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E MAIS TODO
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ELENCO E
NOVOS,
FORMIDÁVEL PÁGI-
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CHEIAS
SURPREZAS,
NOVI-
DADES, DIVERTIMENTOS, JOGOS, PÁGINAS DE ARMAR, AVENTURAS,
ETC,
NA EDIÇÃO DE AGOSTO,
ETC.
PRIMEIRA DA
NOVA FASE
D O TICO-TICO
A NOSSA CAPA L. F. de Almeida Junior. <|ne assina a nossa capa de hoje, é um dos nomes queridos da roda dos artistas cariocas. E a sua popularidade entre co|egas e companheiros, deve-a êle, principalmente, ao gênio tolgazão e extremamente comunicativo, desses gênios que se apossam rapi lamente da <• rapidamente ijos |>5em dentro do coração. Possui lor de vários prêmios, inclusive •¦ Premio de viagem a Tu opa. I.. P. d.- Almeida Junior i iu se especializado em quadros d>' gênero e •«¦ juras. Só de raro em raro l",u;l uma paizagem. xl is como tem talento e bom gosto artístico, paz dc pintar pai encantadoras, comç essa n»v damos na nossa capa de hoje, C uue e um lindo golpe OC nata da terra carioca.
Não só no enxoval
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Escolhido sortimento
mai tambem noa detalhes oa ornamentação do novo lar devem pni-.ii aa jovens que w casam Ambas essaa coiaaa serio com requintei depois dú manuseio d., GUIA DAS NOIVAS, a magnífica publicação da " Bibliotheca dc \r<'' de bordar".
RUMO _______________ ^ WÊÊIKÊ^^^^_W______\__mm____m_m.
AO
CAMPOS
UM "BUNGALOW" com sala, um, dois ou três quartos, banheiro, varanda, luz elétrica, água quente e fria, móveis, tapetes, rádio, poltronas, roupa de cama e mesa lavadas, luxo, conforto... campos de esporte, cavalos, etc... Tu to isto... de graça!! Será possível?... Sim, e até o transporte! Entretanto é preciso ser sócio do grande
"Club Brasileiro de Campo"
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1941
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A pedra fundamental do Hotel "Quitandinha"
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' Á) A Senhora Alzira do Amaral Peixoto quando saudava o snr. Joaquim Rõlla motivo de grande júbilo para Petiópolls a cerimonia do lançaFOImento da pedra fundamental do monumental "Hotel Quitandinha", soberba realização com que a empresa orientada pelo Sr. Joaquim Rólla, vai embelezar a pitoresca cidade serrana. Com a presença de altas personalidades, Inclusive o Interventor Federal e senhora Alzira Vargas do Amaral Peixoto, o ato teve grande solenldade falando nessa ocasião o Prefeito Cardoso dc Miranda e, na Wrimonia da benção, o Rev. Vigário de Petrópolis, que enalteceram a arrojada iniciativa.
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DE SOUZA E SILVA OSWALDO DE SOUZA E SILVA JOSÉ MARIA BELLO
ANTÔNIO
Diretores :
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DAS
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Número
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Direção e Escritório TRAVESSA DO OUVIDOR, 26 Caixa Postal, 880 — Tel. 23-4422
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Redação e Oficinas DE ITAÚNA, 419 , VISCONDE RUA Tel. 22-8073 — End. Teleq.: O MALHO
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O Prefeito de Petrópolis, dr. Cardoso Miranda, no momento em que pronunciava o seu discurso congratulatório Na mesma fotografia, o Interventor Federal e o Snra. Amaral Peixoto
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4 —
NUMERO
CONTÉM
78
PAGINAS
VIII
1941
*3e e/e pudesse lhe dizer a sua opinião...
refrigerador
Frigidaire.
Graças
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...revelaria, de certo, que a mais leve imperfeição, em seus alimentos, é motivo
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de indizivel mal-estar, para seu organismo. E esta opinião, acredite, é ainda
os alimentos em toda a sua pureza. Peça uma demonstração sem compromisso.
Paredes Refrigeradas, Frigidaire conserva
por demais moderada, pois seu médico lhe falaria, do mesmo assunto, num tom muito mais grave e ameaçador. Aceite,
FRIGIDAIRE s^%M4#í^
pois, a opinião de seu filhinho, garantidolhe alimentos perfeitos e saudáveis, com
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ifaa&tá0a& Resplandecente Beleza: Unhas inteiramente nçvas creadas por um estilista de fama mundial. Maior Utilidade: HOPOS compartimenlo* para armazenarnentO, ainda mais laraos e mais espaçosos.
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Menor Consumo de Energia: o famoso compressor "Poupa-Correnle", e idusiridade Frigidaire é agora superpotenciado, para maior poder
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túJuvfr de refrigeração c, não obstante, oferece consumo de energia ainda mais reduzido. Novas Vantagens Scnsacionais : escolha entre duas Unhas inteiramente ru com a mais ampla variedade de modelos. Paredes Refrigeradas: famosa e revolucionária criaratifição Frigidaire. agora cada por milhares de donas de casa entusiastas.
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ATELIER ZONATO — Flagrantes colhidos quando da inauguração das novas instalações <ln conhecido Atelier Zonato quando, perante seleta e numerosa assistência, se realisou o íie>fil< rie elegantes modelos, expondo aa ultimai, creaçôes da moda. O atelier Zonato, de alta coslurí e criações de luxo, i & Avenida Atlântica n." 8-'-', apartamento 5-
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Couto Valle& Cia. \ [DRACEJROS \ i«hi.-. para unitrucfiea, importaçio direta de vidros de todai ^ iI RUA
Mario Altino, filho dó caiai l h Mario Al tino Correia de Araújo
Senhorinha Angelina Penna, filha •!<> caiai I.ui/ Penna
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Mario do Amaral Júnior, filho Maria do do no«*o confrade Amaral, diretor no rio da Kucur *;rl d* A. I. P. I' i|ue vi-m ilc concluir, com brilho, o t-umo secundái io do 'loléa Io Americano, tendo Ingressado na Faculdade da Univi r-ni.nl.- do Elemei -I" amadorismo nacional, Ma do Amaral Júnior é, lamfisrura querida no* meio* nt-adi in.r.i-
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P* -SSmlJL. JIJEnlace Marilia reixeira Lopes
JoȒ Vieira d<- Brito, realiaadi
na cidade rir A rouca — Portugal.
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oomo sabe o sanofwichf.. E'a expressão commumenouvida. . teA cerveja Cascatinha além do agradável paladar que proporciona aoí alimenloí, augmenta-lhes as propriedades vitaminosas.
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PEDIR
UMA CERVEJA DICA APENAS
CASCATINHA GRIPE/ RESFRIADO/ NEVRALGIA/
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sua já tradicional Biblioteca do Pensamento Vivo, a Livraria Martins, de S. Paulo, acaba de lanNA assinado pelo volume sobre "Maquiavel", çar o Sforza, Cario Conde que está sendo, como os anteriores, distribuído pela Livraria Zeliu Valverde, nesta capital. admirável dúvidas e realizando um Esclarecendo trabalho de compilação, o Conde Sforza, conhecido político italiano, oferece um Maquiavel palpitante de verdade, digno da admiração que lhe rendem todos os espíritos cultos do mundo inteiro. Temos assim, no pevolume, o essencial das idéias do faqueno e elegante"Príncipe" . podemos, graças ao método moso autor do do compilador, travar um conhecimento mais intimo com a sua obra, para melhor julgá-la à luz das modernas concepções políticas e sociais. ANQUINHAS E BERNARDAS Editora Martins, de S. Paulo, dá ao publico brasileiro, nesta bem cuidada edição, cheia de atraA mais curiosos de Mario entes ilustrações, um dos livros "Maxambombas e MaraSette. o consagrado autor de São duzentas e tantas páginas da mais curiosa leitura, onde a nossa vida panada, M poéticos costumes dos tempos de nossos avós, perpassa, iluminada pelo estilo suave de um legitimo vaseulhador da nossa crônica. _ . , E ainda falta realçar a belíssima capa, desenhada por Belmonte. SCHOPENHAUER famoso escritor moderno Thomaz Mann é o autor da cuidada biografia e da atraente seleção da O obra do filósofo alemão Bchopenhauer, que nos oferece agora a "Biblioteca do Pensamento Vivo". Traduzido por Pedro Ferraz do Amaral, fica o elegante volume da Editora Martins, figurando entre os 11vros que ilustram o Brasil literário de hoje. São duzentas e virtte e tantas páginas elegantemente impressas, num lindo tomo cartonado, com sôbre-capa, como são os desta famosa coleção. •BRASIL PITORESCO" de sua Pátria. Charles Ribeyrolle. veiu para o Brasil e aqui passou o resto de sw_. vida. EXILADO estudando o pais onde se abrigou e que tão generosamente o acolheu. E' o resultado desses MtUOOa a magnífica obra que a Livraria Martins, de S. Puulo, acaba de lançar na sua Biblioteca Histórica Brasileira. como Considerada por todos os historiadores e críticos, "Brasil Pia melhor obra já escrita sobre nossa pátria, torêsco" respresenta mais uma vitória da conceituada editora paulista, prestigiada ainda que está, essa edição, por um prefácio de Afonso de E. Taunay e pela admirável tradução de Gastão Penalva.
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brasileiro é uma das mais antigas terras conheOmassiço das. Já emergido antes da época carbonifera. era parte integrante do enorme continente, que abrangia Madagascar, o Dekan e a África Austral e Central. Deu-lhe Suess, o nome de "Gondwana", ao mesmo tempo que acentuava a equivalência com a antiga Lemuria. Fragmentado por convulsões geológicas, ficou o rebordo extrêmo - ocidental, separado da massa central, resultando daí o isolamento da Não apresenta o território América do Sul e do Brasil. brasileiro, vestígios de erupções vulcânicas recentes, pois só se encontram rochas basalticas nos Abrolhos e em Fernando de Noronha. O fundo da depressão amazônica, era um enorme golfo oceânico no período secundário.
'CINCO
7T TÉ a descoberta do Brasil, a navegação se reduzia à pasQ sagem dos índigenas, nos caíques e pirogas, a remo, sobre certos trêchos do mar, nas baías e enseadas, nas grandes massas dágua dos nossos rios. Mais de três séculos esteve o Brasil, à mercê de portugueses, holandeses, e franceses, até que em 1822 sentiu-se com fôrças para proclamar a sua IndeAntes da fuga da Côrte Portuguesa para o pendência. Brasil, já era impottante a navegação ao longo da costa brasileira, não só de cabotagem, como do comércio externo ; com Portugal, as possessões da África e da Asia, Inglaterra e Estados Unidos. Nos portos de Santos, Rio de Janeiro, Baia e Recife, entravam e saiam mais de setecentas vélas anualmente, em busca de minério, algodão, açúcar, café, cacáu e outros produtos nacionais. A abertura à livre navegaçào dos portos do Brasil, em 28 de Janeiro de 1808, foi um grande passo dado para a nossa expansão nacional, no dominio do mar.
MILHftO
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VfíLEM
Saúde! Cinco letras qur «l»"1 uma lor,una' E nào Nào perca uma fortuna perdendo a saúde. Ê sempre procuro recuperar depois de a perder... o uso com melhor conservar. Conserve saúde continuado da Emulsào de Scoit. o mal. puro oieo de ligado de bacaTome lhau combinado com caldo • «odio. Paes e tilhos deEMULSAO de SCOTT vem tomar a Emulsáo de que custa pouco, para Scott Faça economia pre não perder a eaude ferindo o vidro grande. que vaie multo.
DE
EmULSflO maior teatro do mundo é o ópera de Paris, reconstruído O em 1821. Cobre uma superfície de 12.000 metros quadrados e o volume das suas paredes calcula-se em 1.300 .000 metros cúbicos.
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mina mais profunda do globo, é a mina de carvão de A Lambert, na Bélgica. Tem galerias a 1.036 metros abaixo do nível do sólo.
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monte mais alto que se conhece é o Ganrisankar (HimaO laia ). O seu cume se eleva a 8.840 metros.
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estrada de ferro que alcança maior extensão, é a de A Leningrado a Vladivoatock, porto do Mar do Japão O comprimento é de 10.500 qullometros. Essa linha foi iniciada em 1891 e começaram o trabalho pelos dois extreWos • A obra levou dez anos e em alguns períodos trabalharam 150.000 trabalhadores, organizados militarmente
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E UM NOTÁVEL O MILHO ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL A refinação de milho no Brasil, devendo ser das atividades fabris mais velhas, dada a nossa riqueza do precioso cereal, e das mais desenvolvidas, sómente ha onze anos teve uma fábrica moderna, porquanto foi em 21 de Julho de 1930 que o modelar estabelecimento da Refinações de Milho, Brazil S/A., moeu o primeiro lote de milho. Esta indústria, como é sabido, é de natureza essencialmente mecânica, de base química nuns deparuunentos mais do que noutros. A fábrica da Refinações de Milho, Brazil S/A., demonstra um exemplo de magnífica aplicação de engenharia prática moderna para o iim de operações técnicas em grande escala. Para demonstrar aos leitores o vulto de sua construção, basta frisar ter a mesma custado, raquela época, i cambio favorável a cifra de 30.000 contos. Daí o emprego do melhor e mais moderno maquinismo tanto no processo como no acabamento e empacotamento dos produtos. E' devido mesmo à natureza mecânica do processo da fabrica em e controle modernissimos, que os produtos "Standard'- e uniforme. questão são sempre de qualidade O principal artigo extraído do milho ó o amido, obtendo-se, depois, durante o processo de separação do amido, do germen e da casca, o farelo e o óleo de milho. O amido é vendido em grande escala, tanto para fins Industriais como para consumo humano, sendo considerado um dos principais produtos comesl vi Is; Maizena Duryea é 100'. amido de milho o diante de seu ótimo processo de fabricação e empacotamento, está absolutamente isento de qualquer contacto da mão humana, obedecendo, assim, a todos os preceitos cia higiene moderna. Por um processo especial de convenção obtem-se também do amido diversas qualidades de dextrinas, t.lucose e açúcar de milho, que tem obtido grande prefí rencia tanto para tins industriais como inedlcl_a do as dextrinas utilizadas também para o preparo dc colas preparadas e o açúcar para cores de caramelo. Dos inúmeros produtos que o milho pode oferecer, diante do processo que faculta o aproveitamento total cie .suas mínimas partículas, podemos destacar ainda 0 farelo e 0 Óleo, lendo que o primeiro é o produto que contém um mínimo de 2811 de proteína, constituindo ":;| li, e 0 Se0 gado dofl melhores alimentos ¦-'tiiidii é empregado oara para diversos fins Industrial*], sendo aue, depois dc convenientemente refinado, produz um lelii 'oso oleo de mesa. a fábrica da Refinações cie Milho, Brazi] 8 A. ¦ ütuada num terreno de 51.500 metros quadrados, locanum do* limites da cidade de Sáo Paulo, á margem do rio Tietê (bairro Anastácio).
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pela bocea, tornaram reaes
com a grande creação da technica — o . . . SPEAKER
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O CAFÉ BRASILEIRO NA AMÉRICA DO NORTE
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Hoje em dia as mulheres concorrem com os homens nos mais diversos ramos de atividade, nos escritórios, nas repartições, nas fabricas, no: campos. Nestas condições, e preciso que o organismo leminino funcione todos
os meses com a precisão de um cronometro. Nada de adiantamentos ou atrasos. A SAÚDE DA MULHER e o regulador por excelência, alem de tônico e anti-doloroso. Seu uso è uma garantia de períodos normais, sem dores e sem contratempos. A SAÚDE DA MULHER traz no nome o resumo de suas virtudes. «¦¦¦¦¦
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Apresentação do café brasileiro da atual safra, distribuído, em Nova York, pelo Departamento Nacional do Café, entre os comerciantes e torradores americanos e que foi alvo das mais elogiosas referêni-ia;;, de vês que os tipos finos de cafés do Brasil, de safra para safra, melhoram sensivelmente.
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NÚMERO DE CRISTÃOS EM TODO O MUNDO
A nova edição do "Manual Católico", i c»la que entre oa 2 122 milhões de habitantes do planeta, o número de cristãos é o seguinte: 289 milhões de católicos, 201 milhões de Protestantes; 1U milhões de ortodoxos e 9 mlIhões de fiéis de outras confissões cristas.
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A SAIDE DA MIMER CLINICA Diatermia,
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convidem Antes, diziam: Carmen: está -rmpre cansad. e du«tava E. na verdade Carmen ««pre
Gonçalves
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A venda em toda parte.
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SENHORAS Infra - Vermelho,
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Sobrevem
a
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de
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abatido e como que .nvene. ent, udo Tudoéamai mmartyrl-. ¦ n,ia timplaa evacuação nâo »eai* ha como aa tami
Nada ..mmi;^» CARTERS PU*I, H._.l... puni ,.,.,.,„. ,.„,,„„ correr livremente ««• «£
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' M I livremente. Peça a» Pulula» accoite mi.l ,!_,._ 0 Kitrado. Não Fraco 3 $000
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MAL H O
AMOR PELO * «* aV^2V^«lkl ¦ sTsaaA11s»«^bM
RADIO Uma radiofusor a norte-ameri cana — naturalmente — criou a •hora do amor", dedicada à s jovens que não teem uma paixão amorosa, aquelas que nunca ouviram palavras terrias. N o futuro, poderão diária mente, a uma hora determinada, escutar dian te dó aparelho de rádio, toda uma série de deliciosas frases de amor. O locutor lhes confessará uma profunda paixão, dará llusoes e sensações, que nunca expeíimentaram. Essa inovação é bem caracteristl ca do nosso século, pela sua slmPll"" çào quasi brutal, pelo seu costume de mecanizar tu do, até os senti-
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O uso das PASTILHAS MINORATIVAS restituiu-me a alegria e bem estar. Esse producto é um laxativo suave para todas as idades e também um excellente tônico e estimulante do appetite. Siga o meu conselho e tome
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minORATIVAS
coiitrq
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iD E ESTIVER l\ Ouça
NO BRASIL
P. R. A. 8
mentos. Dir-se-á que isto permite criar uma ilusão, talvez, porém não é muito convincen te; cremos que aproximar-se do receptor, para ouvir " piedosas mentiras" de um desconhecido, é menos agrada vel, do que enüretfaVr-M aos proprios sonhos, no silêncio que nos permite inventar ao nosso desejo.
A única Emissora Nacional que transmitte simultaneamente em duas ONDAS
6010 Kc/s 720 Kc/s
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JUVENTUDE ALEXANDRE PARA A BELLEZA DOS CABELLOS E CONTRA
CABELLOS BRANCOS
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1941
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C0WCRO1VS da Acquisição de uma REMINGTON © RECONSTRUÍDA reconstrucção das Machinas NA Remington, a fabrica Smith Premier emprega unicamente peças legitimas, procedentes do proprio fabricante da machina. Temos, á disposição dos intereslados em Agencia ou Revenda, catálogos e informes detalhados sobre o plano de vendas das machinas Remington S. P. Reconstruidas. Escreva-nos hojel
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Guia do Estado de Santa Catarina Esta Está aá venda nas principals livraprincipais llvrarias essa valiosa obra de corusulcônsul- j tas, publicado em 2 volumes. Alem Além da parte histonca histórica oe geograflca grafica do Brasil, principalmente desse Estado, o Quia Guia do Estado de | Santa Catarina trata de toda a inparte profisslonal, profissional, comercial e in¬ dustrial catarinense, tornando os dois volumes de grande utilldade utilidade para o comercio, comércio, em geraJ, geral, e indis- j pensavel pensável aos candidatos a concursos para o ingresso no quadro de funcionários funcionarlos estadoais. Essa obra eé editada pela Livra- j ria fia Central — Calxa Caixa Postal, 131 ji — Florianopollii Florianopolla — Santa Cata- < rlna. rtna. edição Sã
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Vl1* — 1941
Há 300 anos passa dos dois aventureiios holandeses foram pela primeira vez a Paris. N a t u r a 1 m e nte, mesmo naquelas longinciuas eras "* Paris era Paris e. portanto, tinha muito com que r u r p r e e nder aos seus v i ' i t a ntea. ¦'Ninguém terá, por isso, motivo para s e admirar, "dialendo c rio" dos viajantes, encontrado recentemente em uma de cujas paginas está registrado o tpisodio seguinte: "Encontramos homem um que faz canetas de prata, nas quais põese tinta com a e x t r e m i dade da caneta, podemescrever r. e paginas e pasem ginas, n c c e s s idade de molha-la no tlnEsse telro. verdade!ro mágico da escrita guarda e s c r u p uo losamente segredo de '*omo consegue pôr tinta no interior da caneta e como consegue f!ue ela caia naq u a n t i necesdade sária da pontr. destr. ultiRapidama. í a r á mente Nós fortuna. lhe mesmos compra* mos doze canetas a doze lulzes de ouro cadr. uma". Que Pena não conste o nome d ê s s e "mágico", inc o » t e s tavelmente o precursor das canetasc e tinteiro;: nossos dias.
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informafCt »• I recnico todos fodoi as. at mformaçõts nouo >*rviço i»rticq iecn,co Pfo aoan nosso FACILIMA: FACIIIMA; Peço \ APLICAÇÃO aPLICACAO </u(f.6i/imol 8"""grrtl. 1 HN1A» CABEIOS. CABCIOS dl» qu. Ji./nbuimoi AITC üíOf PINTAR 0Tnf.r»"onl. o intreíJont* folh.lo A ARTt ,ol.c,í» V'_N.?*! VIND**\ \l CONSULTAS APLICAÇÕES ___ CONSULT"dVAS APllCACdES "ioBr 0M 'A Janeiro OM S« tembr"o~.~Í0, sõ&r Rio de Janeiro VroVS»» \ Rua~ Sete <f#"SitmilwoViO, Vnome A \\ NOME . . . ¦. ¦ i.JI ciDADe _; -_ V\•_c/DADf .?s_rí?P------.?s_r??P-
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- um rosto livre de defeitos e uma belleza sem disfarces inveje o fascínio que suas amigas NÃO exercem sobre os homens... A mulher bella é sempre uma festa para os olhos de seus admiradores... A Sra. tambem pode ser admirada. Para isso não use artificios provisórios para oceultar e disfarçar as imperfeições do seu rosto, mas corrija-as para sempre com Leite de Colônia. Com o uso continuo do Leite de Colônia — - a Sra. removerá pela manhã e á noite os defeitos da pelle, espinhas, sardas, manchás, dando ás suas faces um frescor de mocidade... Leite de Colônia limpa, alve ja e amacia a sua pelle e é excellente como base do pó de arroz.
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-Mi STAFIX mantém o cabello penteado sempre em perfeita harmonia com a toilette
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VIII — 1941
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£/ma cewa de "Concerto Barôco", música de Bach, coreografia de Balcnchiv.a
E ao ouvir James Luján, fomos nos recordando. Não é êle filho de Rosa Luján, a conhecida poetisa mexicana? Não foi êle o jovem poeia detentor de um prêmio americano, com o seu livro Dark, Single Winds? Não é êle o tradutor para o inglês, do célebre poeta hespanhol Garcia Lorca? Ante nossa curiosidade, Luján cessa de falar sobre o bailado para dizer : Sim, e tenho mesmo a única autorização da familia do malogrado poeta hespanhol para a tradução inglesa de suas obras. Mas obtive a co laboração valiosa do escritor americano Richard O' Connell para o primeiro livro, que sairá em Agosto, publicado por Scribner's Sons com prefácio de Stark Young. Chama-se From Lorca's Theatre. Mas fugindo ao assunto pessoal, êle volta logo ao bailado : O resultado da tournée foi muito lisonjeiro para o American Ballet, o que não teria sido possivel se não fosse a admirável colaboração da orquestra e do corpo técnico do
O BRASIL NO BAILADO AMERICANO American Ballet fez mais do rican Ballet, com exceção dos bailados clássicos de Balanchine, apresenque uma simples tournée arti.sO tava somente ballets de temas puratica — disse-nos James Gramente norte-americanos, marcando ham Luján, o publicista da celebre um renascimento da dansa sob lu companhia americana que esteve no piração nova. Com Pastoreia, bailado Municipal. A sua passagem pelo Rio, de tema indio-mexicano com múapeaar de rápida, foi também de slca tradicional folk-lorica, começou tudos c peequlzaa. Archibald Mac êle o seu novo programa que i a Leisli, diretor da Library of Coninclusão de temas latino-americanos s, emprestou á companhia uma nas suas creações. Assim, o Amern-un maquina gravadora com cerca de 300 Ballet paua a ser o verdadeiro Baidiscos para recolher músicas do folklado Americano num servido lore sul-americano, que farão parte mais amplo, abrangendo todo da coleção permanente da citada Lio hemisfério. D'aí o interesse brary of Congiess. James Doyit mais de Mr. Kirstein em levar a Prestor. Corsac, que viajam conosco, New York, que é agora o centiveram diversas audições òrusitro mundial da dansa, os mokiras. Ainda é cedo para saber quais tivos sul-americanos que redas músicas gravadas oferecem maiocolheu resta tournée; como res possibilidades, mas já ouvi c de voltar ao Brasil para apreas de Heckel Tavares. O material rosentar o resultado de seus escolhido oferecerá inspiração para notudos. vos ballets de nossos coreógrafos BaA uma pergunta nossa, Jalanchine, Christensen e Dollar, mas mei Luján responde : com músicas, argumentos e cenai. i — Também a minha viagem brasileiros. Já nesta curta têmporanão se prende somente ao balda, apresentamos em Serenata, um let. A literatura sul-americana cenário de Cândido Portinari, e em é de grande interesse em NorApoio Musagete, outro de Santa Ro te América, neste momento. O sa. Devo explicar o que isto sign'.iiBureau governamental prepaca. O American Ballet foi fundado ra um intercâmbio literário em 1934, por Lincoln Kirstein e o cecom traduções de livros brasilebre coreógrafo Balar.chine, com a leiros para os Estados Unidos, finalidade de dar aos Estados Unie de americanos para o Brados uma escola de dansa que tive.ssil. Quero aproveitar minha i Importância nacional que ti viagem para lazer um apanhana Rússia, a Escola Imperial de St. do geral sobre o movimento liPetersburgo. Nas suas prime:. terário contemporâneo no Bratournées ou formando o corpo de sil. Voltarei depois, para combaile do Metropolitan Opera, o Amepleta-lo.
Teatro Municipal. Repito aqui as palavras de Mr. Kirstein : O público, pela sua generosa acolhida, e a imprensa, pela sua colaboração simpática, também teem a gratidão do American Ballet — termina James Graham Luján. JAQUKS "Despedida", bailado de Anthony Tudor
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A LUTA NO ATLANTICO NORTE — Os alemães travaram reeentemente, no Atlântico Norte, combate com vasos de guerra ingleses, que escoltavam alguns comboios dirigindo-se para as Ilhas Britânicas. Nes¦ sa peleja tomou parte o "Berwick", que vemos aqui, em destoque.
P°_ cTRO^'£R" U*"?® *Ç*? do ^°re«,Sí • •?:%£ Visttt Ir" polonês z&rsZc çame«t0 propo'ç de y«ndeS
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AS NAVES AMERICANAS "Destroyers" dos Estados Unid<>s cruzando o Atlântico para »' juntarem á esquadra inglesa. Vè-se no primeiro plano, <i direita, um dos canhões de 4" dos Poderosos vasos de guerra.
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OS QUADROS FAMOSOS que 1 morrer, que me d Sse tente que estais atrasado, por que éle já morreu, em Londres, o ano passado. — Ma.; náo se traia desta morte ordinária. Vtúo da morto doutrinal. A doutrina de Freud que Gastão Pereira da Silva brilhantemente un a \eIa na mão. Como V. sabe a sua teoria está baseada no sonho e este já está sendo banido aa cabeca do.^ proibido sonhar. Fi-eud . a sua doutrina numa época cm que a humanidade sonhava demais. O homem sonhava, todas sonhavam. onhava ser o, o medioci. er intell do que os êttte ma. outros. Todos esses sonhos deram < m O
MALHO
A." "Danseuses" de Dégas, um dos mais encantadores "pasteis" existentes no mundo. Acha-se no Museu do Louvre, Pari$. O que o notabilisa è a expressão do movhnenlo.
E PROiBID SONHAR resultado, os recalques em que se baseia a doutrina rio mestre de Viena. Os recalques produzidos pel i avalanche de sonhos, davam orígem a distúrbios orgânicos de variadas formas, indo da neurastenia sim o estado de demencia completa. A mociriade era a maior vitima desse amontoado de destroços que os sonhos unalisaveis iam depositando no subconcierte. Hoje a nova livre disto. O homem não sonha mais. A .sabedoria coi em andar de acordo com a reali18
dade. A realidade nao tem asas. B' isto que a: está: duro, inflexivel, aplfl Fora disto nada mais. A ordem hoje 6 esta: Olhar p'ro chão. Er a única forma de não tropeçar e não cair. — E achai bom este estado de coisas? Não sei si é bom, si e mau. E' o que existe. E' único. Éle é. Não dá lugar a discussão. Discuti outra forma de sonhar, e o sonho está abolido. Sob o ponto de vista médico, é um bem. O sonho lazia tanto mal, de acordo com a doutrina de Freud. Dava recalque a este dava doença. Apln caso a raedlclnn Indo diretamente no foco rio a do Irrequieto mosquito do sonho. E a saúde não ó o maior sonho da
humanidade? LEAL GVIMAR.. VTTT
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York, um posto eminente, teve a honra de entrevistar o pranteado estadista e músico polonês, logo (pie êste na desembarcou grande m etropole. Paderewski achava-se em companhia de sua irmã Antonina e de 11111 amigo íntimo, Syhvin Strakacz, cpie fôra seu secretario e representou a Polônia junto à Liga das Nações.
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Aigner, que nas hostes de New jornalísticas
Paderewski distrai-se lendo e jogando ao mesmo tempo, em companhia de sua imã Antonina. 1
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VISTO
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Paderewski apoiado nos braços de Sylwan Strakacz, que representou a Polonia na Liga das Nações, encaminha-se para a sua escrivaninha, afim de ler os comunicados de guerra.
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Para l.ucien Aigner, o excelso pianista que, cincoenta anos antes, viera aos listados Unidos para conquistar a América com seu piano, tornou ao Novo Mundo com o desígnio de pleitear para sua pátria a liherdade e a independência perdidas. A personalidade de Paderewski contêm-se na poucas linhas, que êle confiou àquele periodista:
¦ O grande artista lé os jornais da manhã n
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"Minha
diretriz na vida tem sido sempre inspirada "Siga nestas palavras: sempre o caminho réto". As ações humanas, retamente orientadas, contribuem ]>ara fortificar e desenvolver a nossa cultura. A dor poderia ser poupada. a destruição evitada, a luta
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pela perfeição e a marcha pará a felicidade geral pode"am ser asseguradas se todos seguissem pelo caminho réto". A
única
que pretendo longa vida de 'idades é um ianto onde eu s^r e apreciar
compensação para minha ilusões e reamodesto repossa repoua Natureza".
'•Ucien Aigner conta que, nit sino nos bons tempos,
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Fac-iimiU do último conc® i o ao pranteado passaporte Nesse documento pedia se Maestro. às autoridades rangeiras lhe concedessem auxílio proteção quando fossem precisos.
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O último retrato de Paderewski, tirado no exilio, após a rendição da Polonia 11 '
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quando a Polônia era livre, o ilnstre maestro trabalhava para o próximo, auxiliando, com o dinhetro <|ue auferia de seus recitais, os pobres e necessitados. Oesejoso de nunca incomodar o seu semelhante, evitou toda a vida pedir algo para si. Sic transit gloria mundi!... exclamou o jornalista ao penetrar no singelo aposento de Padere"Xesse mowski em New York. mento — acrescentou — eu senti, pareceu-me
VIII
1941
descobrir — 21 —
naqueles
olhos prestes a cerrar-se para sempre um reflexo de dias melhores para a sua longínqua pátria.!! Entre as composições de valor legadas à Posteridade figuram "Minueto , "Fantasia polonesa", • Concerto" e uma ópera "Marú Dresde em em representada 1901. XXX () governo polonês, concedeu ao imortal pianista, com caráter póstumo, a medalha de "Mérito militar A
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José Mojica, cercado de amigos. na tribuna do Jockey Club. O afamado cantor mexicano ao chegar ao Rio foi contagiado
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Entre o e o ultimo amor, a diferençaprimeiro é, muitas vezes, apenas ae data... A saudade dos amores velhos serve para estrumar os novos amores 'pensamento de do a filósofo). um jardineiro meti, Roncar é uma excelente maneira de cTJLrromPer. com espírito prático, os sonhos demasiado belos... Não há eternidade... nem mesmo Para a esperança. íeUcidade é o silêncio do espir,A ' como a saúde é o silên.assIm cin «o dos órgãos...
de uma realidade mentiro?0x.emPl0 "*¦ uma mulher bonita... que só impressionam berrf m^lheres as chapas fotográficas. voIi^k^0 é .a mais úmida das com¦ ¦ (pensamento de um111 higlenista hioi po.ét.icas¦aDalxonado).
cia da^Xim,eiKm lndicl° da intellgênsua Predlleçílo pelos homín j0s: desprovidos de intellgcncla fremiPnínor' as Promoções são mais Por antigüidademereclmento do que
um E' sempre arriscado colocaisentide em questões ponto final paus? kawl mento. A vírgula é uma e o ponto e vírgula — uma pausa prudentíssima... é O homem mais infeliz de todos de que coisa alguma tem não o que se arrepender...
Os homens conhecem-se pelo que dizem; as mlulheres, pelo que caIam... Os remorsos são formas dolorosas do arrependimento..
A amizade é um sentimento imoao ral: admite outros concurrentes objeto da sua afeição. o.am0^'na?: nao ou é profundamente egoista, ou é amor...
Diante do instinto das mulheres, a inteligência dos homens é uma sombra...
Não há maior desengano, para um homem sensível, do que realizar um sonho antigo...
A inteligência não envelhece, mas os homens inteligentes, sim...
toA esperança é uma fonte aonde a mas água, buscar vai da a gente morrem muitos cuja margem sêde...
Depois do último erro, infellzmente nunca vem o último arrependimento...
de A cousa mais dificll de conseguir — última palavra... é a uma mulher alj5Um Quando uma mulher pensa, cometido, ser está para novo pecado no mundo... No Tempo e no Amor, as previsões costumam desmoralizar os observatórios... de Uma mulher é tanto mais fácil conde íoi íacil mais perder quanto qulstar... amarAmar com inteligência é dos através mesmos nós a mo-nos outros...
A Verdade é uma coisa que se nãoE deve dizer às mulheres nervosas. a verdade é que todas as mulheres são mais ou menos, nervosas... No amor, o prólogo não dá nenhuma Idéia do que vai ser a opera... Quando se conta com a cumplicidade de uma mulher, nunca se deve ter receio de mentir... O esquecimento é o cansaço da memória, assim como perdão é o cansaço da vontade...
A diferença entre a inutil^a(^ura violência e os méritos dabrand"™ desde o pnn já estavam expostos enclpio do mundo con? o contraste tre a chuva e a tromba dagua...
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P VIII — 1941
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Se as palavras fossem recolhidas, ticomo as cédulas, quando ja "ao vessem nenhum valor, a palavra ailidade já teria desaparecido dos cionárlos...
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MALHO
as
"Cenas
da Vida de Bohemia", que Henri Murger escreveu foi, então, uma espécie de manual de procedimento que os homens de letras seguiam, não por subalterna imitação, mas empolgados da sugestão do pitoresco. Os cenaculos se improvisavam — e, como era necessário acelerar o sangue nas veias e dar centelhas ao cérebro, a força de coesão logo marcava tais reuniões em logares adequados: na Pascoal, na Cailtau, na Castelões — conceituadas confeitarias mundanas. Mas,
quando a Sociedade de Homens de Letras apareceu já a Colombo reunia o grupo mais seleto. Não obstante, outros se aglutinavam em pontos mais escusos; atrai das pipas de vinho da casa Viuva Henri, ã rua da Quitanda, onde nasceram ós versos
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O
Ressurgiu a Sociedade de Homens de Letras, fundada há vinte e cinco anos. e logo extinta, pelo grupo mais seleto dos escritores dt época. Seu último presidente (oi o escritor Oscar Lopes. Agora, com a mesma finalidade a sociedade reorganisou-se sob a presidência de Arnaldo Damasceno Vieira — poeta, professor, hixoriógrafo de grande renome.
heráldicos de B. Lopes; no bar Adorfus, ain-
Por
que foi fundada a Sociedade de de Letras 7 A essa época eu nao tinha credenciais para ser consultado — e Homens
não fui. Penso, porém, que a sociedade se organisou sob a sugestão de dois centros de cultura que então inspiravam o pensamento brasileiro: Paris e o Porto, principalmente Paris. A influencia portuguesa era restrita —
Na sessto de posse da primeira dlretoria — que se realizou com números* e brilhante assistência — falaram vários oradores, encarregando-se alguns de exaltar o vulto cultural dos prosadores que estiveram á frente do empreendimento: Bilac. Machado de Assis. Guimaráes Passos e tantos outros. Encerrando a sessão. Jarbas de Carvalho [ei uma palestra sobre a época da fundaÇáo da S. H. L.. referindo-se com bom humor, nâo mos escritores, mas aos seus satélites e aos seus Mecenas — aqueles que atendiam à bohemia intelectual daquéle tempo em suas dificuldades. Damos a seguir as palavras do nosso brilhante colaborador na memorável semsáo inaugural da Sociedade de Homen* de Letras.
Arnaldo
TIMPANAS - ÍÔDE EXCÊNTRICO BEBEDOR DE CERVEJA
embora
intensa. Quer dizer: poucos homens de lã chegavam até nós com seus livros — mas, esses homens nos davam uma impressão muito profunda: Eça de Queiroz, Ramalho Ortigão, Oliveira Martins, Almeida Garret, Chagas Lobato a alguns poetas, com a de Junqueiro ã fren-
alarmante irreverência
te. Propositadamente não citei Lisboa, mas o Porto — porque a geração literária que fundou a Sociedade de Homens de Letras tinha
Damasceno
Viei-
ra não me pediu que fizesse um disFELIZMENTE curso. Pediu-me uma simples pales-
o Porto como cidade mais intelectual — não a outra — e os literatos que perambulavam pelo Chiado não lhe mereciam maior consideração.
Mas,
Paris foi definitiva na forma-
tra, ou crônica do tempo em que se fundou no Rio de Janeiro a Sociedade de Homens
ção cultural do Rio desse tempo — um pouco do tempo de Luiz Edmundo.
de Letras. Não estranhem, pois, que eu não "Minhas começado classicamente: tenha
A literatura — quem o ignora 7 — náo é um mero devaneio: é um reflexo do estado
senhoras — Meus senhores !" Não o fiz exatamente para que ninguém tivesse a ingrata impressão de que eu pretendia fazer um discurso. Arnaldo Damasceno, sabendo, porem, da minha eloqüência claudicante, deu-me o Calixto — que aqui esti com o seu lápis prestigioso para ajudar-me. muletas:
E'
da
filosofia
da
felicidade
não
se
vida senão aquilo que esta ao aicance do mais realista dos nossos sentidos: o
amar na
tito. eu
Aquilo
não
em que não posso pôr a mão, seja uma gulodice ou seja
desejo:
uma mulher — que não deixa de ter, ãs vezes, tambem uma gulodice... Mas, agora não se trata senão de fazer uma palestra — e isto eu posso fazer. O
MALHO
mental de um povo. Vinhamos, desde muito, sentindo uma nítida penetração da cultura francesa — e essa influencia nascera da curiosidade brasileira, que desde os meiados passado era espevitada pelo comercio francês, pelas modas francesas, pe-
do século
los
restaurantes
dade crente
dos
vinhos
franceses e pela generoside França. Estou mesmo
que o sutil
e amoravel Champagne
tem exercido
no mundo uma ação mais penetrante e sugestiva que toda a diplomacia
oficial,
desde o seu aparecimento,
dourado
e ftuidico, no Século XVII. Não poderia deiMr de ser lógico e expressivo o cunho parisiense da vida literária do Rio em tal época. Vivia-se intelectualmente como em Paris — • 24
O 6ÔR0O JAC08 — QUI SERVIA, MAS. MELHOR IEIIA
da com suas mesas forradas de oleado,
em que se comia muito razoavelmente, sem toalha, mas por pouco dinheiro. Era preciso, entretanto, ser amigo do Joaquim, um portugués de grandes bigodes, satélite de literatos — que poderia ser considerado tambem homem de letras "honoris causa". O café Lamas era o refugio da madrugada para quem não tinha jantado e precisava do conforto de "media" — uma bôa máxima como tipo de ehicara — e um pãozinho torrado, que era uma delicia. VIII
—
1941
MECENAS DE OUTRO'RA Seria uma injustiça não lembrar uma velha casa tenhorial, no alto de Santo Amaro: * casa do Roque — um Mecenas alegre, celtbatario convicto, que tinha prazer em acolher quanto literato ou artista que decaísse da situação econômica e mantivesse a veleidade de comer e morar sem saber o preço dos alimentos e dos alugueis. Póde-se afirmar que duas gerações de bohemios intelectuais ali *e revezaram, escreveram, pintaram, amaram — sem a mais leve intervenção de taverneiro, nem do senhorio. Ali tambem vivia — ou vive ainda — um bode sestroso, metido a independente e que bebia cerveja. Mas, não aceitava senão ¦ de bôa marca — e, se lhe davam cerveja marca-barbante", atirava garrafa e caneca ao chão com uma cabeçada. Se alguém ria, «vançava, disposto a castigar o irreverente. Chamava-se Timpanas. O Roque e o Timpanas eram amigos — porque todo indivíduo excessivamente genero,° Procura sempre a estima de um animal para consolar-se da desilusão dos homens, Porque sua sensibilidade precisa extravasar»e para f6ra do ciclo biológico de sua especie. Assim foi tambem Manoel Lebrão — ou0 ^«cênas dourado — dourado não só Pelo ouro, mas pelo rutilante sucesso comerC'«l. Foi o primeiro dono da Confeitaria Color"bo, onde os homens de letras não tinham ma" ««"fés, porque o Lebrão já não tinha conta das letras que não cobrava. Como o Roque tinha o Timpanas, Le°r«o tinha um cão: o Menelick. Esse cão feve história, e dizem que teve funeral. Emim de Menezes, que o conheceu na intimi• — • Emilio honrava-se da intimidade os cães — escreveu éle uma sintese para biográfica em Ei-lo : soneto. primoroso
VIU - 1941
Menelick Não é um simples cachorro o E' um sêr que raciocina, um sêr que pensa, máu, que ama o que Que detesta o que é [é chie imensa ! E que é dotado de uma sorte
Simões meyer, o barão de Ibirocay, o Dr. Adolbar do Jacob, Corrêa, o paquidermico transsempre místico, — calado, pesado, fus Valhalla da cerveja, mas que ao portado lhe despertava quando a literatura indígena os cordões abria e hombro: tocava no largo
debique Somente abana a cauda por indiferença E trata com suprema Henrique— Certos amigos como o Rocha—o desavença. Com quem vive em constante
da bolsa... Como satélites, gravitavam em torno da literatura nacional com o prazer expluente da Loba ls.omana, ao alimentar não dois, — de mas dezenas de criaturas sequiosas,
Conhece toda a atual vida mundana E o segredo de todos os amores Desde a Tijuca até Copacabana.
uma sede inestinguivel I Nesse longo periodo de tempo decor— e, sem rido muitas cousas se passaram falar na morte, que é um acidente, verifica-
senhores, Êle é um cão que não morde, meus a gana Mas, quando mordem o Lebrão, mordedores! os morde... e Então lhe chega, Tenho me abstido de falar nos homens — porque de letras muito de caso pensado autênticos eles já foram lembrados pelos Luiz Edo Escaparam oradores desta festa. aquele por ser mundo e o Emilio de Menezes: cães de amigo dono da época e este por ser cronia fazer • panegerista de um cão. Para cuidar ca do tempo, não julguei necessário mas aos hodeles. Não me refiro aos cães, mesmens... Não se justificariam, porém, os "holiteratos aos relação mos escrúpulos em se não noris-causa" — que eram os amigos, eomenseus das letras, dos homens de letras, sais. que se honravam da ilustre companhia — que que não é monopólio da Academia dise snterneciam deante de suas constantes "vilissimo me— o ficuldades de dinheiro detestava tempo do tal", que a literatura ausenem virtude de sua ingrata e contumaz "honoris-causa" eram: o cia. Esses literatos Olympio NieLebrão, o França, o Roque, o
mos que modificações radicais se operaram aqui. Mas, em meio da agitação e da vida a presença do espirito precipitada, sente-se de continuidade que se afirma mesmo nos moldes novos da arte de escrever. E por isso é que ressurge a Sociedade de Homens de Letras. Esse renovo de uma planta tão vir de um trabalho porfiado preciosa teve de Isto é, uma coisa que sempre de semeadura. depende mais de quem faça do que de faltar*, porém, entre nós, quem fale. Não — e fale bem. quem fale "não ha meBenjamin Franklin disse que — que não lhor predicador que a formiga da diz nada". Quiz fazer, assim, o elogio ação. Este empreendimento, em que entramos um pouco como cigarras, teve a sua eficiente formiga em Arnaldo Damasceno Vieira. Devemos ao menos reconhecê-lo, ao virmos de novo à luz do sol.
MENELICK — O CAO QUE MORDIA OS MORDEDORES.
25
O
MALHO
Cléa
recorria
às estan-
tes do seu apartamento inteMARILDA ressante e claro: Psicologia do Amor,
Carne
e
Delírios,
Alma,
Pe-
sadelos do Século, olhando, renrtirando as
lombadas
coloridas
dos
livros
sem
contudo tirá-lcs para ler... Estava farta, farta das coisas, farta de leituras, farta dos homens,
farta
da
vida.
Vivia
um dos seus dias de nostalgia,
de in-
saciedade,
recor-
de
observação,
de
dações, aridez, de lamúrias. Não fora trabalhar pirraçando assim a rotina indesejável: levantar, tratar-se, almoçar, velada
para a repartição acotocom o borborinho das ruas, ir
lidar lá com números, conversar, tomar café, voltar novamente jantar... queria
Não, pensar,
não
para
a sair
casa,
hoje; queria pensar, andando tola-
mente, futilmente, de um lado
sentia
outro,
parados, a boca fria ... Fumou meia carteira de
cigarros
tomou
o telefone
para o as estações de rádio
revirando
sem ouvir uma só música, olhando ourabiscando figuri"bife" no nhas de soldados, batendo o mebaixo como assobiando e, piano nino de colégio. Estava saturada; co-
tra
vez as estantes,
meçára cedo a vida, perdera o pai, enfrentara a luta, estudara, fora capaz e forte,
vencera
Com
enfim.
vinte
e
poucos anos agora, já era quase chefe na repartição, trabalhava relativamente pouco e ganhava o suficiente para si e o auxílio dos seus. Era o homem
hoje
a
um
alma
trago
cinzenta, os olhos
de licor;
e
tocou; era o César, um dos seus fans. Deu-lhe
bola
e disse tolices de amar-
gar. Logo após o Wilson que também perguntara-lhe asneiras e tratara-a de benzinho do principio ao fim, e, finalmente um pouco mais tarde, o Cunha, que tivera telefonado para ela na repartição e haviam-lhe dito lá que ela não fora trabalhar naquele dia por motivo de doença. Refletiu d sua situação depois;
tomou
Psicologia
do
Amor
na
SAGACIDADE DINÉA FRANCO VAZ
estante;
leu um trecho;
sorriu
enfim...
ela era tola, a Marilda Cléa! Novo ei-
da
casa
iÊÉ ^* t^tfi
vidre
Marilda
a
espiava
lá
agora, da
chuva,
Cléa,
e,
fora,
pelo embaciado
janela os autos,
rodan-
pela do pela Avenida Atlântica, e,
mais além, o mar. Tinha a aima
_--
K^ _^^^^.
vasia
hoje
volúvel
e era
consigo própria. Não sabia o que queria. Moderna chama"meniva os namorados de nos"
e
tinha-os
todos
quase
das
nas
palmas mãos sem
tudo
con-
tomar
co-
n h e c imento
do
que pudesse relacionar-se com o Não,
casamento.
nada disso, cuidar da casa, da rou-marido,
do
pa das
ranzin-
suas
o
zices,
para Estava diabo! bem
tinha
liberta,
da
chave
^^A¥*aH
da tas,
rua,
e x c u rsões,
sempre
levando a
tolerante
MALHO
26
a
porta a fes-
ia
cassinos,
E,
era
assim;
Marilda
Zizi,
o
amiga. Cléa
garro e novo trago de licor. Recostou-se; entranhou-se mais para dentro do seu ser e, pós-se a sonhar com o César, o
Cunha,
o
Wilson.
tímido;
de
primeiro era passeiar com ela O
gostava por perto de casa, de mãos dadas, na beira da calçada, calado, cabeça bai-
xa e oferecia-lhe sorvetes de abacate. O
segundo
era
esportivo;
levava-a
a
chácaras, praias, tratava-a terceiro era arrogante, buo tú e, por zinava na porta, abusadinho, esperando de dentro da barata côr de açafrão excursões,
para levá-la ao Joá. E, Marilda Cléa sentia falta do amor... Sentia falta de tudo, sentia nostalgia pela vida... Alguém em casa gritou : Marilda, atenda o telefone, que barulheira infernal I Era um desconhecido que fizera ligação errada; tinha macia a voz, procurando
Natércia; era o Santos; queria falar-lhe. Gostou do timbre; deitou no divan ao lado e pôs-se a conversar o Santos que procurava a Na-
com
torcia; Êle gostava de música fina, de literatura forte, de artistas célebres, de pintura clássica, de arte em geral, e, ela gostou do Santos. Foi uma revêlação pois a voz do Santos ajudou muito o físico. Achou-o possante, profundo, cientista, único. Salvou-se a Marilda Cléa; pôs-se dias depois a pensar em crianças, em cortinas azuis, em docinhos, em requebros, em feitiços, descobrindo afinal seu verdadeiro encanto de viver...
VIII — 1941
/X poesia de Beatrix Reynal é refugio amavel nesta quadra trágica em que tudo são clarões de incendios, entrechoque de forças mecanizadas, destruição e morte, ou, pior do que essa realidade brutal, a ameaça iminente que paira sôbre todos os homens, de todas as pátrias, de serem envolvidos a qual* quer hora, mesmo a contragosto, no torvelinho das paixões à solta. A poetisa, em verdade, sem nenhuma afetação, colocou-se e mantem-se acima, muito acima, de tudo que ocorre de infinitamente tiiste °o mundo. Estabeleceu-se a missão de cantar o que a vida tem de melhor e mais nobre, e desse programa não se afasta. Em 1937, quando deu à publicidade seu primeiro livro "Tendresses Mortes" — já os céus políticos da Europa estavam carregados de eletricidade. Ela, entanto, não sofreu a influência do meio sccial que a cercava então, em Paris. Canta apenas com o coração ® para os corações. Com ternura imensa, mas sem laivos de pieiguice, evoca a própria infância, as paisagens acolhedoras da Provence, os seus sonhos de moça, as amizades que lhe foram caras. Colette, a romancista admiravel e admirada de La Vagabonde", fazendo a apresentação da cbia, disse-a verdadeiro trabalho de mulher, fazendo-lhe assim o melhor elogio.
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Agora, aqui mesmo, publica o segundo livro: "Au Fond du Coeur". poetisa se avantajou na composiÇao de seus poemas, mas o espírito que os ditou é o mesmo de "Tenre^ses Mortes". É o mesmissimo coração a cantar coisas belas, suae bôas. Nada de poesia filosó;es ,ca ou de modernismo charro. O ?a^sat*0, v'vido no sul da França, e 0 tema favorito. E, consequente dessa imagem tzntadora, a rança de tudo que lhe cercou QCm primeiros anos da existência: O ma petite chambre, SOn üt tout blanc, E^CcSa, k°nne S0Us Utoit odeur d'ambre, fléchissant!
'•
O mon âme D'enfant du Qu'êtes-vous Racontez-le
ingénue pauvre mas, devenue? tout bas."
Nos poemas de Beatrix Reynal, as suas próporém, não há apenas motivos oumas prias recordações, os versos como ordem tros de geral, "J'aime la mer," em que título: sob transmite a emoção com que enxetga as águas do oceano, ora azul e e selvagem, profundo, ora verde afrouxelando-se, sempre, em escuma "La Chan branca, na praia, ou em son du Vent" que faz tudo tremer na sua louca avançada... Os poemas de Beatrix Reynal, todavia, ganham mais acentuada ex27
pressão quando se conhece a própria poetisa, em pessoa. Compreende-se, de fáto, com o conhecimento, que nos seus versos não existe coisa alguma de artificial ou convencional. Ela é tal qual se apresenta portanto: natural, porque simples; sincera, por ter sofrido para poder cantar; exaltando a Beleza per S3r sua familiar no ambiente que se criou num cenário de magia; pregando a Bondade por conhecer-lhe a sign:ficação e o alcance. Não sei si a poetisa teve mestres ou inspiradores e si incluio-sc em qualquer escola ou corrente literária. Sei, isso sim. que nos seus versos há encanto superior, porque veem do coração e se destinam a outros corações. CASTILHOS GOYCOCHÊA o
malho
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A Pirâmide de Cheops. a tentativa humana para representar o Infinito
arte faz o milagre de lmortalisar todos os que se aproximam da sua missão de enobrecer a vida e de justificar a existência humana. Cheops, Chephren e Mycerinus os três soberanos do Nilo, que empreconstrução dos monuenderam a mentos triangulares, revivem graças ao genio dos seus arquitetos. Pretendem com alguma engenhosidade, que a concepção das Pirâmides nasceu da forma quasi triangular da Montanha de Thebas. Nessa sagrada montanha, os primeiros Faraós sepultavam os seus mortos e os preservavam da corrupção do tempo. Os reis de Memphis quizeram imitar os senhores de Thebas, com as suas Piramides, verdadeiras montanhas artificiais. Com razão contestam a teoria dessa idéia, por mais cômoda que ela se ofereça. Agora, depois que os Persas, os Gregos, os Romanos, os Franceses c os Ingleses atravessaram o Egito, ha quem lance vistas meramente ardorosas sobre os maravilhosos destroços do Nilo. Mas as Piramides ultrapassam a idéia do sepulcro, representam a matemática e a arte de ediflear, quatro mil anos antes da nossa era, quando nem a Europa balbuciava as primeiras letrás da civilização. A perfeição matemática das pedras, que se ajustam admiravelmente, surpreendeu a todos os povos. Os «primeiros lnvasores árabes admiraram a extrema justeza, com que os monolitos se dispunham uns sobre os outros. Os seus encaixes bem embutidos pareciam talhados com infalíveis instrumentos. Os milênios atuaram sobre os monumentos faraônicos As dimensões ajatigas e modernas variam com o tempo, com os instrumentos de medida, com o nivel do areai. Herodoto fala da Pirâmide de Cheops recordando as pedras lisas que a cobriam e de que hoje sc acha despoJada O ewpanlo causado pela sua grandesa solitária, perdura na memoria de todos os povos. ConsldeA
O
MALHO
substituíam os operários por cem mil fcomens frescos e robustos que se renovavam depois de outro trimestre. A obra requereu esforço de arte e de vontade, que se aplicou tanto no interior como no exterior do monumento. O obrelro egípcio trabalhou primeiro nas câmaras subterraneas, destinadas a sepultar e a resguardar através dos milênios, a múmia do Faraó e depois, na construção da Pirâmide. Sobre os processos de eulíicar, Herodoto fala de madeira, pequenas e maquinas de portáteis, que empregavam para levantar o granito do solo às lnacessiveis alturas da Pirâmide. Sobre essa particularidade sugerem muita coisa e dissertam por analogia. Deodoro da Sicilia, que não admitiu a exlstencia de maquinas de levantar, explicou o método egípcio com o plano inclinado, sobre o qual arrastavam os blocos de calcareo e de granito, atjé o alto. Chamava-se Imai, o arquitéto da Grande Pirâmide, que le-
O MONUMENTO DO INFINITO DK rando que as Pirâmides e a Esfinge de Glseh datam da IV Dinastia, de 4235 a 3851 anos antes de Cristo, entrevemos a antigüidade prehistórica do Egito, os seus começos precronológicos, perdidos na morte das idades, quando as suas primeiras creaturas aprendiam a polir o granito e a riscar as primeiras estatuetas. Hontem como hoje, no tempo de Herodoto como no de Plinio, na época de Alexandre como na de Augusto, lamentam o orgulho e a impiedade, os sacrifícios e as vidas gastas numa obra de soberba, que bem símbollsa o despotico genio dos Faraós. Herodoto, que percorreu o Egito, quinhentos anos antes de Cristo, passa como o primeiro grego a falar das Pirâmides. Dos sacerdotes egípcios, encarregados de escrever a historia dos Faraós, soube como apareceu o primeiro monumento de face trlanguiar. Sucedendo a Rhampsunta, a quem desejava superar com façanhas lr.editas, Cheops cerrou as portas dos templos, onde o povo adorava Oslris, desviando-o para o trabalho. Arrebanhou cem mil homens, para a estração de pedras nas montanhas arábicas. Uns traziam o granito pelo curso do Nilo e outros transportavam a rocha talhada, até a vislnhança de Memphis. O caminho que Cheops fez construir para o transporte do material, exigiu dez anos de constante labor. Cada trimestre,
28
MATTOS
PINTO
gou exemplo tão vivo e imutável de majestade arquitetônica. A maior das Pirâmides de Glseh, data de tempos remotíssimos, quando ainda ignoravam os meios de grafar a palavra. Quanta admiração despertam esses trabalhadores da antigüidade faraónica, que retalhavam o calcareo e o granito sob medida, poliam as pedras para encaixá-las com tio geométrica harmonia. Pretendia Deodoro da Sicilia, que os Faraós utillzaram cerca de trezentos e sessenta mil homens para ediflear a Pirâmide de Cheops E calculam a fabulosa quantia, que exigia a nutrição desse exercito de pedreiros e de polidores. Herodoto considerava as Pirâmides acima de tudo quanto se pode dizer. Exprimem realmente mais do que uma obra pitoresca, expressando o poder da inteligência geométrica e matemática, numa idade infantil do gênero humano. Pela sua proporçào nelas colossal, houve quem visse além da Idéia mitológica, de túmulo real, uma intenção astronômica, parecendo incrível que a vaidade doa Faraós sacrificasse milhares de vidas, para ediflear sepulcros lnacessiveis a fugacidade do tempo. A enormidade das Pirâmides faz refletir os espíritos especulativos, no verdadelro ideal da civilisação menflta, representar o Infinito que tentou nas dimensões do flnlto, quiz lmpor a mortalidade humana à Imortal Natureza. VIII 1041
AS JÓIAS DA POESIA BRASILEIRA
MORENINHA E um segredo... ora um segredo !... Pelos modos que lhe vejo Quer o meu beijo de graça, Um segredo por um beijo ! ?
¦ Moreninha, dás-me um beijo ? " E o que me dá, meu senhor ? "-"" Este cravo... ¦— Ora, esse cravo 1 üe que me serve uma flor ? I"a tantas flores nos campos ! [*ei-de agora, meu senhor, um beijo por um cravo ? j^ar-lhe ¦=' barato; guarde a flor. "~~ Dá-me o beijo, moreninha, Dou-te um corte de cambraia. "^ Por um beijo tanto pano ! de graça uma saia ! ^ornpro ^'ne que perde na troca, eu perdera com a flor; ^omo ' *nt° Pano por um beijo... ée-'he caro, meu senhor. ' Anda cá... ouve um segredo... *T~ A» 1 po;$ f;ar.se em m;m 7 "•»« o livre; qUer eu falo muito, I0d<» — II ,a «m mulher é assim... viu -_ 1941
Quero dizer-te aos ouvidos Que tu és uma rainha... Acha, pois ? e o que tem isso ? ? Quer ser rei, por vida minha Quem dera que tu quizesses... Não duvide, que o farei; Meu senhor, case com ela, A rainha o fará rei... Casar-me ?... inda sou tão moço... Como é creança esta ovelha ! Pois eu p'ra beijar creanças, Adeusinho, já sou velha. BRUNO 29
SEABRA O
MALHO
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' TORQUE ÔEP.A' QUE HEU GUARDA ChUVA>^ ESTAI NA CAMA E. EU AQUI PEN DURADO NO
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PORCAMISERia! BOMBAfc-DE/El MINHA PRÓPRIA CASA-
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OS GRANDES MÚSICOS
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Ch opin . de Chopin, descontados os vários períodos de excursões, pôde ser dividida em duas fases : a em que Ávida v'veu na Polônia e a em que viveu em Paris. Criança Prodígio, aos nove anos apareceu em público, pela primeira vez. Em Estudava, então, piano e começara a compor. 1829 ( 11 de Agosto), realizou seu primeiro concerto, em Viena. E, depois de demorada excursão por Praga, Teplitz, Dresden e Varsovia, resolveu flxar-se em Paris, onde chegou, em 1832, depois de percorrer várias cidades, em excursào artistica. Paris, entretanto, recebeu-o com Indiferença, fazendo-o Passar sérias privações nos primeiros tempos. Chegou até a Pensar em tentar fortuna na América, quando uma recepÇào, em casa do Barào de Rotschild mudou completamente ° aspéto de sua vida. Alunos, editores e convites para tocar surgiam de todos os lados, e grandes nomes o cercaram e ° Prestigiaram com a sua amisade : Liszt, Berlioz, Heine, Balzac, Ernst, Meyerbeer, Georges Sand e outros. Infelizhiente, porém, uma traiçoeira enfermidade dos pulmões começára a minar-lhe o organismo, cuja resistência, com o estudo, ia naturalmente diminuindo. Em 1838, em companhia de Georges Sand, que tinha também um filho tuberculoso, o glorioso artista partiu para a ilha Maiorca, afim de fazer uma estaçào de clima. Como nguent quizesse receber doentes, hospedaram-se no convento de Valdemosa, que os monges haviam abandonado. Aí Passaram o Inverno de 1838 - 1839 e ai escreveu Chopin algumas de suas obras mais belas, entre as quais os 24 Prelúdios. Regressando a Paris, continuou a passar o veráo em ohant, em casa de Georges Sand, por quem nutria grande 0 e que o tratava com desvelo, que era um mlxto de
amor e de admiração. Com o tempo, porém, esfriaram-se essas relações, até que se separaram os dois, em 1846. Depois de novas excursões artísticas, realizadas em 1848 e 1849, voltou a Paris, onde faleceu em 17 de Outubro desse último ano, às duas horas da madrugada. Chopin deixou uma bagagem toda ela composta de obras Poeta da música, temperamento profundamente primas. romântico, sensibilidade rara, escreveu livremente, sem preocupações pelas fórmulas estabelecidas pela tradição. Inavador genial e patriota ardente, êle encontrou, no sentimento nacional, uma fonte fecunda e poderosa de inspiração. Todas as suas músicas possuem um cunho inconfundível de distinção. Foi o creador desse gênero especial de estilo de piano, que Liszt adotou e divulgou, sem o aperfeiçoar, e que Schumann copiou em algumas pequenas páginas. Introduzindo na sua obra a "extensão dos acordes" ; dando aos "ornamentos" uma elegância jamais apresentada ; empregando com freqüência o "tempo rubato", Chopin tinha, na riqueza das idéias, na felicidade da inspiração, na variedade e no equilibrio da fatura e no anceio da perfeição, a chave do mistério e o segredo da fascinação que lhe envolvem a obra. Desdenhoso do "efeito", vlrtuose completo, preferia os auditórios pequenos, isto é, a arte na intimidade, que dizia com a sua alma de poeta. Adorou e foi adorado por várias mulheres : Constança Gladkowska, Maria Wodzinska, Georges Sand ... Foi esta última quem exigiu de seu amor mais do que lhe permitia a sua saúde comprometida, precipitando-lhe o fim e abandonando-o quando a moléstia oferecia perigo. Paris fez ao grande artista funerais suntuosos, enterrando-o no Cemitério Père Lachaise, entre Bellini e Cherubini. Seu coração, porém, foi enviado para a Pátria distante, que êle amou ardentemente.
sagrado, embora, uma vez por outra: tivesse fantasi»ado, ou melhor, falseado a côr de nessa paisagem, A lagoa Rodrigo de Freiaspecto ds tas, por sxemplo, é mais um Suissa. do que um recanto carioca. Os quadros expostos, porém, em sua granflagrantes encan .dores, de maioria, eram desenhados por mão de mestre e envoltos de poesia. E isso é tudo, em se tratando de obras de arte.
rece am !eil5es torrrando-se cada vez mais difici! obter-se um exemplar do, \i hoje, celebre pintor brasileiro. Pois a Galeria Couto possue atualmente uma peça notável desse mestre. Trata.se de uma paisagem primorosa, de tamanho mais do que regu'ar, pintada na melhor fase do pintor. A seu lado, duas marinhas, igualmente raras pelas dimensões e pelo va'ór, Assina.as Garcia Bento, nome que basta como uma recomendação. Afora esses trabalhos, muitos outros achamse expostos na conhecida Galeria, de autores Antigos e modernos.
____^ J
Baptista
da
Teatitx
H. LEÃO VELLOSO, escultor brasileiro de real mérito, medalha de ouro do Salão de ['eias Ar*es e autcr. entre ontros, do monu' mento ao Almirante Temendaré, na Praia de Botafogo, conquistou os dois primeiros logares no concurso para dois baixos relêvos destinados à fachada do novo palãcio do Ministério da Guerra, e o primeiro logar no concurso aberto para o monumento a Quintino Booayuva, a ser erigido nesta Capital. ,
Costa
"A
CASA BRANCA DA SERRA" foi um promissor cartão de visitias do talentoso s»critor gaúcho, Gutta Pinho. Efi+ivamente. o original montado pelo Serviço Nacional d» Teatro, é uma comédia com qualidades que colocam o autor entre os nomes novos de maiores possibilidades no momento. Hé na peça bôa linguagem, levesa de diálogos, natural encadeiamento de cenas, enredo ínle_ ligentemente arquitetado e desenvolvido: d* fôrma que a representação decorre interesqando sempre o público. A domédia foi confiaoV. a Vitoria Regia. Guiomar Santos, Teixeira Pinto, Arthur ds Oliveira. Arnaldo Coutinho, Rodo'pho Meyer. Antonieta Matos e Antônio Ramos, todos interessados em dar-lhe desempenho homogeneo — o que conseguiram com muito realce.
Vai, assim, a cidade ganhar mais duas cbras de arte legitima, que porão na evidência o nome de um dos rossos mais notáveis escultores, no momento.
Ttirituka ESTA ABERTA HA DIAS, a exposição d» pintura de Heitor de Pinho. Temperamento muito sensivel ao Belo, Heitor de Pinho é um apaixonado do mar, que lhe tem inspirado oi seus melhores quadros e que lhe tem préproporcionado as medalhas e outros mios que já tem conquistado. Embora tamsua bem o interesse o mar encapelado, prediieção é pelo mar sereno, que tem meno» movimento, porém, miais poesia. Porque Heitor de Pinho é um poete da um romântico das meias tintos pa'h_te. Suas tékas, ao envez de gritar pelo fulgor equilibrio de encantam do colorido, pelo tons, sem extremos, sem contrastes, sem exageros. São quednos em que hé poesia, sonho, harmonia, beleza, enfim. Sua exposição e um balsamo para a alma, um lenitivo para desconcertado» nossos olhos, pelo incrivel desmoronamento de alguns dos artistas chamedos modernos. Vale a pena vè-la, para 'eceber um pouco dessa emoção de arto. que cada vai nos parece mais arisoa e mais
OLGA-MARY E RAUL PEDROSA, casal de ontores bastante conhecidos no meio de belas Artes, estiveram com a sua exposição aberta. A primeira prossegue na sua faina ds interprete do Belo, procurando penetrar os segredos <ia natureza, em seus panoram.s tanto enfeitiçam nossos encantadores, que olhos. O segundo mantem-se no seu anceio de pesquisas a alma humana, tão cheia de mistérios e de podridfio,,
"NUNCA ME DEIXARAS" é uma peça diferente das que .stamos habituados a assis-ir nos nossos teatros de comédia. Isso importa dizer que é diferente para a própria companhia de Dulcina-Odilon, que se «acham muito mais habituados a nos fazer rir do que a nos fazer meditar, A peça põe em cena tipos que sabem lofrer, sabem que perdoar e que sabem. . . viver, de acordo com » mentalidade moderna da vida, mais de comodismos do que de outras coisas. Se s sinceridade pôde ser personificada, a figura de Gema deve ser considerada o protótipo dessa Do mesmo modo, a personificação, displicénça tem em Sebastião o seu tipo modélo. e a leviandade, no de Panela o seu exemplo mais característico.
Por isso mesmo, a exposição apresentava, como de costume, um curioso contraste entre o trabalho de sonho e de poesia de "composições" Olga Maiy. e as pessimistas de Raul Pedrosa. CÉSAR FORMANTI reuniu e expoz vario» quadros que possuia — algumas paisagem — juntamente com diverso» estudos de tipos do» nossos Índios. O pinior é um mestre conHeitor
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Pinho
"Dia
Tristo"
s1 .tante. RENÊE LEFÊVRE encerrou a sua exposição do Palace Hotel. Com uma técnica moderna, que não deturpa a visão exata das coivai conquistando ias. a talentosa pintora com justiçis, um posto de destaque entre os nossos pintores novos. Suas marinhas e paisagen. são, realmerte, interessantes, pelo colorido que ela lhes de e pelo sentimento de que as impregne. de O SALÃO NACIONAL este ano. será realizado de I tembro próximo.
a
Belas Artes, 30 de Se-
ESTÃO ABERTOS, até o dia 31 do cor rente, na Divisão de Educação Física. Edifí"Uma Medacio Regina, os concursos para "Cartazes lha de Educação Física'' e para de propaganda da educação física". muito ANTÔNIO, A GALERIA SANTO mais conhecida pelo nome de Galeria Couto, posssue. presentemente elgumas preciosidades que devem ser vistas. Baptis._ da Costa é, cada vez mais. um autor valorizado. Só de raro em raro apa- .
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Foi o qu^, mais uma vez sucedeu nos seus recitais do Municipal, o mês passado.
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Em torno desses três personagens admiraDulcina. velmente bem compreendidos por Odilon a Suzana Nogri, gira o enredo, quo que amargas, tem, passagens por vezes, para
o drama.
Em papeis menores, de Moraet e Aristóteles
brilharam Pena.
quase
descambam
Conchita
bra. OS OUINDINS DE IAIA — O teatro possue os sôus «ileiro de revistas também nomes de cartaz, e entre «l«s. um dos que mais se impõem é o de Aracy Cortes. Foi, o acontecimento verdadeiro por isso. um tanto reaparecimento dessa atriz, que. há tempo, tem conseguido manter-se na evidénde cia com o mesmo brilhante prestígio sempre, "Ouindins de laia", A peça de estréia foi dois atos de J. Maia a Wolter Pinto, peça leve, muito alegre, muito viva, qua vale por um bom espetáculo. A representação foi confiada a Aracy. Osoarito. Zaira Cavalcanti, Magalhães, Lurdinha Jurem» Bittencourt, Manuel Vieira, Grijó Sobrinho, Anita Sabatini. Radamés Celestino e Olivia Carvalho. BRASIL PANDEIRO — A presença de Luiz Peixoto, ao lado da Freire Júnior, no cartaz do Teatro João Caetano, como autores de un-p revista de costumes cariocas, linha de •ar, como o foi, uma nota sensacional de vibração nos meios do nosso teatro ligeiro. Luiz Peixoto é o autor de uma porção de peças cujo sucesso ficou tradicional. Verve Huo parece inesgotável, ironia afiada, obssrvação aguda dos fatos que se passam todos os dias, êle é o burilador de qua<Jros delicados e o arquiteto de cenas có"'icas, o fantasista de cortinas deliciosas • o poeM de versos encantadores. Com a mesrna facilidade com que fa» '". emociona. Passa do cômico para o romantico com a maior naturalidade, e des. cobr» pretexto para rir e para apenas sor"r em tudo que nos enche as horas, os J|as. a vida, emfim. Brasil Pandeiro", pois tinha de ser uma kfc» peça. Excelente pretexto para despertàt a emoção da platéia. e a hilaridade Além ditso, uma montagem 'de luxo e de 9°ito, « u.Ila mfjfjM inspirada « bem mo•rna-. que |jà... rrreM uma voz, em brilhante •vid*nciej o talento de Freiie Júnior. "resil Pandeiro" recolocou Alda Garrido "° gênero de tua predileção. A querida a,rií * sempre a mesrrss, viva, inteligente « m«liciota, «,. com Jararaca e Ratinho, to mo>' conta da platéia. Ao lado desses ire. "Pareceu Pedro Dias. » estrearam dois «le m«"tos novot : Rachel Martins e Berh Dal. •• Nomet mais Mrttgot IA estiveram pre*' : Iracema Barreto, _ Correia, Leonor Froncken. Américo Garrido. Hum^«n^te ° Fred «, outros. Cenários bons e ne *,ut« o maeitro J. Cabral
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1941
Otiútica ODNOPOSOFF, o extraordinário violinista russo, que as contingências creadas pela guerra européia trouxeram até nôs pana aqui fixar residência, esteve em franca evidência, não só por ter se desincumbido do programa do 6." cocêrto oficial cfa- Escola Nacional de Música, como por ter tido a seu cargo, durante o mês de Julho, que findou, o desemMusicais do programa penho das Ondas "Sirva-se de Eletricidade". AS DUAS AUDIÇÕES de alunas das p.-ofessoras Dulce e Marleta de Saules propor* cior,ar«am-nos oportunidade para apreciar aiquns talentos pianisticos muito jovens mas muito promissores. Efetivamente outra coisa não se pôde dizer das meninas Anna Maria e Elza Maria Berenhauser. que foram viva e justamente aplaudidas em sua apresentação. Duas outras pianistas de mérito são Rosina de Assis e Mary Benaion, que possuem esplendidas credenciais para a carreira. A PROFESSORA JOANIDIA SODRÉ, proseguindo na tarefa que se Impoz, de organizar e dar vida real a sl\s orquestra infantl, reapareceu no tablado da Escola Nacional de Músico, à frente do seu luzido batalhão de garotos Está.claro que, se as orquestras de gente adulta, dificilmente atingem a perfeição, as "gente miúda", com muito maior razão de estão no seu direito de não ser perfeitas. Todavia, a professora Joanidia Sodré já poda qabar-se de dirigir um conjunto que se aper. feiçôa sensivelmente, de concerto para concerto, proporcionando ao público algumas execuções apreciáveis. No programa do 10." Concerto, apresenEthel Ijiam-se como solistas as senhoritas "Vozes da Primavera", de Averbaclt, cantando Gombarg, o Slrauss, a Dina que tocou "Concerto" em ré maior para piano e orbrasileiro esquestra. de Bach. O repertório "Congada", de Mlq teve representado pela none. completando o programa o primeiro "Sinfonia Inacabada", de Schutempo da "Ouverture "Minueto" e do Casabert, e o Mozart. Figaro"', de mento de E' inútil acen'uar que o Salão da Esco1.Nacional de Música apanhou uma das en chentes mais assustadoras de todos os tem pos, o que os ap'ausos foram ruidosamente compensadores, para a orquestra e pari.- i sua esforçada e incansável diretora. Só MESMO UM BOROVSKY, pôde pre tender consaAjrtii a sua carrõii.j artística na interpretação de Bach. pecialisando.se u8 Bach exiqe uma técnica formidavo' aliada a urras sobriedade superior» que berr poucos podem possuir. O interprete de Bach não tem o direito d«, se deixar levar pela fantasia, o isio e uma ,-uiidição a qut, não se sujeitam todos os pianistas. E' preciso ter um temperamento inflexivelmente disciplinado ser sempre inatacável tocando Fará Bach. E Borovsty o é. Por isso seus recitais de Bach são inegáveis e êle consegue eletriza o público.
— 36 —
O 182." CONCERTO do Centro Artístico Musical poz em foco os nomes de dois arii»ras de valor : Wilma Graça, pianista, e Cláudio Santoco, violinista, que foram delirantemente aplaudidos. FELICIA BLÜMENTAL foi a pianista, para nós ainda completamente desconhecida, que a temporada nos proporcionou. Trata-se de uma artista de real mérito. Como pianista propriamente dito e como interprete, todas as suas execuções despertam, interesse. Seu temperamento é francamente brilhante e talvez mesmo peque pelo excesso, nesse ponto de vista. Está em moda hoje, aqui, menospresar.se a melodia, isto é, a fraze, que é, no fim de contas, o principal elemento da música, como expressão sonora da beleza. Por isso, há os que evitam a melodia nas escrevendo, suas composições, de preterência. a cacofonie, e há também os que. mal a vislumbram nas composições que interpretam, passam por ela apressadamente, como gato por lebre, com medo da cair na censura dos que fazem a campanha contra ela, isto é, contra a música verdedeira. Resulta dal que o público não aprecia mais a fraze melódica romântica, cantada, sentida com emoção e com emoção transmitida pelo interprete. O que se vê, frequentemente, é tudo servir de pretexto para exibicão de virtuosidade técnica, com a condenação Irremediável do sentimental, do romântico, da fraze cantada, enfim. Tai'vez a senhora Felicia Blumental tivesse sabido dessa mentalidade de alguns elementos que compõem uma parte dò nosso público e preferisse ser-lhe agradável, com medo de parecer anêmica ou doentia. Sua interpretação em certos momentos, porém muito lucraria, se ela deixasse agir mais o coração do que *a cabeça. JOSE MOJICA, o querido artista mexica tão popular no Brasil através de seu repertório cinematográfico e que há poucos anos, estivera no Rio, de passagem, encon tra.se agora entre nós, atuando com grandesucesso no Casino da Urca. A temporada do "Fronteiras astro de do amor" naquele elecentro de diversões e no nosso "broadgante casting" está constituindo um dos acontecimentos do ano. no,
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ARTISTA VITORIOSO N aturai de Alagoas, desenhista onde os seus c 1 h o s fixaram a côr fresca e voluptuosa das mangueiras e fagueiras d a Manguaba sorridente, Messias Rodrigues de Mello é y^ um desenhista hoarigues ae metlo cheio de personalidade e capaz de prender pela magia de sua tonalidade pictorica, sempre quente e nova. Vivendo em S. Paulo, onde conseguiu impor sua arte e seu talento de cartazista e ilustrador, o jovem artista patrício tem sabido firmar sua 'reputação conquistando enorme popularidade nos meios culturais.
SALYAUUR DE MENDONÇA A S letras brasileiras tiveram tm -^ Julho findo uma grande e grata efeméride: o centenário do nascimento de Salvador de Mendonça. Jornalista dos mais vibrantes, diplomata de larga visão e dono de sutis qualidades, esse grande brasileiro foi, entretanto, mais que tudo, homem Ue letras, e tanto isso é certo que o que trouxe até os nossos dias sua personalidade, dando ensejo às comemorações de seu centenário, foram suas obras literárias, entre as quais se destacam ''Marabá" e "Retirada da Laguna", além de outras, com que conquistou lugar de destaque nas letras nacionais. Entre as comemorações que tiveram lugar no meio cultural do Rio, destacaram-se a sessão especiai que dedicou à sua memória a Academia Brasileira, e a edição de Julho de Ilustração Brasileira, que lhe foi tambem parcialmente dedicada, trazendo interessante documentação fotográfica de fases de sua vida e, na capa, em relevo, a sua efígie artisticamente trabalhada. Luiz Carlos, interessante fiIhinho do casal Luiz Derenne, mostrando em vários instantâneos do foto gr afo Preuss, algumas expressoes do seu vivo espírito infantil.
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e guerra do país de aparelhamento capaz de lhe permitir contrio da Marinha fei lançar ao mar maii um destróier do o novo vaso de guerra recebido o nome de "Greenhelgh". de pessoas e altas autoridades. E u Q S Larret® '••"
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A Academia Nacional de Medicina conferiu ao professor Peregrino Júnior, que além de acatado clínico é brilhante homem de letras, o prêmio "Academia Nacional de Medicina", a mais alta laurea que pôde ser conferida por aquela douta instituição. Coube-Jhe ésse prêmio pelo seu trabalho "Estudos dfnicos de Hipertiroidismo', recentemente realisado. •
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Palácio Itamaratí a troca de ratificações da convenção de limitet entra República Argentina, firmada em Buenos Aires em 1937. Representou o chanceler Oswaldo Aranha, e a Argentina foi representada pelo pieD. Eduardo Labougle, embaixador daquela República em nossa Capital.
F.ileceu em 5. Paulo o antigo político daquêlo Estado, Dr. Sampaio Vidal, que fo'. seu reoresentante no antigo Congresso Federal e ocupou, com destaque, a pasta do Ministério d.i Fazenda. O governo paulista, atendendo à projeção dos serviços que prestou ao Estado, realisou às :uas expensas o funeral do ilustre morto, com aquiescência de sua famillâ.
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A PUBLICIDADE MEDICA E FARMACÊUTICA
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que se fazia sentir a de firmar um critério raa publicação de 'anúncios
tempo
necessidade HÁzoavel
para
médicos e de esoecíalídadft* farmaeêu+xas. Do lado das em-vesas 'de publicidade, o critério pendia para o máximo de liberdade pos. sivel.
AS NOVAS INSTALAÇÕES D' "A GAZETA" NO RIO ambiente de franca corNUMdialidade jornalística, com a presença de crescido número de brilhantes figuras da nossa imprensa e da sociedade carioca, foram inauguradas as novas ins- e falações da sucursal, no Rio, do A vibrante diário paulista Dr. GAZETA, dirigido pelo seu Casper Libero, proprie-
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tário.
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Lassai»,
sucursal d'A GAZETA está sob a direção do jornalista Luiz Guimarães, que se vê nestes três aspectos entre os presentes à cerimonia da inauguração, notando-se ainda, em um deles o diretor d'A GAZETA agradecendo a saudação quo lhe foi feita pelo Maurício jornalista Goulart. A
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Do
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da
fiscalização
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impor o m/aximo
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Colocando-se numa posição da mais alevada justiça, o diretor do Departamento de Imprensa e Propaganda designou uma comissao composta de representantes da imprensa. dos médicos, dos farmacêuticos, das empresas
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blicidade
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Saúde Pública, incumbida borar
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ante-
projeto para regulamtntlar de vé: a
assunto. Essa
comissão
realizou
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acordo,
pois que representante
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das empresas jornallstlcas,
sr. Ozéas MotKa. presidente do Sindicato de Proprietários de Jornais e Revis-
tas. apresentou um parecer sensato, bam fundamentado, focalizando o assunto em todas as suas faces como quem o conhece por dantro e por fora. Não se trata de um trabalho ditado por meros intuitos de favorecer esta
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se oferece um meio entre os diversos interesses em choque, como tambem se defendem as conveniências da economia nacional a se resguarda a sen. tanto rio
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ou aquela profissão, mas sim de uma interpretação dos fatos, levando em
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foram
leitores a
mais
suscetíveis.
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o critério com qua^ todos os aspectos deisa
obra
considerados
questão delicada e luções oferecidas.
meditadas
todas
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Por isso mesmo é de esperar-se que o Govêrno. colocando-se, como sempre, 'acima dos ¦¦aasflí
dos grupos profissionais, aceito as propostas pelo sr. Ozéas Mota no conclencioso e bam cuidado parecer qua apresentou à comissão encarregada de resol. interesses
soluções
ver
esse
palpitante
problema.
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COLÉGIO
Recente decreto do Governo, na pasta da Guerra, aproveitou na cadeira de Português do Colégio Militar, nosso ilustre colaborador Berilo Neves. O Capitão Berilo Neves, que vinha lecionando, há oito anos, Literatura e Português, naquêle tradicional estabelecimento de ensino, acaba de vêr confirmados seus méritos singulares de estudioso do idioma e de escritor, que todos conhecemos e aplaudimos. Autor de quase uma
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Colocado em tào admirável situação para observar os fátos, o Tenente-Coronel Afonso de Carvalho que, além de militar, é também escritor e jornalista, não poderia deixar de ser tentado a contar o que viu em reportagens sensacionais publicadas no "Estado de São Paulo" — reportagens realmente sensacionais, pois aliam ã clareza e à simplicidade de um estilo fácil e brilhante, a segurança de informação e julgamento de um técnico na matéria. A Livraria José Olimpio acaba de reunir essa bela série de artigos num livro, a que o autor deu o sugestivo titulo de — "Teu filho não voltará mais !" O êxito que está obtendo ésse livro é dos maiores que se têm registado, ultimamente, o que se deve, certamente, à sugestão do nome do autor e do assunto. E o texto da obra nào é de molde a desiludir a espectativa mais otimista. Muito ao contrário. MALHO
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MAIS
Afonso de CarvaOTenente-Coronel lho foi um dos poucos oficiais de Exército estrangeiro que visitaram os campos de batalha, logo após o colápso da França. Acresce que essa visita foi realizada em condições excepcionalmente favoraveis à tarefa de um observador, pois o comando alem&o, que lhe fez o convite, lhe pós à disposição excelentes ciceroni que não só o guiaram através daquéles caminhos ainda revoltos pelas máquinas de guerra, mas tambérr lhe deram tôdas as informações técnicas de que éle necessitava para reconstituir o drama recente.
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JANELAS
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Berilo Neves dezena de volumes, de sucessivas e invulgares reedições, Berilo Neves conquistou um logar de relêvo no cenário das letras do pais. Sua ascensão, na carreira do magistério, nâo é senão a confirmação do valor que o jornalismo e as belas letras já tinham reconhecido. Por isso mesmo, o fáto é devéras auspicioso e digno de registo, sobretudo nesta casa, onde Berilo Neves conta tantas e tão sinceras simpatias. HL,
FECHADAS
A Editora Pongetti acaba de lançar no mercado literário o romance de Josué Montelo — "Janelas Fechadas". Um esplendido livro, por sinal. O jovem autor pinta, em suas páginas, um aspéto dos mais palpitantes da vida sociai de São Luiz do Maranhão : a vida da sua pobreza no bairro do Anil. O enredo importa pouco — embora seja um fio de história suficientemente interessante para prender a atenção do leitor menos atento a outros aspétos do romance. O que vale no livro é a pintura, ao vivo, dos costumes da gente humilde da capital maranhense, suas alegrias e tristezas, suas reações diante da vida. Para isso, Josué Montelo contou com faculdades extraordinárias de observação e narrador. Seu estilo é sóbrio e apurado. Os diálogos, cheios de vivacidade, espelhando fielmente a mentalidade das personagens que vivem no ambiente descrito. "Janelas Fechadas" é um dos melhores romances dêste ano4
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O escritor e jornalista AryKerner Veiga de Castro, brilhante técnico de publlcidade, que no Joekey Clube Brasileiro e nu Aliança Cineinatoi/rdfiea Brasileira vem confirmando o seu alto conhecimento do assunto — 40 -
VIII — 1941
o ultimo encontro
NORMAND DE SA'
"Vidas (Do livro Intdlto
passíra na sua vida agitada, como um p«rfume que se esvai, deixando uma vaga lemEU branca... Êle, sedutor, tivera querido atrairme; eu, porém, nio tive por ele mais que um amflr talvís Irrealisavel. O meu amôr fora mais um mito do que uma realidade. Sentira, mesmo, toda a força da paixio, mas guardara-a para mim... O destino cruel e impiedoso fez com que outra o possua «gora, da fôrma que eu o quizera... Triste realidade... Estava noivo. (Esses eram os pensamentos que me assaltavam e me punham o cérebro em confusão). Sofria, no entanto. Porque o destino havia me trucidado a existência, dessa maneira? Nio importava, porím, guardaria a visio desse homem, para o resto da existência. A vida. no entanto, exige muito de nós. A vida í ralidade, é emoção. Procurei, portanto, um melo de me aproximar dele. novamente. Êle nio me esquecera, ao contrario. Fezme, entretanto, a mesma proposta de hi meses. Iríamos conversar mais intimamente. De principio « sua Insistência ofendeu-me, porém, cega e inconciente queria ao menos estar com éle uma sô vez. . O amôr me cegava. Passaram-se dias, sem que nos falássemos. A sua vida agitada nio lhe permitia que me telefonasse. Eu. porém, sabia o motivo real. A sua noiva absorvia-o. Num dia lembrei-me de telefonar-lhe. Êle ancioso, convidou-me a Ir ao seu apartamento. Que ousadia... (pensei eu). Nio calculei, no entanto, na resposta q ue lh e dei. Prometi-lhe que salriamos Juntos. Dentro de mela hora ele pariva o seu automóvel no meu edificio. Eu esperava-o. Ao abrir a porta do seu carro, notei a sua aliança. Disse-lhe entio, num tom de Ironia, por que me convidira? Êle afetou sinceridade. Disse-me que nio tivera intuito de me enganar. Passara-se tanto 'empo, tinha necessidade de se casar. Precisava de uma esposa ao seu lado. O meu coraçio sentia, nesse momento, toda a infelicidade de uma mulher que ama. "m ser amada... Êle nio queria de mim, mais que uns momento» de emoçio. Enquanto o carro rodava, vertiginosamente, os nossos cérebros se agitavam de fôrma extranha. Êle falou do meu temperamento sensual, que se evidenciava nos meus gestos, na exprc-.io dos meus olhos... Provav-lmente nada se daria entre nôs, a nio ser que eu quizesse compartllhar com ele aquela noite, gastando os momentos iu: lhe restavam, na sua vida de rapaz. Eu sentia uma espécie de inconciencla. Experimentava as mais terríveis sensações do desengano... Tinha vontade de mati-lo, naquele momento Repentinamente o seu «rro parou. Estávamos defronte do edifício em que <lc morava. Senti, nesse momento, uma revolta in'enor, que me sacudiu os nervos. Haveria de mostrarlhe o quanto do pôde uma mulher honesta. A força meu amôr. transformou-se, nesse momento, numa "onude firme de r:sistir a esse homem que eu, apesar dc 'udo. amava... Subimos ao seu apartamento. Êle ripido e discr*'o. insistia em me afirmar que nio me aconteceria nada salvo se eu o permltlsse...
A alcova estava mobilada com sobriedade. Sentei-me na sala. Fez-me tirar o chapéu e a capa de peles. Convidou-me para beber. Eu nâo optei por nenhuma beDida. Êle tirara o casaco e movimentave-se de um lado vir algo que eu pudesse para o outro. Afinal mandou "whistomar, induzindo-me a misturar um pouco de Icey". A bebida forte nio me alterava. Bebi aos poucos. Êle, al, querendo apróximar-se mais de mim, que continuava fria, sentada no sofá, deitou-se, colocando a cabeça no meu colo. Eu coloquei friamente a mào na sua cabeça. Denão o ter conhepiorava-o, ness: momento. Quizera cido, dantes. Falou-me da sua vida passada, porém, nào precisou nenhum f4to. Êle mesmo se decepcionava com a minha atitude. Esgotou toda a sua sabedoria, sem contudo me beijar, no sentido de que eu me sensibilisasse. Eu sentia o inferno no coração, lorém, o meu senso de honestidade falava mais alto. Nunca seria sua nessas condições. Estava à mercê desse homem, mas sentia-me com forças para vencer. Êle. afinal, levantou-se, já inquieto, dizendo-me ser eu dificil de compreender... Poderiamos sair, se eu quizesse. Eu nio demonstrei a menor alteraçio. Levantei-me, dis$e-
deitou-se
n a
alcova.
gestos nervosos, o seu olhar febril denotava toda a Os
seus
sua
agltaçlo
interior.
Começou a olhar firmemente para mim. Senti o que tinha chegado culminante. momento Os seus Instintos brutais falariam. Êle procuraria vencer-me i fôr-
i
1941
lutando com ele. Afinal,
acender a luz,
paixio, transformara-se em ídio. Beijei-o, nesse momento, de uma fôrma extranha. Foi o meu primeiro - único beijo. Êle, ainda quiz tentar, mais uma vez possuir-me, porém, eu deixei-lhe a marca dos meus dentes, no ombro. Êle
assim,
acordou
da
sua
feroz
brutalidade.
Estava procurando vencer uma mulher invencível. Era um papel ridículo! Deixou-me. O meu nervosismo provocou-me um riso enervante. Êle atribuiu à bebida. Nào tinha alma para compreender... Eu sofria, sim, por isso, ria. O amôr transformara-se em ódio. Pedialhe que me beijasse agora. Êle quiz afetar natural.dade. porém, nâo podia. A marca dos meus dentes no seu ombro, ele guardaria, para sempre, a minha lembrança. Preparou-se. Ao sairmos êle ainda pediu que eu ficasse. Nâo. Era muito sórdida a sua alma. Salmos. Ao tomar o carro eu cambaleava. Náo estava embriagada. Sofrerá muito. O meu coração estava destroçado... A viagem foi rápida e sem ex'•*
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-ámr i ÍSL
ça. Levantou-se repentinamente. Eu deaaterrivelmente. flava-o, Havíamos trocado, aflpoucas palavras. Êle veiu para mim, como alucinado. Pegoume ao colo, levando-me
nal,
para a alcova. Jogoume com toda a força. • Apagou as I u z e i v a t e s Eu. porém,
sio. Êle assim o quizera. Ao chegarmos à minha residência, eu ainda ria, nervosamente. Êle j.. nâo suportava mais aquela cena.
gt'° que me envolvia o Cur».ao. Entrimos. Êle. rapidu acendeu as lu.es. Comtíyj o mesmo de du" «Im C1,m varanda, dando Par, Copacabana. Liforaomarbram.a. quehr»ndo as ondas, volup'uo.amente e lerriveis. -
Consegui
deposi de nâo conseguir vercer-me, caiu ao meu lado. Eu, com a luta, tornara-me feroz. Toda a força da
lhe que éle era cínico. Êle, entio, quiz abraçar-me ao que eu repeli. Mostrei-lhe desgosto nisso. Sentei11 o novamente, me,
Ao abrir a porta do %t- apartamento, rlcamen. ,e mobilado, eu senti o
V"I
qu* so agitam")
resolvida a vence-lo. Empenhamo-nos numa luta atros.
Confundira-o no Nào me despedi dele. Saí do carro levando homem um era Êle coraçio. aquele amôr sepultado. o meu amôr. sem alma Nunca soubera compreender vencer-me. Assim conseguira nio disso ap.-sar porém, êle massaacabou, na sua vida, uma mulheer que amôr do altar no crou, imoiando-a. para sempre, MALHO O
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grande edifício da penitenciaria, uma das maiores pribôes nacionais, levantava-se em um descampado. O Era uma construção sem elegancia. um ;ubo enorme de tijolos vermelhos. Quatro andares Absolutamente isolado. Quando quizeram construir a casa na cidade, os habitantes e o Governo acabou por achar valia mais a pena icar o edifício, mesmo asaim, longe de qualquer centro pofro:estaram puloso. Havia lá mais de mil presos. Quando o n." 3-75 (pois todos só eram conhecidos por números) foi recolhido, trataram-no com deferencia pouco habitual. Deram-lhe uma célula grande e clara no primeiro andar. Fizeram mesmo um pouco mais: escolheram para seu companheiro um moço também fino e educado, condenado por ter praticado uma pequena e deaculpavel falcatrua comercial. Os dois rapidamente se ageitaram à vida comum. O 3-75 quasi nlo falava. Só o fazia quando o outro o interpelava diretamente e era forçado a responder. O processo do qual resultara a condenação do 3-75 fôra dos mais ruidosos e extranhos. Tratava-se de um assassinato. O criminoso matara a mulher Como e porque — ninguém sabia A policia foi um dia cha •nada por êste recado telefonteo: — Fala aquiaDr. Simões Gerifalte. (E deu o endereço exato). Acabo de matar minha mulher Venham prender-me. No primeiro momento, a policia acreditou fosse um gracejo de máu gosto, mas tocou para o endereço indicado e teve a confirmação do fato Encontraram a vitima no seu leito, assassinada com um tiro no coraçio, e o assassino corretamente veatido, pronto para seguir. No momento de partir, êle beijou a testa da mulher, sem dizer uma palavra e acompanhou as autoridades. VIII — 1941
OS
MELHORES
CONTOS
BRASILEIROS
MEDEIROS
0 processo foi curioso. O acusado respendeu apenas às perguntas sobre a sua identidade. Interrogado acerca das causas do crime, fez uma declaraçio formal. Dela nio se apartou posteriormente: disse nio responderia a mais nenhuma pergunta: — O importante para a justiça e conhecer o autor do crime. Sou eu. Nâo houve nenhum cúmplice. Si eu quizesse defenderme, minhas respostas serviriam p*ra indicar atenuantes. Njo sei de nenhuma. Feita es'» confissão, tem restriçio alguma, nio estou disposto a satisfazer curiosidades. Houve necessidade de dar-lhe um advogado ex-oficio, porque ele nio quizera indicar nenhum. Quem escolher, 1 altura do criminoso? Isto se simplificou, porque o grande e eloqüente advogado Bastos Queirós inscreveu-se precipitadamente como membro da Assistência Judiciaria, só para o juiz o poder nomear advogado do réu, de quem era velho amigo. Nas entrevistas com file nada, porém, adiantou. O acusado lhe disse firmemente estar disposto a nao ministrar elemento algum de defesa. E manteve-se assim até o dia do julgamento. Neste o advogado fez uma oração bnlhante, de rara eloqüência. Pintou a carreira triunfal do medico Ilustre, cheio de serviços i ciência, professor tido como notavel mesmo em países estrangeiros, bom, caridoso, ativo, gastando todo o aeu tempo em obras de ciência e de beneficência. A sala arfava de emoçio tia estava aliás cheia de médicos e de jovens alunos do acusado, seus ardentes admiradores. Havia uma larga pane da sua clientela femlnlna. O advogado mostrou apenas ao lúrl como um homem em tais condições nio podta cometer o crime, ou sem estar fora de si. ou sem profundas razoes. O reu, vencido, baixara a cabeça e chor>va. soljçando baixinho, — tio baixinho que ninguém o ouvia — com o rosto oculto entre as mios. Vla-se-lhe apenas o sacudir do corpo. Em certa ocasião, porém, o advoTodos arquejavam de emoção, assombrados. — O criminoso tou eu. só eu, nâo ha ninguém mais a quem acusar. O promotor para agravar-lhe a culpahi (idade, tinha feito o contrario' pintara o retrato da morta como um modelo de bondade. de beleza, de iodas ss qualidades. E ele ouvira em silencio. O advogado de defesa pouco mais poude dizer. Houve uma couta interessante: etae r(u confesso mal defendido por nio ter dado elementos para isso, esteva quasi i ver-se absolvido. Houve conlra tle apenas > maioria de um voto. O movimento da oplmio era a aeu favor: ai tivesse havido qualquer apelaçio. os (ulzes achariam meio de '•ciliti-la. Mas ele se opoz formalmente Aceitou a condenaçio. Todos sentiam qual devia ter sido a verdade: a mulher de certo o traíra. Vários depoimentos feitos perante a justiça haviam indicado esse fato Cie nem o confirmou, nem o negou Na enorme penitenciaria, o 1-75 era um Preso modelo Sombrio, silcnciuso. vivia de certo em uma tortura interior, pois ficava noras a fio, com os olhos fixos, cumu hipno•isado por alguma visio tor algumas vezes, nas visitas aos Prisioneiros, demorava-se na célula dele » conversava um pouco O prisioneiro se humanisava lentamente >j. nomearam médico da Pcniteneixna o Dr Castro um dos seus amigos — antigus e prediletos dicipulos Quando o ">oço, aberta a poria de célula lhe dirigiu a Pxlavra, chamando-o 'Mestre'1 ele hesitou "» estender-lhe a mio, mal a afastando do corpo: Nio me chame mestre. Hoje. Isso o _^— «ilustraria Mas o jovem medico nio teve duvida antou bruscamente as duas mios e agarr»ndo a Jfle beiioua. protestando: Mestre, sim. tio mestre no esplendor . _" * ProspenJaJe como no infortúnio 'í'75 sirtido aos braços do seu anti«oi chorou de emoçáo ,"no' • L»l por diante, o Dr. Castro nio deixa-
VIII _ 194!
E
ALBUQUERQUE
O 3.75 gado quis po-lo em contraste com a mulher assassinada. Mal anunciou a primeira "uma mulher leviana..." — o acusaçio: réu ergueu-se de um salto do seu banco de infâmia e. a fisionomia transfigurada, levantando a mio aberta, gritou com uma ameaça temível na voz: Niol contra elal
Isso nio!
Nem
uma palavra
va de vir falar-lhe. Certa vez quis conversar sobre acontecimentos do dia, mas o preso pediu-lhe para nio o fazer. Nio sei nem quero saoer a marcha do mundo lá por fora... E a partir de entio conversaram apenas sobre casos de medicina e cirurgia, passados na penitenciaria. O amír . antiga profisslo subsistia intacto. Começou mesmo a aceitar livros e revistas profissionais, levados pelo dicipulo. Sflbre eles discutiam interessadamente. Certo dia, em uma oficina da prisio, houve uma rixa e um dos sentenciados ficou gravemente ferido. Havia necessidade de uma operaçiu delicada e imediata. O medico da penitenciaria, desajudado, nio a poderia fazer. Solicitado embora por telefone da cidade visinha algum colega, si viesse, chegaria provavelmente multo tarde. O Dr. Castro pediu entio ao diretor da prisio licença para isso e suplicou ao Êle acedeu prontamestre para o ajudar. "E eu ainda sei?" mente. Disse apenas: Mas foi. tomou a diÊle ajudar! Ajudar? Qual reçio do caso e com a sua maestria habltual fez tudo. — e O dicipulo, ao principio, hesitante diante da gravidade do caso raros deixariam de hesitar — ofereceu-lhe o bisturl e. sem dar por Isso, instintivamente, como si estivesse em aula diante dos alunos, o grane de Mestre cortou com toda a segurança serrou, ligou, co»quando foi ocasiio disso delicada. turou, levou a termo a intervençio a Terminado o caso. o dicipulo lhe disse sua gratidio. Êle lhe perguntou: _ E si eu lhe pedir uma prova dessa gratidio, V. a dari? de Pelo espirito do moço passou a idéia Mas por seu mestre desejar talvez fugir isso mesmo, nio teve uma duvida: — Legal ou ilegal, tudo quanto quizer ' "I! opePois bem: no relato a fazer da Nem raçio nio aluda t minha Intervençio. uma palavra. deO moco resistiu, mas nio conseguiu a sua palavra. move-lo. Teve de cumprir uma da prisio Ficou apenas nos registros "Eficazmente auxlfrase vaga do médico: ferido." o operar liado consegui era certa a Sem a assistência do 3-75 o auxiliar morte da vitima. Praticamente - tinha sido o máe de bem pouca eficácia dlco da prisio. Ultimamente Ji o 3-75 havia tomado o habito de falar um pouco mais longamente Idéia com o seu companheiro de célula. A sentia code converiar nio o seduzia, mas Ele era rapaz. ao pobre mo a mudez pesava aliás infinitamente delicado. falar. O médico deixava-o, sobretudo, de temDava-lhe porém, atençáo e fazia, Esse pos a tempos, breves considerações. caso um robre moço viera ali parar por imprudência simples Fora. sobretudo, uma uma moça. Desejando obter a mio de do tutor desta compreendeu qual o motivo «le nio hesitar em ds-la em casamento: ou colocaçiu. oferecia garantias de fortuna A moça embora estivesse bem empregado o rapaz ocasiio. era rica Em determinada negocio a exi,eve conhecimento de certo e oferecer um lucro _, pequeno capital "norme como Mas esse pequeno capital ao banobte-lo' Al foi o seu erro Tomou-o modo um de co onde estava empregado, dias após, pofraudulento Mal se casasse, a soma irbanco der.a pedir a esse próprio sem n,n regularmente retirada Repo-la-ia fato. Mas mfelizmenguem k aperceber do E no disso. antes fe o caso foi descoberto, estava marca entanto |i o seu casamento
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— Este mariu tem o sono duro. do, em vésperas de realisar-se! Quinze dias após o da sua prisio, nada lhe teria aconUm oficial interrogou-o. Nada ouvira, tecido. Nio era um criminoso. FOra um im- disse ele. companheiro Dos mil e tantos presos só tinham ficaO seu de prudente. prisio sentiu como mesmo fora dali poderia sem do 17. Os outros, porém, eram pobres diabos quasi inválidos. Nio haviam fugido deslustre manter relações com ele. por O maravilhoso para o médico era obser- impossibilidade absoluta. var o fato notado por todos os diretores- de O velho médico, nomeado para substiprisões e penitenciárias, mesmo as sujeitas ruir o impedimento do licenciado, fora enaos regimens mais severos: os presos aca- contrado mortoi com uma paulada na cabam por organisar uma espécie de maçona- beca. ria e ficar informados de quanto se passa O ódio dos em geral nio dentro dos muros da prisão. Chegavam às escolhe: vai desdeprisioneiros o diretor até o Ínfimo vezes ao seu companheiro recadinhos es- carcereiro. Os médicos entram no número. critos, alguns dos quais vinham até metidos Todos sio representantes do poder público dentro da comida. O guarda lhe transmitia e da Sociedade contra a qual os criminosos outros. O preso da célula da direita tinha estio em luta. todo um sistema de telegrafia em pancadiO relatório oficial dos acontecimentos nhas na parede divisória. mencionou comovidamente ter o morto O companheiro do 3-75 começou a ficar cumprido heroicamente o seu dever até o bruscamente muito excitado. Motivo para fim, mantendo-se no estabelecimento e opeisso? Acabou por dize-lo Os presos trama- rando o diretor. Alguém, de certo, o agre-vam uma grande revolta. Esperavam fugir dirá quando se retirava, apoz ter feito isso. em massa: nio ficaria nenhum. E apontava-se o seu como um nobre exemO Dr. Castro tinha pedido licença e pio. O diretor fora levado para um hospital partido para fora. Qual seria o procedlmento do 3-75, si a revolta vencesse? Nem ele na cidade. Embora operado, estava em uma sltuaçio delicadíssima sem poder ser visto mesmo sabia. _No primeiro momento pareceu-lhe tio indiferente permanecer como sinio por algumas pessoas de sua familia. Nio lhe levavam noticias, nio lhe ao companheiAgradeceu entretanto fugir. permitiam conversas. ro a lealdade da sua comunicaçio. — O Or. fica ou foge? perguntou-lhe Quando poude receber visitas, uma das o moço. primeiras foi a do Dr. Castro. Chegara Êle lhe respondeu: resolveria no oca- nesse mesmo dia. Alguém lhe disse entio o nobre proceslio. E explicou-lhe bem nio estar procurando esconder a sua resolução: era bem dlmento do seu substituto. O moço teve uma expressio de verdadeiro assombro: verdade nada ter decidido. Nio é possivel! Noites depois, a revolta rebentou. Algritou ele. O meu guns presos cortaram os fios telefônicos, substituto nio entendia nada de cirurgia: seria incapaz de põr uma atadura, de colar inutilisaram um pequeno posto de rádio da casa, houve mortes de uns e espancamen- uma tira de esparadrapo. Creio até que nio saberia espremer uma espinha! exclamou, Um tos de outros dos guardas da prisio.. grupo passou pelo corredor onde ficava a exagerando. Era um bom velho médico, cacélula do 3-75, abrindo todas as portas. O paz de receitar cousas triviais, mas incapaz de operar fosse quem fosse, fosse do que companheiro do médico apertou-lhe a mio, físse. despedindo-se, e precipitou-se. De repente, E, voltando ao hospital, Indagou do doele se viu so, diante da porta escancarada. Si todos saiam, como ficar? Adiantou- ente si não tinha alguma recordação de fugir tambem. quem o operara. O Diretor mergulhou em se pelo corredor, disposto a uma medltaçio profunda. De repente, poSentiu de repente um grande desejo de rém, sabendo só entio qual a versão correnatirar-se por ali adiante. Todos os seus inste sobre o seu caso, exclamou: tintos recalcados de homem habituado ã "Foge! Nio é exato. Foge!" E ele liberdade, gritaram: Quem me operou foi o 3-75. precipitou-se, em um ímpeto, por onde os E recordou-se da sua última visio antes outros tinham ido. Nio havia mais obstade cair na Inconciencia do anestésico. Tinha culo algum. Mas pouco adiante, encontrou do fato certeza absoluta. de sangue. em uma caldo um corpo, poça O moço médico rejubllou. Sentiu coReconheceu-o logo: o diretor da prisio. mo seria inútil ir buscar o depoimento do Estava com as roupas despedaçadas, cheio seu mestre para o fim desejado. Quis, pode contusões e, o mais grave, uma grande rém. conversar com o companheiro de céEra horrível. craneo. fratura do O 3-75 nio poude comer-se. Entre o ci- lula. Este fora recapturado, mas estava agora em outra prisio. O Dr. Castro ouviururglio, cujo dever consistia em socorrer lhe a declaraçio de se ter despedido do méaquele desgraçado, e o preso, ávido de fudlco, ao sair. Delxára-o de pé perfeitamenglr, foi o cirurglio o vencedor. Abaixou-se, te acordado. A aflrmaçio dele, garantindo tomou o ferido nos braços e levou-o para nada ter ouvido por estar dormindo, era, a sala de operações. Ela ficava no mesmo andar, a pequena distancia. portanto, absolutamente falsa. A partir desse momento, perdeu de todo Uma operaçio de cirurgia cerebral, coa noção dot sucessos em torno dele. Lem- mo a efetuada no diretor, exigia uma habibrava-se bem do armário de ferros e do de lldade possuída p o r pouquíssimos clrurmedicamentos. Náo havia chavea, nem tem- glões mesmo dos mais eminentes. O Dr. Castro desdobrou-se em atlvidapo para procurá-las. Arrombou tudo. Deltou o doente sobre a mesa de operações e de. Só um homem podia ter operado o dicomeçou a agir. retor da prisio — ele o provou. O ferido estava Inconciente ou pelo meO médico nio quizera, de propósito, apanot parecia tal, mas quando a operação co- recer a seu Mestre. Mas de súbito, uma meçasse, a dôr o poderia despertar e pertur- bela manhi lhe apareceu, i frente de um bar tudo. O 3-75 tomou o necessário de extranho grupo. Exiranho, embora morfina e de escopolamina e injetou no numeroso, porque era apenas de trespouco pespaciente. Este abriu os olhos, olhou bem soas e uma delas, ia ainda carregada em para o médico e pareceu entio desmaiar. uma maça de assistência: o diretor da priMas o anestésico, dado aliás em uma dose sio. O outro, além do Dr. Castro, era o Mifortíssima, fez o efeito desejado. E o me- nistro do Interior. Ninguém, quando eles dtco, embora com a imensa dificuldade .,.- chegaram, compreendeu a significação daestar sozinho, operou-o, brilhante e eficaz- quilo. mente. Feito isso, carregou-o para um quarAberta a porta da prisio. o Dr. Castro to vlsinho i sala c cobriu-o. Nesse momen- se adiantou para o seu mestre. Prevendoto — duas horas se tinham passado — lhe a negativa, foi logo cortando-a: Nio negue nada. E' inútil. Desta vez olhando para fora viu como, a toda disparada, se aproximava número considerável não me acho ligado por nenhuma promessa. de soldados do exercito e provavelmente de Aqui está o Sr. Ministro e aqui está o seu Policia e de Bombeiros. Sò entáo tinham operado. Nunca se viu um ministro vir em tido na cidade noticias do ocorrido. Esta- pessoa dar o perdão a um preso. Quis, povam as forças de socorro a dois ou iré» rém. S Exc. fazer hoje esta cousa excepminutos. cional para um caso tambem excepcional. Fugir' Nio era mais possível. O mediÊle e o Sr. Diretor vieram trazer-lhe a IIco saiu rapidamente da sala de operações herdade e os seus agradecimentos. voltando a e sua célula meteu-se na para O professor Ilustre, apertando as mios cama. Jí oa primeiros clamores doa invaso- para ele estendidas, ainda tentou falar, gares da prisio se ouviam claramente Fingiu guejando: Mas há engano estar dormindo. . hi engano... Nio, meu mestre, é a verdade. Alguém o sacudiu brutalmente. Soldados de policia o forçaram a põr-se de pé. E abraçou-o, comovido, chorando de alegria... chalaceando:
O
MALHO
O introdutor da vacina no Brasil
Do retrato de Bilac à apologia do bigode
Antônio Augusto de Aguiar e Calogeras, trís biógrafos do Marquês d» Barbecena, afirmam ter sido ile quem promoSISSON, veu a introdução da vacina no Brasil. Aguiar salienta que no meio de tanta lida, nio perdia üe o ensejo dá ser útil ao pais; e quo reconhecendo a improficuidade do pús das liminas mandou a Lisboa "Bom "sete repaxes seus escravos", no nevio em 8 de Agosto de 180*4, Rosa, da Despacho", acompanhados do cirurgião Manoel Moreira recomendando-o ao cirurgiío-mór da Armada, Teodoro Ferreira de Aguiar. E acrescenta: o cirurgião Rosa, instruído no processo da vacinação, passou, durante a viagem, o pús de unt a outro» escravos, atí chegar a bata, de onde ile te propagou. E segundo o mesmo autor, o primeiro vacinado foi o Visconde de Berbecena, que outro nío era senão o filho do futuro Marquês, que por aquela ocasião devia ter
era homem de bôe estatura e de regular eonstituiçio, maii d» membros e para alto que para médio, bem proporcionado BILAC de tórax sem o usual desenvolvimento abdominal da idade madura. Magro de corpo, lim; mai robusto e forte, como os vaqueanos audaies do nordeste. ,Vestia-se irrepreensivelmente, contínuo apaixonado no terno elegante de casimira que foi do sexo lindo, impecável sempre clara, assim como em laço caprichoso da gravata finamente colorida. Tímido que nem virgem; paciente eomo missionírio; bondade igual ò de Raymundo Correia, à de Mario de Alencar ou a de Coolho Netto. Usava lunetas, por sobre o narii quase grego, o que lhe dava certa *a e elegância ao brasileiro. Deperfil estranjeiredo. Nio parecia gra masiadamente estrábico, estrabismo divergente unilateral direito, defeito que lhe afeiava um tanto o corpo, sempre erecto e varonil at* ao desaparecimento. Braços curtos; olhos quase redondos; olhar sereno; um tanto desconfiado sempre. Jímais se fotografou eom a frente para • obdefeito que o atormentou jetiva: certo ansiava por ocultar o estrabismo, a vida inteira. Não era homem bonito, qual Joaquim Nabueo, Gustavo Beroso ou Castro Alve»; mas tambem mui longe etteva da fealdade característica de José Verissimo, de João Ribeiro ou de Euclydes da Cu*.ha. Antônio Austregesilo, em todo o caso, amigo da estética, o
dois anot de idade. A linguagem de Aguier í afirmativa: este benéfico melhoramento, o o seu busto foi colopais o deve eo ilustre Marquit e por iste motivo "Seu filho, o Conde de cado na tala do Inttituto Vacfnieo da Corte. Iguassu, em 1868, requereu por certidão o teor do aviso de 12 de Outubro d» 1859, que permitiu a colocação do busto ali". Sitton relate que Feítberto Caldeira Brandt, para introduiir a vacine no Bratll, nio poupou tacriflcio» nem despesas e devido e êle, veio * "Cabe-lhe e glória de ter vecine pera o Rio e foi para Pernambuco. «ido o introdutor de tio útil descoberta no pel», a espensas suas".
tinha por homem bonito. Ji é alguma coisa. • • • *; • • • 1Era um boêmio. Nío acompanhou a onda americana, no raspar infelii do bigode. Este dí tom misculo eo homem, como que o ajudando das suas mai» elevadas e poderosamente no exercício regular de uma blblices funções. Sem bigode, o lidedor eomo se apresenta em luta com retto feminino. Entío se éle fór novo e rosado, como o» teutos filhos do sul, posto de saia. a alguns metros, seri tomado por mulher. Nada honroso, convenhe-se. O bigode nío devia ser eliminado. E aqueles, como Bilac, que teem segura compreensão de seu velo»1 hominal, esses deviam fugir de vei i americana imitaçio, infelizmente ji
1937 RODRI&O
OCTAVIO
lho)
'ois acadêmicos desen histas
gonor«tÍucU. Hoje o moço raspa o bigode por higiene: quer ser limpo; o velho, por necessidade: anseia por se mostrar, is moça» lindas, com idade inferior i que realmente hi. Aquele é refletido; devasso í«te. O» velho» do Instituto Hi«térieo, do septuagenário Conde de Affonso Celso ao nonagenírio Bario de Ramii Galvlo, conservam quase todo» o pilo misculo dos vinte enos: aqui aieviehe; alt, verdadeiro algodio animal. Bilac manteve com acerto o bigode.
1j0
1937 I
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A
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T
TENCOURT
O
Ontoloqio P
I T
O
R.
E
^TWC
ELEUTERIO MARCOS, um poeta catfcre
do e
"CariCeari. xilogrefia" de
GUSTAVO BARROSO — (Fortaleia. 1908).
A *.-*AOU»TO
Memória espantosa realmente espantou a memória pronta t fiel do Berio de Mello), de que fui, como outros, testemunha muita ERA(Homem vex. Visitei-o epreiendo-me ouvi-lo e dele aprender, quando a cegueira crescente o retinha noi aposentos que ocupava em prédio da Praça da República, dependência hoje de Asiistincia Municipal. Chegava alguém com qualquer dúvida a esclarecer; de pronto ile e resolvie respondendo de memória e a isto seguia-se e admirável documentaçio fornecida. Incapai de vir e dificultado de mover-se, indicava ao interlocutor uma determinada estante, o local em que deveria achar um determln*do livro, o itu formato, ê côr, o namoro do tomo o, quoto itmprt, a dete da. edição, e acrescentava que, mei» ou meno» a folha» tantas encontraria o que procurava. Em crescente admireçio, o eontulente abria o volume ne pígine indlcede e ouvia-o repetir com fidelidade o
ENRIQUE
texto em questio. 1937 A
L
FREDO
MALHO
LARRETA,
o
grande escritor ergentlno. Caricatura RIBEIRO de COUTO — (Rio, 1941).
NASCIMENTO
44
VIII -
1941
II
O SORRISO
SANTA MARIA
a
Ao a doce Aurora abria, Quando as portai do Oriente sorriso encantador da boca primoroia fria, da deidade gentil, de uma baleia rosa. muita a inveja causava em teu jardim
Oswaldo
de Sousa e Silvo
Dentro da noite silenciosa, quando No céu as luminosas sentinelas Parecem mais acesas e mais belas, A celeste mansão de Deus guardando,
dia, Sorriso encantador, também, num certo abelha a atraiu docemente preisuroia flor em flor, lugado havia qua o luave nectar, todo o enxame goia. para o goitoio mel que
Eu cuido vêr, feitas de luz, cortando* O espaço, alvar estradas, e, por elas, Nossa Senhora, em meio das estrelas, Vir descendo, num passo leve e brando...
E, depois, dia a dia, a matizar o enjpírio, ficava entristecida a Deusa da Manhã; martírio: a a deidade gentil ara então leu
E' que Nossa Senhora não se esquece Da criancinha humilde que padece No amargo desconforto da orfandade.
inveja à flor, agora, que o sorriso, causando em «au afã, abelha a, depois, atríndo a encanto« da Aurora I o. maior tinha encanto qua
E, debruçada sobre o berço pobre, Embala-o ei com seu próprio manto o cobra, Numa expansão de amor e de piedade...
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MANOEL
MOREYRA
\mmm\m\^^^m^m\\\ -.TnTB VERTIGEM
OURO
Ah, o sol I... As ardantias da varão luavai Na tarra, iluminando as paíiageni De corei vivas, nitidas, brilhantes, a montanha Sobra o mar, lobre a floreita, wbra I... sonora e faita Numa panteista Ah, o sol I Luz do Senhor, gloriosa, homens para o amor Qua deveria enlaçar os Da toda a humanidade, na confraternisaçao I... Irmã, de paz, doçura e sinceridade a ntmoi Ah, o sol I... Que acende nos ângulos Das facai clarai dos horizontal A esperança qua reanima os fracos I... E dá gosto da viver aos infelizes sombrio Ah, o sol !... Vam para o mau coração ermo recanto este também E aquece estranhas Onde adormeceram malancolias medroiamenta E a dór se aicondau !... Para purificar o meu destino nol n.rvo. Vam, chama dourada 1... E acenda desprotegidos a fracoi Qua sa debateram Da desiludido do idéial humano, !... O calor esplêndido da Vida Maio.
Tão grande o teu poder, a sedução tamanha Que o mundo, ao desvario entregue, se devora. Ouro I Tudo se arrasta é tua força estranha. Tu és o único deus que a humanidade adora I Girando em torno a ti as ambições humanai, O teu templo te faz dai misérias mundanas, Dai tragédiai brutais e dos crimes que ajudas! Ouro ! H4 muito o teu cetro as gerações governa, Mai teu brilho le ofusca em maldição eterna : Compraite o próprio Chriito ao miserável Judas I a
CASTANHEIRA
FILHO
"Roíeiral"). (Do próximo livro
1941
ALvaRO VIII _ 1941
Ouro I Para encontrar teu veio na montanha, Começa o sacrifício ao despontar a aurora, E o homem, com avidez e destemor, se entranha Das betas pelo abismo, onde o perigo mora.
ladeira
45
MALHO
O MODELO brilho das ondas loiras. Abastado. Evoluido. Da à esposa que lhe veio ás máos sem niquel, uma liberdade incompreensivel para os simples. — Jurei fazer você feliz e isso nác seria possível se lhe impusesse minhas opiniões. — Estava agora de frente, perfumando o lenço — Cito a maledicência social advertindo que o mundo 6 uma criança impertinente: deve ser iludido para nos deixar em paz. Um frêmito nas cobertas. Como mastros níveos os braços de Mirtila se alteiam, as máos alcançam a cabeça de Gilberto que se inclina para o beijo de despedida. Gostoso...
Quer mais? Convencido. Falei de seu novo perfume.
Elegante.
Nada
obeso. Raros
fios brancos nas têmporas ressaltando o O
MALHO
Mais tarde, náo muito casualmente, foi apresentada ao artista. Teve
sobre
si
os
olhos
penetrantes cujas palpebras se comprimiram em roda da pupila como lente fotográfica. No Intimo, o monstrozinho da vaidade agitou-se aconselhando-lhe a descobrir se produzira satisfação estética no grande conhecedor.
casal
Savana
Vigni
atraia
espiritualizaram-se
porque convenientes à
elementos
Dal a pouco Mirtila ouviu o ruido macio do auto que o levava para o trabalho
Natural que a mulher de Gilberto ouvisse madrigais de toda espécie. Os vinhos
invariável. Maquinas, contas, pedidos. Era industrial.
rodavam.
positivamente infeliz. Se o desalre tomasse fôrma de certo
carnavais.
para muitas telas de Vigni. Êle costuma alterar-lhe as feições. Evita que outros a tenham tal como é.
própria personalidade. Jornalistas, poetas, maestros e escultores rodearam Mirtila.
saúde, bom humor, gentileza. Verdadeiro Adonis em relação ao "outro" de feitlo
realizar no quarto. De costas, dando o laço na gravata, "psyche". conversa pelo reflexo do E' um homem de quarenta e alguns
— Espva, informou o par de Mirtila notando-lhe o interesse. Tem sido modelo
ciência determinar.
Praticava esportes como um rito, tinha
apenas sugerido entre o friso lilás do lençol e a auréola rubra dos cabelos, Mme. Gilberto Savana — há dois anos, Mirtila simplesmente, garota sensaçáo das rodas granfinas — assiste o último toque da "toilette" matinal que o marido vem
que dansassem e entáo, estratégicamente, pôde vêr de face a companheira do pintor. Julgou reconhece-la.
Convidou-o depois. E as reuniões do
Pense no que eu disse, recomendou êle da porta, todo formal. Mas náo se constranja, acrescentou, faça o que sua cons-
bem explicito, Mirtila: nio pretendo interferir em suai amizades. Se Marcelo Vigni merece SEREI atenção continue a recebe-lo. mas evite que a vejam em passeio com ele. Já murmuram. Eu soube. Debaixo do acolchoado sedoso, rosto
Propôs
escolheria àquela. Nariz ralos,
torto,
dentes
escuros,
cabelos
vigoroso mas desengonçado, Mar-
ceio Vigni possuia além de todos esses predicados uns olhos terríveis: anallticos, inquiridores, irônicos, exlgentissimos. Considerado como glória nacional porque seus quadros lograram penetrar no Louvre, vivia com magnificência. Num chá de caridade a mulher de Gilberto Savana sentiu o fascínio estranho do artista quase grotesco. Viu-lhe no semblante expressão de entusiasmo ardente e quis por força fitar a criatura que inspirava a chama sublime. O dorso coberto de vermelho púrpura e o rolo pesado de cabelos negros que conseguia vislumbrar pouco indicavam.
16
Ela
sorria
desvanecida,
mas inquieta para o novo vestido ou penteado diferente a aprovaçáo de uns aguardava
olhos miúdos e azues, que mais azues e reduzidos ficavam no momento da apreclaçio. Marcelo
nunca
a elogiava.
Deixava-
lhe sempre a impressão de que devia aprimorar-se incessantemente. O resultado t previsto. Veio a intimidade completa. conhecer-lhe
Mirtila
os
precisava pensamentos reclusos. Antes de conseguir esse intento o acordo transpareceu e aborreciam o marido com insinuações. Atirando,
preguiçosa, para fora das cobertas, uma perna, depois outra, Mirtila decide: "Náo irei hoje. Nunca mais pisarei lá. Homem intratável, feio, e está sempre com atitudes de pachá farto que faz favor em atender as escravas". Conseguiu manter o bom propósito Trinta e dois dias após viu Marcelo, de VIII — 1941
longe, ao lado ao modelo. Quase teve uma sincope em plena rua. Êle nio a procurari. Nem lhe notara a ausência. Telefonou chamando-o para um Jantar. A Gilberto explicou: — Afasta-lo em definitivo, seria dar demasiada confiança aos maledlcentes e corroborar-lhes a peçonha. O industrial deu de ombros. E o pintor fez sua "rentrée".
A mulher que você ama porque lhe russa parece bela entre todas é Zelma, a artista, que posa aqui para seu triunfo de
deu com a própria imagem no espelho: rosestranhou as novas expressões de seu Linha Vigni. to. Lembrava o modelo de no de descrença na boca, luz fatalista no Usa, fronte na olhar, frieza aerena conjunto um halo imponderável. e«Ganhara o gênero de beleza que tonteia, que escraviza os homens. Vivera Estava dentro de si mesma. imlhe superficialmente até então. Que alheio agora que portava o julgamento "Maravilhosa", dissera se conhecia bem? mais velha. Vigni e ela se via dez anos O primeiro elogio franco e superlativo que hpmem desesperara de ouvir do grande, lhe parecia alvar.
nio acerto? Pela primeira vez, o orgulho vencido, Mirtila menciona a rival. Perfeita como estatua. Você é mais
CONSUELO
Minha flor, como a encontro sedutora, ouviu do marido nesse dia esquisito. "Fátuo e cínico "pensou" Adquiriume como elemento decorativo e nio zelou por mim porque corteja a datilografa". Morro de amor e de saudade, capitulou Vigni dias depois. Senhora! Ao menos uma esperança, balbuciaram outros a seguir. Mirtila nunca saiu de seu reduto. Teve sempre o marido preso, adoradores persistentes, tornou-se famosa pela formosura, pela elegância e principalmente por sua olímpica indiferença. A desilusão algumas vezes é o primeiro degrau para a verdadeira glória.
PIMENTEL
MARQUES
mulher. ao Um rubor forte deu tons violaceos mandarino das faces claras. O ordinário atrevia-se a confronta-las.
Tornou a vi-lo retratado nos jornais. Vivia um novo instante de sucesso proesduzido pela recente exposição. Mirtila vazia, e colheu um dia neutro, em hora entrou no recinto. Nús, profusos como num harem. e inMulheres morenas, rulvas, loiras definiveis, porém, nenhuma apresentando o traços de semelhança que denunciassem agrado do artista por Mirtila. Entretanto, IndivisíZelma ali estava, multiplicada e vel ao mesmo tempo, pois todas tinham russa sua expressão nostálgica e Irreal. A ideal que incarnava na vida do artista o é sempre inatingível. Mirtila percebe a criatura vulgar que havia sido. Dera o melhor da alma por louma homenagem ao seu físico e fOra grada. Através da
"fourrure" sentiu o conta-
cto de alguém. — óra viva! H4 tanto tempo... Eitá maravilhosa!
Lsssssa. 1
Lss
/
absA esposa do Industrial respondeu trata como a um Importuno qualquer. Tinha pressa. Em casa, hbertando-se dos agazalhos VIII - 1941
47
O
MALHO
MEU TIO, O COMANDANTE RAIMUNDO GALVÃO
conhecimento
algum
naquele
meio,
conseguisse um*
apresentação que superasse as demais. Afmal, fui conduzido ao comandante,
hom*-m
gordo, de estatura mediana e de espero agradável. ConteMhe minha situação « disse-lhe esperar sua proteção. Tudo o que consegui dele foi um : — Volte amanhã às duas da tarde.
oito horas da manhã quando fui despertado por grande ruído, coisa pouco comum ERAM naquela casa, onde sempre viveremos no mais íntimo
sossego.
do, enfim,
Cadeiras
o barulho
arrastadas,
carateríttico
das
janelas batencasas qu* se
preparam para uma grande festa.
viço de comandante.
Espreguicei-me e, mal me pús do pe, já estava quarto 1 dentro, radiante, » minha tia, estendendome na mão um telegrama. Aproximei-me da janela e, a brindo-o, ti: "Primavera" "— Catarina — Sigo Santos vapor — Eurico." Devo dizer que estava alheio a tudo e acredito, mesmo, ter tido uma expressão interrogativa pois ela, apertando-me contra o peito, murmurou: — Meu fílho, se até agora
nao the contei nada
acerca
desse
seu tio é porque, desde que nos casámos, não tenho ¦notícias dele. Hoje, porém, pedirei que êle lhe conte tudo para que você não fique homem fazendo mal juizo de sua tia. precipitação com que havia entrado, saiu, no afan de preparar a casa para receber aquele tio aparecido à última hora. Com a mesma
com 16 anos e posso dizer que nunca tive ESTOU aquilo que a maioria dos entes humanos cotuma ter, desde o mais abastado ao menos protegido pela sorte — infância. Desde que comecei a tomar conhecimento da vida, sempre se descortinou ante os meus olhos este mesmo quadro de pobreza, emoldurado pelo mutísmo constante de minha tia. Criei-me neste prédio, corroído pelos anos, que minha tia diz ter pertencido a meu falecido pai. Dos meus pais, só sei que não vivem mais. O quo foram, onde e porque morreram, desconheço, pois todas as vezes que com minha tia falava no assunto, lagrimas * marejar-lhe os olhos, limitave.se e diier: — Quando crescerei méis, um dia contar-te-ei toda a vida deles. ela, com duas
Nesta
se pastarem ot enos. Minha tle uma casa de modas, e eu trabalhando
situação
e coser para como aprendiz
numa
Tio Eurico, com quem já me familiarisíra, disse 'ir com vocês para cas*. Leve então: — Não posso ¦ua tia e esperem-me para o jantar. Trouxe-nos até o passadiço de bordo e, ao partirmos, voltou-se para prosseguir no seu *st*fante s*r-
alfaiataria.
a**
três e quarenta estevamos, juntamente com AS inúmeras pessoas no cais, a espera do vapor "Primavera" que se aproximava lentamente. Homens a bordo gritam ordens. Jogam cordas. Os guindastes, como que na ânsia de trabalhar, começam a vomitar
o janter, fómo-nos reunir na pequena TERMINADO tala de visitas onde, depois de acomodados num um charuto, cnapequeno divan, meu tio acendeu mando-me: Ricardo, a pedido de sua tia, vou lhe contar minha pessoa. porque nunca ouviu você referências o Quero que saiba o que me econteeeu. Antes, porem, ele oficial da quero que saiba quem foi seu pai. Era Policia, aqui em Santos. Na revolução de 1924, femese» depois por bala, veio a falecer poucos deixando sua mãe com quatro meses de gravidei. Ao nascer você, sua mãe, acometida de imper-
rido
tinente febre, morreu também. Quando isto aconteceu, eu não me encontrava mais aqui, como vai vêr mais adiante. Sua tia passou a cuidar de você, a espera de que eu cumprisse minha promessa. Agora, nós. Em 1923, ne cidade de Lorena, casei-me com sua tia. Nesse época estava empregedo numa casa de calçados. Decorridos poucos meses fui chamado ao escritório da firma, onde fui avisado de que estava desempregado, em virtude da firma ter fdo â falência. Sem emprego, e sem recursos para permanecermos ali por mais tempo, resolvemos vir morar com seu pai, nesta cesa, propriedade* dele. Aqui, passámos a viver á espere de que eu arranjesse emprego. Decorrerem diet, meses e nada d* conseguir trabalho. Certo dia, quando me dirigle pere * cidade, li no jornal do meu visinho do bonde um anúncio que me chamou a atenção. Havia uma vaga para praticante de bordo, no "Primavera". Oportunidade ótima para mim. paquete Sem pensar em outra coisa, dirigi-me para o cais do porto. Lá, ao ser encaminhado para falar com o comando nevio, o meu guia, sabendo o mptivo da
No outro die, ao meio dia, já me encontrava no nã ingênua esperança de que já ia trabalhar.
caís,
aproximar-se a hora marcada, encaminhei-me para o convés onde já so encontravam vários rapazes, todos candidatos à vaga. Ao
Cerca de uma hora depois chegou o comandante, que foi logo nos saudando à maneira de bordo. Depois começou a identificar-se com todos e a dar conselhos sobre as obrigações do homem do mar. Dir-se-ia que todos estavam empregados. Em dado momento, porém, para desaparecer alegria e aquela ânsia que nos envolvia, surge o destino, que, com sua máo impiedosa, faz-nos presenciar uma cena chocante. Um marinheiro que se
aquela
na torre de observação, perdendo o equiprojeta-se do alto do mastro no bordo da amurada e, sem sentidos, cái ao mar. encontre
librio,
O pânico estabeleceu-se. Atônitos, todos, não sabíamos que fazer. Nesse instante, impulsionado por uma força estranha, talvez pelo instinto de . -negação, instinto que todos nós possuímos em bo l dose, atiro-me ao mar de onde, com dificuldade, consigo retirar o pobre rapaz. Estabelecida a calma,
diier-vos — foi por mim premeditado e posto em execução, pare saber dentre vos o que melhores aptidões apresentava para « vída do mar. Aqui, mais do que em outro lugar, o principal é o desprendimento, o amor ao próximo,
a coragem,
e ísto náo te força, não se ensina, é natural e expo-ntãneo como agora aconteceu com este rapaz. Assim, pois, a melhor apresenteçáo qu* tive de vos foi e deste jovem que, por um simples ato, demonitrou tua bravura, sua coragem, e dele é a vaga que temos a bordo. Estava, assim, empregado. Mas, refletindo, vi que tinha procedido sem consultar tua tia. Envergonhedo resolvi náo ir em us*. Escrevi á sua tia dixendo ter tido empregedo como embercedico. Partia naquela noite e, breve, voltaria.
dente visita,
fei-me
vêr e Impossibilidade de conseguir o emprego, em vista de outros candidatos possuírem ótimas apresentações. Era preciso, pois, que eu, i*m
o comandante nos reuniu
no mesmo local e falou: — Este acidente — devo
DECORRIDOS ne nevoente meu
nove anos, numa manhã de Junho, e fria Bale Blanca — expirava o "Primavera", deicomandante do
protetor, o xando-me entregue o seu comendo.
fogo de suas caldeiras. Tudo aquilo tem um sabor especíal para mim, pois trata-se de espetáculo inédito. Terminou a manobra. O monstro da ferro achas* agora subjugado por grossas cordas á amurada do •cais. Todos em verdadeira avalanche, se precipitam para - Mtarft. cada qual tendo o desejo de subir primeiro, de dar logo o abraço no ente querido qu* chego... Aparvalhado com tudo quanto via, deixei-me errastar, sem sentir, por minha tia. mem
w
*^s ^x^^r^\
Ao chegarmos ao tombaditho, avistámos um hotrajando uniforme branco com botões doura-
moreno, tostado pelo sol, aparentando ter teguramente trinta e cinco anos. Entre vários outros homens, dava informes e sorria. dos,
— Aquele é seu tio — ela me disse. Nesse momento fomos avistados pelo meu -tio que, fazendo um sinal aos outros, veio ao nosso encontro. Após abraçar minha tia e beija-la, tomou-me nos braço*- e gritou para os outros. — Minha senhora e meu sobrinho ! Foi como se os tivesse despedido pois partiram em disparada escada ebeiio.
MALHO
48
VIII
1941
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cinema
COLBERT, a en"estrela' da ParaCLAUDETTE cantadora mais querimount, uma das figuras ainda das do cinema americano, que admirou há pouco o nosso público "Levanta-te, meu na fina comédia esta amôr", mandou, de Hollywood,
fotografia Anônima
dedicada à Sociedade "O Malho". E' uma home-
nagem expontanea de Claudette Colbert que muito nos desvanece e vêm provar a ilustradas do cinema.
popularidade das revistas desta empresa na cidade
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NOVIDADES
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Quando a produção de Hollywood parecia ter esquecido completamente 0 "tratamento" cinematográfico que fora, nos velhos tempos, justamente um dos fatores decisivos da vitória dos filmes americanos sobre os europeus, surgiu um novo diretor, trazendo d' volta, "bom cinema" em todos os seus filmes: — Preston Sturgess. Êle é o verdadeiro cineasta, escrevendo e dirigindo seus filmes, a formula ideal que sempre produziu os melhores resultados no cinema. Depois de "O homem que se vendeu" e "Natal em Julho", Sturgess deu-nos "As três noites de Eva", encantadora comédia com Henry Funda e Barbara Stanwyck, de cuja filmagem a fotografia é uma recordaçSo. Assim <> leitor fica conhecendo Preston Sturgess, que aí aparece entre os dois intérpretes do seu último filme.
CINEMA BR ASILI
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filme, que promete ser outra obra admirável de Humberto Mauro, est.i sendo realisado nos estúdios da Hrasil-Vita-Filme, na Tijuca.
Quando escrevíamos estas notas falava-se na filmagem <la nova peça Jou-jotu. e Balangandans de 1941",
por
uma
de
em;
nossas
produtoras. O novo filme de Milton l.odriCinédia, será provávelííues, na mente uma história de aviaç&o.
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qlesa da fordshíre,
^HOflrV
MALHO
inCARROLL é West Bromwich, Staf-
nascida
no
dia
26
d* lou
Fevereiro de 1906. Cabelo, ro< e olho. azues. Foi professora artista a
teatral carreira
antes de abracinematográfica
nos
mr
estúdios londrinos, nos quais* aliás, interpretou seus melhores "Eu fui (ilmes — uma espiã",
r
— 80 -
VIII -
Conrad
Veidt
e Herbert Ditador", d.-ame Marshall, e sobre Struense eom histórico Clive Brook. Em Hollywood, tem em inúmeros celuloiaparecido "Bloqueio", com eles. entre de», "Meu filho, meu Fonda. Henry Aheme e B'ian eom filho", "Solteira por ca. Louit Hayward, "Borboleta de salãoi t> prichcl, "Virginia com Fred romântica" "Legião de heMac Murray. e róis", com Gary Cooper.
com
Humberto Mauro, o grande dire"Ka"Tesouro tor de perdido" e vela dos meus amores", está diri"Argila", cujos principais gindo a Carmen confiados estão papeis Santos c Celso Guimarães. O novo O
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e
ADEMAR GONZAGA — faz anoi eate méa, no dia 26, Poe eaia data (estiva do Cinema Braiileiro, du i|ual Gooaaga i um dus pioneiros, 0 MALHO antecipa o KU companheiro, íunabraço au nosso antigo " dador de Cincaii'
" Victor.¦". a celebre novela de Joseph Conrad, que Maurice Tourneur já transportara para ii cinema, noi tempoi do celebre Artcraft, com Jack Holt, Seena Owen e Lon Fredric March aparece no Chaney, acaba dc ler reiilmada em Hollywood. Desta vez, "Caricia fatal", interpreta 0 papel interpretado por Jack e Betty Ficld, a revelação de papel feminino. N'o papel em que vimos Lon Chaney aparece Sir Cedric " Hardwcke. A I-laml Tale" direção é de John CronrweO. Que tal será a nova versão do famoso
;niuí, de chapéo d. palha, ao lado da "camera", é o tamoso Sam Wooá, p di retor <u- "Adeua, Mr. Chipa", "Nona " dade", Kitly Foyle", c ni:ii. recente mente, "Figurai do meamo naipe". Sua carreira diretoria] rem doi velhoa teo tiu cinema ailencioio mai •,,', eom o primei iu filme citado acima é que ie revelou um grande realizador
MADELE1NE
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H
' i NI >Vl » filme dr Carmen Miranda na T. C. - Fox passou a chamar-se "Week-End in Havana" e ao lado .la "pequena notável" apa recém novamente Don Amêche e Alice Faye e mais César Romero. (nino sc vê, vamos ouvir rumbas, outra vez . . .
Mc Ke-
_______________________ «tf
_______! ________ I_________<- '
,
JE \.\ GABIN nasceu em Pari-. no dia 17 dê Maio de 1004 e seu verdadeiro nome é le.n Moncorge.
LUISE RAINER vai voltar ao cinema] Vamos rever a grande interprete de "Terra dos Deuses". numa nova produção da United— "Shanghai Artista Gcsture", produçSo de ArnoUl Pressburger, outro produtor francês qne recomeça a vida em Hollywood. de May filmes da
__¦WWWW ¦_________^_\m m aH*- v'^lt *__ ..
O ATUAL e grande diretor Irving Cummings, íoi. nos tempos do cinema silencioso, um dos mais pelebres \ ilões da época. . .
MICHÊLE MORGAN, afinal não fará mais sua estréia no cine"Journev ma americano em luto Fear". A RKO-Rádio resolveu apresentá-la primeiro em "Joan of Paris", que deveria ser o seu segundo celulóide...
LEMBIÇAM-SE \\oy, ,},,. vrlhi.s
HOLLYWOOD alart e Paramount, e companheira "Ben em de Novarro Ramon Avoy que May Hur'? Pois Mc muitos há o cinema, abandonou sucom anos, embora aparecesse, faladofilmes cesso nos primeirus feitos em Hollywood, vai reapare"The Getcer no íilme da Metro awav"
A METRO acaba de perder um de seus melbores "cameramen" ¦— o veterano Oliver Marsh, responsavel pela magistral fotografia dc muitos celulóides do Leão. Os operadores sempre são desconhecidos do grande mas a público morte de Marsh é tão importante quanto a de um artista e não pôde deixar de ser registrada com pezar.
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ocasião do falecimento, ocorr<do a 2 do mês PORúltimo, do industrial Henrique Lage, Comen"Cadete n.° 1 dador da Ordem do Mérito Militar e do Brasil", no expressivo e honroso título que lhe concedeu a mocidade militar do Realengo, assim se externaram, entre outros conceitos, em seus boletins oficiais, os generais José Pessoa, Inspetor da Arma de Cavalaria e Silio Portela, Diretor do Material Bélico :
UMA PERDA NACIONAL "Foi
uma verdadeira perda nacional, porque Henrique Lage não era apenas um notável industrial, mas sobretudo um grande benemérito e um eminente brasileiro, constante e entusiasticamente Sua vida pôde ser todevotado à causa pública. mada como um exemplo de trabalho e de pátrioE para nós militares, sobretudo, a obra tismo. de Henrique Lage é muito grata e significativa, pois em tudo quanto idealizava o dinamismo do seu espirito criador havia, nítida e predominante, a preocupação de servir os superiores interesses da . Com efeito, a sua poderosa obra defesa nacional. industrial vincula-se, profundamente, aos altos problemas do Exército e da Marinha, através dos transportes marítimos, da construção naval e eeronauRecordarei também a tica, >o carvão nacional. velha e sempre provada amizade de Henrique Lage Para os cadetes ao Exército e aos seus oficiais. amigo, assistindo-os com um e era grande paternal uma afetuosa bondade. GENERAL JOSE PESSOA"
MERECEDOR DO RECONHECIMENTO DE SEUS CONCIDADÃOS Amigo tradicional das classes armadas, no que se mostrou digno continuador da obra do seu ilustre pai, o Sr. Lage, pelo interesse sempre demonstrado pelos nossos técnicos, pelas iniciativas e realizaçâo no setor da Defesa Nacional, onde, entre outras, ressalta a nossa primeira Fábrica de Aviões, tornou-se merecedor do reconhecimento dos seus concidadãos responsáveis pelos destinos do Brasil, gendo galardoado, numa consagração impar, com o "Comendador da Ordem do Mérito Militar". grau de Já sào do conhecimento público os termos da carta em que o Sr. Henrique Lage, três dias antes de seu trespasse, dirigindo-se ao Exmo. Sr. Presidente da República, numa reafirmação do seu patriotismo, expôz o desejo de que suas empresas continuem a nortear suas atividades tendo sempre em mira e precipuamente os interesses nacionais. GENERAL SILIO PORTELA" MALHO
DOIS NOVOS GENERAIS — Flagrante da apresentação ao Chefe do Governo, pelo Ministro da Guerra, dos Generais Mario Xavier e Emilio Fernandes de Souza Docoa, recentemente promovidos a esse alto posto. O General Mario Xavier, que pertencia à Arma de Cavalaria, vinha comandando brilhantemente a Força Pública de São Paulo. O General Souza Docca, do Quadro de Intendentes do Exército, acompanhou com brilho o Curso de Alto Comando, é o Diretor do Serviço de Intcndência do Exército e pelos seus incontestaveis dotes de provecto historiador foi há pouco nomeado Delegado do Brasil no Congresso Luso - Brasileiro de História. Os dois ilustres soldados sâo Oficiais da Ordem do Mérito Militar. a regularidade habiCOM tual foi distribuído o número 326 da "A Defesa NadonaV correspondente ao mês de Julho último, trazendo trabalhos do General Klinger, Coroneis Brayner e Nunes Pereira; Majores Guerreiro, Mouráo, Xavier Leal, Ivano Gomes, Carnaúba, Portugal, Coelho França Cintra e Capitães Oliveira, Moniz de Aragáo, Horacio Garcia e Ten e n t e s Umberto Peregrino, Potlg—ra, Bemchimol, Rego Barros, Ferdinando de Carvalho, Carlos Moreira e Wiedmann, tratando o Editorial da complexa questão da permanência dos oficiais nas funções. Sem dúvida a conhecida revista aos nossos oficiais atravessa agora uma fase das mais brilhantes de sua trajetória. "Alegra-me vê-la — disse a propósito o General Klinger, seu idealizador e fundador — outra vez assim, com editorial assim e graças a isso e a pontualidade, outra vez prestigiosa, utilíssima".
sessão solene realizada EMa 26 de Junho último, foi empossada a nova diretoria do Clube Militar, assim constituida : Presidente : General José Meira de Vasconcelos ; VicePresidente : — General da Reserva João Marcelino Ferreira e Silva ; Diretores : Teaoun iro : General Reformado Valerio Barbosa Falcáo ; Becrt-tàrio : Coronel Professor Carlos Autran Dourado ; A7/aiaíaria : — 52 —
Coronel da Reserva Osvaldo Vila Bela e Silva ; Biblioteca : Tenente - Coronel de Engenharia Paulo Mac Cord ; Revista: Capitão de Engenharia Augusto Fragoso ; Serviços Om rais : Tenente Farmacêutico Gerardo Majela Bijos e Assisíi iu ia : Coronel Professor João da Rocha Maia. A qualidade de Gráo Mestre das Ordens Brasileiras o Presidente da República assinou decretos promovendo na "Ordem do Mérito Militar" a Grande Oficial os Generais José Pinto, Silva Júnior e Rai-
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ral Luclo Esteves ; com o grau de Oficial o Coronel Teodoro Pacheco, Tenentes-Coroneis Armando de Souza e Melo e Ararlbola, Francisco Agra Lacerda de Almeida, Honorato l'radel e médico Dr. Franclsco Ferreira Braga e com o grau de Cavaleiro os Majores Ollnto da França Almeida e Sá e Raul de Albuquerque. Para o Quadro Suplementar da referida Ordem o Chefe do Governo nomeou ainda : Vomt ndador, o Dr. Henrique Dodsworth, Oficial o Dr. Samuel Ribeiro e Cavaleiro, o Sr. Antônio Luiz de Freitas Pereira. Estado Maior foi realizada a solenidade da entrega de condecorações conferidas pelo governo brasileiro ao General
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VIII — 1941
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UM NOVO CLUBE MILITAR — Justamente na data do aniversdrio do Clube Militar, a 26 de Junho último, o General José Meira de Vasconcelos, Presidente dessa tradicional associação de classe, era levado pelo Ministro da Guerra ao Chefe do Govêrno para a entrega de um importante memorial tratando das profundas e beneméritas reformas que pensa introduzir na estrutura do prestigioso Clube, com o integral e raiiosíssimo apoio do General Gaspar Dutra e com o imprescindível amparo do Governo. os dois A gravura fixa da palestra um instante que Chefes Militares cntretiveram com o Dr. Getulio Vargas, sempre atento aos interesses legítimos da nossa oficialidade. René Chadebec de Lavalade, ex-Chefe da última Missão Militar Francesa, ao TenenteCoronel Pierre Gaussot e ao Major François Pettler, ambos da referida Missão. O ato foi presidido pelo General Almerlo de Moura e teve a presença do Embaixador da França e grande número de oficiais e familias. A qualidade de Delegado do Brasil às festas comemorativas da Independência Argentina, foi no mês último a Buenos Aires o General Góes Monteiro, Chefe do Estado Maior do Exército que se fez acompanhar do Chefe de seu Gabinete, Coronel Canrobert Pereira da Costa, do Coronel Costa Leite e de dois Capitães ajudantes de ordens.
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comissão nomeada pelo A A Ministro da Guerra, em Fevereiro último para julgar os livros da Biblioteca Militar publicados em 1940, constituida pelos Coronéis Onofrç Muniz, Ascanio Viana, Mario Travassos, Major Augusto MagUmgessi e Primeiro-Tenente berto Peregrino, sob a presldência do General José Pessoa, depois de um meticuloso estudo apresentou o seguinte resultado final : Primeiro lugar — "Notas de Geografia Militar Sul-Americana", do Coronel Paula Cidade. Segundo lugar _ "Generais do VIII -
1941
Exército Brasileiro", do Capitão Pretextato Maciel. bno lugar - "Roteiro dos Andes", de Angione Costa. O Coronel Paula Cidade é Chefe do Gabinete da Secretaria Geral do Ministério da A sua obra, agora Guerra. premiada, velo a lume, em primeira edição, em 1934, quando o autor professava a matéria na Escola de Estado Maior e A Bibliona Escola Militar. teia Militar reeditando-a em Setembro de 1940 atendeu à "solicitação de vários oficiais da que vinham em procura obra esgotada" e "preencheu uma lacuna sensível na sua coleção de publicações", conforme então escreveu na abertura do livro, o General Valentlm Benicio. O trabalho do Coronel Paula Cidade é, no gênero, o primeiro publicado no Brasil. nomeado comandante FOIda Escola de Educação Física do Exército o TenenteCoronel de Engenharia José de Lima Figueiredo, que comandava o 2." Batalhão de Pontoneiros, sediado em Cachoelra, no Rio Grande do Sul. cavalaria transportaA da em viatura automóvel" foi o titulo da interessante conferência que o Capitão Antonio Lira realizou na Inspetoria de Cavalaria perante vários generais e grande numero de oficiais de todas as armas. — 53 —
MPORTANTE
A AMÉRICA PRECISA PÔRSE EM GUARDAí "A
América, U I que se constitue de nações novas, sem raízes hered i t á r i a s nas guerras que assolam o Velho deContinente, veria efetivamente se ter preparado para assegurar material e psicologicamente a sua própria defesa e poder pela solidariedade de seus povos e gov ê r n o s, com o exemplo, autoridade moral e ma terial influir no sentido de haver a justiça entre os povos que se deGeneral Gots Mo.vriaRo, gladiam, embora Chefe do Estado Maior do portadores Exército da mais alta civillzação. De qualquer modo , a América precisa pôr-se em guarda, encarando o futuro nebuloso e problemático."
O BRASIL TEM APENAS UM DE DEFESA
PROGRAMA
"O Brasil, movido por sentimentos altruístieos, não tendo dissídios com Estado algum da América e de outros continentes, negligenciou, por dezenas de anos, o preparo eficiente e moderno das suas instituições armadas, reclamado pelas condições naturais do mundo ; seria um crime de lesa-pátria agora não aparelhá-las convenientemente para garantir a integridade e soberania nacionais. Com sua reconhecida clarlvidência, o Presidente Vargas jamais despresou as conjunturas resultantes da vida de relação entre os povos, que empregam não raro a batalha, ou a ameaça da agressão, para conseguir objetivos políticos. Na última década seu governo propulsionou preferentemente grandes progressos náo para militarízaçào do pais porém nos O programa vários ramos da atividade humana. modesto de rearmamento foi prejudicado pela eclosão do conflito europeu, que nos privou, por motlvos notórios, de receber as encomendas que haviam Não sendo o Brasil uma potência guerreira, é com dificuldade que o governo procura reajustar um programa de defesa, para atender as nossas necessidades mínimas." sido
feitas.
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["1 OUCOS Estados poderão apresentar, no Brasil, uma situação financeira tão satisfatória como o de Minas Gerais. Os orçamentos para este ano não prevêem "déficit", e as dividas externa e interna teem sido muito reduzidas, enquanto que o patrimônio estadual se enriquece rapidamente pelas obras públicas numerosas que a atual administração tem realizado e semeado por todos os quadrantes do território mineiro. Isso é realmente admirável, se levarmos em conta que, há oito anos, quando se iniciou o atual governo, Minas Gerais era um problema financeiro que parecia insoiúvel, pois a sua dívida flutuante formara um verdadeiro
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Governado/ Bensdito \'diiu,tarcs caos, e o "déficit" orçamentário se tornara maior do que a própria receita. Cremos que nenhum Governo estadual se iniciou jamais em condições tão dramáticas como o do Sr. Benedito Valladares, e é impossível sopitar um movimento de assombro ante a magnitude da obra realizada nesses oito anos de administração, quando um "déficit" de mais ue 160 mil contos foi completamente estirpado sem prejudicar um só dos serviços públicos necessários ao progresso e ao desenvolvimento de Minas e a receita, sem prejudicar os contribuintes e sem afetar, nem de longe, .O
MALHO
— 54
MINAS E SUA SITUAÇÃO a economia mineira, cresceu de 146 para 326 mil contos de réis — pois a tanto atingiram as arrecadações do Tesouro do grande Estado montanhês no exercício financeiro do ano passado. Esse trabalho verdadeiramente ciclópico foi levado a termo pelo Governador Benedito Valladares e pelo Sr. Ovidio de Abreu, a quem foi confiada a Secretaria das Finanças em 1933, quando o primeiro foi escolhido para Interventor de Minas. Recentemente, quando o Sr. Ovidio de Abreu, depois de proveitosa viagem aos Estados Unidos da América do Norte, tendo sido transferido para a pasta do Interior, passou a Secretaria das Finanças ao Sr. Francisco Noronha, teve oportunidade de recordar essa luta titãnica contra a desordem financeira, na qual, vencendo múltiplos fatores adversos, impôs-se finalmente a tenacidade mineira: "Ao assumirmos o cargo — explica o Sr. Ovidio de Abreu — dissemos que o nosso programa seria construir e trabalhar, orientando-nos sempre com o pensamento de S. Ex., afim de podermos bem compreender a necessidade 8o Estado, seguir o curso dos acontecimentos. Procuramos, coordenando o trabalho dos que militavam conosco, combater e eliminar os fatores negativos que entravavam a vida econômica do Estado, fatores estes decorrentes da desordem financeira, manifestada sob variados aspectos, tais como "deficits" sucessivos, vultosos ccmpromissos vencidos e ainda não regularizados, divida flutuante, escassez de rendas, crédito, abalado, economia estancada e tantos outros, que seria fastidioso enumerar. A marcha normal dos negócios do Estado era perturbada por aqueles "deficits" orçamentários, que chegaram, no primeiro exercício do atual governo, a exceder a própria receita. Esta foi de 146 mil contos e o "déficit" de 160 mil. A despesa realizada, conquanto muito superior à que vinha constando dos orçamentos, não podia ser reduzida, representativa que era de indeclináveis necessidades do Estado. Ela montou, naquele ano de 1934, a 306 mil contos. A política financeira consistia, pois, em elevar as rendas. E isto foi o que se procurou fazer, adotando providências de variada ordem, revendo a nossa legislação tributária, pesquisando novas fontes, eliminando impôstos anti-económicos, reorganizando serviços, selecionando pessoal, reaparelhando coletorias, enfim, pondo em prática toda uma série de medidas que, entrosadas, visavam aquele objetivo. VIII
-
1941
MAGNÍFICA FINANCEIRA
do progresso de Minas Gerais, em matéria de economia e finanças ressaltam vivamente do relatório apresentado pelo Sr. Ovidio de Abreu ao Governador Benedito Vailadares.
Os '•deficits-' foram, assim, sempre e sempre caindo, chegando, em dezembro de 1940, a 24.000 contos para, afinal, desaparecerem do orçamento elaborado para o corrente exercício. Grande foi, tambem, a energia do Governador para que se comprimisse a despesa. Estabeleceu-se a fiscalisação na construção de obras, fixaram-se métodos mais econômicos e proveitosos, organisaram-se departamentos fiscalisadores, adotou-se a norma de submeter à decisão pessoal de S. Ex., despesas de vária espécie, tudo no sentido de pôr ordem nos atos da administração e obter, com a supressão do supérfluo, economias e recursos para execução de novos empreendimentos de interesse para o Estado. Deste modo, enquanto a receita se elevou de 146 mil a 326 mil contos, a despesa subiu apenas de 306 mil contos, em 1924, a 350 mil contos em 1940, não obstante ter sido criada uma Secretaria nova e organisados serviços e Departamentos autônomos, a-par-de importantes obras construídas por todo o Estado, e do impulso dado a todas as atividades da administração estadual. Ao lado destas providências, que tinham por escopo normalisar a situação do ponto de vista orçamentário, era preciso atender tambem à situação das dívidas. O governo não podia pensar em diminuí-las, dado que estávamos em regime deficitário, mas apenas consolidá-las, reduzindo o tipo de juros. Foi precisamente isto o que se frisou quando da emissão de 600 mil contos de apólices, providência adotada para a solução do problema. Das dividas, a parte que mais urgia regularizar era a flutuante, que montava, em 1934, a 369 mil contos. Entrando em execução o plano do Empréstimo Mineiro de Consolidação, foi esta decrescendo sucessivamente. Descontada a parte que se refere a depósitos da Caixa Econômica, cauções e semelhantes, não exigível de pronto, pois oscila, segundo as entradas e saídas, a divida flutuante se reduz hoje apenas a 700 e poucos contos. Esta afirmativa singela de que o Estado de Minas não tem atualmente dívida flutuante mostra que um dos problemas mais angustiantes do governo foi resolvido. Náo temos credores à porta. Pessoal pago em dia. Material. comprado pel0 Departamento de Compras à vista. Crédito firmado, cotações dos nossos títulos aproximando-se do par, enfim, tranqüilidade para o trabalho - eis o que significa a extinção da dívida flutuante". Os aspectos mais impressionantes do equilíbrio ¦ VIII — 1941
Através dessa clara e eloqüente exposição, pode-se ver que o patrimônio do Estado, que, em 1934, com valores bastante duvidosos, era estimado em réis 796.023:42859, ascendeu em 1940 a 1.143.760:21851, o que significa um aumento de 50 Çj em sete anos. Quanto ao passivo, que era de 1.043.568:75552 em 1934, passou a 1.108.842:03353. Houve, portanto, um aumento de 65.000 contos em sete anos. Se, durante to-
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dos esses anos de luta pela consolidação das dívidas e pelo equilíbrio orçamentário, Minas conservou quasi o mesmo passivo, enquanto o seu ativo subia de 50 ', . sendo este atualmente mais elevado do que aquele, podese ter absoluta confiança no Governo que realisou tarefa tão importante, e ter a mais absoluta certeza de que tal Estado sempre honrará seus compromissos e continuará a oferecer ao país os mais salutares exemplos de probidade administrativa, e sabedoria na aplicação dos fnn dos públicos e na defesa dos interesses da coletividade.
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vostido negro, para jantar, pode ser ocmple° P°r um colar de metal dourado e pérolas, ?urben" de filé tecido com fios de ouro. Convem ser jovem, ou possuir fisionomia fresca.
As festas de S. João serviram de pretexto a reunir o mundo elegante da cidade da Guanabara, e para que se tratasse de outros momentos de prazer, cog?tando-se da apre"Joujoux e Balangandans de 1941", no Municipal, em beneficio da Cidade sentação de 'Cidade" das Meninas, organização devida à senhora Darcy Vargas, para a quai se vêem no Casino Atlântico, Augusnos deu, como a roitadas excelentes este ano, que promovendo, tin Lara com as suas composições interpretadas por essa mexioanita vivaz e graciosa que é Ana Maria Gonçaez. e, em seguida, na Urca, a voz primorosa de José Moiica, vindo espe. cialmente para aquele fim, em substituição a llona Massey, que se fizera anunciar muito, às nossas hospitaleiras plagas. . . e muito depressa cuncelára a sua viajem êle trouxe de Para aplaudir Louis Jouvet, o grande artista francês, e a companhia que comparecendo Agosto ali social, em nossa aristrocacia a acorrido tem França, ao Municiitò1 "cock+aiis" elegantes, às exposições de quadros como a às noites de Operas. Vai-se aos no salão nobre do Pa'ace Hotel, e outros prePedrosa Raul Mary e promoveram que Olga "chie" e o luxo da mulher carioca, muito contente agon» textos onde se possa apreciar o de alto preço. por poder usar abrigos de peles no centro da cidade, da BraO chá das cinco atráe aos bonitos salões da Colombo, "chie". sieira e da Americana, na Cinelandia, um mundo de gente "toiletles" lindas, talhadas ao gosto americano, também se vêem modelos Admiram-se América, e uinda vestidos dos grandes costureiros de França trabalhando agooa na Norte ingleses, outros da moda berlinense. da senhora Castro Neves, de Cel.na Apreciável a elegância de Adalgisa Nery Fontes, Aranha. Conceição Gomes e o mais Zizi senhorita du Heck da senhora Waidemar Falcão, Lima Castro; Hyldeth FaviBa, poetisa aplauBêbé o de foi o como cidade cidade, riso db ch belo sorriso e pe ficam mais bomtes adornadas de peles , gosta do inverno porque as mulheres didissima, vese bonita t uma creatura Mendes, Mariazinru à de ¦bjetos preciosos, opinião igüa! von Weber, inteligência de escôl, também tece comen«r-ípIrV"om^orgo^Ir-nesta tarios oficial season , e Zita Coelho graciosos i nossa Neto, ainda há pouco ouvida com enlevo, numa hora de canto em bôa hora ideada pela Cruzeiro do Sul, bemdiz bom Deus do Brasil, ainda um canto da terna em que se pôde dormir tranqüilamente. .. A estação anima-se mais. As festas multiplicam-se. Assim viveremos até a primaverly que é quando a terra muda de feição e as mulheres de roupa. . .
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SUPLEMENTO FEMININO frio custou a chegar? POR SORClÉRE Não. Porque o inverno carioca princibbbbI bbbsbbbbbbbsbTsbbbbbbbtbbbbTsÍ paa nas vésperas de S. João, quando as fogueiras cropitam nos terreiros das cjsa; da provincia. assam-se mandiocas, batatas doces e canas de açúcar na oraza, põem-se claras de ovo nos copos postos ao sereno, as quais, pela manha, predizem o futuro nos desenhos curiosos que formam. . . Aqui se procura lembrar a trpdic;onaf festa brasileira, preparando-se noitadas como as lá de fora, as grunfinas vestindo chita, os rapazes anima oos em animar oi jogoi inocentes que avivavam o rubor das faces das mo. Ças do outrora. e puzeram em relevo agoro, no quadro iluminado pelo °9j da lenhj. a arte do "make-up" em que a seihorita moderna se vem aprimorando desde a temporacu ae proparatôrios nos ginásios dos coleqios onde é de bom ton estudar. .. tem * noie — duas épocas diferentes, cada diversas, costumes 1 tom o sabor novo, e cada qual, em passando. dei«ndo saudades. O
Vestido para jantar, composto de larga saia de crépe da China branco estampa* "bloudo de preto, aiu! e vermelho vinho, "surah" son" de preto, cinto com medaIhões dourados, demais jóias do mesmo "modelo" melai e pérolas. O é Ida Lu pino, da Warner Bros.
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Áiu! marSnlio está na moda. Assim é este vestido de organza, com a pala de *chii. fon" branco, folho beirado de renda, feito para Ann Lee, loira "star" cujo "debut" nainglesa América deu-se na RKO Rádio, na película "My life with Carollnff". E' traje para janta'.
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Agosto : festas de luxo. reinese ainda e mais intensamente a aristocracia social. E as mu. Iheres elegantes estimam renovar o aspecto, e adoram ot modelos das lindai criaturas de Hollywood. Aqui os teem tempre, os mais novos, principiando-se hoje por um costume desenhado por Oamon Giffard, da Warner, para a loira Lucile Fairbanks : tecido pardo suavíssimo, guarnições cor de charuto, flores de metal ouro como adorno. Demais acetsírios "marron" escuse
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Lily Daché preparou para Mary Martin, em "Love Thy Neighbor", da Paramount, este lindo chapéu de feltro "beiqe" com fita "ma^ron", "marprogueada. sob a aba, véu ron", complemento, com as luvas de "suède beiqe", do vestido havana da elegante artista.
Um modelo para a lua de mel — que é quando o marido acha iin das as ex/ravagâncias da moda.. — Sugere-o A n n a Neagle, da R K O. É êle — chapéu (sic I) — do genero marinha, e feito de celofane azul.
Eis Ingrid Bergman, em apresenta, ção Paramount, e estampando nova faceta da moda dos chapéus. CHAPÉOS
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Para o "tailleur" : canetier" de palha brilhante preto, laço de fustão b-anco.
Grande chapéu boneca, apropriado 1 gente mofa Modelo Unçado por Lu cite Fairbanks VIII __ 1941
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de fina lã cinza, botões pretos no casaco, gola de fustão branco e duas bandeiras bordadas de azul e ouro. Saia em viez e plissada "soleil", — "Ensemble" de tussor preto, estampado de branco.
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Bonito vestido "sport", talhado em lã e sêda "beige" areia, accesüórios cor de charuto.
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1941
— 63
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MALHO
bbbbbbbbbbbw».
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í»»B»átani
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\ Há um encanto extraordinário na combinação — velho França e moderno estilo — dos moveis e decoração desta sala de estar cujas paredes são brancas, chão tapetado de azul-verde e barra preta, poltronas de couro negro, castiçais antigos ladeando um quadro também da época, e unia lâmpada ao gosto atual atrás da poltrona à direita.
¦¦yw|M
DECORAÇÃO CASA
\-> amam
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/ I i Sala de jantar moderna : madeira branca nos moveis, cadeiras forradas de amarelo, cortinas creme e "marron' forte.
assgmmr~~~.
¦¦¦7*<m«»»»»»»»s»»s»»sssss»»»»»»»»»»»»
Isr-aJI ORC»Mtnirjs BBJ]"
K^FgratisIO
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MALHO
TAPETES MOVEIS
• GRUPOS ESTOFADOS
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MATftIZ
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NO ANIXO A
5 R.daCARIOCA-67- R. 7 di SETEMBRO-82ZXZS. - 64 -
VIII - 1941
OS DEZ MANDAMENTOS DA BELEZA MAX FACTOR JR., o mais desta"maquillage" em rado artista de Hollywood, e o conselheiro pessoal todas beleza de as lindas de ¦ Ias cinematográficas, formulou suas descobertas profissionais cm MANDAMENTOS DEZ DE BELEZA" para as mulheres de todo o mundo. São os seguintes:
> "* aSSSSSSBt Bttt
WLWI I — O
assoio não é apenas
ção: ó a base de toda -
Piocure
uma
devo-
beleza
acentuar
*y*a*\.
seu
o
MU
encanto
^ J
pessoal. Não procure roubar a aparência da sua visinha ou a de alguma estrela do cinema. 3 -*- Ouando escolher "maquillage" pen'-o sempre nas suas cores naturais. Veja que cada
matis
esteja
em
um
tom
harmônico
que se misture corretamente com o seu tipo —. nã0 com 0 t;p0 fje outra pessoa. 4 —
Lembre-se
erado
aue
um
penteado
Berlim oferece ao mundo elegarfe este lindo modelo de "manteau" "RDV"). de lã clara, com bolsos e gola de pele. (Foto
não deve
ser con-
moramente como u'a massa de cabelos acidena|menre colocada no alto da cabeça pela natureza. Podo eve cbedecer a um plano traçado de acordo com cs trflÇOs do rosto. 'Maau!i'*ige" nio é uma quostão de quantidade e espessura; nunca abuse do seu emprego. Seu objetivo 6 act»n*uar e avivar a beleza natural — e não ocultá-la. Acautelo se contra os efeitos de "maquillages" exóticas. Apenas um reduzido número de mulheres pode usa-las com êx"fo. 7 — Não faça "maquillage" ou endireite o cabelo 'camento. Os dois processos servem para desiludir os homens
VIII -
1941
— Não se esqueça de que as mãos são quase tão "schema" importantes como o rosto no da beleza feminina, e assim
receber
prec.isa-n
mu'to
cuidado
especial.
— As mulheres devem deixar os maridos ou thearts"
escolher-lhes
grandemente
logia,
tãc
perfumes,
o prazer
para
10 — Torre
os
cuidado
dos
contra
perigosos como os de
show-make-ups"
de
professor
os
pois
"swee-
perfumes
são
homens os
"quacks"
remédios.
Whatzit
Os
de cosmetn"Medicine-
algumas
vezes
sao
tão perigosos ou sem valor como a patente do Dr. Gafloopy das que serve para curar insônia. câncer e> granulações , palpebras.
— 65 —
O
M ALHO
COISAS INTERESSANTES BONITESA E... SENSAÇÃO ser
de
Multas damas gostam "dramatisar-se". Não censuramos,
(Por Mad. QUI VIVE) "sensacionais", em sentem prazer estimulante porque exercem poder
não se desviam do caminho rotineiro, que recusam modificaque não Intrcduzom inovações, mesmo para salvar a vida. . ¦ "ousadas" As primeiras, as que gostam de brilhar por toda parte,
nas
que
ções,
endereçamos
este artigo. Se gostam de pintar os cabelos com a côr preferem, podem fazê-lo, rras seria aconselhável que essa pintura! fosse permanente, podendo, no dia seguinte, ser retirada por meio "shampoo". Costume custoso, mas o efeito a despesa. justifica
que não de
O habito de pintar os cabelos não é novidade. Na época de Luiz branqueava-se o cabelo com farinha. Recorda-ie que o povto carecia do pão. mas mesmo assim as damas não dispensavam a materia prima. Atualmente o processo é satisfatório, sendo a farinha substituida poi pó e goma, aderentes ao cabelo. XI
Existe a Idéia de que o cabelo exige, muita vês, combinar tua com a do vestido. Nada mait interetante que um penteado azul, verde "Shampoo", ondulação, frisadot, caracóis, tudo colocado purpureo. lugar conveniente, o aromatisador, as trancas cobertas por ligeira mada de brilha]ntina para dar lustre ao cabelo, eis como se tal de salão
de Mas
'!-)&
A
l____
DE
DONA
Quando talheres e
hí
cata
em
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Í^j^lZ^^^^
vem
aplica-se
o
tima
é
cór
todot
o
momento
emocionante.
maneira
melhor
assim
de
minutos,
cinco
â j*ê
o-,
Com
A
que deseja pintar o desse modo, devo saber harmonisa-lo com a côr do ves-
A tf fc
tido. Depois dessa vitória, chega amar-no momento constituído
o
pelo desagradável trabalho da limpeza da cabeça. 1'recisa-te "shampoo" de outro e de outra ondularão. Mas valo a penaporque o» resultado; são esplen
sem
didos,
cesto.
mais uma
As
toalhas
mese,
de
os
danapos
quando devem dobrí-los sempre de
vom
modo
de
metmo Se
a
nío
lugar, at
o
te'
ceboles
teem
forte,
deitando-ai
em
ígua
perde sabor Ao
comprar
ostras,
e
sebor
em
fatiai
fria
A açúcar. parte do cheiro açucarado.
no
consumi..
poderia cheiro
com
um
csbola at.im e não assumi.
mariscos,
/JJ / Mm^1
certifi-
que tenham as valvas completamente fechadas, o que tignifica que ain^a estão vivos. que se
de
O chi deve ser ticamente fechado ot
assimila
"Suite" lindo juvenil e elegante i este flenela fina azul ciaem interpretado Esti para ro e apresenta a nota predominante nas creações da Os ombrot tuaves, e relevados. posponprimavera, "petot enfileiram-te na gola 4 marinheira, tendo o
conservado hermepcrqua facilmente
Fresco, 1941.
cozinha.
da
cheiros
MODA (Por
sentamos
no
como
guarda-roupa os rigores da esti
de
todas
moda.
O
bolsinhos quadrados tenta tambem graciosa
que fechos da no
centro, do
abaixo
te
fecha
blusa. a
WINSTON)
que aparecem tão bem na sio peças indispensáveis no at moças que desejam seguir insuperável
interpretado com
à
O
frente,
cinturio
ficada.
M A I. II O
gola frente
vestido
modelo
que apreparda e ottenOsboca de tino.
flanela
em
aba
aberta com leva
e
virlos
para
dar
cinturio
e
botão, uma
igual
incrusao
dot
invertida
prega franzidos diretemente
relevo
i
silhueta
e ot
punhos
qas pospontadat marinho.
ve-io,
lt
tedo.
VERA
pio"
vestidinhos
lindot
Ot
primavera
a adquiro poi» jovem encanto, como so usasse peruca de côr.
diferente, sempre
prega:
cortem-te
de
pouco
maneira
at
que
demasiado
panos e os guerser engomados con-
as
dama
cabelo
se
secando-os
um
deseja :
proceder consiste em colocar os talheres e vasilhas num cesíinho do aromo, o dentro do umo marmita com ígua fervendo. A fervedura deve durar monos polo retirí-los do
ca-
um pedacinho de algodãc curo. prata, bronze. . . Etta úlirresistível. Quando o pó fôr distribuído com igualdade cabeça. pela "mordente" pulverisa-se o para aar maior brilho ao cabelo.
pó colorido que se sedutora, elegante e
ser pretos usados por éle devem esterilisaJos, lavando se em separado os que são destinados ao 'esto da familia. A
ou no
beleza.
CASA
enfermo,
um
¦"-'.,-
'._
côr
modi-
Os enfeita
fôrma
de
em
perte
até
sino.
A
saia
embaixo.
é de Chalé
preazul
de baile como a primorosa criação que pigina, gctarão de grande epogeu netta por tua freteura encantadora, elegância
traies etta
temporada, e
em
timplicidede.
casas
bordadas
Uma
banda
de
é
da
batista
branco-marflm
enfileiradas
no
decote,
mangas
A
blusa
bordado
enfeita
a
teia
de
curtas. algodão
que cai em graciosos volteios. As cores estampado tão branco, vermelho, verde e azul. Na
estampado do
primavera próxima usaremot muito o tecido de algodão, quer em vettídot de etiqueta, quer em trajes deiportive» ou para uto diirio.
....
VIII -
1941
ALMOFADA DE ESTILO MOURISCO
WmW-mmWm\\
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WstÊM-.
v^m mwi wr-y 2^%^'-' mr/. ,
m\ ^ - l____B_>ASl
« \\a_Hii
A influência funda
do que Há
Norte
muitos da
são
1*•\
séculos
o
reinado
que o Norte
África para França. Esta era então
mites da quando
mourísca no desenho europeu é mais progeralmente se nota.
m. yài^SS
a
Inglaterra
normanda.
A
\'t _¦__________.
da
começava Espanha
—_m_
foi
mourisco,
Espanha,
vindo
tocou
sua
influência,
a
restaurar-se
os
•^i^-K-L n^CTx^ ff_!^-->^M m i i/w, *^
do !i-
em
1089,
da
inva-
impiedosamente
___________.''*"* /—\/'—•*__.
inva-
"JF ^ *_____.* . \ -jl-tH-Mi "r *i ¦ ' i-ÉM-.M--1
' Wmm Wm (^y^_^__r / ^^^tí * í_ *
______*
meadas
3 ded
Cotton)
ferrugem
2
por esse povo, o qual se estabeleceu no seu império por três séculos e deixou para sempre a sua marca na ar quitetura e desenhos no país. Quando Catharina de Aragão foi proclamada rainha a° |ado de Henrique VIII, ela trouxe para a Inglaterra o en ao chamado trabalho espanhol em branco e preto, enas damas da corte como bordá-lo e isto com tanto ;'n°u . spr que ,.e;0 q est;|o adotado nQS dia$ de Mcjr . ^ceSS0 "dor, mas deve ser sempre lembrado que a Espanha «dotou dos mouros este estilo de bordado. INSTRUÇÕES: — Esta capa de almofada é feita em . e med6 45 cms- q^drados depois • ,OUr° pál'do da'? A almofada !nterna é feita de uma tira de setim'd tn e 77.5r8' cms. de largura (bem estreita, como se us. oralmente). MATERIAL NECESSÁRIO: I metro e 35 cms. dt 1 de iã ouro i 4Hdo. m'ANro_. Unha Moullné "^ca (Stranded CottoH ANCORAAtada_:de F "<> (marron claro), F 555 (lilaz escuro).
VIU
1941
— 67
F
escuro).
meadas Cotton)
F 699 dida
cada de Linha "ANCORA" marca 474
(marron
Mouliné
(Stran-
F 431
(côr de pálido), F 603
claro).
(ecrú ded
de
de
cada de Linha "ANCORA"
marca
Mouliné
(Stran-
F 5859
(verde),
(preto).
I meada de cada de Linha Mouliné (Stranded Cotton, "ANCORA" F 406, F 407, F 409 (tons de verde marca gobelin),
F 5988
(azul pavão pálido).
Riscar o desenho no centro do quadrado e usar trê; "ANde Linha Mouliné (Stranded Cotton) marca CORA para todo o bordado, exceto para c contorno do desenho o qual é feito com I fio de linha preta. fios
Encher o desenho com ponto de matiz, exceto nj barra, no pé do desenho, onde o zig-zag e as linhas estrei tas em redor são feitos em ponto de haste. A linha mais larga, de cima, é feita em ponto de matiz com a cóF 5988 e ponto cheio ó usado nas duas extremidades. Seguir cuidadosamente o diagrama de cores para a distribuição das mesmas, sem o qual será impossível obter o efeito exato do mosaico. Depois de terminada, passar avesso e armar a almofada.
a
ferro
pelo
lado
dc
(Vide o risco e a indicação do ponto na revista ARTE DE BORDAR no número de Agosto de 1941). o
M ALHO
w
l. RETALHOS
diferentes.
]•***. : SENTIMENTAIS J^?7 Temos
vocês
secção;
esta para para o sabor dos que se dedlNo incógnito, sentimentais. cam l causas solta-se muito mais facilmente tudo quanto nos oDfime, tudo quanto nos atormenta e, o que *ica de fora, o que observa com mais calma, o que ouve, o que sente a situação,
ierr.o-la
sofre te,
aqu!
nossa
aqui
tênue
nosso
o
também vé
melhor
do
indicar.
a
finaimen-
mais,
transe,
que nós É NARA,
o
mais
caminho
que observa os coração de cada
que será o um de vocês. Dividir-se-á em variadas seções junto com vocês e viverá cada efeitos
da
vida,
delas
animando-os.
como
um
não
ama.
ibaixo
já
NARA
filósofo
certo
Permanece algumas
na
senuma
gosta de pensar "Quem que dizia : morte. . ." Vejamos
respostas
opiniões
de
pe-
didas :
CORAÇÃO F_M BRASA — RIO — Pen•¦o mos, antes de tudo, Coração em Brasa, que, como nós, há no mundo muitas outrus pessoas a padecer. Muitas torturas lancinan. tes que deixariam a nossa a léguas de distância. E, no entanto, temos o egoísmo do pensar no momento, que só nós é que sofremos, que a vida só preme os nossos ideais! aflição,
vi-
Desorientados, perseguidos pela sumos a lamúria: só nós é que sofremos ! De fato, queiida amiga, o seu caso é quase embaraçoso para uma resposta conclusa, mas. que há em mim. escolhamos um meio. Você é moça: sozinha, independente, segundo o diz. Êle é moço; também só, mas casado. Começou o seu ro- ,t dentre
toda
a
sinceridade
traço de forte um sentimental por união espiritual «acentuando-se em um amõi violento que os cegou e que não os pôde afastar um do outro. Vé-se no entanto você
as
numa
situação
de
mágua
diante
dos
desçam;
serão benéficas; que rilcsofe muito, no sofrimento alheio; pense volre exausta para casa, leia livros que apresentem a vida por um lado cheio de filoso. lia, veja filmes mais ou menos no gênero, e, mnis tarde, quem sabe lá se, quando já nuasi de todo enxutos os seus bonitos olhos xóo se apresente a você um outro amor que apagará o antigo? Não se dê por vencida; não se abata, não se esmoreça. Agora : so você concluir que o casa' não se estima, sequre o seu ideijl com todas as forças do seu organismo, obrigue seu o eeite a desSe for a esposa necessitada, qui*ar-se. obrigue-o a ampará-la, vá 130 Uruguai e, '.em receio algum ! Deveria ir até a China, to preciso fosse e se houvesse posses p\ra isso ! Case-se com éle: tanto faz casar .,qui como lá. E' um ato legal que vale em • 'uelquer parte desde que haja esse verdadelro vive, amor dentro que que gravita seus dos corações. Corra, Coração om Brasa, abra bem os braços cura que possam conter sem temores nem máguas todo um romance de felicidade. Escreva-me nova. monte. MARIA TITÃ — RIO — Sinto não poder vijitá-la devido a muitos afazeres me que tomam quasi todo o tempo de que disponlio; contudo, conversaremos por esta secção resovendo o seu caso singular. Você é mo
use e profundamente; na ocasião; ana ise.os, motrar.se como reai-
Estude-os fosfato
do
seu
faça-se provoque-os, mente o são: se achar
que um dia só não bastou para o resultado desejado, l>ance então mão de dois para cada. Escolha no fim "festa" da o que mais a souber despertar. Nao vise muito o interesse monetário; basta que éle esteja em condições de não 13 fa?er pasnsr por certas privações. O essencial é que você escolha o que mais se coadunar com o seu temperamento, isto é, é preciso "tufãozão" que também seja um para podar dominar completamente o tufãozinho. . . Cuiciado, Maria Ti's ! Olho lá os atritos ! Ponha em
sem demora a escolha do seu prática preferido o mande os outros verem se vocá "lá '*a osíá esquina". . . — você Sente-se ZIZi -- AMAZONAS vida de c'o arovardsicw diante que a sua lhe apresenta? Deixe-o amorosa pequenina vir e se é que de fato êle precisa compiotar os se;js estudos ro Rio. Não a aconso ho a es.-erá-lo seis anos desesperançadamente. Vo'.ó
mesmo
Rio,
mo
sim,
estudará,
tudos:
um rapazinho mpderno, Vindo namorador. ao
diz
incons'ante,
volúvel,
terminará
çMcio; oscrevor-lhe-é mas, a vida agltads
fór
se
aqui
dedicado curso
o seu durante
aos de
algum
es
advotempo,
que leva um jovem na ictade dele o irá afastando pouco a pouc" de você o, seis anos depois, ao formar-se. será você para éle somente a pequenina Z:.'i sombra
uma
rõo
anos,
deve
o
na ter
sua
idade
com quinze sentimentais.
amarguras
alma leve como uma borboleta macio ooncentnado na estima Deixe de lado os namoros e cuida
ter
L-eve e
apagada.
mocinha
Uma
a
coração seus.
aos
então
seus estudos, dos seus folguedos rosa. Não comece a viver cedo deDia virá depois qua você encontrara um outro menos volúve', mais concen.
diante
trado
a,
eu
máguas.. .
derna;
até
que
já
já perdeu a conta dos namorateve e agora vé-se atrapalhada
da escolha dentre quatro deles? Se "qua aspegostasse de gíria dirlij logo to" ! Que tuíãozinho é você Maria Titã ! Se voefl fosse comerciaria aconselhá-la-ia a se especializar
mance
agora
lágrimas
abuse
des
mais
dos de
côr mais.
sobretudo, o lucro
mais
real.
será
somente
Esqueça-o
som
seu.. . NARA
no
faria atacadista; comércio progressos: mas, como não trabalha,
ou caso escolheria ou um só namorado ¦tu os quatro. Adoto a seguinte tál escolha quatro dias na semana; um d<a para
vidor
cada
iar
um.
levando-os
a
princípios de moral. Casar-se no Uru. Esquecé-lo? Afastá-lo de todo da esposa? Nada como uma análise m.jis demo•ec^> para a bóa solução dos fatos. Procure seus
passeíar
em
logares
Envio 26
dónimo o
sua pergunta a NARA — Trav. Ou— Rio. juntamente com um pseu para a resposta, no caso de dese
incógnito.
'
mandar
sondar
o
estado
de
ânimo
da
(Easa^iAllniiã
e;
posa do preferido do seu coração. Tire t limpo se H« ato ela o despresa. Faça o mes mo com éle. Leve-o à essência do case você ao fim. minha desesperada amiga, nota; atração parte do casai por que ainda há ¦afastado, ê um golpe cruel para você, coração, muito cruel no momento, mas, afa'.do sua vida; mande-o de volta para n posa. Nao queira fazer da existência um | sadelo eterno; você, Coração em Brasa, nunca será feliz, nunca terá descanso: tente tão esquecê-lo; no princípio ande, ande bas-
"^
Aproveitem as grandes vantagens da nossa tradicional LIQUIDAÇÃO ANUAL Grandes descontos em todas as secções SCHÀDUCH, OBERT & Co. Ouvidor — Gonçalves Dias
por longas estradas desnudas, des' suspire, suspire alto, a vontade, chore, deixe lar.te
pisss
EXIJAM SEMPRE THERMOMETROS para FEBRE
CASELLA LONDON
ÉP*
HORS CONCOURS MALHO
— 68
¦centro loteiuco
ditlríbue verdadeiras for tune.» em bilhetes e opollce» vendidos 'em **eu bolcão, -m TRAVESSA DO OUVIDOR, O. •*¦•*
VIII -
1'JSl
$^ -¦ êSé^
t\W^ - i^&âm
Para Dna. Esther e para toda dona de casa.é uma dificuldade escolher uma sohremesa que agrade a todos de casa e que sirva ainda para a merenda das crianças...
"madame": \ CEITE este conselho -"— tenha sempre em casa Marmelada Branca Marca Peixe em latas retangulares ou em pacotes e nunca terá dificuldades para apresentar às suas visitas ou aos de sua família uma esplêndida sobremesa. As crianças adoram este doce esesplêndido porque é preplêndido parado com esmero, sob processos exclusivos, só com marmelos maduros, viçosos e selecionados de suas plantações em Itajubá. Peça hoje esta delícia, em seu armazem. Sirva-a à vontade aos adultos e crianças, e até mesmo aos convalescentes porque Marmelada Marca Peixe, além de saborosa, é um produto que tem a sua alta qualidade assegurada pela Marca Peixe, o nome tradicional em doces e produtos alimentares do Brasil!
( I /V^*____l_^
O vendeiro, solícito, ajudá-la procurava na escolha. Nada!... Dna. Esther percorreu a loja com um olhar... e encontrou a solução: Marmelada Branca Marca Peixe.
^^muWm\^
^ _E
x\fíl m't MARMELADA /3Á0M&V MARCA
X^*»»»_.
1**>v'
EM LATA OU PACOTE!
^^***««l__-
/
PEIXE
fox-canção o decadência : êle vai gravar "Bazar . de Custodio Mesquita. "Meu ^^F^fc
sssW?"
~M*~mj
» ^l^^/B
SSSSSSSl^^^^ ^ãis* W^mmm^mmW ^
ssss^ast
{x^Zm^ZZM
sss»^"
!¦"
'í
^^3
Bamba", de Luiz
samba-chcro Sales, a ser
gnsvado Sebastião Pinto, um dos melhores caitores do rádio, eternamente posto em se"fox ' gunco plano, gravou excelentemente o "Encontre;.te, afinal".
I
Moreira o samba de "O Lacerda.
¦•V
é a legenda de um Chiquinho Peixoto e por Linda Batista.
da Silva passou para o disco Correra da Silva e Oduvaldo homem que se casa é feliz".
I %6ÍW4M Não se compreende a norteadoramento chistosa, dos
O rádio-teatro no Cnr;eiro do Sul, em ve-dade, é um dos mais sintonisador da cidade. através dos vidros do estúdio, a Eis, aqui, a turma qu» o representa, sem podar vir, em todos os cantos do pais. espalhados de ouvintes milhares em desperta emoção que
75kô-ttdcadtin,$
Outra
orquestra
melhores
das
Haroldo
Lobo
de
Os uma
Napoleão Tevures,
da
do pais, gravou o samba "Sapateis, morena".
Por músicas
Monteiro apresentará este mês bonito de Ataulfo Alves a Wilson "Você é meu xodó'.
Cyro
"folkore" nacional andava, desd>! O certo tempo, principalmente depois da fuga de Mara da Costa Pereira, e da ausência notável de Elisinha Coelho, em uma sensível decadência. Mas, esde parabéns com a artamos agora tista que a terra dos pinheirais nos enviou, aquela admirável Stelinha Egg, da que a gente ouve nos programas
o
samba
Batista,
Orlando Silva vai passar para a cera "Mentirosa". o choro de Custodio Mesquita. Emiiinha Evjrba tem um novo disco 'Quem parte leva saudode". "fans" Uma notícia egracijvel aos de Caros
Galhardo,
que
anda
em
da
abaixo
perfeito
dei-
progra-
calouros.
do
o péssimo rádio.
^an-açáetmt A
em debite
mas
intenção atuais
coiza. que não noticiário que
se justifica esculomos
mais; pelo
continuam dominicais proaramas critica em várias estações.
que não brasi eiras
temos no
boas orquestras
de
rádio?
Si itiro
aquela pianinho de bolso do Muficasse sempre em casa. que bom se-
— E se tivéssemos meioV cuidado com a do excessiva escandalosamente adjetivação microfone, ao apresentados artistas certos teríamos dado umi outra improssão dos seus valores
artísticos.
O
leitor
não
acha?
Tupi. sem dificuldade, que ela os seus programas manter procurava com originalidade, bem ao contrário do que afirmou outro dia certa revista, num verdadeiro carinho pelo seu Sente-se,
repertório, que, digamos de passagem, é dos mais bem escolhidos. A estação onde Stelinha vem atuando, deve reparar na quantidade de "fans" vem que a artista paranaense conquistando, pelos seus próprios mé-
¦^ *aA
I
ri Wmm+^Ê
AF ^^k
'
9m\l
\7h\
ssssssssV
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W
1
I
^^^^
A
W
ritos. A inteligência viva de Theophilo de Barros, sem dúvida, há-de premiá-la como está merecendo, porque em verdade, na hora atual, ninguém, no rádio, em seu gênero, dos mais difíceis, como se sabe, pode lhe levar a laurea. Porque em verdade, aquela creaturinha que trouxe o céu da sua terra "renos olhos, tem batido todos os cords" de sua classe. FRANCISCO
O
MALHO
GALVAO
Este retrato do Lamartine é um desmentido clássico a iu« decsntada magrsie. Ela vive a falar em que é o mais fino cidadão da cidade. Ei-lo aqui. desmentindo o qua afirma. E quando apresentava ao público da Nacional mais um de seui programas, tal seja a "Vida anadotica dos Compositores". sua
_ 70
VIII — 1941
feitamente menor
desaparecer,
Ar",
Genolino vez
em
elementos Bôs
apresentar, tas
e
aos
bons.
Outras
Se-ite_se
Henrique
Coizas"
domingos, o
Batista,
uma
mais
brilhante
a
responsabilidade
de
Amado,
inte'ectual
PRA9
a
que
"Biblioteca
Educadora mudar precisava "Hora da do Sul". crônica
é
que
-a
velhos
Educadora assuntos
apre-
cariocas.
continua a '.artlsde
bom
organisar
na
Heber
de
Boscoli
Cruieiro
do
Sul.
de
qosto
os
seus
continua
Wk
Incançavel
apresentando
Gostamos
imensamente
Promessa",
Inteligência
de
Guita números
Renato
êxito,
as
sensive'mente
sua
de o
ritmo
o
suas
Almirante
simo
segundo
andar.
—* sárl*
do
de
a
um
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cada
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mais
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mais,
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é
carioca.
Os
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Porce-
sao
encontra
r\a
estação
na
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seus
colorido
do
na
programas o
popularissímos porque sua alma as mais ressonâncias íntimas.
Na-
samba
poderosas
mascarado Vamos
músicas
de vem
cedo
a
r.o
aposení.jdorias palmas de
vamos
que
em
ter
uma
rédio. discos
bailes
velhos,
poderiam
de per-
Eduarda
veio
modificar
um
pouco
mais
dos programas portugueses do "Pátria Distante", pel* Quem ouvir, Nacional facilmente compreenderá o que dissemo-i. Nada de intuitos comerciais, apenas *
emoção nlta
das da
boas terra
oáqinas d*
Eça
da de
literatura
lhante na
êxito
t^K^^^^^^^
M
/
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Ceará vai
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rio
Roberto
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Ricardo*
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co-
um
do
pulo
Dumar,
curtos. nos
oferecendo,
interpretação
perfeita
sem
do
magnificamente
Barcelos
performance
Fonseca
tipo
creado
indiscutivft'mente em
contínua
Nacional,
fez anos
quatro
a
com
na
Inconfidência
Monals
os
ou-
números
seus
dc
presentemente
Dagmar
Belo
Leite
Reis
mais
bonitas
do
rádio
Petra
de
Barros
rád;o
estreou
Horizonte.
Ernani
A'ice
o
Ne'o.
cantora
P R I . 3,
no
del-íciar
os
teatro.
Mario
— 71
de
novamente
Zarur.
rádio
recer
194,
na
rádio.
vozes
comP--»-*> »ôbr. Al-urinh. C*m*rgo d*;pach-id« do Rio para fazer um C°m ° d* Ci,mr* ¦*•'""¦---¦• N-.-J* de noticia» sobre a querida cantor* tFV°C'.í° «n os f*n," possue na cid*d*. Ond* *i,d«rá ela com « graça perturbadora d* seus sambas gostosos?
onaas vem
Silva
M-inoel
A
,ilí.".C'0
depois
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brilhante
cantor
êxito"""
ojntando
da Ipanema Pierotte.
na
Garc:|3
Atua
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Veiga.
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que
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-— Zézó viVites oa
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rádio.
a
este
Violeta Maria a
falo
ter
ainda
brasilei-
apresentando
B«a. quom
progranrtas
VIII -
um
7S<\tatí
vige-
do
no
que
0
PRG3.
da
programas
manhã
Hé
n.
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Aquelas certos
mais
humcrijmo do rádio -anda "requiem'. de
Bons fôi* de "Jornal
devido
realmente
comprova, artísticos
O
irradiação
W^
direção.
sucessos
missa
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Andrade "«Jast" da
seus
de
M
Murce.
ascendente
esclarecida
du
Clube,
dos
microfone
do
Gilberto
be.se
Rádio
Yambioux
de
através
na
m
pro-
novidades. "A
de
alguns
gramas. —
de
irradia
série
extremo
em
vez
rememorando
senta, "Samba
a
quando.
A
TSbequet
fariam
fal^a. Cada
do
não
que
é,
ao
momento,
uma
d,as
mineiro. precisava
«aps-
carioca.
Chaves
é
das
uma
nossas
positoras de maior relevo, sendo de terpretada inteligência pela tisla.
agora Linde
com inBa-
"cast" da. Borba continua no um Ipanema, que tem na sua interpretação microfone. dos motivos d* encanto do seu Emilinha
O
MALHO
Si O K l_ I O
«*<3_2^r
(A
GALVÃO
DE
a vida ter
Não há quem queira
QUEIROZ) brilhante,
Que a possa conquistar tão facilmente, Há-de ser férreo o espírito vibrante, ?'ra tão dura
intransigente ! . ..
jornada
Mas que Deus a Conciéncla desencante, E que a Alma cada vez mais seja ardente Quando
a vontade
Mesmo em
ao
moço
busca dos céus,
diz —
avante !
que se apresente !
Destino*;, sejam eles os mais feros, Não
me fazem
tremer
Por mais duros que E assim,
LYTOPHAN *l*l*Hl*l*lillll__lilJil_*Jmi_*:i-:ii.:ti _inm.li. íiii hi_____i_.i_ii_.___ ¦¦¦. ,...,.
o
T
R
,.„,,
mais severos !
sejam,
hei de marchar
de
peito erguido o dia;
Até que da Vitória alcance Se antes, na luta, não fôr abatido ! ROMÃO
_:in_u. ,i"iii .¦-..!
I
de cobardia,
.ii..
M
Males de estômago ?
.-¦..¦¦,
jjmhii-1
DA
ii¦-iiiiitm-:tiii-
SILVA
nm iriiti 111111 _ii::ji_uH
°8
Z
O
TRINOZ
Males de fígado ?
TRINOZ
Má digestão: corríjam com
TRINOZ
de Crnesfo óouza o oo O
MALHO
oo 72 —
VIII — 1941
fll MMmmmWBitt'i '////'' ¦MàaflHBTsTssasTsaaaTãTàTaaVaM*"- stt§5 AA*
BBB*^^RflflWi1f ...sbBHsI sflBa.fi
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NOVIDADE
A Ventura E
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S2flB^áflBBflflflflBBsCBa^
Suponhamos
'fl fl\^SS«»QlX"^-^ *» * ᣠM\W' flr B^^^^^ií^gssalSall^BBw
longa e- escura a i-stia.la
into aaguaa à procura ele larissima
jóia abandonada ;
pardlda naaaa longa estrada aaoirra a
11 Tampo •¦ mau ! Ê dura a caminhada Bóbea «• itoaoaa numa vi tortura, a tualma trazendo ohi-ecada, por Ista granda .sonho da Ventura . . .
nova
Um dia. vés alguém, indiferente, apanhar o tesouro que- almejavas e ambicionavas tàu ardentemente
portátil ^Êmr
ita verdade aumenta o teu sofrer A Ventura que tanto procuravas, OUtro h>. ,,, 8aber LUIZ
ISS
Rara beleza de linhas!
Os engenheiros alemães seguiram caminhos completamente novos na por sua conslrução. CARACTERÍSTICAS : Teclado universal de 90 caracteres. Tabulador frontal 100',' automático, teclas de função dupla e outros drtalhes técnicos que facilitam o manejo. A verdadeira portátil da qual o mundo inteiro fala
MATERN DE
IDADE MORAES
PARTOS
E CIRURGIA OE SENHORAS iei. 2? 0110 '* "'""""'"" m.Klcrni»..mJ*. Ar cund.. n:>« a,j|"!.l'*j^V"r> '',''"'"' • •» ofarafta» t no, ip.rta.MMoa. •aentri r Intensa ,1 * """ v!' '"" > ^',,l>»«. rw» inse-rivãe> pre l:a,l„,;cr ," 5?*1*. Uiaiinoanco. *"";" - K Tenda de cs.,'"*,"¦"' '"•' Parto srmXdor A COW»T*WT« KAMOS, |Tt - COl-ACABANA
VIU - 1941
PLANA
é mais leve e mais baixa ainda.
OCTAVIO
ARNALDO
II
MÁQUINAS OE ESCREVER LTOA. Rua T.ofilo Otoni, 73
86 - Rio
T.l
43-0866
MALHO
CRUCIGRAMA
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DURANTE LONGOS ANOS
9*>\
I—¦ ———5
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ENIGMÁTICO
TEXTO
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TEXTO
! Wril \
-^mSf*mmm
SOLUÇÕES DOS PASSATEMPOS DO NÚMERO ANTERIOR
js
—u/f' 10 £ fdmeC*a U
fihkJfíPl^^éO'
PZZI1Z_3
Muitos tanto
não
tentam A
resolver
sabem
dar
ENIGMÁTICO
conselhos
e
os
seus
querem
negócios
próprios os
dirigir
e
no
o
que
passos
do
po-
en-
outros".
LADRÃO
CAPTURADO (So'ução)
O
19
policiai
-adicionado
aos
deu 27
30 dá
passos 75,
o
enquanto
oistáncia
ladrão
igualada
pelos
dava 30
48,
MAS.O ELIXIR
DAS DAMAS
i no
(Solução
FEZ O MILAGRE, ACABANDO COM OS MEUS SOFRI* MENTOS
número)
prósimo
0 TÔNICO CAPILAR POR EXCELÊNCIA
™~l8
7
PEITorAL"ÁN«ICo pelotense Arvor* mem
G ** A. V E © : HORISONTAIS d*
ȍe
—
Árduo:
tarei
—
Deslocar se. —
II
ndo-so;
I
15
Arvor»
semelhante
artilharia, 10
•fuit:
—
Aparência. —
Mulh*r
a
um
mover-se Figura; d*
mius
um
lado
perecença; instintos.
—
9
morteiro; d»
8 0
par* 12
Mulh*r
—
o
—
qur
6
mesmo outro,
—
—
mio
a
•
\na Não
Irri16
a
d*
—
Imitar
Bobo.
Truão. 3 —
Br«mido; —
d*
pároco;
7
fato.
Efetivo;
14
Coedjutor esiste
I
p*rna;
qu* efei-
Fogoso. garrida:
a
entr*
Pequena
—
17
Brasil;
a
voi
doi
—
18
gato»;
Ho-
furta.
VERTICAIS
Brasil;
do
silvestre
do
silvestre
O verdadeiro Elixir da longa vida... dos Cabellos
—
Farriste: 4 —
Aventura Eitaca.
2
—
Mulh*r; Infelii:
Moirão.
Carn* 5 —
rij,
d*
Alim.
L4;
13
—
O
(lnv*rtldo);
14
—
d*idit*;
ELIXIRdasDAMAS Dut.; ARAÚJO FROTAS 4 OA
^9 LIIAM
Ilustração Brasilei REVIGORA PERFUMA HIGIENISA
Aparece nos dias 15 de cada me; PASSATEMPO
—
(Solução
no
próiímo
número)
1 Cinearte aparece nos dias 15 de cada mês.
(Mãgica) um
lenço
•
d*
um
b*r-
<%.;<:
;jf
atapeça a alquem para saus pulsos. Ao *m volta d* r-o-.-.e o barbante *m voH* dc l*nço OI doil pulsos • p*Ç< P*r« «nlrs barbante. que amarr* at pontal do iiso, élguem cobrirá com um i*us pulsoi. A um d*do mo peno mento, o berbant» caíra Comn con-
JT
•
seguiu
MmWtotom
./
m
^^B
mmmW
m\\w
—m\
"truc". e»ec<ita éssi pulsos estiverem cobero. cotovelos 1os a pessoa avançar/ um de modo a separar pouco os mão da indicador o cem pulsos, no vão deiintroduiindo esquerda como Quando or
e demais Rfecçdes do Couro Cabeludo Pr*-
EXPRESSÃO
¦
¦¦"''
i y^jt \&
K
ENIGMÁTICA
-j—m
^H^^I-^-Lfla!
vi
b^^z^, AmtomT^^mm I v\mmtjmmm\\
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entre
VIII _ 74
Barroso
VIII
1U41
1941
fPr vv\\/zy \V/_rZ *
°
A * *' ¦t ' M/*^
CRUCIGRAMA
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/OOQO0\
0
'¦««'«'' ^41_^> (Solução
pulsos.
MALHO
\\ C<L _> ° ° oTTT?S
. Imm ^^^Jl A
o: pulsos lesade pelo lado de trei guiara o barbante do • o Iara passar por cima da outra mão. Peça « *lgu*m para pu»*r o inbarbante • él* i* desprender* t*lram*nt*
Solução
Preço 3 S 0 0 0
^mÊlÊÊÊmiaskaZT^tÊ
le
lenço
O
INFALÍVEL NA CASPA, QUEDA DOS CABELOS
mtom^^to
^J»P^^^^^P^'^^*****A_„ ^mmmmmf ^Ê
íiso?
Eis
—
b&«.
A. MÃOS ATADAS d*
*fiah*
£ un. fytUutc. dc jZrdêMãiiOkUó'
1
Tom*
mm*
no
próiimo
—.75
Q _ Q0\
número)
OS
QUADROS O
MALHO
I fi H aV 1 i WmMw^amm mr *»Wl I I K^aa 9 rMmiiliílAzLm M' WtJtVm\l\m\Tlramsllrw^^m WW
Bk ?!
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aaáiaaS
¦4ÉMa9aWa»»>MaMa»WLa»k^
' Ms»
PWJNBFHWVSW*W?TbttÍ Px^-^iP^I IImIIIH1! r\^v3 M ri ri Mil IM
Para dar aos cegos um abrigo e uma oficina A
"Associação
Aliança
dos
Cegos",
instituição benemérita desta Capital, no intuito de proporcionar aos cegos pobres e desamparados da cidade o necessário e meios de subsistência, está promovendo louvável campanha financeira em prol da construção de um Abrigo e de uma Oficina, idéia que, pelo seu fundo humanitário, tem recebido
conforto
Com um ordenado mensal de 1:500$000 o Sr. pode deixar i familia uma renda mensal de 500S000
— mas com dinheiro
TODOS OS MESFS/
mento— deixe-lhe entio garanlida uma rrnda fi»» dr SOUtOOO
Muitos pais reconhecem, hoje, que simples economias nào constituem um patrimônio duradouro. E porisso, precisamente, se interessam pelo novo plano de seguro que se criou para resolver essa situação, permitindo, mesrro a quem ganhe ordenados modestos, deixar uma renda mensal à família Reflita o Sr. também nas vantagans que este plano de seguro pode proporcionar-lhe Imagi ne a ajuda que sua esposa terá. se ficar viúva — podendo recebei uma renda de 500$000 ou mais — todos o» meses — durante os 20 anos que se seguirem ao seu falecimento Consulte — sem compromisso — um Agente da Sul America
.NAo protele o estudo deite pro"coupon" abaixo .... in*. l'se o c peça o liilliriu que ha dc eaclareeer todas as aua* dúvidaa r mostra r-l lie comol |K>s»f »rl protrjicr rfira.*ir.cntr sua futuília —
de
Seguros
de
to, todos os a» despesas
meses, para inevitáveis.
planos
A
SUL
para.lt* falar MtMO VIITUl a...
>*r
torno»,
«rotomento, nonio
no
CAIXA
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Xnurur
AMERICA
-LL^mm
CAIXA postai. «:i - HIO (Jueiram enríar-m* um foihftii explicativo môbra rata niodolttimda de meguro§-
MALHO
na
doto
Mmm «uo ' ImImW
eulo. POSTAI
N6o
Esta livro ensina a laier, ir r ' Ival na própria casa, os tratamantos da belleia mais utois a proveitosos. Traz os ptsprocastot faltos espociaiit'.. IréÀ^ÊFÂ^ módico Io
laM-wM
%m
DR. PIRES
na sua Clinica dt Rtlltjm* d* RUA
ceio de engordar
MÉXICO,
9K-3.» and.
Rio dc Janeiro
remédio
mm
tia
componente»
vegetei»,
0»e
aoguro. do» tiemorreides o »orlio». intorno» o VAUIZÍS quo poro homorroldo» Poro aa hemorroidal oado ch* por dio. Começo hoje metmo o leia coto atencSo
colhoroa
pomada. o oncontrondo
1.174
MARAVAL
Guia da Belleza
H.tado
vém abster-se de sopas gordas, doces, manteiga, fiáml.i«h .• pastéis, dando preferência ao chá, sem açúcar, entre aa Com esse regime nào há rebebidas.
remédio, 3
do
TRATAMENTO
O trotomtMo mau aficai • *»0uro qu» oi a madlclno Tem ho|e am d.a poro .pileptito» é ou n.r.oio» llidull .otuçõo. O qua 1* (ai cam MARAVAL madicomanto, Êita podvroio groçoi à (alii combinocâo da altmantoi opotaró> pico* a «agetoii da tuo formulo, ra»titu» am pouco tampo o lOúda, o olagrio a o ioiiégo ooi doarttai MARAVAL - to* lucflo - é vardodalromtnta o trotomtnto racional m elant.fico doi ataqua» narvasas a apilaptlcai. Nâo encontrondo MARAVAL - lolucSo • noi formáciot a Drogarias, ateravo oo O.pontóno Coco Poitol 1874. Sâo Poulo
s .mm
obtelv to man Ia
d*»»o
o HEMO-VItTUS,
to
• ttotomonto
datcoberte
é o
tom.d.
»o
foi
NOVO
como o ralo tia
modestos.
mais
Tratamento sem Operação eitvdoa
ATAQUES NERVOSOS OU EPILÉPTICOS
unzn
III.UOKttOM.1* E UM/B longe»
lista com a contribuição Jíste maotéxiO'. "O MALHO" 50$00ü
acudir
a um preço módico. Se o Sr. agora ganha menos, a America tem outros Sul
Vida
CONSELHO CTIL— Uma boa fórmula para emagrecer é tomar pela manhã, em jejum, um copo de água morna e não ingerir muito líquido durante as refeíçóes, esperando, para Isso, Também conque se faça a digestão.
Apta
xilio, em nosso escritório, á travessa do n." 26, e aqui fica aberta a
Ouvidor,
para aer-lhe paga, todo» os mc* ¦M, dlirante os 20 ano» que m falecimento. ao iru seguirem no descanso de sua ca1'ense posa. lendo esse ordenado cer-
Sul America Nacional
seus leitores qué quizerem auxiliar esse movimento Recebemos, com prazei, qualquer au-
Se o Sr. »i»r »ir uru trabalho, c • «ni certo «Je nata poder deixar mu grande patrimônio i rspoaa — no rato de aeu desapareci-
rpODO pai sabe que um» viúva nada pode fazer -l para apressar o tempo — até ver os filhos crescidos e prontos para ganhar a vida Todo pai deve. portanto, ao instituir um seguro de vida. fazer com que se cumpra a verdadeira finalidade de proteção — provendo dinheiro todo» o» mmies para as despesas inevitáveis da família, durante os anos futuros
Companhia
grande apoio e incentivo. "O MALH O" se associou, conforme nota que publicou em seu número de Junho, a essa campanha, tendo aberto uma lista que está à disposição de
o» tuo formado, peco-a mm eepetltorle. - SAO PAULO (UM-OITO-SITt-QUATiO I
— 76 —
Prt(o: 8$ pelo correio ou nm livruntis. Augmente, fortifiqus BB ma^m *fm\ • dlmlnu* " In.»!" ^P ¦ aoT»aV ¦ m m.* 1 Bal com o. produclo.
¦¦¦—|
¦ ^S llmaoT » *"»• "' mi wm hormônios aaaw mm\mm
Hormo-Vivos 1 e 2 Para datanvolvar a fortificar uia o n. 1 Para diminuir uaa o n. 2. Rasultadoa rapldoa. Oratis: Peca Inlormc» i Caixa Postal J.I71 • Rio
Nomt
Rua Cidade
talado
VIII
-
1941
"COCKTAILS"
E OS SEUS
TERÃO O MELHOR GIN!
Para que oi seus "cocktoils" adquiram um sabor delicioso e todo par"Siga" ticular. diga 'barman' * apenas gue o-' adicionará a eles o de* licioso GIN SEAGERS. 0 GIN SEAGERS É UM
"DRINK" DE RAÇA E NÃO CUSTA CARO
UM COPO DE ÁGUA ou Vf-9
UM COPO COM ÁGUA? teressante
sobre
lógicas
e
postas
deu
de
sulentes,
linguagem,
que in-
uma
Manhã"
da
consulta
Nunes,
Sé
de
professor José "Correio no
O
mantém
filoquestões entre outras res-
a seguinte
a um
esclarecendo
uma
dos eeus conasses
dúvida
generalisade. Como ci«
copo
ou
"Traga-me um dizer : "um copo cem égua 7
:
se
devo
água"
Conforme de
ser
égua,
quiser porção dela,
ou,
pequena,
um
ga-me
certa
de
copo
reiáo
A
égua."
o
que os adjetivos que eiprimem a idéia de enchor rep'eto, como cheio, pleno, fart O, se construem com a preposição de: e
a
*e
preposição com ta emprega fala do conteúdo, do que se
A
eipressão
"copo
•
lógica
porque, de acordo com bom senso, quem tem sede
o
copo
de
égua.
com um "copo
pressão
e.
só;
Um
Era
que
pede
não
se
na
ex-
disso, se
subentende
és
veies
fala
como
apa-
na
um
refere
de
de
dwio Assis :
A
égua
ao
Semano,
"um
u>W cig» VfSA
y/n
a
coPo um
copo
com com
égua"
Ao
H«
\»^
*Sí5S-
tfm*
nfja
aM
tio» Cr»* .. Ve»»
rjkS»
l\w*W pia»"
1>T\U«
de égua, pouca ou muita, especialment. ,. a Agu. #„4 milturâd, com outra substância — "um copo com égua s °Çucar' "um cop0 com équa e limão . O citado Machado de Assis diiia assim : punham gamelas '•no, mas um cop0 com IA Serrar., |9Q). p
veiias égua
ao »
seôvo.
ff.1»
Club
ftãV
lp»'
,Cru»
quando
indeterminada
finamento da sociedade brasileira... Ouça todas as 3as. feiras, nas ante penúltimas e últimas 6as. feirai de cada mês o nosso programa Ondas Musicais.
Sul
c. Ao
^i_,V>o
jAa
Porção
Nao
•yt»'.n^1(,»**»
tí\*Ü
copo
(Machado
Uma Hora de Gravações e Execuções de Musicas Finas!
r»»cWo»'
es-
189.) L»u-se
\>
eiemplo :
e»por
sereno."
vetes,
além
qualificativo cheio, rece claro, assim na crita.
és
égua"
de
o
re
vulgaa
satufai
P.
quando contém. é
égua"
de
rissima,
um
LIGA BRASILEIRA DE ELECTRICIDADE
uma
você
que então, a que cou"Traga-me um ber no recipiente, diré : copo COffl água." Se, porém, desejar um "Tracopo cheio do égua, deveré dizer : pouca
pode
apresentado pela
fti A'«o
\:A"
G»
„i\i>'
»•*V»'"
VT\C8
TTvAS 13 AS 14 HORAS, *-* a Liga Brasileira de Electricidade oferece aos rádio ouvintes do Bra sil o seu grandioso pro"Ondas Musicais." grama o tradicional repositório da música de classe Bee thoven... Chopin... Mozart... Carlos Gomes... Wagner... um programa dedicado á cultura, ao re
ã • Vejo ao lado, o grupo de estações om quo o Ondas Musi programa cais é irradiado das 13 14 às horos. • os respectivot dias d* irradiação
U6H BHBSIlf IHB DE Elf CTBICIOHDi SIRVA-SE
OA
ELECTRICIDADE"
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DUCO
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Um preparado fino para Conservação e Polimento de: AUTOMÓVEIS REFRIGERADORES RÁDIOS MOVEIS EM GERAL
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ARTEFACTOS DE (OURO ESCADAS - ASSOALHOS PORTAS E JANELLAS
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dc sítimbro. êsó
.£11* DA CUNHA. 618/613 PCLOTAS atUO HORIZONTÍ — RUA CURITY8A. <5« 464 NKTHÍROY - RUA V/SC. RIO BRANCO. 551 -
CggjÜjD
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A VENDA íM TODAS AS (ASAS DE TINTAS, FERRAGENS E ACCESSORIOS PARA'AUTOS
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