Revista O Malho

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XL —

NÚMERO

1 17 —

JUNHO,

1941

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Este projeto, assim como os demais que temos publicado, devemos aos

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Arquitetos

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O bom acabamento da sua obra depende muito da maneira como foi íeita a pintura do prédio. Se, por exemplo, a pintura do prédio tiver sido confiada a

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a esta Secção.

JOAQUIM RAMALHO Rua Newton Prado, 52 Fone 28-2199 então é V.

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REMNE R CIA. LTDA., á rua Chile, 21

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íicar muito

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ILUSTRADO

MENSÁRIO

Edição da S. A. O MALHO A. DE SOUZA

ANTÔNIO

Diretores:

OSWALDO

E SILVA

DE SOUZA E SILVA

JOSÉ MARIA BELLO ANO

XL —

NÚMERO JUNHO — 1941

PREÇO Um

DAS

17

A NOSSA CAPA O autor de nossa capa de hoje — José Maria de Almeida — é um dos nomes que surgem no cenário da pintura brasileira, com grandes probaaliás,

b;lidades de êxito. Isso,

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através da tricromia

que

observar,

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publicamos,

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Mundo das

EM TODO O BRASIL Artes", o leitor encontra rá mais detalhada noticia

Direção e Escritório TRAVESSA DO OUVIDOR, 26 Caixa Postal. 880 — Tel. 23-4422

Redação e Oficinas

sobre

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artística

do

autor

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nossa

capa

de hoje.

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America, /^Vuantosjovens jovens puderam pagos pela Sul America, _ completer sua educacompletar ^Quanto* ^ f»iu,los çào, tendo seus estudos "¦m,°""" fundaçao!... desde a sua tundacao.... 3 rneio cuatradoH custeados |H>r par esse meio —— de ncguron seguros pagos? milliuo «le milltâo papos? Til"• benemésse de benecom — ié a farta messe 1941,13ja com entrar em 1941, VII AO o total de seguros pagos milhares pagos ficios recebidos por milhares \1V: j \ ci- e milhares de familias que attingindo a impressionante cique tranquil estao vivendo, hoje, tranquil contos estão milhão de contos fra de meio milhao M finanIas e sem preoccupações Sul las réis, ié certo que a Sul preoccupa^oes finan de r£is, so- ceiras. Pondere — o Sr. que dá uma publica e soAmerica da que ^~~~ i > g de conceito ié pae — no que o Seguro de lenne prova do firme conceito fazer para sua rijA *. sua Publico. Vida pode desfrueta entre o Publico. pôde fa^er que desfructa filhos. EE entretan- esposa e para seus rilhos. Nao eé esse ponto, entretanNão homens exisn„an(og hom,na estu- Vj disponha-se entao então a estunotar to, o que convem convém notar aposentados tem, jáj j ajmscnladu* tcm, Quantos FIRME um piano descansadadar, descansailadar,comcalma,um e com calma, registro. HEED neste auspicioso registro. plano gozando o Poo de' de seguro """mLcg, como vida, com parmente a vida. adaptado mcnte bem adaptado Astvcar meO que, sem duvida, medesse mdo meio milhlu milhai» d..« ás suas dispon.bilidades disponibilidades e cetlas sua rece meditacao meditação de sua /vM ase as exigenaas. de fami-dede contos ?: #V<tL ás exigencias dos dos e da e parte parte r-j, Preencha e remetta oo tem lia.lia. Prrtncha que, como o Sr ,. têm responsabilidadesde coupon abaixo. responsabilidades de prole ¦ irffirfl coupon prole 31 A' SUL AMERICA 0.'\„ Caiia Postal ">71 - Kio Hio Caixa : *ida. fteguro de *idi. rnviir-mr M»br« o »eguro c*plic»ti»o wbre rnvisr-me um folhrto explicativv Quriram Queiram B - ODDD - 1 4 7 Nome flua * AuantaH pensoes. Cidade Estado Cidade Estado. pensões, que ordena» substituem ordenaQuantas o» oSo sào dos, pa|i«h pagas todos ok dos, teeto mezes. nu7.es. parantindo ^^ garantindo o teclo n ma a alimentação de miMM elhares illHW America SHI Sul de menores e viuVIDA •.a» DE VIDA NACIOMAL DE as ? l)E SEGLROS SEGUROS I)E COMPAMIIA NACIONAL COMPANHIA

MUDANDO DE OFICIO Lamentavam, diante de Bernard Shaw, a derrota política de Ramsay Mac Donald, e a pessóa que fazia o elogio do antigo Primeiro Ministro, dizia : Pense nisso ! . . . Mac Donald foi tudo em sua vida . . . condutor de ônibus, empregado do comércio, guarda-livros, operário de laboratório, professor . . . Chegou, agora, portanto, a sua vês, interrompeu Bernard Shaw. Sua vês ? Sim, sua vês de ser desempregado ! O

MALHO

SÉCULO

ATIVO XIX

Cândido Baptista de Oliveira, o autor do "Sistema Financial do Brasil", nasceu em Porto Alegre, no dia 15 de Fevereiro de 1801. Freqüentou o S( minário de São José, de 1817 a 1820, indo, depois, cursar as ciências jurídicas em Coimbra. Mais tarde, passou a Lisboa e daí se dirigiu a Paris, onde viveu dois anos. Regressou ao Rio de Janeiro em 1827 e foi "omeado lente da Academia Militar. Foi nomeado Ministro na Córte de Sardenha, em 1836 e em 1839, chamaram-no para as pastas da Fazenda e dos Estrangeiros. Deixando o ministério, foi enviado em missão diplomática à São Petersburgo, sendo depois transferido para Vienna. Mereceu a estima do Conde de Nessel.rode e do Príncipe de Metternich. Em 22 de Maio de 1847, tomou a pasta da Marinha, criando o Corpo de Fuzileiros Navais. Encarregaram-no, em 1848, de fazer o reconhecimento topográfico da fronteira meridional do Império Brasileiro. Recebeu o título de Comendador da Ordem de Christo e da Rosa, Grã Cruz de Santo Estanisláo e de prinieiro vice-presidente do Instituto Histórico do Brasil. Cândido Baptista de Oliveira foi um homem ativo, dado ao estudo, amigo da literatura e das ciéncias econômicas. Deixou trabalhos sóbre o valor do ouro, o meio circulante e o padrão monetário, destacando-se a sua obra intitulada o "Sistêma Financiai do Brasil", impresso na Rússia, em São Petersburgo.

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e PREÇO A venda em.judas ij&i' ' ' jy as t^lo^ooTias. _L_______rf_l_í MOSCAS O humorista inglês, Jerome K. Jerome, tinha uma A respeito, num leilão em ogerisa especial às moscas. Nova York, foi vendida uma carta, escrita por ocasião de uma visita que o célebre escritor fêz à Nova York e era dirigida ao dono de um restaurante, onde o trataram muito mal, assim como a seus três amigos que o acompanharam. Eis a carta : "Presado senhor, — Pemita-me informar-lhe que, ontem, à noite, nos serviram uma sopa, dentro da qual se encontraEntretanto, eu havia pedido a sopa vam duas moscas. para quatro pessoas ! Não lhe parece que o lógico teria sido colocar na sopa quatro moscas, ou não colocar nenhuma ?"

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VERSÃO

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Constituio, por certo, um acontecimento de grande projeção intelectual o aparecimento entre nós da versão portuguesa da famosa obra histórica de Yoshio Nagayo — "A imagem de bronze". Escrevemos estas linha..; sem constraugimcnto, sabido em pouco que mais de um mêz essa noYoshio Nagayo vela, a que os Irmãos Po;igetti deram o melhor do seu entusiasmo, já se encontra quase esgotada. Recebida com os aplausos utuimmes da critica do Rio e de S. Paulo, "A imagem de bronze" teve entre nós uma carreira vitoriosa, tal como era de se esperar para o primeiro romance Japonês traduzido e editado nas Américss e apresentado ao público do Brasil pela pena ilustre de Cláudio de Sousa. A tradução, que esteve a cargo da brilhante escritora e jornalista par.Via, D. Zenaide Andréa, não podia ser mais perfeita, honrando assim mais uma vez o nome e a cultura dl mulher brasileira. Riokai Ohashi fez a capa a oleo e Tsusei Kono, o artista famoso do moderno Japão, idealizou para a edição brasileira cinco encantadoras ilustrações. Com tais introdutores, e, principalmente, com o seu próprio mérito, não é de admirar que a obra de Nagayo, Que no Japão já alcançou o seu primeiro milhão de tiragem, tenha conseguido no Brasil o êxito magnifico que e do dominio público. "A imagem de bíoivi" é desde já um livro definitiVo na literatura do Brasil, tanto pela sua técnica e pelo seu estilo, como pelo tía sua tradução. E com primor o aparecimento desse romance nas nossas bibliotecas, caminharam as reirn/es culturais nipo-brasileiras mais ^ grande e sólido passo á frente.

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MALHO


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Um marido náo deve ser nunca o primeiro a adormecer, nem o último a acordar.

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O uso das PASTILHAS MINORATIVAS

suave

para to-

das as idades e também um excellente tônico

e

estimulante

do

appetite.

ònviagain

O homem que entra fio gabinete de toilette de sua mulher, c um filósofo ou um imbecil.

Ha pessoas, principalmente senhoras, às quais as viagens por mar ou por terra agitam enor-

Uma paixão durável é um drama sublime, representado por dois taatores iguais en lento.

restituiu-me a alegria e bem estar. Esse producto é um laxativo

O amor é a poesia Tem o dos sentidos. destino de tudo que é grande no homem e de tudo o que procede do seu pensamento. . .

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Um

Siga

Um marido deve ter o sono leve, para nunca se deixar vér adormecido.

o meu conselho e tome

dia,

conTRp a prisão oe uenTRe

CONVÊm SABER QUE...

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Para combater a comichão que produz a picada de certos mosquitaos — é eficiente uma solrção, muito lide amoníaco. ceira. Depois, com algumas de água compressas desaparecerá quente toda a irritação.

^>i<f$m

O álcool canforado resultado bom dá quando aplicado para evitar a comichâo que produzem as ferroadas daa abelhas diminuindo, também, a inessas flamação que picadas determinam.

LYTOPHAN i O

MALHO

— 8 -

A água oxigenada diluída en água fervida, já morna, é o melhor dos desinfetantes pari empregar no tratamento de feridas e chapa*.

nervoso,

dois comprimidos por de ADALINA, são suficien-

tes paro restituir o normalidade ao sistema nervoso, permio

viagem

Desconfiai da mulher que fala muito da sua virtude. A mulher nem sempre sabe porque ama. E' raro que um homem não tenha um interesse em amar.

sistema

ou

tindo

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produzindo mal-estar, fonteiras, sensações de apreensão e medo.

bem-estar e

tranqüilo. inofensivo

r

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durante

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calmo

e

sono

ADALINA e remédio a

qualquer

órgão.

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DESPERTE A BILIS DO SEU FÍGADO Sem Calomelanos-E Saltará da Cama Disposto Para Tudo Seu finado deve derramar, diariamente, no estômago, um litro de bili.. Se a bilis nio oirre livremente, o. alimento, nio sio digerido, e apodrecem. O. cate. incham o estômago. Sobrt*vem a prUio de ventre. Voe* sente-ae «batido e como que envenenado. Tudo t amargo e a vida * um martyrlo. Uma simples evacuação nio tocará a causa. Nada ha como as famo»aa Pululas CABTEBS para o Fígado, para uma acçio certa. Farera correr livremente ease lltn. de bilis. e você sente-se disposto para tudo. Não causam damno ; sao suaves e contudo »io marevilho.as para fasar a blli» correr livr.mente. Peça as Pillulaa CARTERS p»r. o Figado. Nio «ccelte imitações. Preço 3 $000

VI -

19 4 1


VELHA

A DE

DIREITO

FACULDADE S.

PAULO

PEREIRA

REIS JÚNIOR

DE

Quem passar pelo Largo de S. Francisco, na Capital Paulista há de vêr, na magestade de suas linhas possantes de cimento armado a sua Faculdade de Direito. À memória de quem a contempla, vem logo a velha reminiscencia histórica de que no mesmo local, tivera um longo período de vida aurea, a velha Academia de Direito, em Arcaria de meio ponto que, em arqnltetura, tem significação e relevo. Três eram as suas arcadas. A do centro por onde entrava Ruy, a da direita Castro Alves e a da esquerda Alvares de Azevedo. Alem desses três predestinados da inteligência, vários eram os moços de talento naquela época porém, com grande dificuldade conseguiam aparecer dado o valor incomum da trindade das arcadas. O espírito Universitário era de grande vulto: Castro Alves e Ruy Barbosa, ainda estudantes, já se tornavam figuras de grande porjeção nacional. Um com o seu verbo candente. Na imprensa, na tribuna e em praça pública. E o outro tangendo a sua lira-clangor de tubas sonoras — em favor de uma raça oprimida e vilipendiada. O terceiro Alvares de Azevedo, a glória alta da poesia da sua terra tinha apezar dos seus 18 anos um nome tão fulgurante quanto os dois, porém, a morte implacavel levou-o aos vinte anos quando ainda amanhecia para a vida cheio de esperanças. Poderia citar vários moços de talento daquêle temdo como Ferreira de Menezes, orador magnífico, "o Boímio da Esperança" no dizer de Ruy porém, basta a trindade de acima mencionada para que se tenha uma idéia do que podesse ter sido em brilho, essa fase de oiro da velha Academia. A imaginativa sente-se às vezes fraca para compreender certas cousas. Ainda não consegui justificar a mim mesmo, o porjue da mudança de uma arquitetura classica, encerranlo em suas arcadas, em suas paredes, emfim em todo ) seu conjunto arquitetônico, uma história, uma remiliscencia de vultos cujos espíritos tornaram-se glórias da pátria, para o bruto e impenetrável cimento armado. Quanta vez, sob as arcadas da velha Academia, Ruy e Castro Alves não vibraram? e não leu, Alvares de Azevedo, as páginas magníficas da "Noite na Taberna" ou o livimo tocante do "Se eu morresse amanhã?" Por onde andam essas arcadas? e o této que cobrira essas cabeças, patrimônio intangível da pátria? Difícil é a resposta: Certa vez, indo à cidade de Castro Alves contaramse ym espisodio digno de ser aproveitado nesta página. O grande poéta de "Navio Negreiro" escrevera na parede de sua casa alguns versos. Morto o poéta, o prefeito, um coronel daquêles da velha repúplica, o primeiro cuidado que tivera (note-se o cuidado) fôra pintar as paredes para conservar a casa do poéta. Parece-me que encontrei agora a justifcativa. Alevantaram um prédio de cimento armado em logar da velha Academia, com certeza para conservar o local. Mas tão grandiosa foi a Academia de Direito de S. Paulo para a vida acadêmica do Brasil que, ao passarmos pelo largo de S. Francisco, os nossos olhos fantasiam a velha arcaria de meio ponto com as suas arcadas imponentes e por elas vemos desfilando os vultos de Ruy, Castro Alves e Alvares de Azevedo. CENTRO LOTER1CO dietribue verdadeiras ¦fortuna» em bilhete* e apólices vendidos •t * em »ou balcão, 'na TRAVfSSA DO OUVIDOR, ^ VI

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LETRfíS

CINCO VfíLEM

UM

MILHfíO

Saúde! Cinco letras quç valem ama fortuna. Náo perca uma lortuna perdendo a saúde. E náo procure recuperar depois de perder... É sempre melhor conservar. Conserve a saúde com o uso continuado da Emulsão de Scott, o mais puro oleo de ligado de bacalhau combinado com cálcio Tom® a «odio. Paes e filho» de- // EMULSAO de SCOTT de fi que custa pouco, para vem tomar a Emulsáo tf Scott. Faca economia pre- // na0 p9rder a lerindo o vidro flrand.. // // que vale muito. i'1 I

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MELHOR QUE QURLQUER CREMEoeTOUCRODR CRÊHEOETDUCRDDR I

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MALHO


Nem todos sabem que...

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Montmartre, lugar célebre de Paris, é uma corrupção de Mons Martyrum, monte dos mártires. Um dos cristãos que ali foram supliciados, São Diniz, deu nome a um bairro da antiga Lutécia, depois Parisíis. Para os provincianos, Montmartre começa nas Halles e vai até o Funiculaire. Para o turista, se situava, outróra, entre o Moulin Rouge e a praça Pigalle. No XVIII século, a aldeia contava uns 700' fogos e era habitada quase exclusivamente por operários e vinhateiros. Olavo Bilac, que esteve em Paris, em 1904, disse o seguinte, sobre Montmartre : "Ê o outeiro da irreverência e da blague. É um bairro de trabalho afanoso e perseverante. Durante o dia, os seus longos boulevards têm um comércio dilatado e uma industria ativa, em cujas lojas e oficinas formiga uma população de operários e de negociantes ávidos de lucro, lutando pela vida. Mas, assim que a noite cái, assim que os focos de luz elétrica e os bicos de gaz se acendem entre as árvores, uma outra população toma conta da larga zona, que se extende em torno da formidável basílica bizantina . . . Aqui nascem e daqui descem, para deliciar Paris e todas as cidades que adoram Paris, as canções bregeiras, os calembourgs, as charges descabeladas, todas as invenções finas, leves e pesadas, alegres ou amargas, creadas pelo irrequieto espírito gaulês ..."

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uomo sabe o sanclwichL »\

E'a expressão commumente ouvida. j A cerveja Cascatinha além do agradável paladar que proporciona aos alimento*, augmenta-lhes as propriedades vitaminosas.

ral CASCATINHA AO PEDIR

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Sétimo

UMA CERVEJA DIGA APENAS

Aniversário

A Casa da Moeda de Potosi ( Bolívia ) foi fur.dada por proposta feita, em 1568, ao Rei de Espanha por um licenciado de nome Castro. A sua construção teve início em 1572, por ordem do vice - Rei Toledo, que afetou o alarife potosino Gerónimo de Leto a execução dos trabalhos. As obras custaram a soma de 8.321 pêsoa, 1 tomin e 13 grãos de prata. Fot erguida na Plaza dei Regocijo, atualmente Plaza de Armas. Em 1750, o corregedor Ventura Santelices y Venero pediu a sua reconstrução no mesmo local, no que foi contrariado pelo Conde da Casa Real, que propunha levantar o novo edifício na Plazuela dei Catu. Na "Guia histórica" de Vicente Caftete, escrita em fins do século XVIII, depara-se-nos que ao Superintendente foi apresentado em data de 8 de Novembro de 1753, um projeto por D. Joseph dei Ribero, fixando-se os gastos em cerca de 1.150.500 pesos e rcalcs. Em 1759, Salvador de Villa apresenta um projeto, que foi considerado uma maravilha de arquitetura e esse íoi o aceito.

da A. I. P. P.

Transcorreu no dia 15 de Abril o sétimo aniversário da fundação da Associação de Imprensa Periódica Paulista, entidade do periodismo nacional. Fundada em São Paulo por um grupo de idealistas, a cuja frente estava a figura do nosso confrade Francisco Monteiro de Araripe Sucupira, seu atual presidente, a A. I. P. P. vem realizando um trabalho intenso e bem orientado no sentido de beneficiar cada vêz mais a numerosa classe que nela está filiada. Reunindo no seu quadro social cerca de 4.000 periodistas em todo o território nacional, através de sua sede e da sucursal no Rio, em cuja direção se encontra nosso colega Mario do Amaral, a A. I. P. P. desfruta de justo conceito da parte das autoridades públicas, das entidades correlatas e da imprensa em geral. Festejando o transcurso de alegre data, foram realizadas várias comemorações, tendo se revestido de excepcional imponência a sessão magna que teve logar, sob a presidência do Sr. Francisco Monteiro de Araripe Sucupira, em São Paulo.

VIVE A FALAR DA COZINHA U SUA ESPOSA!

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i ku timbre de voi denuncia orgulho, quando Verifique m-À falado»delicio»o»prato»preparadoape_aeipoia. 'o nome DURYEA Qual terí o «egredo ? Nenhum: uaa MAIZENA DURYEA no e o acampamento preparo doa prato» apetitoaot que tanto agradam ao paladar do índio em cads esposo: substanciosas sopas de creme, legumes enfeitados com talaa>. aobrcmeaai delicioiai. E todoa esaea prato»: com MAIZENA pacote DURYEA, «âo tâo facei» de preparar! Experimente a nutrit.va MAIZENA DURYEA. Peça a tm toda parte. 9

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O trctamtnto mon eíicoz • seguro ao» a med<cno ttm ho|a »m a.o po>o os ataque» nervoto» ou epiléptica» * O qu* sa fox com MARAVAL - solução. Cita podaroio med>comer\to. grocos ò feliz combmoçfio da elementos opoterópicos a vegatols da suo formulo. restitue am pouco tampo o saúde, o o<agna e o sossego oos doentes MARAVAL - so* luçâo - é verdodairomente o tratamento racional a cifM.íico dos ataques nervotos a epilépticos. Não «nconlrondo MARAVAL - loIutJo - nos farmácias a Orogoriot. escreva oo Dapontòrio, Cono Poilol 1874. SSo Poulo

MARAVAL V I -

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VAIDADE

PUNIDA

Kadí, — disse Abdallah, inclinando-se diante do juís, — decerto te recordas ainda do intrépido Abbas, que morreu há trinta anos. Era meu pai e pai desta mulher que é minha irmã. Deixou-nos todos os seus bens, para que os dividíssemos em partes iguais. Porém, nós, em logar de fazermos a partilha imediatamente, deixámos tudo junto até hoje. Agora, que resolvi casar e escolhi, Zaira, para esposa, quero presenteá-la com este colar de pérolas preciosas, que me foi dado por meu pai, de regresso de uma longa viagem, quando eu tinha apenas cinco anos de idade. É, portanto, de minha exclusiva propriedade e assiste-me o direito de dispor do colar. Mas, minha irmã reclama metade, como se este colar fizesse parte da herança comum. Tudo quanto lhe disse, foi inútil ! Insiste em querer metade da jóia, não tanto pelo seu valor, como pela maldade de nos contrariar, a mim e à que vai ser a senhora da casa. Esta é a pura verdade, oh ! sábio Kadí ! Inspira-te no teu saber e pronuncia a sentença que te ditar o espírito de justiça. O Kadí inclina a cabeça e dirigiu-se à irmã de Abdallah : Fátima, o que disse teu irmão, é verdade ? Tudo é verdade, menos a afirmativa de que o colar de pérola é dele só. Como pode êle provar que nosso pai lhe deu o colar ? Contesto, e reclamo a metade. O motivo ?ue me leva a proceder assim, não pode modificar o teu julgamento imparcial. ;— Dize, Abdallah, tens testemunhas ou provas que abonem os teus direitos exclusivos ? Infelizmente, não. Então, não vejo como possa satisfazer as duas reclamações, a menos que Fátima náo queira aceitar o equivalente da sua metade em dinheiro . . . Não, Kadí, brada Fátima ; exijo a metade de cada pérola ! Bem, murmurou o juiz, chamando o escriba, a quem ordenou : Lavre o processo - verbal, antes do meu julgamento. Fale a acusada : chamas-te, Fátima — que idade t ons ? Fátima não respondeu. Que idade, tens ? repetiu o Kadi. Novo silêncio. Fala, mulher ! Vinte e oito anos, murmurou ela, afinal. Então, em virtude do meu poder judiciário, adjudico o colar a Abdallah. Toma as pérolas e volta para casa, oh ! filho de Abbas. Fátima, nem slquer é tua irmã, porque o teu honrado pai morreu há trinta anos e ela, tem apenas vinte e oito.

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Osório Borba é um dos grandes nomes do jornalismo brasileiro. Sobretudo, porque, além de escrever com ciareza e brilho, êle faz questão de manter-se fiel aos seus princípios, de conservar-se sincero, de dizer a verdade, dôa a quem doer. Crítico honesto e corajoso, tanto para as coisas de literatura e arte em geral, como para tudo o mais, Osório Borba merece respeito do público e de quantos presam a dignidade da profissão de escritor. Esse espírito, que se nào dobra às injunções, esse combatente que não depõe as armas, acaba de dar-nos, em elegante volume da Editora Alba, mais uma scintilante amostra do seu talento, com este livro de combate — "A Comédia Literária", onde se acham enfeixados pequenos ensaios sobre os aspeos mais variados e as mais variadas figuras da literatura nacional. O RIO CORRE PARA O MAR Prosseguindo na apresentação das suas grandes edições, a Editora A A acaba de lançar o novo romance do Sr. Nelio Reis, intitulado "O ri-, corre para o mar". Dono de uma invulgar capacidade criadora, o escritor nortista fez do seu romance um dos mais belos momentos da nossa literatura Em linguagem simples, mas limpa, éle retiatou a vida numa pequena cidade do interior da sua terra, através a história de uma jovem que ousou enfrentar o preconceito do meio em que vivia na defesa do seu amor. Nào há excessos, nem dramalhão no novo livro de Nelio Reis. Tudo é medido e pesado, demonstrando o carinho com que o escritor tiatou o assunto. Seus personagens se apresentam com humanidade e vigor. O livro bem justifica a cuidadosa apresentação que lhe deu a empresa editora, lançando-o em três capas diferenti-s. fato inédito entre nós. RONDON, O BANDEIRANTE DO SÉCULO XX Em nenhuma história do mundo existe qualquer figura de civilizador e de conquistador pacífico semelhante à do Genetal Rondon. Desbravando os sertões desconhecidos, conduzindo à civilização os indigeI AI. II O

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Osório Borba

A COMÉDIA LITERÁRIA'

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Mercedes Silveira

nas que ali viviam em estado de absoluta barbaria, retificando os mapas geográficos, ligando pelo telégiafo o Norte, o Centro, o Este, o Oeste e o Sul, Rondon realizou durante mais de cincoenta anos de lutas constantes e de sacrifícios sem conta, a mais gigantesca obra de civismo até hoje conhecida. Para divulgar em todos os detalhes a maravilhosa história do grande sertanista patrício, Bandeira Duarte escreveu uma série de narrativas, reunindo-aa sob o título "Rondon, o bandeirante do século XX", que acaba de ser lançado em ótima edição ilustrada, pela Livraria Martins, de S. Paulo. Obra profundamente patriótica, "Rondon, o bandeirante do século XX" é destinado à juventude do Brasil, que nela encontrará os sadios ensinamentos da tarefa que o glorioso general empreendeu e levou a bom termo, em beneficio da nossa Pátria. ONTEM "O n t c m" é o título do-mais recente livro de poesias de Leopoldo Braga ¦— um livro de sonetos, de belos sonetos, cujos versos conservam em sua pureza todo o calor e perfume de uma sensibilidade riquíssima. Leopoldo Braga foi, nào há muito, consagrado como o primeiro poeta da Baía, e deve ser considerado como um dos melhores poetas do Brasil. Sobretudo, seus sonetos são obras primas nesse gênero tão difícil e que tanto sofreu, entre nós, pelo abuso dos máos versejadores. FOLHAS DO OUTONO O Sr. Wladimlr Pinto, autor de uma biografia de Antônio Carlos e de um livro de contos, acaba de publicar um volume de crônicas. Versam os mais diferentes assuntos essas crônicas, va— 12 —

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LIVROS Ei AUTORES

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Marina

Tricânico

sadas em estilo claro e elegante. A preocupação da arte literária domina nas páginas desse livro que o autor editou. MINHA CANÇÃO Um belo livro de versos este, em que fulgem lindos sonetos ao lado de ardentes poemas modernos, cheios de sentimento. Mercedes Silveira, que o escreveu, deve ser uma criatura de sensibilidade à flor da pele, capaz de vibrar ante tôdas as coisas belas e com uma facilidade adorável de converter as emoções em harmonia poética. "3/iiiria canção" foi editado pelo "Clube das Vitórias Récias", a prestigiosa associação de intelectuáis dirigida por D. Iveta Ribeiro. ENSAIOS BRASILIANOS Roquette Pinto fala-nos de antropologia, de arqueologia, de sociologia, de todas essas ciências ilustres em que é mestre incontestável, entre nós. Realmente uma das características do grande antropologista da "Rondônia" é justamente o variado setor em que interessa a sua inteligência. O seu livro atual - que grande vitória para a cultura brasileira — é este belo volume dos "Ensaios Brasilianos" ( vol. 190 da Coleção Brasiliana da Comp. Editora Nacional, ) livro que se compõe de 24 capítulos, que sào 24 ensaios sobre questões cientificas de palpitante Interesse. Os nossos homens de ciência sabem escrever, sào também, muitos deles, escritores. O escritor Roquette Pinto leva longe essa qualidade, escrevendo os seus ensaios científicos em uma linguagem que é uma autentica obra de bom-gôsto Zt SABIDO Para os leitores d'"0 MALHO", o nome de Marina Tricânico nào é um norne desconhecido, pois se conta entre os dos nossos colaboradores. A jovem escritora paulista lançou, agora, a Begunda edição do seu livro "Zé Sabido", pequena coletânea de histórias destinadaa às crianças e que mereceram a ndmiraçáo do público e a consagração da critica. Esta segunda edição é a melhor prova do valor desse pequeno volume em que 9e revela tâo francamente o talento primaveril dessa habilíssima contadora de histórias maravilhosas. V I

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corrigindo e não disfarçando as imperfeições do seu rosto

emquanto é tempo, que os LEMBRE-SE, do seu rosto não devem depenencantos "maquillage", mero artifider somente do cio aconselhado apenas para realçar a belleza feminina ... As imperfeições da sua pelle exigem tratamento e não disfarces. Com o uso permanente do Leite de Colônia, a Sra. dará á sua cutis um tratamento commodo de apenas dois minutos diários, corrigindo as imperfeições do seu rosto e dando novo sentido á sua belleza. Leite de Colônia, de fácil apphcação, é um tônico que remove sardas, manchas e espinhas. Leite de Colônia limpa, alveja e amaria a sua pelle, e é um optimo fixador para o pó de arroz.

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STAFIX fixa o penteado e dá brilho ao cabello de senhoras e cavalheiros.

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I I M crítico bem conhecido, cujo nome não nos ocorre, analisando a arte da grande Pawlova, exclamou: — As mãos dessa artista exprimem a

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O aceso d-js terríveis combates que sa travam no e'PaÇ°< na incruenta guerra que se desenem ^erras c'a Europa e África, muitos são ¦ ro'a Satafll ^Sill a9u'as' °lue' em pleno vôo, são feridas de morte Bb» a»UBBaBJ-i'ItfrmtâmmíàSÊm'as ^ombóm para nunca r,'-:is se erguer. :^íJai5 e fa Ç»BwxJ B»Sl K^í ¦'' "cacos", *odos bombardeiros ou ágeis BB*jB Pesados Pr flK*flflk»*f" B¦»**».tb :"- ií ¦ fia***** -f rtfSw '" Á . es^'^° sujeitos à contingência de uma queda 13c fl^aflaaT ¦'°'es afllE9 Br-4àsaa!*5*' seio, onde, de terríveis instrumentos de luta, passam tf flj BfiiBBBj*"»^ .•***_ '*»flfe*^^^*»fo^T*ítóS^ sor dolorosos escombros que serão olhados com «^ a -• -'..-¦ x».sfB» ». T*py*jji 'nflÉli^wHiS^Tnfl^FÉiàftia pena >' «y*^""''"^**"*" e consternação... | .flsjfl^flk^ ^t'-->. f bjep£3£íh9k!Lâs9*'isr ^í^Mff^T' >.•' •^^^^^^aBB?*'' ^. t aspectos aesta pégina mostram três dêssss -^* °s .".;"-.,-''•"'''".-'^*Í'T. B"*S*S3^3PF.' **3St1jH'Et **"**Ç',~ co ossos do ar, cujos vôos foram interrompidos, quando ^V'^?*|:*yr' t^T'*,?»Wr^^)t jÈJMmsX^S&manmtttsI PjS^HB *^fll BV?

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vanos tons, S jangadas cearenses têm sido cantadas em aos verA-\ pelos poetas, qua não perdem ensejo de se referir "Iracema . des mares bravios", imortalisados pelo romancista de a e_ Nem por isso, entretanto, perdem elas a oportunidade e de e beleza, oferecendo motivo permanente de encantamento tase para o olhar. tiorsesVelozes como se as impulsionassem milhões de e javoo alçam pozver, são elas as adoráveis gaivotas que não — mostram se — velas as mais deixam a flor dágua, cujas asas, sempre enfunadas de poesia...

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os europeus cheQUANDO à América do Norgaram te, no princípio do século XVI, os habitantes naturais formavam sete nações principais. Os Apalaquianos ocupavam a margem setentrional do Golfo do México, as duas margens do Mississipi, até o confluente bre os dois flancos dos AlieOhio, da Florida e das costas ghanys, erravam os Achelado Oceano Atlântico, até Sa- ios, com hábitos nômades. Ao vannah. A sua indústria con- Norte desses povos, habitasistia em fazer grosseiros teci- vam os Iroquis, guerreiros tedos de algodão e semeavam merosos e temidos pelos ou* milho. Possuíam terras, que tros indígenas muito antes da deram para formar os cinco vinda de Colombo. Possuíam Estados de Louisiania, Missis- os alcantís dos Montes Aliesipi, Alabama, a Florida e a ghanys e estendiam-se até as Geórgia. Ao Norte de Savan- margens do Rio Ohio, chenah, no território que com- gando nas proximidades do põe as duas Carolinas, es- mar e do Rio São Lourenço. tavam estabelecidos os Chi- Batiam-se com astucia e anicoreanos. A Oeste destes, sô- mo belicoso. Vinham muitos o

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retratos de imagens de plantas, originais muito variados. Uni são esculpidos nos rochedos e outros gravados no tronco de árvores centenárias. Há figuras e cenas pintadas em superficies lisas. Descobriram-se linhas cruzadas em forma de X, círculos, inscrições impossíveis de decifrar, elementos de escrita que lembram os símbolos do Egito, Assíria, da Judéa. Algumas cenas indicam lutas, combates entre tribus, corpos humanos feridos. A protografia dos povos, que habitavam os Estados cursões, animais,

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outros povos, como os Algonquinos, os Dacotahs, os Navabos, os Guapaws, os Creeks, os Delawares, muitos outros. Havia rituais entre eles, dansas, jogos, poligamia, casamento, divórcio, agricultura, indústria rústica, costumes religiosos, protografia e outros conhecimentos, mais ou menos transmitidos por processos misteriosos. Os viajantes dos Estados Unidos, geólogos e naturalistas, encontraram nas suas inVI -

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atraveisado por caido Guerreiro seta (de uma antiqa parede de uni Raivaika) ceremonial de câmara Esta réplica toi impressa oor artistas Hopi contemporâneos dos dcsenhcs em escola preparados pro; membros do corpo da Expedição Peabody em Ha"v..rd do Museu •uina. que escavaram a

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Tecedora

Navabo,

pertencente

Unidos antes de Colombo, continúa sendo estudada pelos naturalistas e particularmente pelos estudiosos das civilizações da antigüidade. Os Osagos, os Chickasaws, os Chepeweyans, os Chichimecas, narram de maneira obscura, as suas origens. Tudo eles vieparece indicar, que emigraram ram do Nordeste, sob condições penosas, guerras, frio e fome, calamidades tradições ingeológicas. Pelas -=2} -.

ao

Sr. Walter

Bullmann

digenas, a emigração deve se ter processado em 10 3 8 da nossa éra. Alguns desses povos chegaram ao Vale do Mississipi no ano 1224, de territórios desconhecidos. Supõe-se que atravessaram o Estreito de Bhering, o Arquipélago das Alentiannas, a Península Siberiana ou o Território do Alaska. Essa emigração misteriosa passou-se no principio do século XI, da idade contemporânea. O

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por uma consagração aos seus VALEU altos, méritos de art i s t a a exposição de Odette Barcelios, inaugurada na Assobiarão dos Artistas Braseiros c aberta ao público durar»te a primeira quinzena de Maio. A cr'tica especializada tem sido juste 'nos seus louvores ao trabalho da grande paisaqista, interprete das belezas naturais do país Aliás, Odette Barceflos bem merece esses entu. siasmos pela sinceridade da sua arte, pela honestidade de seus proces^ sos, e pelo valor real dos seus quadros que constituem, nestes dijas de tanta confusão, uma c'a. reira de poes'as na pintura do Brasil. Sem nenhum favor eía pôde ser classificada no número dos mestres Ja nossa pai_ sagem, e da sua exposição de aaora se destacom algumas telas como "Canto de luz". "Arvorçj de prata", "Sonho azul", "Vaso de meu jardi>m", "Mangueira rejuvenesci"Praia da", dos bandeirantes", "Casa do porteiro", "Portão velho" que piaia fatura, pelo de« senho preciso, pelo colorido quente, pela beleza dos cortes, e, principal, mente, pelo que nelas palpita de sentimento e de expressão poética, emparelham com o que há de melhor rrá> pintura orasileira contemporânea.

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VI

- 1941


FOLHA

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PARREIRA Por

\J E S T I R ,é a arte de ocultar a Fôrma sob a convenção estética do Trapo. A Roupa é uma convenção, como o alfabéto. O fáto de viver nú é como o de não aber lêr: não implica em nenhum dano à saúde. Pelo contrário... os animais nascem vestidos TODOS e são menos maliciosos do que os da espécie humana. O último dos jacarés está mais honestamente vestido do que a mais honesta das matronas... Entre uma />> jeune filie em vestido da jk baile e um sabiá ao natural, quem votará na jeune filie para um prêmio de virtude?... homem veste-se por O princípio! a mulher, por cálculo. O homem veste-se dos pés à cabeça: na mulher, só o que está vestido são cabeça e os pés. Despir-se, para o homem, é uma vergonha, para a mulher, é uma arte...

BERILO

NEVES

é a côr das senhoras ainda novas, que se separam Omarron do marido por incompatibilidade de gênios ou o perderam num desastre de automóvel. Uma dama de marron está sempre, numa espectativa honesta... amarelo é a côr das mulheres corajosas. Uma dama de ° amarelo — ou é muito bonita, ou muito ridícula... % branco, como ser a côr da juventude e da inocência, precisa sêr usado discretamente. Certas creaturas, vestidas de branco — escandalizam demais... ft k \V J Vy

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como o verde para chamar a atenção na NADA rua... As mulheres sabem disso e confiam, ao verde, o que não ousam esperar de sua própria beleza... encarnado é sempre bonito e tentador. E' com êle que se excitam os touros no picadeiro... S mulheres vestem-se para mostrar como seriam si não tivessem roupa nenhuma...

\i \ \ M 100 mulheres bonitas, o que yL E há, realmente, são 90 vestidos bonitos I ''m IHvB/ \ A JtfU \ f U1TAS vezes, a toilette é um manto de misericórdia sôbre um feixe de imperfeições. O vestido comprido é, por exemplo, o paraiso das pernas tortas. O vestido sem decóte elimina as claviculas salientes e envolve em mistério a realidade óssea da caixa toracica. O chapéu grande, de abas largas, afoga LI A os cabelos encarapinhados e dá uma sombra $ 7 o*\ amavel às rugas dos olhos e à projeção escan° 0 l dalosa da fronte... As luvas escondem r"an" °1 J fo chas epidsrmicas, vestígios do trabalho ^ro /*° { da cozinha ou da tabôa de engomar... ^ma 0 basta \ \\ ^ n simples écharpe, discretamente posta, o A \w ^ denunpara esconder cicatrizes de escrofulas, cias anatômicas de males antigos... 0 vfTn \ "prova dos nove" da beleza slo^9J\ a é maillot dos 60% O plástica. A água do mar dissovel artifícios físicos da mulher. Restam 40% para angustia dos noivos crédulos e desespero os maridos praieiros... o O mundo físico, como no mundo moral, — não presta... N que as mulheres escondem elegancia é um jogo de côres, de linhas e de sombras. As gordas vestem-se de escuro para afogar em gordura em treva, as mangas vestem-se de tecido grosso para compor o esqueleto escasso; as altas usam sacentimepatos de meio salto para diminuir 2 duplo para salto tros; as pequenas usam-no de crescer 4 centímetros... RAPOS, tintas, pó de arroz, perfume, malicia, faceirice — eis a matéria prima com uma mulher que se fábrica, nêste século, elegante. 23 VI — 19 41

Moral é uma entidade vaga cuja fal~ A ta, às vezes, é menos grave do que a de um alfinete... (pensamento de uma dama de juizo). UTRÓRA, os homens gostavam de "despir as mulheres com os olhos". mais um trabalho tornado inútil peta Eis Civilização.. espírito é uma grande cousa mas tem a desvantagem de não poder sêr apreciado a olho nú... (idéias de um fre^ quentador do chá das cinco). M matéria de mulheres, só existem, verdadeiramente, duas classes: I) as que mostram as perfeições; II) as que escondem os defeitos... mulher é o único animal que nao é verdadeiramente como Deus o fez. Si Êle voltasse ao Mundo, cuidaria ter-se enganado no caminho... M calo é acidente orografico no deserto de uma planta de pé, que abusou de nãó tomar taxi... vestido é uma fantasia que custa os olhos da cara. A carestia da roupa é uma prova a mais do horror que as mulheres têm à sua própria anatomia... NDAR nú é ótimo para a saúde. O diabo é ser visto vizinhança... (Pensamento pela de uma dama economica). OMO toda ilusão, só quando a perdemos é que sentimos a falta que a roupa nos faz... O

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UNHO estrelou a noite de balões, acendeu alegrias na alma das crianças e boliu com os instintos das meninas casadoiras da vila. Todas queriam saber previamente as surpresas do destino, adiantando-se ao calendário, meses ou anos. Afinal, era humano. Por que esperar tanto pela vida, si a superstição ajuda a conhecê-la, auxilia a adivinhá-la? Nada mais ingrato para a inquietação dos nervos do que o ponteiro de um relógio a adiar metódicamente os desejos e os sonhos de cada um! Pois si era possível abreviar o destino, lêr nas imagens e surpreender o que estava longe, fechado no horizonte, por que retardar a revelação? Era isso que Isabel se perguntava a si mesma, dirigindo-se com outras raparigas para as margens do rio. De todo o grupo, só ela não conhecia ainda o que lhe estava reservado no futuro. Colegas mais jovens já traziam nas mãos aliancas de noivado, sabiam o que ia ser o dia de amanhã e contavam os meses ou as horas que as separavam da felicidade. Ela, não. Estava inteiramente cega. Nunca, até antes, havia sido mordida pela curiosidade; mas, agora, a curiosidade nascera adulta e Isabel era a mais entusiasmada para vêr na corrente do rio que imagem surgiria daquele contacto com as águas. Sim. Que imagem? Aos seus olhos desfilavam recordações, tipos e vultos vistos aqui e ali, mas o mistério levava-a a sugerir novos encontros, a procurar a aparência de outras creaturas apenas entrevistas na penumbra das aspirações que se guardam. Era natural. Si a sorte ia favorecê-la naquele passo, antecipando-lhe uma presença estranha quando se fosse refletir na corrente, nâo era demais admitir que a figura desejada fosse aquela que lhe madrugára nos sentidos, aquele que estava distante mas que nem por isso, estava perdido. Trazia-a acorrentada ao pensamento. Por onde andaria? Ignorava-o. Mas o essencial é que existia, que ela o amava, quasi sem esperança, mas também sem desespero. Para alcançá-lo, havia muitas coisas sugestivas: os seus vinte anos apeteciveis e sonhadores, os seus olhos que encontravam todas as distancias e, agora, a sorte do rio... — Não é verdade, Mana, que na véspera de São João costuma aparecer no fundo dágua o rosto daquele que há de desposar-nos? Ela perguntava, crédula e contente, a uma rapariga que a acompanhava, justamente a que, no ano anterior, havia visto exatamente a figura do rapaz com que noivara. O

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Conto de OSVALDO ORICO M»

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Ainda duvidas? Vais ter a prova. Aquilo é mais do que certo. Infalivel. Não conheço nenhuma que não tenha tido a revelação. Ah! Só a Maria Flor, coitada. Essa não teve a sorte, de vêr coisa nenhuma. E o resultado foi triste. Não chegou ao outro São João. E é verdade, Mana, que acontece isso também? Que acontece, acontece. Tem acontecido, pelos menos... Mas nada de pensar em coisas tristes. Trata de olhar naturalmente, alegremente, para que venha aos teus olhos aquilo que desejas vêr. * * * O rio estava próximo. Eram oito ou nove raparigas, quasi todas da mesma idade, que para lá se dirigiam numa daquelas calidas noites nortistas, feitas para o contacto com a água cariciosa e clara. Antes delas, o luar tinha ido banhar-se. E a água era tão gostosa e apetecivel, que a lua se deixára ficar no fundo, redonda e imovel. Uns ingazeiros cobriam as margens, garatujando sombras no reflexo das águas. E as mocinhas foram chegando, chegando com os seus trajos leves, as suas coroas de hervas cheirosas, trançadas por elas mesmas, no tempo em que as nossas raparigas do interior usavam trevos e flores nos cabelos, faziam sortes e se despiam completamente, entregando-se nuas à castidade das águas, em vez de se despirem parcialmente entregando-se pela metade à voluptuosidade das praias. Mãos quasi inocentes desabotoavam os vestidos. As camisas escorregaram das espaduas para a relva. E a sombra dos ingazeiros velou toda aquela virgindade crédula, tapou a nudez dos corpos, só deixando adivinhar inocência soltas, que ficavam mais inocêntes ainda... Nenhum pensamento máu atravessou aquele recanto edênico. Nenhum olhar atrevido se escondeu por entre as redondezas. A lua, redonda e imóvel, apenas estremeceu nas águas, quando o baque dos corpos ondeou o lençol claro do rio. Por isso mesmo ninguém viu quando Isabel se debruçou sobre a corrente, o ar de espanto que lhe tomou a fisionomia, a contração de dôr que se sucedeu a esse instante. Ela fechou os olhos, para esconder neles a decepção, aquilo que a superstição lhe tinha ensinado a evitar, aquilo que era agora a sua realidade, o espelho trágico do destino, aquilo que fora, a principio, uma fantazia, e era agora, uma condenação. 24

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Aturdida e estática, Isabel não sabia o que fazer. A camisa pendialhe ainda das espaduas, cobrindo-lhe as fôrmas invioladas, predendo-a às margens. Ela escutava as vozes em torno, chamando-a, chamando-a: — Psiu! Psiu! Sim. Tinha desejos de ir. A noite convidava ao banho. A relva humida lhe acariciava os pés. A água era uma promessa; mas os olhos — Santo Deus! — os olhos guardavam uma expressão de horror. Não podia abrilos, ou melhor, tinha medo de abrilos. Medo do vasio, da solidão, da dôr que a água lhe transmitira. Ouvia os gritos festivos e satisfeitos das raparigas que a entusiasmavam de longe. Mas que fazer? Sentia-se presa de

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Os braços das outras raparigas cortavam a corrente em várias direções, partindo em mil pedaços o espelho da água até antes tranqüila. De longe, agora, ouviam-se os psiu» psiu, das colegas chamando Isabel para o banho. Zabelinha! Zabelinha. A água está uma delicia. Atira-te! Atira-te!

uma invencível angustia. Olhos cerrados, imaginava a felicidade de todas aquelas raparigas, que antes dela se miraram no rio e se atiraram às águas esperançosas e felizes. Todos aqueles corpos, que ora coleavam na corrente, teriam um dia um destino, despertariam para a vida, sentiriam mesmo a vida e dariam vida a outras vidas... Mas o dela... Que ia sêr do dela? Condenado à insensibilidade, sem braços que a envolvessem, sem músculos que o apertassem, parecia que perdera a sua razão de sêr, o seu motivo de existir. — Psiu! Psiu! Os gritos eram menos perceptiveis. O bando se distanciara, ganhan-

do o meio do rio. Isabel, porém sentia cada vez mais forte uma voz que a chamava, uma voz interior, lhe vinha dos sentidos atordoados, que talvês do instinto ferido, e que a empurrava para o largo. Não teve forças para conter-se. Naquela meia nudez, sentiu que duas mãos a enlaçavam, machucando-lhe o corpo, estreitandolhe os seios e arrastando-a para o largo, para longe... Deixou-se cair, instintivamente, inconscientemente.' Parecia que estava entregue às águas. E estava entregue ao seu destino...

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VI — 1941


OPINIÃO duas palavrinhas a respeito do "Casamento tabaréu" composição! íormosa Que DIGAMOS Declaro aqui com aquela franqueza que caracteriza o morro do Nheco: — E' adoravel! como começa: Vejam "Quesó forte reboliço! A vila inteira "Aprecia algum fato inesperado!... "As moças nas janelas... as matutas "Aos magotes na rua em fraseado!..." As moças nas ruas — já é cousa de encher o olho; as moças nas ruas e aos magotes é petisqueira de truz. Mas, não me falem pelo amor de Deus, não me falem de moças, nas ruas e aos magotes e... em fraseado! Ah! eu dou o cavaquinho por moças em fraseado! Também cousa tão gostosa, tão doce como moça em fraseado, eu só conheço uma: — a ameixa em calda! Quem me quizer por seu amigo, é dar-me daquilo ao jantar e disto a sobremesa. Depois "Matutosdiz deSilvio: jaqueta e calças pardas "Vêm botando o cavalo no picado" Eu adoro esses versos; babo-me por eles; mas que o sabedorrão me perdoe um inocente reparo. E' este: — quem anda metido em calças pardas não são os matutos: — é o ilustre Goethe de Sergipe. Larguem as calças pardas, matutos! Larguem! As calças pardas não são de vocês: — &ão de seu dotô Sirvio! emende o verso, e em vêz do verso: Éle que "Matutos de jaqueta e calças pardas" faça o favor de dizer: "Matutos em camisas de onze varas..." Isso sim... Silvio tem uma camisa de onze varas e tem um par de calças pardas: — que lhes dê a camisa! Mas não consentirei nunca que se desfaça das calças pardas. Nunca! Neste momento a literatura nacionul, vendo a alma núa de Silvio, está pedindo em altos brados na Alfaiataria da Imortalidade: — calças pardas prá um! 1884 VALENTIM MAGALHÃES

CASAMENTO O UE forte reboliço! A vila inteira Aprecia algum fato Inesperado!... As moças nas janelas... as matutas Aos magotes na rua em fraseado!...

E' que um moço da roça se casara Com a filha de um vaqueiro da Caruma: E' num dia de feira... A tarde voa, São horas de partir: — apronta, arruma! Lá do lado da praça emfim desponta A grande comitiva do noivado; Matutos de jaqueta e calças pardas Vêm botando os cavalos no picado... Vão pensando no samba que hoje à noite Sai fogo do baiano aos rodopios!... Mas no lombo do noivo atóleimado Vão passando sutis uns calafrios... E' que êle embevecido e cabisbalxo Entre a gente que o brodlo assim agrupa, Todo fora de si, a trote largo, Vai montado com a noiva na garupa' Três léguas de caminhos pedregosos, Altas ladeiras a vencer... tremenda Fôra a viagem, se o pagode doido Não aguardasse a todos na Fazenda O ritual da festa foi cumprido Em todos os preceitos principais: O encontro infalível lá na estrada, O choro das madrinhas e dos pais; As danças, as cantigas, as saúdes, As graçolas, dengosos requebrados A multidão de chistes, de risadas, De galhofas, de casos relembrados...

Onfoloqio A O U"1 PIT ORE

Não faltou a pilhéria derradeira A coroa final destas funções: Uma peça qualquer pregada aos noivos, Engendrada por duros gaiatões.

Seltcção d* FRACUSTO

UM

MOÇO

TABARÉU

Desta vêz um fantasma improvisado Boca de fogo, envolto em vasta lona, Sae de um canto do quarto... amedrontada, Pula a correr a noiva em camisona!...

AJUIZADO

1883 OMO poéta, e poéta que sabia envolver o amor nas exaltações de um hino triunfal, exercia Bilac sobre as mulheres fascinação irresistível. Poucos, como êle, haverá entre nós que tantas paixões tenham despertado. Não abusava, entretanto, êsse homem escrupuloso da sua ditadura sem contraste no coração feminino: nunca o soube o autor de escândalos, — Virgens seduzidas, lares desfeitos honras conjugais lavadas em sangue, duelos, agressões, ciumeiras, fugas, raptos, suicídios — todas essas pequenas tragédias, todas essas grandes comédias de que se fazem heróis os conquistadores por hábito, mania, doença ou profissão. Bilac amava furiosamente nos seus versos, mas era na prática um moço ajuizado, contra o qual nunca se apontou o menor deslise, de muitíssimos bons costumes, incapaz de atentar contra o socego das famílias. Os pais e maridos podiam ter-lhe confiança. Aliás, isso não é nada raro: vemos freqüentemente homens cheios de louváveis sentimentos burgueses, — bons maridos, bons pais, amigos fidelíssimos, respeitadores da viuva e da órfã, tementes a Deus e com um santo horror ao pecado, que se desmandam em incríveis orgias verbais e se fazem reus. nos seus livros, de tremendisslmos delitos contra a pureza das meninas do seu bairro. E arrancam os cabelos — tudo isso em verso — num remorso delirante, por haverem arrastado o que há de mais puro e respeitável em matéria de virgens aos lodaçais da sua concu piscencia. Muito pode a imaginação e a arte! — diríamos. Freud é que estudaria friamente o caso. sentenciando, recalques...

SILVIO ROMEftQ

POESIA P p OR mim, quando eu lelo muileio certas longas poeslas, poesias, de versos multo bons, mas muito multo certlnhos, allnhados alinhados em pelotdes pelotões de quatro em crítica devla devia ser quatro, chego quase a pensar que a respectiva critlca confiada a algum instrutor militar, para ver se os versos estavam bem no alinhamento, e se a rima, como uma polalna bem posta, deixava apenas aparacer a ponta da botina: a ultima última silaba sílaba muda.

ERUDIQAO ERUDIÇÃO E fato, quando nos falam de uma obra de erudijio, erudição, a imagem citações, livro cheio de notas e de citacoes. que se nos apresenta ié a de um llvro Indisão 4, sem indiem que o autor nunca se atrevera atreverá a dizer que 2 e 2 sao ficar logo em uma nota muito erudita varias taboadas em que fi¬ inegável e inegada verdade. gure essa inegavel 1922 MEDEIROS E ALBUQUERQUE

1941 CHRISTOVAM DE CAMARGO

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HISTORIA SEM

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VI — 1941

não vê, com éle era ali, no soco. Aprendera "box" com afamado proASORA, fessor e, durante três mezes, praticara o nobre esporte com êxito de assombrar. O professor estava encantado. Isso de brigar como todo o mundo era feio. Ésses pugilatos a esmo, — a tapas, ponta-pés e até a cabeçadas, eram ridiculos. brigas sem estilo, em que os contendores se desengonçam em gestos de uma deselegancia atroz. Éle agora estava em condições de brigar com método, com arte, reduzindo com asseio e graça qualquer adversario a marmelada. Seguro da sua capacidade de lutador, a sua fisionomia foi adquirindo, aos poucos, um arzinho petulante, que lhe ficava muito bem. Tinha um geito de andar todo especial, com os braços um pouco afastados do corpo e as pernas levemente atiradas para um ado 27

I DE CAMARGO

e para outro, numa cadência muito própria, que já denotava, á distancia, o atleta. Um dia encontrou num passeio da Avenida o Esteves, seu velho desafeto. A tentação foi muito grande, não houve como resistir. Aproximou-se e interpelou-o. Palavra vae, palavra vem, as coisas começaram a azedar-se. Enquanto discutia, ele não perdia o teme po, ia calculando os gestos preciosos. Estava embebido nesse trabalho intimo, quando o badalar furioso de uma campainha deu-lhe a impressão de que despertava de um sono estranho. Olhou em torno de si. Estava estendido na calçada. Que significava aquilo ? O automovel da Assistência. Um circulo de curiosos. Uma dôr aguda na cabeça chamou-o á realidade das coisas. Estava ferido ! Mas como ? O automovel carregou-o. No dia seguinte, ficou sabendo pelos jornais que o Esteves lhe havia quebrado a cabeça com a bengala. O

MALHO


ò manuscrito Por Alberto Rocha Lima olhei. O Dito estava atraz de mim. Êle tem uns doze anos. Nos seus olhos grandes, muito brancos, descobri a delícia com que ouvia o instrumento. Senti também, neles, um certo tom de ironia. Vi a ironia e não gostei disso. Confesso mesmo que guardei certa implicância com o danado do pretinho. — Ora bolas! >.m fedelho daqueles, a ouvir com lem a minha Serenata de Schuí. i.i Passaram-se os dias. O pretinho sentado no canto da cosinha, os olhos acesos sobre mim! A lembrança da

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numa casa de leilão. Arremato alguns moveis antigos, cheirando ao primeiro império. ENTRO Ao abrir uma gaveta, em casa, noto uma caixa de segredo ao fundo. Abro-a.' Algumas folhas de papel amarelecidas, escritas com letra firme e bem cuidada. Nenhuma assinatura! Sei que sou indiscreto. Nao resisto, porém, ao prazer de trnnscrevê-Ias: "O TOCADOR DE FLAUTA. — A nova empregada de casa é preta e tem o nome de Ben2dita. Cosinha bem. O aimoço de hoje foi variado. Arroz solto, como eu gosto. Os espinafres, então, vieram tão transformados, com tanta manteiga, que todos se deliciaram. Entretanto, Benedita é carrancuda, resmu-nguenta e trouxe um filho consigo. Tem o mesmo nome da mãe e. acóde pelo apelido de DITO. Não sái do quintal. Brinca com "Angorá" o dia inos nossos dois gatos "Negrinha" — da a nossa cateiro. Judia estimação. Raramente luiú, de chorrinha tanJe. Almoço. Vou vpjo. Levanto-me para o escritório. Volto à noite. Somente nrão o vejo, sentado a um canto da cosinha. .tnr, com os olhos 1*)""¦ •¦. eu Ofb. me desconflà-O e pa' • mira. Outro dia, mi do instrutocar flauta. a Gosto pús-me mento, que executo mal. A minha flauta é de prata, e da melhor marca. De repente, inaiti rece que

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Serenata de Schubert. — Que pretinho antipático! dizia eu comigo. E era só pegar na flauta para logo aparecer êle com os mesmos olhos cheios de ironia. Um dia notei, mesmo, que êle me olhava com piedade! O pretinho estava com dó de mim! Sei que não toco flauta muito bem. Mas isso de ter dó de mim, um creançola daquele, filho de uma cosinheira, cebolório! No escritório, em meio da papelada, lá me vinha o olhar do Dito. Enxergava-o nas cartas que ia batendo na máquina. Na cara dos companheiros. Uma ocasião, julguei até vêr nos olhos do diretor a mesma ironia e piedade do Dito! Noutros tempos, um dos meus prazeres favoritos era tocar flauta, depois do jantar. O Dito me tirou essa alegria. Sómente tocava quando sabia ter êle ido à quitanda, no outro quarteirão, para comprar qualquer coisa. Olhava na janela. Via-o pelas costas e corria para a flauta. Tocava a Serenata, às pressas, com medo que êle voltasse logo. 28

A coisa não podia continuar assim. Afinai, quem mandava em casa: eu ou o Dito? A flauta er, minha ou era dele? Comecei a "enticar" com a cosinheira. — Este arroz está péssimo! Punha o prato de lado e comia só o feijão. Minha mulher intervinha. _- Não é possivel! E' arroz solto, como você gosta. Mas eu insistia: — Não quero, já disse, e está acabado. No almoço sepuinte, ou no jantar, repetia eu a Implicância. A Benedita vinha lá de dentro com a espumadeira na mão: — Mas seu doto, o arroz é como vancê aprecia. — Sim, mas está seco de mais. Assim eu não como. O arroz passa então a ser engordurado. Minha mulher dá o estrilo: — Isto também não está direito. Náo há gordura que chegue. Você mesmo é o primeiro a recomendar economia e quer o arroz cheio de gordura. Sabe qual é o preço da banha atualmente? — Que me importa o preço da gordura? Eu respondia azedo e olhava para o Dito, lá no canto da cosinha. Os olhos acesos. O ar de ironia. — O' pretinho dos quintos! A Benedita se esforçava. Qual, para mim tudo estava ruim. Mas ela não ia embora. — Eu hei-de de agrada o seu doto. Eu sô teimosa. Seria possivel? As outras cosinheiras, por qualquer coisa, davam o fora. Só a Benedita não se ia embora com o Dito! Nessa noite, furioso, resolvi retomar a flauta. Não toquei a Serenata de Schubert. Arranhei o "Carnaval de Veneza". Cousa velha, mas bonita. Os primeiros trechos saíam bem. Quando a cousa encrespava porém, com um mundo de semifusas, a flauta engasgava. Eu suava. Repetia. Não ficava satisfeito. Mas o "Carnaval de Veneza" guinchava em acordes mais ou menos maviosos. Olhei. O Dito estava ali, atraz de mim, com os olhos acesos. — O' diabo! Isto é mesmo coisa-ruim. O Dito me observava. Náo era mais ironia. Verdadeiro sarcasmo! O branco dos olhos brilhava de gozo. Seria verdade? Então aquele danado estaria abusando da minha paciência? Eu, que tinha um ano de flauta, cavado duramente com os melhores professores? Êle olhava e sorria. O beiço inferior tinha um modo especial de curvar-se. Um que do riso de Voltaire'


Mas eu levava a coisa a capricho. Não diria uma palavra a êle. Guardei a flauta e deixei-o, encostado à parede, como se não o tivesse visto. Tomei o chapéu s saí. Na rua o olhar do pretinho não me largava. Entrei num bar e tomei um cálice de licor forte. Queria esquecer aqueles olhos, que me acompanhavam como dois duendes. Pensei

em

espiritismo.

Havia

rápidos e precisos. Tudo limpo e exato. O "Carnaval de Veneza" era uma vermeu gonha diante daquilo. Fico desesperado. Preciso vêr quem é esse Patápio, que me desafia em minha própria casa. Entro pela cosinha. Atravésso-a. Surjo na porta do

estavam minha mulher, a comadre cisca, o Pedro Boticário, a Benedita nrteira, sentados em círculo. E — no de pé, esquecido de si mesmo — o

Francosimeio, Dito,

tocando numa flauta de bambu".

Nada mais se continha no original

quintal. no terreiro, Que vejo? Lá em-baixo,

em meu poder.

tanta

teoria esquisita por aí. Teosofia, fakirismo, coisas do Tibet. Homens que viviam trinta "fechavam" anos numa furna. Outros que o corpo contra os demônios... Coisas in-

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criveis! Joguei em qualquer logar uma partida de brilhar. Foi excelente. Os músculos se esquentaram. O sangue circulou bem. O cérebro naturalmente voltou ao estado normal. Desço do bonde. Caminho sob as árvores sem folhas. Grandes x dedos tortos apontados para o ar. Um ventinho cacete.

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Chego ao portão de casa. Entro. Ponho a caixa da flauta em cima da estante. Dentro de casa um silêncio. Parece que estão todos no quintal. Que será? Vou andando, passo a passo. De repente, ouço ura instrumento. Alguém toca no quintal.

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E' um som mavioso de flauta. A Serenata de Schubert! As notas saem límpidas e perfeitas. Netas longas que embevecem os meus ouvidos. Que maravilha! Quem será o mago que está tocando desse modo? Não

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quero vêr. Preciso escutar. Uma surpreza para mim. Sento-me no divan e fico em observação. Terminada a Serenata, ouço

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palmas! Dali a momentos, os primeiros acordes do "Carnaval de Veneza"! Quanta No primeiro domingo, saio de casa, logo cedo. Disposto a dár um passeio até a cidade X., onde tenho amigos. Levo a flauta comigo. Havia combinado uma tocata, e a coisa seria divertida. Infelizmenfe, perco o trem! Fico danado e volto para casa. Um domingo perdido! Venho ruminando mil coisas. Os olhos do Dito voltam a insistir sobre mim. Estou no bonde e vejo-o já no canto da cosinha, manjando 0 seu almoço. Maldito pretinho! Chegarei em casa e farei um barulho medonho. Gnfarei contra o almoço e exigirei a saída da cosinheira. Decidido. harmonia! A primeira parte foi lenta e magnífica. Vieram depois os movimentos 29

VI

1 . 1


O

LIVRO

DO

DIA:

LUÍS

Henriqueta

Lisboa

recente livro de Henriqueta LisO bôa é uma mensagem de luz e pacificação. Prisioneira da Noite é um belo livro, um livro admirável, de porte nobre na fatura do verso e de rara emoção no ritmo que o percorre. É mensagem luminosa pelo pensamento e pacificadora pela serenidade de que se tóca. Compreende-se que se sinta prisioneira nêste mundo inquieto, em que tudo é vertigem e alucinação, sem os silêncios prolongados para contemplar e a quietude para repouso do coração cansado e do espírito ansiado. Henriqueta Lisboa sente-se assim prisioneira, mas a noite que a prende também a encanta, porque se engalana de estrê-

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MALHO

Ias de brilho macio e astros que solicitam o vôo da alma para mais além da É uma noite atmosfera envolvente. constelada, em que o bulício da vida palpita mais estremecente e o sônho se liberta melhor. O que mais atrái no verso dessa poetisa laureada é a densidade de pensamento que se resume numa sugestão, numa fráse, numa palavra, nurn ritmo que permanecem bailantes em nossa própria emoção e vibrantes em nossa própria sensibilidade. O quadro mais simples, a cêna mais humilde, o gesto mais natural, a atitude mais espontânea, um repente de luz na sombra da tristeza, um pouco de nostalgia na alvorada radiosa, o contraste dos motivos na harmonia causai, tudo se fixa no verso de Henriqueta Lisbôa com o tóque de arte, avivando a face das"coisas e dos sentimentos, sugerindo maciamente, com uma certa indolência de querer e com um forte acento de vontade. O seu verso é sempre uma surprêsa A e sempre um encanto renovado. sua sensibilidade cristalisa-se cm rítmos como a água cristalina se recomO seu pensapõe em estalactites. mento transluz dessa sensibilidade, porque a emoção é um frêmito que percorre corpo e espírito, fazendo-os pustar-se na surprêsa. Há pausas de emotividade, há instantes de perplexidade, há momentos dc embevecimento. í: o sônho que não termina ou a idéia que não conclui, a aspiração que se trunca

30

DE

BESSA

ou o devanêio que se interrompe. Não há alti-baixos no seu ritmo. Mantém-se na esféra luminosa de quem sente para além da sensação comum, de quem vê para além do minuto que passa, de quem pressente para além do instinto. Todo o livro de Henriqueta Lisboa fixa a harmoniosa presença do espirito que perscruta e analisa, que repercute e sintetisa. Há iluminuras lindas que fogem ao maneirismo simplista, pôsto que tão simples e sugestivas. Há qua dros amplos de pensamento que busca compreender a imanência das ansiedaies humanas. É um livro que se harmonisa com a própria serenidade, por vêzes mais angustiada do que o desvairo. Percebe-se que o seu verso é uma oportunidade de evasão das próprias dúvidas permitindo-lhe uma conciliação com a própria vida que é o antagonismo entre a aspiração e a realidade, entre o fatalismo e a volição. Evade-se harmoniosamente, reconstituindo a sua personalidade num ambiente de calma e de suavidade, de harmonia e vibração. Um belo livro, um livro admirável, mensagem harmoniosa que nos chega para repouso da sensibilidade torturada Há a e do pensamento desnorteado. beleza em tôda sua magia a fazer-nos repousar a imaginação num ritmo novo, dando-nos a surprêsa e o encanto que nos libertam do círculo angustiante de emoções opressivas e de idéias desvairadas.

VI

— 1941


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só com o escola romântica, nascida na Alemanha *Jf*™ conquistou Berlioz /-A grande mestre Hector o pre francesa. E com um fulgor nunca atingido pelos que descritivo cederam, êle impõe o predomínio expressivo ^ orquestra, inaugurando a arte francesa contemporânea. em 9 de DeNascido na Cote Saint - André (França), zembio de 18C3, Berlioz, filho de um médico, ^^dad° Medicina^Intimamento para Paris, em 1821, para estudar estudo da music*. ao dedicar-se porém, planejava o Conservatório. tardou a passar da Universidade para abandonou-. Afamíliai caro. Essa resolução custou-lhe e ele só teve um mesada a cortou-lhe por completo, o pai fez, ^sta h- « recuiso ganhar a vida & sua própria fun as ^ dando lições a um franco por hora e desempenhandodepois de segunda ordern^ ções de corista de um teatro de ao concorreu seis anos de luta, foi ^™° ^f0^ i Nao ine inexequivel. porém, considerou a sua música can m em difícil provar o contrário, mas somente ao qu ambicionado ^ tata "Sardanapale",^ obteve o prêmio concorrera quatro vezes. Crítico musical, revoltado f^^^^J^ Beeth-^ ele p sica italiana, empolgado pela da da™entes criar um gênero novo, o da m™ do» poema as P™eiras lançou grama. Foi êle quem g~u sinfônico e do drama lírico, P*»J*g; a ^jar Em 184d, começ volvido por Liszt e Wagner.

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VI

1941

pela Alemanha, Áustria e Rússia. Suas músicas eram mais combatidas do que aplaudidas. Várias vezes, candidatou-se a um logar de professor do Conservatório, conseguindo apenas o de bibliotecário, que conservou até à morte. Passou a vida lutando e sofreu as Tanto "Benevenulo Celini" maiores decepções na carreira. "Troyanos" e a "Danação de Fausto", fo( 1838 ), como os Os tempos se passaram ram mal recebidos pelo público. sem que êle conseguisse conquistar, no teatro, o logar de destaque com que sonhara. Foi sempre incompreendido pela E, entretanto, esforçava-se família e pelo público francês. para demonstrar que tinha na vida um destino a cumprir ! Êle, porém, previu o que sucederia após a sua morte, quando suas últimas palavras, em 8 de Março de 1869, pronunciou as expirando : "Je meurs ! On va donc enfin jouer ma musique !" De fato, apenas o artista desapareceu, a apoteose substituiu a indiferença, e êle começou a ser glorifiçado. Berlioz casou-se em 1833 com uma cantora irlandesa, Harriet Smithson, que o inspirou e animou sempre na caTemperamento ardoroso e desigual, não isento de rreira. incorreções, dotado de poderosa originalidade, produziu pouco, talvez, porque sofresse muito. Atravessou períodos de privaTodos os ções, e foi o verdadeiro gênio da orquestração. autores que lhe foram contemporâneos e os que o seguiram, muito lhe devem nesse sentido — Wagner inclusive, de quem foi o verdadeiro precursor. Berlioz sacrificou a vida e a tranqüilidade pelo seu sônho de artista.31 -

O

MALHO

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aliás, que lhe sucede em todas as platéias, nerante as quais seexibe. Sua execução tem grandiosidade e poesia, bravura e inspiração'. O melhor repertório é o seu repertório. Aá Deças preferidas de todos os púb'icos são também as de sua preferencia. E se ela comunica à platéia a emoção que a domina guando toca, também recebe a corrente emotiva simpatica do público que a escuta religiosamente e, entusiasticamente, a aplaude. Grande artista !

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Maestro Sylvio Piergile, organizador da temporada lirica oficial do leatro Municipal.

MAGDALENA TAGUAFERRO. — Magda. lena Tag'iaferro terminou o seu primeiro curso, de interpretação e de técnica pianistica, dos três que realisará este ano na Escola Nacioral de Música. Conhecedora profunda do instrjmento que leciona, assim como de todo o seu repertório, do clássico ao contemporâneo, Magdalena Tagliaferro dá às suas aulas um caráter encantador, que prende a assistência ao seu método, ao seu saber e à sua verve. Ouan^o está funcionando, o curso de Magdalena é sempre o grande interesse do momento musica1. Terminado o curso de Abril, a gloriosa pianista esteve em S. Paulo, or.de realizou dois concertos magistrais.

A TEMPORADA LÍRICA

vIOTAS

Conhecem-se já os nomes principas dos artistas que comporão o elenco da temporada lírica oficial. Organizada pelo maest'o Sylvio Piergile, a companhia conta apresentar os maestros Abert Wolff, Gregor Fitelberg, Genaro Papi e Edoardo Guarnieri. Ao lado desses, figurarão cantores consagrados pelo Metropolitano de New York, entro os quais, Bruna Castagna, Lily Djanel, Norina Greco, Renée Mazela, Zinlca Milanov, Arrhur Carron Frederick Jagell, Raul Jobin, Schipa, Borgio'i, Frederico Manacchini, Lawrence Tibbett. Bacaloni, Baronti, Gi,acomo Vagghi e Emmanuel Liszt. Todo esse belo conjunto trabalhará com a orquestra, corpo coral e de baile do Teatro Municipal, sob a direção do maestro Santiago Guerra e da coreógrafa Maria Oleneva. Se bem que possua algumas operas pouca representadas, o repertório é, mais ou menos, o mesmo de sempre. A música lírica brasileira será representada pelo Guarani, de Carlos Gomes, e ao que parece, ficará por aí. A temporada terá inicio em Agosto próximo, com quatorze récitas de assinatura.

O Orfeão dos Apiacás, a creação paciente e vitoriosa da professora Lucilia Vil 'aLobos tem-se apresentado várias vezes, conquistando aplausos merecidos. • O Conservatório do Distrito Federa! prepara vários programas de divulgação musical para esta temporada. Como sucedeu já o ano passado, os programas de maior interesse para o Conservatório e para o público serão os dos con:ertos sinfônicos, levados a efeito por professores e alúnos, sob a direção do professor Carlos de Almeida. • E' uma pianista interessante, a senhora Poldi Mildner, que se apresentou com sucesso na Cultura Artística, fazendo jús aos aplausos que recebeu. Joven, mas belo talento ! • O Centro Artístico Musical rta izou o sei| concerto ao mês, confiando o programa ao violinista baac Feldman, que é, no momento, um dos nossos violinistas que mais se destacam, mercê de sua arte superior, posta a serviço de seu temperamento e/.+remamente sensível. 9 Apresentou-se Bernette Epstein, pianista consagrada em S. Paulo, como das que maia honra a cultura musical brasileira. A joven artista confirmou a fama de que veiu precedida e foi por isso entusiasticamente aplaudida.

YEHUDI MENUHIN — Há emoções artisticas tão fortes, tão empolgantes, quo o mais acertado é não tentar descreve-!as. A que produziu a arte de Yehudi Minuhin na sensibiíidode do nosso púbiico foi uma delas. Os seus concertos aqui realizados produziram dessas impressões que se gravam para ;empre. O bravo artista provou que merece a fama em que é tido de ser um dos maiores violinistas do mundo. Sua arte é fantastica, porque alia a emoção a uma virtuosidade milagrosa. Não se acredita do quo é capaz o seu arco, em matéria de técnico, sinão vendo.o tocar. A platéia do Municipal teve um dos |seus mais fortes momentos, diante da arte magica de Menuhin, cujos programas decorreram entre verdadeiras epo^ teoses de ac'amações e entusiasmo. MARYLA JONAS. — Voltou mais duas ve:es ao tablado do Municipal, a grande pialista Maryla Jonas, que é uma das maiores ^ue ali têm sido aplaudidas. A fina artista, Dela sua técnica perfeita e pelas suas inJ ferp^etações verdadeiramente superiores, é ioje senhoria absoluta da nossa platéa, fato, ' Ml, ¦ O MALHO

bém Hortencia Santos se manteve à altura de suas brilhantes tradições. A PENSÃO DE DONA ESTEIA. — Depois de cumprir com a promessa feita, de nos dar uma comédia — "Nossa gente é assim" — e um autor — Mello Nobrega — o ator Jayme Costa montou "A pensão de dona Esteia' , peça alegre e espirituosa, que põe em gargalhadas freqüentes os habituais do Teatro Rival. Escreveu-a Gastão Barroso e montou-a Jayme Costa com extremo gosto. De isu desempenho, póde.se dizer que foi *empre excelente, graças a homogeneidade dos artistas que compõem o grupo do Rival. No gaiã comico, Jayme Cosia realizou um trabalho v?'dadeiramefrfte notável, que provoca hi'ar'daoe e:"atamenie pela sobriedade com que o taientoso ator o conduz. No velho deputado, Gazarré revive um tipo que já va' ficando para traz, e revive-o com uma graça inimitave1. ítala Ferreira voltou ao conjunio, para ;rear um papel interessante. Para a harmonia do espetáculo, concorreram os demais inlerpretes ; Déa Selva, Luiza Nazareth, r"úulo Bruno e Grace Moema. JORACÍ CAMARGO escolheu o Teatro Casino de Copacabana para seu ambienAe de sucesso como autor e ator de teatro. Urna vez nele instalado, deu-nos O Sábio e "Deus lhe pague" tal como foi escrito, is^c é, para espetáculo inteiro em três atos. O ilustre artista vem tendo o acolhimento que merece, pela situação de desratque em que o coloca, nos nossos me:os intelectuais, a vasta e bela obra que já produziu. Se, como ator, não se pôde dr.er que esteja à altura do autor, da tantas obras-primas, também ninguem dirá que sacrifique ou comprometa os papeis que interpreta. E' o quo se pode cha. mar um ator esforçado e discreto, a serviço de um autor talentosíssimo e brilhante. Ao lado de Jorac! Camargo, uma figura feminina se impõe logo à atenção da platéa, pela fôrma correta e pe'a intuiçãd francamente (artística com que cria os seus papeis : Aiméo. Trata-se, realmente, de uma atriz que tem graça espontanea e que tem talento. COMPANHIA DE OPERETAS — Não fosse a paixão evidente que cs :rmac§ Celestina

Te&tkM TUDO POR VOCÊ foi a peça quo substltuiu "Uma noite de Amor", no Teatro Sernador. Espetáculo leve, propõe.se e consegue íluenSituações cômicas, diálogos fazer rir. "bolas", a peça agradou e manteve, tes, boas longos dias, a platéa em hilaridade. Como sempre, Procopio Ferreira constituiu o ponto central da atenção do público. O querido ator, sósinho, vale por toda uma companh a. Ao seu lado, em papel abaixo das suos possibilidades, mas primorosamente desempenhado, Bibi Ferreira brilhou mais uma ve7. Tam— 32 —

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Ferreira VI — 1941


tenda. Não o é porém; e não o é porque nasceu artista e vê a beleza por toda parte. E porque nasceu artista, é escritor, é poeta e é pintor. Como pintor, faz-se o interprete —a da mais bela de todas as obras de arte : de facii mais muito feminino, nú mulher. O interpretar do que a teima feminina, é o qé.. nero que mais seduz o seu pincel cie pintor. Dizer isso de um artista que fa: do nú o forte de suas exposições de pintura ê dizer muito de seu ta'ento e de sua arte. Porque mas pinta io com pintar um nú, todos pintam; segurança e felicidade, é que nem todos podem faze-lo. Hernany de Irajá, pois, conseguiu marcar mais um belo sucesso, com a sua exposição do mês que passou, na qual o nú feminino teve incontestável destaque sobre os demais gêneros apresentados.

p^í_MTiTTiTí¥Tíííf^^ têm pe'o teatro de operetas, e o Rio de -laneiro se veria permanentemente privado desse •gênero de espetácu'os, que é, talvés, o mais enírein eressante de todos. Os Celestino, ti ifo, tomaram a si a tarefa de. nos proporcionar, anualmente, pelo menos uma temporada de operetas. E o púbLco recorda então, sempre com prazer, as cenas cômicas ou sonHmentais, as situações grotescas, os conjuntos grandiosos e a música sempre leve, graciosa, inspirada e bonita das velhas operas vienenúliises, que vêm fazendo o encanto destas "V:uva Alegre", "Sonho do mas gerações : "Conde de Luxem"Casta Suzana", Valsa", "Divorciada", "Eva", "Saltimbancos". burgo", "Amor foi etc. Ultimamente, de Zingaro" "Alvorada montada de Amor" numa bôa adaptação de Otávio Rangel. O grupo que assume com as responsabilidaCe-, des dos espetáculos é numeroso : Pedro Piaulo Ce.estmo, Celestmo, lestino, Vicente Ceies, Norma Geraldi, Noemia Soares, Jcao Celestino, Amadeu tino, Danilo de Oliveira, Octavio, Carlos Medina, Maria Lisboa, Luz San, Jandira Arthur Sanches, João Machado, MafaldaBarbos, Alice Costa, Celinda tos, Santoro, Octacilio Cruz e outros.

T^irXÍUbtX <™'[c JOSÉ MARIA DE ALMEIDA. \ desse pmsingela e muito elegante a história — cuja cxpo tor _ José Maria de Almeida hotel. sição hontem se inaugurou no Paiace viu Nascido em Portugal, muito joven «inda, a um Obedecendo 1920. para o Brasil, em depcis impulso instintivo, fez-se aprendiz e oficial de pintura lisa. E ganhava tranqüilalhe mente a sua vida, dentro do metier que quonsurpresas, rezervura as mais imprevistas do reso'veu estudar desenho e depois pintura artistica, matriculando-se na au'a de OsLiterário waldo Teixeira da Rocha, no Liceu ei-lo Português, em 1930. No ano seguinte, de desenho curso o concurso para que presta matrifigurado, da Esco(a de Belas Artes, vivo culando-se, logo após, na aula de modelo depois Houve, Chambelland. de Rodo'pho estudante disso, um colapso na sua vida de crcunstande pintura. De 1932 a 1936, as com cias da vida afastaram-no da convivência ano, |a último desse a Arte; e só em fins então, sob a direção de Eurico Alves, prósos estuseguiu no Liceu de Artes e Oficies, mais, ano Um dos que havia interrompido. A -ua êle liberta-se da influencia -io mestre.

clamava contra as capersonalidade artistica Para liberta-la. o p,ndeias que a prendiam. de Belas Artes oe for inscreveu-se no Salão Paiem uma retoques últimos os Deu 1937 Eshtubear. sem aceitou o júri sagem", que do grande templo. tava transoosta a porta a Menção Hon, Em 1939. o Sa'So concedia-lhe "Marinha" uma com seguinte, ano no rosa- e comdois mais quadros, e Reis), (Angra dos nosso certamen máximo e Cra eloao parecia remessa. oiado francamente pela sua exPouco depois, inaugura a sua primeira Literário Português e enLiceu no posição, A'egre três quaviava oara o salão de Porto uma granoe aqui, produziu exposição, dros A d-.s dos tres repercussão. Em Porto Alegre, remetera haviam si.-P compra* quadros que fora aquinhoado com a Meterceiro o dos, e dalha de Bronze. José Mana da Tendo começado em 1936, depois, já podia conanos Almeida, quatro aí fica resumida. tar essa bela façanha que cumpna.se e ele O seu destino de artista os que. sendo esinscrevia o seu nome entre à pintura brasiiera, como trangeiro, pertenceu José Santos e ouPaulo Gagarin, Castagneto, tendo como tros que aqui se fizeram pintores, a natureza urasileira. tudo, de antes mestra, - O artista, HERNANY DE IRAJÁ. estas linhas é a epígrafe de nome serve vive a vid, creatura privilegiada, que êle devia ser dentro do sonho. Médico, vencido pela materialidade de cético

MARTHA WINISKY. — Muito interessante a personalidade artistica da escultora argen. tina Martha Winisky. Sua exposição do Paiace a:, mais francas e eloHotel grangeou-lhe giosas referencis. Temperamento forte, a ser-i viço de uma técnica moderna bem crieniada, ela prende a atenção em cada trabalhe que termina. E mostra que se pôde, perfeitamente, ser moderno sem deturpar a verdade, sem aleijar o modelo, sem menospresar a fôrma. EXPOSIÇÃO GASTÃO FORMENTL — Não foi censtituic^a por grande número de quadros, mas sim por um pequeno número de ótimos quadros, a exposição de Gastão Formenti. E foi, sem dúvida, por isso, que o artista conseguiu realizar uma das mais interessantes mostras de arte, que temos presenciado nestes últimos tempos. Gastão Formenti é um virtuose do pincel. Ror isso, todos os seus quadros interessam, porque são trabalhados com segurança absoluta, penetrando pelos olhos e pela emoção do observador, como flagrantes indiscutíveis de beleza. Mercê de Deus, o artista pertence à velha escola, para a qual a arte é uma interpretação d,a natureza, sem deturpações 'modos dei que a aleijam e ridicularizam, sem ver", que a achincalham e conspuicam. Por isso mesmo, a sua sensibilidade sadia torna mais be'o, ainda, o que já é belo por si mes. mo, e produz quadros primorosamente encantadores.

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UMA HOMENAGEM Á PIANISTA MARILA JONAS Afim de realizar urna tournée pela América, para a qual se auspiciam êxitos ex+raordi. nários deixou o Rio o aplaudida pianista polonesa Marila Joras, arfista de fino têmporamento que conquistou definitivãmente a sociedade carioca com o seu ta ento de interprete dos grandes compositores e a íicalgia que irraola de su,a personalidade. Antes de nos deixar, Marila Jonas realizou dois recitais no Municipal, re-< citais que estiveram concorridissimos, e com os quaes ainda mais admiradores tou entre nós.

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exibição, um Na última grupo de admiradoras da eximia pianista lhe prestou focante homenagem, através da inreira a se expressou qual grande admiração que a sua arte deixou nos meios cuitos desta Capital.

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O programa do recl+a! de Marilf. Jcnas de despedida constou de números escolhidos, Chopin, Bach, Haendel, de Albenitz, Vila Lobos o outros.

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O professor Antônio A. dSilva, quando tocava.

UM CONCERTO COM "ORGATROM", NA ESCOLA NACIONAL DE MUSICA

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popular, no estádio gido "Vasco da Gama ,

de onde o Presidente Getulio Var gas falou à tôda a Nação. de Atletas da Escola Nacional rea Educação Física e Esportes p r ov a s aplaudidíssimas assistência, de cujo elevado

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dois número dão preciosa idéia os aspactos que ilustram esta página. \T

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Descendo montes recortando vales, Por ásperas estradas caminhando Vai o carro de bois .. . Vai rangendo A música nostálgica das ferragens; Dir-se-ia que canta, vai cantando A história tristíssima de seus males Como quem vai de outra vida vendo As mesmissimas e áridas paisagens! .

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Por onde passa Deixa na terra um sulco forte e vivo, As rodas . . . Vai chiando . . . Vai cantando A nostálgica melopéa do cativo, Do escravo, do negro, do carreiro Que na ponta do aguilhão Levava no seu carro transbordantc O dia inteiro () fruto do trabalho de uma raça, A retratar no trágico semblante A própria escravidão ! . . . crusando a estrada vi em outros dias, amargurada. nostalgias,

Amo vê-lo passar na minha porta Seja dia de chuva ou sói ardente Ao lerdo passo dos bois, suavemente, Cantando a sua queixa Toda a sua tristeza me conforta Dir-se-ia que me exalta, que me alegra Pois se me. lembra a pobre raça negra Sinto na sua endeixa Algo que acorda em mim o som vibrante De um Brasil que desperta radiante Hercúleo e varonil, distante Que embora esteja já de mim Ainda é o Brasil! ... VI — 1941

-.

. . .'•¦

Eh ! Malhado ... Eh ! Barroso Eh ! Passarinho Eh ! Afasta Fumaça! ... E o carro vai singrando o seu caminho

Lá vai o carro de bois Ainda o mesmo que eu Sempre a cantar A mesmissima cantiga Repassada das mesmas Como a chorar! ...

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-37-

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Aeronáutica, Dr. Salgado "Jockey", acompaFilho, presidente do "chegada" nhando interessadamente urr.3 o

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MALHO

38 -

VI

1941


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O JUIZADO DE MENORES B SUA OBRA SOCIAL — O Dr. Saul de Gusmão, juiz de menores, continuando no seu programa de numentar os estabelecimentos qu© estão sob a jurisdição dc juízadd de menores, prossegue nas suas visitas de inspeção. Assim, S. Excia. acaba de, pessoalmente examinar a construção dos dois pavilhões que deram um ambiente inuMo mais ocolhedop aos menores do Patronato Wen^J ceslau Braz, no Estado de Minas Gerais, o que já pôde receber 30G menores.

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Muclo Leao OS PAÍSES INEXISTENTES — Muc!o Leão, o ilustre acadêmico que honra as letras patrícias, 6 ensaísta de gosto experimentado, o crítico lúcido, jornalista de tão vastos recursos, acaba de publicar um pequeno volume de poesias. Não é mais do que uma plaquette de quarenta e pouqas páginas, mas aí está, certamente, toda uma farta messe de belezas. "Os países inexistentes" — chama-se este livrL nho precioso, de versos tão nobres, tão puros, tãoi ricos de imagens formosas e de formosos sentirnen^ tos, tão cheios de delicadesas — de versos brancos, mas dotados de um poderoso ritmo e de uma lumi_ nosidade interior. Esta nova feição do talento de Mucic Leão não surpreendeu seus Íntimos, mas constitue uma grata revelação nas letras brasileiras contemporâneas.

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Sistematicamente, o Dr. Saul de Gusmão inspecionará os pa_ tror.atos como vem fazendo, e, dei acordo com as verbas que vai obtendo cuidará de ter nesses esJ tabelecimentos uma lotação quo possa servir para amparar definitivemente os menores abandona-* dos do Distrito Federal. Eis, uma obra que merece os maiores aplausos de todos o o ificentivo daqueles que se inferessam pela assistência social no Strasil.

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DOUGLAS FAIRBANKS JÚNIOR, NO INSTITUTO BRASIL — E. E. UNIDOS, TOMANDO MATE BRASILEIRO — No momento em que Douglas Fairbanks Júnior e sua excelentíssima senhora examinavam uma linda caixa de preciosa madeira do Paraná, trabalhada em rclêvo e cheia de erva-mate brasileira, que lhe foi presenteada pelo Instituto Nacional do Mate, ro arupo vêem-se os altos funcionários do I. N. M„ srs. Guilherme Salusse e Antcnio Paladino. O

MALHO

O REGRESSO DO DR. WILLIAM SCHOLL — Voltando da sua viagem de inspeção pelo Prata, aonde esteve a serviço da conhecida e reputada organização de que é diretor, desembarcou no Rio o Dr. Frank Scholl, da Cia. Dr. Schol, a pioneira do tratamento científico dos males dos pés. A fotografia representa o Dr. Frank Scholl ao desembarcar no cáes do porto, de bordo do ArgenfJn, para logo receber os abraços dos muitos amigos, colegas e lepresentantes da imprensa que o fôram curnprimentar.

— 40 —

Dr. Codomir Collaço Véras, Secretário do Capitão Baptista Teixeira, Delegado Especial da Segurança Política e Social. O Dr. Clodomir Collaço Véras, é um doj elementos jovens, porém, já de grande valor, com que conta a Delegacia Especial de Se<^urança Po'ítica e Social. Tem sido jm esforçado colaborador nas campanhas em pró: da segurança política e social. A sua atuação, na referida Delegacia Especial, é uma prova da sua capacidade, que se afirmará para o fu. turo promissor do Brasil. VI — 194 1


Gkt*tíiei4<i

CELESTE É tão divina a angélica aparência, dela, E a graça que ilumina o rosto inocênc.a Que eu concebera o tipo da bela. Nessa criança imaculada e Peregrina do céu, pálida estrela, Exilada da etérea transparência, aquela Sua origem não póde ser ex.stência. Da nossa triste e mísera formosura Tem a celeste e ingênua . E a luminosa auréola •^f.8»"** e pura, când.da De uma visão do céu, o céu levanta, E quando os olhos para doçura, Inundados de mística santa. Nem parece mulher,-parece ADELINO FONTOURA 41 VI

1941

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MALHO


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^^^||K: • _ ra o tempo de seca, pelos fins de agosto. Fumaceira azulente envolvendo os montes, soes vermelhos ao amanhecer, violetas à hora do crepúsculo, e um calor incomodo atravessado por baforadas sufocantes, como de queimadas perto, o mal-estar, das brumas quentes dos trópicos. Por pouco que se trabalhasse durante o dia, no serão da "prosa" costumada havia quase um silêncio agora. A mesma fadiga que quebrava os corpos para a ação tolhia as linguas para a palestra. Frases raras, espaçadas,, entreabrindo a porta a cismas vagas, ensaiando conversas sem assunto, passavam como um vôo na sombra, deixando no minuto seguinte a sub-memória apenas, a realidade indefinivel de música imaginada em sonho. E não se pensava: sentia-se, rememorava-se. Nos braços fatigados um retorcimento de músculos evocava o bonito laço jogado a um boisinho vermelho no Campo Grande e o esticão da mula voltando na espora, fazendo praça ao outro laçador; nas pupilas dilatadas na escuridão um clarão nervoso, reflexo da aza tremula de algum morcego que volita, de folha de palmeira que apanha a luz de uma estrela ou a fosforescência de um vagalume errante, seria o võo de garças brancas que se levantou da beirada verde à barulhada dos cavaleiros atravessando o rio logo de manhanzinha. E a repercussão, que fica na cabeça, das longas galopadas do dia de lida marcava a cadência na memória do último sapateado na festa do capitão. Em tudo isto nada de preciso; era como se a Noite entrasse com o ar quente pela alma a dentro e cortasse de sombra a clareza e o destino do? pensamentos em formação. Uma inquietação vaga, no entanto: — a expectação de coisas que se nào ievem esperar... O

MALHO

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OS

Deitado sobre uma esteira ao longo da escada e com a nuca apoiada no último degrau eu cançava os olhos procurando no céu fuliginoso o lugar das estrelas costumadas. Depois fechava-os, para melhor sentir no rosto, ou morno ou refrescante, o hálito amoroso da Noite soberana. E era como um morrer suave, um gôso sem espasmo, essa imbibição volutuosa pelo quase esquecimento de sentir, pela sombra aquitante; éra, com a diminuição da percepção grosseira das coisas, um enternecimento por tudo o .que me fazia e me queria bem, que até então não percebera, pela Natureza, mãe amantissima, pela vida daqueles peõis e tropeiros, homens de outra lida, meus companheiros por uns tempos meus irmãos por origens e destino, meus irmãos pelo sentir talvez pelo desconhecido enchendo a treva e fazendo palpitar com a sagrada opressão o meu corpo jovem, forte, elástico, em que o sangue corria com o Ímpeto tranqüilo de uma caudal serena, dandome pela intuição da força disponível o orgulho de viver. Depois eram uns eclipses inefáveis da energia, alternâncias de receios infundados com acessos de confiança que nada justifica, minutos em que nem tormentos do passado, nem anciedade do futuro, nada me vinha enturvar as claridades da alma capaz de sentir a vida intensa e pura, a essência das coisas desprendida delas, a realidade fora da materialidade do fato, capaz de entender a fisionomia dos seres d; menor vida, na contemplação quasi divinatória do universo, e logo, no abaixamento dos vôos vertiginosos, a atração, o pavor divino dos abismos devoradores. Hiperestesía, pressentimento, o máximum da tensão. Uma arcada mais forte me estalaria as cordas. As palmas dos coqueiros sussurraram, a encosta dos alecrins bravos clareou um pouco, e o vento do nordeste começou a soprar, mas frouxamente

MELHORES

da laDez minutos depois estávamos abaixo de meio num galope cavalos deira e metíamos os Lopes Chico do voz a cima de lá De sustentar. recomendou: Pela restinga, Nhôsinho! Por dentro já não se passa... Deixámos a estrada a leste e tomámos o atalho e ocupava para o sul. A nuvem, que tinha crescido caminho o clareava agora grande parte do céu, nos tive lagoa a avistar Ao incêndio. do com o reflexo dos um estremeção: nos logares livres da sombra de suja ela parecia morros, a oeste e para o mar, estrondo cujo batalha, daquela sangue, do sangue ouvidos. já nos chegava indistintamente aos O fogo vem berrando, disseco camarada. Do Sambaquí se há de vêr. elasDemos rédea aos cavalos. Sobre o chão da miúda herva de coberto e sempre humido tico, Castanho do beira d'água, as oito patas de ferro e do Anum cadenciaram o galope que embriaga. sortida, comeJunto à quase sem-razão da nossa impulso e ao um de primeiro excitação na cada verfantástico do cenário iluminado pelo clarão acabava silenciosa e veloz corrida melho, aquela me de me desvairar. Puz-me fora de mim, para estriE legenda. de encarnar em cavaleiro heróico o bando-me forte, a musculatura preparada para tecomo mando dos nervos excitados, os joelhos um pouco nazes, apertando o arção, o tronco eréto cercabeça, e queixo em peito para a frente, todo

CONTOS

DOMICIO

c sem frescura. Por traz do Mato Grande surgia uma nuvem avermelhada, parecendo refletir um clarão.

rado e olhos fixos, respirando curto, experimentei de uma a rara sensação do primeiro movimento deformando e agressão prolongada. A imaginação sentir a multiplicando sons e visões faziam-me acompanhando. me arrancada de um esquadrão Corri, corremos não sei quanto tempo; paslagoa a leste, sámos o Sambaquí, costeámos a e, afrouxando Fundão do vaiado o transpuzemos o camio passo, subimos a lombada, para ganhar mosárvores as baixo De já firme. terra nho da carmim, de de purpura, travam as grimpas tocadas do fogo próde ouro candente, da reverberação repente, com de estacou ximo. No alto o cavalo espanto, quede e sacudimentos fitas as orelhas se via primeiro rendo recuar. A luz cegava. O que do fogo, avançada a Depois era só fumo e sombra. maravilhosa, uma como deslumbrante, sinuosa e a terra o manto da franja viva que arrastasse sobre de fumo turbilhões os entre céu treva infinita. No lugares de faxma Os estrelas. as desapareciam alteiamento subno, abundante se conheciam pelo e viva. Grandes clara chama da quasi explosivo,

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supremo quebrou-me as resistências para a morte. Vi um clarão imenso rodear-me, ouvi como de muito longe a voz de João Pedro, gritando es-

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De um salto puz-me em pé. Vamos ver João Pedro? E corremos a encilhar os animais.

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pavoridó: — Estamos cercados! Pela vargem, enquanto é tempo, à toda!... Larguei as rédeas, levei as mãos à cabeça e me abandonando à disparada do cavalo, com um logo mudado em grito de mateiro na derrubada, terror, de grito de alegria, ulular de louco, grito a garferindo-me lamento, hurrah modulado em vezes, duas se não solta ganta resequida; grito que em feita guela de deixei-me tragar pela estrada Moloch. chama, a boca esfomeada de d'aí a meia léQuando apanharam o cavalo a sela e tinha sobre gua, ainda eu estava dobrado a cabeça as mãos crispadas à volta do pescoço e canDos cavalo. colada às crinas chamuscadas do enespuma a tos da boca convulsa escorria-me visão a E olhado. sanguentada. Os olhos tinham terrifica os extinguira. VI

43 42

vi um vulto de animal que fugia. Outros ramalhavam na espessura. Filhotes de passarinhos piavam. E uns silvos curtos, que se ouviam entre a crepitação do incêndio como o tinir de cristais se quebrando, seriam as cobras ou a lenha verde chiando. Mas, refrescando o vento atraído pelo brazeiro imenso, a roncaria do mar de fogo dominou em breve e absorveu os rumores secundários. De en-

ainda. Eu entontecia, como entre a fumarada dos altares o levita antigo Já olhava sem vêr, já me sentia perdido, fascinado pelo elemento destruidor. Invadiu-me o espanto que determina a adoração. Uma contração horrível estreitou-me o lntus, esmagou-me, triturou-me, humilhou-me, o calafrio

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Será o fogo? indaguei. —Qual fogo, Nhôzinho? Não respondi. A minha pergunta completava uma criação imaginária de incêndio colossal, as chamas invadindo toda a atmosfera, e nós vivendo entre elas como salamandras contentes, rabeantes, infatigáveis — sugestões da tepidez do ar, da secura das matas e dos campos, dos receios de incendio, e também de estar deitado muito tempo na mesma posição. Um cavaleiro, que vinha subindo o morro, bateu a cancela do terreiro e, chegando-se, deu as boas noites. Éra o Chico Lopes, ]ue mesmo antes de se apear noticiou: O fogo já pegou no mato da Fazenda Velha.

fagulhas arrebatadas pela tiragem do incêndio abatiam-se em elegantes parábolas, ateiando novos focos mais longe. A cem passos de nós um gramado ressequido ardia rapidamente aos arrancos caprichosos do fogo cuja- linguas fuzilantes pareciam lamber a terra, encarniçando-se, numa anciã devoradora. Pelo grotão escuro do Palmital a labareda rugidora se estendia, como uma cachoeira que subisse, ardente e furiosa, divina de espanto, para o horizonte ao morte, os vultos sombrios dos montes escorrendo em brazidos sanguinolentos eram como os cadáveres de desmedidos elefantes carbonisados. E além, além seriam negrumes mortuarios, solidões pavorosas, a desolação da passagem devastadora do elemento... O meu cavalo atirou-se num salto para o lado:

volta com as baforadas asfixiantes vinham ondas de aromas singulares, perfumes exquesitos, inaturais, lembrando outros cenários, exalando-se daquela infernal caçoula às lufadas alternas de frescas flores dos campos com resinas inebriantes ou emanações animais, mais quentes, mais pesadas

^Raaaffaawali%)^l^ãaaa

Naquela noite pelas sete horas ouvia-se até a mansa voz do mar ao longe rolando na praia, suspirando, ressonando longamente Um peão sentenciou: A água do mar está fria. A seca vai adiante. E outro comentou: Deus nos guarde! Os pastos já são só palha seca. Uma fagulha que venha acesa entre o cinzeiro que vôa das queimadas lá para dentro, e o campo vai-se embora. Caiu de novo o silêncio, como uma noite m na noite escura. Uma coruja que uivava calou-se. Um tropel de cavalo muito longe abafou-se na volta do caminho. Só ficaram os rumores imaginosos do silêncio, deformados por interpretações do ouvido alucinantes: suspiros profundos,¦ quasi gemidos, como de órgão soando nas alturas; notas perdidas de cantos que a memória recompõe; frases quasi inteiras moduladas num sussurro suave de ária cantada a menos de meia voz, a cochichar baixinho, mas afinada como a imaginação sabe afinai pela harmonia interior; cadências joviais de castanholas começadas pelas folhas secas rolando no chão duro do terreiro; um curto e como indeciso chocalhar de guizos de "esperança" alvoroçada ao bafejar da aragem e, apagada, esmorecida, parecendo vir de léguas de distância, exhalaçào sonora, colhida na aza preguiçosa do vento, uma longa e plangentc nota de cantiga de amor ou de trompa entoando na solidão o lamento impreciso da Melancolia

DA 6AMA

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BRASILEIROS

1941


calada, de uma ncite morna, NA Chico Bf.rnabé saiu da cabana do Jussara e dirigiu-se para a tocaia que preparara afim de aguardar a passagem de João Lino e extermina-lo. Caminhava, pesadamenfe. Sua elevada estatura, cuja sombra projetada no chão pela luz do luar, se confundia, com as sombras dos troncos gigantescos da floresta bravia, avançava... palmilhava sem tortuosas veredas, co-

caboclo

O medo

as

nhecedor que era de todas as picadas e armadilhas existentes. Um

latente de vingança

desejo

o peito e via já, numa sinistra previsão, o sangue jorrar em catadupas rubras do coração lhe mordia

do rival, quando lhe mergulhasse, até o cabo, a afiada faca do mato no

trazia,

largo

de

cinturão

que couro de giboia. E antes que o Lino exalasse o último alento, só para ve-lo morrer em estertores de agonia e de ciúme, havia de gritarlhe o nome da Jurema, havia de dizer-lhe

ancias

em

sopitadas

CASTIGADO dê-la... E vê-la exangue, para então cobri-la de caricias brandas, mimaIa como si fora. uma criancinha, chama-la pelos mais doces nomes. Minha nega... minha nega... Era de outro

mas

sol

e à

inclemencia do

tempo, arfava descompassado tob a grosseira camisa de zuarte vestia. Por

causa

da

que

felino

lutar.

de

sobre o

para feri-lo e fundo, ajudado pelo certeiro ódio, e tudo estaria acabado. aos pulos, a mão ena resina afagando de

Coração cardida

Barnabé,

arma,

oculto

local

no

que escolhera para levar a termo a sua vingança nefasta, esperava Seu

ainda... acuidade,

os

todos

poderoso

dom

de

distinguir permitia-lhe selvas. rumores das

rubada. E quando Barnabé o sentiu bem perto, bem ao alcance do teu braço e ia se arrojar num salto de acuada para cravar-lhe no peito forte a lamina reluzente, deslisou do tojo próximo, sinuosa e repelente, enorme sucuri que, num fera

formidável

bote,

enterrou-lhe

divisou,

mento de

ao

longe,

o

Lino. E a

luz do

luar, aquela

mesma

deslumbrante luz que alumiára antes os seus passos até à tocaia da morte, caía em cheio agora sobre aqueles dois

homens

rudes

João

Lino sugava com os próprios lábios o veneno da picada que o asqueroso réptil fizera no outro, que não

Barnabé tinha vontade de gritar, de pedir perdão ao Lino pela sua covardia. Diante daquele quadro, toda a veemente paixão que nutria pela cabocla, deu lugar a um sentimento novo pelo homem que a possuia. Não queria mais vêr aquela beijos, boca pedindo nem os pequeninos seios, inquietos como duas rolas assustadas, nem o vermelha

meneio

ta vez puzera à prova o seu arrojo e a sua força, ali, debruçado sôbre

chapéu dc

vul-

sagica.

Vinha

ferido,

sem

uma

mardade da bicha. E ante o olhar espantado do co-

car-

lono vencido, João Lino emborcou gole de aguardente e cuspinhando mesmo em cima da lamina

naúba e seu todo de cabra

seu hombro

palavra de ódio, sem a menor emoção. João Lino... falou humilde. Mas o outro fingiu não ouvir e,

João Lino. Já lhe

largo

das suas ancas, nem quesentir o cheiro gostoso

que vinha da linda creatura. Veria, isto sim, o resto da vida, aquele gigante das bravias matas, que tan-

via a cara bronzeada sob o

mais

ria

endireitando a embiára que lhe escorregára do lombo, falou pausadamente: Pronto, nhô Chico, tirei a

um

sem

pressa e sob os seus pés estalavam os ramos secos

que reluzia pr'alí, atirada aos pés de ambos: Porquêra... murmurou. E continuou a caminhar.

Barnabé

Jurema,

as

prezas mesmo à altura do hombro. Com um grito de dôr Barnabé deixou cair a faca aos pés do João

postos no caminho deserto, dominado pela dupla sensação da espera e do ódio, em dado moto

do

tempo de

derrubando-o,

rival,

quanto morres aí como um cão. Bagas de suor perlavam-lhe

dores

teria

não

Daria um salto

Olhos

fronte trigueira e o peito forte do caboclo seringueiro, afeito aos ar-

direito,

poia outro a quem rém; desse disputa-la a preço de sangue. Sabia que o Lino não era covarde,

pelo desejo, o quanto a queria e como ia faze-la sua. — Minha... vai ser minha, ena

esse

e as folhas mortas da última der-

saía do seu estupor, olhos extáticos, presos à cara do companheiro ocupado em livra-lo da morte, a êle, que estava ali para tirar-lhe a vida...

odiava o João Lino. Aquela tentação de tapuia, cheia de dengos e

SCYLLA

GUSMÃO

um punhado de promesnas fôrmas bonitas, desafiava

derriços, sas

a pujanja varonil do apaixonado colono. E crescia o seu ódio contra o outro, porque eram dele os beijos daquela boca vermelha como polpa de ginja madura. Quando Jurema passava, ficava no ar, embalsamando tudo, o perfume dos rrevos e das baunilhas que ela trazia nos

cabelos.

chita,

Dentro

da

blusa

de

e redondos

os

pequeninos qntavam. numa beleza apoteotica de vida e seiva, a sensualiseios

dade da formosa matuta. Narinas

dilatadas,

olhos

flame

jantes, Barnabé avançava em direção ao local que escolhera para o

¦P

fim sinistro que o empolgava. Ao redor, tudo socegado e ermo. Tumulto infernal só havia no coração

1

e no peito do caboclo nordestino. Jurema... Sc pudesse te-la ali naquele

instante, domina-la,

aper-

ta-la nos braços fortes, sufoca-la de beijos, premer nos seus lábios quenaquela vermelha boca, mor-

tes

0

M A LHO

44

VI — 104 1


HA

100

ANOS...

A

TRASLADAÇÁO

DESPOJOS DE

MORTAIS

NAPOLEÃO A

I.

PARA

FRANÇA

12 de Maio de 1840, Luiz AOSPhilippe, Rei de França, decretava: "É aberto um crédito especial de 1 milhão de francos para a trasladação dos restos mortais do Imperador Napoleão para a Egreja dos de seu Inválidos, e a construção túmulo..." O Príncipe de Joinville recebeu de seu pai o encargo de transportar para a França o corpo do Imdesde 1821 perador, que repousava bem lonHelena, na ilha de Santa de Outubro de ge da Pátria. A 14 "La Belle Pou 1840, uma fragata, frente àquela em le", ancorava ilha. O Príncipe, no dia seguinte procedeu á exhumação, constatando que, após dezenove anos e meio aparecia pouco morto o grande "A mão esquerda cOnsermudado. vava a linda fôrma que tivera durante a vida. A parte inferior do rosto mantinha tôda a sua regula ridade; a bôca, a sua fôrma; a e elevada. fronte aparecia larga Ali estava Napoleão privado da vida, mas não destruído..." A urna, colocada num quadrilátero de chumbo, foi depositada num sarcófago de ébano, levado da França. Depois, o precioso fardo foi conduzido para a capela ardente armada na "Belle Poule . A 30 de Novembro de 1840, a fragata arribou a Cherburgo, cujas fortalezas salvaram com 101 tiros de canhão. O povo fremia de entusiásmo no cáis e estava ansioso Dupara visitar a capela ardente. lá em visitantes, rante seis dias, os intersem gr/mas, se seguiram, rupção, diante do catafalco, junto VI — 1941

DOS

ao qual deixaram milhares de ramalhetes e de coroas de flores. de Dezembro o sarcófago foi trans"La Belbordado da "La le Poule" para Normandie", que devia levá-lo a Paris, A 8

através do Sena. Em Ruão, nos Andelys, em tôda

a extensão

do rio, cujas pontes estavam transformadas em arcos de triunfo, o Imperador morto suntuosas, poude passar as mais sem dúvida, de tôdas as suas revistas. Os oficiais, o Clero, as tro-

nebre, onde se viam a coroa, a espada, o cétro e o manto ornado de abêlhas de ouro. Escoltavam o côche generais e marechais e 86 suboficiais legionários,

cada um dês-

as honpas do Rei lhe prestavam ras devidas. Centenas de veteraGuarda apresentanos da Velha ram-se para fazer a última continência ao Petit Caporal. Muitos dêles, os mais ricos, atiraram flô-

tes conduzindo a bandeira de seu Departamento. Enfim, os 500 marinheiros do "La Belle Poule" precedidos por um lindo cavalo bran

res sôbre o navio; os mais pobres soluçaram... A 15 de Dezembro, o sarcófago o foi desembarcado e levado para incarro de triunfo. Apesar do frio tenso, uma incalculável multidão apinhára-se ao longo dos Campos aos Elyseos, do Arco de Triunfo Inválidos. De quinze em quinze minutos, os canhões salvavam. O

Marengo

cortejo pôz-se a caminho, compas"Gendarsadamente. Á frente, ia a merie", seguindo-a a Guarda Nacional montada, a carruagem do Príncipe de Joinville e o côche fú45

co, em cujo dôrso se podia apreciar a séla que Bonaparte usára em O Rei e o Clero esperavam nos Inválidos. Após a chegada dos despojos imperiais, o Príncipe de Joinville dirigiu-se ao Rei da França: Sire — disse

entrego à o corpo do ImVossa Magestade perador Napoleão. Ao que Luiz Philippe respondeu: Eu o recebo França.

em

nome da

A cerimônia encerrou-se às 3 horas com várias salvas de artilharia. O

MALHO


OM Gaudenzio Castelucio morava com a sua familia, na entrada da cidade, sobre o caminho asphaltadc. A famil:a consistia em sua mulher Jenara Cipoíla e nas suas quatro filhas: Margarita, casada com Pepeto Mastromarino, vivia em que, longínqua chacara, e as tres solteiras, que mencionaremos por ordem chronologica: Yolanda, Gorizia e Magnesia. Sobre o nome da ultima, os em desaccordo acabaram por adoptar o nome de um medicamento. Dom Gaudenzio passava as horas na sua sapataria, vigiando o negocio e os remendos de saltos e meias solas. Com os annos, elle entrou na fileira dos calvos. A categoria de commerciante proeminente no seu ramo, conquistou-a depois do seu casamento com Jenara Cipolla, herdeira de uns chacareiros calabrezes. As quatro mulheres trabalhavam em casa. A mãe com os oculos de latão sobre o nariz, tecia em repouso. Em suas mãos sarmentosas, moviam-se agilmente as agulhas de ferro. E entretanto, as filhas attendiam os affazeres da cosi nha e dos gallinheiros e do pomar. Sempre sob a custodia materna, compareciam as tres filhas á igreja e ás retretas da praça. Também participavam de algumas recepções da Unione e Benevolenze e dos programmas das festas. As Castelucio não tinham noivo. E bem olhadas não eram feias e tão pouco abandonadas por Deus, pois a sapataria de Dom Gaudenzio calçava a metade da população, ainda que visinhos mal intencionados dissessem que ás suas formas se devia o elevado indice de coxos do ultimo censo communal. Já na cidaâe sabiam que a essas moças só era permittido casar-se em turno descendente. Assim o havia disposto a vontade paterna, que respeitara uma tradição dos Castelucio da Sicilia. Não era justo, nem conveniente que as menores encontrassem marido e as maiores ficassem em casa, para envelhecer. Pepeto Mastromar:no começou festejando a Yolanda. Fizeram-lhe notar que não podia quebrar a regra: a maior ou ninguém. E como o namorado era um colono comprehensivel e depois de tudo entre uma Castelucio e outra Castelucio não iam mais do que a altura do narz e a distribuição das carnes, desposou Margarita, em cuja companhia alcançava a felicidade e a promessa certa de copiosa progenie. II Um dia, chegou ao povoado Froilan Serrano, homem joven e verboso, que levava comsigo um cartapacio de agente de seguros contra o fogo, o granizo e a morte. Hospedado na Baja Itália, arranjou sympathias, possuindo eloquencia para enaltecer as vantagens da providencia e para descrever os terrive's estragos daquellas calamidades. Froilan mostrava maneiras polidas e gostos refinados no vestir. Nenhum elegante da comarca, inclusive os filhos do estancieiro Pereyra, possuia apparencia mais vistosa. Bem se notava que Fro:lan procedia de uma familia de reputação na capital. O

MALHO

O agente se encontrou sem duvida muito a gosto, porque já realizadas todas as operações possiveis, decidiu prolongar sua estada indefinidamente, com a complacência de todas as mães de filhas casadouras. Froilan èra habitual na estação. E observavam que Froilan freqüentemente travava conversação com alguns passageiros, o que fazia notar a amplitude das suas relações. Também o viam na praça, no cinema, á sahida da missa e em todos os logares que serviam de scenario á vida social. Multidões de olhos seguiam os seus passos, para descobrir o caminho das suas preferencias sentimentaes. E por fim descobriram e a descoberta foi discutida em todas as tertúlias: Froilan Serrano se interessava por Magnesia Castelucio, a ultima das filhas do sapateiro. Ignorava por acaso o galan que Magnesia não podia casar-se emquanto não tomassem a Yolanda e Gorizia. Não parecia tão

pouco disposto a trocar uma Castelucio por outra Castelucio, embora fossem umas e outras muito semelhantes. Dom Gaudenzio inteirado do erro do forasteiro e apreciador das cousas direitas, quiz dissipar o mal entendido. Aproveitou a presença de Froilan no seu negocio e emquanto provava uns sapatos, avançou essas palavras: Dizem que gosta, senhor Serrano, de minha filha Magnesia. Sim, com effeito — replicou Froilan, estranhando uma pergunta tão inadequada ás circumstancias. Porém, não lhe agradou a Yolanda? Como? Cozinha muito bem e é uma grande dona de casa. Esta lhe convém. Froilan olhou um instante Dom Gaudenzio e replicou: Quando escolho noiva, como quando escolho botinas, ninguém melhor do que eu sabe o que me convém. Dom Gaudenzio encolhendo os hombros, declarou com phrase definitiva de commerciante: Yolanda é a única que tenho disponivel no momento. Apezar de tudo, eu escolhi a Magnesia — desafiou Froilan. Não julgando opportuno discutir, Dom Gaudenzio, com o calçado nas mãos, volveu ao thema do officio.

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Essa era a reflexão consoladora e confiden-

MATEO BOOZ

ciai, que Gaudenzio Castelucio formulava a Jenara Cipolla. Momentos depois, os cônjuges roncavam emquanto zumbiam os mosquitos.

IV

— Esses sapatos apertam-lhe no contra-forte. £' a forma norte-americana. O defeito se corrige. E minutos depois sahiu

Froilan

do

negocio,

com os sapatos novos.

mais que a familia frequenprios do amor, por noite memotasse o cinema. E assim uma noite, a porta, iam apagar ravel, quando já trancada vivenda dos Casna vozes as luzes, ouvirarn-se telucio. Magnesia! Magnesia! Esses chamados, sem obter resposta, subiam

lll prometteu nao fazer caso do aspirante caprichoso. E quando elle passava pela vereda dos Castelucio, era Magnesia,

menina obeoiente,

Yolanda que sahia á porta. Porém Froilan não mudava de parecer, estimulando os olhares melosos e fugitivos que Madas suas gnesia conseguia lançar, ás escondidas maiores. um dia surprehenderam o E quando borrão de uma carta enternecida para Froilan Serrano, seus pães condemnaram-na com sevendade e Yolanda accusou-a de trahição. Magnesia chorou amargamente no sofá, cenchefe passeava por toda familia. E o de extermínio pelo quarto, proferindo ameaças fantoche. um como e sacudindo os braços — dizia Com Yolanda ou com ninguém — insiste si E pasGaudenzio D. sinistramente surada

so-lhe o trinchete. Juro! o que parecia vea epilogo do incidente e punha em defesa lha tradição dos Castelucio. Porém não contaram com a cegueira, nem com heroismos proAssim terminou

essa

scena,

corriam a inutilmente de diapasão. As mulheres Dom emquanto escura, rua na espiavam casa e Como

do

Cipolla

Jenara

esperança,

ultima

cantos

nos

.procurava

Gaudenzio

pomar. gritou

três vezes em redor do poço: Magnesia! Magnesia! Magnesia! E só respondeu o eco. Então descobriram dizia lacônicasobre uma mesa um papel que "Amo a Froilan e vou-me com elle". mente: Gorizia

desmaiou,

Yolanda

exhalou

uns sus-

a e Jenara Cipolla apressou-se piros hystericos nos-seus ebulição auxiliar o seu marido, que em os cabellos e esfregava meridionaes, humores imprecava como um pae biblico.

A fuga de Magnesia Castelucio com o agsnde seguros provocou os murmúrios da visio acontecimento occorreu

nhança. Como

noite de sabbado,

nas camas, Mais tarde, já todos os moradores o aguçando Porém, o silencio dominou a casa. sahia sussurro, um que ouvido, poderia ouvir-se alterado

que

o turno,

na

missa domin;cal

numa

circulou

de orelha a orelha, a tal ponto que as imaginações, que o sermão do parocho se perderam no vácuo. Mas o episódio romântico foi desalojado pelo escândalo da senhora do chefe da estação e o secretario da Commissão do Fomento, o qual "Ecos Ruraes" num jornal da cafazia a secção pitai. Presidindo o almoço, Dom Gaudenzio notificou lugubremente á familia: — Magnesia não existe. Nem mencional-a, nem recordal-a. E os Castelucio proseguiram na sua vida habitual, sempre em vigência os turnos estabelecidos: l.° Yolanda, 2." Gorizia. E numa tarde calmosa, dois

mezes

depois

daquelle acontecimento, estava a familia reunida r,a horta e apreciava < brisa fresca, quando saltaram todos como si os ferisse um aguilhão: avançava temerosa e de negro, a filha maldicta, que infringiu a lei dos turnos. Correram e a profuga, arrependida, clamou dramática: Froilan

Maldicta! Maldicta!

do aposento paterno: Com+udo, ainda

te

Perdão!

abandonou-me.

Perdão!

Porém, a falta commeftida não era para os Castelucio das que merecem piedade, e lancrispados. çaram-se iracundos, de punhos Arrancar-te-emos os cabelics e a língua ! E teus

olhos

não

verão a I': d„ praça,

nem as festas I

filha. já collocamos outra

Chorarás eternamente c teu peccado! Maldicta! Maldicta. E a c':!pada, ensonguentarla, implorav..: Misericórdia! Misericórdia! Farei peni-

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A filha rebelde continuou em casa. Desgrcnhada e andrajosa, fazia os affazeres rudes, recebia calada, torvamen+e, os máos tratos. Ninguem mais inexorável do que Yolanda, qu3 foi a mais offendida. Tinha prohibição de transpor os humbraes da vivenda. Olhava a rua pela janella do quarto. E as mães tinham no doloroo > casfigo de Magnesia um exemplo para qje as filh-S não abandonem mais a virtude. Magnesia havia vulnerado a lei dos seus avós e dovia soíírer.

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E um dia, houve

em

alvoroço de

um

casa

estava no gemidos: e ao seu lado um cabeça a com partida pateo, machado de rachar lenha. Magnesia foi accusada ante o juiz do horrendo crime. A fratricida

blasphemias

e de

Yolanda

negou e negaria sempre a consummação da sua "venderia". Não era em vão que corria nas suas veias o sangue dos Castelucio e dos Cipolla. Agora, o turno corresponde uma excellente candidata.

VI

a

Gorizia.

E'

1941


estética é a apreciação cuidadosa do belo, e por isso mesmo, não se apresenta como prêmio concedido pelo Destino, às culturas mais altas, por isso que, em qualquer estado cultural se pôde apreciar esse belo, muito embora ajustando-o ao nivel cultural do apreciador, e reproduzindo-o de maneira tão rústica quanto o possam permitir os recursos de trabalho do agregado social, em que vive o mencionado contemplador O vocábulo estética, êle próprio, afirma-nos esta verdade, por isso que quer dizer — eu aprecio. — E certo de que, o — eu aprecio — vai depender do nivel cultural do apreciador, criando planos diferentes para as positivações apreciativas; plano perfeitamente igual aos das realizações contretas de tais apreciações, que, como afirmámos dependem do aprimoramento do material empregado. Feitas estas considerações brevíssimas, já não nos espantaremos, se algum comentador menos extremado na ocidentalizaçâo européia de tudo, nos essegurar que havia arte, embora rústica, nas organizações tribais que se espalhavam por essa amplidão sul americana, que estava reservada, pela própria ordem natural, dos fatos históricos, para alicerce de uma civilização nova, onde houvesse lugar para tudo e para todos, menos para os ódios milenariüs. Proclamado que havia arte entre os nossos Índios, os menos avisados, imaginarão logo que irão encontrar nessas páginas os desenhos de grandes catedrais tupis, abrigando uma estatuária esplêndida.

II raioara ml Jacy Rego Sarros

é rebuscada pelos homens de arte, essa já não é a beleza brasileira, porem simplesmente a religiosa-romana. Se as telas* aparecem, nos conventos, nas catedrais, etc, elas tém a luz do céu que o artista incipiente imagina, como digna do santo que êle quer pintar, luz que nada tém com a claridade do céu regional. Dissemos pintor incipiente, em referencia os esforçados mestres de si — próprios, como Manoel da Cunha, Teófilo de Jesus, etc, se, porém, a tela fosse de gênio, e trazida para aqui, ainda o fenômeno se repeteria, porque esse Rafael nem sabia para que tonalidade pen-

lizações primitivas do — eu aprecio — de nossos indios, por ter sido na grande ilha da fóz do Amazonas, onde melhor copia desses trabalhos foram encontrados. Quando uma nova ordem de cousas se desdobra pela América do Sul, e, tumultuáriamente, os indios são desbaratados, escancara-se, ameaçador, um cáus, no — eu

dia o azul de nossos céus. Foi depois da Missão Lebreton, e dos trabalhos de grandes paisagistas que, com vantagem, foi retomado o rumo que os tupis quizeram percorrer, e não puderam pela falta de recursos, ou seja, o de reprodução de nosso céu, de nossa terra, de nossos bosques e de nossos rios e mares.

aprecio — das belezas brasileiras. O indio, fugindo à escravatura imposta pelo mais tôrte, embrenha-se pelos bosques, onde já não encontrava beleza, porque a tanto nâo lhe dava tempo o

Como em tudo é preciso que se faça justiça, agora, que já não há segredos para a reprodução de nossas belezas, na tela na escultura, etc, os brasileiros tiram

madereiro, invasor que desrespeita a sombra sagrada das árvores, e o minerador que tudo escava em busca de

da poeira do passado, o que de exótico fora feito pela gente marajoára, e instalam no templo da arte nacional,

ouro e de pedras. Em tumulto intermino não ficam as novas populações euro-americanas, mas, quando novamente a beleza

em respeito a primeira apreciação de nossa beleza natural, feita pela gente que, em primeiro, respirou o oxigênio puro dos ares de nosso Brasil.

Não é bem isso; se o templo, feito em catedral pelo romanismo cristão, e mais a estatuária e a pintura, são encontrados em civilização como a grega, a cristã, etc. como afirmações do — eu aprecio — dos homens dessas culturas, essas expressões artísticas, já estão respondendo por uma escala evolutiva, cujos primeiros degraus pousam em representações rústicas, desses mesmo — eu aprecio — representações essas tão grotescas quanto as realizadas por qualquer outro agrupamento primitivo de homens assim como por exemplo os nossos Índios, que, com os seus arcos e flexas, eram os guardas fieis deste solo, onde hoje vivemos sób a proteção das leis brasileiras. O céu, a terra, o bosque, o rio, tudo isso ai estava — eu aprequal beleza apreciada pela gente tupi mas o cio dos espíritos mais delicados desses índios, não podia

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superar todas as dificuldades, a ponto de dar corpo reai às reproduções que tentassem fazer de tais belezas, espalhadas no céu, na terra, no bosque no rio. A lúz do sol éra magnífica; o seu contraste com a sombra dos bosques qualquer cousa de empolgante, mas as tintas não iam ao ponto de se ajustarem a realizações todas de linhas, para em um consórcio interessante produzirem a tela perpetuadora do claro e do escuro. Mas o espírito construtor, embora rústico, não sdeixa embaraçar por muito tempo, e em breve o barro e determinadas caças de madeira, sào enfrentadas pelo indio, como campos prováveis de reprodução da beleza, perpetuando assim, aquilo que mais fortemente houvesse impressionado o — eu aprecio — do selvagem artista. Onças em atitudes agressivas, macacos em perspectiva de inquietude, guerreiros vencedores, etc, tudo isso entra no plano das cogitações artísticas, do indio, em suas esculturas sobre o único material podia dispor, ou seja o barro, a madeira, etc. Se as cores não comparecem a esse conjunto, vêmoIas representarem o vermelho do sol poente, ou o escuro da noite, em um sem número de decorações rústicas, feitas ou em utensílios de barro, peças as mais variadas, ou na pintura dos próprios indios, para as suas reuniões festivas. Concertou-se dar o titulo de Marajoára a essas rea-

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pelo bela oportunidade em Azas Hussey que «caba do alcançar D é, fisicamenta, uma beleza K nas trevas" ao lodo de Robert Taylor destaoando-se nos integra! e possue talento dramático acentuado, foram, confiados de modo interpretações dos papeis que até agora lhe UTH

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a representar,

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tamente ao conhecimento dos studios. "As Mulheres", escolheu-a também em

companhia Metro,

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George para

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1 -•>v—: "AMOR", O NOVO FILME DA ALIANÇA — Pepi.a Senador, íris "A m o r", o delicioso filme da ALIANÇA, exMuüoz e Aida Luz, em traído da célebre peça de Oduvaldo Vianna.

se tratando de alunas particulares...

An Sothern posa com a maior sinceridade para um fotógrafo. Buttons, que vem de ingressar vitoriosamente no filme, conscio de sua responsabilidade de astro em ascenção, imita a estrela e posa, por sua vêz, esforçando-se por parecer natural . . . __T l^^MM^,l'^mmmwkM^^^lmMMt*mm^m

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" e Alicia Barrié LEISS, louro e esbelto, tirou o pão da fornalha, agarrou no seu acordeão e foi para o estúdio de David L. LoewHANS Albert Lewin, trabalhar no filme "Assim acaba a noite", cujos protagonistas são : Frederic March, Margaret Sullavan e Francês Dee, sob a direção de John Cromwell. Leiss é um padeiro profissional, mas são suas as canções estilo suíço, e não o seu pão, que lhe dão fama em Hollywood. "yodeling", Leiss Quando qualquer escrito exige o que chamam Teve a sua primeira oportunidade, é imediatamente chamado. cenas cômicas, com Margaret Sullavan e em cantou quando Glenn Ford. Quando menino, na Áustria, Leiss era aprendís de paPara passar tempo, começou a cantar esses "trinados" deiro. Cedo, era o melhor "yodeler" da suíços, enquanto trabalhava. Anos depois, veiu para os aldeia, e, mais tarde, da província. Estados Unidos. Essa sua habilidade tem lhe rendido muito dinheiro em Hollywood ; mas . . . anda hoje muito preocupado. O seu médico disse-lhe que tem que extrair as "amígdaIas" ... e êle tem medo que uma tal operação lhe arrume a voz. "Um "yodeler" sem amígdalas não serve para nada", — disse Leiss. "A sua voz torna-se fraca, e desafinada ..."

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veterano L i o n e 1 Barrymore já foi O escolhido para receber a parte da "Voz de Deiis", na grande ópera de Eugene Zador, que será apresentada com um corpo de famosos cantores, no dia 12 de Outubro, em ceiebração do aniversário do Descobrimento da América — na Universidade do Sul da Califórnia. A orquestra será dirigida por Alfred Coates. A "Voz de Deus" será ouvida no intermédio da grande ópera, profetisando o futuro da terra que Cristóvão Colombo descobriu. A função, patrocinada pela Universidade e pelos Cavalheiros de Colombo, será transmitida pelo rádio a todo o liemistério ocidental, como demonstração de boa vontade entre os americanos. Zador, compositor da ópera e autor de muitas outras composições sinfônicas, veiu para os Estados Unidos para dirigir o programa de rádio da Bota Ford. vt

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ela

a seguir uma pequena história sobre um rapaz de grande coração, um jovem que não esquecera os amigos que o ajudaram DAMOS não passava de um desses caras novaiorquinos, quando que lutam terrivelmente para ter o que comer. Aos quinze anos, o nosso rapaz queria ser um boxeur. Um dos seus ídolos do rinque, que gostava do rapaz, foi quem o encorajou O para lançar-se na brilhante, mas dolorosa carreira dos pugilistas. grande astro do pugilismo ajudou o rapazinho a tornar-se um excelente _• _n|( pêso-pluma. •<. O rapazêlho, entretanto, cedo abandonou o boxe, virando-se para outros campos de atividade, sendo hoje um dos mais fulgurantes astros O lutador que o ajudou teve, com o tempo, de pagar de Hollywood. 0 tributo de tantos socos que levou e terminou, como era de esperar, como um homem vencido. Hoje vive de uma pensão que lhe dá o astro e, às vezes, trabalha como extra, como é o caso agora, no filme de Walter Wanger, "A mulher que amou de maia". O astro é George Raft.

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belo Nelson Eddy não é somente um ¦ ¦ cantor, ensina canto também.GrayEi-lo com sua aluna Kathryn de son, a última revelação canora verãoHollywood, mas revelação codeira, que muito breve estará sudc rrendo mundo em películas cesso integral "fans" de Robert É preciso que as êle é um excesaibam que Young horas de lente pai de família. Nas de ócio corre para sua propriedade terreno um Valley, Fernando San que ê de sete acres com uma casa catalouma verdadeira maravilha, denada como uma das coisas que Hollywood. em vem ser vistas

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Bonita Granville e June Preisser apresentara . . . costumes de meia-estação para as horas de aula. Poder-se-á, talvês, objetar que estudantes não devem trajar com tamanha elegância e, por isso Mas em mesmo, foi creado o uniforme escolar.

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Eu, sem querer, mas sabendo, causei inveja a mais de uma de minhas colegas dos estúdios . . . E que, nem todas poderiam obter uma licença como a que consegui, e da maneira como Mas fui invejada, devo dizer, não por nada de excepconsegui. cional, senão por uma razãosinha muito simples, que surpreenderia a qualquer homem — menos a nós, eternas filhas de Eva, que vivemos em quistiúnculas como esta. Não se trata, nada mais, nada menos, que de uma viágem que fiz a Nova York, logo antes de começar o meu trabalho em "Um rosto de mulher", outro celulóide que estou fazendo para Pois bem, aproveitei esses dois meses, a mais o signo de Leo. não poder. Fiz isso simplesmente pela emoção e vaidade de ter adquirido na "Quinta Avenida". De minha parte foi vaidade : mas, da parte de minhas amiguinhas, houve inveja, e muita i.iveja . . . Tudo não passa de uma bobagem . . . Suponho que é Certamente, se eu porque ninguém vive contente com a sorte. vivesse em Nova York, estava doidinha por coisas de Hollywood, compradas na fonte original. Sendo a humanidade como é, posso dizer que as minhas amiguinhas invejaram, porque não poderiam deixar de invejar a minha viagem á Nova York . . .

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Obteve grande êxito a exposição de modelos ingleses, realizada nesta Capital, e que assumiu proporções de acontecimento social de relevo.

Foi promovido ao posto de contra-almirante da nossa Marinha de Guer-

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ra o comandante Ary Parreiras, ex-interventor federal no Estado do Rio, que, por êsse motivo, foi alvo de significativa homenagem.

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quando entregava o cheque de 5.000 chanceler Oswaldo Aranha

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Um grupo de membros da Academia Brasileira de Letras, de acordo com o novo regimento interno da Casa de Machado de Assiz, indicou o nome do Presidente Getulio Vargas para o preenchimento da vaga, ali existente, por falecimento do academico Alcantara Machado, iniciativa que recebeu apôio integral do mundo letrado do país.

No Palácio Tiradentes, em sessão presidida pelo Ministro do Trabalho, o brilhante publicista, historiador e psicólogo Dr. José Maria Bello, realizou aplaudida conferência sôbre o têma: "A abolição e a República", revelando mais uma vez os seus dotes de intelectual, afeito ao uso da

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Viajou pelo "Cayrú", com destino à Venezuela, o novo embaixador brasileiro junto ao govêrno daquêle país amigo, Dr. Negrão de Lima, que teve embarque muito concorrido.

Foi empossado no alto cargo de Consultor Geral da República o Dr. Hanneman Guimarães, figura destacada dos meios jurídicos nacionais.

Nacional

festejou a passagem do seu 132.° aniversário, tendo, por êsse motivo, o seu atual Diretor, Dr. Rubens Porto, organizado interessante programa comemorativo e feito inaugurar o Curso Profissional e o novo Refeitório.

membros honorário, o General Pedro Cavalcanti, brilhante chefe militar do nosso Exército, nacionalista convicto e intelectual, que foi saudado, nessa ocasião, pelo romancista e jornalista

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Brenno Arruda.

Uzm°*°r^lZT O Ministro da Justiça, Dr. Francisco Campos, realizou na Associação Brasileira de Imprensa uma conferência sôbre o direito norte-americano, subordinada ao têma "As duas revoluções", estudo comparativo dos fenômenos jurídico-sociais yankee e brasileiro. O ilustre jurisconsulto foi para isso convidado pelo Instituto Brasil-Estados Unidos.

palavra.

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O Embaixador dos Estados Unidos em nosso país, Sr. Jefferson Caffery, fêz entrega ao chanceller Oswaldo Aranha, de um cheque de 5.000 dólares — 104:600$000 em nossa moeda — enviados pela Cruz Vermelha Norte-Americana à congênere brasileira, como contribuição de socorro e auxílio às vítimas das inundações no Rio Grande do Sul.

Foi recebido pela Academia Paranaense de Letras, na qualidade de

Foram agraciados pelo govêrno do México com as insignias da Ordem Nacional da Águia Aztéca o Ministro 0'swaldo Aranha e os Srs. Caio de Mello Franco e Gen. Francisco José Pinto.

Depois de alguns dias de permanência nesta Capital, onde veio tratar de interêsses do listado que governa, regressou a Sergipe em avião intero Dr. Eronides de Carvalho, ventor federal, que teve concorrido

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embarque.

Foi solenemente empossada a 13 "Dia da Imprensa", a nova de Maio, Diretoria da Associação Brasileira de Imprensa, que foi inteiramente reeleita nas eleições ultimamente realizadas, para o mandato de 1941 a 1942 e à frente da qual permanece a dinâmica figura do Sr. Herbert Moses.

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a braços com uma situação psicológica muito delicada : os quadros subalternos, os chamados pequenos quadros, formados nos quartéis, seriam, em sua maioria, intelectualmente menos capazes que as massas a enquadrar, oriundas dos Tiros de Guerra." E, lembrando a advertência do Ministro da Guerra, na sua recente conferência no Palácio Tiradentes : "Torna-se necessário, no interesse dos próprios cidadãos, a conscrição geral !" — o editorial termina, traçando as linhas mestras de uma so1 u ç ã o "perfeitamente realizável" qual seja a de encaminhar os conscritos mais capazes física e intelectualmente para os C. P. O. R. e Exército ativo e os outros, então, para os Tiros e as Unidades Quadros.

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criado o Instituto Militar de Tec íologia, órgão destinado a FOI coordenar e superintender, no Exército, os trabalhos de ensaios e pesquizas de tudo quanto interessar à indústria militar. OI. M. T. será constituido, de início, pelo Laboratório Tecnicológico da Diiretoria do Material Bélico e pelo Gabinete de Análises da Diretoria de Engenharia.

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sendo distribuído o numero de Maio da "A Defesa NaESTA cional", a excelente revista dos nossos oficiais. Firmam valiosos trabalhos nesta edição os TenentesCoronéis Lima Figueiredo, Segadas Viana ; Majores Raul Seidl, Jair Dantas Ribeiro, Magessi Pereira, Nilo Guerreiro ; Capitães Horácio Garcia, Hugo de Matos M oura, Amyr Borges Fortes, FauratlX Mercier ; e Tenentes Floriano Míiller, Andrade Abreu e Belfort Bethlem.

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artigo de abertura do número de Maio da "A Defesa Nacional" foealisa o magno problê-

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"Dragões da Independência" — 1." Regimento de Cavalaria OS Divisionária — Comemoraram festivamente no dia 13 de Maio, o 133." aniversário de sua fundação. Entre as provas desportivas realiz a d a s no quartel da avenida Pedro II, destacararn-se a "Reprise"

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e o "Carroussel", a primeira destinada exclusivamente aos oficiais. Na "Hora do Brasil", o Capitão Prestes Pacheco fêz uma dissertação sobre a vida do Regimento. Na gravura, doi", aspétos das festas. ma da formação das nossao reservas, mostrando paradoxalque, mente, a melhor parte dos nossos contingentes anuais não passa pelos quartéis : inscreve-sa nos Tiios de Guerra e nas Unidade.-! Quadros. "Compreende-se, pois, — diz, a certa altura, o Editorial — a urgência de remodelar a organização do nosso Serviço Militar, que. além de ressentir-se dos vícios e deformações já apontados, deve ajustar-se às realidades do momento. Cada dia se agravará o desequilíbrio da nossa reserva, em que á mínimo o número de graduados e especialistas. Em caso de mobilização, afora o desperdício de valores, estaríamos — 54 -

Apresentaram interessantes trabalhos profissionais os Drs. Francisco Correia Leitão, Otávio Salema e Deocleciano Pegado Júnior.

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- SE de excepcional brilhantismo as comemoREVESTIRAM rações da passagem do 52." aniversário da fundação do Colégio Militar, realizadas no dia 6 de Maio.

- SE, no Yacht Clube, a 10 de Maio último, o almoço REALIZOU de despedida, oferecido pelo Ministro da Guerra ao ex-Adido Militar à Embaixada da França, Coronel Schwartz, que regressou a seus País. - SE quase concluído o estádio do Forte do Imbuí, proACHA jetado pelo Capitão Moacir Mélo, seu Comandante e construído integralmente pelos próprios soldados que ali servem.

festejado a 7 de Maio último ° FOIo 16'. aniversário da elevação ao Generalato do General Góes Monteiro, um dos expoentes do nosso Exército e atual Chefe do Estado-Maior.

Centro de Estudos do Hospital Central do Exército, sob a preO sidência do Coronel, Dr. José Acilino de Lima, realizou no dia 8 le Maio a sua 3.* sessão deste ano.

\''^v propósito da inauguração, em São Paulo, da Exposição Retróspectiva do Ministério da Guerra, o General Valentim Benicio recebeu do Interventor Ademar de Barros o seguinte ofício :

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grande concentração operaria, levada a efeito no "Dia do NA Trabalho", no campo do Vasco da Gama, o 3." Regimento de Injantaria realizou, uma excelente deA monstração de educação física. propósito, o General Silva Júnior assim se expressou no seu Boletim :

colhido magnífica impressão da visita realizada em TENDO companhia do General Silva Júnior ao l.° Grupo de Obuzes, em São Cristóvão, o Ministro da Guerra, General Eurico Dutra, determinou ao Comandante da 1.» Região Militar que louvasse publicamente ao atual Comandante daquele corpo, Tenente-Coronel João Pinto Paca.

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Clube de Regatas Vasco da Gama, por ocasião dos festejos comemorativos do "Dia do Operário", com a presença de S. Excia. o Sr. Presidente da República e altas autorldades civis e militares. A demonstração perfeita da sua execução e alto grau de preparo e disciplina com que é encarado esse ramo de instrução por parte daquela unidade de elite do nosso Exército, provocando uma expressiva demonstração de entusiasmo da numerosa e seleta ussistência. Fica o Comandante ão 3.« R. I. autorizado a louvar todos os seus subordinados que concorreram para o brilho dessa demonstração."

"Ête comando transmite suas congratulações e louvores ao Coronel Euclides Zenobio da Costa, Comandante do 3." R. I-, pela magnifica demonstração de uma escola dc. Educação Física, daquela unidade, levada a efeito ontem, no estado cio

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A gravura reproduz o novo edifício da Escola e um aspéto do Salão Biblioteca Militar, em iniciativa das mais louváveis, dediA cou uma elegante "plaquette" à Escola de Estado Maior, o nosso mais alto instituto de ensino militar, ora em novas e magníficas instalações, na Praia Vermelha. Abrindo com uma notícia sobre a Escola, a edição reúne mais em suas 38 páginas, os discursos ali proferidos nas solenidades do encerramento dos cursos, no ano findo, com a presença do Chefe do Estado. A fase atual da Escola vem, assim, resumida no volume em apreço : "A fase tado Maior da Missão tada pelo VI

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- SE os preparativos tropa a serem realizadas este INICIARAM para as grandes manobras de ano no Norte do País, sob a direção do General Meira de Vasconcelos, Inspetor do 1." Grupo de Regiões.

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atual da Escola de Escomeçou após à chegada Militar Francesa, conlraMinistro Calógeras, em

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1919. O chamado Regulamento de 1920, com que ela se inaugurou, incluia dois cursos : o de Estado Maior e o de Revisão. O Curso de Estado Maior, feito em três anos, destinava-se principálmente aos que, tendo passado pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, obtivessem nolas superiores a 7,50 ; o de Revisão, feito num ano, era destinado aos oficiais portadores dos Cursos de Engenharia do Regulamento Escolar de 1S98 e de Estado Maior, de 1913. O Regulamento de 1920 atendia, antes de tudo, às necessidades mais urgentes do Exército naqueles dias : formar oficiais para os EstadosMaiores divisionários e criar uma doutrina para o Exército.

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Pouco a pouco esse programa foi ampliado. Não só os trabalhos do Curso de Estado-Maior saíram ão escalão divisão e se estenderam ao corpo do Exército, como foram criados cursos muito mais elevados, a princípio chamados de informações e, mais tarde, de Alt o-Comando, em que tomaram parte generais e coronéis, possuidores do Curso de Estado-Maior, designados pelo Chefe do Estado-Maior do Exército. Os Cursos da Escola de EstadoMaior estiveram, talvês, durante uns 15 anos, sob a direção da Missão Militar Francesa; nos últimos tempos, a direção foi atribuída a oficiais brasileiros, assistidos poe oficiais franceses. Atualmente, acham-se a cargo, exclusivamente, dc oficiais brasileiros." O

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POR SORCIÈRE * !flB'¦____! P^^^Vh__ü feminina. Movimenta-se, com o início da estação, a grande elegância desanimo certo certo, havia, Maio, por Exrendendo-se o calor ainda por _ modelos muito embora os chapéus, etc, em encomendar vestidos, outono. do viessem procurando seduzir as mulheres desde os primordios P^ x-—v/ ate esperando-s mesmo, Agora, porém, é o inverno que se vai inaugurar em beneficiando as mulheres quo a temperatura favoreça os costureiros diferente da que se vesfu maneira de com paramentos novos, vestindo-as ..... nos longos meses do nosso último e rigoroso estío. imatena de tonai.Da vez passada falei do azul como novidade em dade clara para a temporada de vestidos escuros. moderno o Hoje venho acrescentar oue se emparelha como colorido negro, de vermelho telha, havendo-se apreciado também, e em tra|6 formados, "allure sport", destinado à tarde, alguns adornos graciosos vercordão de aplicadas em estr.as por lantejoulas negras, luminosas, .Ifl melho, como bolsos, pequena aola, ou ombreiras. a alimentando esta A voga excessVa dos adornos à marinheira é que de usar feitura de outras guarnições, pois depressa se cansam as mulheres o que toda gente usa. E os vestidos vêm mais enfeitados? , a sorte de borSim, alguns, porque se está tomando gosto por toda __._..-• ' «*;dados, de encaixes de renda, de franzidos, incomparave.. Outros, entanto, surgem numa simplicidade exptendida, , na elegância de suas linhas.ríg:das. , com bolero, Há para a confecção de blusas sob os vestidos escuros, "taffetas" escossês. Quando mais alácre, mais moderno. de modelos prccio.o E tive oportunidade de apreciar uma coleção "gris", blusa "grenat" e bo;onado em gorgurao de seda Lindo "tailleur" de lã " donde um era de origem inglesa, confecc canotier" de feltro cinsa, Pequeno brancas. Ias embue com alguns panos godeados de véu preto e rosa vermelha. preta, muito liso de corpete, a saia guarnição boUos franzida. Quatro tidos na parte da frente, na de trás levemente ornem de terno d botões com quatro bem ..os'mangas a três quartos a blusa nas costas. Só de punho, outros¦ quatro fechando t_arte ¦« ww na* pai * n l • n • ii J I mais modelo , de mais chie . de imaginar se possa isso Etudo que "tailleur beige" claro, um pouco modificado na sua linha Um "pèlerine" de lã verde garrafa, uma clássica éra completado por "turban" de confecção, na parte da frente guarnecido por mais um de estamparia de seda à oriental, prevalecendo um motivo, em fofo,"toilette", e dois grampos dourados com pedras os dois tons de transparentes. verdes, bem na estação que a Norte America A estamparia, agora em moda aqui, pois nem sempre há rigores atravessa, pôde ser aproveitada de frio nas nossas luminosas paragens. havendo-os para todos os Os chapéus vêm de várias fôrmas, assentando, contudo, em quem extravagantes, muito tipos, alguns alguns a'nda provocantes, e a nota normais; mais outros assentam, à fisionomia um reflexo de candidez, expressVa dos que emprestam ^* _*ik i¦ "quand .ry^B w* émmW même"... _M aqui tenho dito e repetido: a moda para o inverno, no Brasi!, Já • \ §L nos países onde o frio é mesmo de doer. é a que a primavera lança fotografias da família encontraremos o de álbuns os Revendo autoriza para a elegância do elemento fenrnino. se agora que Pensando pela maneira de outr'ora, ou fruindo dos direitos quo moderna há de gostar de se outorgaram ao homem, a mulher êxito no passado, embora tiveram coisas as que adornar-se com levando-se em conta que a cinestilizadas, tanto um venham a uso transformaram-se na silhueta arredondados e vespa quadris tura de

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OZir.a cZe Haviiland, uma das mais elegantes "stars" de Hollywood, sugere, pam jantar, este elegante traja de "maroeain" preto, o sari forrado de "chiffon" azul verde.

Copia, em estilisando. o mo a a espanhola este vestido de "ehiffon" branco e "lafcttas" negro, bordado a contai pretas e prateadas. Foi ideiaão "grand soir", em para upretentação de miss O' Hara.

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Orry Kelly desenhou para a elegante Mo.ry Astnr esta pelerine de pêlo de camelo bordada a ouro e branco no estilo barôco.

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de e-ola de orguarnecida e rendinha branca, ganzá moldura de fita de veludo ôxo batata.

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Costume

de

"taffetas"

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petróleo, guarnição — Traje tite plissada de tarde. para

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J.

Casaco

39Í "beige". lã Novo fôrma e eleoarte.

de

de

Casaco

aa o

MALHO

branco, botões prateados, "turban" gola de veludo castanho, de jersey branco. — Vistido da lã escossesa e lã azul de pervinca.

Durante o dia é gracioso esta "grenat" "ensemble" de seda c a s o c o e bolas brancas, branco —

62

VI — 194 1

VI — 1941

de

lã.

(53 —

O

MALHO


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Na casa de Ida Lupino, em Hollywood, há esta sala, a "star" da Warner deu o nome de "playroom". Ê uma que a espécie de ambiente rústico, destacando-se a alegria das chitas estampadas com tons fortes côr de Havana, distribuído na madeira dos móveis, das portas, do teto, etc. A idéia pode ser "living aproveitada em room" do mesmo caráter

DECORAÇÃO

_^_B^w___b?___l___ __P>^-^S___z '

DA

CASA

I -B_i' ~_B_ _________^_>^*V ___i _P^^»* * ' _¦_» j____fl _K_

Elegante, prática e confortável é esta poltrona - divan, a qual, como se vê, se transforma em poltrona e "pouff" —

_f_r^___9_^ SER *^Jf_C_íI^_P5_B_í^-W--_.-M

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separadamente

DECORAÇÕES ORÇAMENTOS

#

GRÁTIS

íiíxes

ASA MATRIZ

E ESCRITÓRIOS

E

TAMBÉM

NO ANEXO A

65-R.oaCARIOCÁ-67- R. 7 de SETEMBRO-82 n

MAI.Hf)

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SEGREDOS DE BELEZA DE HOLLYWOOD POR

MAX

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FACTOR

BELEZA E INTELIGÊNCIA

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"LINDA

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PORÉM MUDA"

Esta frase — feita americana, repetidamente usada pelos homens, relativamente às mulheres atrativas e bern vestidas, sempre me desgostou. E' uma observação estupida. Infere-se daí que somente as mulheres de inteligência negativa se podem interessar pelo aprumo pessoal. A mim, parece que, justamente o contrário, é exato. A muiher tão bem que compreende as van+agens de se apresentar vestida e cuidada, quanto fôr possivel, revela uma irrleligência de alta classe.

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aSaSl

Apesar de serem os homens principalmente que usam "descritiva", esta frase é mais do que certo, que preferiamos mulheres fascinantes. E, em minha afirmativa, acen"fascinante" fúo as palavras "linda" e como sinônimos, porque o são, a este propósito. Esta preferência por mulheres de aparência atrativa, sempre afirmei, é um gesto natural e mais que instintivo. E' a mais inteligente manifestação de um homem. E, pelo mesmo motivo razoável, o mais inteligente procedimento de uma mulher é apreciar e ampliar seus pontos naturais de beleza, ' aue, de nenhuma outra forma, sei rão evidenciados,

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HOMENS

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MULHERES Não estou, em absoluto, sósinho, nesta opinião. Grandes psicólogos, pelo mundo afora, aconselham às mulheres comjovens tratarem de sua beleza, antes de escolher seu futuro. panheiro E, pontificando entr© as diversas razões apresentadas a a,irpor esses cientistas para apoio desse conselho, está de assunto é feminina mativa que fazem, de que a beleza "Lindas crianças importânda grande para a posteridade. sempre herdam a beleza das mães", é o argumento com que substanciam suas deduções. "standard" de beleza feminina Nos dias presentes o não é resultante do estabelecimento d© regras arbitrárias. Elas têm razões práticas (as mulheres) que as guiam para uma existência mais sadia e mais feliz. ESBELTEZA Consideremos a esbelteza, por exemplo. A elegância de linhas gentilmente curvas é muito apreciada, hoje. Chea beleza^ da^ configamos a aceitar isto como regra para modas há ainda a guração feminina. Mas, ao lado das saúde a ser considerada. fiTal figura é a mais sadia, geralmente falando. Uma "superabundantes", de excesso possuindo gura de curvas sadia. Excesso de gordura, está longe de ser considerada uma banhas muito concorre para o desageitamento de mulher. j todos os Do mesmo modo podemos considerar que de mulher, a levam conhecidos, adornos de beleza, hoje sadia. vida uma um modo ou de outro, para

VI

1941

- 65

Brenda Marshall num elegante vestido de lã e seda verde garrafa TÉDIO Uma tez clara e um cabelo lustroso não são apenas indicativos de tédio feminino. São, também, evidentes sinais de saúde. Tenho notado que, em todo o campo da atividade feminina, há exemplos notáveis de mulheres que desaprovam a idéia de inteligência separada da beleza. Hollywood, com seu ilimitado número de lindas mulheres, oferece uma impressionante combinação de beleza e inteligência. Irene Dunne, Joan Bennet, Sonja Henie, Joan Crawford, Louise Rainer, Carole Lombard, Greta Garbo. Kay Francês, Claudette Colbert, nenhuma dentre elas apre"negligência mental". senta sinais de DISTINÇÃO Cada uma delas se tem distinguido em outros campos, além do Cinema. Quase todas são adeptas de tra risações e altos negócios. São peritas em artes e letras. E, não obstante, todas possuem grande beleza e apreciam o valor de enaltece-la e preservar. A caraterisação !"linda e muda" não se aplica a estas damas, ou a quaisquer outras que procurarem apresentar uma aparência atrativa. A mulher que não conhecer a "muda". verdade desta afirmação é, no caso,

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JOGO DE TOALHAS PARA MESA DE

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Este jogo consiste de um centro de mesa e duas toalhas quadradas, de 16,25 cms. Material necessário : 46 cms. de organdy branco de 90 cms., de largura. (Stranded 1 meada de cada, de linha Mouliné "ANCORA" F 407 (verde), F 408 Cotton) marca F 444 (meio (verde escuro), F 441 (amarelo pálido), 796 F (ouro pálido). amarelo), F 721 (branco), a beirada. para 3 mts. 70 cms. de renda fina "Milward" n.° 7. marca Agulha de bordar EXECUÇÃO: — Cortar o centro nas dimensões cada de 82,5 cms. x 23,5 cms. e duas toalhas, medindo uma 16,25 cms. quadrados. Riscar três repetições do ramo no meio do centro simples do de mesa. Cortar dois ramos com flores O

MALHO

uma das toalhas mequarto ramo e riscar um em cada nores. as O BORDADO: — S — ponto de haste, para inclinado, cheio ponto hastes (1 fio de linha); SA H - ponto russo, palinha): fio de folhas as (1 para - ponto ra as pétalas das flores (2 fios de linha): R . linha) de fios flores das ( rumeno para o centro cores. das distribuição a Vêr o diagrama para Dobrar bainhas de 3 milímetros de altura e prende lide-las com uma carreira de ponto russo (1 fio a Pregar nha) pelo lado do avesso com a côr F 408. renda na beirada da bainha. na revista (Vide o risco e a indicação do ponto 15 de de Junho de ARTE DE BORDAR no número 1941).

— 66-

VI — 194 1


VARIEDADE, QUALIDADE E ECONOMIA

p*m* á#*2_*1

MOVEIS A, I COSTA (A MAIOR GALERIA DE MOVEIS DO RIO)

I . Andradas. 27 - IA: 22-7895 -1. Conceição, 28

ittl_LANI_OLIA

a^//___^2a

Veiu a erma noite ... e eu aqui sósinho ; Neste antro velho, nesta casa escura, Sem o calor materno e sem carinho ; Mas co' a saudade — seta que me fura ! Como me sectura esse vil espinho Agudo, com a ponta fina e dura Que vem de leve, bem devagarinho . . . Furar meu peito — que dôr, que amargura !

^-~-i_£—-^ AmmW-u,

A 2.000 METROS DE ALTURA

Lúgubres noites de murmúrios tristes ... Oh seta ingrata, para que existes ? Agudo espinho não me firas tanto .'

como-stt\

Vê quanto sofro, atende aos meu gemidos ; Vê os meus olhos, como estão doídos ; Como somente de tristeza eu canto ! . . . ROMAO

DA

Possue um duplo lubo cio ce* luloide. que limito os eleitos da pressão atmoslerica. Por isso num avião, evita o vasamento da tinta. Garantida por 10 anos. Ceda P1XOT é acompanhada pci um tinteiro especial graus.

TERRA FIRME Encontra-se

SILVA

nas

Casas

Cruz,

Casa

Mattos, Caneta Carioca,

Casa

Marzulto,

Casa

Marítima.

Casa

Bruno

»iniiMitni»iMHfmtyni..iiiiiiuiMitinr "¦¦¦" '¦""""""""""""«jiimimiirniimiii »niniiiimiifntTTiiTiiiinntTHTiiitntrftiiii'»itiiii''""""""»iai

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T R I N Males de estômago?

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TRINOZ

Males de fígado ?

TRINOZ

Má digestão: corrija m com

TRINOZ

de Crnesfo éouza

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Costa na Educadora, mas policiais.

com

os

seus

progra-

Attila

Nunes é o locutor-chefe d.a Edusua nova fase. Emilinha Borba vai em progresso r.a Nacional.

cadora

na

—Moacir

Bueno Rocha, apesar de antigo rádio, é aindia um número dos melhores Ipanema.

no da

Elza sob

aaaai

bons —Erick teatro

de

WmW ^Èk

Va'le é auspícios

Ceraueira vai fazer na Educadora.

Arnaldo repertório

seu

uma artista na PRH8.

começa

quo um

programa'

Amaral deve ter cuidado que onda muito sovado.

no

JícrediÍQ se qulzer... Há mais de dois anos, Carmen Mi"Argentina", afivelaranda tomava o va as malas e saltava depois, nos EsUnidos com um contrato disposta a vencer. Venceria ? Não venceria ? A duvida, de vez em quando a assaltava. E os fados lhe foram fa-

tados

por isso que ceia, agora, "luncha" com Greta Garbo,

voraveis, com

Myrna Loy e almoça no apartamento de Marlene Dietrich. O rádio brasileiro perdeu assim a sua maior figura feminina. r,

"hora

Condido Botelho na do Brasil" de Buenos Aires

vitorio:amente ao levado Depois de ter Norte os ritmos brasileiros, com biilhantes atrações nos Estados Unidos, Car.clldo Bo. telho o aplaudido cantor patrício foi convidado a integrar temporariamente o east da "Rádio Municipal" de FJuenos Aires, toman"Hora dei Brasil". Por esse db parte, pli, na motivo o querido astro partiu de avião para a capital platina, onde se enconira obtendo os merecidos aplausos que sempre oonquiítou onde quer que se faça ouvir.

TSdad

Todavia, até agora, e é que deve causar espanto si pensarmos na chusma de imitadores da garota notavel. não teve ela quem lhe tomas-

m '

se o scéptro. Ela continua verdadeiramente

UMA

REVELAÇÃO

1941 do Paulo Garcia é a revelação de rádio. Trata-se de um cantor sert-io, oquilibrado, sem querer imitar os outros, que a Tupi apresenta capaz de se e'evar ainda muitissimo no rádio.

insubstituível.

O samba mesmo, a musica popular não encontrou até aqui — pelo menos é o que se observa, — alguém com o valor de Carmen Miranda. A sua saudade, infinita, carioca, permanece com o vácuo imenso que ela deixou nos estúdios da cidade. FRANCISCO

GALVÃO

Qu;ando se pensava no muito que Foindiscutivelmente Zarur, .•ria fazer Alziro "broadeaster" na uma prestig;osa figura de Ipanema, ei-Io a ser contratado para o Ceará, onde muito terá de fazer pele seu adeantamento radiofônico. Merece Paga,

Rosir.a

elogios a atuação na Nacional.

brilhante

de

A trela desta

Mairink precisa de procurar uma es"east" ressente-sq de rádio. O seu f,alta.

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a lamentar, na atuação desagradável do Professor Afírnl o rádio é coiza mais elevada, deboxativa. Renato em

suas

me'horando Braga vem atuações na Ipanema.

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na vai estrear Dircinha verdade. Mairink Veiga, ainda este mês. Hélio Soveral é quem substituo Anibal

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J\^A¥^MrifL

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VIAJANDO

E'

MALHO

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Tupi, a • Bacurau. e menos

Linda Baptista melhora, dia a dia. E' uma escalada que pode perigar o prestigio da irmã.

O

' Á\\

— Devemos registrar com prazer o aleventamento que todos sentem do nível artistíco da Nacional. Continuamos

mTAsssssssVBesssstsss^í'

da tam.

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SUL

Lolita França e Murilo Caldas — eis uma dupla de público certo, capaz de agna'o. e que se encontra viajando pelas emissoras sulinas. Dois artistas que se compe.Cartazes coloridos db rádio carioca.

08

V I

1941


a^w^^^Si H j M

TSuqtieú Qual será o cartaz Internacional da PRA9 este mez? O Ladeira, cada vez mais deliciosamente gordinho, acredita que o sucesso deve se esperar com os números da fora... Queixas e mflis queixas contra a atua"Proqrama dos Calouros", do Ary cão no Barroso. E tudo porque éle com as suas gra_ ças pesadas, ofende muitas vezes os oandidatos que enfrentam ali ao microfone ao? domingos. . . cxXerem e Dentinho, que ancoram cursionando' no Norte estão no Rio. O humorista Chiquinho Salles reaparoatravés da Educadora. Newton Teixeira entrou para o quadro des cantores da Tupi. E se Janir Martins risse menos ao micro-* fone? Seria bem conveniente para o públicd e tavez para ela mesma? "Chá das Bem interessante o programa CsrRamos de cinco", de responsabilidade valho, que se irradia através da onda da ceu

aftaiHa<aManaa WÊÊBÊmmmmmmmmmwmmmwmsmm

. . <Sw-

Ir

RADIO

TEATRO

mérito real, verdadeiramente esquecidos da. O radio teatro conta com artistas de de Oliveira 6 um deles. Muitas vezes os nervos do leitor terão vipublicidade. Arthur segura nbs papeis em que tem tomado parte, na brado atreves da sua interpretação Veiga. luoí e ra Mairink

Tupi. Cândido Botelho pôde fazer sucesso na palco, mas no rádio está provado peia Tupi, que deixa o ouvinte encabulado. Bem "Três

agradável a exh'bição radiofônica marrecos". ¦ Outro cárrnrada cue ri demais ao microfóne : Celso Guimarães, que fona- disso é ainda um dos nossos mais discretos locutores. dos

E onde vai o cartaz admirável de Carlos Frias? Há quem diga que êle se er.contra_ muito arrependido de ter feito o filho pro-

A do Patricio já foi concedida, 9 tambom era sem tempo. Não é verdade que Cordelia e Plácido Ferreira, deixarão a Mairink. Já repararam como o rádio durante o dia, pela sua falta absoluta de programas interesantes, dá sono? Bem agradáveis os programas de P. Xisto na Cruzeiro do Sul.

de Alzirinha E quem pode dar noticies os Estados Uni. Camargo, que embarcou para empanar o sucesso dos, ao que se dizia para Miranda? Carmem de farfalhante —O "Grande Othe'o" pretendia ir aos hsfazer sjcosso legi-, tados Unidos, onde deve timo no bairro de Herlen. Espera-se para breve uma aposentadoria; _

do

Lamartine

não

Babo.

digo. . .

VIDA Amm\\

RADIOFÔNICA mmmm

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VI

19 4 1

-a dos maii compositor d' Edgar Cardoso sJas vaifestejados. Tem público e veste as s; ' sentimentalismo ensasis ee1 canções de um sentimentalis: registro. Atualmente está • volven ., t_ll\JIIW digno de IO, VCII ite, excursão artística o, de volta aa uma excursã no Rio, Belo Horisonte é

um

- 69 -

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O

MALHO


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a

deixando

vel

pensamento cristão. preciso que o mestre da criança para chegai

de

desça

ao

até

ni-

o

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Deus.

Problema

flutuando.

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Rua...., 'cidade.

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cima do

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I

SOLUÇÕES DO NUMERO ANTERIOR

Po-

água

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0 TÔNICO CAPILAR POR EXCELÊNCIA 0verdade/roE//xir /f

i:m

égua.

com sobre

Ponha

Hormo-Vivos 1 e 2 Nome

copo nha

Arranjo

^—' BELA E A FERA

A

A\Am4m

DR. PIRES

Busto

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II

Guia da Belleza

de

Crisóstomo)

da

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RUCIGRAMA

C

Estado

um sucesso do PEITORAL o. ANGICO

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VENDE-SE EM TODO O 8RAZIL

I

O

tivo

de

Estado,

profissão,

Quadro

antigo,

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tamjar 24

üf&tÍÈmàn\\*JmJliA (PÍLULAS DE PAPAINA PODOPHYUNA) Empregadas

além

figado de

ou

I

de

moléstias

intestinos.

Designa3

a

calcular;

5

9 —

Condenado

Preposição.

4

ai-

Grande

aranha

da

Medida 14

quadrados; mero;

15

palmipide; nar

(as avcsa?);

Améilco

13

12—

de

Carro

I I

Inseto

18

paredes

de

fa'sas;

Tapeçaria

salas

ou

laminos;

a 100

metros

coleoptero

tetra-

de

16

antiga,

galerias;

I?

CRUCIGRAMA Qualquer para —

(Solução

Sul;

Dicionário C. de

no próximo

do

número

passado)

orMula

(as avessas).

(Solução di

10

romaio;

Reduzir

superficie

Noticias

Pa8

Usurario;

semelhante;

EXIJAM SEMPRE PARA FEBRE THER/WOanETROS "CASELLA

número)

LONDON

Figueiredo

O OVO QUEBRADO

TODOS OS ARTISTAS e todos os filmes passam por

Essas

são

indicadas

nas

moléstias

do

e prisão de ventre. São um pododigestivo e regularizador das funcçõet

figado roso

portal;

--

inscrev.arn .os

se

que

ensinar

2

coletividade;

7

Serpente;

E

cabeça,

tônicas,

dores

nas

successo

com

estômago,

dispepsias,

meda;

Igual,

9 *„¦ ratada por certo bandido Uma -ça fo, P^da . esta ^ ^ ^ A historia é es',, <i a espera a ^ ^ rnantida num esconder^ *f*Á«™ ir cair «m ha podo esconderijo JZo uidado, porque

¦ * M ¦VaSj)\r^aQj>tf^^ftf^)

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pílulas,

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HORISONTAIS

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um se

ovo

fica

diverte

com

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vontade

corne-lo

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as formas sombreadas isso cortando se9 S (Solução

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^71VI

194 1

seu

goste

e

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O -

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numero)

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DE

CURIOSIDADES

e LENDA TECHNIÜA

Os sêres, que as (adas faziam derramar riquezas pela bocca, se tornaram reaes com a grande creação da lechnica — o . . . SPEAKER

dKV

jmmmmmmmmm

MILHARES de PESSOAS OUVEM DIARIAMENTE SEU ANNUNCIO RADIO SOCIEDADE DA BAHIA S.A. PASSEIO PUBLICO TEL. 6170

Em Tenessee (E. Unidos] — Um pai, não podendo mais suportar as impertinencias de seu filho, um garoto de doze) anos, levou-o perante o juís para que providenciasse os meios de pô-lo numa casa de correição. Deixe-o comigo — disse o juís. — Ficará aqui em casa. Após alguns: dias, o pai do garoto soube que seu filho comportava-se admiravelmente em casa do juís, òbservando uma conduta exemplar. Como foi que o sr. Juís conseguiu emendar meu — filho ? perguntou intrigado o pai. Muito simples — respondeu o Juís — O -senhor negava-lhe comidas, aue o resto da familia comia, castifazer o congava-o com jejuns, quando justamente devia trario. Criança bem alimentada com tudo que lhe apetece, tem outro comportamento. Recusando-lhe comidas, especialmente as que contêm vitaminas, o senhor só podia fazer dele uma criança anormal. • Certa ocasião, um explorador, internando-se na Tasmania (Australia) ficou algum tempo entre selvagens. Mas um dia, ao tomar banho num rio, perdeu a dentadura e Tre; por quanto pesquisasse, não conseguiu encontrá-la. anos depois voltou ê!e ao mesmo lugar e teve a surpresa de vêr sua dentadura pendurada ao pescoço do chefe da tribu. Por mais que fizesse não conseguiu reave-la A anta possue força descomunal na musculatura abdominai. Se uma sucuri ou gibo:a ataca êsse animal, e:e encolhe o ventre, deixando que a serpente o envolva inteiramente. De repente incha a barriga e com tal violência que arrebenta a espinha da cobra. Quando nada, a anta fica com a cabeça em tal posição que de longe assemelha-se a um pato.

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R.

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VI

194 1


ORIGEM DO

HISTÓRICA

CORREIO

NO

BRASIL

.

Até os fins do século XVIII, o serviço

dos

esteve

entregue

Constituía sendo

no

a

Homem

obteve.

passou

ao

família

Gomes

Brasil,

particulares.

verdadeiro

Luís o

que

correios

privilegio,. o

primeiro

apresentado pela

Posteriormente, exclusivo

domínio da

jxplorou até 1797.

Motta,

o

que

Nesse ano, por

decreto de 18 de Janeiro, foi avocado à Coroa.

LIGA BRASILEIRA DE ELECTRICIDADE

da

tf Nacio»

Pelo regulamento

* r*15*

í/ma Hora de Gravações e Execuções de Musicas Finas!

s instruções de 6 de Junho de 1799, de

8

de

Abril

e

Junho

de

1805,

ficou

dos a

Negócios

cargo

a

geral

das íóstas,

Admi-

de

e

Correios

Po-

le Terra e Mar.

Diligências

n 3°to-

sob

Estrangeiros,

denominação

íistração

de

20

de

que a criação do coentre nós data de 1808,

de-se dizer, rreio

para

Rio

o

^A^-tí* „•. .,., Ver»

João VI se transferiu

quando D.

de

Janeiro.

Várias

providências foram adotadas para assegurar a perfeita regularidade. Em 5 de Março de 1829, José Ciemente

Pereira

completo. ções nas

reorganizou-o

por

¦pjAS 13 AS 14 HORAS, a Liga Brasileira de Electricidade oferece aos rádio-ouvintes do Bra sil o seu grandioso pro"Ondas Musicais," grama repositório tradicional o da música de classe Becthoven... Chopin... Mozart... Carlos Gomes... Wagner... um programa dedicado à cultura, ao re

finamento da sociedade brasileira... Ouça toda» as 3as. feiras, nas ante-penúltimas e últimas 6as. feira» de cada mês o nosso programa Ondas Musicais.

W m Vejo ao lado, o grupo de estações em que o programa Ondas Musicais é irradiado das 13 às 14 horas, e os respectivos dias de irradiação.

Vieram as administra-

lormalizaram-se

UGH BflHSILEIRR D€ €LECTRICIDflO€

das Províncias,

capitais

as linhas terres-

tres e marítimas.

"SIRVA-SE

Fato digno de

DA

ELECTRICIDADE"

nota é que, em 1842, anteriormente

PARA DAR AOS CEGOS UM ABRIGO E UMA OFICÍNA

ã França, Estados Unidos e outros países, o Brasil consagrou o sistêrrra de uniformização de taxas, esforintroduzida dois anos antes, na Inglaterra, graças aos k 1844, foi iniciada ços de Bowland Hill. -co depois, em no Rio

de Janeiro

a distribuição

domiciliaria

de cartas.

Diversas reformas realizadas no correr dos tempos melhode raram o serviço postal, convindo assinalar as reformas 1865, 1888, 1890, 1894, 1896 e 1909.

Or.

Telles CLINICA

de

DE

Diathermia, Ultra-Violeta,

Menezes

SENHORAS

Infra - Vermelho,

Rua Gonçalves Dias, 84, 5o s. 504-5

etc ;

Das 15 ás 18 horas. íels: Consultório 23-3147. Res. 42-1948

A "Associação Aliança dos Cegos", instituição altamente benemérita desta Capital, está realizando louvável campanha no intuito de dar aos cegos pobres e desamparados da cidade o necessário conforto para a sua desdita e meios de subsistência por meio de trabalho honesto permanente. Para tanto, é que promoveu uma campanha financeira pró-construção do Abrigo e Oficinas, idéia que tem despertado o maior interesse e congregado elevado número de adeTrata-se de uma causa justa e nobilitante, o soes. "O MALHO" se associa aos seus promotores, Dr. José Vianna Marques, Presidente daquela instituição, e Jorge de Lacerda, que representa os cegos a ela filiados, abrindo em suas páginas uma subscrição para a qual convida e espera o auxílio de seus leitores de todo o País. "O MALHO" encabeçará este moviDando início à lista mento e receberá com prazer as contribuições dos leitores, que devem ser dirigidas ao nosso escritório, á Travessa do Ouvidor, n." 26. Publicaremos em cada número a relação dos donativos recebidos e os nomes dos ofertantes e aqui fica aberta a relação com a contribuição deste mensário : "O MALHO" 50?000


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