
elle
que
inteiro,
Brazil
o
Paulo, cheia de talento, que iniciou a car. reira ha pouco tempo e que nelkj vai Drilhantemente proseguindo. Bom arco, boniio som, technica natural e temperamento apurarj0 : — eis os traços característicos da conjoven artista, que acaba de realizar um certo no Salão Vermelho do Hotel Espianada,
da
de
Estado
gistrou carreira.
Prêmio de Aperfeiçoamento S. Paulo, a joven artista re-
do
Detentora do
bandeirante.
capital
triumpho
bello
mais um
Registramos,
a
Brasileira,
lllustração
na
a sua
para
passando o por que esti brasileiro Hekel Tavares. Ar-
Pelo
seu
sua 30
nar
se
tem elementos para "serio", altamente musico
tinha
vares
popularisou através de canções ligeiras, Hekel
um
e
Agora
úos
orientação
governo e ao
publico.
IJUaUò. A as
quarte-foira de cirnas surprehendeu nossas sallas de espectaculo cheirando
a lança perfume... E' que durante qjatro noites o que nellas se viu foi o Cornavai, que de tudo se apossa — inclusive do "ajuizados". juizo dos que se consideram Bailes sobre bailes ! Nem o granfino Munosso
escapou ! O
nicipal
templo
tor-
cool, a mesma loucura.
gloGuiomar*
mesmos
os
Se
fosse
eu e
Carnaval
do
a!Bibi
dizia :
neurastenico
Um —
effeitos
autoridade,
acabava
com
essa
prohibia o pouca ver-
Novaes o
e
dos
extrangeiros :
applausos
vai executor, nos Estados Unidos. "Concerto" para piano e primeiVo orchestra, que foi, o ünno passado, duas seu
vezes
ouvido
Paulo,
S.
em
sendo
a primeira vez, a própria Guiomar Novaes. e a segunda, João de Souza Lima. Comte se vé, tavel
e
sua
a
anno
O mais
a evolução consagração
musical,
mercê
ficai
de
solistas ferro,
apresentação
da
Alexandre Heifetz.
a'guns
concertos
violino
e outros,
de
Tito
Borowski, Houve,
com mu-
bôa
quatro Taglia-
Mugdalena
nomeada :
Jascha
contou da
Schipe
entretanto,
de
piano, de canto, tendo havido apenas
e
artista promette-nos Nobrepara começar : Mello "Nossa : inédita ga, autor de uma comédia gente é assim". A temporada Jayme Costa promette. O O
o
passado, firmou Theatro Colon de
como
com
anno
do
mais
Rival
de
blico
uni
sos. A
que
o
Buenos
leiros
que porada lyrica soprano mas
emprezario Ayres,
um
brasi-
nomes
próxima ten.figura o do
Lutz,
em
Lutz
os
parte na Municipal,
do
Nanlta
operas
Nanita
entre
parece, tomarão
ira
que ji cantou outras temporadas. a
Buenos Ayres.
elgj-
fazendo
parte do elenco do Theatro Colon. O Conservatório do Districto Federal ence'ou
as suas aulas,
da Avenida
IV — 1941
Rio
é
o
nunca
seu
Ine laltou
imprensa
vieforioso.
theatro nunca
O
puos seus applau-
com
regateou
lhe
apoio.
Branco,
não
só na sua
como
O
também
resede das
ra,
reapparecimento de Procopio Ferrairetomando o seu logar no Theatro Ser-
é sempre um motivo de prazer para publico. Desta vez, a volta do querido prtisla. entretanto, tinha um motivo especiai para se tornar mais anciosamente esperada, do que de habito. E que urra estréa surprehendente lhe estava promettida, com o nome de Bibi Procopio Ferreira, filha do artista, no e'enco da companhia.
acompanhando,
vista
todos
de
humor.
tão
de
cheia
lhe
curiosidade
perfeitamente
ex-
inimigo
das
— 29 —
de
Cario
Gol-
am-
alegria
ainda
que
das
do
sangue
nos
passam?
de
ser
um
theatro,
dois
pelos
bella
mais
horas que tinha
triste,
lagrimas,
conquista
qje
lados. o
para
E , pa'-
brasileiro. A Companhia
Procopio,
além do seu bri-
lhante
patrono e de sua gentil filha,
ainda,
com
de
os
Castro, Optima O
Restier
Jurecy
de
Oliveira,
Ferreira
theatro
Momo
pois,
para
Leite
a
nelle
que
já
Alma Restier.
espectpculos !
teve
scena,
Júnior,
Renato
e
optimos
Recreio
para
carnavalesca, de
de
estréa,
vãmente,
conta,
nomes
Policena,
traze',
de
no-
revista
quasi
se uchava
antes
a
conlò da cidade. Vol»ou. "Disso é que eu goso cartaz,
tomar
to". Piados, "bolas'
monólogos, exceilentes.
isso com
noites,
applaude
volvendo
nesses
applausos
e demais
o/je
.
muito disso
movimentado o
o
publico,
frenesi,
Oscarito,
interpretes.
é que
musicas.
conjunetos, tudo
as
se torna mulheres
um
de
Ferreira
uma
portanto, co
Cortes
uma
no
está
de
denlro
de
francamente
Procopio
Bibi
alvo
e justa.
theatro
a tortura
temperamento
es-
Se a vida já é tão e
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mundo,
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que
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e de bom
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do
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Nem
cripta,
E eis como a estréa da temporada do Serrador se transformou num espectaculo sersacional, em que o nome de uma joven actriz, desconhecida como tal, se torna o plicavel "O
uma
é
platéa.
rador, o
brasileira
Silva,
despertar
faz
Ferreira
a scena
da
Pereira
José
succedeu
accordo para o intercâmbio artístico, com esta Capital, para a temporada musical do corrente anno. Ao
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Esperemos. Piergili,
Sylvio
sympathico
nome
concerto symphonico. O maestro
Costa,
um
não foi
Todavia,
sa em
tão
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por exemplo, já nem penmascaras. Pensa, sim, na Companhia
Jayme
dos
precipita-se.
manifestações
boas
|á
que organizou e com a qual se installou no Theatro Rival, para proseguir na sua briIhante carreira, de actor e de director artistico e emprezario ao mesmo tempo.
é no-
Hekel
Recife,
em
movimentados.
algumas
de
pensar que, felizmente, os theatros podem retornar as suas actividades.
solistas,
adaptada
doni,
cilmente
Bobagem ! O Carnaval não acaba nem "ppuca vergonha" desapparece. O a que nós devemos fazer é procurar esquecel-os
rias
'ÇvsST
de
também a compusfura. perdeu a'i tal como nos chamados lheemusicas, os mesmas As populares.
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bello
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Hekel
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trabalho,
do
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tado. Disso são provbs es suas primeiras tentativas symphonicas, em que elle triuni-
composto
ensino, programma o C. D. F. tornou-se um estabelecimento modelar no nosso meio, onde os assumptos de arte só agoira começam a interessar ao
Dansou-se
de
de
annos
inlel!ig6nte
arte
se
docente,
corpo
elementos do meio musical, pela brilhante tradição «través de mais de
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da
Fora.
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Aquisição, pelo Estado, do Quartel do Forte de S. Pedro. Desobstrução dos rios que deságuam na Baía de Todos os Santos, facilitando u acesso ás Cidades de Santo Amaro, Nazaré, e S. Felix e Cachoeira, cujo saneamento se fará no que dependa do escoamento das águas desses rios. Transporte para o Exterior dos produ, tos baianos. Construção da rede de esgotos da Capi«o tf"1" tal e ampliação da de abastecimento de água. nR, u*^»^ A praça de esportes da Cidade do Salvador e a possibilidade de auxílios para a sua construção. Estado, em boa hora colocado à testa do /^v ano de 1940 foi, para a Baía, um Auxílio à Navegação Baiana e à Viação exercício de realizações eficazes, bcgoverno da sua terra. Baiana do Rio S. Francisco. Com efeito, tendo sido encerrada a ternefico quer para seu rico potencial ecoMelhoramento e creação de novas linhas ceira etapa, apenas, de sua gestão adminisnõmico, quer para a sua organização admie agências dos Correios c Telégrafos no trativa, o governo do Dr. Landulpho Alves nistrativa como para os seus setores cultuEstado. tem. já, quer completados qu r em andarais, sociais, e outros onde se processam os Prolongamento das obras da Avenida Jemento, e ainda também em início ou proempreendimentos de sua atividade. quitáia, na base de 10% sóbre o produto jetados, a seu crédito os mais apreciáveis O povo baiano, cheio da máxima trandas taxas portuárias. empreendimentos, que veem beneficiando o quilidade resultante da confiança nos rumos e contribuindo para aind:i Em vários outros setores, ainda, a atenEstado grande vários aos dados foram que problemas que maior do Governo do Estado se tem projegrandeza. ção compõem a vida naquele Estado, pelo seu das obras públicas, por exemtado beneficamente, quer, por exemplo, faNo setor atual governo, volveu o seu interesse in'.eio Interventor landulpho Alves não se zendo a distribuição de sementes de hortapio, assim se colhee ramente para o trabalho, liças entre os lavradores, distribuição que permite descanso. Tendo estado nesta Capiram, no ano que findou os mais ótimos fruencaminhou junto ao Governo Naciotal, atingiu a 70.841 pacotes, entre 1.377 lavratos, dessa perfeita un ão de vistas entre gonal, entre outros, os seguintes problemas, dores; quer proporcionando aos criadores vernados e governante. que serão cabal c satisfatoriamente resol- elementos preciosos i&ra a renovação do Basta passar os olhos pelas páginas de vidos: sangue de seus rebanhos, por intermédio um dos últimos números do bem organizada Fazenda Experimental " Cruzeiro do Andamento das rodovias federais no Es" do boletim Informações", divulgado pelo tado. A situação da Ipirá-Mundo Novo e Mocó" e do Serviço de Monta do Estado; Gabinete do Interventor Federal, para que seu prolongamento até Baixa Grande. como adquirindo maquinária agrícola, tase possa formar unia idéia otimista sobre sendo a montagem de um núcleo colonial Intensificação dos trabalhos de construem Soure; realizando exposições, introduo estado das finanças do Estado, a marclia ção íla rodovia Rio-Baia. Prosseguinrnto das obras chamadas da zindo o regime de contratos de cooperação dos vários trabalhos empreendidos pela ad"Avenida agrícola, criando campos de cooperação em mini st ração cm todos os setores que lhe Jequitáia". Situação do porto de Ilhéus, em face da número de 750, etc.. Todas essas medidas compete agir, e o nome do Dr. Landulpho dão uma idéia clara do que vem sendo, na Alves sobressái notavelmente, pelo valor pouca accessibilidade e da insegurança que oferece à navegação. Baía, a gestão do Sr. I-andulpho Alves. que tem revelado possuir êsse homem de O MALHO
— 30 —
IV — 1941
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Os flagrantes desta pagina foram colhidos no Palácio Rio Negro, em Nacional, Petropolis, pela Agencia quando do baptisado tío menino Getúlio, filho do casal Ruy da Costa Gama.
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aaaaaaaaaj O Chefe da Nação, seu filho Getulio Vargas, e nos braços deste o menino Getulio Vargas da Costa Gama.
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O menino Getulio, nos braços de sua ama e ladeado pela Senhora Darcy Vergas e Coronel Benjamin Vergas.
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filha do jornalista 3"^™°da sociedade carioca. Torres de Caolho,
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SAO PAULO — Flagrante da imrstidura do Dr. Abner Mansão, nosso illustre confrade de TOUR1NG CLUB DO BRASIL EM cargo de director do Deporta mento Paulista desta prestigiosa instituição. imprensa, no O MALHO
- 36 —
IV — 1941
CARMENCITA Por LIGIA SALES
franciscano, evocou em poucas palavras a "sagrada-familia", a obra edificante que Carmen poderia realizar com um simples gesto, uma única palavra ... "Minha adorada tia Rosaly
"Minha
querida Carmencita
a você será feliz. Deus já começou e negros olhos dos doninha se apiedar da vivazes, roubando-a das mãos do Destino, fortes deque a tem trazido em atribulações ... apenas anos seis de vida mais para uma E levou-a para uma igreja (como acertadamente dissera seu paf, Carmencita), sim, e a retiporque seus tutores são a bondade dão personificadas, e, o ambiente é são, piacido, ameno e de absoluta paz . veja bem, — minha Carmen que cousa bôa e suave comeu paz!. . . você será muito feliz ainda, ração o diz. Leia com atenção esta carta, procure ser dócil e atenciosa e a compreender com muita conciencia a grandiosidade de Deus, que a felicidade lhe sorrirá. Nunca se desespere. Nem blasfeme. Seja resignada, personalíssima, porém, dominada em seus impulsos. Culpe, sempre ao Destino por tudo de mau que lhe acontecer e agradeça com fervor, a Deus, tudo que de bem lhe for pro porcionado . .. Que o Natal lhe seja um hino de luz e bem-aventurança, e, que o seu ouro, incenso e mirra sejam: saúde, sossego de espirito e afeição. É o que sincera e ardentemente lhe deseja a tia e amiga " R o i a 1y Dez anos foram vividos. Tudo o que se deseja de coração e com o pensamento constante se realiza . . . Tia Rosaly, solteirona, bôa cristã, piedosa, afeiçoara-se a Carmen (a quem apelidara — Carmencita) e não via, abaixo de Deus e de sua fé, outra cousa no mundo senão a sobrinha. E como estava radiante nesse dia! Como se esquecera das paipitações e achaques, desde cedo na matriz, a enfeitar o altar, a revistar os candelabros, as tapeçarias, a se comunicar com os mú* sicos e cantores, enfim, numa azáfama interminável, para que nada pudesse toldar de leve o brilho que a cerimônia deveria ter. A "Marcha Nupcial" de Mendelssohn fez volver como que automaticamente, todos os olhares para a grande porta do templo. O tutor de Carmen, meio comovido, tiroido e feliz ofereceu lhe o braço, no qual ela se apoiou fortemente, pois sentia-se nervosissima. um o pouco perturbada e com «terno recalque de impunha, lhe vida a que nao ter naquele momento, o braço paterno Para levá-la ao altar E ao se lhe deparar ° pai, ligeiramente prateado nas fontes, lon£e, naquele instante, da sua eloqüência e abandonando os amigos que o cercavam, Para envolvê-la com o olhar doce de quem ergue uma prece. Carmen quiz sorrir mas náo Poude. Seus olhos se anuviaram e lagrimas orvalharam o ramo de "muguets" que tra•"a nas mãos tremulas Mais uma vez. o "Om tutor, serenamente susteve a. guiou-lhe 01 Passos e conduziu-a ao altar, onde nova •moção a esperava O sorriso feliz da maIV -_ 1941
a mãe, aumentou o esplendor que rodeava Car E Senhora. imagem nnaa de Nossa bramencita não se conteve*, enlaçou-a nos beijando-a ços, Retomado o lugar ao lado do noivo, assistiu aparentemente serena, á toda cerimô"Salutaris" que tia nia, ouviu comovida o terminando o ritual e, Rosaly tanto gostava deixou, pelo braço cumprimentos os e feitos amigo de Pedro, o templo, para a nova fase da vida, que tia Rosaly afirmava, ia ser piena de ventura. maltratava outra vez Mas, o Destino após o convívio meses Carmencita. Cinco um deincomparavel, de acolhedor. placidês sastre de avião, arrancou brutalmente a vida de Pedro, que lhe era a própria vida ! ... Carmen baqueou. Desistiu de lutar pela felicidade. Sentiu-se incapaz de tudo, mas conservou a chama viva da fé em Deus. Debalde foram todos os rogos e conseRolhos, pois a Carmencita, pela mão de tia Concepcionis Irmãs saly, foi recebia pelas e tratas. Sempre muito triste, calada, lendo noviciato, o balhando muito, Carmen fazia dos recebendo de vez em quando as visitas tiazinha querida. Dida e tutores dos pais, zia-se feliz, agora.
. . . Mamãe e papai inaugurarão no procasa-de campo, e ximo dia cinco, a nossa achamos que a senhora deve vir estrear nesse dia, os seus quartos que foram feitos sob minha orientação e que ficam na mesma ála que o apartamento dos meus sempre queridos ex-tutores. Venha hoje mesmo, compartilhar, comenvolve este pletar o élo de felicidade que ! Deus a todo é lar. que paz, graças sua Beijos e caricias da Carmencita"» •¦*¦_
WL_r"--
Os pais, porém, imploravamlhe sempre que não tomasse o véu, que desistisse do claus"Não, tro. Carmen resistia: — não seria possivel maior paz espiritual do que aquela, uma vez que os pais, por incompatibilidade de gênios se mantinham separados e ... sem a compa nhia de Pedro ... Não, não ... insistia Carmen, não seria possivel a sua desistência ...". Certa vez, a visita da mamãe tocou-lhe profundamente a sensi bilidade amorosa. Carmen ouvira de seus próprios lábios, a promessa de voltar ao lar. desde que ela, a Carmencita, deixasse o convento. O espirito de renuncia... o ora gulho abatido... o esforço para co... a mútua compreensão incidência das mesmas promessas da parte do papai ... a afeino lar que ção ... o convívio desmoronamento o sofrerá já e que teria a oportunidade da reedificação ... Carmen não dormira toda a noite. E pela manhã, em genuflexo, o coração a saltar, a emotiprece recitada com o Dicom aconselhou-se vidade. velho o E espiritual retor
87
O MALHO
geral a consternação. Os rapazes, que, ao principio da preleERAcção, tanto se riam ao ouvirem os disparates do seu velho e sapientissimo mestre, encaravam-se agora espantadamente, com olhos cheios de lastima e dó. Não havia duvida: o Dr. Sebrão enlouquecera. Coitado ! Quem poderia pensat-o 7 Um homem tão grave, tão criterioso, tão lúcido ! E, sobretudo, — tão sábio I Ainda na vespera havia discorrido com extraordinaria clareza e erudição profunda sobre o cerebello e o bulbo rachidiano. Ao ouvil-o, ninguém suppoz, — quem poderia suppol-o 7 — que aquelle homem, que com tanta proficiência explicava o funccionalismo do cerebro humano, estivesse affectado no proprio. Mas no dia seguinte, — naquelle em que nos encontramos, — quando o illustre professor, depois de haver escorvado o pigarro, ageitado os oculos, deposto o enorme lenço de seda sobre a mesa, começou a sua prelecção; exclamando com emphase tribunicia: — Meus amigos 1 A vida é uma farçada melancolica e o mundo um theatro de buffos tragicos, cujo emprezario não se conhece, mas que se pateia de vez em quando, porque não varia os espectaculos; quando o Dr. Sebrão pronunciou estas singulares palavras, tão diversas do assumpto
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CONTOS BRASILEIROS VALENTIM MAGALHÃES
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da prelecção, correu, dando volta pelas bancadas em semicirculo, um frêmito de gargalhada, como essa lufada tremula e friissima que precede e annuncia a tempestade, que se avizinha terrível. Mas o Dr. Sebrão passeou por sobre todos ss rapazes o seu frio olhar percuciente, o seu olhar cirúrgico, e a tempestade, prestes a desabar, equilibrou-se no ar suspensa, ameaçadora, F não rebentou. Fugiu em um marulho confuso de tosses de disfarce, e de curtas phrases, rapidas, contidas. — Sim, meus senhores, continuava o doutor, a vida é uma patuscada fúnebre. "A quoi bon" fatigar, derreter a massa nervosa do cerebello, esgotar as cellulas, desmanchar as circumvoluções, a pensar, a calcular, a construir, a destruir idéias e doutrinas, systemas e utopias 7 "A quoi bon 7" Eu sou pela ignorancia absoluta. E se chegar a ministro de Estado, como espero, farei substituir todas as escolas primarias, secundarias e superiores por outras inteiramente novas em que se ensine uma coisa única: — o horror á sciencia. Nessas scolas se ensinará aos que sabem muito a d.,;,prender tudo, e a não aprende, nada aos que muito querem saber. A sciencia é uma asneira. Saber é inútil. E' preferível dormir, dormir, dormir! Se a vida é um sonho — seja igualmente um somno. E que somno mais tranquiDo e mais doce que o das besias 7 Bestifiquemo-nos". Os alumnos encaravam-se, jé sem vontade de rir; e levavam de novo os olhos sobre o illustre medico, cuja physionomia se transfigurava de instante a instante. A cabelleira alvissima, cahida em juba sobre os hombros largos e ossudos, parecia arrepellar-te por si mesma, sacudindo no ar os cachos em explosões de finissimos fios, ccmo vagas e espuma, que estouram na areia da pr iia larçando para todos os lados agudas e delicaVsimas settas de agua, que se irisam instantaneamente ao contacto de um raio de sol. O seu grande nariz aquilino e nervoso, dilatava as asas palpitantes, soffrego, como faminto de um perfume brutal, que em vão buscava aspirar no ambiente.
O olhar perdia pouco e pouco a luz do costume, a luz tranquilla e límpida, com reflexos levemente ww\ azues que sahe das folhas de aço dos bisturís. E enrubecia. Fuzilava daróes de forja, reflexos de poça de sangue em que se esbata o sol. Parecia que a lamina rTT?' do bisturi, — que ha pouco, enxuta e / limpa, brilhava de um brilho argen\i teo, sereno e ciaO MALHO
38
ro, — se enterréra em um corpo, e, tinta em sangue, voltava i luz do dia. Assim o seu olhar. As magras mãos, compridas e expertas, tacteavam perdidamente em gestos esbanjados, angulosos, imprevistos. Dir-se-ia que naquelle homem, tão sensato e ajuizado sempre, em certo momento tudo enloquecera: —- os olhos a lingua, a cabelleira as mãos... A sua physionomía voltaireana aguçavase, tomava um ar penetrante, mas desvairado; jpparecia illuminada por um clarão phantastico. —E, todavia, meus ser hores, proseguia o Dr. Sebrão, eu sou um sábio, eu tudo sei. A carcassa humana não tem segredos para mim. Vejo atravéz das vestimentas e da pelle o que vae por dentro de um homem. A sciencia deu-me um poder de vidente. Os corpos adquirem ao meu olhar a transparência do vidro. Eu ausculto, apalpo e sondo com os olhos. Tudo sei. Tudo vejo... Ao dizer isto, deteve o olhar febril e chispante sobre o alumno que lhe ficava fronteiro. Crispadas as mãos i beira da mesa, o corpo immovel, a cabeça inclinada para diante, os olhot fincados sobre o rapaz, quedou-se; e assim conservou-se durante cinco intermináveis minutos, na attitude estranha de um illuminado a perscrutar c invisivel. Foi soerguendo lentamente o corpo, sem levantar os olhos nem despegar as mãos da taboa da mesa, até pôr-se de pé, e, então, apontando com um gesto agudo e violento o peito do estudante, exclamou: — Li estou vendo tudo: — o fígado, o baço, os pulmões, o coração, o estomago. Aproximete, senhor, aproxime-se". Adeantou-se o estudante até junto da meta em que preleccionava o Dr. Sebrão. Era um moço de vinte annot de idade, te tanto. Etpadaúdo e forte; phytionomia espessa, revelando pouca intelligencia e muita resolução. Sobre a fronte acanhada e curta cahia despenteada a cabelleira negra, insubmissa; aproximavam-se, formando uma linha quasi recta, as sobrancelhas bastai, cerradas, que davam aos olhos, fundos e esmerilhantes, enterrados nas orbitas, um tom de severidade e pertinacia excessivo, quasi feroz. Ergueu-se de mé vontade e aproximou-se do profetsor lentamente, com evidentes mostras de contrariedade. Sómente elle se não rira ha pouco dos disparates do Dr. Sebrão. Desagradava-lhe muitissimo o ter de servir é loucura do mestre e i diversão dos collegas! Por isso, ao chegar-se équelle, disse-lhe cortezmente. muito serio: Peço desculpa a V. Ex. Estou adoentado necessito retiiar-me. e Tanto melhor, tanto melhor. Examinal-o-et e explicarei aos meus illustrados discípulos a natureza e os symptomas pathologicos do seu mal. Consinta que o examine. Dizendo isto, passeou-lhe o olhar demoradamente pelo rosto e depois pelo corpo. A impresIV — 1941
são qu6 dava aquelle olhar esbraseado a laneinante, percorrendo a face, a cabeça, ai mão» do estudante era de um estylete encandescido, cortando e comburindo, a um tempo, as carnes por onde passava. Plethorico; plethorico... Pulmões de aço, hematose admiravel: murmurava o illus+re professor, continuando o exame. Arterialisação estupenda, estupenda! Assimilação perfeita e rapida. Bem; muito bem. Resta agora examinar o seu estado "scenico I!!" Gargalhada geral. O respeito ao lente e a compaixão pelo seu estado mental não puderam resistir áquelle ultimo destempero scjentifico. Estado "scenico !" Era demais I... e a aula em peso desatou a rir com uma enorme casquinada sonora. Deteve-se, ao ouvil-a, o Dr. Sebrão. Empallideceu, ensombrou-se-lhe irosamente o semblante; fagulharam-lhe os olhos, fechou a mão, erguendo o punho em um impeto colérico... Ia certamente reprehender os alumnos, furioso com o desrot. peito de que lhe deram prova. Mas... desensombrou-se-lhe o rosto, voltou-lhe a côr natural, desfez o murro preparado, e um sorriso indescriptivel pairou-lhe nos lábios, varrendo as ultimas nuvens que ameaçavam borrasca. Sorriso amargurado e •ronico, ferino como uma setta, e triste, triste como um dobre a finados. Riem-se !... Comprehendo... e perdôo. A ignorância justifica a insolencia. Depois que eu lhes houver explicado a minha theoria, não se hão de rir mais, asseguro-lhes. "Estado scenico" chamo eu á situação "moral" dos orgãos. Cada orgão representa o seu papel; bem o sabem. O Coração é — o wgalan;" o Estomago — o "centro;" o Fígado é quasi sempre o — "tyranno;" o Esophago — o "vegete;" » Cabeça — "a ingênua". Sómente ao Baço não foi ainda distribuído papel nenhum pela sciencia. Esses actores, que eu chamarei physiologicos, representam continuadamente, ininterruptamente, — salvo o caso de suspensão do espectaculo, por ordem da morte — ora a comedia, ora o drama, ora a tragédia. Vejamos primeiramente a comedia. E' o caso aqui deste senhor. Ah ! é então uma comedia o que se está representando agora em mim ?... Está bem; — murmurou o estudante com certa ironia compasttva. Uma comedia, sim; porque todos os seus órgãos estão perfeitos e satisfeitos. E' a comedia da saúde. Consinta que eu o ausculte por um momento. Isto dizendo, collou o ouvido ao peito do moço, auscultando-o. Perfeitamente, perfeitmente. O Coração pediu a Cabeça em casamento ao Rgado e ao Estômago, da qual este é pae e padrinho aquelO casamento foi julgado conveniente. O Cofação, além de ser incansavel e honrado traba^«dor, muito e magnifico sangue, rico de fibnna. Desde que o Estomago consente, vae tudo ern* P°rque, como os senhores sabem, o Esto™a9o é o "centro;" é elle que sustenta toda a companhia". E' elle que por meio do chymo pre'ubstancias alimentarei, que, depois, pela * *«rpção, se introduzem no sangue, e, pela assim''4Çào, vão refazer os orgãos, reparando-lhes a Perda». Sem papae Estomago nada se pôde feIV — 1941
zer em casa. E' elle o cosinheiro, o dispenseiro, o copeiro, o "caixa". Nò dia em que elle se recusa a trabalhar, tudo soffre e a comedia passa a drama. Casados Coração e Cabeça, está feita a felicidade de todo o organismo; pois que da harmonia do director da circulação com a directora geral do corpo, da Força e da Intelligencia, resultanj^a ordem a o progresso da existencia. Imaginem agora que o Rgado, por qualquer motivd, zanga-se um bello dia. Zangado o Rgado começa a segregar bilis em demasia e a mandal-a para o Estomago. O Estomago, ao receber tanta bilis, "azeda-se, encava", digere ma], distribua peior. Ha uma revolta na casa. O sangue, subindo e descendo pelo Coração, gyrando por toda parte, não leva aos orgãos a ração do costume. O Cerebro reclama — phosphoro, phosphoro ! — furioso, revolvendo tudo lã para cima; um d'aqui pede — fibrina; outro dalti — albumina; aquelle acolá — saes calcareos. E' uma revolução ! Os músculos, os nervos, as cartilagens, os ossos, não recebendo a tempo e bastante o seu alimento quotidiano, e obrigados, apezar disso, a trabalhar, desequilibram-se, enfraquecem-se, definham. Eis o drama ! Muitas vezes faz-se a reconciliação geral no quinto acto e continua a comedia. Mas outrás, infelizmente, o caso complica-se, aggravase, e surge a tragédia. Papae Estomago, coitado I sempre activo e bondoso, procura remediar tud* e evitar a catastrophe, mandando alimentos e re39
médios ao "galan'' ou ao "tyrannu , se é do Coração ou do Rgado que vem o mal; mas elle mesmo está fraco e acabrunhado pela dôr, e cede também, afinal. Então... "catrapuz I* — cahe o "tyranno" apunhalado; o "galan", horrorisado, suspende a circulação, o sangue foge e coagulase, o Cerebro gela-se, immobilisa-se, e... desce o panno. Quer dizer... — Acabou-se a peça... e o theatro. Calou-se então, suarento, livido, tremulo. E emquanto os rapazes se entreolhavam com um grande espanto, elle-, absorto, o olhar pasmado, levou uma das mãos ao peito e a outra á cabeça, como que procurando auscultar-se e apalpar-se a si proprio, e entrou a murmurar desvairadamente: Sim... Sim... Uma tragédia... Sinto-a, ouço-a... o Cerebro delira... Foi o excesso do phosphoro e do estudo.. A sciencia... i o oceano: afoga e submerge. A sciencia é o fogo: ilumina, abraza, devora e destróe. A sciencia i a noite ! Sou um sábio e estou doido I Já não i mais a tragédia. Agora é a fârça... Que alegria ! Tudo ri, tudo gargalha dentro em mim !_ Soltou uma immensa gargalhada nervosa e aoc< ascentou, saltando sobre a mesa: Eu sou o Pancreas! o sábio Dr. PancreasJ O MALHO
A AMANTE JESUS
CYSNE" 'SOLITÁRIO aS No lago, de onde parte com alvejantes estatuas alça o pescoço, a olhar o cysne solitário e ja se
Muito te será perdoado porque muito amaste. S. Lucas — Evangelho, cap. VII, v. 48 Pa nobre estirpe e de bellexa rara, A mais pura mulher da Palestina, Maria Magdalena, s-ssobrára No abysmo da desgraça feminina.
uma alameda de granito, para o infinito, queda ...
Roga aos céus lhe vencer a Para sempre, soltando canto o outro erriçou, na cand:dez as niveas plumas de veiludo
Perdeu o nome, a bóa-fama cara; Oe peccadora teve a triste sina. Para extinguir emfim, dôr qua a angustiara, Em mil volupias corpo » alma assassina.
dór conceda: afflicto, de um mytho, e seda.
Mas certo dia a peccadora vio Jesus, que lhe enche o coração vasio... E ama-o, ama-o com ternura, com paixão...
Cercado de monticulos de flores, este lago do cysne venerando dá testemunho sobre os seus amores ...
O Galileu, cedendo á tentação, A alma delia com o amor mais puro encanta... E a Filha do Peccado se faz Santa ! ...
Quando outrora gozava a companhia do que se foi, um chilro soluçando, felicidade igual não existia.
REIS CARVALHO (OSCAR D'ALVA) HORMINO
LYRA Rio, 22 de Julho de 1940 — Dia de Sta. Maria Magdalena
O PRIMEIRO FIO DE CABELLO BRANCO A bõa menino Passava pela vida indiferente, Como quem não conhece o dissabor, Pois de tudo fazia a sua alegria, Sem saber que a vida da genta E' como a rosa, Que da espinho mas é sempre flor.
Os annos correram E ella, pela primeira Chorou.
vax.
E' que lhe appareceu, Na cabaça, O primeiro fio da cabello branco .
Viveu, Então, a meninice, Quando a netinha morava com a vovó E • infância brincava com a velhica.
Perto da avózinha, Toda a hora beijava o seu cabello branco, Enquanto a tanta velha Sorria, Cheia de saudade, A lembrar-se de que, noutros tempos.
E, p'ra tar feliz, Como quando criancinha, Ao invas de chorar, Foi guardar o fio de cabello Como fazia com a avózinha: Sempre a baijar ...
Vivera a idade Qua a netinha vivia.
branco
MACIEL
AMÓRA O MALHO
A criança cresceu, Sem nunca ter uma lagrima de dôr.
40
IV — 1941
O RENOVADOR ARYANO systemas de moral, que ae formam de preceitos experimentaes e de normas antigas, que as gerações accumuHA laram e cuja evidencia se baseia nas ephemeras e conveniências sociaes, puramente que probuddhico, transitórias. O messianismo e a fuga repouso o Oriente do mettia ás almas a LKsHBSSSSSSsWbb. Ht«LI SSSsV '¦' fasciW~ ' mW Am m%\ afl. do infindável castigo das transmigrações, sH ^...¦Btl^Bl a amargura mf-MLMa SS i nou os povos exangues.de soffrer ¦bw ftwvn ,.| sobre quarepousa Buddhismo o Todo da vida o humanas, que tro verdades essencialmente SS? Lfl 1 | ¦ vivas na tempo não faz perecer e continuam dôr. da ^IMBflSjRw^-fll^Mi ET 9 Wjê hora moderna : - a dôr, o nascimento dôr. da a extincção da dôr, a via redemptora tudo quanto faz Tudo quanto existe, soffre e ^ BB áBBBB ' ' ' fll que interBB^-'^B a^V^BBBflia bFH ji l paixões, insaciáveis das soffrer, vem de A glona intima. tranquillidade a dizem do Nirvana, Buddha vive na indizivel promessa a Sobrepujando mundo. do ás almas tediosas que Brahmanes, ethica e a metaphysica dos infinitamente, condemnavam o homem a reviver transmigrade série e perenne na monstruosa ás creaturas a esPortal de Seringham, na legendária índia, a terra de Buddha, o offereceu buddhismo o ções renovador aryano e a bemaventurança perança do absoluto socego das exishorror Ao infortúnios. os para todos A lei buddhica raiou como uma lei de graça para todos e no tencias successivas, sem repouso, in^oraveis, perpétuas nella prevalece o Nirvana, como a mais deliciosa esperança allivio o oppoz Siddharta cyclo sem fim das reencarnações. que prometteu ao gênero humano, fatigado dos terrores ideal o do Nirvana. E viu-se essa cousa extraordinária, que A anniquilaçáo nirvanica sensuaes e inattingiveis desejos. do nada contentava o homem, terrificado com a perpetuidade supplanta o nada do Brahmanismo, quando comprehende o das da permanência da vida e das suas perfidias, ameaçado nada sem a concepção do nada, symboliza a renuncia infienthusiasmou os paixões. Como a espectativa da anniquilaçáo buddhismo cujas nita de todas as sensações, benéficas ou maléficas, a prodo espantos dos um povos da Ásia ? Eis O repouso sem pria felicidade fazendo o homem inquieto. homem do essenciaes verdades penetrou nos fundamentos a do fim do emoção receio nada, e sem o eis o Nirvana, desejos os e revelou de um golpe a trivialidade de todos que deslumbrou o instineto primitivo da Ásia. .vppella nio de que Outro assombro provem materiaes. o mundo Weber explicou o Buddhismo, como a origem de um aos deuses phantasticos de Trimurti, para explicar de religião dos maiores movimentos, em favor dos immortaes direitos buddhica doutrina a e assim qualificaram Preoccupado com do indivíduo, sacrificado á egolatria da sociedade. No sysatheista, si náo existe ahi um paradoxo. de tema de Siddharta, generoso e humanitário, Max Duncker a dôr humana, Buddha nào negou á alma universal fará seres, os encontrou a transformação social da índia, petrificada, pelas e cousas as sahir onde os pantheistas fazem a leis brahmanicas, que prohibiam ás classes simples de se elle, a vida e a morte valem como castigos, reduzem-se onde as aina vida. elevarem Monier Williams pintou Buddha, Como Universo, por do amargas e coloridas phases wue o libertador aryano das castas, o renovador do povo gangemas atravessam no redemptor caminho do Nirvana_ Schcebei tico, que ousou abolir a tyramnia dos preconceitos hierardizer sobre o absoluto socego do Buddhismo ? chicos. Sustentaram X. Oldenberg e A. Kuenen, que preentreviu «o Nirvana, a substancia universal, sem fôrma, domina ahi uma concepção grandiosa, porque o Buddhismo o estado da matéria primitiva, o átomo do mundo, de cujo sahiu do Brahmanismo, cuja metaphysica havia apprehenaeio provem, no perpetuo jogo das causas e dos effeitos. dido a opposição existente entre a alma universal e a muiAs vidas passam, mas subsiste o Nirvana, que tudo devora, o tiplicidade das vidas particulares. Insinuam que a imagias creaturas, os appetites, as esperanças, os desenganos, nação do Occidente, ornou a doutrina de Siddharta, de senódio e o amor. « tidos que jamais possuiu e Schcebei argumentava, que Certas messiânicas inspirações condensam um povo na Buddha náo inventou uma religião nova, reformou uma humanidade, da mais do que uma raça, uma attitude theoria immemorial, que sempre preexistiu entre os aboriA índia conheceu em presença do mysterio universal. Si o Buddhismolippareceu como a flor genes da índia. Buddha Siddharta, a encarnaçáo do espirito aryano, ideaiidepurada da sociologia dos Brahmanes, com a sua ternura zando pela vez primeira, o concerto do sêr e do náo ser, Occidente e a sua misericórdia, que ninguém vê na legislação de que também affiige o gênio especulativo do seu o Manú, devemos admirar a maravilha de tal purificação, consolou Buddha Quando se encontrava moribundo, "De tudo quanto quando Buddha expressa a mais extrema negativa da Indiscípulo Ananda com esta philosophia : sensibilidade brahmanica. Como seria possível, Schcebei não se conteve e deu ama o homem, é preciso se separar. a Buddha, o epitheto de reformador de gênio, deslgnativo náo passe . que o que é nascido, aujelto á instabilidade, justo quando ninguém comprehendeu tão bem o sentimento Em verdade — oh ! discípulo ! — tudo quanto é creado. é da segredo da vida. o Schopenhauer qualificou o ideal buddhico, geral attlngiu buddhica A moral perecedouro!". como a primeira de todas as doutrinas do mundo. PareNatureza, que Platão e Aristóteles nem chegaram a conceu elle táo puro e excellente, que o espirito terreno dos Podemos consicebar, com toda a metaphysica hellenica. homens negou a sua existência, dando-o como allegoria do derar Buddha, o ápice da intelligencia aryana. duetil, poearroubo mystico, a personificação da idealidade da alma. O soffrimento entica, intuitiva, humanitária e cósmica. Os buddhistas explicam poeticamente, que M^jya, a illusão, temacla Buddha e no sermão de Benarés, ouvimos a voz concebeu num sonho a imagem de Buddha. Meastanica i "Esta é, 6 monges ! . a nobre verdade da dôr : —o nascimento é dôr, a velhice é dôr. a enfermidade é dôr, • dôr a morte, é dôr a uniáo com o nfto amado, é dôr a DE MATTOS PI N.T O •«Paraç&o do amado, o desejado e nfto conseguido é dôr . O MALHO 41 *V- 1941
ORIGENS
DA
THEOSOPHIA
E DA
ICrisliiisiuiurti,
SOCIEDADE
o
aiiiiuiiciad»
THEOSOPHICA
III iusíriicíor
si o
iii
ii ii il
o
» 4 pela
Sociedade
(Por
A ORIGEM E O SENTIDO DA SOCIEDADE THEOSOPHICA
Krishnamurti quando esteve no Brasil em 193$.
de theosophie é o mesmo que feler de hiiTorie de humenidede, de vide e sues origens, FALAR pois e tento remontem os seus ensinementos. Escolher, entre os pr»iur»w<-es occidentees de theo»ophia, um que melhor e explique pere orientar es gereções noves, será o mesmo que tomer ume gotte de egue e com elle querer mostrer todo o oceeno, tio numerosos sio elles, de um século pere cá. A tKeosophie foi trazida de Indie por investigedores occidentees. Como philosophie pode-se considerel-e fazendo parte de todes es religiões. Todavia elle é e philosophie do Brehmenismo. Quem e estude tem e opportunidede de empfier immensemente e concepção de vide, recuendo e um pessedo muito remoto. IgueU mente fice comprehendendo que es religiões, tel como epperecem, sio epenes aspectos externos, limitados, da verdede e de sebedorie, offerecidos suggestive mente A humenidede. Muito interessente ê equeDe parte de theosophie chamada "occulte", encontrada nos poemes e livros sagrados da índia. TVeosophia i sabedoria antiga. Sendo a theosophie, a mait veste a profunda «cripta qua veiu a publico no Occidente, no último •eculo, não i para admirar qua leje alia accaita »imulteneemente por trai aspectos fundementeet. E' a Mim qua uni a tomam como religião. outro» como philosophie e ainda outros como sciencie, o que ne reelidada -«ti certo, dado o estedo da mentalidade contemporenee. A origem de theosophie remonte e ume eitensêo idêntica i de todo o pessedo humeno. A theosophie explica: os movimentos migratórios, os cetedysmes dos quaes surgirem novos continentes e fizerem deseppartcer outro»; eiplice: a arvore dai rafei, o apparecimento e o fim des civilizações. Inteltectuelmente, pode-se encarar sue estructure exterior como sendo: o conjuncto dos fectos. sciencie e phflotophias creedot e deicobertoi pelo» lebio» do pessedo. Assim, pois. sue origem perde-se no grande d>e dos tempos. O MALHO
Ao falarmos de origem de sociedede theosophice, os nossos pensamentos de occidentees, habituados ás distracções mentees, sensíveis eo inédito, eo grandioso, eo sobreneturel e eo imprevisto, vão ao encontro dos grandes vultos des religiões históricas que conhecemos, porque foi esse especto do movimento mentel humeno que os constructores des civilizações occidentees, espedelmente e latina, fixaram com mais vinculo em e nossa mentelidede. Olhendo e origem de theosophie desde remoto passado, ou estudando epenes e origem de Sociedade Theosophice, dentro dos últimos cem ennos de none ere, o no»»o peniamento logo te fiie num do» grendioto» mito» em cujo nome forem orientada» et religiõe» e civil iteções occidentees. A Sociedade Theosophice no Occidente teve e virtude de estebelecer para muito» invettigedore» e identidade e t relação entre esses grandes vultos predominantes da historie humene. Demonstrou os pereDelos existente' no epperecimento periodico desses precursores des verdades que permenecem. O maior desses grendes vultos no Occidente foi Christo, o llluminedo.» A Sociedade Theosophice orientou o. seus edeptos tobre a netureia e e projecçáo do» entinamentoi do» grande» itluminados occidenteei e orientee» como; Christo, Buddhe, Krishne, Confucio e muitos outros de meis remote entiguidede. Explicou os grendes emprehendimento» deite» iniciedo» de tebedoria. Pare n6t, occidentees, e Sociedede Theosophice, embore sen do universel, tem e sue origem no Oriente. A Sociedede Theosophice eppereceu publicamente no Occidente no enno de 1875. Foi e senhore H. P. Blevetsky, nobre russe, de poderose cultura e intelligencia. a tua principal fundadora e pioneire. A Sociedede Theosophice não limitou e sue existencie e ectividedes sõmente eo Occidente. O coronel H. S. Olcott, do exercito Norte-Americano, juntou-se * snre. Blevetsky e embos funderem e primeira loja nequelle enno em New-York. A seguir, embos trenst/orterem-se pere e Indie onde meis terde funderem e secção centrei de Sociedede Universel Theosophice. E* interessente dizer que, muitos ennos entes de inicier o movimento theosophico universel, e senhore Blavatsky hevie reelizedo muites viagens de estudos, eo centro da America a da Am onde, tegundo o» ensinementos theosophico*, vivem os Mestres de Sebedorie. Nos ennos seguintes eos de fundeçio de Sociedede Theosophice. muites owtres personelidedes se juntarem ao» teu» fundedore», pere o metmo objectivo de propagar e feter conhecida a theotoptiie. Foi ettim oue, em Londres, onde e fundedore reelisou veries e 42
Tlieosopliica
BELARMINO VIANNA)
importente» conferenciei, epretenteram-ie: o tnr. A. P. Sinett, cidedáo inglez, culto, jornelWte e a inre. Annie Besent então jorneliste, cujo espirito se echeve, nequelle momento, profundemente entregue ás correntes philotophica», "meterialiites". A dr. Be»ent hevie «ido espose de um secerdote anglicano e o exemplo que este lhe dere do bem, do emor e de verdede, deixarem-na em rude desengeno. As conferencies sobre theosophie, reelizedes então pvle snre. Blevetsky, tiverem e força de trensformer tode e mentelidede de dre. Besent, tomendo-e não sómente ume theosophe, mes, e future chefe do movimento theosophico no mundo. Isto pe»»ou-ie no enno de 1889. Toda a ultima decede do século dezenove e o primeiro querto do século presente, elle os occupou reelizando conferencies em todes es grendes cidedes de Europe e de Indie. As producções intellectuees da dre. Besent contem-se pere cime de oitente obres differentes, nes quees forem veatÜedos todos os espectos de theosophie, e copioso material da culture orientei. A dre. Besent formou e sue immense culture theosophice, estudando as mais reres obres que existem ne (ittereture hinduista, assim como MA Doutrina Secreta", "Ws sem veu", "Ne som br e e ne luz", estes de eutorie de snre. Blevetsky. Ainde outres personelidedes, investigedores intellectuaes, se juntem á dre. Besent ne jornede universei de divulgeçáo da theosophie. Conte-se entre muitos o snr. C. Jinerejedese. eutor de: "Os fundamentos de theosophie" e de muitos outros livros, essim como de numeroses conferencies, algumas reelizedes no Bresil. O tnr. Leadbeeter, autor de: "O» cheire»", "O Homem Vitivel e Invitivel" "O homem, de onde vem e pere onde vee", "As ultimes trinte vides de AJcione" (Krishnemurti) e veries outres obres scientifices sobre theosophie. O snr. H. P. Sinett escreveu: "O mundo occulto" e o "Buddhismo Esotérico". A Sociedede Theosophice tomou-se em breve tempo um intenso núcleo intellectuel que irredieve e culture orientei pere todo o mundo. Em todos os idiomes vivos encontre-se grende veriedede de livros sobre theosophie. Muites individuelidedes, conhecides no mundo intettectuel contemporeneo, por sues ectividedes scientifices. artísticas e philosophices. são theosophes. Entre estes encontre-se o snr. Roso de Lune, sebio hespenhol que reelixou conferencies em tode e America do Sul, notedemente no Bresil, ceptendo nesse occestão muites ettençóes pere e theosophie. E. Shuré. pensedor frence». cuja obra principal "Os grandes Iniciado»" foi editada em verios idiomes. Ainde outro» vulto», ne Frente. Inglaterra. Russie, Alemenhe e Itelie, conhecedores de theosophie, dediIV — 1M1
caram-se a um dos seus aspectos: o
"oceultismo".
São
Iodos nomes por demais conhecidos do grande publico. Entre elles, temos Gustaw Gelet, Rammarion, Conen
soffrimento
"Farias
No Brasil temos umi obra intitulada:
Britto
á luz da theosophia".
verdade
a
está
sophía única, mas explica os systemas de todas as philosophias. Não é uma religião, mas explica todas ellas, existir uma parte da verdade em cada uma. A moral explicita e impIVrta da theosophia, é o
af firmando
no
a verdade e o amor; e._ encerrada lemma "Não ha religião superior á verdade". bem,
seu
O sentido dos ensinamentos theosophicos condu. o homem ao aperfeiçoamento dos seus vehiculos subtis. Em theosophia expl:ca-se o bem a o mal atraveT da lei Karmica; isto é, causa a eHerto.
annuncio
eterna.
no
sendo
presente.
da
Sociedade
Assim
como
foi
no
Um
grupo
de
ho-
publicamente, tocados pela Üluminação das suas experiências, ligou-se a um corpo de doutrinas scientificas orientaes, para indicar e explicar ao não somente
aquellas verdades, mas a vinda "traria outras verdades" nas quaes as causas do soffrimento do ho-
de um Instructor que
A theosophia não é uma theoria, nem uma philo-
no
mens, desta vez,
mundo, THEOSOPHICA
MORAL
encontraram
Theosophica passado,
Maeterlinck, W. Crook, etc.
Doyle,
que presenciamos. Os mais apercebidos das causas do
seriam
encontradas
mem.
Para
muitas
a
pessoas,
Sociedade
Theosophica
trouxe o grande objectivo de preparar o mundo para a vinda do ultimo Instructor. Ella tomou a seu cuidado
—
DEUS
mundos,
seus
com
habitantes,
evolução indefinida dos seres, dos quaes, vado
qua
podemos
conceber
como
o
e
com
dade, liberta de todos os systemas, a Sociedade Theosophica
a theosophia.
diffundia
Instructor devia
trazer
A Individualidade
entretanto doutrina
do pro-
a
é o sol
de cada systema planetário, de onde partem incessantemente,
atravez
da
luz,
própria
os
elementos
creia",
da
snra.
Blavatsky,
um
o Instructor ensinou novas verdades que, uma vez ' - * -': ecidas o vividas pelo homem, o tornarão
theosophia,
impere:'
completo e profundo
estudo.
!:bertarão,
pelo
de
entendimento
sua
za.
crea-
dores a animadores, da vida em todos os seus aspectos. "Doutrina Neste particular a theosophia tem na Se--
perfeitamente.
Em lugar dc ensinar as verdades proclamadas pela
O seu ensinamento á a verdade simples, directa e positiva, sobrepõe-se a todos os ensinamentos complicados que indicam estar fora do homem a causa "uma vez que tenhaes captado soffrimento. Elle diz: do um vislumbre da eterna verdade, ella actuará como
Tanto quanto me é dado observar, não sendo a theosophia uma religião, mas um corpo de doutrinas e philosophicas, ou a summula de factos registrados no passado, seu objectivo não poderia ser scientificas
guia e tornar-vos-eis vós próprios". O Instructor á realmente o revolucionário authentico, destruidor dos vicios que se encontram vestidos com morias conservadas pelo homem.
o de crear mais uma religião pois, apesar de todas as que existem, a humanidade soffre immensamente, num
anno
eterno crescendo,
Jiddu
numa
eterna
incomprehensão
de si
Krishnarnurti nasceu em de
E'
1897.
Nexaniele.
o A
as
Madanapale
velhas me-
de
Ordem
da
Es-
de terras e um magnífico Cactello do secjlo XV para ali fosse installada a sua morada. Diz-se que Krishnarnurti epenas
não acceitou
a dádiva
concordou em realizar
ali
do os
castello,
mas
acampamentos,
de onde falaria a seus ouvintes. Muitos acampamentos ali realizados, com a presença de grande ..jmero de pessoas vindas de todas as partes do globo. O ultimo acampamento de Eerde no qual Krishna1938.
Quando a Sociedade Theosophica e a Ordem da Estrella se preparavam para promover um grande movimento exterior de suas organizações, namurti, tude,
demonstrando
começou
o joven Krishradical transformação de atti-
falar
a
a sua "cultos,
l-nguagem
própria
symbolos, disciplinas, "encontrar tudo constitue entrave para a vida", a verindividual de
Instructor;
dadeira vida que EUe queria despertar no homem pridas memórias velhas, não essenciaes á feli-
sioneiro
cidade. Nessa
oceasião
Krishnarnurti
dissolveu
a
Ordem
da Estrella e part'u tendo por companhia poucos amigos entre os quaes, um só, jamais o abandonou desde que o conheceu.
Este amigo é o snr. Rajagopal,
que
o acompanha por toda a parte do mundo onde realiza suas conferências. A
Sociedade
Theosophica
foi
o órgão
universal
que estabeleceu a ligação intellectual entre o enorme, o incommensuravel passado e o presente que começou ro século vinte. Krishnarnurti, é a fonte dA Viva Sabedoria da Era
na índia
no
oitavo filho do snr. Brahmane: mãe
e da
que
murti falou, foi em
assim suecedeu. Não importa que sejam poucos os que
o mais ele-
Deus,
Theosophica
Até que Elle attingisse a idade de falar por si mesmo, revelar a sua própria e inconfundível individual.*
o comprehendam dos
Sociedade
trella, um nobre hollandez fez-lhe presente da propriedade de Eerde, na Hollanda, com uma grande área
de
A forma cosmogoníca da theosophia é a da pluralidade
vez da
foram
joven
COSMOGONICA
particular da dra. Besant que o educou primorosamente. Quando Elle começou a fatar ao mundo atra-
a pessoa de um jovem; trabalhou intensamente com todas as forças intellectuaes dos seus associados, preparando o mundo para receber os seus ensinamentos.
pria, mentalidade inédita, de inquebrantavet directriz. E EXPLICAÇÃO
dos estudos a que então se dedicaram, as qualidades excepcionaes dos espíritos illuminados pelo conhecimento. Krishnarnurti fo- entáo tomado ao cuidado
falleceu
Krishnarnurti
mesma. Soffre e aspira, porque o soffrimento á a unic. forma de despertar o "entendimento", • só este, pc
idade. quando este contava cinco annos de Besant, presidente da Sociedade Theosophica,
sua vez, pode remover o próprio soffrimento, no grande cydo das idéas. Pareça qua a sociedade Theoso-
companheiros, encontraram em Krishnarnurti,
A dra. a seus
por meio
Nova, esta era que M iniciou com a solução de continuidade
histórica
que
o
mundo
assiste. Feliz, muito
feliz, a meu ver, será todo aquelle que possa voluntariamente tirar
a
mascara
da
hypocrisia e da illusão
pari comprehender e viver as verdades que sahcm de seus lábios, libertos pelo maior entendimento.
phice já cumpriu a sua missão.
Senhora H P. BUvttski, e o Coronel H. S. Olcott. fundadores da Sociedade Philosophica KRISHNAMURTI aO
MUNDO
O PELA
INSTRUCTOR
ANNUNCIADO
SOCIEDADE
THEOSOPHICA
Uni„ersal
este capitulo do movimento ttteosophico Universal, •ncerra
uma incógnita para quantos tenham preten"'«Jo comprehender a grande missão dos Instructor»» no mundo. Sem duvida, muita c._ permanecer- veada para a comprehensão vulgar, • empre ausente do raciocínio e do discernimento. Os illum:n»dos náo são compreendidos nem acceitos nat suas épocas. O ennunc:o feito pela Sociedade Theosophica. da de um Instructor Esp«ritual para o mundo de °le. é a reaffirmação das verdades que permanecem. *• annuncio encontrou agasalho no entendimento dos ,n •
sue soffrem. Somente acontecimento
o futuro eipricarã
do século vinte.
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esse grande
discussão racio-
n* 'u<i* *m torno de realidade desse extraordinário ecmento "___•_• em pura perde. A evidencie 9r«r*des movimentos sociaes que presenciamos, é ¦*¦*•- ' .nel d. Novos tempos. N* knora *m qu# Krishnarnurti veiu ao mundo, o »off,i•mento esteve genereliiado. os syttemei philoso• vociaes haviam sa tornado impotentes par* .ue e gereção se precipitem eia transformação
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1941
43
O MALHO
A O aparecimento de mais uma edição *\ da Arte de Amar, de Ovidio, alguem J ** perguntou si ainda hoje é necessário recorrer á arte para amar; ou si, não havendo nada de novo, vivemos repetindo o vate latino. Uma arte de amar, forçosamente presupõe a existência de modelos. Antes o teatro era o espelho. Agora a cinematograila não teria acaso alterado os preceitos dos mestres? Serão diferentes os modelos? A historia amorosa duma cortezã e dum patrício romano será idêntica aos idilios duma datilografa e dum empregadlnho do "Empire State"? Tambem náo preclzainos remexer alfarrábios para notarmos que em Í850 havia nas mulheres a preocupação de retirar todo o colorido do rosto, porque os homens amavam as figuras pálidas, anêmicas, tuberculosas... Hoje, c/uando nào ha sol nas praias, ha o recurso dos banhos com lâmpadas possantes. Um idilio estilo Marguerite Gauthier seria somente um espectaculo anacrônico, princlpalmente para as torcedoras de foot-ball. As novelas cinematicas são modelos liricos ou reais, mas o amor é encarado conforme a evolução social. Apanhem uma película de 1919 e vejam que evolução na indumentária e nos gestos amorosos em confronto com as imagens modernas. Nos films, como na vida, sempre houve a mulher perigosa, mulher "vampiro"... Ha vinte anos era uma figura chocante pela maneira de andar, vestir ou beijar. Violentas olheiras negras, narinas dilatadas .gestos dramáticos, teatral. As "camps"... Relanceiem o olhar pelas fitas atuais e procurem a mulher fatal para ver si ela tem alguma coisa de semelhante... Assim tambem a historia das nudistas evoluiu! Todos conhecem o episódio de um burgo, na Inglaterra cujo senhor lançava impostos exorbitantes. Capitulo de luta social com a interferência da esposa do Rrnn-senhor, expondo o seu corpo nu", pelas ruas, cuja população respeitosa nào procurou a fuga das venezianas. Escandaloso ou não, o caso dc Lady Godiva ficou; mas Já asseveram que o desejo do marido reduzir o imposto, era pretexto para mostrar o corpo Joven da mulher forçosamente bonita, pois si não, seria apenas um caso humoristlco. Nu', só artístico. Tambem, no Paraíso. Eva procurou a folha de parreira; mas si Lad7 Oodlva anunclasse que sairia com um vestido novo duvidaria das Janelas fechadas. Como eram as venezianas do tempo da bela Godlva? Náo resta duvida que foi uma das-firrtndes exibições gostosas do nudismo. Muito antes, na Hellade, Phrinéa despiuse diante dos Juizes. Nào houve poeta que O 1VLAJ-HO
SEBASTIÃO
FERNANDES
44
nào apanhasse, no Areopago, a túnica e a mulher para fazer uma coisa de quatorse linhas... Mas Lady Godlva não era uma cortezã, mesmo sendo um desafio ao pedor. Tambem acaba para a Historia a historia de Greta Rozan, que em sinal de protesto, por ter sido cortada de um film, resolveu desplr-se em frente ao studio tirando todos os dias uma peça do vestaurlo. No dia em que ia ser tirada a combinação, cache sei e o soutien os maiorais da fabrica esfregaram as mãos contentissimos por que nào se tinham lembrado daquela publicidade. .__}' sabido que Hollywood ignora a Historiai pois nào havia nada de novo em materia de publicidade com emprego do nu' e desafio ao pudor, mas a miss üerta Rozan venceu como a grega e a ingleza. Ha tempos um americano, por ter um quintal junto a um club de nudistas, mandou construir uma arquibancada c rápidamente enriqueceu. Poderíamos aproveitar o assunto para descrever aquela deliciosa caricatura do muro alto, a taboleta anunciando club de nudistas, e uma velha alcançando com longo bambu' copada arvore sede de respeitavel casa de marlbondos... numa vingança de mulher vestida. E tudo isso é novo porque a Historia nào nos conta em outros tempos casos semelhantes. Agora, para mostrar que ha algo de nucvo: no Canadá, na província de Saskatechewen, cinco mil membros da relta nudista "Douxhobors", ameaçados de despeJo por falta de pagamento de arrendamento das terras (espaço vital?), exlblam-se com a delicia de andar como nasceram. Peter E. Persefllkln, chefe do bando "com "Sl a policia vai que roupa"?, declarou; — apoderar-se das nossas terras, bem pôde levar tudo, Inclusive nossas gravatas". E já combinou com os fieis que sairiam nu's pelas ruas da cidade canadense, em romãtia significativa. Nudismo, em grande escala, vá lá... Na Inglaterra residiu um marajá (homem gordo, que adorava cavalos de corrida, dono de palácios em Paris, Londres e na índia, casado com uma florista de Nice, o gozadlsslmo Agha Kan), que, depois do banho, mandava engarrafar a agua para ser enviada aos fieis do oriente como 11quido sagrado. Forçosamente que & culpa nào era do marajá, e esses assuntos nào são fatos reproduzidos na Historia. Onde a repetição? Nada de novo sobre a terra? Capitularam os Juizes gregos. Cederam os magnatas cinematleos. Fecharam as Janelas quando Ocdlva passou. Pois nas ruas canadenses por onde passarão os nudistas (sl a policia consentir) Já estio sendo construídas arqulbancadas. Náo poderemos negar o espectaculo grandioso e inédito. IV
1941
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vVamos ou a ouviramcs, com uma profunda emoção e uma alegria intima, profunda. Carmen Miranda, que canta apenas um dos nossos sambas nesse film, virá em seguida estrellando um füm da Twenty-Century-Fox que de ha muito do monstra sympathia pelos brasileiros, contractando alguns art'stas
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Os fan» de Robert Taylor, no Rio, não tèm EU-o remcdio senão bater cm retirada... de visita a um doa studios da Mctro-Goldwyn-Maycr, quando se filmava a próxima /icíjfclds... Todas as incontáveis bellezas escolhidas do film o rodearam, correram os photographos e rc as fans daqui invejam essas pequenas, os fans invejam Robert Taylor...
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quencia do famoso c celeberrimo " Ziegfeld, o Creador de EstrclIas", deve a priori ter o titulo
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de Vivien Leigh, o queixinho e a boquinha (?) de Aiin Sheridan, a cutis impeccavel dc Maureen 0'Hara... bem, creio que basta...) pois bem, esta eclecticamente linda creatura — temos o grande prazer de annunciar — é mais uma das estonteante_ beldades que desde a ultima reunião entre o director e o produetor, respectivamente. Robert Z. Lconard e Pandro
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Boxoffice, uma das tnaig importantes revistas americanas de cinema, communica no seu ultimo numero que "NUPCIAS DE ESCANDALO" (The Philadclphia Story) tirou a "Fita Azul", por ter sido a melhor pellicula de JaneiroFevereiro. Esta producçâo Metro-Goldwyn-Mayer concluiu a sua sexta semana suecessiva na tela do maior cinema do mundo, o Music Hall, onde bateu todos os "records" de bilheteria havidos até hoje, com um total de 850.000 espectadores. Note-se que, após a edição dessa revista, James Stewart foi contemplado com o celebre " Oscar", pela melhor interpretação masculina do anno, e foi cm " NUPCIAS DE ESCÂNDALO". A " Fita Azul" é concedida mensalmente ao film que recebe o maior numero de votos dos membros de "Conselho Nacional de Cinema", e cuja escolha é feita em geral segundo o grau de mérito e condições artisticas de uma producçâo. Este Conselho inclue mais de 2Ü0 redactores cinematographicos dos principaes jornaes c revistas dos Estados Unidos, Comitê da Federação Internacional de Moças Catholicas e presidentes dos numerosíssimos clubs femininos que ha na America. i
Brandes já tinha modelo photographico mais perfeito de Chicago", sua terra natal. Antes,
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Madeleine Carrol, posa para o famoso retratista americano. James Flagg, que naturalmente mistura á personalidade da Montgomery actriz á sua personalidade de artista. Quanto valerá esse retrato daqui a cem annos ?
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" laminulas" de milho tostado #erEm cinematographia, onde vem de flocos de neve, onde molho de chocolate serve para simular sangue; onde assucar vidrado é usado para fazer vidraças, e onde oleo mineral vaporizado se transforma em nevoeiro... não é de admirar que Luis Alberni, o Italiano mais famoso do écran e que " Lady Hamilton", uma proapparece como o Rei de Nápoles, em ducção de Alexander Korda, seja um Hespanhol!
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plausíveis: porque quem dirige é o grande, o notável Lconard, e a companhia que produz é... a
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Brandes, uma pequena alucinante, acclamada que "club AL.UNE dc photographos" coque foi recentemente por um "a americana mais bonita de 1940" (vejam só o que cila mo tem : tem o rosto e o nariz de Linda DarnelI, os verdes olhos
além
de colossal,
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Catalão por nascimento, foi educado na Universidade de Barcelona, onde obteve distincção em literatura e dramatologia. Por fim, a arte dramática venceu e o jovem Luis, já então uma figura romântica no palco, dedicou-se ao theatro, apparecendo com crescente successo no seu paiz natal, em Paris e em Londres.
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H'.:i>wood foi apresentada a Martha Scott, estrella do film cidade" por Sil Lesser, produetor do laureado celluloidc, e Bctte Daria, • t...._ .!•. nnyiilni **j.edbook". conferida aquella producção, como sendo a de maior valur do anno.
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mmmmWm^mmmm^ Irene Hervey e Esther Ralston, trenam para uma lueta ratrk <u ratrk ean, de "Muralhas da Sio Francisco", da Nova Universal. Os espectadora aio oa maridos dellas: Ted Lloyd, jornalista e Allan Jones, cantor, que apesar dc nio possuírem barbas as estio pondo de molho, vendo o que oa espera quando um dia reclamem, em caaa, qualquer cousa...
O MALHO
— 46 -
IV — 1941
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B«tt» Grable e Don Aninhe, sio os prineipaea de "Serenata Tropical", o filme u"e lança Carrnen Miranda e foram tio •"»'_ros da topkUcalrd estrelU brasileira * bem merece os estampemos aqui em •una das deliciosas scenas do celluloidc ""* Po.»ue um attraüvo mais: . fototrra phado em terhmcolor.
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Crianças depositando flores na herma de Ruy Barbosa
empossado no alto cargo de FOImembro da Commissão de Estudos dos Negócios Estaduaes, o Dr. Cleveland Maciel, official de gabinete do Ministro da Justiça, joven mas prestigiosa figura da administração do paiz, jornalista de apreciável tirocinio e dono Cfz uma captivante personalidade.
a
assignado um decreto-lei FOIpelo chefe do Governo Nacional, regulando a profissão dos empregados domésticos e dispondo sobre seus deveres, carteira profissional, férias e aposentadoria, acto de indiscutivel alcance social.
a
designado pelo Itamaraty FOIpara chefiar a Legação brasileira na capital do Equador, o mi nistro Caio de Mello Franco, diplomata de brilhante carreira e fino escriptor e poeta, que vinha servindo na Secretaria de Estado.
a
illustre homem publico disse que o "formadora de sua mentaliser a dade".
a
realizado no Palácio Rio FOINegro, em Petropolis, o bapti sado do menino Getulio, primeiro neto do Presidente Getulio Vargas e primogênito do casal Commandante Ruy da Costa Gama - d. Jandyra Vargas da Costa Gama. Foram padrinhos o Chefe do Governo e a Senhora Darcy Vargas, officiando o Padre Leovigildo Franca.
a parte de um grupo da americaintellectuaes FAZENDO de latina, convidados pelo governo dos Estados Unidos para fazer naquelle paiz um estágio de três mezes. para realizar estudos especiaes, viajou, representando o Brasil, o academico Pedro Calmon, director da Faculdade de Direito da nossa Universidade.
a
offerecidos pelo Chanceller Oswaldo Aranha á EsFORAM — R. G. cola Normal de Alegrete os livros natal, — sua cidade Sul bibliotheca, sua da componentes
offerecida ao Presidente FOIGetulio Sra. Vargas pela • Irna Gama de Lucas a histórica mensagem de pezames, gravada
O MALHO
°<- Cl.v.land Mae.e(
a
em uma do motivos FUNDAMENTADO de exposição DIP., o presidenta da Republica proferiu um despacho determinan do que seja obrigatoriamente adoptada por todos os órgãos de imprensa do paiz, a graphia official, dentro do prazo de 90 dias.
festivamente recebidos do seu regresso a oceasião FORAM por esta Capital, os nadadores patrícios defenderam que tão brilhantemente Campeonato no as cores brasileiras de Viiia dei Mar, trazendo para o Brasil notáveis tropheus.
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a
— 48 —
prata, que os commerciantes do Rio enviaram á viuva do Maréchal Floriano Peixoto, por ocea-
em
sião
do
fallecimento
republicano. da
Nação,
desse
vulto
Por ordem do Chefe essa relíquia foi man-
dada recolher ao Museu Histórico.
IV
1941
DO MEZ QUE PASSOU
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constituída dos Snrs. FICOU Alberto de Andrade Queiroz, Antônio Ferraz e capitão de mar e guerra Rodolpho Fróes da Fonseca, indicado para presidente, a Commissão de Marinha Mercante, recentemente criada como órgão auxiliar do governo. • inaugurada com a presença FOIdo Ministro Eurico Dutra e outras altas patentes do Exercito a nova fabrica de pólvora de base iniciativa que dupla, em Piquete, beneficiará grandemente as forças armadas e representa mais uma realização de vulto do actual regimen.
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-L OI presidida pelo jornalista M. Paulo Filho, director do "Correio da Manhã", a banca examinadora da prova de habilitação para redactor do D. I. P. que se reali zou na Escola de Engenharia. Os outros componentes foram os jornalistas Azevedo Amaral e Otto Prazeres. • recebido pelo Presidente FOIVargas no Palácio Rio Negro, o Snr. L. Ossa, primeiro reA
delegação
brasileira
vencedora
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presentante do Panamá junto ao nosso governo, que lhe fez entrega das credenciaes. Acompanhou o diplomata panamense o chanceller Oswaldo Aranha. • varias as commemorações realizadas por motivo FORAM
campeonato
de
natação
realisado
no Chile,
recebida
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da passagem do 18." anniversario da morte de Ruy Barbosa. Uma das mais tocantes, sem duvida, foi a da collocação de flores, por varias crianças, ao pé da herma erigida ao grande vulto nacional. pelo
Presidente
Getulio
Vargas.
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— 49
IV — 1941
O
DOS
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VIDA
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PARA cumprimento do artigo 160 da Constituição Março ultimo o presidente Vargas expediu a 1." de "Estatuto dos o decreto lei n. 3.084 que organiza o fundamental Militaresd'agora em diante, a lei*'Estatuto" esdas vossas instituições armadas. O tabelece para o pessoal das forças armadas — essencialmente constituídas pelo Exercito, pela Arma da e Forças Aereas Naeionaes. garantias e deve¦ ret e determina que, da accordo com as mias disposições, a actual legislação militar seja revista e consolidada. Para aqui transladamos alguns dos imais importantes dos 190 artigos do Estatuto '. — Art. 3.° — § 3." — Nenhuma força armada poderã, dentro do territorio da União, coexistir com as instituições armadas naeionaes acima definidas, sem que pertença aos quadros de suas reservas e esteja subordinada á autoridade do Presidente da Republica, por intermedio dos orgãos do Alto Commando do Exercito ou da Armada.
Art. 11 — Todos os brasileiros são obrigados ao serviço militar e a outros encargos necessarios á defesa da Patria, nos termos e sob as penas da lei. Paragrapho único — As mulheres estão isentas do serviço das armas. Em caso de mobilização, entretanto, serão aproveitadas em outros trabalhos, quer nas ambulancias e nos hospitaes, para o serviço de assistência hospitalar, quer nas industrias e nos misteres em correlação com as necessidades da guerra, fóra do theatro de operações.
Art. 17 — As forças armadas são recrutadas entre brasileiros natos que estejam no gozo de seus direitos civis e políticos. Paragrapho único — A prestação do serviço militar por parte de estrangeiros naturalizados será fixada em lei especial. Art. 37 — As forças armadas serão empregadas : a) — na manutenção da integridade soberania da Nação ;
e da
b ) — na manutenção das instituições ou da ordem, quando os outros meios se revelarem inefficazes ou insufficientes.
Art. 45 — A funeção militar caracteriza-se pelo exercício, transitório ou permanente, da actividade militar, como profissão exclusiva na tropa, na esquadra ou nos serviços, em graduação, posto, cargo ou commissão militar, constante de leis e regulamentos do Exercito ou da Armada. Paragrapho único — A carreira das armas, consequentemente, não é emprego, mas profissão toda feita de abnegação e altruísmo. Assim os militares de carreira não são funccionarios publlSem constituírem casta no âmbito social, cos. formam uma classe especial de servidores da Patria — a classe dos militares.
Art. 116 — Para admissão nas escolas e cursos de formação de officiaes, alem das condições de idade, aptidão intellectual, idoneidade moral e O MALHO
O General Pedro Cavalcante recem-nomeado cominandante da 5.a Região Militar com séde em Curitiba, palestrando com o Presidente Getulio Vargas, dias antes do seu embarque para o Paraná. ' OR decreto de 12 de Março foi approvado o novo Regulamento do Gabinete do Ministro da Guerra. Entre suas disposições figura a que attribue ao Coronel Chefe do Gabinete responder pelo expediente do Ministério, em caso de ausência temporaria do Ministro.
A 21 de Março foi inaugurado o novo Quartel do 24. • Ba-
talhão de Caçadores, sediado em São Luiz do Maranhão, tendo sido fiscal das obras o Tenente - Coronel José Faustino dos Santos e Silva.
O General Gaspar Dutra, Ministro da Guerra, approvou as Instrucções Reguladoras do Estagio para Médicos Civis, candidatos ao ingresso na reserva de Segunda Classe do Serviço de Saúde do Exercito.
capacidade physica, é necessário que o candidato seja brasileiro nato e que as condições de ambiente social e doméstico ( nacionalidade, religião, orientação política e condições moraes e profissionaes dos paes ) não collidam com as obrigações e deveres impostos aos militares, nem sejam susceptiveis de obstar a um perfeito e espontâneo sentimento patriotico. Art. 119 — A promoção nas forças armadas opera-se pela selecção de valores physicos, intellectuaea e moraes dos seus elementos profissionaes. Art. 120 — A promoção interessá apenas o exercício das funeções essencialmente militares do Exercito e da Armada. Não podem nella influir considerações extranhas á carreira das armas e circumstancias aleatórias que possam prejudicar a selecção dos valores realmente possuidores da verdadeira aptidão para o commando.
Art. 177 — Nenhum conscripto ou voluntário, salvo nos casos previstos nos artigos 170 e 171, pôde deixar o serviço activo das forças armadas sem saber ler, escrever e contar ; sem possuir noções indispensáveis a respeito do Brasil, sua geographia, historia e Constituição, e uma firme convlcção dos seus deveres para com a Patria. Paragrapho único — Só a anormalidade comprovada permitte excepção a essa regra. — 50 —
IV — 1941
A FABRICA DE ITAJUBA —UMA LIÇÀO E UM EXEMPLO I OI designado o TenenteCoronel de Cavallaria, José de Oliveira Monteiro, para exercer as funcções de fiscal do pessoal do Collegio Militar do Rio de Janeiro, accumulativamente com o de fiscal administrativo.
O
Circulo dos Officiaes Reformados do Exercito e da Armada, ora sob a presidência diligente do General João Marcellino Ferreira e Silva, transferiu sua sede para a ala esquerda do Quartel General do Exercito, á rua Visconde da Gávea, onde passou a occupar parte das installações em que funccionava a Directoria do Material Bellico.
O "A
numero 322 da revista Defesa Nacional", correspondente a Março, está repleto de artigos de alto interesse. Alem das secções habituaes, esse numero conta com trabalhos originaes dos Coronéis Araripe e Anapio Gomes, Tenentes - Coronéis Marcial Valin e Nunes Pereira, Majores Dantas Ribeiro e Nilo Guerreiro e Capitães Hoche Pulcherio, Peres Campello, Martins de Almeida, João de Deus Menna Barreto, Breno Borges Fortes. Amyr Borges Fortes, Mario Imbiriba, Paulo da RoFirsa e Gerardo Amaral. mam traduções o Coronel A. Pamphiro e os Capitães Luiz Gomes Pinheiro e Malvino Reis.
u,
1M acontecimento militar de grande importância do mez que passou, foi sem duvids a inauguração da Fabrica de Pólvora de Base Dupla, em Piquete. A cerimonia compareceu o Ministro da Guerra, General Gaspar Dutra,_ acompanhado do Ministro da ViaÇão, General Mendonça Lima e dos Generaes Lúcio Esteves. Manoel Fernandes Rabello, Dantas, Newton Cavalcanti, Silio Portella, Boanerges de Souza, Eduardo Alcoforado. José Pessoa e Lobato Filho, do Director da Central do Brasil, Dr. Waldemar Luz e de outras altas autoridades civis e militares.
O
Editorial do ultimo numero da "A Defesa Nacional", focaliza a conveniência do nosso Exercito enviar, quanto antes, alguns officiaes como observadores, para os differentes theatros da de operações actual guerra européa, uma Vez que. como diz, "as lições Para a guerra estão na própria 9uerrii IV - 1941
Vale a pena transcrever as linhas finaes do opportuno editorial da revista, ora dirigida pelo General Heitor Borges : "Acreditamos que seria do maior alcance enviarmos quan to antes, para os differentes theatros de operações, os nosobservadores. sos próprios Alem das informações fieis e immediatas que iríamos recebendo, teríamos uma vantagem com os ultimos ensinamentos technicos e tacticos, de modo que, finda a guerra, disporíamos immediatamente de um núcleo capaz de promover as remodelações indicadas pela experiência dos exércitos que se bateram. Não esmaeçamos tambem uma consideração de outra ordem — resultará mais economico mantermos agora um grupo de officiaes observadores, do que fazer vir, após guerra, uma missão estrangeira que por longo prazo se entregue á tarefa de pôr-nos em dia. Será de todo ocioso insistir numa evidencia. O nosso alheiamento ao que se passa nas tres frentes desta segunda Grande Guerra, collocar-nos-á numa situação de perigosa inf erioridade. O Exercito Brasileiro póde e precisa inteirar-se por si, como fazem os outros exercitos, dos acontecimentos militares do mundo, e ainda por si assimilar as lições delles decorrentes."
O
Ministro da Guerra, solucionando uma consulta do Commandante da 9.* Região Militar, declarou que os militares servindo em guarnições de fronteira fazem jús a percepção da quota addicional de 20 %, mesmo em goso de férias, desde que permaneçam nas localidades com direito a sssa vantagem. OI creado o Estandarte distinetivo para o 1." Regimento de Infantaria, da guarniçào da Villa Militar, hoje Regimento Sampaio.
O
General Silva Junior, na sua visita de inspecção ao Batalháo Viiagran Cabrita, outrora o "1." Regimento de Engenharia" — percorreu todas as dependencias do Quartel e assistiu a varias demonstraçôes do grau de instrucção da Ao retirar-se, o Comtropa. mandante da 1.* Região Militar manifestou ao Coronel Bandeira de Mello, Commandante da tradicional unidade, a excellente impressão que levava • — 51 —
São de Marques Rebello as palavras abaixo sobre a Fabrica de Itajubá, uma das grandes realizações militares do actual governo, em bôa hora confiada ao Tenente - Coronel Bello Lisboa, seu infatigavel e enthusiasta director. Trata-se de um trecho extrahido da chronica inaugural do autor de "Oscarina", sobre "A vida social no Brasil : Quadros e costumes do Centro e do Sul", inserta no primeiro numero da revista "Cultura Politica".
"A
^*\ tarefa que o Exercito Nacional se propôz e vem realizando em prol da nossa civilização, é a mais categórica affirmação do verdadeiro valor e Protegendo os patriotismo do soldado brasileiro. selvicolas, abrindo estradas, rompendo sertões, expiorando rios, levantando mappas, pacificando regiões, cortando o Brasil em todas as direcções com o seu Correio Aéreo e deste modo approximando interesses, facilitando as communicações e favorecendo o commercio, desalphabetizando, incutindo o civismo, nacionalizando as populações, eis os principaes marcos dessa obra gigantesca que caminha dia a dia dentro de uma reserva e anonymato que a fazem ainda maior e mais digna. A fabrica de Itajubá, situada em privilegiada posição para os fins a que se destina, está entre as mais recentes realizações da nossa grande força. Prédios imponentes, installações technicas das mais modernas e efficientes, laboratórios de contrõle perfeitíssimos, eis o que é o grande parque de industria bellica do sul de Minas, que ha cinco annos vem se desenvolvendo normalmente, bafejado pelo patriotismo do Presidente Vargas, que tem sido o animador das reformas por que estão passando o Exercito e a Marinha. Mas o que mais impressiona no parque industrial de Itajubá é a sua organização de trabalho. O operário é cercado de todas as garantias a que tem direito. Pavilhões de trabalho com todos os requisitos hygieno-fabris, sejam, largueza, altura, luz, apparelhos de ventilação, sugadores automaticos de poeiras nocivas, etc. Refeitórios modelares, onde é servida por preço modicissimo uma alimentação sadia e limpa, cardápio que poderia servir mesmo de base aos regimens alimentares-fabris em nossa terra. Assistência medica, dentaria e pharmaceutica, com apparelhagem completa, inclusive um pequeno hospital de emergência. Armazens geraes, onde os operários encontram todos os gêneros e objectos de primeira necessidade, por um preço que está livre dos juros gananciosos. Campo de sports completo. Igreja para assistencia aos religiosos. Escolas para os filhos dos operarios e para elles próprios. Banda de musica, "creche". Uma revista mensal grupo orpheonico, que liga todos os da fabrica, dirigentes e subalternos, num mesmo esforço de cultura. Uma villa operaria, pequenas casas com o máximo de conforto, a preço razoável, e uma das quaes. todos os annos, pelo Natal, é sorteada entre operários, ficando o victorioso morando nella indepentemente de aluguel. Cercando, assim, os operários de todos os recursos de assistência, faz delle um homem feliz, que sabe que encontra um premio para a sua actividade. Mas o prodígio dessa machina só anda perfeitamente sobre os seus trilhos porque, acima de tudo, impera uma disciplina justa, mas rígida. E o operário obedece, porque sabe que está cumprindo um dever e porque é com esta obediência que elle paga os favores que recebe, as tranquillidades e confortos que lhe dão. A Fabrica de Itajubá poderia ter na sua entrada as palavras do Presidente Getulio Vargas, quando da sua ultima visita : Esta fabrica é uma lição c um exemplo". E não haverá legenda mais bella, nem mais justa." O MALHO
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tado da Urca ouviremos muito breve o ritmo forte • sensuai da musica cubana que o publico carioca tanto admira.
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SUPPLEMENTO FEMININO POR SORCIERE
Primeiro de Março fechou, com uma reunião encantadora, as festas do carnaval, este anno mais brilhantes, demonstrando assim que a folia carnavalesca seduz, máo grado os derrotistas, e máo grado a fuga de muito boa gente para Petropolis, Therezopolis e estâncias dc águas. A reunião de que se fala foi organizada pelo empresario Silvio Piergile para entrega dos premios ás portadoras das mais bonitas fantasias no baile primoroso do Municipal. Julinha Loureiro como Rainha da Hespanha, a formosa Conceição Gomes de Dama Sevilhana, e Maria de Lourdes Mendes Serra, de Andaluza, conquistaram os primeiros logares, recebendo ricas jóias, sendo ainda premiados Renato da Cunha e Pedro Vargas. mHflflflBHMflflnflfli Se o Carnaval, que contou com uma baixa de temperatura milagrosa para animar seus fieis, deixou saudade, tam"Ensemble" de lã preta, emblema e botões dourados. bem serviu de pretexto para que se puzesse em relevo a elemais graça da carioca em festas sumptuosas, cujo gráo vado tocou ao ambiente andaluz em que foram transformados os salões do nosso primeiro theatro. "ofEm Abril começam as actividades para receber a Rio. do ficial season": o doce inverno Já as elegantes principiarão a escolher vestidos, chapéos  Wmmmmim. ¦¦¦¦> r^ÊmÍ e outros accessorios que lhes vão dar uma nota diversa a beltomm^* Wr leza e á elegância. bordaOs vestidos de lã com jaquetinha enfeitada de "ensemdos, e pellica, constituem a primeira das idéas de W*m mt A\W /t-toaW ble" outonal. Na matéria cabe muita fantasia, e para de tarde, os costureiros new yorkinos applicaram uma blusa de "lamé" dourado sob a jaqueta de lã preta, por sua vez trabalhada com viezes do mesmo "lamé" em diagonal. A saia levemente godeada leva suspensorios, o que permitte ser usada com outras blusas e jaquetas, aconselhando-se também um bolero de crêpon rosa madeira polvilhado de meúdas contas oxidadas. A peliça, de lã, é na linha pôlerire. e leva gola de pêlo de leopardo. da mesma matéria o minúsculo chapêo em tamborim, guarnecido com um tufo de véo de seda e flores pequeninas em bem unido "bouquet". O preto occupa o primeiro logar como tonalidade na meia estação em principio e no inverno próximo, mesmo nos trajes de aspecto militar, os quaes se tornaram a coqueluche ' Jmmmtomm tototo totoTá ^^^* 4^_i_^_L? ^m\m WmmT % totoT da americana do norte. Entre os matizes mais na moda encontram-se o roxo e ° amarello, os quaes associados guarnecem um traje negro. ¦ .^Jfl \\t**m\mlmmr ^V^hifl O purpura é colorido formidável para quem tem pelle moBfl^JH \\m5akAmf Jí* A Te>-a e escuros cabellos. Um dos vestidos de mais suecesso ultimamente, e visto em elgante "cocktail", era talhado em crêpon, violeta escuro, blusa bordada com cordões dourados e azues, iguais motivos numa espécie de avental posto sobre a saia rodada Jóias Modernas.. e talhada em viez, juntando-se mais pannejamento na parte da frente — uma das características das novas saias. "pique" branco e enfeites "soutache", renE' preciso accentuar que uma saia bonita, de velludo, ção do pretos — ae lã ou de crêpon de seda, bem talhada, produz innumeras da, ou grosso filo de seda. 'toilettes", Os chapéos rasos ou de copa afunilada rivalizam com desde que se tenha muito bom senso e muito bom eosto na escolha de blusas, e de duas ou tres jaquetas. as boinas á maruja, os feltros á padre e o "turban", hoje Embora se lancem com êxito os tecidos de seda, por mais garrido que hontem, quase sempre enfeitado de flores. conseguinte luxuosos, "pique" transformando numa "strass" e outros enfeites luminosos appareBotões Qas mais apreciadas ofazendas, está-se de sendo utilisado em vestidos cem nos bonitos modelistas da Norte slmpies como nos se destinam a grandes exhibições de America lançam vestidos pretos que os felicidade. etiqueta, vendo-se que com extraordinária abertos, bordados nelles adornos de princiPalmente sobre filo, notando-se preciosidades na associaEis as primeiras novidades para a estação.
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Zorina, da Fox, trajada de jersPj branco, para de noite.
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IV — 1941
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Verde escuro e verde agua, adorno de vidrilhos negros — este bello vestido de Joan Crcnvford, a ele"star" da Metro. gante — 54 —
O MALHO
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IV — 1941
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No mais singelo estylo temos aqui duas gravuras de mobíliario para sala de estar, e o canto onde se realizam as refeições, uma só peça com as duas finalidades, nos coisa corrente apartamentos modemos. Madeira branca ou vermelha de preferencia, pois dão certa originalidade ao conjuneto. Estofamento de linho verde ou amarelo laranja, cortinas de reps, listrado de tons fortes.
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IV — 1941
SEGREDOS DE BELLEZA DE HOLLYWOOD
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Innumoras vezes tenho ouvido esta pergunta e outras tantas vezes tenho respondido deste modo: "E' uma questão de constrangimento, bom gosto e conveniência pessoal". Poderei illustrar este assumpto, mu;to melhor com exemplos de que com definições.
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Por exemplo: o baton de Joan Crawford, extra"generoso", é um exemplo de bom ordinariamente "conveniência pessoal", porém, gosto e uma absoluta só para JOAN CRAWFORD. "pagem" de Joan CrawE o penteado estylo "conveniente e de ford é uma adaptação pessoal CRAWJOAN somente muito bom gosto", para FORD! "perpetuamente O penteado de Louise Rainer, invariável", é adaptável somente á sua pessoa. As internvnaveis variações de penteado de Ca-
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Taes detalhes de apparencia pessoal nestas estrellas têm sido o fructo de estudos cuidadosos e "bonne chance". Não admira, nunca o producto de façam estas elles pessoas tão lindas. pois, que Agora, devo admittir que exista alguma pessoa, com rosto dramaticamente angular, que poderia ampl'ar sua boa apparencia, duplicando o estylo dos lábios de Joan Crawford. Si a experiência convencer uma mulher que tal modelo de lábio lhe assenta, muito "individualidade adaptabem. Terá ella descoberto uma vel", no make-up. Porém si, possuindo os traços e as curvas roliças de May West, pretender modelar a bocea de Joan Crawford, sua tentativa estará fadada a falhar e seus esforços exem poz da "individualidade" tomarão o aspecto de travagancia". DUPLO a
EMPRÉSTIMO
dama
Pela mesma razão, a pessoa que achar conveniente deve imitar Miss Lombard, em seus penteados, não o fazer com relação ás suas faces encovadas. Copiar deve ser humanamente aconselhável, perdoado, sendo, mesmo, "grande em certos casos. Nunca, escala". em porém,
IV -
1941
Um
flagrante
da
moderna
silhueta
CORRECTA
COPIA
Ha, por exemplo, algumas praticas de make-up, das estrellas do Cinema, que devem ser largamente copiadas. difficil encontrar-se hoje uma grande estrella da que não aprece a segurança mathematica fornecida belleza pela regra da harmonia das cores. Nenhuma E'
tela
á dessas
personagens, dualistas, em outros
sem
attenção
assumptos,
a quanto menospresam
sejam
indivi-
at regras
do
make-up, porque esse menospreso resultaria na tão temida "extravagância", com definido detrimento da apparencia
"tomar emprestado" o moque delo do lábio de Joan Crawford, não lhe deve tomar o penteado. Sua apparencia, por esse processo, viria a ser a mais indistineta uma das inconpossível. Passaria a ser imtar faveis pessoas que, por este mundo afora, procuram a apparencia daquella estrella. Sobretudo,
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pessoal. Nenhuma amaciador
estrella
omitte
antes de retirar emprego de refrescantes, pela manhã.
uma
de creme á noite, nem o do maquillage,
applicação
o maquillage, no momento
Ella jamais será negligente em respeito completo e apropriado, de dia ou á noite.
ao maquillage
E estas praticas de make-up, permittam-me assegurar, podem ser imitadas por qualquer mulher, em qualquer parte do mundo, sem temor da perda de individualidade "extravagância". ou da indesejável acquisição de
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CZ"M qualquer esta¦—¦ ção a blusa e a gola cabem á maravilha no guarda rou^•"¦*»»»»»»»»»»»»mlm»»m-^B pa feminino. "tailleur" E agora, com o de seda para as tardes de outono, a blusa é um complemento elegante e indispensável A leitora apreciará, aqui, tres modelos, podendo talhal-as em organza, organdi ou seda. As golas, bordadas á ingleza, são uns primores de "chie" num traje escuro. o MALHO
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TOALHA MATERIAL NECESSÁRIO: — 2 meadas de cada de Linha Moulin6 (Stranded Cotton) marca ANCORA F 406 F 774 (meio (verde gobelln claro), F 767 (azul francei claro) Mouliné Linha (Stranverde glacier). I meada de cada de ded Cotton) marca "ANCORA" F 488 (amarello canario), F 668 (dourado claro), F 733 (ouro velho). Agulha de crochet marca "Milward" n.° 7. I novello (20 grammas) de linha Crochet-Mercer marca "CORRENTE" n.° 60, F 623 (verde alface). I metro quadrado de linho creme fino. Agulha de bordar marca "Milward" n.° 7.
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Desfiar 2 f:os do linho, 6 millimetros distante da beirada em redor da toalha, dobrar a ba-nha para o lado do avesso. 1." carr.: — Com a agulha de crochet, trabalhar pc sobre a bainha fazendo o ponto de crochet, dentro do desfiado e trabalhar 3 pc no mesmo lugar nos cantos. 2." carr.: — x 5 tr, pular 3 pc, I pc no pc seguinte; repetir de x em toda a volta, trabalhar I pc 5 tr I pc no nos cantos. pc do centro dos 3 pc Emendar com um mpc e arrematar. Cortar a linha. indxação do ponto na revista ARTE DE (Vide o risco e a BORDAR no numero de Abril de 1941).
Usar dois fios de linha para bordar. tO?
O diagramma I mostra o arranjo de nove ramos em um . quarto da toalha. Riscar como está indicado em cada quarto da toalha, eixando uma margem de 6 1/2 cms. em toda a volta da beira a. O diagramma II e a chave dão a distribu'ção das cores e dos pontos. As tres côres usadas apparecem numeradas nos tres schemas e o arranjo dos ramos coloridos é mostrado pelos números correspondentes no diagramma I. A
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ABREVIAÇÕES : —
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CROCHET trança ponto de crochet meio ponto de crochet.
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Caldas vem obtendo suecesso na seus excellentes programmas
Leonora Amar é um numero aproveitavel na Mayrink, convindo que preparasse melhor repertório. Cynara
Rios está no mesmo caso, dove deixar as futilidades e interessar-se mais pelo seu compromisso com o publido. —E'
verdade, fala-se Dircinha que um contracto com a Radio E! Mundo este mez.
tem para
Zarur continua a cuidar, com aquelle seu extraordinário bom gosto, dos programmas isftisticos da Educadora. Paulo Gracindo é um numero dos mais impressionantes do radio theatro da Tupy. Aguardamos os bons programmas curiosamente estudados TheDphilo de Barros.
sedes medidos, intelligencia de
peupeia
A PRA9 pretende seguir o exemplo da PRG3 contractando de agora em diante os bons cartazes extrangeiros. Para começar tivemos no seu microphone a voz bonita do Pedro Vargas.
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— A Radio Guarany de Bello Horizonte augmentou a sua potência e tem caprichado muito nos programmas artisticos. E a Inconfidência?
Ary Barroso talvez ingresse po quadro da do Andrade tem Gilberto Nacional onde apresentado tar.:es novidades...
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Filho prepara-se para dar novo Ipanema depois dd sahiclo de Car-
Podemos garantir que o Fox adquiriu os contractos mais recentes de Carmen Miranda para o Crasil. Asseveramos
Uma bahiana bonita. Rosina Sandra — a Paga que ficou, a que preferiu ao «mor, o radio. Rotina tem projectos interessantes para 1941. Dezeja um mundo de coiias e as conseguirá pela sua intelligencia.
sileiros.
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E «final quando inconfundíveis méritos gelo no radio? Zezé
eAcredife, se quizer... A
época
não
admiradas Nacional.
propicia ao preferindo o pu-
mais
é
cartaz radiophonico,
rodeado dos alamirés
bl'co, ao artista
da fama, coberto de vaidades, impanfe de egoismos
estreitos,
do
bem
programma
contece
em
toda
a
a
Emilinha ressente
de
parte,
é uma das figuras mais publico do radio theatro ao
Fonseca pelo
Bem de os elogiaveis programmas Curiosidades Muslcaes", do Almirante, feitos sobre os desafios sertanejos. Marilla attraccões do a
cía
Borba é Ipanema.
Zolachio muito
breve
em
A novos
de
Cru:eiro do Sul inaugurou os seus "Trio em São Paulo com o
de
Ouro".
far
ao
Octaviano púbico
cia
Motta
cariooa
Machado
através
da
vai
vol-
Antônio
Laio, um dos nomes mais em evidencia no radio theatro. firmou contracto de exclusividade com a Educadora. Barbosa merecidas
tis
Júnior acabou Nacional. E
bolas, como aquella do Ihinha, mas interessante. Podemos
garantir da não abandonará o andou fallando.
seu
férias novas bigodinho. Veas suas trouxe
que Aracy de Almeimicrophone. como se
é uma das méis serias na Nacional mesmo sem ella tanto merecia.
que
"Samba
e Outras Coisas" vem apresenartistas de valor todos os domingos.
sanf--
í' 1
preferencia
pelas
capricham números de
na
maior
O MALHO
Am
ws
A gente chega a ter saudades da voz bonita em verdade está de Heloisa Helena. Ella fazendo uma grande falta. E de uma vez para sempre, precisa reapparecer cantando aquel les seus blues a.-dentes, onde o lua' e'a lindo e as estrellas maravilheras.
T)Ucò4 "Cuatro
personas"
Rafael
de
boleros
lindos
mais
9bB\ ^m m\
um
Hernan-
mWm I aJm bbbV
—"'JB
toto\
*\mm
^*f
no
seu
de José Maria de Abreu "Tarde de Chuva". Costellar uma
valsa
'
em decadência «antes de
davam dam
disputados
sendo
agora
repertoric e Mario
finas,
musicas
de
cantores
Os
I s ^L_
incluiu
Paiva
Alberto
que
an-
Fevereiro an-
peos
mmwLmto**'} à
composi-
tores.
^^
"Prece
\ j!sa
luar".
ao
vai
Perrone
Albenzio
HA m\ a\W9a\
de
gravar
na
Victor,
Mario Coelho
Eei-
lido.
accentuando-se estações
que
apresentação
Newton
a
BBBBBBB- ¦
mais de
originalidade.
FRANCISCO
^ÀmanéamW
Pedro Vargas gravou
Vamos evoluindo, graças a Deus, em radio,
^AmttímWkT
.a.1
tora Aracy de Almeida.
de
Já
PRG3.
Uma das medidas ultimamente adaptadas e que produziu excellentes resultados foi, sem duvida, a fiscalização directa do D. I. P. sobre as lettras de musicas populares. A verdade é que havia, na musica popu. lar, ou melhor, nas suas lettras, oriundas dos nossos morros, uma certa liberdade, para não dizer licenciosidade que prejudicava de muiás veto a acolhida de taes composições, zes bastante interessantes. O controle officiai. expurgando termos fortes e impróprios, expressões chulos e allusões demasiado picantes, veio mesmo a calhar. Por isso é que as estatísticas aceusam melhor acolhimento e procura de discos e de originaes, notadamente do interior, mostrando o acerto da medida saneadóra em bôt hora posta em execução.
de:.
pinella, com o desprestigio do ineffavel
matéria
fiümtt tnedida
estúdios
Pim-
Franc:sco Alves e da fanhosissima can-
tom.
W .^*tmamuf LbbbbT Kfl
dos
Lauro
Borges, ou, mesmo, da monótona
bbV^^
-.
ter a volta de um locutor que de ha muito estava afastado do radio. TraHa-se de Luiz Moreno, que ressurgirá em uma das nossas melhores emissoras.
Buenos
indisfarçavel
precisamente popularidade de Almirante,
apresentnpretende r»rogramma feminino.
isso
acostumou a preferir o bom gosto das horas interessantes. a
inte-
Vamos
Aires á Nova York, onde o ouvinte se
Dah>
mais
cartaz
faz frio, manhã cedo, e a cidadã desperta com aí aulas de gymnastica do professor Osvaldo Diniz Magalhães na Nacional. Em verdade é uma hora das mais ouvidas da estação de Gilberto de Andrade, devido a brilhante actuação do eonheoido mestre da cultura physica. Ainda
Baptista "cest"
publicidade
tando
Diniz um
o
maravilha Al:ás,
feito.
Ahi está um broadeaster — Renato Murce. Menos intuição passadisla. uma viagem aos Estados Unidos para ver e ouvir, e elle seria capai de grandes reformas na Radio Clube. Fm todo o cato elle tem bom gosto e sabe "prata manejar relativamente com a de casa", o que define a rua capacidade de trabalho.
é que aproveitam os Felicio Mastrande
também que Dircinha Bade dois annos com
ptista firmou cont.rjcto a Mayrink Veiga.
A
Nacional apresenta agora um pro. musicas antigas. E ha quem ache de gramrru bem interessante a volta dessas melodias bonitas, que tanto agradaram os ouvidos bra-
Mm
vem fazendo êxito no Rosima Sandra radio. A Paga que ficou sosinha tem pub'ico e canta muito melhor depois de separada. Linda Baptista continuará na Nacional.
\$dad
Xavier animo a los Fiias.
bbbb^
Educodora vai mudar os seus estu. dios pana a Cinelandia. E a Cruzeiro pre. tende transferir os seus para um edificio da Avenida Graça Aranha. A
GALVAO
Eis ahi uma dupla qua o publico reclama — Mara e Waldamar Henriques. Era a voi bonita da terra que andava nos seus cânticos, nas suas musicas. O folklore brasileiro poucas vezes teria encontrado interpretes mais perfeitos. Mas, um dia, veio o amor e Mara deixou de cantar. E' por isso que dizem que o prazer dura pouco, pois perdemos uma das mali ricas vozes do radio no genero do folklore.
64 —
IV — 1941
Paulo Roberto é um medico, que preferiu o tadio. Como o advogado Ary Barroso, qua correu para o microphone. Mas, a profissão ?•it» sendo uma escalada brilhante para elle, que tem talento no meio. e sabe espalhar «ympathias entre os seus milhares de "fans da Cruzeiro do Sul.
IV -
1941
da
etiqueta
Lamounier.
"A
barraca
razão
valsa
em
disco
romântica
com de
vasia".
jladiô. DaulUla
ido fazer nos Estados Unidos.
Miranda?
ter a sua
uma
Odeon
Oue teria Aurora
lançará
Teixeira
A
pergunta
-
65 —
..
não
deixa
de
dupla da elemento rdith Helou, brilhante Jucá e Chico que actuou com grande suecesso na Radio Cruzeiro do Sul de São Paulo.
O MALHO
CRUCI
19
GRAMMA
mio
1
TEXTO
//
*e
ENIGMÁTICO
PROBLEMA
wL
*7 ?vtfS». e a
t*-
•5
a
"üCO, Z
•
POU-
HORIZONTAKS: — 1 Homem; 4 Janeiro; 6 Entretanto; 9 Animal; 10 Interjeição, invertida; 11 Dotacamento; 17 -Medida itinerária do Pegú; 18 Almofadinhas em 1793; 22 Freguezia de Portugal; 24 <> inglez; 25 Brilha; 26 Adubar; 27 Suffixo; 28 limitem ; 30 Suffixo, invertido; 31 Freguezia de Portugal; 33 Sobremesa; 36 Prefixo; 37 Theologo e philosopho es-
9l$i%
tWs
TEXTO EXIGMATICO PENSAMENTO UM DE TURGOT Ha methodos e estabelecimentofl ]iara for-
CRUCIGRAMMA
geometras,
pintores:
(A Solução no próximo numero) — 66 —
MEDICA
DR. AUSTREGESILO FILHO Consultório: Edil. Rex, 9.°, sala 907 — 3as., Sas. e sabbados ás 15 horas. — Residência: 27-8030. IV
^a\ V «m \
ha
para formar cidadãos. PROVÉRBIOS EXIGMATICOS
DOENÇAS NERVOSAS e CLINICA
/
physi-
nao
Q U E M C A S A Q U E R C A S A DEUS 6 GRANDE E 0 MATTO É MAIOR
sem a final; 39 Menciona; 40 cholastico; 38 Sina, Aquillo; 41 Rio da Rússia; 42 Interjeição; 43 Rio da Rus-ia; 45 Rio da Rússia.
O MALHO
PROBLEMA DO OVO
PASSATEMPOS PASSADO
cos,
INFHLIVELNH CRSPR QUÉDfl DOS CRBEL0S
Quando ia desistir da compra, o commerciante se propoz a satisfazer-lhe essa exigência, cortando o tapete na menor quantidade possível de pedaços e tornando a unil-os, sem que se notasse a costura. Conin foi que elle realizou a transformação ? (Solução no próximo numero)
(Solução no próximo numero)
mar
REVIGORA PERFUMA HIGIENISA
outros.
coi 2
SOLUÇÕES DOS DO NUMERO
_—
elle mais se os escudos desenhados no tapete fossem symétricos, ficando sempre um delles no meio dos
M,m
VERTICAES — 1 Interjeição; 2 Collectividade (ao contrario); 3 Homem; 4 Encarnação animal de Osiri-; 5 Consoantes; 6 Prefixo; 6 A Ilha no mar das índias; 7 Âmbar amarello; 8 Solar: 12 Mulher; 13 Um peixe (V. Foral de Setúbal); 14 Aqui está; 15 Unhas de fome; 16 Freguezia de Portugal; 17 Preposição; 19 .Mulher; 20 Tecido antigo; 21 Freguezia de Portu23 Varredor do forno; 28 A Rio da França; 29 jgal; Villa de Portugal; 30A Pedaço de terreno onde está plantada uma arvore; 32 Rio da Rússia; 33 Marido que tem medo da mulher; 34 Interjeição; 35 Pessoa importuna; 42 Prefixo; 44 Incerteza.
O verdadeiro Elixir da longa vida... dos Cabellos
Desejava um senhor possuir um tapete com desenhos fora do commum. Andando de loja, em loja, acaDOU por encontrar uni tapete que lhe agradou muito -ymetria. Gostaria mas cujos desenhos não tinham
m4~&; é e^aso A%her CHAVES
0 TÔNICO CAPILAR POR EXCELÊNCIA
TAPETE
O
*^BK$k tifZdom, "2" 2
DO
1941
Com as modernas incubadoras, qualquer pessoa pode tirar pintos ou patinhos de ovos sem que as aves respectivas ennegocio. O que trem no é fazer com não é fácil que o pinto ou o patinho. deixado a depois de ter a regresse ovo, du Casca elle, (echando-se dentro no-
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CATÁLOGOS
PROVÉRBIO
GrapWcamente,
comtudo, ê possível. O desenho mostra um patinho sahindo do ovo. Quem o collocará de novo lá den': -e ha de Para isso tru cuidadosamente recortar toda a figura, e dividir-a. por meio de uns cortes, no "leiii.r numero pOSSivel de pedaços. Keuniiido-e estes, será fácil collocar o patinho encerrado no OVO, tendo-se em conta que nenhum pedaço deve ficar sobre outro, mas todos se ajustarão perfeitamente. (Solução no próximo numero) IV - 1941
e demais Rfecçoes do Couro Cabeludo
// Ti
^^ J
r
GRÁTIS
ENIGMÁTICO
©
C & *
ia e' (fim*]. (Solução no próximo numero/ 67 -
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tumular dos ermos esquecidos, Vives num grande bem de socego e abandono, Embora no torpor do pétreo e iníindo somno, Na mudez
Aar
Zff
Os
seres, que as la'a2'am derramar
**\ ^as ¦ Mm à&jK riquezas pela bocca, tornaram reaes /^flpBB( - -1-^^ se ^ i CjrAaWWm^mamm^-^^mammM BflflaW ^ak '<Jemk m/Mm com a grande creação m flk Ha»^. da techniea — o . . / aW
IP
P*^
SPEAKER
fl ^r^^.aMma MMmmmm^
Não possas mais conter outros fastos queridos. Não mais te vela, em zelo, o derradeiro dono. Com a maga ostentação dos tempos aguerridos;
H
Agora a poeira em ronda e os ventos em gemidos. Ofuscam-te o luzir do já passado outomno.
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ammmmMMmm^mm^mmmWmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmam^mmmmmmmMMMm
WJÈzJ f r Ti P.rMÍ »a# af ..
fc»
Os blasphemos, a rir, atiram-lhe protestos.
^
Finos
Moveis
De dia e á noite, ao sol e á chuva, esses teus restos, Aos sábios trazem luz; romances dão, bailadas;
Somente a agreste flor e insectos, em pousadas, Animam-te a tristeza e os paredões funestos, Na exaltação cruel das pompas acabadas.
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° malho
— 69 —
IV — 1941
Uidte UiAte
odnuw-euauoJlnnctxeuaúõ-
mãe, memoria de minha querida mae, A' pranleada pranteada memória nalalicio. anniversario natalieio. no dia do meu annivcrsario ampullieta Por mais tempo que passe na amputheta mundo, deste Temi», cm que partiste Do Temi>o, Onde vivo, qual velho anachoreta, Saudade o mal profundo Soffrcndo Soffrendo da Saudadc OEUO
ausência prolongada que de mim Da ausencia mãe querida, Separou-te Scparou-tc p'ra sempre, 6 mae Cada vez eé mais forte c mais sem fim de ti sinto na vida! A falta que dc
O uso das PASTILHAS MINORATIVAS restituiu-me a alegria e bem estar. Esse
Por isso, de meus annos neste dia, A dor dòr desta Saudade eé mais pungente, aquelle Beijo que fazia Chorando aquclle
producto é um laxativo suave para todas as idades e também um excellente e
tonico
estimulante do appetite.
tao contentc!... contente!... tão feliz e tão Teu filho tao todavia: esperança, todavTa: Mas, guardo uma esperanga, — Morrer! Juntar-me a ti, mui brcvcmcnte!_ brevemente!_
Siga
o meu conselho e tome
JOSE' JOSÉ' CAVALCANTI DE ALMEIDA Março, 1941. Rio, Rio; 25 Margo,
(!"t;|(minQRATívM COnTRfl
PRISÃO
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JANEIRO m PERMAMBUCO S/A
O MALHO
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F/ — 1941
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Poííf rfa directoria da "Corporação Musical Saboemi". da ri<íW(- Je (Joyaiia. Pernambuco, vendo-se de pé, pronunciando sua oração de agradecimento, o Dr. Benigno Araujo, illustre homem de letras c conceituado clinico local.
<\ JuArA&ult+de
T flkv SS? I _*f** _#Bs3*___f^aT»
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fsr*oo
DE
JANEIRO IV — 1941
Uma nova secção E PROPRIETÁRIO de Moda e Bordado de uma fabrica e não póde niovimental-a..-, '
Mocis
/\
'ustre
e
Bordado"
sua
para
acaba
coüaboredona Sophia
professora
de
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effectiva
Magno
de
a
il-
Carvalho
lhe vira emprestar as luzes de seus alto*
que
conhecimentos
na
moderna
e
utiüssima
arte
do Corte e Costura em que é, sem duvida, a mo«'cr autoridade que possuímos no assumpto. feito
TenJo na
e
pa
nossa
tambem de
que
dedicou-se
é difficil vista
arte
technico,
especíalisados de
Escola
professora
Carvalho,
lectual,
cursos
da
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Euro.
Bellas Artes,
sendo
normalista.
com
e
Magno
cultura
amor
costura,
artístico
Sophia
solida
possue
e
sob
intel-
enthusiasmo o
ponto
de
histórico.
Cem lo.jvavei intuito de abrir as nossas pan.ais amplos horizontes para as sua;
tricias
WW^^^A mmWmWmmmWmTLa^^W ^-^B k mm_^^^^^^A ¦M ¦• •*;
¦^ **
o caso de um rico-pobre Desapparecido o pae. entrou na posse REALMENTE, de uma grande e prospera empresa industrial. Mas acontece que todo» o» recursos da firma estão presos, bloqueados, á espera das interminaveis delongas do inventario. Resultado; é dono de uma fabrica e não póde fazel-a trabalhai poi falta do seu próprio dinheiro.. O Seguro Commercial, a "Sul America" o creou justamente para casos como esses, que resultam das sahidas forcadas de capital, poi fallecimento de um sócio Sua finalidade e proteger uma firma, em qualquer contingência Si o Sr. é commerciante ou industrial, certa"Seguro mente lhe interessa o folheto Com"Sul mercial" editado pela America" Peça o seu exemplar grátis, com o coupon ao lado Note: Isto não lhe trará qualquei espécie de compromisso ou obrigação.
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O
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J_U
actividades,
ÜMuH 5 comte s Pm» às A—tiarae
MINUTOS APENAS, o Sr. prerua para ter o utif folheto mm* "Srçurtt f.ttmntrrnnl'* ptieattt-o Peça o meu exemplar. hoje mesmo.
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Queira enstar-m* o /othelo acima 7.ffft
.I1
o
MALHO
Magno
de
Carvalho
ha dez annos, o grande Liceu para o ensino racional e «jrtistico da
tendo
ja diplomado
centenas
de
fun-
Império costura,
senhoras e
senhoritas da melhor sociedade brasileira. E\ nador,
4
pois, que
esse
esplendido
tspresOTteri
no
elemento
collabo-
próximo
numero
da querida revista de modas uma secção artis-
Aofrw-
HuaCidade-
Sophia
-^a/^^^^W
dou,
-£itado-
tica comprehendendo uma chronica sobre mo"eroum modelo inédito com respectivo
das.
quis"
J\ CABA de apparecer, sendo recebido com interesse que se justifica pelo êxito da edição anterior, o II volume (parte commercial, 1941) do "Guia do Estado de Santa Catharina", edição feita sob a responsabilidade do Snr. Alberto Entres e impresso e en"Livraria Cencadernado na trai", de sua propriedade, es-
A_\
PARA * FIRMA, uma garantia de solvência, um facto* dc prestigio e credito contra pressão de credores e retrahimento de bancos
GUIA DO ESTADO DE S. CATHARINA tabelecimento fundado em 1910. O I volume, que appareceu em 1940, continha a parte historica e geographica daquelle Estado e abundante collaboração, sendo agora completado pelo actual, excellente e bem — 72 —
e molde
em
tamanho
natural.
organizado indicador contendo tudo quanto diz respeito ás autoridades, firmas commerciais, industrias, etc. O "Guia do Estado de Santa Catharina" se oecupa separadamente de cada municipio e seu organisador póde orgulhar-se de ter feito um trabalho notável, sobretudo de grande alcance e utilidade. IV — 1941
Normas
Sociaes
S trajes de baile podem variar na Q fôrma, não, porém, no que poderiamos chamar sua essência ou caracter, devendo ser sempre decotados c com licenças de fantasia que a moda cria. O vestido de baile não deve ser usado em outras opportunidades, pois mesmo em uma reunião desprovida de etiqueta ficaria mal.
/!
rSsq { apresentado pela n costume consagrou que as partici* ^ pações e convites para os esponsaes sejam encabeçados pelos paes dos nubentes ou, em sua falta, pelos parentes tfiais proximos. Xão obstante, se vae acceitando que os noivos encabeceni as referidas participações, a que se junta o convite para assistir á cerimonia no templo ou qualquer recepção postqrior. Xão é obrigatorio, porém, remetter, em todos os casos, taes convites, juntamente com a participação, pois isso depende da vontade do par. Para
a dona
de
LIGA
DE ELECTRICIDADE
BRASILEIRA
J [
,ooJ rivE* i piiio ,
Uma
Hora
Execuções
de
Gravações
Musicas
de
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Finas!
finamento da sociedade brasileira... Ouça todas as 3as. feiras, nas ante penúltimas e últimas 6as. feirai de cada mês o nosso programa Ondas Musicais.
casa
limão é um dos frutos que sempre Q se deve ter em casa. E' tão indispensavel com o sal e o vinagre. Além de servir para refrescos e utilidades que lhe dá a pharmacopéa, seja scientifica ou domestica para casos de emergencia, na cosinha é elemento de grande valor como condimento de saladas e mayonnaises, servindo para augmentar o sabor de numerosos manjares. E' também aproveitado, pela sua efficiencia, para a eliminação das manchas de certas peças de roupa e na limpeza de utensílios diversos.
fpE® SaC'noB O*» \p».neto» vtvta Ver* Cm*
T\AS 13 AS 14 HORAS, ^ a Liga Brasileira de Electricidade oferece aos rádioouvintes do Bra sil o seu grandioso pro"Ondas Musicais," grama o tradicional repósitorio da música de classe Bee thoven... Chopin... Mozart... Carlos Gomes... Wagner... um programa dedicado à cultura, ao re
• Vejo ao lado, o grupo de estações em que o programa Ondos Musi cais é irradiado das 13 às 14 horas, e os respedivos dias de irradiação.
mli * S impermeáveis ficam liem limpos quando lavados com agua a que se junte previamente um pouco de vinagre.
I n c
u
f a
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z
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"SIRVA-SE
r
omparagao!
Bordad<>s encantadores ? Tral>alhos originaes e uteis?
'
Xiio canse a sua imaginagao.
ARTE
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